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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
TERMOS INICIAIS
1. Conceitos Gerais: 1.1) O que é Administração? Definida como um sistema estruturado que consolida princípios, processos e funções. Trata-se do conjunto de princípio, atividades, trabalhos e normas que busca planejar, organizar, dirigir e controlar os esforços individuais para atingir os objetivos da organização. 1.2 Quais são as 4 funções básicas da administração? A) Planejamento: Tomada de decisões para o futuro; B) Organização: Organização dos recursos; C) Direção e E) Controle. 1.3 E o que é Organização? Grupo de pessoas organizado em torno de atividades para a realização de objetivos em comum. 1.4 Administrador: Executa as funções. Planeja, organiza, dirige e controla os trabalhos. 
1. Administração Pública: do modelo racional-legal ao paradigma pós-burocrático
1. Introdução: A expressão “Do modelo racional-legal ao paradigma pósburocrático” significa dizer que, estamos falando da chamada “Evolução dos modelos teóricos da administração pública”. Segundo Bresser Pereira a administração pública no Brasil passou por 3 modelos diferentes: 1) Adm. Patrimonialista; 2 Adm. Burocrática e 3) Adm. Gerencial.
Dessa forma, analisa-se o modelo burocrático, conforme proposto por Max Weber, como forma de dominação racional-legal e de combate ao patrimonialismo (administração patrimonialista), passando por suas limitações e crises, até suas inovações mais recentes, como mecanismo de gestão do aparelho do Estado no contexto da Nova Administração Pública, que supostamente estaria delineando um modelo pós-burocrático, chamado de administração gerencial. 
A) Adm. Patrimonialista (O início) : Própria dos Estados Absolutistas (Monarquias), nasce no séc. XVII. Firma-se como sendo um aparelho do Estado cujo representa a própria extensão do poder do governante e os seus funcionários são considerados como membros da nobreza. O patrimônio do estado confunde-se com o patrimônio do soberano e os cargos são tidos como “PREBENDAS” – (Ocupações rendosas e de pouco trabalho); Os bens do soberano não se separavam das propriedades públicas, representando um só coisa. (não havia separação da res pública e a res principis).
Neste tipo de modelo a administração é bem defasada, uma vez que, a corrupção e o nepotismo estão presentes. Podem ser apontados como fatores para a passagem de modelo, o momento em que, o capitalismo e a democracia se tornam dominantes, o mercado e a sociedade civil passam a se distinguir do Estado. 
b) Adm. Burocrática: Criada por Max Webber. Surge para combatera corrupção e o nepotismo do modelo anterior (Administração patrimonialista). Dela decorrem e são inerentes os princípios da impessoalidade, o formalismo, a hierarquia. Funciona também como a ideia de carreira pública e a profissionalização do servidor. É neste modelo de administração que se consubstancia a ideia de poder racional-legal, pelo qual também é chamada.
O grande expoente da administração Burocrática é o sociólogo Max Weber. Segundo ele, este modelo é influenciado pela revolução industrial, que possui uma forma de organização burocrática. É importante ressaltar que, para Weber a burocracia seria uma forma de DOMINAÇÃO – e dominação seria a probalidade de encontrar obediência para ordens especificas dentro de determinado grupo de pessoas, o qual dar-se-ia o nome de dominação racional-legal, para a administração burocrática. 
Adm. Burocrática Dominação: Obediência Fundamento: Racional Legal Lei
A correlação disso seria expressa em uma situação de fato pela: Vontade expressa de ordem do dominador ou dos dominadores para o cumprimento de uma ação pelo dominado ou pelos dominados. Nesse caso, Weber coloca que há uma legitimação para essa dominação. 
No caso, Weber coloca, que a dominação como forma de obediência teria outros dois mais fundamentos legítimos, os quais seriam a dominação tradicional e a carismática. 
Dominação Racional Legal: Decorre de ordens prefixadas na lei ou do direito de mando. Na dominação racional legal, tudo é predefinido, obedecendo uma ordem impessoal e sempre objetiva e legalmente estatuída. O que significa que a competência é delimitada e também limitada, sendo os poderes atribuídos. A autoridade aqui é chamada de autoridade funcional.
Características: Exercício continuo, vinculado a determinadas regras, de funções oficiais, dentro de determinada competência, o que significa: a) Um âmbito objetivamente limitado, em virtude da distribuição dos serviços obrigatórios. 
Dominação Tradicional: Baseia-se na crença cotidiana na santidade das tradições vigentes. Legitima-se, aquele, que em virtude da tradição, representa-se com autoridade. O que exerce a dominação tradicional é considerado de “Senhor”, os seus subordinados, não são funcionários, mas sim servidores, como os escravos, os colonos, os servos, os vassalos e etc..) Ex.: Monarquia Hereditária. As ordens são legitimas por dois modos: 1) Em parte da crença da tradição e 2) do poder do senhor. 
Dominação carismática: Não se confunde com a dominação tradicional, em que há uma “Crença” na santidade, aqui tem-se uma VENERAÇÃO A SANTIDADE, do poder heroico ou do caráter exemplar de uma pessoa e ordens por esta reveladas ou criadas. Encontra sua legitimação na lealdade. O líder é carismático. Ex.: Uma pessoa de grande virtude, um herói, chefe de expedições pioneiras. É um tipo de poder que não tem base racional, é instável, arbitrário e facilmente adquire características revolucionárias. Isso porque, o líder mantem o poder, não por tradição, mas sim pelo carisma, devido aos seus seguidores o reconhecerem, quando, isso parar de ocorrer, o carisma não será mais reconhecido. 
	DOMINAÇÃO RACIONAL - LEGAL
	DOMINAÇÃO TRADICIONAL
	DOMINAÇÃO CARISMÁTICA
	Legitima-se na Lei, no estatuto criado.
	Legitima-se na crença da tradição
	Legitima-se no carisma e lealdade
	Obedece as regras e não a uma pessoa.
	Dominação Conservadora 
	Não tem base racional. 
	Exercício continuo vinculado a determinadas regras.
	Não obedece a estatutos, mas sim à pessoa indicada pela tradição. 
	
	
	SERVIDORES
	DISCÍPULOS
B.1) Adm. Burocrática – Visão de Weber:
NOTA: A dominação racional-legal ou burocrática surgiu no século XIX, como uma forma superior de dominação, legitimada pelo uso da lei, em contraposição ao poder tradicional (divino) e arbitrário dos príncipes e ao afeto das lideranças carismáticas. 
B.1.1) Fatores que inspiraram a Teoria de Weber: As teorias iniciais do modelo burocrático foram inspiradas a partir da visão de Weber sobre:
O modo de estruturação da Igreja e do exército, especificamente o exército prussiano.
Necessidade de separação entre o político e o administrador e, fiel ao ethos liberal, entre a política e a economia.
Separação entre o interesse público e o privado, numa sociedade democrática. O ethos do bureau - sua aderência impessoal a regras, à especialização, à hierarquização das relações sociais; o apego a procedimentos regularizados e rotineiros - estaria vinculado a comportamentos capazes de garantirem a não-influência de interesses políticos e compromissos particulares.
Weber sustentava que o tipo mais puro de dominação legal seria aquele exercido por meio de um quadro administrativo burocrático, cujas características básicas seriam:
a) atribuições de funcionários fixadas oficialmente por regras ou disposições administrativas;
b) hierarquia e funções integradas em um sistema de mando, de tal modo que, em todos os níveis, haja uma supervisão dos inferiores pelos superiores;
c) atividades administrativas se manifestam e se baseiam em documentos escritos; 
d) as funções pressupõem aprendizado profissional, com treinamento especializado; 
e) o trabalho do funcionário exige que ele se consagre inteiramente ao cargo que ocupa (dedicação plena e tarefas específicas); 
f) acesso à profissão e ao mesmo tempo acesso a uma tecnologia particular.
Em síntese weber estabelece atributos da organização racional-legal: estando estes voltados para garantir a divisão dotrabalho entre os participantes, hierarquia, a existência de regras gerais de funcionamento, a separação entre a propriedade pessoal e organizacional, e a seleção de pessoal com base em qualificações técnicas. O modelo se propunha a reger os agrupamentos sociais por meio de regras, estatutos, regulamentos, documentação, obediência hierárquica, formalidade e impessoalidade
Observe: Não faz parte do conceito de weber na adm. Burocrática a “Concentração do Trabalho – mas sim, divisão do trabalho”. 
Weber claramente definiu a burocracia como o tipo ideal de organização que aplica, em sua forma mais pura, a autoridade racional-legal. O que define uma burocracia enquanto tal, no sentido weberiano, seria a adoção de modos de autoridade racional-legal. 
Burocracia seria igual a organização: um sistema racional seria aquele em que a divisão de trabalho dar-se-ia racionalmente com vista a determinados fins. Seria a forma mais racional de exercício de dominação, pois nela se alcançaria tecnicamente o máximo de rendimento em virtude de precisão, continuidade, disciplina, rigor e confiabilidade. A burocracia surgiria como uma expressão dessa racionalidade e se caracterizaria pelo predomínio do formalismo. 
Burocracia é um sistema social racional, ou um sistema social em que a divisão do trabalho é racionalmente realizada tendo em vista os fins visados.
Segundo a definição, o que diferencia o ato racional do irracional é sua coerência em relação aos fins visados. Um ato será racional na medida em que representar o meio mais adaptado para se atingir determinado objetivo, na medida em que sua coerência em relação a seus objetivos se traduzir na exigência de um mínimo de esforços para se chegar a esses objetivos.
PONTO CHAVE: O termo Burocrático deve ser entendido como antônimo de eficiência. Pois representa a racionalização das atividades com o objetivo de aumentar a eficiência. Por conta disso Bresser também conceitua a adm. Burocrática como sendo: 
Sistema social em que a divisão do trabalho é sistemática e coerentemente realizada, tendo em vista os fins visados. Sistema social em que há procura deliberada de economizar os meios para se atingir os objetivos. 
Ato Racional representa o meio mais adaptado para atingir determinado objetivo O meio mais adaptado é que exige menos esforço para se chegar ao objetivo.
b.2 Características básicas que traduzem o caráter racional: 
Sistemas Sociais: *Formais, impessoais e dirigidos por administradores profissionais.
FORMALIDADE: O formalismo da burocracia se expressa no fato de que a autoridade deriva de um sistema de normas racionais, escritas e exaustivas, que definem com precisão as relações de mando e subordinação. Distribuindo as atividades a serem executadas de forma sistemática, tendo em vista os fins visados. Administração é formalmente planejada, organizada, e sua execução se realiza por meio de documentos escritos.
IMPESSOALIDADE: O caráter impessoal das organizações é a segunda forma básica pela qual elas expressam sua racionalidade. A administração burocrática é realizada sem consideração a pessoas.
ADMINISTRADORES PROFISSIONAIS: As organizações são dirigidas por administradores profissionais. Administrar, para o funcionário burocrata, é sua profissão. Existem alguns traços que distinguem o administrador profissional. Ele é, antes de tudo, um especialista. Em segundo lugar, o administrador profissional tem em seu cargo sua única ou principal atividade. Em terceiro lugar, o administrador burocrático não possui os meios de administração e produção. Ele administra em nome de terceiros: em nome de cidadãos; 
PARTICULARISMO: Defende dentro da organização a inexistência de grupos internos, por motivos de convicção, amizade ou interesse material. 
EXCESSO DE REGRAS: Multiplicidade de regras e exigência para a obtenção de determinado serviço. 
MECANICISMO: Sistemas de cargos limitados, que colocam pessoas em situações alienantes. 
GANCHO: A partir dos conceitos dados, passaremos a analisar o sistema “Pós-burocrático”, no entanto, para isso, é necessário entender “As limitações e crises” do sistema burocrático que levaram ao novo modelo.
B.3 Limitações e crises do modelo burocrático: 
A crise inicial: do sistema burocrático foi a sua própria rigidez. A rigidez do sistema passou a provocar ineficiências, passando a não mais atender, em sua totalidade, às demandas sociais. A partir disso, buscou-se implementar no modelo diversas adaptações, o que levou a sua disfunção, verificando-se que, a burocracia possuía limitações que traziam prejuízos à gestão das organizações públicas. 
Na verdade, a administração burocrática é lenta, cara, auto-referida, pouco ou nada orientada para o atendimento das demandas dos cidadãos. 
B.3.1 Marcos das crises do modelo: 
1. Passada do Pequeno Estado Liberal do Séc. XIX para o Grande Estado Liberal Social e Econômico do séc. XX. 
2. Crise do Petróleo – 1973 – Onde foi posto em xeque o antigo modelo de intervenção estatal, quando se abateu sobre o mundo uma grave crise econômica, resultando na crise fiscal dos Estados.
3. Globalização do Capital e a Interdependência dos mercados financeiros: Tornaram o Estado mais frágil perante o capital internacional. 
4. Mudanças Tecnológicas e Produtivas.
5. Mudanças Sociais e Culturais: Envelhecimento da população; inserção da mulher no mercado de trabalho, aumento da escolaridade média, urbanização, novas políticas estatais. 
Além desses fatores outros internamente próprios do modelo foram observados, mais precisamente por Crozier, cujo ao analisar duas organizações, observou dois problemas no modelo burocrático:
O problema da rotina e das tensões que a acompanham
As relações de poder entre os indivíduos e entre os grupos dentro de um sistema de organização;
A organização burocrática seria ineficiente devido à falta de bons canais de comunicação entre dirigentes e empregados, situação que levaria à rotina e à rigidez, que, por sua vez, seriam a causa da ineficácia das organizações aparentemente mais racionais;
A centralização do poder de decisão e a estratificação dos indivíduos em grupos homogêneos e fechados induziriam a comportamentos nos grupos organizacionais que reforçariam ainda mais essas mesmas regras e estruturas, em um círculo vicioso; É por isso que, a administração gerencial surge com uma forma descentralizada.
Esses fatores nos levam ao nosso próximo tópico: 
C) Paradigma Pós-Burocrático – Administração Gerencial: A burocracia entra em crise junto com o Estado de Bem-Estar Social, principalmente em virtude da crise fiscal que se instalou no mundo após as crises do petróleo da década de 1970.
Nesse diapasão, emerge a Administração Gerencial: como resposta à crise do Estado; como modo de enfrentar a crise fiscal; como estratégia para reduzir custos e tornar mais eficiente a administração dos imensos serviços que cabem ao Estado; e como um instrumento para proteger o patrimônio público contra os interesses do rent-seeking ou da corrupção aberta.
PONTO IMPORTANTE: O conceito de administração gerencial é introduzido ao Estado à luz e observância do modelo adotado no setor privado. Podendo-se dizer que, o estado, no caso concreto, representaria uma grande empresa, e os cidadãos seriam seus clientes. Com esse espírito que o setor público assume o discurso da modernização, da orientação para os clientes, da flexibilidade, da estrutura enxuta e desburocratizada. As modernas ferramentas de gestão, como qualidade total, planejamento estratégico, reengenharia e terceirização. 
Assim, a denominação de gerencialismo na administração pública seria referente ao desafio de realizar programas direcionados ao aumento da eficiência e melhoria da qualidade dos serviços prestados pelo Estado (FERREIRA, 1996). Para Abrucio (1997), o gerencialismo seria um “pluralismo organizacional sob bases pós-burocráticas vinculadas aos padrões históricos (institucionais e culturais) de cada nação”, não se constituindo num novo paradigma capaz de substituir por completo o antigo padrãoburocrático weberiano
ATENÇÃO: não significa a negação total dos princípios do modelo burocrático. O que ocorre é uma conservação com maior FLEXIBILIZAÇÃO dos princípios da burocracia, tais como a admissão segundo rígidos critérios de mérito, a existência de um sistema estruturado e universal de remuneração, as carreiras, a avaliação constante de desempenho, o treinamento sistemático. A diferença fundamental está na forma de controle, que deixa de basear-se nos processos para concentrar-se nos resultados.
A administração gerencial pode até ser considerada um rompimento, mas princípios como a impessoalidade, a divisão do trabalho e a avaliação de desempenho são mantidos.
PONTO IMPORTANTE: A reforma gerencial foi adotada inicialmente na Grã-Bretanha (Mas não foi lá criada), com Margareth Thatcher, e nos Estados Unidos, com Ronald Reagan, e, depois, de forma generalizada, em diversos outros países. Contudo, foi na Grã-Bretanha que o Gerencialismo foi aplicado ao serviço público logo após a posse do novo governo e levou a uma reforma administrativa profunda e bem-sucedida, recebendo o nome de Managerialism.
A reforma ficou conhecida como a Nova Gestão Pública, ou New Public Management (NPM), que pode ser definida como um “conjunto de argumentos e filosofias administrativas aceitas em determinados contextos e propostas como novo paradigma de gestão pública a partir da emergência dos temas crise e reforma do Estado, nos anos 80.
Obs.: Não há um “Pai” da administração gerencial. Ela surgiu em um processo longo, em que foram feitas contribuições de diversos atores. Como também, deve-se lembrar que, embora a administração gerencial tenha inicio nos governos de Thatcher e Reagan, não se pode, evidencia-la, apenas a esse contexto. Pelo contrário, toda a discussão sobre a utilização do managerialism na administração pública faz parte de um contexto maior, caracterizado pela prioridade dada ao tema da reforma administrativa, seja na Europa ocidental, seja no Leste europeu ou ainda no Terceiro Mundo. JÁ FOI COBRADO EM PROVA
A denominação de gerencialismo na administração pública seria referente ao desafio de realizar programas direcionados ao aumento da eficiência e melhoria da qualidade dos serviços prestados pelo Estado. Para Abrucio, o gerencialismo seria um “pluralismo organizacional sob bases pósburocráticas vinculadas aos padrões históricos (institucionais e culturais) de cada nação”, não se constituindo num novo paradigma capaz de substituir por completo o antigo padrão burocrático weberiano. (JÁ FOI COBRADO EM PROVA – Assertiva afirmava que – O modelo pós-burocrático – gerencial não havia excluído o anterior).
C.1) Gerencialismo x Neoliberalismo: O Gerencialismo e o Neoliberalismo são formas oferecidas como solução a crise do Estado, mas não devem ser confundidas. 
Muito embora, as primeiras reformas gerenciais sejam marcadas pelo ideário neoliberal. Percebeu-se que o ajuste estrutural não era suficiente para que houvesse a retomada do crescimento. A partir daí as reformas gerenciais entenderam que o Estado Mínimo não é algo concreto, a ser buscado. Distanciando-se os dois conceitos. Desse modo, apesar de, no início, as reformas gerenciais estarem muito ligadas ao neoliberalismo, não podemos defender que elas defendiam o Estado Mínimo. Concluindo-se, que as reformas não se relacionem com o neoliberalismo. As reformas gerenciais não defendem o Estado Mínimo, mas pregam sim a redução do Estado, a sua retirada de atividades que podem ser desempenhadas pela iniciativa privada.
Como as técnicas de gerenciamento são quase sempre introduzidas ao mesmo temo em que se implantam programas de ajuste estrutural que visam enfrentar a crise fiscal do Estado, em virtude da impossibilidade de se manter o modelo burocrático de gestão, as reformas gerenciais estão intimamente associadas com as reformas que buscavam a reestruturação do Estado, como as neoliberais, inclusive porque a sua aplicação, no início, tinha um caráter quase que somente de redução de custos, enxugamento de pessoal e aumento da eficiência, com clara definição das responsabilidades dos funcionários, dos objetivos organizacionais e maior consciência acerca do valor dos recursos públicos. Este período ficou conhecido como Gerencialismo puro.
Por fim: Uma diferença Real entre o Gerencialismo x Neoliberalismo: É que no primeiro, busca-se reforçar o núcleo estratégico do estado, fortalecendo os servidores. Já o segundo, não fortalece os servidores, mas sim, a redução de gastos com o pessoal.
DIFERENÇA ENTRE O MODELO BUROCRÁTICO E O GERENCIAL: Enquanto a administração pública burocrática é auto-referente, a administração pública gerencial é orientada para o cidadão. A administração burocrática concentrase no processo, em suas próprias necessidades e perspectivas, sem considerar a alta ineficiência envolvida. Administração gerencial, voltada para o consumidor, concentra-se nas necessidades e perspectivas desse consumidor, o cliente-cidadão. No gerencialismo, o administrador público preocupa-se em oferecer serviços, e não em gerir programas; preocupa-se em atender aos cidadãos e não às necessidades da burocracia.
	ADMINISTRAÇÃO BUROCRÁTICA
	ADMINISTRAÇÃO GERENCIAL
	Acredita em uma racionalidade absoluta, que a burocracia está encarregada de garantir
	Pensa na sociedade como um campo de conflito, cooperação e incerteza, na qual os cidadãos defendem seus interesses e afirmam suas posições ideológicas
	Acredita que o modo mais seguro de evitar o nepotismo e a corrupção seja pelo controle rígido dos processos, com o controle de procedimentos
	parte do princípio de que é preciso combater o nepotismo e a corrupção, mas que, para isso, não são necessários procedimentos rígidos, e sim por outros meios: indicadores de desempenho e controle de resultados, por exemplo.
	
Não existe confiança. A administração burocrática é autorreferente e se concentra no processo, em suas próprias necessidades e perspectivas, sem considerar a alta ineficiência envolvida. 
	A confiança é limitada, permanentemente controlada por resultados, mas ainda assim suficiente para permitir a delegação, para que o gestor público possa ter liberdade de escolher os meios mais apropriados ao cumprimento das metas prefixadas
	Centralizada e Autoritária
	Descentralizada + Delegação de Poderes, atribuições e responsabilidades
	Prega a racionalidade absoluta, formalismo a rigidez e o rigor técnico.
	Preza pelos princípios de confiança e descentralização na decisão; exige formas flexíveis de gestão, horizontalização de estruturas
 3. Formulação de um modelo básico para a Nova Administração: A fim de criar uma nova administração para suprir as necessidades e ineficiências da administração burocrática, importou-se da administração privada, o Gerencialismo, sendo que, diversos autores, colocam que, a nova administração deveria se delinear da seguinte forma: 
O Novo modelo deveria:
Ser dirigido à eficiência, pois considerava o serviço público tradicional lento, burocrático e ineficiente
Ser voltado a movimentos de downsizing e descentralização, buscando redução de gastos governamentais e formas mais flexíveis de gestão
Buscar a excelência, ao qual seria o principal objetivo desse modelo, com especial interesse na gestão da mudança e inovação na esfera pública, além de considerar a cultura organizacional como um importante fator a ser considerado
Orientação ao Serviço Público, nesse modelo, representa uma fusão de idéias gerenciais advindas da administração privada para aplicação em organismos públicos, com preocupações como qualidade dos serviços prestados, oportunidade de participação dos usuários nas decisões de gestão pública e construção dos conceitos de cidadania e accountability.
IMPORTANTE: (TÁ NO EDITAL): Accountability - Trata-se da relação da burocracia e das elites políticas com a sociedade e o controle que esta deve exercer sobre os administradores públicos. Sua tradução para o português englobaria as idéias de transparência na condução das ações,efetiva prestação de contas na utilização dos recursos públicos e responsabilização dos gestores públicos, tanto por suas ações como omissões.
O conceito “envolve a existência de mecanismos de controle que assegurem que os servidores públicos e os líderes políticos sejam responsáveis por suas ações e pelo uso de recursos públicos, e que irão requerer um governo transparente e uma imprensa livre”
O modelo de administração pública gerencial implica, em suma, no entendimento de que o aparelho de Estado deve ser responsável pela formulação e regulação de políticas públicas, não necessariamente por sua execução
4. Administração Gerencial no Brasil: Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado – 1995. A transição de uma cultura burocrática para uma cultura gerencial fundou-se na utilização de ideais e ferramentas de gestão mais recentes do setor privado, como é o caso dos programas de qualidade, da reengenharia organizacional, da terceirização, do planejamento estratégico e de outras que teriam sido criticamente adaptadas ao setor público.
O Plano Diretor pretendia, no que se refere ao perfil gerencial do servidor público, mudá-lo de administrador burocrático, vinculado ao tipo ideal weberiano, para um “novo gerente”, caracterizado a partir de concepções da Nova Administração Pública.
5. A pós-burocracia: 
Define-se a pós-modernidade como a pesquisa da organização pós-moderna, aquela que teria como principais características a descentralização, a estruturação em rede conectada pelas tecnologias de informação, bem como a liderança facilitadora e solucionadora de conflitos e problemas, baseada na abertura, participação, confiança e comprometimento. 
Grupos de trabalho flexíveis e constituídas por forças-tarefa temporárias com objetivos claros;
Espaços para diálogo e conversação, sendo enfatizada a confiança mútua;
Seria usado o conceito de missão como ferramenta estratégica;
Mecanismos de feedback e avaliação de performance por peer review.
Pontos Importantes: 
As disfunções burocráticas são mais notórias que sua formulação inicial de eficiência. Em um sentido weberiano, o objetivo da burocracia é a racionalidade. 
Ressaltese, entretanto, que nem a revolução causada nas últimas décadas pela tecnologia da informação no aparato administrativo dos governos foi capaz de descaracterizar os elementos centrais da burocracia
A lógica do Governo Aberto NÃO É!!! Por si só suficiente para garantir uma maior e mais efetiva participação social na avaliação e no controle da ação governamental. O simples fato de o estado ser acessível (através da transparência e do governo eletrônico) não garante que os cidadãos irão participar. É preciso estimular essa participação. 
O PATRIMONIALISMO AINDA É PRATICADO !! Embora declaradamente rejeitado por todos, o patrimonialismo remanesce em grau bastante sensível, haja vista os recorrentes escândalos de corrupção havidos no decorrer da Nova República. 
Ainda não ocorreu a mudança do modelo tradicional de Weber para um novo paradigma, capaz de suplantar seus fundamentos básicos
A absorção do gerencialismo e suas variantes, no âmbito da gestão pública, não implica delinear-se, como objetivo, a exclusão do modelo burocrático.
Embora as ideias de reforma gerencial tenham surgido em países de governos neoliberais, é possível afirmar que o modelo não se restringe apenas a esse contexto ideológico.
A importação de novos modelos de governança, distintos da burocracia, por países em desenvolvimento, deve ser visualizada com cautela, tendo em vista o fato de que as experiências retratadas pela literatura dominante foram levadas a efeito em países desenvolvidos.
os preceitos da Nova Administração Pública ainda convivem lado a lado com a teoria proposta por Weber
O Estado oligárquico e patrimonial, o Estado autoritário e burocrático, o Estado do bem estar, o Estado regulador.
1. Introdução: O tópico diz respeito aos momentos distintos da formação social, política, econômica e administrativa do Estado. Anteriormente estudado. Vamos somente abordar algumas distinções. 
Inicialmente o Estado surge como sendo Oligárquico e Patrimonial o que perdura até o ano de 1930 onde passa a ser autoritário e burocrático, como também de bem estar. Esse estado, bem verdade, nunca deixou de existir, ainda há alguns resquícios de suas bases, pois foram elas que solidificaram as futuras. Desse modo, não se sabe ao certo uma data em que, o estado Gerencial – Regulador surge. No entanto, a doutrina majoritária, entende que surgiu por volta dos anos 90. Pertencendo a doutrina minoritária o argumento de que teria surgido com o decreto 200/67. 
	Estado Oligárquico e Patrimonial
	Estado Autoritário e Burocrático
	Estado de bem-estar (Welfare State)
	Estado Regulador (Neoliberal)
	amplo domínio do poder e da economia (renda) nacional por uma pequena casta de senhores de terra e de políticos patrimonialistas que tinham no Estado sua fonte de renda e de poder
	Divisão do trabalho, princípio da hierarquia, impessoalidade, competência técnica, separação entre propriedade e administração e profissionalização do funcionário
	o Estado deve prover todas as necessidades do cidadão, e assim fornecer direta ou indiretamente todos os serviços necessários ao bem-estar social
	
Série de privatizações ocorridas no Brasil a partir dos anos 90
	. O patrimônio público confunde-se, sobremaneira, com o privado
	
	
	Surgimento das Agências Reguladoras
A função reguladora somente tem validade constitucional para as agências previstas na Constituição Federal, mas tal competência se limita aos chamados regulamentos administrativos ou de organização, restringindo-se às relações entre os particulares que estão em situação de sujeição especial ao Estado. 
	
	
	
	Peculiar aos Estados Absolutistas (Monarquia) – Democracia Fraca.
	Marco: Séc. XIX – Capitalismo e democracia tornam-se dominantes – Mercado e Sociedade Civil se distinguem. Estado Liberal
	Marco: Séc. XX. – Como resposta à expansão das funções econômicas e sociais do Estado e ao Desenvolvimento tecnológico e à globalização da economia mundial. 
	Presente no Brasil até 1930
	Expoente: Max Weber
	
	Não há distinção entre o patrimônio público e os governantes
	Institui os princípios da profissionalização, hierarquia funcional, impessoalidade e o formalismo. 
	Reduz custos e aumenta a qualidade dos serviços. Torna o cidadão – “Beneficiário” 
	Não havia limites entre a res publica e a res principis.
	Legitima-se na Dominação Racional Legal. Deve-se obediência às normas impessoais, legalmente instituídas 
	Reforma do aparelho do Estado passa a ser orientada predominantemente pelos valores da eficiência e qualidade na prestação de serviços públicos e pelo desenvolvimento de uma cultura gerencial nas organizações
	Aparelho estatal funcional como uma extensão do poder do soberano
	Visa evitar o nepotismo e a corrupção – Através do controle rígido dos processos, com o controle de procedimentos. 
	Deixa de se basear nos processos e passa a se concentrar nos resultados. 
	Servidores possuem um status de nobreza real – e os cargos considerados como “Prebendas”
	Há uma desconfiança prévia nos administradores e nos cidadãos que a eles dirigem suas diversas demandas sociais. 
	Não desconfiança. Porém, a confiança é limitada, permanentemente controlada por resultados, mas ainda assim suficiente para permitir a delegação, para que o gestor público possa ter liberdade de escolher os meios mais apropriados ao cumprimento das metas prefixadas
	Corrupção e Nepotismo inerentes. 
	Volta-se mais no processo, na política, no controle rígido. Preocupa-se mais no “Como fazer” – e não no “Fazer bem feito” ou seja, no resultado. 
	A confiança também se perfaz na tomada de decisões do administrador. 
	Não havia um foco no atendimento das necessidades coletivas mas, sobretudo, nos interesses particulares do soberano
	A administração burocrática é a forma mais racional de exercer a dominação. Portanto, todas as organizaçõesformas são também burocráticas. 
	Redução dos níveis hierárquicos. Por se um modelo gerencial, há uma maior participação dos agentes privados, por isso é descentralizada. 
	
	Totalmente CENTRALIZADA
	Descentralizada + Delegação de Poderes, atribuições e responsabilidades
	
	Visão voltada ao interesse público como afirmação do poder do estado. 
	Observa o cidadão como cliente do estado, pois é contribuinte de impostos. Logo, o Estado deve destinar suas ações para atender as necessidades dos clientes. 
Nova Administração Pública 
Como se sabe, a administração gerencial é cunhada à luz e observância do modelo adotado no setor privado. Podendo-se dizer que, o estado, no caso concreto, representaria uma grande empresa, e os cidadãos seriam seus clientes, por isso daí o nome “Adm. Gerencial”. Com esse espírito qu: o setor público assume o discurso da modernização, da orientação para os clientes, da flexibilidade, da estrutura enxuta e desburocratizada. As modernas ferramentas de gestão, como qualidade total, planejamento estratégico, reengenharia e terceirização. 
Assim, a denominação de Gerencialismo na administração pública seria referente ao desafio de realizar programas direcionados ao aumento da eficiência e melhoria da qualidade dos serviços prestados pelo Estado (FERREIRA, 1996). Para Abrucio (1997). 
As bases do modelo burocrático permanecem, ele não é suprido totalmente. Ainda pode se identificar a presença de alguns princípios burocráticos na atualidade, convivendo, sobre forma de resquícios com a administração gerencial. Sendo eles: 
A admissão segundo rígidos critérios de mérito (Concurso Público)
A existência de um sistema estruturado e universal de remuneração (Plano de Carreira); 
A avaliação constante de desempenho
O treinamento e a capacitação contínua do corpo funcional. 
Profissionalização da administração pública.
Impessoalidade e oficialidade. 
Porém, as vertentes, os caminhos a serem perseguidos nessa nova administração são outros. Esses caminhos são vários, porém o edital elenca alguns, cujo são: 
Excelência nos serviços públicos. 
Empreendedorismo governamental e novas lideranças no setor público
Processos participativos de gestão pública: conselhos de gestão, orçamento participativo, parceria entre governo e sociedade: Transparência da Administração Pública: Controle social e cidadania: Accountability
Em síntese: A administração pública evolui para o modelo gerencial, concebe o estado como empresa, e por isso o termo “Empreendedorismo governamental”, traz o cidadão para dentro do processo de gestão estatal, fazendo-o que participe, principalmente com influência no controle da administração pública, a fim de que, privilegie-se a transparência, à luz dos princípios da moralidade e impessoalidade, daí o nome “Accountability”. 
O paradigma gerencial contemporâneo, fundamentado nos princípios da confiança e da descentralização da decisão, exige formas flexíveis de gestão, horizontalização de estruturas, descentralização de funções, incentivos à criatividade. Contrapõe-se à ideologia do formalismo e do rigor técnico da burocracia tradicional. À avaliação sistemática, à recompensa pelo desempenho, e à capacitação permanente, que já eram características da boa administração burocrática, acrescentam-se os princípios da orientação para o cidadão-cliente, do controle por resultados, e da competição administrada.
Excelência nos serviços públicos
A excelência nos serviços públicos tem inicio no modelo gerencial, com a nova vertente de um maior enfoque à prestação de serviço do que no próprio processo de resultado. Traz-se a ideia de qualidade nos serviços da administração privada – TQM – Total Quality Management). Essa ideia é totalmente desvinculada do propósito da administração burocrática: que era o cumprimento de regulamentos e procedimentos administrativos e na qual o desempenho é avaliado apenas com referência à observância das normas legais e éticas. 
É evidente que a preocupação maior da burocracia não era a de dar uma maior qualidade aos serviços públicos, mas sim a de resolver os graves problemas criados pelo patrimonialismo. Assim estancou a corrupção e passou a regular rigorosamente o dinheiro público. O problema foi, que ao regular o dinheiro a burocracia não soube administra-lo, ou seja, não soube onde iria investir, que meios utilizar, “como fazer”. E então, surge o gerencialismo. Quando o estado/governo começa a aproveitar os recursos disponíveis da melhor forma, investindo corretamente, e observando sempre o menor custo e a maior qualidade, fala-se em governo empreendedor – próximo tópico a ser estudado. 
A excelência nos serviços púbicos começa a ser traçada e desenhada no chamado Gerencialismo Puro, também chamado de “Managerialism”. Modelo incorporado na Grã-Bretanha, entre os anos 70-80. Nasce, em sua essência, com o conceito de produtividade. Onde tem o objetivo de cortar custos e pessoal, buscando sempre a eficiência na prestação final dos serviços. 
Sabendo dos problemas do modelo burocrático, ao qual, perfaz-se em uma estrutura rígida e centralizada, voltada para o cumprimento dos regulamentos e procedimentos. O Gerencialismo Puro propõe:
Definição clara das responsabilidades de cada funcionário dentro das agências governamentais; 
Clara definição dos objetivos organizacionais
Aumento da consciência a respeito do “Valor dos recursos” públicos; 
Para cumprir cada um destes objetivos foram implementados determinados instrumentos gerenciais: 
Técnicas de racionalização orçamentária, para possibilitar a incorporação de uma maior “Consciência dos custos” no serviço público; 
Instrumentos de avaliação de desempenho organizacional, para alcançar maior eficiência, usando mecanismos objetivos de mensuração da performance governamental. 
A descentralização administrativa e a consequente descentralização dos serviços
Criar mais gerentes com habilidades e criatividades para encontrar novas soluções
O Gerencialismo puro consegue dar bases para uma maior qualidade nos serviços públicos. Porém, peca quando: despolitiza a administração pública, separando administração da política. Isso porque, a administração pública se constitui num sistema organizacional em que, internamente, há diferentes tarefas e valores pertencentes a um contexto complexo de relações com a esfera política, a qual não pode ser negligenciada, pois caso isso ocorra, aumenta a possibilidade de os processos de reforma administrativa fracassarem. 
E essa era exatamente a base do gerencialismo. O intuito de separar a política da administração, tinha como objetivo: além de aumentar o desempenho organizacional, mas sim aumentar a performance do setor público. 
Diante desse fato é que o gerencialismo puro ganha um novo incremento o consumerism, e que definitivamente, o solidifica a buscar uma qualidade plena nos serviços. O Consumerism, também surge na Grã-Bretanha, e de início adapta o gerencialismo puro, introduzindo uma flexibilidade da gestão. Essa flexibilização acaba que dando start a passagem da lógica do planejamento para a lógica da estratégia. A lógica do planejamento, estabelecia-se o melhor programa a ser cumprido. Já na estratégia, são levadas em conta as relações entre os atores envolvidos em cada política, de modo a possibilitar uma flexibilidade necessária para eventuais alterações nos programas governamentais. 
E exatamente com o consumerism, que a ideia de “qualidade do serviço” se incorpora definitivamente no setor público. A qualidade dos serviços públicos adveio da adm. Privada devido ao fator do aumento da concorrência e do nível de exigência dos consumidores. No setor público aconteceu um fenômeno semelhante, ao qual foi, o direcionamento da visão do modelo gerencial ao cidadão-cliente. 
Nesse contexto, surge na administração governamental uma nova perspectiva, voltada à satisfação do público, intitulada de “Paradigma do Consumidor” (Consumer Paradigm); 
Essa ideia é iniciada na Inglaterra, onde, parte-se da premissa que: Os serviços públicosdevem estar direcionados às necessidades definidas pelo público diretamente afetado, consistindo na implantação de programas de avaliação de desempenho organizacional. 
Para tornar a qualidade nos serviços públicos realidade, adota-se três medidas:
Descentralização administrativa – Com Grande Delegação de autoridade, partindo do princípio de quanto mais próximo estiver o serviço público do consumidor, mais fiscalizado por ele será. 
Competição entre as organizações 
Adoção de um novo modelo contratual para os serviços públicos, com a extensão das relações contratuais no fornecimento de serviços públicos entre o setor público, setor privado e o voluntário, criando uma nova estrutura de pluralismo institucional. 
FAZ SENTIDO! Se a intenção é tornar o serviço de qualidade, nada melhor do que, ele ser prestado por um ente privado, porque haveria uma maior forma de controle dos cidadãos-clientes. 
A criação de relações contratuais baseia-se na ideia de que numa situação de falta de recursos a melhor forma de aumentar a qualidade é introduzir relações contratuais de competição e de controle. Além disso, há maior possibilidade dos consumidores de controlar e avaliar o andamento dos serviços públicos a partir de um marco contratual.
Embora tenha avançado muito em relação ao modelo gerencial puro, o consumerism recebe várias críticas, particularmente no terreno em que mais transformou os conceitos, isto é, na relação entre o governo como o prestador de serviço e a população. A crítica geral é direcionada ao conceito de consumidor de serviços públicos. 
Para vários autores o conceito de consumidor deve ser substituído pelo de cidadão. Porque o cidadão é mais amplo do que o consumidor. Dizer que o consumidor é o cidadão é torna-lo mais participativo na escolha dos dirigentes, na elaboração das políticas e na avaliação dos serviços públicos. É dentro desse contexto, que nasce o conceito de Accountability, que traduzido para o português, em sua melhor forma, significaria – Transparência. Cujo será o tema final. 
Empreendedorismo governamental e novas lideranças no setor público.
1. Introdução: 
O Empreendedorismo governamental nasce do contexto da ideia de se buscar uma qualidade/excelência no serviço público. Isso porque, é nesse contexto que o estado irá buscar observar a melhor forma de investir o dinheiro que recebe do contribuinte (o cidadão/cliente) a fim de aumentar a eficiência e efetividade do serviço prestado. Como também dando poder aos cidadãos, transferindo o controlas das atividades e também das decisões à comunidade. Quando o estado passa a observar e fazer isso, ele torna-se um governo empreendedor. 
Um inicial exemplo é a própria descentralização, onde o estado por meio de contrato administrativo delega um serviço público a um ente privado, observando um menor custo e uma maior qualidade no serviço prestado. Mas, a ideia não é a de privatizar, mas sim de redirecionar a atividade governamental. 
(CESP – TER/BA – Analista Administrativo – 2010) - A construção de uma área de lazer destinada à promoção de atividades turísticas e culturais por meio de parcerias com empresas privadas é um exemplo de empreendedorismo governamental, pois promove a integração entre o governo e determinado grupo social. CORRETO.
Osborne e Gaebler propõem em seu livro dez princípios básicos para reinventar o governo e fazer com que ele atinja o objetivo de melhor aplicar o dinheiro público para ter um melhor serviço prestado. São eles:
Obs.: Essas características são sempre abordadas em provas, as bancas costumam analisa-las em particular. A base sempre é a mesma, escolhem uma característica e perguntam se faz parte do conceito de governo empreendedor. 
	Competição entre os prestadores de serviço
	Orientar-se por objetivos e não por regras e regulamentos
	Poder aos cidadãos, transferindo o controle das atividades à comunidade
	Priorizar o investimento na produção de recursos e não em seu gasto
	Mediar a atuação das agências governamentais através dos resultados;
	Descentralização
	Redefinir os usuários com clientes
	Preferir os mecanismos de mercado às soluções burocráticas;
	Atuar na prevenção dos problemas mais do que no tratamento
	Catalisar a ação dos setores público e privado e voluntário
2. Não confundir: Governo empreendedor x governo empresário 
Governo empresário é aquele que cria empresas públicas e também as coordena, existe no brasil, como é o caso da caixa econômica federal. Mas o assunto aqui é o do governo empreendedor, que é aquele que maneja os recursos disponíveis da melhor maneira. 
3. Pontos a serem debatidos: 
a) Governo catalisador – competição entre os prestadores de serviço: O governo empreendedor deve ter o papel de indutor da sociedade, de regulador e não mais de executor. A relação é a de “NAVEGAR E NÃO REMAR”. Se executar sozinho o governo irá remar e chegar menos longe, se modelar e regular a atividade econômica, catalisando-as entre os setores público e privado, irá chegar mais longe. Nesse sentido, interdisciplinar-se com a licitação, quando o governo escolhe o tipo melhor qualidade e menor preço, torna-se flexível e atinge um grau de qualidade e eficiência maior. Uma vez que, aumentará o grau de competição entre os licitantes. 
b) Orientar-se por objetivos e não por regras e regulamentos: Ao invés de trabalhar para cumprir normas os servidores devem trabalhar para cumprir objetivos. A fim sempre de dar maior criatividade para o funcionário, com a consequência de poder inovar e alcançar os objetivos traçados. 
(CESP – TER – MAS – Analista Judiciário) - Um princípio inerente ao governo empreendedor é a sua orientação para missões. Isto significa que as organizações públicas devem ser rigidamente dirigidas por objetivos, regulamentos e normas para que suas missões possam ser eficazmente atingidas. ERRADO.
c) Atuar na prevenção dos problemas mais do que no tratamento – Preocupar-se com resultados e não com recursos: O exemplo maior é um hospital, este, deve ser remunerado não pelo numero de atendimentos, mas pela redução do número de casos de doença em sua localidade. Uma delegacia de polícia deveria ser avaliada por reduzir a criminalidade, e não por número de prisões
d) Redefinir os usuários com clientes: A administração deve criar mecanismos que façam os servidores voltarem suas atenções aos clientes de seus serviços e que estes tenham condições de escolha na prestação destes serviços. Deve atender às necessidades do cliente e não da burocracia. 
Obs.: Os clientes‐alvo a quem o administrador público de uma gestão tradicional mais procura satisfazer são aqueles ligados aos Poderes Legislativo e Executivo, pois é deles que os recursos se originam
PONTO IMPORTANTE: A introdução de métodos voltados para a produção qualitativa de serviços públicos com a prioridade dada aos clientes e cidadãos com razões ultimas do setor público (decisão), fazendo com que, além de serem bem atendidos, sejam também participantes do governo, decidindo e traçando os destinos de suas comunidades. 
(CESP – TER-MA – Analista Judiciário) O governo caracteristicamente empreendedor fomenta a transferência do poder decisório da burocracia para as comunidades, possibilitando a efetiva participação da população de modo a ser eficiente na resolução dos problemas e no alcance dos objetivos consensualmente determinados por cada comunidade. CORRETO.
e) Priorizar o investimento na produção de recursos e não em seu gasto – “Gerar receitas e não despesas”: Instituir taxas para o serviço público. 
f) Poder aos cidadãos, transferindo o controle das atividades à comunidade