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www.cers.com.br MP E MAGISTRATURAS ESTADUAIS Direito Constitucional - Aula 02 Robério Nunes 1 1) MP-DFT Promotor 2011 (Adaptada) Julgue: I. A teoria clássica do poder constituinte (originário) absoluto, incondicionado e ilimitado foi desenvolvida nos Estados Unidos durante a “Revolução de Inde- pendência” 2) MP-DFT Promotor 2011 (Adaptada) Julgue: II. O poder constituinte (originário) material se ex- pressa em movimentos de ruptura simbólica ou violenta em face dos poderes constituídos. 3) MP-DFT Promotor 2011 (Adaptada) Julgue: III. As manifestações do poder constituinte (originá- rio) no curso do século XX mostraram-se inteira- mente de acordo com a passagem acima transcrita 4) MP-DFT Promotor 2011 (Adaptada) Julgue: IV – As heteroconstituições ou as constituições “da- das” são exemplos de manifestações constituintes (originárias) limitadas. 5) MPE-GO 2012. A respeito das limitações constitucionais ao poder de emenda Constituição, disserte a propósito da chamada “dupla revisão” ou “dupla reforma”, abor- dando, de modo fundamentado, a discussão doutri- naria em relação ao tema, com especial destaque à problemática da legitimidade/constitucionalidade ou não da utilização do aludido expediente pelo órgão encarregado do exercício do Poder Constituinte Derivado. 6) FCC – Promotor de Justiça – PE/2014 (adap- tada) Em abril deste ano, foi apresentada à Câmara dos Deputados uma proposta de emenda à Constituição (PEC), subscrita por 194 dos 513 membros da Casa legislativa, que pretende alterar dispositivos consti- tucionais referentes às carreiras da magistratura e do Ministério Público, prevendo que, em ambas, o ingresso se dê mediante concurso público de provas e títulos, com a participação da Ordem dos Advoga- dos do Brasil, “exigindo-se do bacharel em Direito, cumulativamente, no mínimo, trinta anos de idade e três anos de atividade jurídica, contados após a conclusão do curso de graduação e obedecendo-se, nas nomeações, à ordem de classificação”. 7) FCC – Promotor de Justiça – PE/2014 (adap- tada). Neste caso, referida PEC, se aprovada e promulga- da, I - padecerá de inconstitucionalidade formal, por não atingir o patamar mínimo de assinaturas exigidas II - padecerá de inconstitucionalidade formal, por violar iniciativa reservada aos Tribunais superiores e ao Procurador-Geral da República 8) CESPE/UnB – TJPA 2011. Emenda constitucional de iniciativa da assembleia legislativa de determinada unidade da Federação tratou das condições para ingresso e promoção no quadro de oficiais combatentes dos militares no âmbito do estado-membro. O governador do estado, então, ajuizou ação direta de inconstitucionalidade relativa a essa emenda junto ao Supremo Tribunal Federal. Com base na situação hipotética acima, responda, de forma fundamentada e de acordo com a jurisprudência da suprema corte, o seguinte ques- tionamento: a emenda constitucional padece de vício de inconstitucionalidade formal? 9) CESPE/UnB – TJPA 2011. STF: “AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. MILITARES. REGIME JURÍDICO. INICIATIVA PRI- VATIVA DO CHEFE DO PODER EXECUTIVO. PROCEDÊNCIA DO PEDIDO. Emenda Constitucio- nal 29/2002, do estado de Rondônia. Inconstituci- onalidade. À luz do princípio da simetria, é de ini- ciativa privativa do chefe do Poder Executivo estadual as leis que disciplinem o regime jurídico dos militares (art. 61, § 1º, II, f, da CF/1988). Maté- ria restrita à iniciativa do Poder Executivo não pode ser regulada por emenda constitucional de origem parlamentar. Precedentes. Pedido julgado procedente.” (ADI 2966, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Pleno, j. em 06/04/2005). Vide ainda: ADI 5075, j. em 19/08/2015. 10) CESPE – Promotor – TO/2012 (adaptada). Com referência à CF e ao poder constituinte, julgue: Poder constituinte derivado decorrente é o poder que os entes da Federação (estados, DF e municí- pios) têm de estabelecer sua própria organização fundamental, nos termos impostos pela CF 11 CESPE – Promotor – TO/2012 (adaptada). Art. 25, CF/88: “Os Estados organizam-se e regem-se pelas Consti- tuições e leis que adotarem, observados os prin- cípios desta Constituição.” Art. 11, caput, ADCT CF/88: “Cada Assembléia Legislativa, com poderes consti- tuintes, elaborará a Constituição do Estado, no pra- zo de um ano, contado da promulgação da Consti- tuição Federal, obedecidos os princípios desta.” www.cers.com.br MP E MAGISTRATURAS ESTADUAIS Direito Constitucional - Aula 02 Robério Nunes 2 12) CESPE – Promotor – TO/2012 (adaptada). Espécies de normas produzidas pelo poder decor- rente (constituição estadual): Normas próprias (dentro da competência legislati- va estadual); e Normas repetidas: De reprodução obrigatória (normas de reprodu- ção, normas centrais da constituição); e De reprodução facultativa (normas de imitação). OBS: devem obedecer a simetria). 13) CESPE – Juiz de Direito – MA/2013 (adapta- da). A respeito do poder constituinte, julgue: “Embora o poder constituinte decorrente deva ob- servar os limites materiais fixados pelo poder consti- tuinte originário, a constituição estadual pode esta- belecer a necessidade de edição de lei complemen- tar para tratar de matérias em relação às quais a CF exija processo legislativo ordinário”. 14) CESPE – Juiz de Direito – MA/2013 (adapta- da). STF: “POLÍCIA CIVIL – REGÊNCIA – LEI – NATUREZA. A previsão, na Carta estadual, da regência, quanto à polícia civil, mediante lei complementar não con- flita com a Constituição Federal.” (ADI 2314, Rel. p/ Acórdão: Min. MARCO AURÉLIO, Tribunal Pleno, j. em 17/06/2015) 15) VUNESP – Juiz – TJ/MT – 2009. Na hermenêutica constitucional, o processo informal de mudança da Constituição, que permite alterar o sentido da norma constitucional, sem alterar o seu texto, denomina-se: a) fenômeno da relativização transitória da Consti- tuição b) interpretação constitucional elástica c) mutação constitucional. d) método da desconstitucionalização das normas constitucionais e) repristinação constitucional 16) UFMT – MP/MT - 2012. Questão subjetiva: O poder constituinte é a potência geradora de normas constitucionais. Tanto o poder constituinte originário quanto o poder reformador produzem normas constitucionais por meio de pro- cedimentos solenes. No exercício da função jurisdi- cional, contudo, juízes e tribunais também podem produzir normas constitucionais, exercendo, assim, poder constituinte. Em que medida isso pode ocor- rer? DISSERTAR SOBRE A MUTAÇÃO – OBS: Tema também da questão aberta da VUNESP no concur- so de Juiz Substituto do TJ/MG (2012): “Explique o que é o fenômeno denominado pela doutrina de mutação constitucional e qual a sua influência no exercício da atividade legislativa, administrativa e jurisdicional do Estado brasileiro”. 17) MPE/PR – Promotor – 2014 (adaptada) Julgue: 1) Dentre as distinções entre a emenda (art. 60 da CF/88) e a revisão constitucional, pode-se afirmar que aquela deve ser utilizada quando se pretende operar mudanças específicas, pontuais, enquanto esta se presta a alterações de caráter mais geral na Constituição. 2) O constituinte de 1988 fixou, expressamente, o prazo de cinco anos, contados a partir da promulga- ção da Constituição, para que pudesse ser realizada a revisão constitucional. 18) MPE/PR – Promotor – 2014 (adaptada). Revisão Constitucional na CF/88: ADCT, Art. 3º: “A revisão constitucional será reali- zada após cinco anos, contados da promulgação da Constituição, pelo voto da maioria absoluta dos membros do Congresso Nacional, em sessão uni- cameral.” 19) CESPE – Abin – 2010. No que se refere ao Ato das Disposições Constitu- cionais Transitórias (ADCT),julgue: A revisão constitucional realizada em 1993, prevista no ADCT, é considerada norma constitucional de eficácia exaurida e de aplicabilidade esgotada, não estando sujeita à incidência do poder reformador. 20) CESPE – Abin – 2010 STF: “Após 5 de outubro de 1993, cabia ao Congresso Nacional deliberar no sentido da oportunidade ou necessidade de proceder à aludida revisão constitu- cional, a ser feita uma só vez” (ADI 981 MC); “Ao Poder Legislativo, Federal ou Estadual, não está aberta a via da introdução, no cenário jurídico, do instituto da revisão constitucional” (ADI 1722 MC) 21) MPE-SP – Promotor de Justiça – SP/2015 (adaptada). Considerando a disciplina constitucional brasileira, julgue: “A proposta de Emenda à Constituição deve ser discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se aprova- da se obtiver, em ambos, dois terços dos votos dos respectivos membros” 22) VUNESP – Juiz – TJ/SP 2013 O exercício do Poder Constituinte Derivado, nos termos expressos da Constituição Federal de 1988, www.cers.com.br MP E MAGISTRATURAS ESTADUAIS Direito Constitucional - Aula 02 Robério Nunes 3 a) pode revelar-se por meio de projeto de iniciativa popular, nos termos expressamente previstos na Constituição Federal, exercido pela apresentação de projeto à Câmara dos Deputados, subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por cinco Estados, com não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles 23) VUNESP – Juiz – TJ/SP 2013 O exercício do Poder Constituinte Derivado, nos termos expressos da Constituição Federal de 1988, b) permite a reforma da Constituição, desde que a Proposta de Emenda à Constituição seja votada e aprovada, em dois turnos, se obtiver, em cada casa do Congresso, dois terços dos votos dos respecti- vos membros 24) VUNESP – Juiz – TJ/SP 2013 O exercício do Poder Constituinte Derivado, nos termos expressos da Constituição Federal de 1988, c) pode revelar-se nas Emendas à Constituição, iniciadas por proposta de mais da metade das As- sembleias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros. 25) VUNESP – Juiz – TJ/SP 2013 O exercício do Poder Constituinte Derivado, nos termos expressos da Constituição Federal de 1988, d) permite a reforma da Constituição, desde que a Proposta de Emenda à Constituição seja votada e aprovada em sessão unicameral, em dois turnos, por dois terços de Deputados e Senadores 26) Cespe – Juiz de Direito – PB/2015 A respeito dos elementos da CF, assinale a opção correta com relação ao poder constituinte. a) Conforme entendimento do STF, as normas emanadas do poder constituinte originário não têm, em regra, eficácia retroativa mínima, visto que são incapazes de atingir efeitos futuros de fatos passa- dos 27) Cespe – Juiz de Direito – PB/2015 A respeito dos elementos da CF, assinale a opção correta com relação ao poder constituinte. b) As disposições constitucionais sobre o habeas data constituem exemplo de normas de reprodução obrigatória pelos estados-membros no exercício do poder constituinte derivado decorrente 28) Cespe – Juiz de Direito – PB/2015 A respeito dos elementos da CF, assinale a opção correta com relação ao poder constituinte. c) O poder constituinte de reforma está sujeito a limitações materiais que podem estar presentes nas denominadas cláusulas pétreas implícitas. 29) Cespe – Juiz de Direito – PB/2015 A respeito dos elementos da CF, assinale a opção correta com relação ao poder constituinte. d) Conforme a definição clássica dos elementos da CF, o Ato das Disposições Constitucionais Transitó- rias, da CF, é exemplo de elemento de estabilização constitucional 30) Cespe – Juiz de Direito – PB/2015. A respeito dos elementos da CF, assinale a opção correta com relação ao poder constituinte. e) Conforme a teoria positivista do direito, apesar de o poder constituinte originário ser ilimitado do ponto de vista do direito positivo anterior, esse poder é vinculado aos valores do movimento revolucionário que o ensejou Facebook: www.facebook.com/prof.roberionunes Instagram: @prof.roberionunes www.cers.com.br MP E MAGISTRATURAS ESTADUAIS Direito Constitucional - Aula 02 Robério Nunes 4 GABARITO: 1. INCORRETO – A teoria do poder constituinte surgiu na França. 2. CORRETO 3. INCORRETO – No século XX existiram consti- tuições heterônomas, ou heteroconstituições. 4. CORRETO – Para alguns as heteroconstituições excepcionam a teoria geral do poder constituinte originário, que nesse caso seria limitado pela vonta- de de outra nação ou de um organismo internacio- nal. 5. Poder de Reforma. Correntes sobre a legitimidade das cláusulas pé- treas (Jorge Miranda): São ilegítimas (o povo sempre tem o direito de mudar); São legítimas e insuperáveis; e São legítimas, porém superáveis com base no poder constituinte evolutivo, o que pode ensejar uma dupla revisão. 6. SEM GABARITO 7. I. INCORRETO – Atingiu o quórum de 1/3 dos deputados II. INCORRETO – Não há iniciativa privativa de emenda 8. SEM GABARITO 9. SEM GABARITO 10. INCORRETO – Segundo a doutrina majoritária os Municípios não exercem poder decorrente. 11. SEM GABARITO 12. SEM GABARITO 13. INCORRETO – ATENÇÃO: O gabarito conside- rou o quanto o STF decidiu na cautelar da ADI 2314, em 25/04/2001. Porém, ao julgar o mérito em 2015, o STF decidiu de forma diferente: 14. SEM GABARITO 15. SEM GABARITO 16. SEM GABARITO 17. 1. CORRETO 2. CORRETO 18. SEM GABARITO 19. CORRETO 20. SEM GABARITO 21. INCORRETO – O quórum é de três quintos. 22. INCORRETO – Não há previsão expressa de iniciativa popular de emendas na CF/88. 23. INCORRETO – O quórum de aprovação é de três quintos (e não de dois terços) dos votos em cada uma das casas do Congresso Nacional. 24. CORRETO – Art. 60, III, da CF/88. 25. INCORRETO – A aprovação deve ocorrer em dois turnos de votação, em sessões separadas em cada casa do Congresso Nacional, e não em ses- são unicameral. Além disso, o quórum de aprovação é de três quintos. 26. INCORRETO – O poder originário não precisa observar direitos adquiridos, podendo atingir efeitos futuros de fatos passados. Ex: nulidade de escritu- ras incidentes em terras de ocupação tradicional indígena (art. 231, § 6º, da CF/88). 27. INCORRETO – A CF/88 não obriga o Estado- membro a adotar em sua constituição habeas data estadual, de competência do TJ respectivo. Portanto são normas de reprodução facultativa. 28. CORRETO – Há cláusulas pétreas expressas e implícitas. 29. INCORRETO – O ADCT não é considerado um dos elementos de estabilização (que visam solucio- nar conflitos constitucionais), e sim um dos elemen- tos formais de aplicabilidade (normas que estabe- lecem regras de aplicação da Constituição). 30. INCORRETO – O juspositivismo não vincula juridicamente o poder constituinte aos valores do movimento revolucionário que o ensejou.
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