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Apostila Terapia Nutricional Parenteral

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1
NUTRIÇÃO PARENTERAL - DEFINIÇÂO
(Portaria 272, de 08 de abril de 1998): 
Solução ou emulsão, composta basicamente de
carboidratos, aminoácidos, lípides, vitaminas e minerais,
estéril e apirogênica, acondicionada em recipiente de vidro
ou plástico, destinada à administração intravenosa em
pacientes desnutridos ou não, em regime hospitalar,
ambulatorial ou domiciliar, visando a síntese ou à
manutenção dos tecidos, órgãos e sistemas.
Ela pode ser:
Central: administrada por uma veia de grande diâmetro,
geralmente subclávia ou jugular interna, que chega
diretamente ao coração.
Periférica: administrada através de uma veia menor
(basílica, cefálica, umbilical), geralmente na mão ou no
antebraço.
Características da Nutrição Parenteral (Chemin)  Mistura
homogênea, estável e não deve apresentar partículas nem
corpos estranhos.
 Coloração – incolor – vitaminas
- amarelada – com vitaminas
 Aparência – leitosa – com lípides
- translúcida – sem lípides
 2 em 1 somente HC + AA
 3 em 1 HC + AA + LIP
NUTRIÇÃO PARENTERAL (NP)
INDICAÇÕES DA NP:
1. Pré - operatórias: particularmente doentes desnutridos
(perda de 15% do peso) com obstrução do TGI
alto.Segundo Calixto-Lima, o ideal é no mínimo 5-7 dias no
pré-operatório e no pós-operatório, dar continuidade por
igual período.
2. Complicações cirúrgicas pós operatórias: fístulas
intestinais, íleo prolongado e infecção peritoneal
3. Pós-trauma: lesões múltiplas, queimaduras graves e
infecção.
4. Desordens gastrointestinais: vômitos crônicos e
doença intestinal infecciosa (diarréia grave), mucosite e
esofagite
5. Obstrução do trato gastrointestinal
6. Moléstia inflamatória intestinal: colite ulcerativa e
doença de Crohn
7. Insuficiências orgânicas: hepática e renal
8. Condições pediátricas: prematuros, atresia esofágica
intestinal, gastrosquise (é caracterizada por defeito de
fechamento da parede abdominal anterior fetal,
paraumbilical, com evisceração dos órgãos abdominais),
onfalocele (herniação do intestino ou de outros órgãos
abdominais através da raiz umbilical, a qual é coberta
apenas pelo peritônio) e diarréia crônica intensa.
Obs.1:
- Chemin quando não se pode usar o TGI por 5-7 dias
Obs.2: a NPT não deve ser usada como rotina em
pacientes terminais. (ver indicações e critérios no capítulo
de Câncer)
CONTRA-INDICAÇÕES DA NP:
 Pacientes com instabilidade hemodinâmica 
hipovolemia, choque cardiogênico ou séptico;
 Edema agudo de pulmão (EAP);
 Anúria sem diálise;
 Distúrbios metabólicos e eletrolíticos.
 A nutrição parenteral não está bem indicada quando
os pacientes podem ingerir e absorver quantidades de
nutrientes suficientes por via oral ou enteral, suprindo
até 60% das necessidades calóricas em pacientes
cirúrgicos. (Dan, 2009)
 TNP está contra-indicada quando não se pode definir
claramente o objetivo da terapia ou quando forem
utilizadas para prolongar a vida de pacientes
terminais. (Dan, 2009)
Existem algumas situações em que se justificam cautela
(prescrever com cuidado devido estado clínico do
paciente) no uso da TNP, de acordo com a Sociedade
Americana de Nutrição Parenteral e Enteral: (Dan, 2009)
- glicemia > 300 mg/dl
- nitrogênio uréico sangüíneo > 100 mg/dl
- osmolaridade sérica > 350 mOsm/kg
- Na > 150 mEq/L
- K < 3,0 mEq/L
- Cl > 115 ou < 85 mEq/L
- P< 2 mg/dl
- alcalose ou acidose metabólica
- Estes valores devem ser individualizados para cada
paciente.
Quando iniciar a NUTRIÇÃO PARENTERAL
TOTAL OU CENTRAL?
 Seus benefícios superam os riscos
 Quando duração é prevista para mais do que duas
semanas (Dan, 2009 e Projeto Diretrizes) ou 7-10 dias
(Cuppari)
 Houver necessidade de grande quantidade de
nutrientes
 Houver necessidade de restrição de fluídos
Pacientes desnutridos:
Pré-operatório:
 Tão logo seja possível  7 a 15 dias (Dan) / 7 a 10
dias (Chemin) de NPT pré-operatória, menos do que
isso não há beneficio no pós-operatório.
 Sem necessidade de NPT na ausência de desnutrição
em paciente submetidos a procedimentos cirúrgicos
simples.
Pós-operatório:
 Se não restabelecer função intestinal após 05-10 dias
de pós-operatório (Dan)
 Em desnutridos graves deve-se utilizar por 5-7 dias
pós-operatório (Chemin)
 Complicações pós-operatórias que impedem uso do
TGI início imediato da NPT
 Uso de rotina de TNP no pós-operatório deve ser
evitado
 Como o uso de NP: (Dan, 2009)  melhores
resultados em pacientes desnutridos graves,
candidatos a cirurgia do TGI superior.
TERAPIA NUTRICIONAL PARENTERAL (TNP) Prof. Cristina Fajardo Diestelcristinadiestel@nutmed.com.br
2
Pacientes pediátricos:
 Prematuros e neonatos  se via oral insuficiente,
iniciar sem retardo a NPT, pois esses pacientes têm baixas
reservas energéticas (risco de desnutrição)
Composição da NPT Completa – oferecer todos os
nutrientes em quantidades adequadas.
Recomendações pacientes críticos: (Dan)
 PTN (1,2 a 1,5g/kg/dia);
 CHO (< 4mg/kg/min);
 LIP (1g/kg/dia);
 calorias (25 – 35 kcal/kg/dia);
 líquidos (mínimo necessário para fornecer
macronutrientes)
Recomendações pacientes estáveis: (Dan)
 PTN (0,8 a 1,0g/kg/dia);
 CHO (< 7mg/kg/min);
 LIP (1g/kg/dia);
 calorias (30 – 35 kcal/kg/dia);
 líquidos ( 30 – 40ml/kg/dia)
Recomendações Nutricionais segundo Chemin:
 Adultos  para cálculo calórico, usar equação de
Harris Benedict ou regra de bolso (30 kcal/kg/dia)
 Oferta calórica em pediatria, considerar tabela abaixo,
sendo a distribuição de macronutrientes recomendada
 Carboidratos 40 a 50% do VET, Lipídios 30 a 40%
do VET e proteínas 8 a 20% do VET, localizando-se a
relação kcal não protéica/gN2 entre 90 a 150.
NPT SISTEMA LIPÍDICO (solução leitosa)
 Também conhecida como 3 em 1, é a mistura de
aminoácidos, glicídios, lipídios, vitaminas, minerais e
eletrólitos na quantidade adequada para administração
diária em um mesmo frasco ou bolsa de NPT
 Recomendações:
- 25-30% VET ou 50% das calorias não protéicas.
(Dan, 2009)
Vantagens do sistema 3 em 1:
 Mais balanceada do que o 2 em 1  contém todos os
nutrientes
 Permite diminuir oferta de glicose  melhor tolerada
em pacientes com resistência à insulina, DM
 Uso de lipídio que tem alta densidade calórica
 Lipídios são isotônicos  favorece uso de veia
periférica
 Impede deficiência de AGE
 Toda a composição em 01 bolsa  facilita infusão da
NPT menor contaminação
 Diminui a osmolaridade da solução (600 – 950 mOsm)
devido a diminuição na concentração de glicose
Complicações do sistema 3 em 1:
 Tromboflebite venosa periférica – pode estar
relacionada à veia, à cânula ou à solução infundida
(osmolalidade causa dano à parede)  a profilaxia
consiste em 0,5 – 1U/ml de heparina, o que não gera
efeitos colaterais.
 Excesso de lipídeo:
- TCL  hepatomegalia, acúmulo de lípides na célula de
Kupfer, esplenomegalia e sobrecarga do sistema retículo
endotelial. Emulsão lipidica mista (50%TCL + 50% TCM)
reduz o risco de disfunção hepática
- mais de 60% das kcal não protéicas ou doses > 3g/kg/dia
 icterícia colestática progressiva.
- ideal: oferta de 1g/kg/dia ou infusão de 0,03 a 0,05g/kg/h
 Elevação de TG e COL  pode ocorrer, mas a adição
de heparina reduz a elevação, pois estimula a ação da
lípase lipoprotéica. A presença de sepse, disfunção
hepática, intolerância à glicose predispõe a
hipertrigloiceridemia nos pacientes críticos. O nível de TG
deve ser monitorizado antes e durante a infusão da NP e a
infusão diária de lipídios deve ser descontinuada ou
reduzida quando a concentração sérica de TG ultrapassar
400mg/dl.
 Hipersensibilidade a emulsão  complicação rara,
consiste em dor torácica, febre, vômitos, dispnéia,
palpitação, tremor e cianose  sintomas melhoram com a
 da infusão. Recomenda-se dose teste antes de infundir
(1ml/min por 15 min de solução a 10% ou metade da dose
da emulsão a 20%) – sem reação,infusão normal.
 Uso prolongado pode ocasionar raramente  
transitório de transaminases, hepatomegalia, eosinofilia,
trombocitopenia, leucopenia, anemia de etiologia
desconhecida.
 Embolia gordurosa  ocorre raramente com a infusão
de gotículas de gordura > 6m de diâmetro (normal 0,2 –
0,4 m). Ocorre quando a NPT é preparada e administrada
em más condições (calor, tempo > 24h)  ASPEN
(Associação Americana de Nutrição parenteral e enteral) e
FDA (Food and Drug Administration) recomendam uso de
filtro
Contra-indicações do Sistema 3:1:
 Dislipidemias
 Pancreatite aguda na fase hiperlipemica
 Insuficiência Hepática
 Nefrose lipoide (Calixto-Lima)
NPT SISTEMA GLICÍDICO (solução aquosa)
É o sistema que não inclui lipídios, sendo uma mistura
de glicose e aminoácidos. Os lipídios são infundidos
separadamente, pelo menos 02 vezes na semana (500ml
de lipídio a 10%).
O uso de NPT em sistema glicídico é acompanhado
de complicações mecânicas e infecciosas graves,
relacionadas à cateterização venosa central. Porém,
constitui-se uma alternativa para pacientes com
intolerância ou problema na utilização de lipídios (ex.
aumento dos TG).
3
Desvantagens da NPT – Sistema Glicídico
 Intolerância à glicose
 Anormalidade nas provas de função hepática
 Insuficiência respiratória, se houver reserva funcional
deficiente
 Deficiência de ácidos graxos essenciais
 Coma hiperosmolar não cetótico
 Necessidade de cateter em veias centrais
(complicações técnicas e infeciosas)
Observações importantes quanto à
composição da NPT completa: (Dan)
 Obstáculos farmacocinéticos (solubilidade,
estabilidade térmica e de armazenamento, compatibilidade
química, toxicidade)  impedem administração de todos
os nutrientes necessários e conhecidos.
 AA não administrados: glutamina, tirosina, cisteina e
taurina (glutamina e tirosina podem ser administrados na
forma de dipeptideos alanil-glutamina e alanil-tirosina)
 AA administrados em excesso: glicina, fenilalanina e
leucina.
 Emulsões lipídicas: TCL – n6, TCM, TCL – n3 e n9
(imunomoduladores).
 NÃO há fibras em soluções de NPT
 Adição de insulina deve ser de acordo com
necessidade
 Uso de heparina para prevenção de trombose por
cateter: dose 1 a 3U/ ml não compromete tempo de
coagulação
 Embalagens acúmulo de alumínio a longo prazo.
Cálculo das Composições de NPT
Na tabela 01 encontram-se as orientações para
cálculo de macronutrientes em NPT e na tabela 02 as
quantidades usuais e máximas de cada macronutriente e
na tabela 03 as orientações para o cálculo da
osmolaridade em nutrição parenteral:
Tab. 01 Cálculo de Macronutrientes em NPT
Nutrientes Valor calórico
Gordura
Solução lipídios a 10%
Solução lipídios a 20%
Solução lipídios a 30%
1,1 kcal/ml (11kcal/g)
2,0 kcal/ml (10 kcal/g)
2,9 kcal/ml
Proteína 4 kcal / g
Glicose monohidratada 3,4 kcal/g
Normalmente utilizam-se glicose nas concentrações
de 10 a 50%, aminoácidos nas concentrações de 5 a 15%
ou soluções de aminoácidos especiais (hepatopatas e
nefropatas) e soluções de lipídio a 10 ou 20%.
Tab. 02 Quantidade usual e máxima de macronutrientes
Nutriente Quantidade usual Unidade máxima
de substrato
Carboidrato 40-60 % VET ≤ 4 - 7 mg/kg/min
Proteína 1,0 – 2,0 g/kg/dia 2,0 – 2,5 g/kg/dia
Gordura 20-40 % VET 1 – 2,5 g/kg/dia
Tab. 03 Cálculo da Osmolaridade (mOsm/litro) de soluções
de Nutrição Parenteral
Como iniciar a NPT
 Krause  iniciar abaixo da meta da taxa de infusão e
aumentar o gotejamento a cada 2-3 dias.
 Krause  alguns médicos preferem programar o início
da NPT baseados na quantidade de glicose, iniciando com
100-200 gramas ao dia e progredindo a cada 2-3 dias.
 Cuidar na progressão da oferta calórica em pacientes
desnutridos (Dan)
 Paciente hipermetabólico  devido às rápidas perdas,
atingir necessidades em 24 – 36 horas (Dan)
 Calixto-Lima  iniciar com 30-50% das necessidades
nutricionais estimadas, progredindo gradualmente até
100% num período de 48-72h.
Quando terminar a NPT?
 Quando houver restauração da função normal do TGI
(via oral ou sonda)
 A transição da NPT para NE deve ser gradual  dieta
líquida → dieta branda, ao atingir aporte pleno suspender a
NPT
 ATENÇÃO: não hesitar em retorná-la em caso de
recidiva da sintomatologia TGI
Como finalizar a NPT
 NPT sistema glicídico não deve ser interrompido
abruptamente  risco de hipoglicemia (devido ao elevado
nível de insulina circulante) (Dan)
 Deve-se reduzir gradativamente a dose de infusão da
NPT antes de suspendê-la (Dan)
 Retirada + rápida:  gotejamento para metade por 1h
e para ¼ na hora seguinte com posterior suspensão) 
cuidado desnecessário em pacientes em nutrição enteral
ou oral. (Dan)
Monitorização na NP
 Mandatória para prevenção de complicações
metabólicas e sépticas
 Dan sugere atentar para concentrações séricas de
albumina, pré-albumina e transferrina (analisadas
juntamente com estado de hidratação, função dos órgãos e
infecções)
 Pacientes recebendo soluções com lipídios à longo
prazo  taxa de eliminação da gordura 12 horas após
infusão de gordura (teste de turvação).
 Chemin:
- A avaliação nutricional sistematizada seve ser
realizada no início da TN a cada 02 semanas (Atenção
– a Legislação de TNP – Portaria 272 recomenda AN
a cada 10 dias)
4
- Controle clínico  deve ser diário e deve incluir
sinais vitais, exame físico e pesagem diária;
- Em neonatologia  o controle de eletrólitos é
essencial de deve ser diário.
NUTRIÇÃO PARENTERAL PERIFÉRICA
(NPP)
Administração de uma solução de glicose ou outro
carboidrato (sorbitol), emulsão gordurosa e AA por veia
periférica. (NPP é SEMPRE 3:1)
INDICAÇÕES DA NPP:
 Manutenção nutricional a curto prazo (7-10 dias -
Cuppari / 5-7 dias - Krause, 2005 / até 02 semanas - Dan,
2009 e Calixto-Lima),
 Na transição para dieta oral ou enteral ou naqueles
que quando em nutrição oral/enteral não consigam ter as
necessidades nutricionais alcançadas por completo, por
esta via.
 Na desnutrição grave (Dan, 2009 – apenas em 01
capítulo, o outro contra-indica)
 Pacientes em preparo pré-operatório e/ou no pós-
operatório com período de jejum prolongado, (Dan, 2009)
 Quando a punção de uma veia central é contra-
indicada ou impossível; (Dan 2009)
CONTRA-INDICAÇÕES DA NPP:
 Historia de alergia a ovo ou emulsões lipÍdicas
intravenosas
 Disfunção hepática importante
 Hipertrigliceridemia, hiperlipidemia
 Veias inadequadas
 Uso de NE adequada e efetiva
 Limitação de fluidos (limitação superior a 2000 –
3000/24h)
 Desnutrição grave (como tem 02 capítulos de NPP no
Dan, 2009, um coloca como contra-indicação e outro não)
 Que necessitem de grande ingestão calórica ou
protéica, ou eletrolítica (especialmente potássio) (Dan,
2009)
 Indicação definitiva para NP Total (necessidade de NP
por mais de 2 semanas) (Dan, 2009)
CARACTERÍSTICAS DA NPP:
 Deve ter baixa osmolaridade (Dan, 2009 – 700-1000
mOsm / Krause - 800-900 mOsm / Cuppari, Chemin e
Calixto-Lima em torno de 900mOsm / Projeto Diretrizes até
850 mOsm) e quantidade reduzida de potássio  risco de
flebite.
 Necessita da infusão de lipídeos para aumentar VET e
diminuir osmolaridade.
 Oferta, normalmente altos volumes de solução, por
conta de sua osmolaridade que deve ser limitada
(problemático em pacientes com insuficiência hepática ou
renal)
 Sugere-se a adição de heparina, soluções tampão
com bicarbonato de sódio ou mesmo corticosteróides com
o risco de reduzir o risco de tromboflebite do acesso
venoso. (Dan, 2009)
 Em geral não atinge as necessidades nutricionais 
chega até 1000 – 1500 kcal/dia. (Cuppari, 2005 e Calixto-
Lima)
 Inicio e fim não precisa ser gradual como na NPT
 O uso de NPP era, até recentemente, questionado por
muitos autores. Estes consideravam impossível oferecer
as necessidades totais por via periférica. No entanto, na
atualidadeas necessidades nutricionais são estimadas
com sendo 25 – 30 kcal/kg, o que significa algo entre 1500
a 2000 kcal/dia, o que é facilmente atingido com a fórmula
periférica, sem a necessidade e se oferecer um grande
volume de solução. (Dan, 2009)
VANTAGENS DA NPP:
 Fácil acesso venoso, não necessitando de equipe
médica treinada, além de menor custo (Dan, 2009)
 Evita as morbidades precoce e tardia relacionadas à
punção venosa central, denominadas complicações
técnicas associas à inserção e manutenção do cateter
venoso e diminuição do risco de complicações sépticas
associadas à manutenção do cateter venoso central por
tempo prolongado; (Dan, 2009)
 Menor probabilidade da hiperglicemia. (Dan, 2009)
NUTRIÇÃO PARENTERAL INTRADIALÍTICA
(Chemin)
 Seria recomendada para pacientes que não toleram a
NE e apresentam sinais clínicos de desnutrição:
o albumina sérica menor que 3,4g/dl,
o perdas maiores do que 10% do peso ideal,
o ingestão de proteína menor que 0,8g/kg e
o ingestão calórica inferior a 25kcal/kg/dia;
 A NP intradialítica consiste na administração de uma
NP (comumente 3 em 1) durante cada sessão de
hemodiálise, ofertando cerca de 1000 a 1200 kcal por
sessão;
 Espera-se que seus efeitos benéficos ocorram de 3 a
6 meses após o início da terapia, instituindo-se após
este período, a alimentação normal com
suplementação oral, se houver necessidade.
VIAS DE ACESSO EM NUTRIÇÃO
PARENTERAL
Independente do acesso escolhido, este deve ser
exclusivo para a infusão de nutrição parenteral, proibindo-
se a infusão de medicamentos e outras substâncias.
O tempo de administração não deve ultrapassar o
período de 24 horas de exposição ao meio ambiente se a
solução for ou contiver lipídios e 72h se for a base de
glicose e aminoácidos.
Acesso Periférico:
 Selecionar veias periféricas distais da extremidade
superior e local da punção trocado a cada 48h-72h, ou
serem substituídos somente se necessário.
 Dan, 2009  Exceção: quando necessário,
medicamentos poderão ser administrados no mesmo
acesso da NPP. No entanto, contra-indica-se a
administração concomitante de hemoderivados e
quimioterápicos. O farmacêutico deverá ser consultado
sobre possíveis interações droga-nutriente e a equipe
multiprofissional deve autorizar.
 Existe também o acesso central de inserção periférica
(PICC) – este cateter é inserido em uma veia na área
antecubital do braço e avançado em direção à veia
subclávia com a ponta do cateter colocado na veia cava
superior – assim, apesar da inserção periférica é um
cateter central. (Dan, 2009) É a via de escolha em
pediatria e neonatologia onde os riscos associados a
outros dispositivos são maiores. As vantagens do uso do
PICC são o menor risco de acidentes de punção e menor
5
risco de contaminação durante sua permanência. O PICC
pode ser especialmente indicado em pacientes
traqueostomizados com distúrbios de coagulação ou com
risco de punção central.
Acesso Central  antes do início da infusão, checar
posicionamento do cateter por raio X.
Sítios de inserção  todos posicionam o cateter na
veia cava superior, o que permite a administração de
soluções hiperosmolares com poucos incovenientes já que
a solução é diluída neste local por intenso fluxo sangüíneo.
 Veia subclávia
 Jugular interna
 Axilar (pediatria)
 Femoral risco de contaminação
 Cateteres duplo ou triplo lúmen podem ser usados 
1 via exclusiva para NPT
 Cateteres centrais semi-implantáveis ou totalmente
implantáveis são indicados para NPT de longa
permanência, especialmente domiciliar.
Complicações relacionadas à inserção do cateter:
 Contaminação do cateter durante a passagem
 Pneumotórax RX tórax e drenagem
 Hemotorax drenagem
 Lesão de plexo braquial
 Hidrotórax
 Hemo e hidromediastino
 Punção e laceração arterial  remover agulha e
comprimir local
 Lesão do ducto torácico  quilotórax
 Lesão do nervo frênico
 Lesão da traquéia
 Trombose venosa anticoagular e remover cateter
 Embolia pulmonar
 Embolia gasosa
 Embolia do Cateter ou do fio-guia  retirada de alça
introduzida por punção arterial transfemural
 Arritmia cardíaca
 Mal posicionamento do cateter  controle radiológico
obrigatório
 Observação  Chemin considera as complicações
mecânicas, aquelas relacionadas ao cateter, tanto
quanto à inserção, quanto à obstrução e complicações
infecciosas.
Complicações infecciosas relacionadas ao cateter:
 Contaminação atinge 30%
 Remover cateter imediatamente se houver sinais
flogísticos (alterações do orifício, hiperemia, secreção)
 Trocar a cada 15 dias e em pacientes infectados a
cada 5 dias.
 Cuidar com a periodicidade da troca do curativo no
local do cateter (a cada 48h ou em menor tempo, se
necessário)
Focos de contaminação do cateter:
 Contaminação na introdução assepsia inadequada
 Emprego de soluções contaminadas  técnicas de
preparo inadequadas, defeito na vedação do frasco, adição
posterior de medicamentos
 Uso inadequado do equipo: desconexão freqüente e
uso por + de 24h
 Pela pele: curativos por + de 24 a 48h (sujos e/ou
molhados), fixação inadequada do cateter a pele,
contaminação do curativo por secreção, troca do curativo
com técnica asséptica inadequada
 Peritonite, queimaduras, pneumonia
 Imunodeficiência, susceptibilidade do paciente
TÉCNICAS DE INFUSÃO DE NP:
 Infusão contínua:
- As soluções podem ser administradas de forma contínua
por gravidade ou por meio de bombas de infusão (sendo
esta a mais empregada) (Chemin) (Obs.: apesar da
Chemin colocar infusão por gravidade, isto não é
normalmente realizado, sendo possível que esta
informação esteja errada)
- A infusão das soluções é iniciada abaixo da velocidade
de infusão alvo por meio de uma bomba volumétrica e, em
seguida, são aumentadas em seguida gradativamente
dentro de um período de 2 a 3 dias para uma meta final.
(Krause, 2010)
 Infusão cíclica e intermitente: é feita de forma que o
conteúdo flua por ação da gravidade, em intervalos de 02 a
06 horas. É a infusão de escolha para o domicílio, pois
permite a desconexão durante o dia, garantindo ao
paciente a realização de atividades normais. (Chemin)
(Obs.: apesar da Chemin colocar este tipo de infusão, isto
não é normalmente realizado em NP, sendo possível que
esta informação esteja errada)
NPT CÍCLICA
 Período de infusão de 12 ou 18h (Dan) / 08h a 12h
(Krause, 2010), normalmente noturno
 Permite maior mobilidade para o paciente
 Presença de “período pós absortivo” que não há na
NPT contínua (infusão em 24h)
SUBSTRATOS EM NUTRIÇÃO PARENTERAL
CARBOIDRATOS
Glicose
 Carboidrato principal das formulações de NPT 
único nutriente infundido na veia da mesma maneira
conforme é absorvida no intestino.
 Substrato de menor custo e maior disponibilidade
comercial.
 Nutriente essencial para o SNC, hemácias e córtex
renal e tecidos em cicatrização;
 Segundo a Krause, no mínimo 100g deve ser
fornecida para um paciente com 70kg para a não utilização
de proteína para a síntese de energia.
 Segundo Cuppari, a quantidade mínima é de 200g/dia
 manter glicemia cerebral
 Utilizada nas formas de dextrose entre 3 e 70%
(Krause) mas sobretudo nas formas de dextrose a 25, 50 e
70% (Cuppari, 2005).
 Máxima concentração para administração periférica é
de 10% - Cuppari e Calixto-Lima / 15% - Dan 2009, por
veia central é de 35% do volume total (Cuppari, 2005)
 Capacidade oxidativa máxima:
o 7mg/kg/min (Cuppari,2005 / Chemin)
o 5mg/kg/min (Krause e Cuppari, 2014).
o Para pacientes críticos, Chemin recomenda até
4mg/kg/min e Cuppari (2014) recomenda
3mg/kg/min.
 Fornece 3,4 kcal/g  está na forma monoidratada
AMINOÁCIDOS – nenhuma solução de aminoácidos
comercialmente disponível contém glutamina, cistina,
mais usados
6
taurina ou quantidades apropriadas de tirosina, porque
estes aminoácidos são instáveis ou pobremente solúveisem água. O uso de peptídeos em NPT está abrindo a
possibilidade desta adequação.
 As soluções existentes são compostas de
aminoácidos cristalinos essenciais e não-essenciais ou
específicas para pacientes com problemas renais e
hepáticos.
 Concentração de AA nas soluções varia de 6,7 a 15%
 Cada g de AA fornece 4 kcal e a quantidade média de
proteínas na solução deve ser de 15-20%
Glutamina (Dan)
 AA livre mais prevalente no corpo humano (+ de 60%
de pool de AA livres totais no músculo esquelético).
 Considerada condicionalmente essencial em situações
catabólicas (estresse).
 Age como precursora da síntese protéica (reguladora
da homeostase de aminoácidos) e como intermediária de
um grande número de vias metabólicas.
 É precursora de glutationa.
 Doa nitrogênio para síntese de purinas, pirimidinas,
nucleotídeos e aminoaçúcares.
 É o substrato mais importante para a amoniogênese
renal, participando do equilíbrio ácido-básico.
 Fonte energética para células de proliferação rápida
(enterócitos, colonócitos, fibroblastos, linfócitos)
 Inclusão de glutamina livre nas soluções de NPT é
problemática devido à sua decomposição em solução
aquosa e baixa solubilidade em água  soluções de NPT
contendo glutamina devem ser estocadas por no máx 2
dias (4°C) e para evitar risco de precipitação, não deve
exceder 1-1,5%
 Recomendação: 0,2 – 0,57g/kg/dia
Peptídeos de cadeia curta sintéticos (Dan)  as
desvantagens em usar glutamina, tirosina e cistina livres
promoveram uma busca por outros substratos.
 São dipeptideos sintéticos contendo glutamina,
tirosina ou cisteína que preenchem todos os critérios físico-
químicos necessários à seu uso em NPT.
 Rapidamente clareados do plasma sem se acumular
em tecidos
  fontes de nitrogênio em menor volume hídrico
 osmolaridade < , solubilidade e estabilidade >
EMULSÕES LIPÍDICAS
 São isotônicas e podem ser administradas em veia
periférica sem causar flebite
 São compostas de soluções aquosas de óleo de soja
ou açafrão com fosfolipídios de gema de ovo, como
emulsificantes. O glicerol, que é hidrossolúvel, é
adicionado à solução para proporcionar osmolaridade.
 Cada g de glicerol fornece 4,3 kcal.
 Previnem deficiência de AGE (2-4% linoléico - o que
equivale a 10% do VET)
 Quantidade máxima 2,5 g/kg para o paciente estável
(Dan, 2009 e Chemin) / 2g/kg (Cuppari, 2014) e, para o
paciente crítico 1,0 g/kg (Chemin) e 1,5 g/kg (Dan, 2009)
 Infusão de mais de 30% do VET de lipídios podem ser
imunossupressoras (fornecimento de excesso de ácido
linoléico advindo dos óleos de soja e açafrão)
 Segundo Cuppari (2005), a taxa infusão deve ser de
até 100ml/h para soluções a 10% e até 50ml/h para
soluções a 20%.
Observações Dan (2009) a respeito das emulsões
lipídicas:
 O uso de TCM confere vantagens bioquímicas a
emulsão de TCM/TCL, pois seu metabolismo é
parcialmente independente de carnitina para transporte
intramitocondrial, representando uma rápida fonte de
energia lipídica. Além disso, TCM promove melhor
clareamento plasmático de não acumula no fígado. Desde
o desenvolvimento de formulações com misturas de
TCM/TCL, ela tem sido indicada para pacientes críticos
devido ao fato de que TCM é menos susceptível a
peroxidação lipídica e não participa da síntese de
eicosanóides, reduzindo o impacto sobre o sistema retículo
endotelial e a resposta inflamatória sistêmica em relação
aos AGPI ômega 6. No entanto, vem sendo demonstrado
que estas misturas de TCM/TCL pode alterar
seletivamente a função dos linfócitos.
Uso de lipídios estruturados compostos de agrupamento
químico aleatório de triglicerídeos contendo TCM e TCL no
mesmo esqueleto de glicerol tem vantagens por apresentar
rápido clearance plasmático, estando mais prontamente
disponíveis para processos oxidativos e assim, tendo
menor sobrecarga metabólica do organismo.
 Misturas de óleo de oliva com óleo de soja também são
uma outra opção. Fornecem cerca de 20% de AGPI ômega
6, suficientes para suprir ou corrigir as deficiência de AGE.
Os AGMI tem sido associados a efeitos neutro ou
imunomodulador sobre as funções imunológicas, sendo
um alternativa segura para oferta de gordura parenteral,
com menor impacto potencial sobre a resposta inflamatória
e imunológica e menor peroxidação lipídica do que
emulsão lipídica com muito ômega 6.
 Existe ainda a opção de emulsão lipídica de óleo de
peixe, que tem conhecidas vantagens por sua função
imunomoduladora e pode ser usado em associação a
emulsão lipídica a base de óleo de soja.
 A emulsão lipídica de última geração é composta de
óleo de soja (30%), TCM (30%), óleo de oliva (25%) e óleo
de peixe (15%) – que contém um pouco de cada uma das
emulsões, mas sobretudo pouca quantidade de ômega 6 e
muita quantidade de ômega 3, dentro da faixa considerada
ideal para o tratamento de pacientes críticos
(aproximadamente 2,5:1). Além disso, ela é acrescida com
quantidades apropriadas de alfatocoferol para evitar a
peroxidação dos AGP na membrana plasmática.
MEDICAÇÕES
É possível incluir medicações na NPT como
antibióticos, vasopressores, narcóticos, diuréticos, e muitas
outras drogas. Isto não ocorre frequentemente, pois requer
conhecimento profundo de compatibilidade física entre os
componentes da solução. As drogas mais adicionadas
incluem a insulina os anti-ácidos (evitar úlcera estresse), a
heparina e a albumina.
 Albumina humana (Chemin) embora proporcione um
modesto efeito nutritivo, é mais usada
farmacologicamente com o objetivo de regular o
volume plasmático.
 Levocarnitina (Chemin)  é carreadora de moléculas
lipídicas para dentro e para fora da mitocôndria. Os
neonatos prematuros não são hábeis em sintetizar
carnitina a partir de seus precursores e, por esta
razão, a suplementação de carnitina intravenosa se
torna indicada e necessária.
ELETRÓLITOS, VITAMINAS E MINERAIS
Segundo a Krause, uma vez que vitaminas e minerais
administrados por via parenteral não passam pelos
7
processos de digestão e absorção, suas recomendações
são menores que a IDR.
Os multivitamínicos habitualmente usados em NP
omitem a vitamina K que deve ser acrescentada
separadamente em dose de 5mg/1x na semana ou
diariamente na dose de 01mg. Existem diversos relatos
documentando deficiência grave de tiamina em pacientes
recebendo NPT.
A medida que a solução prescrita é iniciada podem ser
necessários ajustes para adequar o fluído e o balanço de
eletrólitos, dependendo da estabilidade do paciente. O
ferro também não faz parte normalmente das soluções
parenterais por não ser compatível com os lipídeos e pode
intensificar o crescimento bacteriano. Quando necessário é
administrado separadamente como ferro dextrano.
(Krause)
Dada a dificuldade de estabilidade físico-química não
existe nenhuma especialidade farmacêutica que contenha
todos esses oligoelementos reunidos em um único frasco
para aplicação parenteral.
Cada livro oferece uma recomendação distinta de
vitaminas, minerais e elementos-traço, porém, estas
tabelas não constam na apostila, pois é impossível
memorizá-las.
LÍQUIDOS
 Recomendação de Fluídos:
- Adultos: 30-40 ml/kg/dia, com febre, adicionar + 300ml
para cada °C superior a temperatura normal
- Pediatria – 50 a 100 ml/kg/dia
- Prematuros – 120 ml/kg/dia
COMPLICAÇÕES DA NPT
METABÓLICAS:
Coma Hiperglicemico Hiperosmolar Não – cetótico
 Síndrome de alta mortalidade (50%) ocasionada por
sobrecarga de NPT, particularmente excesso de glicose.
 Favorecida a sua ocorrência em associação de NPT
com diálise peritoneal ou uso drogas hiperglicemiantes
(corticoterapia)
 Nas primeiras 24-48h de infusão  hiperglicemia
comum, até 180mg%, não tratar nesta fase  Taxa
infusão até 40ml/h por 24h.
 No coma evitar a administração excessiva de água e
queda rápida da glicemia que pode causar edema cerebral
grave.
Hipoglicemia
 Ocasionada principalmente pela suspensão súbita da
infusãode glicose hipertônica e circulação de insulina
elevada.
 Tratamento com glicose a 50% em bolus até
desaparecimento dos sinais e sintomas (cefaléia,
sudorese, sede, parestesias, confusão mental)
 NPT deve ser reduzida gradualmente  reduz-se a
metade nas primeiras 12 horas e após substitui-se por
glicose a 10% (50-100ml/h) nas 12 horas seguintes.
 Se suspensão abrupta NPT sistema glicídico 
administrar glicose a 10% com a mesma velocidade de
gotejamento
 Suspensão rápida  especialmente para NPT cíclica,
 NPT a metade por 2 horas e a ¼ nas próximas 02 horas
e então suspensão total na NPT.
 Insulina no frasco de NPT: nesse caso se a infusão for
interrompida subitamente  hipoglicemia aguda pois a
glicose é oxidada mais rápido do que a insulina é
degradada (meia vida 6-12h). ATENÇÃO REDOBRADA!
Hiperglicemia:
 Complicação mais comum da NPT e pode estar
associada ao estresse metabólico do paciente crítico;
 Prevenção  iniciar com não mais do que 50% das
necessidades nutricionais estimadas, evitando-se
ultrapassar 150 a 200 g de glicose nas primeiras 24
horas de infusão de NP. Dan - a velocidade de
infusão de carboidrato não deve ultrapassar 4-5
mg/kg/min ou 20-25 kcal/kg/dia / Cuppari 2014 – a
velocidade de infusão de carboidrato não deve
ultrapassar 3-5mg/kg/min ou 25-30 kcal/kg/dia.
Segundo Cuppari ainda, pode-se aumentar o % e
lipídios dos habituais 30% para 40%.
 Controle deve ser a cada 6h, podendo ser mais
espassado caso haja um bom controle glicêmico e
tornarem-se mais freqüentes se houver episódios de
hiperglicemia.
 Projeto Diretrizes – Obs.: o uso de dietas ricas em
gordura monoinsaturada e pobres em carboidratos
podem reduzir a glicemia pós-prandial, mas os fatores
mais importantes são a quantidade total de calorias e
de carboidrato ministrado.
 Calixto-Lima  a suspensão temporária da nutrição
parenteral deve ser considerada quando há glcemia
acima de 300mg/dl.
Hipercapnia
 Infusão excessiva de calorias não protéicas como
glicose (> 25kcal/kg/dia)   produção de CO2.
 Quociente respiratório(QR) = relação entre produção
de CO2 e consumo de O2.
- CHO QR = 1,0
- PTN QR = 0,8
- LIP QR= 0,7
 Glicose > 5 - 7mg/kg/min / Calixto-Lima administração
de glicose > 3mg/kg/min (paciente grave) e >5mg/kg/min
(paciente estável)  produção de CO2, logo  QR
Sobrecarga de AA
 Quando os AA não conseguem ser adequadamente
metabolizados  manifestações tóxicas (alterações
emocionais ou mentais)  ocorrem principalmente em
vigência de infecção ou hepatopatia
Insuficiência de AGE
 Ausência de emulsão lipídica por 5 dias (crianças) ou
3 semanas (adulto) ocasiona deficiência de AGE
 Manifestações clínicas: descamação cutânea, queda
de cabelo, pobre cicatrização de feridas, maior
sensibilidade a infecções, diminuição da pressão
intraocular, hepatomegalia
 Manifestações laboratoriais: anemia, trombocitopenia,
diminuição do índice de prostraglandinas
 Prevenção: emulsão lipidica pelo menos 2 vezes na
semana.
Deficiência de vitaminas e de micronutrientes (Dan,
2009)
8
 Nos pacientes recebendo NPT, baixos níveis de
tiamina, vitamina C, E, selênio, cobre e zinco são
freqüentes
 Alguns estudos nrecomendam reposição de3 2-3X a
RDA, por via endovenosa até recuperação do TGI, porém,
não há consenso sobre a efetividade clínica desta prática
Síndrome do roubo celular ou de realimentação
 Ocorre em pacientes desnutridos graves, jejum
prolongado ou em situação de ingestão prejudicada por
período prolongado (alcoolismo crônico, anorexia nervosa,
jejum com 7 -10dias sob estresse), submetidos a TN não
balanceada em fase de anabolismo celular.
 Caracteriza-se por um rápido influxo de principalmente
fósforo, potássio e magnésio para o interior da célula
quando há infusão de nutriente (síntese celular), levando a
uma queda brusca deles no plasma.
 Também ocorre intolerância a glicose e líquidos
 Prevenção: iniciar dieta a 25ml/h progredindo
lentamente. Monitorar eletrólitos diariamente.
Repercussões orgânicas da síndrome
Hipofosfatemia
 Arritmias cardíacas, ICC, morte súbita
 Disfunção hepática (principalmente em cirróticos)
 Confusão mental, coma, paralisia de nervos
cranianos, perda do sensório, letargia, parestesia,
rabdomiolise, convulsões, síndrome de Guillain – Barre
símile e fraqueza
 Insuficiência respiratória aguda
 Anemia hemolítica, trombocitopenia, diminuição da
função plaquetaria, hemorragia, disfunção dos leucócitos
Hipomagnesemia
 Arritmia cardíaca, taquicardia
 Dor abdominal, anorexia, diarréia e obstipação
 Ataxia, confusão mental, hiporreflexia, irritabilidade,
tremor muscular, mudança de personalidade, convulsões,
tetania, vertigem, fraqueza
Hipocalemia
 Arritmia cardíaca, hipotensão postural,  sensibilidade
ao digital, alteração no ECG
 Constipação, íleo, exacerbação da encefalopatia
hepática.
 Hiporreflexia, arreflexia, parestesia, paralisia, insuf.
Respiratória, rabdomiólise, fraqueza
 Alcalose metabólica, intolerância a glicose.
 Poliúria, polidipsia, nefropatia, mioglobinuria
(rabdomiolise)
Intolerância a glicose
 ICC, morte súbita, hipotensão arterial
 Esteatose hepática
 Coma hiperosmolar não cetótico
 Hiperglicemia, hipernatremia, cetoacidose,
desidratação.
 Retenção de CO2, Insuficiência Respiratória.
 Diurese osmótica, azotemia pré renal.
Cuidados clínicos na prevenção da síndrome do roubo
celular
 Reconhecer sua existência
 Reconhecer os pacientes sob risco
 Corrigir distúrbios hidroeletroliticos antes de iniciar
terapia nutricional
 Restabelecer criteriosamente volume circulatório
 Aumentar oferta calórica lentamente
 Administrar vitaminas rotineiramente
Outras complicações metabólicas citadas por Chemin:
 Hiperglicemia (estresse metabólico, obesidade,
diabetes, excessiva administração de glicose)
 Hiperfosfatemia (excessiva infusão de fosfato,
insuficiência renal)
 Hipermagnesemia (excessiva infusão de magnésio em
insuficiência renal)
 Hipercalemia (excessiva administração de K, acidose
metabólica)
 Hipocalcemia (decréscimo da administração de
vitamina D, hipoparatireoidismo, hipoalbuminemia)
 Hipercalcemia (insuficiência renal, excessiva
administração de vitamina D, hiperparatireoidismo)
 Hiponatremia (nefrite, insuficiência adrenal, excesso
de fluído hipotônico)
 Hipernatremia (excessiva perda de água, excessiva
administração de sódio, inadequada ingestão de água
livre)
Doença óssea
 Aparecimento varia de alguns meses até anos após o
início da NPT.
 Patogênese: deficiência de Cu, Ca e P; excesso de
vitamina D; alumínio (tóxico), drogas (furosemida,
heparina, acetato)
 Sintomas:
- adultos: dor dorsal, periarticular ou ósseas e fraturas
- crianças: osteopenia, fraturas e fissuras ósseas
 Diagnóstico: RX, exame bioquímico ( fosfatase
alcalina, hipofosfatemia, calciúria), densitometria
óssea.
 Prevenção e tratamento: uso criterioso dos fármacos e
nutrientes para minimizar as perdas e aumentar a
retenção de nutrientes; uso de NPT contínua (melhor
balanço mineral)
GASTROINTESTINAIS (Obs.: Chemin considera as
complicações GI dentro das complicações metabólicas)
Gastroparesia (Dan, 2009)
- Pode ser observada em paciente com NP
- Fatores como a composição da fórmula (presença de
TCM, carga de glicose) podem desencadear esta
alteração, além da hiperglicemia que pode favorecer.
Esteatose hepática
- cursa com aumento de aminotransferases
- disfunção hepática mais comum no adulto em NPT
- pode aparecer entre a 1ª e 4ª semana do inicio da NPT
- infiltração gordurosa inicia-se na área periportal e regride
após término da NPT.
- possíveis causas: quantidade  de glicose, levando ao
acúmulo de acetil Côa; aumento da síntese de AG com
diminuição da sua oxidação, diminuição da síntese de
lipoproteínas
- Cuidar com a oferta calórica e incluir lipídios pode auxiliara reverter este processo
Lama biliar
- vesícula sem estímulo  acúmulo de bile na vesícula
9
- ocorre em 6% dos casos de pacientes em NPT por 3
semanas e 50% entre 4-6 semanas.
Colelitíase
- ocorre em 19 a 35% dos casos de lama biliar
- incidência  em pacientes com ressecção intestinal ou
doença ileal
Colecistite acalculosa
- ocorre em 4% dos casos de NPT por mais de 3 meses
- sintomas: dor em hipocôndrio direito, febre e leucocitose
- ultra-som abdominal não mostra cálculo, mas presença
de lama biliar
Colestase
adultos:
- elevação da fosfatase alcalina e gama-glutamil
transpeptidase sugere a ocorrência de colestase
- fatores de risco: sepse. NPT prolongada, NPT contínua,
excesso de AA, uso inadequado de lipídeo, deficiência de
nutrientes (glutamina, taurina, metionina, colina, carnitina)
- em geral, a colestase desaparece após 04 semanas do
término da NPT, mas a manutebção da NPt a despeito da
piora da colestase pode levar a cirrose.
crianças:
- mais freqüente na criança que no adulto
- toxicidade direta da NPT no fígado devido à imaturidade
do sistema secretor biliar
- a deficiência de taurina na NPT pode induzir a colestase
(no neonato, é o principal aminoácido utilizado pelo
hepatócito para conjugar o ácido biliar).
 Complicações relacionadas a falta de ingestão enteral
e inadequado estímulo da circulação êntero-hepática e
função intestinal: age contribuindo para a colestase por:
estase biliar, hipercrescimento bacteriano e hipoplasia
intestinal com redução da imunidade. Pó este motivo. A NE
deve ser sempre estimulada, mesmo que em pequenas
quantidades, tão logo seja possível.
Atrofia de mucosa intestinal
- ausência de alimentos no lúmen  anormalidade na
síntese e liberação de fatores tróficos.
- suprimento de energia insuficiente a enterócitos e
colonócitos.
Gastrite e Úlcera (Calixto-Lima)
A infusçao endovesosa de aminoácidos estimula a
produção ácido péptica do estômago e, assim, contribui
para as lesões aguda de mucosa. É prudente a utilização
de protetores gástricos (inibidor de bomba de próton,
sucralfato ou inibidores de receptores de histamina) nos
pacientes com nutrição parenteral exclusiva.
ALIMENTAÇÃO DE TRANSIÇÃO (Krause)
 Da alimentação parenteral para a enteral 
inicialmente deve-se introduzir uma quantidade mínima de
NE (30-40 ml/hora) para estabelecer a tolerância GI.
Diminuir a NPT até manter os mesmo níveis de nutrientes
prescritos. A medida que a infusão de NE é aumentada em
25-30 ml/hora a cada 8-24 horas a NPT é reduzida
concomitantemente. Quando o paciente estiver tolerando
75% das suas necessidades nutricionais por via enteral, a
NPT pode ser suspensa. Este processo leva de 2 a 3 dias,
mas depende do paciente e da tolerância GI.
 Da alimentação parenteral a oral  também depende
da ingestão de 75% das necessidades por via oral para
suspensão da NPT. Este processo é mais difícil que na
alimentação enteral pois depende do apetite do paciente,
de sua motivação e bem estar.
 Da alimentação enteral a oral  geralmente é mais
adequado mudar da forma de administração contínua para
administração por períodos de 12 ou 08 horas durante a
noite, o que restabelece a fome e estimula a ingestão oral.
Com a ingestão oral de 75% das necessidades nutricionais
a NE é retirada.
10
Questões:
1) A insuficiência de ácidos graxos essenciais na nutrição
parenteral pode resultar em manifestações clínica como:
(A) Trombocitopenia e descamação de pele
(B) Dificuldade de cicatrização de feridas e
hiperbilirrubinemia
(C) Hepatomegalia e colelitíase
(D) Colestase e anemia
2) Durante a nutrição parenteral, podem ocorrer
complicações metabólicas, como a hipomagnesemia que
causa:
(A) Insuficiência cardíaca congestiva
(B) Hipotensão ortostática
(C) Taquicardia
(D) Alteração no E.C.G
3) Nas emulsões parenterais hoje comercialmente
disponíveis, podem ser encontrados os seguintes tipos de
triglicérides de cadeia longa: (Hospital Geral Dr. Waldemar
Alcântara – 2002)
(A) Apenas ômega 6
(B) Apenas ômega 6 e ômega 3
(C) Apenas ômega 6 e ômega 9
(D) Ômega 6, ômega 3 e ômega 9
4) A interrupção abrupta da Nutrição Parenteral Total,
sistema glicídico, acarreta o risco de: (Hospital Geral Dr.
Waldemar Alcântara – 2002)
(A) Flebite
(B) Hipoglicemia
(C) Hiperglicemia
(D) Leucose
5) Em uma solução de nutrição parenteral 3 em 1, que
tenha em sua composição 600ml de solução de lipídio a
20%, a quantidade de energia fornecida pelas gorduras é,
em kcal, de:
(A) 1200
(B) 1080
(C) 660
(D) 480
6) A nutrição parenteral pode-se apresentar sob a forma
de sistema glicídio e lipídico.O uso de sistema lipídico é
contra-indicado nos seguintes casos: (Concurso de
Residência 2001 – Nutrição)
(A) hipertrigliceridemia = 200mg/dl
(B) hipercolesterolemia = 150mg/dl
(C) hipercolesterolemia > 200mg/dl
(D) hipertrigliceridemia > 400mg/dl
7) Não é considerada uma indicação para o uso da
nutrição parenteal por veia periférica? (Bombeiros –
nutricionista – 2001)
(A) taxa metabólica normal ou levemente elevada;
(B) nenhuma insuficiência orgânica que necessite de
restrição de fluidos;
(C) ingestão enteral interrompida, mas com previsão de
recomeçar dentro de 5 a 7 dias;
(D) incapacidade de tolerar ingestão enteral por mais de 7
dias;
(E) suplementação a alimentação enteral.
8) Marque a alternativa que cita conseqüências da
hiperglicemia secundária à terapia nutricional parenteral:
(Itaboraí, 2006)
(A) hipofostatemia, hipocalemia, ganho ponderal, polifagia
e alcalose respiratória
(B) hiperosmolaridade plasmática, ganho de volume,
alcalose metabólica, oligúria e perda ponderal
(C) hiposmolaridade plasmática, depleção de volume,
alcalose metabólica, poliúria e ganho ponderal
(D) hiperfostatemia, hipocalemia, hiponatremia, ganho de
volume, polifagia e alcalose respiratória
(E) hiperosmolaridade plasmática, depleção de volume,
acidose metabólica, poliúria e perda ponderal
9) Não é considerada uma complicação metabólica da
nutrição parenteral total: (Bombeiros – nutricionista – 2001)
(A) hipoglicemia;
(B) coma hipersmolar, não cetotico, hiperglicêmico;
(C) acidose metabólica hiperclorêmica;
(D) pneumotórax;
(E) deficiência de ácidos graxos essenciais.
10) Durante a nutrição parenteral, podem ocorrer
complicações metabólicas, sendo a mais freqüente a
hiperglicemia. A intolerância a glicose e glicosúria podem
ter como causa a: (HUPE 2002)
(A) hiperpotassemia
(B) hipopotassemia
(C) hiperfosfatemia
(D) hipofosfatemia
11) Uma das potenciais complicações da nutrição
parenteral total é a hipofosfatemia. Quando submetidos a
uma realimentação agressiva, pacientes em jejum
prolongado ou mal alimentados por longos períodos
podem apresentar uma acentuada queda dos níveis
plasmáticos de fósforo, com graves conseqüências. Nestes
casos, a hipofosfatemia resulta: (Secretaria de Saude do
Estado do Rio De Janeiro – 2001)
(A) das intensas perdas de fósforo que passam a ocorrer
com a realimentação
(B) do rápido desvio de fósforo do liquido extracelular para
o interior das células
(C) do uso de formulações com teor reduzido de fósforo
(D) de uma necessidade reduzida de fósforo no inicio da
realimentação
12) A nutrição parenteral periférica pode ser indicada para
pacientes eutróficos em condições de jejum de curta
duração. Uma contra-indicação par este tipo de acesso
parenteral está evidenciada na seguinte alternativa: (HUPE
2002)
(A) risco de trombose de veia profunda
(B) limitação de fluidos entre 2000 e 3000ml
(C) degradação protéica em estados catabólicos pós-
cirúrgicos
(D) complementação das necessidades diárias de
macronutrientes
Nas dietas enterais poliméricas e oligoméricas, a proteína
veiculada é oriunda de alimentos que são fontes de
proteína animal ou vegetal.
11
13) O aminoácido que é um potente imunomodulador é:
(Marica, 2006)
(A) metionina
(B) glutamina
(C)histidina
(D) triptofano
(E) arginina
14) No que se refere à nutrição parenteral, assinale a
alternativa correta: (UFPR, 2003)
(A) Nos pacientes hipovolêmicos, ela é contra-indicada.
A máxima concentração de dextrose que pode ser
administrada perifericamente é 20% e por via central, a
máxima concentração é 45%.
São indicações específicas da nutrição parenteral:
neoplasias, síndrome de má absorção e choque séptico.
As duas veias mais utilizadas para o acesso venoso
central são a veia subclávia e a ilíaca.
Os pacientes devem ser monitorados somente quanto aos
parâmetros nutricionais.
15) São indicações de nutrição parenteral: (UFSC, 2003):
(A) fístula entero-cutânea
(B) síndrome do intestino curto
(C) íleo paralítico
(D) Todas as alternativas estão corretas
16) De acordo com a portaria n.º 272, de 8/4/1998, da
Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde
do Brasil, a existência de registros de avaliação nutricional
de pacientes em Terapia Nutricional deve ser considerada
um item:
(A) Imprescindível
(B) Necessário
(C) Recomendável
(D) Informativo
17) Na nutrição parenteral, os nutrientes que menos
contribuem para a osmolaridade das soluções são os:
(Residência HUPE / 2006)
(A) lipídios
(B) minerais
(C) carboidratos
(D) aminoácidos
18) A nutrição parenteral prolongada pode desencadear
problemas na função hepática, como a colestase. Esta
disfunção esta associada à (Residência – HUPE/2004):
(A) Sobrecarga calórica
(B) Ausência de lípides na dieta
(C) Deficiência de micronutrientes
(D) Alteração de hormônios intestinais
19) Em pacientes com nutrição parenteral, previamente
tolerante à infusão de glicose, o aparecimento de
hiperglicemia e glicosúria é sugestivo de: (Residência –
HUPE/1998):
(A) Hipocalemia
(B) Hipocalcemia
(C) Hipercloremia
(D) Hipofosfatemia
(E) Hipermagnesemia
20) Um paciente está recebendo suporte nutricional
parenteral com um volume de 1000ml de aminoácidos a
10%, 500ml de soro glicosado a 50% e 400ml de solução
de lipídios a 20%. A quantidade calórica administrada é
cerca de (Residência – HUPE/1997):
(A) 1000kcal
(B) 1500kcal
(C) 2000kcal
(D) 2500kcal
(E) 3000kcal
21) Maria é estudante, tem 25 anos e internou no CTI com
pancreatite de origem litiásica sendo indicada nutrição
parenteral total. Em casos como este, é necessário
prescrever nutrientes e calorias cautelosamente,
prevenindo possíveis complicações como a síndrome de
realimentação.
Considerando que Maria pesa 47kg, a quantidade máxima
de lipídios e proteínas a ser ofertada na nutrição
parenteral, em g/dia, deve ser, respectivamente, de:
(A) 94 e 94
(B) 70,5 a 94
(C) 94 e 117,5
(D) 70,5 a 117,50
22) Mulher de 44 anos, com pancreatite aguda, vem
recebendo NPT com mistura 3 em 1 há 15 dias. O uso
descontínuo do lipídio na NPT estaria indicado na seguinte
situação:
(A) aumento da lípase sérica
(B) aumento da amilase sérica
(C) glicose sérica maior que 300mg/dl
(D) triglicerídeo sérico maior que 600mg/dl
(E) aumento discreto das bilirrubinas séricas
23) A finalidade da alimentação parenteral consiste em:
(Prefeitura Municipal de Diadema/SP – 1999)
I. Manter, dentro das possibilidades, a normalidade das
funções de nutrição, ou pelo menos dentro dos limites
aceitáveis.
II. Corrigir certas alterações de hidratação do organismo.
III. Completar a alimentação por via natural quando essa
não pode ser administrada suficientemente.
(A) apenas o item I é verdadeiro.
(B) apenas o item II é verdadeiro.
(C) apenas o item III é verdadeiro.
(D) os itens I, II e III são verdadeiros.
(E) apenas os itens I e II são verdadeiros.
24) A respeito da terapia nutricional parenteral e enteral, é
correto dizer, EXCETO: (Prefeitura Municipal de Campo de
Brito – 2005)
(A) Nos pacientes hipovolênicos, a terapia nutricional
parenteral é contra-indicada.
(B) A terapia nutricional parenteral é utilizada para a
administração de substâncias diversas.
(C) São indicações específicas da nutrição parenteral:
neoplasias, síndrome de má absorção e choque séptico.
(D) Em terapia nutricional enteral de adultos, em alguns
casos, quando se analisa o fator tempo na indicação da via
de acesso, passa-se a recomendar preferencialmente a
estomia em relação à sondas nasal.
(E) A nutrição parenteral é feita através de tubo, flexível ou
rígido, que se introduz em canal, natural ou não, do
organismo.
12
25) Na terapia nutricional parenteral cíclica, empregada
com o objetivo de melhorar a qualidade de vida do
paciente, a administração das soluções processa-se da
seguinte maneira: (Prefeitura Municipal de Mesquita –
2006)
(A) durante 24 horas;
(B) de 2 em 2 horas durante o dia;
(C) no período de 8 a 12 horas à noite;
(D) durante 18 horas ao longo do dia com descanso
noturno de 6 horas;
(E) de 2 em 2 horas durante a noite.
26) Dependendo do valor da osmolaridade e da via de
administração da nutrição parenteral, o paciente pode
apresentar flebites e ressecamento da veia. Para evitar
estas complicações devemos optar por uma osmolaridade
máxima e via de administração de:
(A) 350 mOsm e administração pela veia periférica
(B) 420 mOsm e administração de pela veia periférica
(C) 690 mOsm e administração pela veia central
(D) 900 mOsm e administração pela veia periférica
(E) 860 mOsm e administração pela veia central
27) A síndrome do roubo celular, ou síndrome de
realimentação, é uma das complicações metabólicas
relacionadas à nutrição parenteral total (NPT) que pode
ocorrer em pacientes desnutridos graves ou em jejum
prolongado. Esta condição é caracterizada por:
(Especialização INCA/2009)
(A) Hipofosfatemia, hipomagnesemia e hipocalemia
(B) Hipernatremia, hipermagnesemia e hipercalemia
(C) Hiperfosfatemia, hipermagnesemia e hiponatremia
(D) Hiperfosfatemia, hipomagnesemia e hipercalemia
28) Qual a principal deficiência vitamínica que ocorre na
síndrome de realimentação devido ao alto consumo de
glicose? (Marinha – 2009)
(A) tiamina
(B) niacina
(C) cobalamina
(D) folato
(E) riboflavina
29) Não pode ser considerada indicação de nutrição
parenteral o seguinte aspecto isolado: (Residência
UFF/2011)
(A) menos de 60 cm de intestino funcionante.
(B) fístula digestiva baixa de alto débito.
(C) fístula digestiva alta de baixo débito.
(D) obstrução intestinal baixa.
GABARITO
1A 2C 3D 4B 5A 6D
7D 8E 9D 10B 11B 12C
13E 14A 15D 16A 17A 18D
19A 20C 21C 22D 23D 24C
25C 26D 27A 28A 29C

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