Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Universidade Federal de Mato Grosso - UFMT Faculdade de Arquitetura, Engenharia e Tecnologia - FAET Departamento de Engenharia Ele´trica Estrutura Atoˆmica dos Materiais Alunos: Rodrigo Bressan Poderis Joao Pedro Madeiro de Aguiar Suma´rio 1 Introduc¸a˜o 3 2 Modelos atoˆmicos 4 2.1 Modelo atoˆmico de Dalton e seus postulados . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 2.2 Modelo atoˆmico de Thomson . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 2.3 Modelo Atoˆmico de Rutherford . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 2.4 Modelo Atoˆmico de Bohr e seus postulados . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 3 Classificac¸a˜o dos materiais 8 3.1 Metais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8 3.2 Ceraˆmicas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8 3.3 Pol´ımeros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8 3.4 Compo´sitos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9 3.5 Gra´ficos comparativos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9 4 Por que estudar as propriedades dos materiais? 12 5 Niveis de energia e Bandas de energia 12 5.1 Introduc¸a˜o a` condutividade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12 5.2 Niveis de energia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14 5.3 Bandas de energia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15 6 Dualidade onda-part´ıcula 21 7 B´ıbliografia 22 Resumo Trabalho produzido pelos(as) discentes do Curso de Graduac¸a˜o em Engenharia Ele´trica, durante o quarto semestre, como quesito avaliativo da disciplina Princ´ıpio da Cieˆncia dos Materiais e Dispositivos Ele´tricos na Universidade Federal de Mato Grosso, campus Cuiaba´ e supervisionado pelo Prof◦.Waldemir Rodrigues. 1 Introduc¸a˜o Conforme a tecnologia foi avanc¸ando com o passar dos tempos, foi-se necessa´ria tambe´m uma modificac¸a˜o nos modelos atoˆmicos existentes na e´poca, para que, com me- lhor aprofundamento neste quesito, fosse poss´ıvel desenvolver melhores materiais, por exemplo, no ramo da eletricidade. As primeiras ideias sobre as estrutu´ras atoˆmicas sur- giram na Gre´cia Antiga, no se´culo V A.C., onde os filo´sofos Leucipo e Demo´crito, ambos de Abdera, afirmavam que a mate´ria na˜o poderia ser divis´ıvel infinitamente. Depois disso, va´rios outros cientistas contribuiram com seus modelos atoˆmicos, e que tambe´m sera˜o discutidos neste trabalho. Tambe´m sera´ mostrado quais sa˜o as classificac¸o˜es e as caracter´ısticas de alguns materiais. 3 2 Modelos atoˆmicos Neste to´pico, sera˜o comentados detalhadamente sobre os modelos atoˆmicos e suas contribuic¸o˜es para a Cieˆncia. 2.1 Modelo atoˆmico de Dalton e seus postulados Enquanto Leucipo e Demo´crito ja´ tinham uma ideia de como seria o a´tomo, apenas em 1808, John Dalton deu o cara´ter cient´ıfico para ele. Esta mesma foi fundamental para o avanc¸o cient´ıfico na e´poca, pois o modelo dele serviu de base para outros modelos que viriam a ser criados. Dalton tambe´m estipulou alguns postulados para o seu modelo. Sa˜o eles: • A mate´ria e´ formada por part´ıculas extremamente pequenas chamadas a´tomos; • Os atomos sa˜o esfe´ricos e macic¸os, semelhantes a uma bola de bilhar; • Os atomos sa˜o indivis´ıveis e indestrut´ıveis; • Atomos de diferentes elementos qu´ımicos podem apresentar propriedades diferentes um dos outros; • O peso relativo de dois a´tomos pode ser utilizado para diferencia-los; • Substaˆncias qu´ımicas diferentes sa˜o formadas pela combinac¸a˜o de a´tomos diferentes; • Uma substaˆncia qu´ımica composta e´ formada pela mesma combinac¸a˜o de diferentes tipos de a´tomos. Figura 1: Modelo atoˆmico de Dalton seria parecido com uma bola de bilhar. 4 2.2 Modelo atoˆmico de Thomson Em 1910, va´rias evideˆncias surgiram de que o a´tomo contem ele´trons, sendo que no modelo de Dalton, na˜o havia eletrons. Em seu modelo, J.J. Thomson propoˆs uma tentativa de descric¸a˜o, segundo o qual os eletrons estariam localizados no interior de uma distribuic¸a˜o cont´ınua de cargas positivas. A forma da sua distribuic¸a˜o continuaria sendo esfe´rica, conforme o modelo de Dalton. Tambe´m ficou conhecido como modelo “Pudim de passas”, devido a` distribuic¸a˜o dos eletrons. Em a´tomos em seu estado de menor energia, os eletrons estariam fixos em suas posic¸o˜es de equil´ıbrio. Ja´ em a´tomos excitados, como por exemplo em materiais com temperatura elevada, os eletrons vibrariam em torno da sua posic¸a˜o de equil´ıbrio. A teoria eletromagne´tica preveˆ que eletrons acelerados emitiam radiac¸a˜o eletromagne´tica, pore´m faltava concordaˆncia quantitativa com os espectros observados experimentalmente. Em 1911, Ernest Rutherford, a` partir de experimentos de espalhamentos de part´ıculas α por a´tomos, mostrou que o modelo de Thomson era inadequado. Figura 2: Modelo atoˆmico de Thomson, tambe´m conhecido como “Pudim de passas”. 5 2.3 Modelo Atoˆmico de Rutherford No modelo de Rutherford, todas as cargas positivas do a´tomo, e consequentemente toda sua massa, sa˜o supostas concentradas em uma pequena regia˜o chamada de nu´cleo. Em torno do nu´cleo existem Z eletrons, neutralizando o a´tomo como um todo. Rutherford criou seu modelo tentando corrigir os erros encontrados em experimentos de espalhamento de part´ıculas α utilizando o modelo de Thomson. Rutherford fez um ca´lculo detalhado da distribuic¸a˜o angular esperada para o espalha- mento de part´ıculas α por a´tomos do tipo por ele proposto em seu modelo. Apo´s va´rios experimentos, foi poss´ıvel calcular o nu´mero de part´ıculas α espalhadas ao atravessar uma folha de determinado elemento. O resultado obtido foi: N(θ)dθ = ( 1 4pi�0 )2 ( zZ�2 2Mυ2 )2 Iρt2pisinθdθ sin4 ( Θ 2 ) (1) Seu modelo tambe´m foi capaz de prever um tamanho mı´nimo para o nu´cleo de um a´tomo. D = 1 4piε0 zZ�2 M υ 2 2 (2) Voltando aos eletrons, logo surge uma indagac¸a˜o. Se imaginarmos que os eletrons esta˜o parados em volta do nu´cleo, nada impedira´ que os mesmos sejam atraidos pelo nu´cleo, fazendo assim que o modelo volte ao modelo proposto por Thomson. Logo surge a ideia de fazer com que os eletrons fiquem girando em torno do nu´cleo, igual aos planetas no sistema solar. Pore´m, segundo a teoria eletrodinaˆmica cla´ssica, corpos carregados acelerados emitem radiac¸a˜o eletromagne´tica, fazendo com que os eletrons percam energia mecaˆnica e fac¸am um movimento em espiral, levando ao colapso. Futuramente, Bohr propoˆs um modelo que corrigia este erro. Figura 3: Modelo atoˆmico proposto por Rutherford com ele´trons fora do nu´cleo. 6 2.4 Modelo Atoˆmico de Bohr e seus postulados Em seu modelo, Bohr continuou com o modelo proposto por Rutherford no sentido do nu´cleo. Ou seja, continuaria havendo um nu´cleo carregado positivamente no centro. Pore´m, para resolver os problemas sobre o colapso dos eletrons nas o´rbitas do a´tomo, Bohr propoˆs os seguintes postulados: 1. Um ele´tron em um a´tomo se move em uma o´rbita circular em torno do nu´cleo sob influeˆncia da atrac¸a˜o coulombiana entre o ele´tron e o nu´cleo, obedecendo as leis da mecaˆnica cla´ssica; 2. Em vez da infinidade de o´rbitas poss´ıveis segundo a mecaˆnica cla´ssica, um ele´tron so´ pode se mover em uma o´rbita na qual seu movimento orbital L seja um mu´ltiplo inteiro de ~ = h 2pi ; 3. Apesar de estar constantemente acelerado, um ele´tron que se move em uma dessas o´rbitas possiveis na˜o emitem radiac¸a˜o eletromagne´tica. Portanto, sua energia total per- manece constante; 4. E´ emitida radiac¸a˜o eletromagne´tica se um ele´tron, que se move inicialmente sobre uma o´rbita de energia total Ei, muda seu movimento descontinuamente de forma a se mover em uma o´rbita de energia totalEf . A frequeˆncia da radiac¸a˜o emitida υ e´ igual a` quantidade (Ei − Ef ) dividida pela constante de Planck h. Aplicando estes postulados, todos os resultados experimentais obtidos anteriormente conferiram com os resultados deste modelo. Figura 4: Modelo atoˆmico proposto por Bohr, agora com os ele´trons orbitando em o´rbitas determinadas. 7 3 Classificac¸a˜o dos materiais Os materiais so´lidos foram separados em treˆs tipos ba´sicos de materiais: meta´is, ceraˆmicos e pol´ımeros. A separac¸a˜o foi baseada a` partir da composic¸a˜o qu´ımica e es- trutura atoˆmica destes materiais, fazendo com que estes se enquadrem em um destes materiais. Adicionalmente existem os compo´sitos, que sa˜o materiais compostos de dois ou mais materiais ba´sicos. Abaixo, sera˜o discutidos em detalhes estes treˆs tipos ba´sicos de materiais. 3.1 Metais Neste grupo, esta˜o alguns elementos meta´licos, como o ferro e o cobre, e outros materi- ais na˜o-meta´licos, como o oxigeˆnio. Estes materiais na˜o-meta´licos, pore´m, sa˜o encontrados com menor frequeˆncia neste grupo. Os metais tem como caracter´ıstica, a´tomos muito or- denados se comparados com os outros materiais. Suas caracter´ısticas mecaˆnicas sa˜o sua rigidez, resisteˆncia e ductibilidade. Em geral, os metais um grande nu´mero de eletrons na˜o localizados, ou seja, eletrons que na˜o esta˜o ligados a um a´tomo. Algumas de suas propriedades, como por exemplo sua o´tima condutividade ele´trica, podem ser atribuidos a esses eletrons. 3.2 Ceraˆmicas Os materiais denominados como ceraˆmicas sa˜o compostos formados principalmente por elementos meta´licos ou na˜o-meta´licos. Em sua maioria, eles consistem entre o´xidos, nitretos e carbonetos. Em seu comportamento mecaˆnico, possuem a rigidez e resisteˆncias altas, semelhantes a`s dos metais. Pore´m, sa˜o fra´geis a` rachaduras e a` trac¸a˜o. Sa˜o caracterizados tambe´m pela sua dificuldade na passagem de calor e eletricidade, o que os caracterizam como isolantes. Suas aplicac¸o˜es no ramo da engenharia ele´trica sa˜o diversas. Pore´m, a mais conhecida e´ como isolantes em redes de alta tensa˜o. 3.3 Pol´ımeros A maioria dos pol´ımeros sa˜o compostos orgaˆnicos baseados no carbono, hidrogeˆnio e outros materiais na˜o-meta´licos. Possuem estruturas moleculares grandes, comumente encontrado na forma de cadeia com o carbono em sua espinha dorsal. Exemplos desses materiais sa˜o o Polietileno, Na´ilon e o cloreto de polivilina (PVC). Estes materiais sa˜o muito leves, pore´m suas caracter´ısticas sa˜o diferentes dos metais e ceraˆmicas. Suas caracter´ısticas mecaˆnicas sa˜o uma baixa rigidez, trac¸a˜o e ductibilidade. Apesar disso, muitas vezes a sua densidade e resisteˆncia em relac¸a˜o a` sua massa chegam a ser comparadas com as dos metais e ceraˆmicas. Devido a` sua baixa rigidez e du´ctibilidade, esses materiais sa˜o muito flex´ıveis, fazendo assim com que eles possam se deformar para formar, por exemplo, estruturas de formas complexas, como garrafas ou capacetes. Suas desvantagens sa˜o a` sua tendeˆncia de amolecer ou de se desfazer em tempera- turas modestas. Adicionalmente, possuem uma baixa condutividade ele´trica e sa˜o na˜o- magne´ticos. 8 3.4 Compo´sitos Como o pro´prio nome ja´ indica, um compo´sito e´ composto por dois ou mais materiais dos tipos citados acima. O objetivo de um compo´sito e´ possuir propriedades na˜o encon- tradas nos materiais ba´sicos, incorporando as caracter´ısticas dos materiais componentes. Existem va´rios tipos de compo´sitos, os quais sa˜o representados por diferentes com- binac¸o˜es de metais, ceraˆmicas e pol´ımeros. Alguns materiais que sa˜o encontrados na natureza sa˜o considerados como compo´sitos, como por exemplo o osso. Um dos compo´sitos mais comuns e conhecidos e´ o da fibra de vidro, onde pequenas fibras de vidro sa˜o embutidas no interior de um pol´ımero. E´ conhecida por sua grande resisteˆncia e baixo peso. Outro compo´sito e´ o PRFC, ou pol´ımero reforc¸ado com fibras de carbono. Semelhante a` fibra de vidro, este compo´sito consiste em fibras de carbono embutidas no interior de um pol´ımero. Pore´m, sa˜o mais r´ıgidos e resistentes a` fibra de vidro e, consequentemente, mais caro. O PRFC e´ utilizado em aeronaves e em equipamentos esportivos de alta tecnologia. 3.5 Gra´ficos comparativos Abaixo, esta˜o dispostos alguns gra´ficos comparando os quatro tipos de materiais em alguns quesitos como, por exemplo, rigidez e conduc¸a˜o ele´trica. Figura 5: Gra´fico de barras comparando a massa espec´ıfica entre quatro tipos de materiais. 9 Figura 6: Gra´fico de barras comparando a rigidez entre quatro tipos de materiais. Figura 7: Gra´fico de barras comparando o limite de resisteˆncia a` trac¸a˜o entre quatro tipos de materiais. 10 Figura 8: Gra´fico de barras comparando a ductibilidade entre quatro tipos de materiais. Figura 9: Gra´fico de barras comparando a condutividade ele´trica entre quatro tipos de materiais. 11 4 Por que estudar as propriedades dos materiais? Essa parte da engenharia ele´trica e´ fundamental, pelo fato de ela estar envolvida com a propriedades dos materiais. E a partir desse estudo, pode-se organizar na hora de se fazer um projeto e utilizar o material ideal para o funcionamento do projeto. Por exemplo quando estamos fazendo um projeto, envolvendo linhas de transmisso˜es, temos que utilizar material com alta condutividade de cargas e com eficieˆncia de condutividade a temperatura ambiente. Ja´ quando se quer fazer uma manutenc¸a˜o nessa rede ou quando se quer colocar um material que na˜o tenha transfereˆncia de carga para certo tipo de tensa˜o, usamos material isolante, onde tem baixa condutividade de carga. Isso so´ e poss´ıvel com um estudo minucioso dos tipos de mate´rias. Outra coisa importante e estudar para trazer novos mate´rias, para facilitar o trabalho e tambe´m melhorar o rendimento dos projetos feitos com esses materiais. Ja´ pensou criar um fio que transporta eletricidade sem perda e com custo de fabricac¸a˜o desse material com baixo custo, seria ideal! Isso e´ capaz de realizar atrave´s de estudos detalhado dos materiais. 5 Niveis de energia e Bandas de energia 5.1 Introduc¸a˜o a` condutividade Para facilitar nosso estudo sobre bandas de energias, vou citar alguns to´picos bem rapidamente para facilitar nossa vida. 1- conduc¸a˜o ele´trica: A conduc¸a˜o ele´trica e´ o resultado do movimento de portadores de cargas (como os ele´trons) dentro do material. Sa˜o os ele´trons livres na ultimas camadas dos a´tomos. Onde a facilidade ou a dificuldade de conduc¸a˜o ele´trica do material pode ser entendida retornando-se ao conceito de n´ıveis de energia Os metais com grandes valores de condutividade, sa˜o chamados de condutores. Ceraˆmicas, vidros e pol´ımeros com pequenos valores de condutividade, sa˜o chamados de isolantes. E os semicondutores com valores intermedia´rios entre metais e isolantes. 12 Um me´todo simples para a determinac¸a˜o da condutividade ele´trica e´ pela figura 1. A magnitude do fluxo de corrente, i, atrave´s de um circuito com uma determinada resisteˆncia R e a diferenc¸a de potencial, V, e´ relacionada pela lei de Ohm. V = R.i Figura 10: circuito. O valor da resisteˆncia depende da geometria especifica da amostra; R aumenta com o comprimento, l, e diminui com a a´rea da sec¸a˜o transversal da amostra, A. A resistividade do material se calcula pela formula: ρ = R.A l Unidade de resistividade sa˜o Ω .m. Agora uma propriedade de um material igualmente u´til e´ o reciproco da resistividade, a condutividade,σ , onde: σ = 1 ρ Um exemplo do problema sobre condutividade seria uma amostra de fio (1 mn de diaˆmetro por 1m de comprimento) de uma liga de alumı´nio (contendo 1,2 porcento de Mn) e´ colocada em um circuito ele´trico como mostra a figura acima. Uma queda de tensa˜o de 432mV e´ medida entreas extremidades do fio quando este transporta uma corrente de 10 A. calcule a condutividade dessa liga. 13 SOLUC¸A˜O: Pela equac¸a˜o R = V i , ficamos com R = 432.10 −3V 10A = 43, 2.10−3Ω Agora que achamos a resisteˆncia com que a corrente tem de passar pelo fio usamos a resistividade para chegar na condutividade. E pela equac¸a˜o temos que: ρ = R.A l Portanto ρ = 33, 0.10−9Ω.m . Finalizando achamos a resistividade do material, para saber se o material e condutor ou isolante ou semicondutor, fazemos o inverso da resis- tividade para achar a propriedade do material. para esse resistividade a condutividade e´: σ = 1 ρ = 29, 5.106Ω−1.m−1 portanto ele e´ um material condutor, tem otima condutividade e baixa resistividade. 5.2 Niveis de energia individualmente, os a´tomos podem ser descritos como contendo n´ıveis de energia. Um esquema simplificado, tal como a figura 2-a e´ comumente usados. O refinamento das relac¸o˜es de energia, mostrando subn´ıveis (figura 2-b e figura 2-c) e´ muita as vezes deseja´veis, porque nos permite usar o fato de que apenas dois ele´trons podem compartilhar o mesmo subn´ıvel. A versa˜o simplificada deste modelo esta´ na figura 2-c. Figura 11: distribuic¸a˜o eletronica do a´tomo. A figura 2-a, mostra n´ıveis de energia simplificada de um a´tomo, ja´ a figura 2-b, sa˜o n´ıveis de energia, as camadas contem mais que um subn´ıvel, com diferentes energias, se as mesmas contiverem mais de dois ele´trons e a figura 2-c, diagrama de n´ıveis de energia das subcamadas para um a´tomo isolado. 14 Alguns princ´ıpios importantes podem ser afirmados acerca das energias dos ele´trons em um a´tomo isolado qualquer: 1. Ha´ n´ıveis espec´ıficos de energia ao redor de cada a´tomo figura 2-c. os ele´trons na˜o podem ocupar os espac¸os intermedia´rios entre este n´ıveis. 2. Os ele´trons preenchem, em primeiro lugar, os n´ıveis de menor energia. Uma quan- tidade determinada de energia denominada quantum de energia, deve ser fornecida para mudar um ele´tron para o n´ıvel seguinte de maior energia. 3. No ma´ximo, dois ele´trons podem ocupar cada n´ıvel de energia figura 2-b. 4. Esses dois ele´trons que tem a mesma energia, sa˜o imagens especulares um do outro ou seja, suas caracter´ısticas indicam que um tem o spin num sentido e o outro no sentido contrario. Exemplo para fixar essa questa˜o de n´ıveis de energia: Imagina um a´tomo isolado com o nu´mero atoˆmico igual a (Z=11). Fazemos a distribuic¸a˜o eletroˆnica desse a´tomo, e achamos os subniveis 1s22s22p63s1 . Cada subniveis possui dois ele´trons(spins). Onde esse elemento seria o a´tomo de so´dio. 5.3 Bandas de energia Em todos os condutores, semicondutores e em muitos materiais isolantes, existe apenas a conduc¸a˜o eletroˆnica, e a magnitude da condutividade ele´trica e´ fortemente dependente do nu´mero de ele´trons que esta´ dispon´ıvel para participar no processo de conduc¸a˜o. Con- tudo, nem todos os ele´trons presentes em cada a´tomo sera˜o acelerados na presenc¸a de um campo ele´trico. O nu´mero de ele´trons dispon´ıvel para a conduc¸a˜o ele´trica em um mate- rial particular esta´ relacionado ao arranjo dos estados ou n´ıveis eletroˆnicos em relac¸a˜o a` energia, e enta˜o a` maneira segundo a qual esses estados sa˜o ocupados pelos ele´trons. Uma explorac¸a˜o aprofundada desses to´picos e´ complicada e envolve princ´ıpios da mecaˆnica. Nem todos os ele´trons presentes nos a´tomos participam do processo de conduc¸a˜o. O nu´mero de ele´trons dispon´ıveis depende do n´ıveis eletroˆnicos de um dado material e de como estes n´ıveis sa˜o ocupados. (Princ´ıpio de exclusa˜o de Pauli). Um solido pode ser considerado como um grande nu´mero de a´tomos, inicialmente separados, que se juntam para formar o material. A` medida que os a´tomos se aproximam, os ele´trons sa˜o perturba- dos pelos ele´trons e nu´cleos dos a´tomos vizinhos. A perturbac¸a˜o pode dividir cada estado atoˆmico em um conjunto de estados eletroˆnicos muito pro´ximos entre si que na˜o existam nos a´tomos isolados. 15 Figura 12: Bandas de energia. Esse conjunto de estados eletroˆnicos e´ conhecido por banda de energia eletroˆnica. Figura 13: Estados de energia . Nas condic¸o˜es de equil´ıbrio, pode na˜o ocorrer a formac¸a˜o de bandas para subcamadas pro´ximas ao nu´cleo. 16 Figura 14: Quando na˜o tem interac¸a˜o atomica. Pode existir espac¸amento (gap) entre as bandas adjacentes, formando uma regia˜o com energias na˜o dispon´ıveis(proibidas). Figura 15: Bandas proibidas. Se o solido for formado por N a´tomos, o nu´mero de estados em cada banda sera´ igual a` soma de todos os estados presentes em cada a´tomo. Assim, uma banda s sera´ formada por N estados e uma banda p, contera´ 3N estados. 17 Figura 16: Estados do solido com N a´tomos. A ocupac¸a˜o dos estados ocorre conforme o princ´ıpio de Pauli e as bandas ira˜o conter os ele´trons dos n´ıveis correspondentes nos a´tomos isolados. Exemplo: uma banda 4s no solido contera´ os ele´trons 4s dos a´tomos. Podem existir bandas vazia e parcialmente preenchidas. O arranjo das bandas e a maneira como elas esta˜o preenchidas determinam as propriedades f´ısica do material. Estrutura de bandas de energia de metais com um ele´tron na u´ltima camada de valeˆncia. Figura 17: Bandas de energia do elemento So´dio. Como os metais alcalinos sa˜o monovalentes, suas bandas de energia esta˜o preenchidas apenas pela metade. Cada n´ıvel, na metade de menor energia da banda, conte´m dois ele´trons. Estrutura de bandas de magne´sio e outros metais. 18 Figura 18: Bandas de energia do elemento magnesio . Os metais alcalinos-terrosos como o magne´sio tem dois ele´trons de valeˆncia por a´tomo. Esse nu´mero e´ suficiente para encher a primeira banda de energia com dois ele´trons em cada n´ıvel. Entretanto, ha´ uma superposic¸a˜o porque os n´ıveis mais baixos da segunda banda requerem menor energia que os n´ıveis mais altos da primeira banda, e, dessa forma, alguns ele´trons extravasam para n´ıveis da segunda banda. Banda de conduc¸a˜o e´ a regia˜o dentro da banda de valeˆncia mais pro´xima ao n´ıvel de Fermi, parcialmente preenchida com ele´trons, sendo, apenas os ele´trons com energia mais pro´xima ao n´ıvel de Fermi, tera˜o a probabilidade de se tornarem ele´trons livres, ou seja, se movimentar com relativa liberdade pelo material, logo, portadores de corrente, participando do processo de conduc¸a˜o da eletricidade pelo material. Banda de valeˆncia e´ uma banda de energia formada por n´ıveis de energia, ocupada por ele´trons semi livres, que esta˜o um pouco mais separados do nu´cleo que os demais. E´ nesta banda de energia que se acumulam as lacunas eletroˆnicas ou buracos eletroˆnicos, apo´s serem criadas no material por processos energe´ticos, como por exemplo, a incideˆncia de radiac¸a˜o eletromagne´tica. E´ nela tambe´m que se da´ o transporte de lacunas (buracos) sob a influeˆncia de campo ele´trico aplicado. Esta banda tem energias menores que a banda de conduc¸a˜o, onde se da´ o transporte dos ele´trons. A Energia de Fermi e´ a energia do n´ıvel ocupado mais energe´tico em um sistema quaˆntico fermioˆnico a` temperatura de zero absoluto. 19 Figura 19: Bandas de Conduc¸a˜o. As propriedades ele´tricas de um material solido sa˜o consequeˆncia da estrutura de sua banda eletroˆnica, ou seja, do arranjo das bandas eletroˆnicas mais externas e da maneira na qual elas esta˜o preenchidas com ele´trons. Como os metais alcalinos (exemplo o l´ıtio) sa˜o monovalentes, suas bandas de energia esta˜o preenchidas apenas pela metade. Cada n´ıvel, na metade de menor energia da banda, conte´m dois ele´trons, por esse motivo esse metais precisam de poucos estimulo para conduzir os ele´trons para outros n´ıveis, sa˜o bons condutores de eletricidade, pelo fato de seus ele´trons de valeˆncia ficarem livre na u´ltima camada.Agora os metais alcalinos terrosos como ber´ılio entre outros da famı´lia 2A eles tem dois ele´trons de valeˆncia por a´tomo. Esse nu´mero e suficiente para encher a primeira banda de energia, com dois ele´trons em cada n´ıvel. Entretanto, ha´ uma superposic¸a˜o porque os n´ıveis mais baixos da segunda banda requerem menor energia que os n´ıveis mais altos da primeira banda, e, desta forma alguns ele´trons extravasam para n´ıveis da segunda banda. Agora os isolantes e os semicondutores sa˜o semelhantes: uma banda (banda de valeˆncia) que esta´ completamente preenchidas com ele´trons esta´ separada de uma banda de conduc¸a˜o vazia, e existe um espac¸amento entre as bandas de energia entre elas. Nos materiais muito puros, os ele´trons na˜o podem ter energia dentro desse espac¸amento. A diferenc¸a entre as duas estruturas de banda esta´ na magnitude do espac¸amento entre as bandas, nos materiais isolante o espac¸amento entre as bandas e´ relativamente largo, enquanto nos se- micondutores esse espac¸amento e´ estreito. A energia de Fermi para essas duas estruturas de banda esta´ localizada dentro do espac¸amento entre as bandas, pro´ximos a sua regia˜o central. O gap que tem na imagem e´ o espac¸amento entre as bandas, onde na˜o se pode ter ele´trons dentro desse espac¸amento. 20 6 Dualidade onda-part´ıcula A dualidade de onda- part´ıcula. Onde de Broglie propoˆs por simetria da natureza, se o fo´ton hora se comporta como part´ıcula (emissa˜o e absorc¸a˜o) e hora como onda no movimento do fo´ton. Enta˜o ele disse que a mate´ria (ele´tron) tambe´m tem essa propriedade de dualidade. De acordo de Broglie tanto a mateia quanto para a radiac¸a˜o (fo´ton) a energia total E esta´ relacionada com a frequeˆncia ν de onda associada ao seu movimento pela equac¸a˜o: E = h.ν Onde h e´ a constante de Planck e ν e´ a frequeˆncia do ele´tron . E o momento p esta relacionado com o comprimento de onda λ da onda associada pela equac¸a˜o: p = h λ Relac¸a˜o de de Broglie: λ = h p Para a mate´ria (ele´trons) usamos de Broglie: λ = h p para achar o comprimento de onda da materia.O ele´tron possui o comportamento dual, hora part´ıcula e hora ondulato´ria. Quando avistamos a mate´ria, ela se comporta como part´ıcula, quando ela esta´ sendo transmitida, caminhando ela se comporta como ondulato´ria. Para visualizar e observar aspectos ondulato´rios do movimento da mate´ria, portanto, precisamos de sistemas com aberturas ou obsta´culos de dimenso˜es convenientemente pe- quena, na mesma ordem de grandeza de seu comprimento de onda. Caracter´ıstica ondulato´ria da mate´ria ou fo´ton: 1-Entidade espalhada no espac¸o, na˜o localizada. 2-Propagac¸a˜o de uma perturbac¸a˜o em um dado meio. 3-Carrega energia e na˜o massa. Caracter´ıstica de part´ıcula da mate´ria e do fo´ton: 1-Entidade ou grandeza localizada no espac¸o. 2-Pacote de energia concentrado em determinado local do espac¸o. 3-Transporta energia e geralmente massa (fo´ton e glu´on e ele´tron). 21 7 B´ıbliografia Resnick, Robert, Fisica Quaˆntica: A´tomos, Mole´culas, So´lidos, Nu´cleos e Part´ıculas, 23a Triagem, Elsevier Callister Jr., William D., Cieˆncia e Engenharia de Materiais, 7a Ed., LTC Van Vlack, Lawrence H., Princ´ıpio de cieˆncias dos materiais, 13a reimpressa˜o, ABDR Shackelford, James F., Cieˆncia dos materiais, 6a Ed., Pearson 22
Compartilhar