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IMPORTÂNCIA DA LINGUAGEM NO PROCESSO DE ENSINAR E APRENDER Ivanilson

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IMPORTÂNCIA DA LINGUAGEM NO PROCESSO DE ENSINAR E APRENDER
Ivanilson Leite da Silva[1: Graduado em Licenciatura em Informática, especialista em gestão escolar e graduando em Licenciatura em Matemática.]
RESUMO
Este artigo visa a ressaltar a importância da linguagem na formação das aprendizagens e na definição de metodologias de ensino/aprendizagem de língua portuguesa. Visando conhecer a importância da linguagem no processo de ensinar e aprender, com base em aspectos importantes que é a leitura, assim o professor de que a sua prática pedagógica no ensino do português tem relação direta com a sua concepção de língua/linguagem.  
Palavras chave: Leitura. Linguagem. Aprendizagem.
ABSTRACT 
This article aims to highlight the importance of language in learning and training in the definition of teaching/learning methodologies of Portuguese language. In order to know the importance of language in the process of teaching and learning, based on important aspects that is reading, so the professor that your pedagogical practice in the teaching of Portuguese is directly related to the design of your tongue/language. 
Key words: reading. Language. Learning.
1 INTRODUÇÃO
É inquestionável a importância da linguagem na formação da aprendizagem, principalmente a forma como essa é trabalhada na escola, assim percebe-se a leitura como ferramenta importante no processo educativo, porém, em pleno século XXI, da forma como é tratada nas escolas, a leitura não é considerada uma atividade prazerosa na formação da linguagem e do conhecimento. 
Gravita no processo educativo a falta de habilidade dos alunos para desenvolver uma linguagem crítica. Constata-se que as instituições de ensino estão formando jovens cada vez mais despreparados para ingressarem em uma carreira profissional e, por conseguinte, tornarem-se pessoas capazes de participar de forma ativa do contexto social em que estão inseridos, não sabendo exercer os direitos e deveres atribuídos pela cidadania. 
Tais constatações podem ser evidenciadas através dos resultados do ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio), IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) e outros processos avaliativos realizados pelas instituições de ensino.
Por ser considerada a base do aprendizado de todas as disciplinas, o ensino da leitura ocupa lugar preponderante dentro das matérias escolares. A leitura é o eixo e centro da aquisição do conhecimento dos conteúdos escolares, realizando-se no âmbito da cognição e associada ao caráter social, histórico e político do aluno.
Apesar da existência de novas vias e meios de assimilação de conhecimentos a leitura continua sendo uma das formas fundamentais para se receber informações.
Diversas são as inquietações acerca da linguagem no processo de ensino aprendizagem, como o docente pode atuar no Ensino da Leitura, ante a constatação da tímida habilidade dos alunos nas atividades relacionadas ao ato de ler, não sendo capazes de compreender, de forma crítica, os trabalhos que envolviam pesquisas sobre leitura, visando uma formação crítica e atuante do aluno nas atividades escolares.
Com base no exposto, tem-se o problema resultante da necessidade de compreender qual o papel do professor na formação da linguagem no processo de ensinar e aprender, amparado pelos fatores e práticas docentes que servem de ferramentas de incentivo à leitura.
Falar em leitura é pensar em um suporte fundamental para a formação intelectual do ser humano, nesse direcionamento é que a atuação do professor se faz indispensável como mediador do conhecimento.
A linguagem é muito importante, é o meio de compreender o mundo, sendo está relacionada ao processo de leitura que é uma atividade necessária ao desenvolvimento humano, um instrumento de construção do conhecimento, configurando-se a partir da leitura de mundo, das palavras e demais signos que direcionam a atuação do homem na sociedade. A escola é vista como espaço adequado para criação e recriação do conhecimento, uma transmissora do patrimônio cultural e o professor como mediador do conhecimento, ambos têm um papel fundamental em romper com visões fragmentadas e estereotipadas, no que tange ao ato de ler, proporcionando uma leitura prazerosa para formação de leitores.
2 LINGUAGEM É A EXPRESSÃO DO PENSAMENTO
Para essa concepção o não saber pensar é a causa de as pessoas não saberem se expressar. Pensar logicamente é um requisito básico para se escrever, já que a linguagem traduz a expressão que se constrói no interior da mente, é o “espelho” do pensamento. Nessa tendência, segundo Travaglia (1997: 21), o fenômeno linguístico é reduzido a um ato racional, “a um ato monológico, individual, que não é afetado pelo outro nem pelas circunstâncias que constituem a situação social em que a enunciação acontece”. 
O fato linguístico, a exteriorização do pensamento por meio de uma linguagem articulada e organizada, é explicado como sendo um ato de criação individual. A expressão exterior depende apenas do conteúdo interior, do pensamento da pessoa e de sua capacidade de organizá-lo de maneira lógica. Por isso, acredita-se que o pensar logicamente, resultando na lógica da linguagem, deve ser incorporado por regras a serem seguidas, sendo que essas regras se situam dentro do domínio do estudo gramatical normativo ou tradicional, que defende que saber língua é saber teoria gramatical.
Expondo os princípios lógicos da linguagem, a gramática normativa prediz os fenômenos da linguagem em “certos” e “errados”, privilegiando algumas formas linguísticas em detrimento de outras. Nas palavras de Franchi (1991:48), a gramática normativa é “o conjunto sistemático de normas para bem falar e escrever, estabelecidas pelos especialistas, com base no uso da língua consagrado pelos bons escritores. ”
Dessa forma, acredita-se que quem fala ou escreve bem, seguindo e dominando as normas que compõem a gramática da língua, é um indivíduo que organiza logicamente o seu pensamento.
A língua é concebida como simples sistema de normas, acabado, fechado, abstrato e sem interferência do social. Em decorrência disso, os estudos tradicionais consideram apenas a variedade dita padrão ou culta, ignorando todas as outras formas de uso da língua, consideradas corrupções da língua padrão pautada nos modelos literários, na língua literária artística. Não estabelecem, portanto, relação com a língua viva do nosso tempo e com o uso do nosso cotidiano. As línguas, nesse caso, obedecem a princípios gerais racionais, lógicos, e a linguagem é regida por esses princípios. Assim, impõe-se a exigência de que os falantes a usem com clareza e precisão, pois ideias claras e distintas devem ser expressas de forma lógica, precisa, sem equívocos e sem ambiguidades, buscando a perfeição.
Nesta tendência, observa-se a relação psíquica entre linguagem e pensamento, caracterizando a linguagem como algo individual, centrada na capacidade mental do indivíduo. As dificuldades de expressão, o discurso que se materializa no texto, então, independe da situação de interação comunicativa, do interlocutor, dos objetivos, dos fenômenos sociais, culturais e históricos. Se há algum desvio quanto às regras que organizam o pensamento e a linguagem, ele só pode ser explicado pela incapacidade de o ser humano pensar e raciocinar logicamente.
	
2.1 As práticas docentes como ferramentas de incentivo a linguagem e à leitura.
Compreendidas como ferramentas de incentivo à leitura, as práticas docentes constituem as ações desenvolvidas pelos professores com a finalidade de dar sentido à leitura, assumindo dimensão institucional que ultrapassa os limites escola, como forma de superar os obstáculos apresentados para a formação do leitor.
Nesse sentido, acopla-se o seguinte entendimento: “Professores isolados em salas de aula fechadas não podem resolver problemas que lhes são comuns enquanto atravessam o tempo e o espaço de suas aulas”. Lerner (2002, p.98).
Com essas palavras, a autora chama a atenção para a necessidade das ações de fato e conjunta que deverão serempreendidas pelos professores no processo de formação do leitor.
 No que se refere ao contexto escolar, Castedo apud Lerner (2002, p.98), sublinha os efeitos positivos por projetos institucionais, tais como: “jornalismo escolar, intercâmbio epistolar e a formação de clubes de teatro e outros...”.
Segundo a autora, esses projetos possibilitam a instalação do denominado “clima leitor”, que em determinadas situações, transcende o ambiente escolar para alcançar os lares, em vista da potencialidade de envolver a criança e a própria família.
Sobre a função do jornal escolar, trata-se de ferramenta que permite o intercâmbio, na escola, entre alunos de séries diferentes e a criação de projetos dessa dimensão, depende do comprometimento dos professores, enquanto atores presentes na formação dos leitores.
A produção de textos é outra prática que auxilia o professor na formação de leitores e deve ser regularmente incentivada na sala de aula, espaço adequado para o debate sobre os temas do interesse dos alunos, situando-se cinema, esporte, trabalho e outros assuntos do cotidiano.
Em relação ao tema em foco, Rangel (2009, p.123), considera que uma das tarefas da escola é ampliar o contato da criança com a cultura escrita, sustentando que: “é fundamental que proporcione uma diversidade de situações e uma variedade textual, além daquelas que ocorrem em sala de aula”.
Ao ensejo da defesa do pensamento acima, a mencionada autora opõe-se ao estruturalismo, enquanto ideologia que concebe a leitura paralela àquela legitimada pela escola – a que se ensina e se avalia – não é adequada para a criança entender o mundo.
No entanto, a mencionada autora filia-se às ideias do sociointeracionismo, defendidas por Bakhtin e Vygotsky ao entender que as práticas de leitura remetem a apropriações de textos que resultam de competências diferenciadas. Com base nessa linha de fundamento, arremata que: “na escola, não é a leitura que se adquire, mas são maneira de ler que aí se revelam”. (Hébrard apud Rangel, 2009, p.123).
Deflui do pensamento acima que as ideias do interacionismos são caracterizadas pela variedade de textos e demais acervos que são colocados à disposição do leitor. Normalmente a biblioteca é o espaço da escola que oferece ao aluno a oportunidade de ler aquilo que gosta, inclusive a leitura de revistas em quadrinho.
Como ferramenta de incentivo à leitura, destacam-se os projetos institucionais na escola. Um dos méritos desses projetos, no dizer de Lerner (2002, p.99), “é o de proporcionar um quadro no qual a leitura ganha sentido não só para os alunos, como também para os professores”.
Nessa forma de atuar, o professor assume o papel de leitor, concretizando o seu objetivo didático no sentido de comunicar os seus alunos aspectos fundamentais do comportamento leitor, da natureza da língua escrita e das características de cada gênero escrito. A circulação de textos, cartazes e avisos de caráter informativo nos murais da escola constitui outra prática utilizada pelo professor como ferramenta de incentivo à leitura. Não há dúvida de que os murais das escolas funcionam como um espaço destinado à publicidade e informações do interesse da escola, alunos e professores. 
Rangel realça a importância dos murais como prática utilizada no processo de formação de leitores, apresentando relação entre o que ocorre na escola particular e na escola pública, ao narrar que:
Na escola particula, “os murais cumprem a função de reforçar certos preceitos e valores próprios de uma escola confessional, e os dizeres, pensamentos e reflexões aí contidos permanecem os mesmos durante todo o ano. Não há alteração visual dos painéis”. A leitura que circula em outros espaços da escola pública, além da sala de aula, é feita em textos, cartazes, avisos de caráter informativo ou comemorativo que preenchem os murais do pátio. (RANGEL, 2009, p.124).
Trata-se de prática importante no processo da formação de leitores, assim descrito pela mencionada autora em relação ao que presenciou na escola pública, ao dizer que é comum avistar, nessa escola, alunos frente a um mural, lendo as informações aí contidas, sustentando que para a incorporação desse procedimento, necessário se faz que os murais sejam visíveis, constantemente atualizados e que o professor tenha ciência da necessidade dessa mobilização, para que possa estimular seus alunos e fazer comentários na sala de aula.
Outra prática de incentivo à leitura, lembrada por Rangel na citada obra, trata-se da troca de livros entre os alunos, justificada pela circulação de livros diversos na sala de aula, terminando por formar uma espécie de biblioteca circulante.
Assim, são múltiplas as práticas docentes como ferramentas de incentivo à leitura, configuradas nas ações de iniciativa do professor no sentido criar as condições necessárias para a prática do ato de ler.
Nesse sentido, ser professor é fazer da profissão o sacerdócio sistemático e contínuo, utilizando-se das ferramentas necessárias para fomentar a construção do conhecimento e, em especial, a prática da leitura. 
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Esse estudo não teve a pretensão de ditar regras relativas à consecução do trabalho do professor, mas tão somente suscitar reflexões e oferecer subsídios que esclareçam o trajeto entre o ensino de língua e sua relação com as concepções de linguagem.
A linguagem que se inserem em algumas correntes teóricas é de crucial importância para se entender o trabalho com o ensino de língua portuguesa em sala de aula. Tal análise permite que se distingam as tarefas que cabem ao professor em se tratando do uso da língua na escola, quando subsidiadas por uma concepção de linguagem.
Cabe ao professor, pois, desenvolver uma forma de ensino que realmente lhe pareça produtiva para atender à consecução dos objetivos de língua portuguesa que se tem em mente. A reflexão sobre o seu fazer pedagógico, no entanto, deve ser consciente e, caso pretenda operar a uma mudança de atitude, deve ter claro que, para haver mudanças, não basta mudar a prática, a metodologia. 
Verifica-se a importância da leitura para a formação da linguagem crítica e eficaz. E a necessidade de se buscar novas metodologias que abordem a aprendizagem através da leitura e escrita, visando uma linguagem prazerosa, aderindo assim, a uma nova concepção de língua/linguagem, sem a qual não conseguirá ultrapassar a insegurança de uma alteração de atitude, de refletir sobre os pressupostos da metodologia que adotará em sala de aula.
REFERENCIAS
BAKHTIN, M. Marxismo e filosofia da linguagem. 8. ed. Hucitec: São Paulo, 1997.
BORBA, F. da S. Introdução aos estudos lingüísticos. 12. ed. Campinas, São Paulo: Pontes, 1998.
BARBOSA, José Juvêncio. Alfabetização e Leitura. 3. ed. São Paulo: Cortez, 2013.
CAMPELLO, Bernadete Santos, et al. A biblioteca escolar: temas para uma análise pedagógica. 2 ed. Belo Horizonte. 2008.
CARVALHO, Marlene. Alfabetizar e letrar: Um diálogo entre a teoria e a prática. Petrópolis, RJ: Vozes, 2005.
CABRAL, L. S. Introdução à lingüística. 7. ed. Rio de Janeiro: Globo, 1988.
CITELLI, A. O. “O ensino de linguagem verbal” em torno do planejamento. In: MARTINS, M. H. (Org.) Questões de linguagem . 4. ed. São Paulo: Contexto, 1994.
______. Desvendando os segredos do texto. São Paulo: Cortez, 2002.
FRANCHI, C. “Mas o que é mesmo ´Gramática?´”. In: LOPES, H. V. et al (Org.). Língua Portuguesa: o currículo e a compreensão da realidade. São Paulo, Secretaria da Educação/Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas, 1991.
FRANTS, Maria Helena Zancan. A literatura nas séries iniciais. Petrópolis, RJ: Vozes, 2011.
FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler. 51. ed. São Paulo: Cortez, 2011.
LERNER, Delia. Ler e escrever na escola: o real, o possível e o necessário. Porto Alegre: Artmed, 2002.

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