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A Pop Art é um movimento artístico marcado pela fascinação com a cultura popular e pelo questionamento de valores e crenças tradicionais através da exaltação da ironia e da comicidade dos fatos e objetos. O movimento floresceu na Inglaterra e Estados Unidos durante os anos 1960 e influenciou artistas de diversas linguagens. Pop Art feita por Lobo, artista brasileiro As obras de Pop Art são concebidas de forma a valorizar os objetos do cotidiano acrescentando- lhes o status de ícones. A consolidação do movimento é marcada por peças consideradas revolucionárias pela forma como capturam a essência e retratam objetos comuns e de uso popular. Obras de Wayne Thiebaud, um dos ícones americanos da Pop Art Este tipo de arte é extremamente colorida e crítica. Para fazê-la, os artistas utilizam como matéria prima quadrinhos, propagandas de tv, artistas de cinema e produtos de consumo, aliadas à técnicas modernas como a fotografia, fotocópia, colagem e serigrafia. A Pop Art evoluiu do crescente interesse de artistas pelo mundo da cultura popular ao status de movimento graças ao trabalho de artistas como Richard Hamilton, Andy Warhol, Roy Lichtenstein e muitos outros. Apesar de a ideia inicial ser criticar a sociedade de consumo, em alguns momentos a Pop Art contribuiu para que certos produtos vendessem ainda mais, como foi o caso das sopas Campbell, de Andy Warhol. Isto ocorria porque a Por Art se confundia facilmente com uma publicidade e a única diferença estaria em que na arte não há frases no imperativo convidando o cliente a comprar. Sopas Campbell, de Andy Warhol Impossível falar de Pop Art sem citar Andy Warhol, com uma visão irônica e ácida do mundo, em seus trabalhos estampava rosto de pessoas famosas como Elvis Presley e Marilyn Monroe para mostrar que, apesar de serem personalidades públicas eram também figuras impessoais, figuras de massa. Da mesma forma, destacou a impessoalidade de objetos de consumo como a Coca Cola, carros e latas da sopa Campbell. Algumas das obras de Andy Warhol Outro grande artista da Pop Art foi Roy Lichtenstein, ele usava como temática a história em quadrinhos. A ideia era mostrar a futilidade da cultura de massa americana. Ele pintava seus quadros com tinta acrílica, onde reproduzia à mão procedimentos gráficos, como por exemplo a técnica do pontilhismo. Seus quadros possuíam cores brilhantes, planas e limitadas. O artista queria trazer uma reflexão sobre a linguagem das formas artísticas. Obras de Roy Lichtenstein In the Car, 1963, de Roy Lichtenstein E como precursor do movimento que influenciou todos esses artistas, temos Richard Hamilton, considerado um dos mais influentes artistas plásticos britânicos do século XX. Sua colagem de 1956:“Just What Is It That Makes Today’s Homes So Different, So Appealing?", É considerado por críticos e historiadores como uma das primeiras obras da pop art. Sua criação mais famosa: Just What Is It That Makes Today’s Homes So Different, So Appealing? (O que será que torna os lares de hoje tão diferentes, tão atraentes?), É parte da mostra This Is Tomorrow, do Independent Group em Londres. No início de sua carreira artística, foi muito influenciado pelo futurismo, pelo cubismo e pelas obras e estilo de Paul Cézanne (pintor francês do pós-impressionismo). Misturando imagens de revistas, fotografias e ilustrações em colagens irreverentes, ele foi capaz de transmitir as revoluções culturais de uma época. Seus trabalhos incluem ainda pinturas, desenhos e serigrafias. Obras de Richard Hamilton, coleção Study for a Fashion Plate, 1969. My Marilyn, 1965 The White Album, 1968 Four Self Portraits, 1990 O Independent Group (IG) foi um grupo radical de jovens artistas, escritores e críticos que se reuniram no Instituto de Arte Contemporânea (ICA) em Londres na década de 1950 e é considerado o precursor do movimento Pop Art. Entre alguns artistas envolvidos estavam Richard Hamilton, Nigel Henderson, John Mchale, Sir Eduardo Paolozzi e William Turnbull. O grupo foi responsável pela formulação, discussão e divulgação de muitas das ideias básicas do Pop Art britânico e de muitas outras novas artes britânicas no final da década de 1950 e início dos anos 1960. I Was a Rich Man’s Plaything, 1947, Sir Eduardo Paolozzi Head of a Man, 1956, Nigel Henderson No Brasil, a Pop Art surgiu no contexto da ditadura militar e foi usada como instrumento de crítica ao sistema. Aderindo apenas à forma e à técnica utilizada na Pop Art, os artistas brasileiros expressaram a insatisfação com a censura instalada pelo regime militar. Boa parte do conteúdo impresso nas peças artísticas desse movimento no Brasil, traziam referência à denúncias de tortura e violência. "Guevara Vivo ou Morto“(1967), de Claudio Tozzi. A obra baseada no herói da Revolução Cubana, Che Guevara, foi exposta no IV Salão Nacional de Arte Contemporânea, na cidade de Brasília. Sua exposição gerou muita polêmica, uma vez que expor uma obra que retratava Che Guevara em plena época de ditadura militar no Brasil, era considerada uma imensa provocação, pois remetia aos ideais de liberdade e de uma sociedade mais igualitária. A obra não foi bem aceita pelos conservadores, e foi destruída a machadadas no Salão Nacional de Arte Contemporânea e sendo depois restaurada. Em comparação à Pop Art americana, a brasileira era mais precária, utilizando materiais alternativos e reaproveitados, mas sem perder a qualidade artística e conceitual. Refletindo sobre o cotidiano e o banal, a nossa Pop Art ganhou estilo próprio, nos EUA e Inglaterra, por exemplo, ocorreu uma incorporação de elementos da sociedade de consumo, enquanto que no Brasil, predominou a temática social dos anos 60. Dentre os principais artistas nesta época estão Wesley Duke Lee, Luiz Paulo Baravelli, Carlos Fajardo, Claudio Tozzi, entre muitos outros. Depois da anistia, nos anos 80, cada artista brasileiro seguiu o seu próprio rumo criativo. Ao lado, “Hoje é Sempre Ontem”(1972) de Wesley Duke Lee. Obras de Luiz Paulo Baravelli A Pop Art representa a cultura para as massas, a crítica à sociedade, um manifesto de rebeldia contra um regime, uma libertação de cores e formas no mundo artístico. Esse desabafo libertador é conseguido por meio de sinais, gestos, emblemas em oposição à realidade ou então apropriando- se dessa mesma realidade, tudo para que a mensagem a ser passada seja entendida por todos, sem distinção de classe social. POP ART E SEUS REPRESENTANTES Seminário apresentado sob a orientação da prof. ª Maria das Dores de Vasconcelos Cavalcanti Melo, na disciplina de Evolução da Arte e do Design. Alunas: Iris Cristina dos Santos Isis Alexandre de Lima Farias da Silva Jemima de Oliveira Campos Meyse Duarte Campelo Rute Cristina Barbosa dos Santos FIM!
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