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181 QUESTOES português

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Família, como todos vocês sabem, a minha filosofia de trabalho é 
completamente voltada à prática de exercícios. Separei 181 questões 
atuais da banca CESPE, com gabarito, que seguirão o perfil da prova da 
ANVISA, para que você – até o dia da prova – tenha contato com questões, 
compreenda o perfil da banca e não se surpreenda quando estiver com a 
prova nas mãos. 
Desejo que todos consigam resolver todas as questões e que todos 
obtenham sucesso neste almejado concurso. 
Um forte abraço do amigo Fabrício Dutra 
Instagram 
Facebook 
Canal do Youtube 
Meu site 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
As questões da seguinte lista foram extraídas dos concursos: ANTAQ, 
CÂMARA, MTE, DPF. ANATEL, TER/RN, STJ. MEC, MPOG, FUNPRESP, TJDFT, 
INSS e MPENAP. 
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A participação e o lugar da mulher na história foram 
 negligenciados pelos historiadores e, por muito tempo, elas 
 ficaram à sombra de um mundo dominado pelo gênero 
 masculino. Ao pensarmos o mundo medieval e o papel dessa 
 mulher, o quadro de exclusão se agrava ainda mais, pois, além 
 do silêncio que encontramos nas fontes de consulta, os textos, 
 que muito raramente tratam o mundo feminino, estão 
 impregnados pela aversão dos religiosos da época por elas. 
 Na Idade Média, a maioria das ideias e de conceitos 
 era elaborada pelos escolásticos. Tudo o que sabemos sobre as 
 mulheres desse período saiu das mãos de homens da Igreja, 
 pessoas que deveriam viver completamente longe delas. Muitos 
 clérigos consideravam-nas misteriosas, não compreendiam, por 
 exemplo, como elas geravam a vida e curavam doenças 
 utilizando ervas. 
 A mulher era considerada pelos clérigos um ser muito 
 próximo da carne e dos sentidos e, por isso, uma pecadora em 
 potencial. Afinal, todas elas descendiam de Eva, a culpada pela 
 queda do gênero humano. No início da Idade Média, a 
 principal preocupação com as mulheres era mantê-las virgens 
 e afastar os clérigos desses seres demoníacos que 
 personificavam a tentação. Dessa forma, a maior parte das 
 autoridades eclesiásticas desse período via a mulher como 
 portadora e disseminadora do mal. 
 Isso as tornava más por natureza e atraídas pelo vício. 
 A partir do século XI, com a instituição do casamento pela 
 Igreja, a maternidade e o papel da boa esposa passaram a ser 
 exaltados. Criou-se uma forma de salvação feminina a partir 
 basicamente de três modelos femininos: Eva (a pecadora), 
 Maria (o modelo de perfeição e santidade) e Maria Madalena 
 (a pecadora arrependida). O matrimônio vinha para saciar e 
 controlar as pulsões femininas. No casamento, a mulher estaria 
 restrita a um só parceiro, que tinha a função de dominá-la, de 
 educá-la e de fazer com que tivesse uma vida pura e casta. 
 Essa falta de conhecimento da natureza feminina 
 causava medo aos homens. Os religiosos se apoiavam no 
 
 
 
 
 
 
A respeito das ideias e de aspectos gramaticais do texto acima, julgue os 
itens. 
 
1. O termo “Afinal” (ℓ. 18), empregado no texto como conjunção, introduz 
oração adverbial temporal. 
 
2. O trecho “Criou-se uma forma de salvação feminina a partir 
basicamente de três modelos femininos” (ℓ. 28 e 29) poderia ser 
reescrito, com correção gramatical e sem prejuízo da informação 
prestada, da seguinte forma: Uma forma de salvação feminina foi criada a 
partir, basicamente, de três modelos femininos. 
 
3. As vírgulas que isolam a oração “que muito raramente tratam o mundo 
feminino” (ℓ. 7) poderiam ser suprimidas, sem prejuízo do sentido original 
e da correção gramatical do texto. 
 
 
 
40 
 
 
 
 
45 
 
 
 
 
50 
 pecado original de Eva para ligá-la à corporeidade e 
 inferiorizá-la. Isso porque, conforme o texto bíblico, Eva foi 
 criada da costela de Adão, sendo, por isso, dominada pelos 
 sentidos e os desejos da carne. Devido a essa visão, 
 acreditava-se que ela fora criada com a única função de 
 procriar. 
 Essa concepção de mulher, que foi construída através 
 dos séculos, é anterior mesmo ao cristianismo. Foi assegurada 
 por ele e se deu porque permitiu a manutenção dos homens no 
 poder; forneceu ao clero celibatário uma segurança baseada na 
 distância e legitimou a submissão da ordem estabelecida pelos 
 homens. Essa construção começou apenas a ruir, mas os 
 alicerces ainda estão bem fincados na nossa sociedade. 
Patrícia Barboza da Silva. Colunista do Brasil Escola. (com 
adaptações). 
4. De acordo com o texto, a visão medieval em relação à mulher 
permanece até os dias atuais. 
 
5. No texto, defende-se a tese de que as mulheres, por serem 
descendentes de Eva, são pecadoras em potencial. 
 
6. O acento indicativo de crase em “à sombra” (ℓ. 3) poderia ser omitido 
sem prejuízo da correção gramatical do texto, visto que seu emprego é 
opcional no contexto em questão. 
 
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Alexandria, no Egito, reinou quase absoluta como 
 centro da cultura mundial no período do século III a.C. ao 
 século IV d.C. Sua famosa Biblioteca continha praticamente 
 todo o saber da Antiguidade em cerca de 700.000 rolos de 
 papiro e pergaminho e era frequentada pelos mais conspícuos 
 sábios, poetas e matemáticos. 
 A Biblioteca de Alexandria estava muito próxima do 
 que se entende hoje por Universidade. E faz-se apropriado o 
 depoimento do insigne Carl B. Boyer, em A História da 
 Matemática: “A Universidade de Alexandria evidentemente 
 não diferia muito de instituições modernas de cultura superior. 
 Parte dos professores provavelmente se notabilizou na 
 pesquisa, outros eram melhores como administradores e outros 
 ainda eram conhecidos pela sua capacidade de ensinar.” 
 Em 47 a.C., envolvendo-se na disputa entre a 
 voluptuosa Cleópatra e seu irmão, o imperador Júlio César 
 mandou incendiar a esquadra egípcia ancorada no porto de 
 Alexandria. O fogo se propagou até as dependências da 
 Biblioteca, queimando cerca de 500.000 rolos. 
 Em 640 d.C., o califa Omar ordenou que fossem 
 queimados todos os livros da Biblioteca, utilizando o seguinte 
 o argumento: “ou os livros contêm o que está no Alcorão e são 
 desnecessários ou contêm o oposto e não devemos lê-los.” 
 A destruição da Biblioteca de Alexandria talvez tenha 
 representado o maior crime contra o saber em toda a história da 
 humanidade. 
 Se vivemos hoje a era do conhecimento é porque nos 
 
 
30 
 
 
 
 
35 
 alçamos em ombros de gigantes do passado. A Internet 
 representa um poderoso agente de transformação do nosso 
modus vivendi et operandi. 
 É um marco histórico, um dos maiores fenômenos de 
 comunicação e uma das mais democráticas formas de acesso ao 
 saber e à pesquisa. Mas, como toda inovação, a Internet tem 
 potencial cuja dimensão não deve ser superdimensionada. Seu 
 conteúdo é fragmentado, desordenado e, além disso, cerca de 
 metade de seus bites é descartável. 
Jacir J. Venturi. Internet: <www.geometriaanalitica.com.br> (com 
adaptações). 
 
Em relação ao texto acima, julgue os itens a seguir. 
 
7. Estaria mantida a correção gramatical do trecho “a Internet tem 
potencial cuja dimensão não deve ser superdimensionada” (ℓ. 33 e 34) 
caso se empregasse o artigo a antes do substantivo “dimensão”. 
 
8. O último parágrafo do texto inicia-se com oração sem sujeito.9. Nesse texto, que pode ser classificado como artigo de opinião, 
identificam-se trechos narrativos e dissertativos. 
 
10. O adjetivo “conspícuos” (ℓ. 5) poderia ser substituído, sem prejuízo do 
sentido do texto, por notáveis. 
 
11. Não haveria prejuízo para a correção gramatical do texto caso a forma 
verbal ‘notabilizou’ (ℓ. 12) fosse flexionada no plural: notabilizaram. 
 
 
1 
 
 
 
5 
 
 
A atividade policial pode ser verificada em quase 
 todas as organizações políticas que conhecemos, desde as 
 cidades-estado gregas até os Estados atuais. Entretanto, o seu 
 sentido e a forma como é realizada têm variado ao longo do 
 tempo. A ideia de polícia que temos hoje é produto de fatores 
 estruturais e organizacionais que moldaram seu processo 
 histórico de transformação. 
 
 
10 
 
 
 
 
15 
 A palavra “polícia” deriva do termo grego polis, usado 
 para descrever a constituição e organização da autoridade 
 coletiva. Tem a mesma origem da palavra “política”, relativa 
 ao exercício dessa autoridade coletiva. Assim, podemos 
 perceber que a ideia de polícia está intimamente ligada à noção 
 de política. Não há como dissociá-las. A atividade de polícia é, 
 portanto, política, uma vez que diz respeito à forma como a 
 autoridade coletiva exerce seu poder. 
Arthur T. M. Costa. Polícia, controle social e democracia. In: Arthur 
Trindade Maranhão Costa. Entre a lei e a ordem. Rio de Janeiro: 
FGV, 2004, p. 93. Internet: <www.necvu.ifcs.ufrj.br> (com 
adaptações). 
 
Considerando os sentidos e aspectos linguísticos do texto acima, julgue os 
itens a seguir. 
 
12. No primeiro parágrafo, o pronome relativo “que” exerce, nas duas 
primeiras ocorrências, a função de complemento verbal e, na terceira, a 
de sujeito da oração em que se insere. 
 
13. A substituição de “cidades-estado” (ℓ. 3) por cidades-estados não 
prejudicaria a correção gramatical do texto. 
 
14. Da leitura do texto conclui-se que a ação da polícia depende 
diretamente da ação dos ocupantes de cargos políticos na sociedade, os 
responsáveis pelos “fatores estruturais e organizacionais” (ℓ. 5-6) que 
definem a atividade policial. 
 
15. O trecho “Não há como dissociá-las” (ℓ. 13) poderia ser corretamente 
reescrito de diferentes maneiras, a exemplo das seguintes: É impossível 
separá-las; Não há forma de as dissociar; Não separam-se. 
 
16. A informação a respeito da etimologia dos vocábulos ‘polícia’ (ℓ. 8) e 
‘política’ (?. 10) fundamenta a conclusão do autor, introduzida pela 
palavra “Assim” (ℓ. 11). 
 
1 A história eleitoral do Brasil é uma das mais ricas do 
 
 
 
5 
 
 
 
 
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25 
 mundo. Durante o período colonial, a população das vilas e 
 cidades elegia os representantes dos conselhos municipais. As 
 primeiras eleições gerais para escolha dos representantes à 
 Corte de Lisboa ocorreram em 1821. No ano seguinte, foi 
 promulgada a primeira lei eleitoral brasileira, que regulou as 
 eleições dos representantes da Constituinte de 1823. Desde 
 1824, quando aconteceu a primeira eleição pós-independência, 
 foram eleitas cinquenta e uma legislaturas para a Câmara dos 
 Deputados. Somente durante o Estado Novo (1937-1945), as 
 eleições para a Câmara foram suspensas. 
 Hoje, os eleitores escolhem os representantes para os 
 principais postos de poder (presidente, senador, deputado 
 federal, governador, deputado estadual, prefeito e vereador) e 
 pouca gente duvida da legitimidade do processo eleitoral 
 brasileiro. As fraudes foram praticamente eliminadas. A urna 
 eletrônica permite que os resultados sejam proclamados poucas 
 horas depois do pleito. As eleições são competitivas, com 
 enorme oferta de candidatos e partidos (uma média de trinta 
 partidos por eleição). Quatro em cada cinco adultos 
 compareceram às últimas eleições para votar. O sufrágio é 
 universal, pois já não existem restrições significativas que 
 impeçam qualquer cidadão com pelo menos dezesseis anos 
 de idade de ser eleitor. Hoje, o Brasil tem o terceiro maior 
 eleitorado do planeta, perdendo apenas para a Índia e os 
 Estados Unidos da América. 
Jairo Marconi Nicolau. História do voto no Brasil. Rio de Janeiro: 
Zahar, 2002, p. 7-8 (com adaptações). 
 
Em relação ao texto acima, julgue os seguintes itens. 
 
17. No primeiro parágrafo, quatro períodos são iniciados por elemento 
adverbial, o que justifica a colocação de vírgula logo após “colonial” (ℓ. 2), 
“seguinte” (ℓ. 5), “1824” (ℓ. 8) e “(1937-1945)” (ℓ. 10). 
 
18. Conclui-se da leitura do texto que a magnitude numérica do eleitorado 
brasileiro, o “terceiro maior” do planeta, decorre da disposição de 80% 
dos brasileiros de comparecer às eleições. 
 
19. Nesse texto, o autor louva o processo eleitoral no Brasil, onde, 
segundo ele, a tecnologia e a inexistência de fraudes concorrem para o 
reconhecimento da legitimidade desse processo. 
 
20. Os termos “eleitores” (ℓ. 12), “gente” (ℓ. 15), “fraudes” (ℓ. 16), 
“restrições” (ℓ. 22) e “Brasil” (ℓ. 24) são núcleos do sujeito da oração em 
que se inserem. 
 
21. Seriam mantidos o sentido original e a correção gramatical do texto se 
o período “No ano seguinte (...) Constituinte de 1823” (ℓ. 5-7) fosse assim 
reescrito: Promulgou-se, um ano depois, a primeira lei referente às 
eleições no país, a qual estabeleceu o pleito para a escolha dos 
representantes da Assembleia Constituinte de 1823. 
 
 
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Durante os primeiros minutos, Honório não pensou 
 nada; foi andando, andando, andando, até o Largo da Carioca. 
 No Largo parou alguns instantes, enfiou depois pela Rua da 
 Carioca, mas voltou logo, e entrou na Rua Uruguaiana. Sem 
 saber como, achou-se daí a pouco no Largo de S. Francisco de 
 Paula; e ainda, sem saber como, entrou em um Café. Pediu 
 alguma cousa e encostou-se à parede, olhando para fora. Tinha 
 medo de abrir a carteira; podia não achar nada, apenas papéis 
 e sem valor para ele. Ao mesmo tempo, e esta era a causa 
 principal das reflexões, a consciência perguntava-lhe se podia 
 utilizar-se do dinheiro que achasse. Não lhe perguntava com o 
 ar de quem não sabe, mas antes com uma expressão irônica e 
 de censura. Podia lançar mão do dinheiro, e ir pagar com ele a 
 dívida? Eis o ponto. A consciência acabou por lhe dizer que 
 não podia, que devia levar a carteira à polícia, ou anunciá-la; 
 mas tão depressa acabava de lhe dizer isto, vinham os apuros 
 da ocasião, e puxavam por ele, e convidavam-no a ir pagar a 
 cocheira. Chegavam mesmo a dizer-lhe que, se fosse ele que a 
 tivesse perdido, ninguém iria entregar-lha; insinuação que lhe 
 deu ânimo. 
Machado de Assis. A carteira. In: Obra completa de Machado de 
Assis, vol. II. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994 
 
Julgue os itens subsequentes, referentes às ideias e às estruturas 
linguísticas do texto acima. 
 
22. A expressão “lançar mão do dinheiro” (ℓ. 13), no contexto em que é 
utilizada, significa pegar o dinheiro para si. 
 
23. O termo “se”, na linha 7 e na linha 10, pertence à mesma classe 
gramatical. 
24. Por tratar de um conflito interior acerca da ética e da moral, o trecho 
acima é predominantemente dissertativo. 
 
25. Infere-se do trecho acima que o personagem está angustiado pelo fato 
de ter encontrado uma carteira e pelo dilema de usar ou não o dinheiro, 
que por acaso pudesse encontrar dentro dela. 
 
26. Na linha 15, a forma pronominal “la”, em “anunciá-la”,refere-se a 
“polícia”. 
 
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10 
 
 
 
 
15 
 
 
 
É importante fazer uma diferenciação das expressões 
 relação de trabalho e relação de emprego. A expressão relação 
 de trabalho representa o gênero, do qual a relação de emprego 
 é uma espécie. Podemos dizer que o gênero “relação de 
 trabalho” engloba, além da relação de emprego, outras formas 
 de prestação/realização de trabalho como o trabalho voluntário, 
 o trabalho autônomo, o trabalho portuário avulso, o trabalho 
 eventual, o trabalho institucional e o trabalho realizado pelo 
 estagiário. Assim, toda relação de emprego (espécie) é uma 
 relação de trabalho, mas nem toda relação de trabalho é uma 
 relação de emprego. 
 Para compreendermos o alcance das expressões 
 relação de trabalho e relação de emprego, é importante termos 
 claro o alcance de alguns termos utilizados no nosso cotidiano. 
 Por exemplo, a carteira de trabalho e previdência social 
 (CTPS) está ligada à relação de trabalho subordinado que 
 corresponde ao vínculo de emprego. Nem todos os tipos de 
 relações de trabalho são registrados na CTPS, mas todos os 
 
20 
 tipos de relação de emprego são registrados no referido 
 documento. 
Ricardo Jahn. Relação de emprego e de trabalho - diferenciação. In: 
O Sul, set./2010 (com adaptações). 
 
Acerca dos aspectos linguísticos e das ideias do texto acima, julgue os 
itens a seguir. 
 
27. Depreende-se do texto que os termos “relação de trabalho” e “relação 
de emprego” são antônimos. 
 
28. Caso se substituísse o conectivo “mas” (ℓ. 10) por no entanto, seriam 
mantidos a correção gramatical e o sentido do texto. 
 
29. Os termos “como” (ℓ. 6) e “Por exemplo” (ℓ. 15) são usados com a 
mesma finalidade no texto: ilustrar o que se disse anteriormente. 
 
30. No trecho “está ligada à relação de trabalho subordinado que 
corresponde ao vínculo de emprego” (ℓ. 16-17), seria mantida a correção 
gramatical caso se substituísse o elemento “que” por a que, embora as 
relações entre os termos da oração fossem alteradas. 
 
31. As expressões “outras formas de prestação/realização de trabalho” (ℓ. 
5-6) e “o alcance das expressões relação de trabalho e relação de 
emprego” (ℓ. 12-13) desempenham a mesma função sintática nos 
períodos em que ocorrem. 
 
1 
 
 
 
5 
 
 
 
 
10 
Nos últimos cinquenta anos, um dos fatos mais 
 marcantes ocorrido na sociedade brasileira foi a inserção 
 crescente das mulheres na força de trabalho. Esse contínuo 
 crescimento da participação feminina é explicado por uma 
 combinação de fatores econômicos e culturais. Primeiro, o 
 avanço da industrialização transformou a estrutura produtiva, 
 e a queda das taxas de fecundidade proporcionou o aumento 
 das possibilidades de as mulheres encontrarem postos de 
 trabalho na sociedade. Segundo, a rebelião feminina do final 
 dos anos 60 do século passado, nos Estados Unidos da América 
 
 
 
 
15 
 e na Europa, chegou às nossas terras e fez ressurgir o 
 movimento feminista nacional, aumentando a visibilidade 
 política das mulheres na sociedade brasileira. Esse sucesso 
 influenciou o comportamento e os valores sociais das mulheres, 
 visto que proporcionou alterações na formação da identidade 
 feminina. A redefinição dos papéis femininos aconteceu em 
 todas as classes sociais e elevou a taxa de participação 
 feminina no mundo do trabalho e da política. 
Internet: <www.mte.gov.br> (com adaptações). 
No que se refere ao texto acima, julgue os próximos itens. 
 
32. O texto pode ser classificado como narrativo, por apresentar a história 
da inserção das mulheres na força de trabalho. 
 
33. Depreende-se do texto que a participação das mulheres na sociedade 
brasileira deve-se exclusivamente a fatores culturais e à formação da 
identidade feminina. 
 
34. O trecho “Esse sucesso influenciou o comportamento e os valores 
sociais das mulheres” (ℓ. 13-14) poderia ser corretamente reescrito da 
seguinte forma: Esse sucesso influenciou no comportamento e nos valores 
sociais das mulheres. 
 
35. Os termos “Nos últimos cinquenta anos” (ℓ. 1), “Primeiro” (ℓ. 5) e 
“Segundo” (?. 9) contribuem para a progressão das ideias no texto. 
 
36. Estaria mantida a correção gramatical e o sentido original do primeiro 
período do texto se ele fosse reescrito da seguinte forma: Há cinquenta 
anos, um dos fatos mais marcantes ocorreram na sociedade brasileira: 
inserção crescente das mulheres na força de trabalho. 
 
 
1 
 
 
 
5 
O calor infernal nas regiões Sul e Sudeste no começo 
 do ano parece um evento singular. Uma breve retrospectiva da 
 história do planeta nos últimos anos, contudo, mostra que esses 
 episódios estão se tornando cada vez mais comuns. Sem dúvida 
 alguma, haverá outras ondas de calor tão fortes quanto essa ou 
 
 
 
 
10 
 
 
 
 
15 
 
 
 
 
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25 
 maiores que ela ao longo das próximas décadas. Esses são os 
 chamados “eventos extremos”. Nesse rótulo se enquadram a 
 ampliação do número de furacões por temporada, as secas na 
 Amazônia, as ondas de calor e os alagamentos, entre outros. O 
 aumento da frequência dos eventos extremos é o principal 
 sintoma das mudanças climáticas — que vão muito além do 
 calor. É o que cientistas afirmam há anos. Pode parecer 
 paradoxal, mas os modelos climáticos explicam como o 
 aumento médio de temperatura da Terra leva a invernos mais 
 rigorosos. Sobre o Polo Norte, existe o que os cientistas 
 chamam de vórtice polar. É um ciclone permanente que fica 
 ali, girando. Em sua força normal, ele segura as frentes frias 
 nessas altas latitudes. Entretanto, com a temperatura da Terra 
 cada vez mais alta, existe uma tendência de que o vórtice polar 
 se enfraqueça. Assim, as frentes frias, antes fortemente presas 
 naquela região, dissipam-se para latitudes mais baixas, o que 
 faz com que o frio polar chegue aos Estados Unidos da 
 América, por exemplo. Mudança climática não é sinônimo 
 puro e simples de aumento da temperatura média da Terra. 
 Outros processos, que envolvem a possível savanização da 
 Amazônia, o aumento dos desertos e o deslocamento das 
 regiões mais propícias para a agricultura, também estão 
 inclusos no pacote. 
<ref>Salvador Nogueira. Clima extremo. In: Superinteressante, 
mar./2014 (com adaptações).</ref> 
Em relação ao texto acima, julgue os itens a seguir. 
37. O período “Uma breve retrospectiva (...) cada vez mais comuns” (ℓ. 2-
4) poderia ser corretamente reescrito da seguinte forma: Contudo, uma 
breve retrospectiva da história do planeta nos últimos anos, mostra que 
esses episódios estão se tornando cada vez mais comuns. 
 
38. A substituição da forma verbal “haverá” (ℓ. 5) por existirá não 
prejudicaria nem o sentido nem a correção gramatical do texto. 
 
39. No trecho “dissipam-se para latitudes mais baixas” (ℓ. 21), a partícula 
“se” tem função apassivadora. 
 
40. A substituição da forma verbal “chamam” (ℓ. 16) pela forma verbal 
denominam não prejudicaria a correção gramatical ou o sentido original 
do texto. 
 
41. O trecho “O aumento da frequência (...) afirmam há anos” (ℓ. 9-12) 
poderia ser corretamente reescrito da seguinte maneira: Faz anos que os 
cientistas vêm afirmando que o aumento da frequência dos eventos 
extremos é o principal sintoma das mudanças climáticas — que vão muito 
além do calor. 
 
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15 
Ao vender Sochi comosede dos Jogos Olímpicos de 
 Inverno de 2014, o presidente russo Vladimir Putin prometeu 
 uma experiência única: turistas e atletas poderiam esquiar nas 
 montanhas, onde é muito frio, e mergulhar em piscinas abertas 
 de hotéis, onde o clima é mais ameno, no mesmo dia. Sochi é 
 famosa como estância de veraneio de milionários russos. Pelo 
 fato de o clima na região ser subtropical, a temperatura prevista 
 para a Olimpíada já estava no limite do aceitável para a prática 
 de esportes na neve: no inverno, é esperada a média de 6º C na 
 altura do mar Negro, que banha o litoral. O que atletas e 
 turistas encontraram ao chegar a Sochi, porém, foi um cenário 
 muito mais inusitado. O calor na altura do mar atinge 20ºC e, 
 nas montanhas, 15ºC. O calor intenso derreteu a neve nas 
 pistas, forçou o cancelamento de treinos e prejudicou 
 competições. Por trás dessa surpresa, um velho conhecido: o 
 aquecimento global, fenômeno responsável por mudanças 
 climáticas intensas que têm afetado o planeta no último século 
 e que pôde ser notado em anomalias frequentes nessa última 
 temporada de inverno no Hemisfério Norte e de verão, no Sul. 
<ref>Alexandre Salvador e Raquel Beer. Cadê o frio? In: Veja, 
fev./2014 (com adaptações).</ref> 
 
Julgue os próximos itens, relativos aos sentidos e aspectos gramaticais do 
texto acima. 
 
42. As orações “que têm afetado” (ℓ. 17) e “que pôde ser notado” (ℓ. 18) 
referem-se a “aquecimento global” (ℓ. 16). 
 
43. As orações “onde é muito frio” (ℓ. 4) e “que banha o litoral” (ℓ. 10) 
têm natureza explicativa, o que justifica o fato de estarem isoladas por 
vírgulas. 
 
44. Os vocábulos “russos” (ℓ. 6), “velho” (ℓ. 15) e “global” (ℓ. 16) exercem 
uma mesma função sintática no contexto em que ocorrem. 
 
1 
 
 
 
5 
 
 
 
 
10 
Vista do avião, a cidade de edifícios arrojados lembra 
 Dubai, só que insulada na estepe verde. Desde 1997, quando o 
 presidente Nursultan Nazarbayev transferiu a capital de 
 Almaty, maior centro urbano do país, para Astana, no norte, a 
 cidade não para de receber investidores e arquitetos famosos, 
 atraídos pelas receitas de petróleo do Cazaquistão. 
 Oficialmente, o presidente Nazarbayev justificou a mudança 
 alegando o risco permanente de terremoto em Almaty e a falta 
 de espaço para crescimento. Contudo, também queria integrar 
 o norte habitado por russos à maioria cazaque. Hoje, a 
 população de Astana é 65% de origem cazaque, 23% russa, 3% 
 ucraniana, 1,7% tártara e 1,5% alemã. A nova capital é a 
 fronteira de expansão econômica do país, irresistível para os 
 jovens. 
<ref>Brasília asiática. In: Planeta, fev./2014 (com adaptações). 
</ref> 
 
 
Julgue os próximos itens, referentes às ideias e aos aspectos linguísticos 
do texto acima. 
 
45. O uso dos vocábulos “Oficialmente” (ℓ. 7) e “Contudo” (ℓ. 9) leva o 
leitor a concluir que as razões alegadas publicamente para a mudança da 
capital do Cazaquistão não foram as únicas razões para tal mudança ter 
ocorrido. 
 
46. Os vocábulos “Oficialmente” (ℓ. 7) e “permanente” (ℓ. 8) pertencem à 
mesma classe gramatical. 
 
47. A locução coloquial “só que” (ℓ. 2) tem, no texto, valor adversativo, 
equivalendo, por exemplo, ao das conjunções porém, todavia, 
entretanto. 
 
1 
 
 
 
5 
 
 
 
 
10 
 
 
 
 
15 
 
 
 
 
20 
À primeira vista, o Plano Piloto de Brasília parece 
 uma repetição de construções. As quadras, distribuídas 
 simetricamente pelas asas, têm prédios com plantas 
 semelhantes, que se repetem a cada quadradinho, muitas vezes 
 até localizados de forma análoga. Dentro dos apartamentos, 
 entretanto, esconde-se o estilo de cada morador, que se revela 
 não apenas em detalhes decorativos, mas em modificações nas 
 plantas e na função dos cômodos. Para desvendar como os 
 brasilienses ocupam e reinventam seus lares, a pesquisadora 
 Franciney França decidiu analisar 168 plantas de apartamentos 
 em sua tese de doutorado. “Quem olha para o Plano Piloto, que 
 impressão tem? Que as quadras são iguais e que sempre têm o 
 mesmo padrão arquitetônico. E aí pensa que as pessoas moram 
 do mesmo jeito. Mostrei que não é bem assim”, conta. 
 A pesquisadora dividiu as “indisciplinas arquitetônicas” 
 praticadas pelos brasilienses entre leves e pesadas. As leves são 
 as que mudam a destinação dos espaços. É aquele quartinho de 
 empregada que acaba virando um escritório, ou um quarto que 
 vira sala de televisão. Já as indisciplinas pesadas são as que 
 implicam mudanças geométricas e configuracionais das 
 plantas. São aquelas reformas que resultam em quebra de 
 paredes, ou que transformam três quartos pequenos em dois 
 maiores, ou as que agregam a cozinha à sala. 
<ref>Juliana Braga. A casa de cada um. In: Revista Darcy, ago.-set./ 
2011 (com adaptações).</ref> 
No que se refere aos aspectos linguísticos do texto acima, julgue os itens a 
seguir. 
48. Nas estruturas “que se repetem” (ℓ. 4) e “que se revela” (ℓ. 6), o 
pronome “se” poderia ser deslocado, sem prejuízo da correção gramatical 
do texto, para imediatamente após as formas verbais “repetem” e 
“revela” — que repetem-se e que revela-se, respectivamente. 
 
49. O referente do sujeito da forma verbal ‘pensa’ (ℓ. 13) é ‘Quem olha 
para o Plano Piloto’ (ℓ. 11). 
 
50. O termo ‘aí’ (ℓ. 13) tem por referente a expressão ‘as quadras’ (ℓ. 12). 
 
51. Sem prejuízo do sentido original do texto e de sua correção gramatical, 
o trecho “as que implicam mudanças geométricas e configuracionais das 
plantas” (ℓ. 19-21) poderia ser reescrito da seguinte forma: aquelas que 
resultam de mudanças geométricas e configuracionais das plantas. 
 
52. Em “As quadras, distribuídas simetricamente pelas asas, têm prédios 
com plantas semelhantes” (ℓ. 2-4), o sentido da forma verbal “têm” 
equivale a incluir ou conter, como parte de um todo. 
 
 
1 
 
 
 
5 
 
 
 
 
10 
 
 
 
 
15 
Embora não tivessem ficado claras as fontes geradoras 
 de quebras da paz urbana, o fenômeno social marcado pelos 
 movimentos populares que tomaram as ruas das grandes 
 cidades brasileiras, em 2013, parecia tendente a se agravar. 
 As vítimas das agressões pessoais viram desprotegidas 
 a paz e a segurança, direitos sagrados da cidadania. Todos 
 foram prejudicados. 
 Pôde-se constatar que, em outras partes do mundo, 
 fenômenos sociais semelhantes também ocorreram. Lá como 
 cá, diferentes tipos de ação atingiram todo o grupo social, 
 gerando vítimas e danos materiais. Nem sempre a intervenção 
 das forças do Estado foi suficiente para evitar prejuízos. 
 Do ponto de vista global, notou-se que a quebra da 
 ordem foi provocada em situações diversas e ora tornou mais 
 graves as distorções do direito, ora espalhou a insegurança 
 coletivamente. Em qualquer das hipóteses, a população dos 
 vários locais atingidos viu-se envolvida em perdas crescentes. 
 Internet: <www1.folha.uol.com.br> (com adaptações) 
 
Considerando as ideias e as estruturas linguísticas do texto, julgue o item. 
53. Os termos “Lá” (ℓ. 9) e “cá” (ℓ. 10) são utilizados como recursos para 
expressar circunstância de lugar, o primeiro referindo-se a “outras partes 
do mundo” (ℓ. 8) e o segundo, ao Brasil. 
 
54. Sem prejuízo para o sentido e a correção gramatical do texto, o trecho 
“Pôde-se constatar (...) ocorreram.” (ℓ. 8-9) poderia ser assim reescrito: 
Supôs-se que também ocorreu, em outros países do mundo, movimentos 
sociais análogos. 
 
55. A correção gramaticalbem como as informações originais do texto 
seriam mantidas caso o período “As vítimas das agressões pessoais viram 
desprotegidas a paz e a segurança, direitos sagrados da cidadania.” (ℓ. 5-
6) fosse reescrito da seguinte forma: As pessoas agredidas viram-se 
desprotegidas em sua paz e segurança — prerrogativas legais consagradas 
da cidadania. 
 
56. Por meio do termo “hipóteses” (ℓ. 16), são retomadas as ideias dos 
trechos “tornou mais graves as distorções do direito” (ℓ. 14-15) e 
“espalhou a insegurança coletivamente” (ℓ. 15-16). 
 
57. Na linha 13, a partícula “se” é empregada para indeterminar o sujeito. 
 
58. Depreende-se das ideias do primeiro parágrafo do texto que a 
identificação da origem do fenômeno social representado pelos 
movimentos sociais ocorridos em 2013 seria suficiente para evitar que 
eles se agravassem. 
 
 
No começo dos tempos, as pessoas precisavam 
aproveitar o período em que o Sol estava radiante para praticar 
suas atividades diárias. Com o passar dos anos, essa 
4 diferenciação entre dia para agir e noite para dormir foi ficando 
menos evidente. Isso porque o advento da iluminação e, mais 
precisamente, da iluminação pública, permitiu que as pessoas 
7 desfrutassem mais da noite e deixou as cidades mais seguras e 
bonitas. Dos lampiões a querosene aos leds, a evolução da 
iluminação contribuiu para a transformação das cidades e dos 
10 hábitos das pessoas. 
Desde a Idade Média, os seres humanos vinham 
tentando resolver o problema da escuridão com velas e outros 
13 artefatos. Nesse período, eram usadas tochas com fibras 
torcidas e impregnadas com material inflamável. Foi, 
sobretudo, no século XV que a iluminação pública se tornou 
16 uma preocupação nas cidades. A história indica que, em 1415, 
na Inglaterra, a iluminação surgiu como uma solução para 
amenizar a violência e, principalmente, os roubos a 
19 comerciantes, que aconteciam com frequência na região. 
Não é à toa que especialistas consideram a iluminação 
como uma grande aliada das cidades na luta contra a violência 
22 urbana, já que é uma grande inibidora de atos de vandalismo, 
roubo e agressões. 
Internet: <http://www.osetoreletrico.com.br> (com adaptações) 
 
 
59 Os dois primeiros períodos do segundo parágrafo iniciam-se por 
elemento adverbial antecipado, o que justifica o emprego da vírgula para 
isolá-los. 
 
 60 Seriam mantidas a coerência e a correção gramatical do texto caso se 
substituísse “já que” (R.22) por qualquer uma das seguintes expressões: 
dado que, visto que, uma vez que. 
 
 61 A expressão “à toa” (R.20) tem, no texto, o mesmo sentido que na frase: 
Aquela não é uma pessoa à toa. 
 
62 O texto estabelece uma relação paradoxal entre iluminação pública e 
aumento de segurança urbana. 
 
63 O trecho “eram usadas tochas” (R.13) poderia ser corretamente 
reescrito como usavam-se tochas. 
 
As cidades foram criadas para a segurança de seus 
habitantes. Foram elas que propiciaram, segundo autores 
clássicos e contemporâneos, o desenvolvimento da cidadania, 
4 da racionalidade econômica, de um sistema de leis válidas para 
todos e de novas formas de associação entre indivíduos, fora 
dos laços de parentesco e de servidão. Desde o clássico de 
7 Weber (1958) até as obras mais recentes de Godbout (1997) 
e Jacobs (1993), a liberdade é apresentada como uma conquista 
urbana. Essas novas formas de liberdade foram saudadas 
10 porque dissolviam laços de domínio dos poderes familiares e 
feudais que impediam o aparecimento de um poder público 
voltado para o povo (Habermas, 1994). Mas, simultaneamente, 
13 por atraírem pessoas vindas de diferentes lugares, com 
diferentes culturas, religiões, compromissos políticos e 
identificações, que apenas se esbarrariam nos novos espaços, 
16 as cidades teriam, então, comprometido o estabelecimento de 
relações duradouras entre seus habitantes. 
Alba Zaluar. A abordagem ecológica e os paradoxos da cidade. Revista de 
Antropologia, São Paulo: USP, 2010, v. 53, n.º 2, p. 613 (com adaptações). 
Em relação aos sentidos e a aspectos linguísticos do texto acima, 
julgue os itens que se seguem. 
 
 
64 Seriam mantidas a coerência e a correção gramatical do texto caso as 
palavras “propiciaram” (R.2) e “dissolviam” (R.10) fossem substituídas, 
respectivamente, por favoreceram e dissipavam. 
 
65 Estaria mantida a correção gramatical do texto caso o trecho “Desde o 
clássico de Weber (1958) até as obras mais recentes de Godbout (1997) e 
Jacobs (1993)” (R. 6 a 8) fosse deslocado para o final da oração, feitos os 
devidos ajustes de maiúsculas e minúsculas e suprimida a vírgula após 
“(1993)”. 
 
 66 O último período do texto poderia ser reescrito, com coerência e 
correção gramatical, da seguinte forma: No entanto, ao mesmo tempo que 
possibilitou uma nova forma de liberdade, as cidades prejudicaram o 
estabelecimento de relações duradouras entre seus habitantes, ao atraírem 
pessoas vindas de diferentes lugares, com diferentes culturas, religiões, 
compromissos políticos e identificações, que se esbarrariam nos novos 
espaços. 
 
 67 Infere-se da leitura do texto que as cidades propiciaram, além do 
fortalecimento dos laços de parentesco entre os indivíduos, o 
desenvolvimento da cidadania, da racionalidade econômica, de um sistema 
de leis válidas para todos e de novas formas de associação pessoal. 
 
68 De acordo com o texto, as cidades, por congregarem pessoas de 
diferentes classes sociais, não contribuem para a manutenção de relações 
duradouras entre os habitantes. 
 
69 Tanto na linha 11 quanto na linha 15, o termo “que” introduz oração 
adjetiva restritiva 
 
A palavra comunicação significa normalmente o 
ato de tornar comum a muitos. A partir do século XVII 
(até o século XIX), ganhou projeção a expressão meio ou 
4 linhas de comunicação, designando as facilidades 
trazidas pelo desenvolvimento das ferrovias, canais e 
rodovias no deslocamento de pessoas e objetos. 
7 Do século XIX ao século XX, o sentido da palavra se 
aproximou cada vez mais daquilo que hoje pode ser 
chamado de mídia (meios pelos quais se passa informação 
10 e se mantém o contato mediado, indireto). Foi a partir 
desse momento que a indústria da comunicação 
(transporte de bens simbólicos) separou-se 
13 semanticamente da indústria de transportes (transporte de 
bens físicos e pessoas). 
É importante ressaltar que o termo comunicação 
16 carrega, no mundo moderno, as marcas de sua 
ambiguidade original (tornar comum a muitos, partilhar, 
trocar). Nesse sentido, quando se fala em comunicação 
19 face a face ou interativa, pode-se dizer que se trata de 
troca e partilha, mas quando se fala de comunicação 
mediada, como rádio e TV, destaca-se consideravelmente 
22 a sua função de tornar comum a muitos. 
Pierre Bordieu. Questões de sociologia e comunicação. 
FAPESP, ANABLUME, 2007, p. 42-3 (com adaptações). 
No que se refere às ideias e a aspectos linguísticos do texto 
acima, julgue os próximos itens. 
 
70 O trecho “que o termo comunicação carrega, no mundo moderno, as 
marcas de sua ambiguidade original” (R. 15 a 17) exerce a função de 
complemento verbal no contexto em que ocorre. 
 
71 Infere-se do texto que o termo “comunicação” adquire, no mundo 
moderno, interpretações distintas. 
 
 72 O segundo período do primeiro parágrafo poderia ser reescrito, com 
coerência e correção gramatical, da seguinte forma: Ganhou projeção a 
expressão meio ou linhas de comunicação, a partir do século XVII (até o 
século XIX), onde passa a especificar as facilidades trazidas pelo 
desenvolvimento das ferrovias, canaise rodovias no deslocamento de 
pessoas e objetos. 
 
 73 É facultativo o emprego do sinal indicativo de crase em “A partir do 
século XVII” (R.2). 
 
 74 O emprego do acento gráfico em “indústria” e “rádio” justifica-se com 
base na mesma regra de acentuação 
 
 
 
Exercer a cidadania é muito mais que um direito, é um 
dever, uma obrigação. 
Você como cidadão é parte legítima para, de acordo 
4 com a lei, informar ao Tribunal de Contas do Estado do Rio 
Grande do Norte (TCE/RN) os atos ilegítimos, ilegais e 
antieconômicos eventualmente praticados pelos agentes 
7 públicos. 
A garantia desse preceito advém da própria 
Constituição do estado do Rio Grande do Norte, em seu artigo 
10 55, § 3.º, que estabelece que qualquer cidadão, partido político 
ou entidade organizada da sociedade pode apresentar, ao 
TCE/RN denúncia sobre irregularidades ou ilegalidades 
13 praticadas no âmbito das administrações estadual e municipal. 
Exercício da cidadania. Internet: <www.tce.rn.gov.br> (com adaptações). 
 
 
Em relação às ideias e às estruturas linguísticas do texto Exercício 
da cidadania, julgue os itens seguintes. 
 
 
75 Mantém-se a correção gramatical do texto se o trecho “informar ao 
Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Norte (TCE/RN) os atos 
ilegítimos” (R. 4 e 5) for reescrito da seguinte forma: informar ao Tribunal 
de Contas do Estado do Rio Grande do Norte (TCE/RN) sobre os atos 
ilegítimos. 
 
76 A substituição da última vírgula do primeiro parágrafo do texto pela 
conjunção e não acarreta erro gramatical ao texto nem traz prejuízo à sua 
interpretação original. 
 
 
Os primeiros vestígios de atividade contábil foram 
encontrados na Mesopotâmia, por volta de 4.000 a.C. 
Inicialmente, eram utilizadas fichas de barro para representar 
4 a circulação de bens, logo substituídas por tábuas gravadas com 
a escrita cuneiforme. Portanto, os registros contábeis não só 
antecederam o aparecimento da escrita como subsidiaram seu 
7 surgimento e sua evolução. Embora a fiscalização de contas 
conste de registros mais antigos, prática já exercida por 
escribas egípcios durante o reinado do faraó Menés I, foi na 
10 Grécia que se configurou o primeiro esboço de um tribunal 
de contas, formado por dez tesoureiros, guardiões da 
administração pública. Contudo, somente em Roma, a 
13 contabilidade atingiu sua mais alta expressão com a 
sistematização de mecanismos de controle que, por gozarem de 
estatuto jurídico preeminente, influenciaram todo o Ocidente 
16 e as civilizações modernas. 
Cristina Britto. Uma breve história do controle. 
Salvador: P55 edições, 2015, p. 15. Internet: 
<www.tce.ba.gov.br> (com adaptações) 
 
77 Os registros contábeis precedem historicamente o surgimento da 
escrita e também são essenciais para o entendimento e a evolução dos 
sistemas de escrita. 
 
 78 Os advérbios “Inicialmente” (R.3) e “logo” (R.4) atuam como 
sequenciadores textuais cuja função é organizar a sequência temporal 
relativa ao registro das atividades contábeis na Mesopotâmia. 
 
79 O emprego do modo subjuntivo na forma verbal “conste” (R.8) 
depende sintaticamente da presença da conjunção “Embora” (R.7). 
 
80 É possível identificar no trecho “foi na Grécia que se configurou o 
primeiro esboço de um tribunal de contas” (R. 9 a 11) duas orações, sendo 
uma delas de natureza restritiva. 
 
81 O texto descreve a evolução da atividade contábil, ressaltando o papel 
que cada civilização do mundo antigo desempenhou nessa história de 
evolução. 
 
 
O problema da justiça refere-se à correspondência, ou 
não, entre a norma e os valores supremos ou finais que 
inspiram determinado ordenamento jurídico. Não importa 
4 comentar se existe um ideal de bem comum, idêntico para 
todos os tempos e para todos os lugares. Todo ordenamento 
jurídico persegue certos fins e esses representam os valores 
7 a cuja realização o legislador, mais ou menos conscientemente 
e adequadamente, dirige sua própria atividade. Quando se 
considera que há valores absolutos, objetivamente evidentes, 
10 a pergunta acerca de se uma norma é justa ou injusta equivale 
a perguntar se esta é apta ou não a realizar aqueles valores. No 
caso de não se acreditar em valores absolutos, o problema da 
13 justiça ou da injustiça de uma norma tem um sentido: equivale 
a perguntar se essa norma é apta ou não a realizar os valores 
históricos que inspiram esse ordenamento jurídico, concreta e 
16 historicamente determinado. 
Norberto Bobbio. Teoría general del derecho. Bogotá/CO: 
Temis S.A., 1999, p. 20-2 (tradução livre, com adaptações) 
 
82 o problema da justiça é estudado a partir da análise entre o mundo 
ideal e o mundo real, entre o dever-ser, que representa a norma justa, e o 
não dever-ser, que corresponde à norma injusta. 
 
 83 a questão de se definir se uma norma jurídica é justa ou injusta é um 
problema deontológico do direito, ou seja, remete a um juízo de valor. 
 
84 estudar o problema da justiça ou da injustiça de uma norma jurídica 
pressupõe o exame de sua aptidão para o ideal do bem comum. Julgue os 
itens subsequentes, relativos às estruturas linguísticas do texto Teoría 
general del derecho. 
 
85 Na linha 15, caso se substituísse o vocábulo “concreta” por concreto, 
não haveria prejuízo para a correção gramatical e para os sentidos 
originais do texto, já que esse novo termo concordaria com a expressão 
“ordenamento jurídico”. 
 
86 Sem prejuízo para a correção gramatical e para a coerência do texto, o 
primeiro período poderia ser assim reescrito: A questão da justiça 
concerne a correspondência ou não entre a norma e valores absolutos, ou 
finais, inspiradores de dado ordenamento jurídico. 
 
87 Na concatenação das ideias do texto, ocorre uma sequenciação textual 
conjugada entre a oração iniciada com “Quando” (R.8) e a oração 
começada por “No caso de” (R. 11 e 12). 
 
88 Na estrutura textual, o vocábulo “esta” (R.11) e a expressão “aqueles 
valores” (R.11) fazem referência, respectivamente, ao termo “norma” 
(R.10) e à expressão “valores absolutos” (R.9). 
 
O termo justiça expressa o que se faz conforme o 
direito ou segundo as regras prescritas em lei. Desse modo, o 
termo justiça como conformidade da conduta a uma norma é 
4 empregado para julgar o comportamento da pessoa humana 
diante de uma norma, seja esta moral, seja de direito natural ou 
de direito positivo. Já o termo justiça como eficiência de uma 
7 norma (ou de um sistema de normas), no sentido de se 
possibilitar as relações entre os homens, é empregado para 
julgar a própria norma que regula o comportamento humano. 
Carlos Henrique Bezerra Leite et al. A validade e a eficácia das normas 
jurídicas. 
(Coord. Renan Lotufo). Barueri/SP: Manole, 2005, p. 7 (com adaptações). 
 
 
Considerando as ideias e as estruturas linguísticas do texto A validade e a 
eficácia das normas jurídicas, julgue os itens a seguir. 
 
89 Sem prejuízo para a correção gramatical e para os sentidos originais do 
texto, a estrutura “Desse modo (...) diante de uma norma” (R. 2 a 5) 
poderia ser assim reescrita: Assim sendo, emprega-se o termo justiça para 
julgar o comportamento do ser humano em consonância à norma de 
conduta. 
 
 90 Em “seja esta moral, seja de direito natural” (R.5), é obrigatório o 
emprego da vírgula para indicar a relação de alternância entre os 
elementos de orações de mesmo nível sintático. 
 
 91 Conclui-se do texto que existem dois significados principais do termo 
justiça, que se complementam, mas que, diretamente, não se equivalem. 
 
 92 No primeiro período do texto,a partícula “se” é empregada para 
realçar o que está sendo afirmado nesse período. 
 
 
 
 
Consta do preâmbulo da Constituição Federal que a 
justiça é um dos valores supremos da sociedade, tal qual a 
harmonia social e a liberdade. Nos demais artigos da Carta 
4 Magna, esse termo costuma vir associado à ideia de justiça 
social. Assim, o primeiro inciso do artigo terceiro da 
Constituição estabelece que a construção de uma sociedade que 
7 seja justa é um objetivo fundamental da República Federativa 
do Brasil. Ao circunscrever a justiça no espaço da sociedade, 
o texto constitucional estabelece, em síntese, que a promoção 
10 da justiça na sociedade é um fim do Estado brasileiro. 
Sérgio Luiz Junkes. A justiça social como norma constitucional. 
Resenha eleitoral – Nova série, v. 12, n.o 
 1, jan.-jun./2005. 
Internet: <www.tre-sc.jus.br> (com adaptações). 
!FimDoTexto! 
 
Em relação às ideias e às estruturas linguísticas do texto A justiça 
social como norma constitucional, julgue os seguintes itens 
 
93 À semelhança do que ocorre com a expressão “em síntese” (R.9), o 
trecho “que seja justa” (R. 6 e 7) constitui uma expressão explicativa, 
razão por que também poderia ser isolado por um par de vírgulas, sem 
que isso acarretasse prejuízo para a correção gramatical e para os sentidos 
do texto. 
 
94 Compreende-se do texto, em síntese, que a justiça social equipara-se, 
como valor da sociedade, à harmonia social e à liberdade. 
 
95 Deduz-se do texto, sob o ponto de vista semântico, que a promoção da 
justiça social constitui meta da República Federativa do Brasil. 
 
96 Na linha 2, sem prejuízo para a correção gramatical, a expressão “tal 
qual” poderia ser flexionada no plural, para concordar com “valores 
supremos”. 
 
 
Faço compras no supermercado. Encho o tanque do 
automóvel. Compro um livro, um filme, um CD. Vou almoçar, 
pago a conta, saio. E então reparo que não encontrei um único 
4 ser humano em todo o processo. Só máquinas. Eu, o meu 
cartão de crédito ― e uma máquina. Então penso: será que 
Paul Lafargue (1842–1911) tinha razão? 
7 Lafargue é pouco lido hoje em dia. Genro do famoso 
Karl Marx, Lafargue escreveu O direito à preguiça em finais 
do século XIX. Para deixar uma mensagem otimista: a 
10 humanidade deixará o trabalho para trás porque o progresso 
tecnológico vai libertar os homens da condenação da jornada. 
A mensagem de Lafargue é uma espécie de profecia 
13 bíblica do avesso: quando Adão e Eva foram expulsos do 
paraíso, Deus condenou o par desobediente a ganhar a vida 
com o suor do rosto. As máquinas, escreveu Lafargue, 
16 permitirão que os homens regressem ao paraíso, deixando as 
canseiras da labuta para os brinquedos da tecnologia. 
Não sei quantas vezes li o opúsculo de Lafargue. 
19 Umas dez. Umas cem. Sempre à espera do dia em que a 
máquina libertaria os homens para o lazer. 
João Pereira Coutinho. Nós, os escravos. In: Internet: 
<www1.folha.uol.com.br> (com adaptações). 
 
Em relação às estruturas linguísticas e às ideias do texto I, julgue os itens a 
seguir. 
 
97 No primeiro parágrafo do texto, a ausência de conectores entre os 
quatro primeiros períodos e o uso de formas verbais em primeira pessoa 
constituem estratégias discursivas que favorecem a construção de uma 
atmosfera de automatismo e de individualismo no texto. 
 
98 Na linha 5, o emprego do travessão tem a função de enfatizar a 
ausência de contato humano nas atividades realizadas no cotidiano, que 
são narradas no primeiro parágrafo. 
 
 99 De acordo com o autor do texto, a predição de Lafargue, segundo a 
qual a máquina libertaria o ser humano para o lazer, ainda não se 
concretizou. 
 
100 Haveria prejuízo para a correção gramatical do texto se, feitos os 
devidos ajustes de maiúsculas e minúsculas, o ponto final logo após 
“século XIX” (R.9) fosse substituído por vírgula. 
 
 111 Na linha 9, os dois-pontos têm a função de introduzir uma explicação 
referente à informação anterior. 
 
Não é fácil ser um organismo. Em todo o universo, 
pelo que sabemos até agora, só existe um lugar, um posto 
avançado discreto da Via Láctea chamado Terra, que sustentará 
4 você e, mesmo assim, com muita má vontade. 
Do fundo da fossa oceânica mais profunda ao topo da 
montanha mais elevada, a zona que abrange quase toda a vida 
7 conhecida, existem menos de vinte quilômetros ― não muito 
se comparados com a vastidão do cosmo como um todo. 
Para os seres humanos, a situação é ainda pior, porque 
10 pertencemos por acaso ao grupo de seres vivos que tomaram a 
decisão precipitada, mas ousada, 400 milhões de anos atrás, de 
rastejar para fora dos oceanos, tornando-se terrestres e 
13 respirando oxigênio. Em consequência, nada menos que 99,5% 
do espaço habitável do mundo em termos de volume, de acordo 
com uma estimativa, estão fundamentalmente ― em termos 
16 práticos, completamente ― fora do nosso alcance. 
Não se trata apenas de que não conseguimos respirar 
na água, mas de que não suportaríamos as pressões. Como a 
19 água é cerca de 1.300 vezes mais pesada que o ar, as pressões 
aumentam rapidamente à medida que se desce ― o equivalente 
a uma atmosfera para cada dez metros de profundidade. Em 
22 terra, se você subisse em uma construção de 150 metros ― a 
catedral de Colônia ou o monumento de Washington, 
digamos ―, a mudança de pressão, de tão pequena, seria 
25 imperceptível. No entanto, à mesma profundidade na água, 
suas veias se contrairiam e seus pulmões se comprimiriam até 
ficar do tamanho de uma lata de refrigerante. 
Bill Bryson. O planeta solitário. In: Breve história de quase tudo. São 
Paulo: Companhia das Letras, 2005, p. 247-8 (com adaptações). 
 
No que se refere às estruturas linguísticas do texto II e às ideias nele 
desenvolvidas, julgue os próximos itens. 
112 A argumentação de que o planeta Terra é o único ambiente suscetível 
de prover a vida humana no espaço da Via Láctea é desenvolvida de forma 
decisiva no texto. 
 
113 O emprego da palavra “discreto” (R.3) enfatiza a ideia da pequena 
dimensão em que ocorrem as condições mínimas para a vida humana. 
 
114 Na linha 24, o emprego da vírgula após o travessão é facultativo. 
 
115 Sem prejuízo para a correção gramatical do texto, o pronome “você”, 
em suas duas ocorrências (R. 4 e 22), poderia ser substituído por alguém. 
 
116 O texto trata das dificuldades orgânicas, físicas e sociais impostas aos 
seres vivos para a sua sobrevivência no ambiente planetário. 
 
117 A correção gramatical e os sentidos do texto seriam preservados caso 
o trecho “a zona que abrange quase toda a vida conhecida” (R. 6 e 7) fosse 
reescrito da seguinte forma: a área que preserva quase toda a vida de que 
se têm conhecimento. 
 
 
na Inglaterra, como um conceito vinculado ao 
planejamento de cidades. Data dessa época, por exemplo, 
4 o conceito de “cidade-jardim” (Howard, 1902), segundo o qual 
se poderia planejar uma cidade, distribuindo-se espacialmente 
suas funções, a fim de tornar o espaço mais agradável a todos. 
7 Esse conceito gerou forte impacto na área de urbanismo do 
século passado, com o aparecimento de várias cidades-jardim 
ao redor do mundo. Até essa época, planejamento era função 
10 estritamente técnica do urbanista ou do arquiteto, considerados 
uma espécie de visionários. Com a criação da União Soviética, 
no início da década de 20 do século passado, outra vertente de 
13 planejamento apareceu: o planejamento econômico 
centralizado. Sob essa ótica, o Estado teria completo controle 
sobre os recursos e os distribuiria de acordo com planos 
16 e metasdeterminados por políticos ou burocratas. Já a partir da 
década de 70 do século passado, o conceito de planejamento 
não era mais tão visto como um instrumento técnico e, sim, 
19 como um instrumento político capaz de moldar e de articular 
os diversos interesses envolvidos no processo de intervenção 
de políticas públicas. O planejador deveria ser o mediador dos 
22 interesses da sociedade no processo, e o resultado final deveria 
ser encontrado preferivelmente em consenso. 
José Antônio Puppim de Oliveira. Desafios do 
planejamento em políticas públicas: diferentes visões 
e práticas. Internet: <www.scielo.br> (com adaptações). 
 
Considerando as estruturas linguísticas e os sentidos do texto anterior — 
Desafios do planejamento em políticas públicas: diferentes visões e 
práticas —, julgue os próximos itens. 
 
 118 Infere-se do texto que o conceito de planejamento sempre esteve 
relacionado à construção de cidades planejadas. 
 
 119 Mantendo-se a correção gramatical e os sentidos originais do texto, 
seu segundo período poderia ser assim reescrito: O conceito de cidade-
jardim, por exemplo, proposto por Howard (1902), data dessa época. De 
acordo com esse conceito, uma cidade poderia ser planejada por meio da 
distribuição espacial de suas funções, com a finalidade de tornar o espaço 
mais aprazível para as pessoas. 
 
120 A locução “capaz de” (R.19) poderia, sem prejuízo do sentido original 
do texto, ser substituída por para. 
 
121 A correção gramatical do texto seria mantida caso o trecho “Com a 
criação (...) apareceu” (R. 11 a 13) fosse assim reescrito: No início da 
década de 20 do século passado, outra vertente de planejamento 
apareceu, relacionada a criação da União Soviética. 
 
122 Depreende-se do texto que, após 1970, o Estado planejador passou a 
agir, considerando como premissa o fato de que a técnica propicia o 
consenso necessário à consecução de políticas públicas. 
 
As mudanças políticas, sociais e culturais, nos últimos 
vinte anos, fizeram-se sentir no âmbito do direito 
administrativo e, mais especificamente, na forma de 
4 administrar a coisa pública. Diante dessa nova realidade, para 
atender às necessidades fundamentais da sociedade de forma 
eficaz e com o menor custo possível, a administração pública 
7 precisou aperfeiçoar sua atuação, afastando-se da 
administração burocrática e adotando uma administração 
gerencial. 
10 A antiga forma de administrar empregada pela 
administração pública calcava-se essencialmente em 
uma gestão eivada de processos burocráticos, criados 
13 para evitar desvios de recursos públicos, o que a tornava 
pouco ágil, pouco econômica e ineficiente. A nova 
administração gerencial tende a simplificar a atividade do 
16 gestor público sem afastá-lo, porém, da legalidade absoluta, 
uma vez que dispõe de valores públicos que devem ser bem 
empregados para garantir que os direitos fundamentais dos 
19 cidadãos sejam atendidos. 
Assim, implementou-se a administração gerencial e, 
para isso, foi necessário que os agentes públicos mudassem 
22 suas posturas e se adequassem para desenvolver a nova gestão 
pública. O novo gestor público precisou lançar mão de técnicas 
de gestão utilizadas pela iniciativa privada e verificou, 
25 ainda, que era necessário o acompanhamento constante da 
execução das atividades propostas, para que efetivamente se 
chegasse a uma gestão eficiente, uma gestão por resultados. 
28 Para levar a cabo o novo modelo de gestão pública, 
será preciso adotar novas tecnologias e promover condições 
de trabalho adequadas, assim como mudanças culturais, 
31 desenvolvimento pessoal dos agentes públicos, planejamento 
de ações e controle de resultados 
 
Acerca das estruturas linguísticas do texto A gestão pública adaptada ao 
novo paradigma da eficiência, julgue os itens subsecutivos. 
 
123 Sem prejuízo para a correção gramatical e para os sentidos originais 
do texto, o vocábulo “eivada” (R.12) poderia ser substituído por repleta. 
 
124 Na linha 28, a correção gramatical do trecho seria mantida, caso se 
inserisse acento indicativo de crase no vocábulo “a” que compõe a 
locução “a cabo”. 
 
125 As vírgulas empregadas nas linhas 4 e 6 isolam segmento de natureza 
adverbial: “para atender (...) custo possível”. 
 
 126 A correção gramatical do período seria preservada ao se substituir 
“implementou-se” (R.20) por foi implementada. 
 
 
 
 
Texto CB1A1AAA 
1 No fundo, Ana sempre tivera necessidade de sentir a 
raiz firme das coisas. E isso um lar perplexamente lhe dera. 
Por caminhos tortos, viera a cair num destino de mulher, com 
4 a surpresa de nele caber como se o tivesse inventado. O homem 
com quem casara era um homem verdadeiro, os filhos que 
tivera eram filhos verdadeiros. Sua juventude anterior 
7 parecia-lhe estranha como uma doença de vida. Dela havia aos 
poucos emergido para descobrir que também sem a felicidade 
se vivia: abolindo-a, encontrara uma legião de pessoas, antes 
10 invisíveis, que viviam como quem trabalha — com 
persistência, continuidade, alegria. O que sucedera a Ana antes 
de ter o lar estava para sempre fora de seu alcance: uma 
13 exaltação perturbada que tantas vezes se confundira com 
felicidade insuportável. Criara em troca algo enfim 
compreensível, uma vida de adulto. Assim ela o quisera e escolhera. 
16 Sua preocupação reduzia-se a tomar cuidado na hora 
perigosa da tarde, quando a casa estava vazia sem precisar mais 
dela, o sol alto, cada membro da família distribuído nas suas 
19 funções. Olhando os móveis limpos, seu coração se apertava 
um pouco em espanto. Mas na sua vida não havia lugar para 
que sentisse ternura pelo seu espanto — ela o abafava com a 
22 mesma habilidade que as lides em casa lhe haviam transmitido. 
Saía então para fazer compras ou levar objetos para consertar, 
cuidando do lar e da família à revelia deles. Quando voltasse 
25 era o fim da tarde e as crianças vindas do colégio exigiam-na. 
Assim chegaria a noite, com sua tranquila vibração. De manhã 
acordaria aureolada pelos calmos deveres. Encontrava os 
28 móveis de novo empoeirados e sujos, como se voltassem 
arrependidos. Quanto a ela mesma, fazia obscuramente parte 
das raízes negras e suaves do mundo. E alimentava 
31 anonimamente a vida. Estava bom assim. Assim ela o quisera 
e escolhera 
 
 
Com relação às ideias do texto CB1A1AAA, julgue os itens a seguir. 
 
 127 Ana dissimula as suas inquietações com afazeres domésticos. 
 
128 Com um lar, com a vida que “quisera e escolhera”, a única 
preocupação de Ana era ser uma exímia dona de casa. 
 
129 Infere-se do primeiro parágrafo do texto que, desde a juventude, Ana 
considerava o casamento e a maternidade sua vocação inata, ou seja, seu 
destino de mulher. 
 
 130 Depreende-se do texto que o casamento proporcionou a Ana o 
direito à felicidade, sentimento desconhecido para ela na juventude. 
 
Acerca dos aspectos linguísticos e dos sentidos do texto CB1A1AAA, julgue 
os itens que se seguem. 
 
131 No segundo parágrafo, o emprego do tempo verbal em formas como 
“Saía” (R.23), “exigiam” (R.25), “Encontrava” (R.27) e “alimentava” (R.30) 
denota o caráter rotineiro de determinados acontecimentos na vida de 
Ana. 
 
132 No trecho “uma exaltação perturbada (...) com felicidade 
insuportável” (R. 12 a 14), os adjetivos “perturbada” e “insuportável” 
qualificam a vida que Ana “quisera e escolhera” (R.15). 
 
133 Seria mantida a correção gramatical do texto caso a expressão “legião 
de pessoas” (R.9) fosse substituída por multidão, palavra que sintetiza o 
sentido de tal expressão. 
 
134A expressão “com persistência, continuidade, alegria” (R. 10 e 11) 
refere-se ao modo como vivem as pessoas que trabalham. 
 
135 Em “Olhando os móveis limpos, seu coração se apertava um pouco 
em espanto” (R. 19 e 20), o agente da forma verbal “Olhando” 
corresponde ao referente do pronome “seu”. 
 
136 O termo “à revelia” (R.24) foi empregado no texto como sinônimo de 
a contragosto. 
 
137 A introdução do sinal grave indicativo de crase em “a noite” (R.26) 
manteria a correção gramatical do texto, mas prejudicaria seu sentido 
original. 
 
Senti como se estivesse nascendo naquele momento. 
Uma vida nova, passada a limpo, me esperava em direção a um 
Norte mais nítido, a uma morte mais próxima e sem alternativa. 
4 Mas aquela casa me protegia, e dentro dela uma mulher se 
esforçava por me fazer feliz. Aquelas folhas de papel me 
esperavam também, intocadas, e era minha obrigação 
7 escurecê-las de ideias, histórias, sortilégios capazes, talvez, de 
fazer alguém parar no seu cotidiano e se pôr a sonhar. Era bela 
a minha missão. “E sou um poeta”, pensei, “um homem dotado 
10 de um dom mágico com relação às palavras; a bem dizer, um 
encantador de palavras, com a habilidade de ordená-las no seu 
caos e fazê-las significar, torná-las cruéis, pungentes, 
13 desesperadas, ou boas, úteis, generosas; com o poder de 
interpretar para alguém o milagre de um sentimento ignorado; 
de dar expressão ao inexprimível; de associar ideias, cores, 
16 sons aparentemente contrastantes; de emprestar sentido e 
beleza ao terrível paradoxo da vida...”. E senti como nunca 
dantes a necessidade de uma disciplina física e mental que 
19 pudesse ajudar meu corpo a tornar-se cada dia mais apto para 
usufruir, meu espírito mais lúcido para receber, meu coração 
mais simples para dar. 
Vinicius de Moraes. Barra limpa. In: Jornal do Brasil. 
Rio de Janeiro, 31/12/1969 (com adaptações). 
 
A respeito de aspectos linguísticos do texto acima, julgue os próximos 
itens. 
 
138 A supressão da vírgula empregada logo após a palavra “também” (R.6) 
não prejudicaria o sentido original do período em que ocorre. 
 
139 A vírgula empregada logo após “protegia” (R.4) separa orações 
aditivas que têm sujeitos distintos. 
 
140 O sujeito da forma verbal “era” (R.6) está elíptico. 18 A oração “por 
me fazer feliz” (R.5) expressa uma ideia de finalidade. 
 
 
 
 
Texto para os itens de 1 a 12 
1 Os juízes que se deparam com o tema dos conflitos 
familiares e da violência doméstica assistem a situações de 
violência extrema, marcadas pelo abuso das relações de afeto 
4 e parentesco, pela deslealdade nas relações íntimas de afeto e 
confiança. A violência doméstica exclui e segrega os 
integrantes da família, pois as vítimas são muitas vezes 
7 consideradas responsáveis pelas agressões que sofrem. É a 
mulher agredida quem “gosta de apanhar”, é a criança 
espancada quem “provoca” os pais. Obviamente os membros 
10 da família ficam apavorados diante da possibilidade da 
agressão e da exclusão e temem pela própria vida quando 
dependem da família para sobreviver emocional ou 
13 materialmente. Assim, todos são atingidos pela agressão a um 
deles dirigida. 
Importa destacar que a violência intrafamiliar pode se 
16 dar tanto de forma omissiva, pela ausência de cuidados 
necessários ao desenvolvimento do indivíduo, de alimentação 
regular e abrigo, quanto comissiva, pela prática de atos que 
19 violam a liberdade e a integridade física e psíquica da vítima, 
agressões físicas ou verbais. Esses atos são capazes de gerar 
sentimento de insegurança nos membros da família. No âmbito 
22 doméstico, as agressões decorrem da vontade de dominar e 
subjugar o mais fraco, da luta por poder dentro de casa. A 
maior parte dos ataques tem motivos banais, como o 
25 espancamento de mulheres que se recusam a preparar o almoço 
ou a esquentar a comida dos companheiros, ou, como no caso 
das crianças, o choro excessivo. 
28 O processo judicial restaura a verdade dos fatos. 
O agressor é sentado no banco dos réus e é tratado como tal. A 
vítima tem o direito de expor a dor, o sofrimento e exigir a 
31 reparação devida. Muitas vezes não se persegue o 
encarceramento do agressor, mas apenas a responsabilização 
pelos atos, de natureza cível ou criminal. O juiz observa as 
34 partes com os olhos da lei, da equidade, da justiça. A justiça 
analisa tais casos dia após dia, noite após noite, e os diversos 
agentes envolvidos no amparo e proteção às vítimas 
37 desenvolvem sensibilidade especial para o tema. E, movidos 
pela empatia com os mais fracos nas relações sociais e 
familiares, buscam ajudar a restabelecer a linguagem de 
40 respeito entre os membros da comunidade familiar, 
propiciando o resgate dos sentimentos que a mantêm coesa e 
saudável. 
Theresa Karina de Figueiredo Gaudêncio Barbosa. Paz em 
casa. In: Correio Braziliense, 26/2/2015 (com adaptações). 
 
No que se refere às ideias apresentadas no texto, julgue os itens que se 
seguem. 
 
141 A busca da manutenção de relações de poder assimétricas motiva 
grande parte dos atos de violência doméstica. 
 
142 Em se tratando de violência doméstica, o objetivo do processo judicial 
é a responsabilização do agressor, estando a prisão desse agressor 
relegada a último plano. 
 
143 A palavra-chave referente à violência intrafamiliar omissiva é omissão, 
ao passo que a referente à violência intrafamiliar comissiva é ação. 
 
144 Nos casos de violência doméstica, muito comumente, há o que se 
pode denominar inversão da culpa, ou seja, observam-se vítimas sendo 
tratadas pelos seus agressores como responsáveis pela violência que 
sofrem. 
 
Cada um dos itens a seguir, que apresenta uma proposta de reescrita de 
trecho do texto — entre aspas —, deve ser julgado certo se, ao mesmo 
tempo, a proposta estiver gramaticalmente correta e não acarretar 
prejuízo ao sentido original do texto, ou errado, em caso contrário. 
 
145 “Esses atos (...) membros da família” (R. 20 e 21): É capaz desses atos 
gerarem sentimento de insegurança nos membros da família. 
 
146 “O agressor (...) como tal” (R.29): O agressor senta-se no banco dos 
réus e como réu ele é considerado. 
 
 147 “Obviamente os membros da família (...) da agressão” (R. 9 a 11): Os 
integrantes da família apavoram-se, de fato, perante à possibilidade da 
agressão. 
 
Acerca dos aspectos linguísticos do texto apresentado, julgue os itens 
seguintes. 
 
148 Em “que a mantêm coesa e saudável” (R. 41 e 42), o deslocamento do 
pronome “a” para logo após a forma verbal “mantêm” prejudicaria a 
correção gramatical do período. 
 
149 No primeiro parágrafo, as aspas foram empregadas em trechos que 
reproduzem discursos de outras pessoas, e não da autora do texto. 
 
150 Na linha 1, o “que” é um elemento expletivo, empregado apenas para 
dar realce a “Os juízes”. 
 
151 Em “não se persegue” (R.31), a partícula “se” está empregada como 
um recurso para indeterminar o sujeito. 
 
152 Em “Importa destacar” (R.15), a oração “destacar” exerce função de 
sujeito. 
 
Ouro em FIOS 
1 A natureza é capaz de produzir materiais preciosos, 
como o ouro e o cobre — condutor de ENERGIA ELÉTRICA. 
O ouro já é escasso. A energia elétrica caminha para 
4 isso. Enquanto cientistas e governos buscam novas fontes de 
energia sustentáveis, faça sua parte aqui no TJDFT: 
— Desligue as luzes nos ambientes onde é possível 
7 usar a iluminação natural. 
— Feche as janelas ao ligar o ar-condicionado. 
— Sempre desligue os aparelhos elétricos ao sair do 
10 ambiente. 
— Utilize o computadorno modo espera. 
Fique ligado! Evite desperdícios. 
Energia elétrica. 
A natureza cobra o preço do desperdício. 
Internet: <www.tjdft.jus.br> (com adaptações) 
 
Considerando as ideias expressas no texto, bem como seus aspectos 
tipológicos e linguísticos, julgue os itens subsequentes. 
 
153 A expressão “Fique ligado” (R.12), típica da oralidade, é empregada no 
texto com o significado de fique atento e funciona como uma estratégia 
para estabelecer uma relação de proximidade com o interlocutor. 
 
154 Há no texto elementos característicos das tipologias expositiva e 
injuntiva. 
 
155 A finalidade do texto é alertar o interlocutor sobre as consequências 
que podem resultar do desperdício de energia elétrica e apresentar-lhe 
um conjunto de ações recomendadas pelo TJDFT com vistas a evitar o 
desperdício de energia elétrica. 
 
Tendo como referência os aspectos gramaticais do texto, julgue os 
próximos itens. 
 
156 Na linha 2, o termo “como o ouro e o cobre” expressa uma 
informação que torna mais preciso o significado de “materiais preciosos” 
(R.1). 
 
157 A oração “de produzir materiais preciosos” (R.1) e o termo “de 
ENERGIA ELÉTRICA” (R.2) desempenham a mesma função sintática no 
período. 
 
158 A vírgula empregada logo depois de “sustentáveis” (R.5) é obrigatória, 
e sua supressão prejudicaria a correção gramatical do texto. 
 
159 O pronome “isso” (R.4) retoma a ideia expressa no primeiro período 
do parágrafo, ou seja, refere-se ao fato de o ouro ser escasso. 
 
 160 A oração “usar a iluminação natural” (R.7) exerce a função de 
complemento do adjetivo “possível” (R.6). 
 
161 A substituição da palavra “energia”, em “novas fontes de energia 
sustentáveis” (R. 4 e 5) por energias prejudicaria a clareza do texto, por 
resultar em ambiguidade em relação ao termo que a palavra 
“sustentáveis” modifica. 
 
 
 
 
Levantou-se da cama o pobre namorado sem ter 
conseguido dormir. Vinha nascendo o Sol. 
Quis ler os jornais e pediu-os. 
4 Já os ia pondo de lado, por haver acabado de ler, 
quando repentinamente viu seu nome impresso no Jornal do 
Comércio. 
7 Era um artigo a pedido com o título de Uma 
Obra-Prima. 
Dizia o artigo: 
10 Temos o prazer de anunciar ao país o próximo 
aparecimento de uma excelente comédia, estreia de 
um jovem literato fluminense, de nome Antônio Carlos 
13 de Oliveira. 
Este robusto talento, por muito tempo incógnito, 
vai enfim entrar nos mares da publicidade, e para isso 
16 procurou logo ensaiar-se em uma obra de certo vulto. 
Consta-nos que o autor, solicitado por seus 
numerosos amigos, leu há dias a comédia em casa do Sr. 
19 Dr. Estêvão Soares, diante de um luzido auditório, que 
aplaudiu muito e profetizou no Sr. Oliveira um futuro 
Shakespeare. 
22 O Sr. Dr. Estêvão Soares levou a sua amabilidade 
ao ponto de pedir a comédia para ler segunda vez, e ontem 
ao encontrar-se na rua com o Sr. Oliveira, de tal 
25 entusiasmo vinha possuído que o abraçou estreitamente, 
com grande pasmo dos numerosos transeuntes. 
Da parte de um juiz tão competente em matérias 
28 literárias este ato é honroso para o Sr. Oliveira. 
Estamos ansiosos por ler a peça do Sr. Oliveira, e 
ficamos certos de que ela fará a fortuna de qualquer teatro. 
31 O amigo das letras. 
Machado de Assis. A mulher de preto. In: Contos 
fluminenses. São Paulo: Globo, 1997 (com adaptações) 
 
No que se refere aos sentidos e às características tipológicas do texto, 
julgue os itens que se seguem. 
 
162 No texto, a palavra “fortuna” (R.30) pode ser interpretada tanto como 
sucesso quanto como riqueza. 
 
163 Do texto não é possível concluir se “o pobre namorado” (R.1) é 
Antônio Carlos de Oliveira ou o Sr. Dr. Estêvão Soares. 
 
 164 Dada a assinatura “O amigo das letras” (R.31), é correto concluir que 
o trecho publicado no Jornal do Comércio é uma carta. 
 
165 Depreende-se do texto que Antônio Carlos de Oliveira vai iniciar uma 
atividade profissional ligada à propaganda, para a qual tem muito talento. 
 
166 Na linha 29, a oração introduzida pela preposição “por” remete a uma 
ação anterior ao estado descrito na oração “Estamos ansiosos”. 
 
 
 
Acerca de aspectos linguísticos do texto, julgue os itens a seguir. 
 
167 A correção gramatical e o sentido do texto seriam mantidos caso o 
termo “em casa” (R.18) fosse isolado por vírgulas. 
 
168 Na linha 23, o termo introduzido pela preposição “para” exerce a 
função de complemento do verbo “pedir”. 
 
169 Seria alterado o sentido original do texto, embora sua correção 
gramatical fosse mantida, caso o trecho “Temos o prazer (...) Antônio 
Carlos de Oliveira” (R. 10 a R. 13) fosse reescrito da seguinte forma: É um 
prazer informar o país do lançamento da primeira comédia de qualidade 
do jovem Antônio Carlos de Oliveira, estreante na literatura fluminense. ] 
 
170 Na linha 17, o vocábulo “que” classifica-se como conjunção e introduz 
o sujeito da oração “Consta-nos” 
 
 
O conceito de planejamento surgiu no final do século 
XIX, na Inglaterra, como um conceito vinculado ao 
planejamento de cidades. Data dessa época, por exemplo, 
4 o conceito de “cidade-jardim” (Howard, 1902), segundo o qual 
se poderia planejar uma cidade, distribuindo-se espacialmente 
suas funções, a fim de tornar o espaço mais agradável a todos. 
7 Esse conceito gerou forte impacto na área de urbanismo do 
século passado, com o aparecimento de várias cidades-jardim 
ao redor do mundo. Até essa época, planejamento era função 
10 estritamente técnica do urbanista ou do arquiteto, considerados 
uma espécie de visionários. Com a criação da União Soviética, 
no início da década de 20 do século passado, outra vertente de 
13 planejamento apareceu: o planejamento econômico 
centralizado. Sob essa ótica, o Estado teria completo controle 
sobre os recursos e os distribuiria de acordo com planos 
16 e metas determinados por políticos ou burocratas. Já a partir da 
década de 70 do século passado, o conceito de planejamento 
não era mais tão visto como um instrumento técnico e, sim, 
19 como um instrumento político capaz de moldar e de articular 
os diversos interesses envolvidos no processo de intervenção 
de políticas públicas. O planejador deveria ser o mediador dos 
22 interesses da sociedade no processo, e o resultado final deveria 
ser encontrado preferivelmente em consenso. 
José Antônio Puppim de Oliveira. Desafios do 
planejamento em políticas públicas: diferentes visões 
e práticas. Internet: <www.scielo.br> (com adaptações). 
 
Considerando as estruturas linguísticas e os sentidos do texto anterior — 
Desafios do planejamento em políticas públicas: diferentes visões e 
práticas —, julgue os próximos itens. 
 
171 Infere-se do texto que o conceito de planejamento sempre esteve 
relacionado à construção de cidades planejadas. 
 
172 Mantendo-se a correção gramatical e os sentidos originais do texto, 
seu segundo período poderia ser assim reescrito: O conceito de cidade-
jardim, por exemplo, proposto por Howard (1902), data dessa época. 
 
173 De acordo com esse conceito, uma cidade poderia ser planejada por 
meio da distribuição espacial de suas funções, com a finalidade de tornar 
o espaço mais aprazível para as pessoas. 3 A locução “capaz de” (R.19) 
poderia, sem prejuízo do sentido original do texto, ser substituída por 
para. 
 
174 A correção gramatical do texto seria mantida caso o trecho “Com a 
criação (...) apareceu” (R. 11 a 13) fosse assim reescrito: No início da 
década de 20 do século passado, outra vertente de planejamento 
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