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MA45_Durr_v2.indd 21 28/5/2010 13:46:59 � Editora Saber Ltda Diretor Hélio Fittipaldi Associada da: Associação Nacional das Editoras de Publicações Técnicas, Dirigidas e Especializadas Atendimento ao Leitor: atendimento@mecatronicaatual.com.br Os artigos assinados são de exclusiva responsabilidade de seus autores. É vedada a reprodução total ou parcial dos textos e ilustrações desta Revista, bem como a industrialização e/ou comercialização dos aparelhos ou idéias oriundas dos textos mencionados, sob pena de sanções legais. As consultas técnicas referentes aos artigos da Revista deverão ser feitas exclusivamente por cartas, ou e-mail (A/C do Departamento Técnico). São tomados todos os cuidados razoáveis na preparação do conteúdo desta Revista, mas não assumimos a responsabilidade legal por eventuais erros, principalmente nas montagens, pois tratam-se de projetos experimentais. Tampouco assumimos a responsabilidade por danos resultantes de imperícia do montador. Caso haja enganos em texto ou desenho, será publicada errata na primeira oportunidade. Preços e dados publicados em anúncios são por nós aceitos de boa fé, como corretos na data do fechamento da edição. Não assumimos a responsabilidade por alterações nos preços e na disponibilidade dos produtos ocorridas após o fechamento. Editor e Diretor Responsável Hélio Fittipaldi Redação Natália F. Cheapetta, Thayna Santos Revisão Técnica Eutíquio Lopez Produção Diego Moreno Gomes Designers Carlos C. Tartaglioni, Diego Moreno Gomes Colaboradores César Cassiolato, Davi Somaggio, Ederson Santos, Elison Fukabori, Fabrizio Centineo, Fernanda Terzini Soares, Giancarlo Puga, Leo Kunigk, Luiza Bacchi Curotto, Marcio Chiarlitti, Marcos Liberato, Marcus Vinicius M. e Silva, Omar Perez, Paulo Sentieiro, Rubens Gedraite , Wladimir Lopes Silva www.mecatronicaatual.com.br PARA ANUNCIAR: (11) 2095-5339 publicidade@editorasaber.com.br Capa DÜRR(divulgação) Impressão São Francisco Gráfica e Editora Distribuição Brasil: DINAP Portugal: Logista Portugal tel.: 121-9267 800 Mecatrônica Atual é uma publicação da Editora Saber Ltda, ISSN 1676-0972. Redação, administração, publicidade e correspondência: Rua Jacinto José de Araújo, 315, Tatuapé, CEP 03087-020, São Paulo, SP, tel./fax (11) 2095-5333 ASSINATURAS www.mecatronicaatual.com.br fone: (11) 2095-5335 / fax: (11) 2098-3366 atendimento das 8:30 às 17:30h Edições anteriores (mediante disponibilidade de estoque), solicite pelo site ou pelo tel. 2095-5330, ao preço da última edição em banca. A ABIMAQ lançou, durante a 28ª Feira Internacional da Mecânica, o Catálogo Eletrônico CSQI que reúne informações sobre o setor de máquinas, equipamentos e instrumentos para controle de qualidade, ensaio e medição. Embora o faturamento continue crescendo, com aumento de 15,8% no primeiro quadrimestre de 2010 em relação a 2009, para Luiz Aubert Neto, presidente da ABIMAQ, o déficit da balança comercial é uma das maiores ameaças não só sobre o setor de máquinas e equipamentos como também sobre o parque industrial brasileiro como um todo. As exportações tiveram crescimento de 1,8% em relação ao ano anterior, as importações cresceram 4,2% no mesmo período, afirma Aubert, que não tem poupado esforços junto ao governo no sentido de conter as importações, inclusive, e principalmente, de máquinas usadas, que representam outra grande ameaça ao setor. Como conter as importações!? Talvez a saída não seja uma ação radical na contenção, e sim uma ação incisiva da nação brasileira contra o crime que o despreparado político brasileiro perpetua. Alguns até mal intencionados, pois só pensam no seu “próprio emprego”, nas próximas eleições, e em não trabal- har pelo bem público. Se a indústria fosse desonerada dos extorsivos impostos e do “custo Brasil”, a competitividade brasileira equilibraria estas diferenças e poderíamos obter uma vantagem. É incrível como os sindicatos que dizem representar os trabalhadores brasileiros, não se preocupam em lutar para uma diminuição dos impostos. Por este e outros motivos, a cada dia perdem poder e não representam mais os anseios dos trabalhadores. Cresce a insatisfação popular contra os impostos e a cada ano os movimentos como o ”O Dia da Liberdade de Impostos”, que evidenciam o absurdo dos impostos praticados contra a população, como os que incidem sobre a casa própria (49,02%), automóvel (43,63%), refrigeradores ( 47,06%), conta telefônica ( 46,65%), açúcar (40,50%). Hélio Fittipaldi O atual cenário econômico MA45_indice.indd 3 31/5/2010 16:08:22 � índice Editorial Eventos Notícias 03 06 08 20 48 32 16 39 18 4248 20 32 Rápido e fácil – Pegar e posicionar micropeças com o VisionPro Aumento de produção com redução dos custos de pintura – Novo sistema de pintura de eixos Identificação Experimental do modelo matemático da Cinética de remoção de resíduos Aplicação de Lean Manufacturing em metalúrgica de médio porte Protetor de Transientes em redes PROFIBUS Diretrizes para Projeto e Instalação de Redes PROFIBUS DP Medição de Níveis em Evaporadores com Radares de Onda Guiada MA45_indice.indd 4 28/5/2010 12:42:49 21Março/Abril 2010 :: Mecatrônica Atual case MA45_Durr_v2.indd 21 28/5/2010 14:34:42 � eventos literatura O livro “Automação e Controle Discreto” é destinado a técnicos e engenheiros já atuantes ou em fase de estudo de sistemas automatizados. São apresentadas técnicas para resolução de problemas de automatização envolvendo sistemas de eventos discretos, como o controlador lógico programável, a modelagem de sistemas sequenciais por meio de Grafcet e técnicas de programação oriundas da experiência dos autores. O texto que contém seis capítulos também aborda, em linguagem coloquial, aspectos histórico-sociais da automação, além de contextualizar as mais recentes tecnologias na área. Ao final de cada capítulo, é proposta uma lista de exercícios. Automação e Controle Discreto Autores: Paulo R. da Silveira e Winderson E. Santos Preço: R$ 82,50 Onde comprar: www.novasaber.com.br Junho FISPAL - Feira Internacional de Embalagens, Processos e Logística para as Indústrias de Alimentos e Bebidas Organizador: Brazil Trade Show Data: 8 a 11 Local: Anhembi - Av. Olavo Fontoura, 1209, Santana – São Paulo www.fispal.com Curso - Manutenção CS3000 Organizador: Yokogawa América do Sul Data: 14 a 18 Local: Yokogawa América do Sul Ltda Avenida Ceci, 1500 - CEP 06460-120 Tamboré - Barueri - SP www.yokogawa.com.br/ treinamento Feira Internacional dos Fornecedores da Indústria Química e Petroquímica Organizador: Petrobras Data: 21 a 24 Local: Anhembi - Av. Olavo Fontoura, 1209, Santana – São Paulo www.quimica-petroquimica.com.br Curso - Método dos Elementos Finitos Aplicado na Indústria Automotiva Organizador: SAE BRASIL Data: 23 a 24 Local: Av. Paulista, 2073 – Edifício Horsa II – Cj. 1003 – 10º andar- São Paulo - SP www.saebrasil.org.br Curso – Configuração PRM Organizador: Yokogawa América do Sul Data: 29 a 30 Local: Yokogawa América do Sul Ltda Avenida Ceci, 1500 - CEP 06460-120 Tamboré - Barueri - SP www.yokogawa.com.br/ treinamento Julho Curso - Sistema de Suspensão Organizador: SAE BRASIL Data: 3 a 17 Local: Av. Paulista, 2073 – Edifício Horsa II – Cj. 1003 – 10º andar- São Paulo - SP www.saebrasil.org.br Curso - Desenvolvimento de produtos utilizando lean Organizador: SAE BRASIL Data: 16 Local: Av. Paulista, 2073 – Edifício Horsa II – Cj. 1003 – 10º andar- São Paulo - SP www.saebrasil.org.br ISA Expo Campinas 2010 Organizador: ISA Campinas Section Data: 13 a 14 Local: Ginásio Poliesportivo UNISAL- Campinas - SP www.isacampinas.org.br/site/ isaexpocampinas Protection Offshore- Fórum Internacional de Saúde, Meio Ambiente, Segurança e Responsabilidade Social Organizador: Alcantara Machado / Reed Exhibitions Data: 20 a 22 Local: Cidade Universitária de Macaé - Rio de Janeiro - RJ www.protectionoffshore.com.br MA45_Leitor.indd 6 28/5/2010 13:01:43 � contato Escreva para a Mecatrônica Atual: Dúvidas, sugestões ou reclamações sobre o conteúdo de nossas repor- tagens, artigos técnicos ou notícias, entre em contato pelo email atendi- mento@mecatronicaatual.com. br ou escreva para Rua Jacinto José de Araújo, 315 CEP 03087-020 - São Paulo - SP Edições Antigas Estou interessado em comprar algumas edições da revista Mecatrônica Atual. Vocês poderiam me orientar? Moro em Salvador, e aqui não encontro a revista em nenhum lugar. Posso comprar diretamente com vocês? Ou me indicariam algum fornecedor? Pretendo também fazer a assinatura da revista. No aguardo. Atenciosamente, Por email José Marcelo de Assis Santos (PIT) Prezado Sr. José Marcelo, para adquirir as edi- ções mais antigas da revista Mecatrônica Atual entre em contato com pedido@sabermarketing. com.br ou pelo site www.novasaber.com.br Para se tornar assinante da revista tanto im- Mecatrônica Atual nº 45 Sugestão Prezados, gostaria de sugerir que a revista Mecatrônica Atual publicasse algo referente a automação em pro- cesso produtivo de máquinas têxteis automatizada. Obrigado. Por email Vanderlei Teixeira Senhor Vanderlei, agradecemos a sua sugestão e a mesma foi encaminhada para os engenheiros responsáveis. Pedimos que conti- nue acompanhando a nossa revista tanto impresso como pelo portal no endereço www.mecatronica- atual.com.br Automação em cervejaria Faço curso de graduação em elétrica, trabalho em uma cervejaria e tenho interesse em automação nesse setor. Podem me orientar em fontes de con- sulta para artigos voltados para esta aplicação? Obrigado pela atenção, Por email Anderson Alves Caro Anderson, na revista Mecatrônica Atual edição de número 40, encontra- se um artigo relacionado a indústria cervejeira. Você pode adquirir pelo email pedido@sabermarketing.com.br solicitando a revista ou entrar em contato com a assinaturas@editorasaber.com. br e solicitar a sua assinatura no portal. Sensores atuais Sou estudante de Mecânica Industrial no Senai de Juiz de Fora, e estou rea- lizando um trabalho sobre Sensores e gostaria de um material atualizado que prenda a atenção dos alunos na apresentação para que ela seja dife- renciada. Agradeço a sua atenção. Por email Dalila Cristina de Matos Dalila, no portal da Mecatrônica Atual www.mecatronicaatual.com.br existem diversos artigos sobre diferentes sensores, como por exemplo, ópticos, térmicos, piroelétricos, entre outros. Na revista Saber Eletrônica número 446 há um artigo chamado o Mundo dos Sensores, que é um artigo atual do engenheiro Filipe Pereira, vale a pena conferir! pressa quanto do portal, basta entrar em contato pelo telefone 11 2095-5333 ou enviando uma solicitação para assinaturas@editorasaber.com.br MA45_Leitor.indd 7 1/6/2010 14:24:22 � Mecatrônica Atual :: Março/Abril 2010 //notícias Festo com novos planos e positividade para o futuro Okuma ganha prêmio da Federação Japonesa de Máquinas Em coletiva de imprensa ocorrida na Feira da Mecânica 2010, a Festo Automação demonstrou confiança no mercado e divulgou a ampliação da sua planta fabril. A expansão foi iniciada neste ano e o seu término tem a previsão para 2012. A nova área industrial é localizada em São Bernardo do Campo, em São Paulo, em um terreno de 13 mil metros qua- drados, ao lado do espaço atual da empresa, próximo à rodovia Anchieta. “Expandir a área industrial é aumentar a capacidade para atender a demanda” explica o presidente da Festo, Waldomiro Modena. Afirma que com esse crescimento a produção bra- sileira deverá triplicar dentro dos próximos cinco anos, pois este espaço ficará com um total de 44.000 m² e será um dos maiores parques fabris fora da Alemanha. Este crescimento irá proporcionar à companhia um aumento no seu quadro de funcionários em 35% nas áreas de manufatura, engenharia de processos, planejamento de produção, adminis- tração e vendas. Além de melhorar o atendimento no mercado brasileiro, que atualmente encontra-se com 125 pontos de atendimento. “O Brasil está vivendo uma fase muito boa e a Feira reflete este momento positivo do país”, diz Modena. Para os próximos dois anos a Festo pretende investir cerca de R$ 25 milhões nesta expansão. E a sua previsão de faturamento para este ano está na ordem de R$ 250 milhões. A Festo atua no mercado de automação nos setores automo- bilístico, alimentos, embalagens, plásticos e eletroeletrônicos. Na 30ª edição do prêmio de economia de energia, patro- cinado pela Federação Japonesa de Máquinas (Energy-Saving Machine President’s Award, da Japan Machinery Federation), a Okuma recebeu o prêmio por seu motor PREX de relutância de magneto permanente de alta eficiência. “Os motores PREX são motores de relutância do tipo integral (built-in), encontrados em fusos de máquinas-ferra- mentas. O motor é dotado de numerosos canais que otimi- zam a geração de força e recebe uma pequena quantidade de magnetos permanentes para melhorar a performance do sistema. Ele é mais eficiente que um motor de indução, e dentro das faixas de rotação utilizadas na maior parte das usinagens tem o torque elevado entre 4% e 9%. Motores PREX são também compactos e com pequena massa na secção rotativa, o que reduz a massa inercial em 47%, pro- piciando acelerações e desacelerações mais rápidas. Com- parado com motores indutivos de magnetos permanentes, existe menor perda de eficiência em altas rotações e como menos magnetos são utilizados, a quantidade de terras ra- ras magnéticas (um recurso natural escasso) é reduzida. A combinação de todas estas características reduz o consumo de energia entre 5 e 13%”, explica Alcino Bastos, diretor da Okuma no Brasil. As máquinas equipadas com o motor PREX são os tornos da série Space-Turn EX e da série MULTUS de máquinas multitarefa. Será um dos maiores parques fabris da Festo fora da Alemanha. Fe st o/ D iv ul ga çã o MA45_Noticias.indd 8 28/5/2010 13:18:20 �Março/Abril 2010 :: Mecatrônica Atual //notícias Indústria ferroviária prevê produzir 2.500 vagões e 550 carros Em função dos investimentos feitos pelas concessionárias, a indústria ferroviária nacional ressurgiu e também investiu em expansões de fábricas e inovação tecnológica, com o objetivo de atender às concessionárias em seus crescentes volumes de transporte. Além disso, o governo tem estimulado o crescimento da malha com projetos em execução. “Até 2020, deveremos atingir 40 mil quilômetros de ferrovia de carga, quase 40% a mais que os atuais 29 mil”, afirma Vicente Abate, presidente da Abifer (Associação Brasileira da Indústria Ferroviária), entidade que apoia a realização da Feira Negócios nos Trilhos 2010, que acontecerá nos dias 9 a 11 de novembro, no Pavilhão Vermelho do Expo Center Norte, em São Paulo. De acordo com Abate, o governo deveria dar mais atenção às correções necessárias na malha existente, de sua respon- sabilidade, mas que ainda estão longe das reais necessidades do setor. Na área de passageiros, em função da necessidade premente de se ordenar o transporte nas médias e grandes cidades brasi- leiras, aliada aos eventos esportivos mundiais programados para o Brasil, o segmento também encontra-se em crescimento. O volume de veículos ferroviários produzidos no Brasil nos últimos 40 anos, foi de quase 28 mil vagões de carga, maior volume desde a década de 70, quando foram produzidos 30 mil. Estima-se que atualmente serão fabricadas entre 30 e 35 mil unidades,com possibilidade de superar o volume histórico. No segmento de carros de passageiros, a década passada foi a recordista, com quase 2 mil carros, contra mil na década de 70. A previsão para os próximos anos é de 4 mil. “Locomotivas não eram mais produzidas aqui havia 10 anos, e hoje já são fabricadas, inclusive as de alta potência e de corrente alternada”, conta Abate. Para 2010, as projeções da indústria indicam a produção de 2.500 vagões (1.022 em 2009), 500 a 550 carros de passageiros (438 em 2009) e 60 a 70 locomotivas (22 em 2009). “Por tudo isso, os próximos 10 anos serão extremamente promissores para o setor ferroviário brasileiro”, conclui o presidente da Abifer. Mas ressalva para que esta previsão aconteça, que devem continuar os investimentos em infraestrutura de transporte, principalmente a ferroviária. “Temos que retornar aos níveis da década de 70, quando eram investidos 2% do PIB, enquanto hoje não chegamos a 0,5%”, reforça. E3 Power foi apresentado na feira IEEE 2010 A Elipse Software participou da 2010 IEEE PES Transmis- sion and Distribution Conference and Exposition, feira voltada ao setor de energia elétrica que foi realizada na cidade de New Orleans (EUA). O evento reuniu cerca de 12 mil participantes provenien- tes dos mais diferentes países. A Elipse apresentou o seu mais recente produto: o E3 Power. “Nossa participação na feira foi positiva. Apesar do pú- blico ter sido um pouco aquém do esperado em função dos problemas no tráfego aéreo europeu, conseguimos fazer novos contatos e ter uma noção de como está o mercado. Um mercado, é bom salientar, sempre aberto ao surgimento de inovações tecnológicas. Caso do E3 Power”, explicou o diretor de negócios da Elipse, Marcelo Salvador. O software foi desenvolvido com o propósito de garantir mais confiabilidade, qualidade e eficiência ao processo de operação de redes de transmissão e distribuição de energia elétrica. Para isto, o E3 Power conta com um conjunto de aplicativos de análise de sistemas elétricos (Processador Topológico, Fluxo de Potência e Estimador de Estados), e um ambiente de simulação que facilita a integração entre os setores de pré e pós-operação com o centro de controle. Assim, a solução possibilita que procedimentos de transfe- rência de carga, elaboração de ordens de manobras e ajuste de dispositivos de controle de tensão sejam ensaiados e validados com base em cenários históricos reais coletados pelo sistema de automação da empresa. Deste modo, o usuário pode testar suas habilidades tanto do ponto de vista da utilização dos recursos fornecidos pelo software quanto da compreensão do comportamento físico do sistema elétrico quando submetido a determinadas ações de controle. A bi fe r/ D iv ul ga çã o A previsão de produção de carros de passageiros é de 500 à 550 unidades. MA45_Noticias.indd 9 28/5/2010 13:18:27 10 Mecatrônica Atual :: Março/Abril 2010 //notícias Projeto-Piloto A Abimaq firmou parceria com a BCB, que vai elaborar os inventários de GEEs para as associadas gerando a oportunidade de desenvolver ações gerais e localizadas em benefício da sus- tentabilidade. A associada RTS Válvulas participou do projeto piloto e já recebeu seu inventário de GEEs. A metodologia de trabalho da BCB segue critérios e padrões de órgãos internacionais, como o Greenhouse Gas Protocol (GHG Protocol) e o Intergovernmental Panel on Climate Chan- ge (IPCC) e da norma ISO 14064 (relacionada à quantificação e verificação de GEE). João Marcelino, contador da RTS e responsável pelo pro- jeto dentro da empresa, diz que para se fazer o inventário, é importante ter informações sobre consumo de energia, frete, lixo, entre outras. “Nós respondemos a um questionário que abordava estas e mais outras questões sobre a empresa. Pudemos perceber que a empresa já tinha ações sustentáveis como, por exemplo, destino correto ao lixo e tratamento de efluentes líquidos. Mas identificamos que mesmo assim, geramos CO2 de forma direta e indireta, o que será compensado com plantio de árvores”, explica Marcelino. Durante a divulgação do segundo inventário nacional de emissões, o ministro da Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende, anunciou que as emissões brasileiras de gases de efeito estufa aumentaram 62% entre 1990 e 2005. Todos os setores registra- ram crescimento nas emissões e a indústria como um todo é o quarto setor que mais emite GEEs. Nesses 15 anos, o aumento de emissões foi de 39%, embora a participação do setor para as emissões nacionais tenha caído de 2% para 1,7%. Especialistas afirmam que o Brasil tem condições de assumir um importante papel nas discussões sobre emissões de carbo- no, por ter uma matriz energética mais limpa que a dos países desenvolvidos – e de emergentes como a China. Apesar desse aumento, o Brasil domina tecnologias es- tratégicas para o futuro, como a dos biocombustíveis – com destaque para o etanol que, além de poluir menos, promove um significativo sequestro de carbono da atmosfera, durante o cultivo da cana-de-açúcar. Mais informações sobre o Projeto Carbono Zero podem ser obtidas através do telefone (11) 5582-6442 ou e-mail: rsa@ abimaq.org.br Produtos Especializada em instrumentos de medição, a Instrutherm lança no mercado nacional o TI-1500 – uma câmera térmica com infravermelho, que pode medir a temperatura de até quatro pontos simultâneos em uma distância de 10 metros com dados precisos. O TI-1500 é aplicável à manutenção preventiva em diversos setores, como eletroeletrônica, engenharia, mecânica, construção civil, segurança do traba- lho, náutica, varejo. Além de poder ser utilizado na área médica veterinária. O aparelho identifica sobreaquecimento, constatado tanto em painéis elétricos e quadros de distribuição, quanto no corpo humano ou animal, sinalizando pontos de infecção. Com display de 3,5 e medição de -20ºC a 600ºC, temperatura de ope- ração de -15ºC a 50ºC e resolução de 160x120 pixels, o aparelho ainda tem saída USB, gravação de áudio e vídeo e cartão de memória. E permite a gravação de informações, imagens e sons que podem ser descarregados posteriormente num computador, para análise. O TI-1500 chega ao mercado nacional pelo valor médio de R$15 mil e pode ser adquirido através da loja virtual www.instrutherm.com.br. Algumas especificações técnicas: Display colorido; Faixa espectral: 8-; Temperatura: -20ºC ~ 600ºC; Precisão: ± 2ºC ou ±2% (o que for maior); Temperatura de operação: -15ºC +50ºC; Umidade de operação: < 90% sem condensação; FPA, Microbolômetro Não Resfriado; Campo de visão: 21º x 15º/ 0,15 m; Resolução: 160 x 120 pixels; Resolução Espacial (IFOV): 1,4 mrad (21º x 15º); Sensibilidade térmica: 100 mK em 30ºC. Câmera Térmica com infravermelho Instrumento de medição com câmera de infravermelho. MA45_Noticias.indd 10 28/5/2010 13:18:34 11Março/Abril 2010 :: Mecatrônica Atual //notícias Curtas Tranter adquire PHE no Brasil A empresa Tranter, fabricante de trocadores de calor e placas gaxeados e soldados, está há 70 anos no mercado com operações em mais de vinte países. A companhia mantém um plano de crescimento agressivo desde 2007 para ampliar a sua presença, movimentando no mercado de fabricação de placas anualmente no país cerca de R$ 80 milhões. “Após adquirir nesses últimos dois anos operações na China, Alemanha (Pressko e Hes), Canadá (Fieldco), no México (PHE do México), chegou a vez do Brasil, onde a empresa atua há dez anos na venda de equipamentos e na prestação de serviços. A estratégia para o país foi absorver uma companhia que ampliasse a oferta de serviço tanto de produtos Tranter como de outras marcas, o que levou à compra da PHE, empresa com 20 anos de experiência em manutenção, que aumentará a operaçãono suporte pós-ven- da, estreitando nossa proximidade com os clientes, além de reforçar um dos três pilares de sustentação da corporação; produtos, tecnologia e serviços”, afirma Olavo T. Xavier, diretor superintendente da Tranter no Brasil. O valor da aquisição não foi revelado, porém a companhia aumentou o número de funcionários e sua participação no mercado de 10 passou para 20%. Devido à sinergia entre as empresas, a meta é ultrapassar a soma do faturamento atual das duas corporações, englobando a venda de equipamentos, manutenção e assistência técnica, por meio da oferta de uma solução global. E além da venda de equipamentos, a Tranter manterá a prestação de serviço para produtos de outras marcas, atualmente realizada pela PHE, possibilitando maior penetração no mercado. O foco da companhia é diversificar e aumentar as vendas em outros setores, além de etanol e offshore. “A partir de agora, teremos mais condições de atender os segmentos de mineração, siderurgia, têxtil, OEM (Original Equipment Manu- facturer), assim como as indústrias naval, química, automotiva, petroquímica, de energia, papel e celulose”, conclui Xavier. Com base nas operações do Brasil e do México, a Tranter pretende ampliar sua atuação por toda a América Latina a partir destas bases. Curso de CCE A ABEE/SP (Associação Brasileira de Engenheiros Eletricis- tas de São Paulo), realizou nos dias 10, 11 e 12 de maio o curso CCE Projetos de Circuitos de Comandos Elétricos, voltado para engenheiros, tecnólogos, técnicos, projetistas que desejam aprimorar seus conhecimentos na área. O curso teve o objetivo de desenvolver um encadea- mento lógico, associando a lógica operacional com à de circuitos elétricos, facilitando a interpretação de esquemas Skam se diversifica e aposta em serviços Especializada na produção de empilhadeiras movidas a energia elétrica, a Skam, motivada pelas quedas nas vendas causadas pela crise econômica, antecipa a revisão do modelo de negócios da empresa, que prevê a diversificação e a ampliação de seu setor de atuação. A meta é reduzir o peso da atividade fabril e aumentar o volume de atividades na área de prestação de serviços, como consultoria em projetos logísticos e locação, que proporcionam melhores margens. Com a nova estratégia, a empresa pretende recuperar as vendas perdidas durante o ano de 2009, quando o faturamento ficou um pouco abaixo de R$ 10 milhões. A meta é voltar ao nível de 2008, quando a Skam movimentou R$ 26 milhões, de acordo com o superintendente Paulo Coggo. Segundo Maks Behar, presidente da empresa, a nova área de atuação vinha sendo estudada durante o ano de 2008, mas com a crise, passou a ser prioridade, já que as vendas de máquinas sofreram grande queda em 2009. Apesar da reação no segundo semestre e de o ano ter terminado com a casa cheia de pedidos, as perdas substanciais durante os primeiros meses foram impac- tantes demais para permitir uma retomada mais eficaz. Para esta nova fase, a empresa, situada em Jundiaí, interior de SP, irá oferecer soluções com empilhadeiras Skam feitas sob medida, que aumentam a capacidade de volume armazenado no mesmo espaço, para clientes potenciais, que estejam construindo galpões industriais. O objetivo da Skam é chegar a 2010 com 50% do faturamento baseado em serviços de locação e consultoria em projetos logísticos. Os contratos são, em média, de quatro anos. O desafio para a nova fase, segundo o presidente da empresa, é o capital de giro para o financiamento das máquinas, até que as mesmas sejam pagas com o aluguel. Mas as dificuldades não desanimam a retomada e, segundo Behar, a Skam pretende fechar grandes contratos e, no mínimo, dobrar o número de máquinas alugadas, de 56 para 112. “Com os novos planos, a empresa está otimista para , declara. de comando e diagnóstico de defeitos, além de auxiliar os estudantes a elaborar inúmeros tipos de circuitos a partir de esquemas tradicionais. O workshop apresentou os princípios de funcionamento e as principais características dos diversos componentes usados em comandos elétricos incluindo CLP (controlador lógico programável) e dispositivos discretos. MA45_Noticias.indd 11 28/5/2010 13:18:41 12 Mecatrônica Atual :: Março/Abril 2010 //notícias Produtos A empresa Cemar Legrand disponibiliza as linhas de disjuntores (dispositivo de segurança contra sobrecargas) termo- magnéticos DRX e DPX caixa moldada (MCCB - Moulded Case Circuit Breaker), que podem ser utilizados em instalações de pequeno a grande porte, em proteção de máquinas e, ainda, em outros tipos de equipamentos, no setor terciário ou industrial. O DRX é um disjuntor tipo caixa mol- dada de 15 a 250A com termomagnético fixo e pode ser aplicado juntamente com os quadros de distribuição QDETG da Cemar Legrand, como disjuntor geral. Disponíveis em dois tamanhos (DRX100 e DRX250), sua montagem é de fácil apli- cação e seus acessórios são os mesmos, o que diminui o número de referências. Para agilizar a montagem e a manutenção, sua tampa quando aberta fica basculante e fixa no disjuntor. Já o DPX é um modelo caixa moldada de 16 a 1600 A com termomagnético ajus- tável. Ambos foram desenvolvidos pela fábrica da Legrand em Bérgamo, na Itália, com a tecnologia do mercado europeu. Entre as principais características dos produtos utilizados nos setores terciá- rio e industrial estão a robustez, a alta capacidade de ruptura, a possibilidade de instalação de acessórios para sinalização e o comando de disparo à distância. Além disso, são muito utilizados nas linhas de Quadros de Comando e de Painéis Modulares. Linhas de disjuntores para os segmentos terciário e industrial A linha de acessórios para os disjuntores DRX e DPX é completa e atende as principais demandas do mercado. Estão disponíveis: manoplas rotativas, bobinas de disparo, bobinas de alarme, bobina de disparo com mínima tensão, terminais de conexão e suportes para cadeado (atende aos requisitos da NR10). Com alta performance como dispo- sitivo de proteção, as linhas DRX e DPX são compostas por disjuntores compactos, que não ocupam espaço na instalação. Vale lembrar, que o disjuntor é indicado para proteger os fios contra sobrecargas, não os equipamentos. Portanto, não se deve substituir os disjuntores sem antes Plataforma robótica pode ser utilizada em diferentes áreas da engenharia Desenvolvida pela PUC – Campinas, esta ferramenta per- mite avaliar áreas de acessibilidade para cadeirantes, incluindo o monitoramento de áreas de segurança. Essa é a proposta do projeto do Laboratório de Pesquisa em Sistemas Rádio, do Cen- tro do Centro de Ciências Exatas, Ambiental e de Tecnologias (CEATEC) da Universidade. A Plataforma Robótica Multifuncional tem como objetivo atuar como uma rede de sensores, que funciona por meio de um robô com a capacidade de atender diferentes áreas da enge- nharia. O robô, por exemplo, poderia descobrir a temperatura e o grau de umidade de uma área agrícola. Segundo o professor da Faculdade de Engenharia Elétrica e um dos responsáveis pela plataforma, Omar Branquinho de Carvalho, o projeto além de ter diferentes funções, permite um aprendizado multifuncional das diferentes áreas da engenharia. “A robótica, talvez seja a área que permite a interdisciplinari- dade. O projeto tem a necessidade de alunos das engenharias elétrica, civil, ambiental, computação e outras áreas específicas como arquitetura”, explicou o professor. Atualmente, o trabalho é desenvolvido pelos alunos: Luís Henrique Pereira (Engenharia Elétrica), Milton Giraldelli Ca- margo Júnior (Engenharia Elétrica) e Allan Nicolau de Campos Romanato (Engenharia de Computação). Segundo o professor Branquinho, a integração dos diferentes cursos permite um me- lhor resultado do projeto. “Trabalhandojuntos há uma sofistica- ção do trabalho para atender sempre novas necessidades. Desta forma temos um forte engajamento dos alunos e um altíssimo grau de aprendizagem, em razão das mais diversas estratégias que devem ser desenvolvidas”, conclui o professor. O projeto da plataforma robótica começou há 4 anos, quando dois alunos da Faculdade de Engenharia Elétrica fizeram como Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) a construção de um robô para medidas de intensidade de sinais de redes WiFi. Este trabalho resultou em uma dissertação de mestrado profissional em Telecomunicações da PUC-Campinas do aluno Fernando Lino. O professor Branquinho ainda explicou que com o pro- jeto é possível realizar a inspeção de regiões contaminadas, inspeção de dutos na área de empresas de petróleo, água e ar condicionado. MA45_Noticias.indd 12 28/5/2010 13:18:50 13Março/Abril 2010 :: Mecatrônica Atual //notícias Disjuntor DPX, desenvolvido na Itália com tecnologia do mercado europeu. avaliar os fios dos circuitos. Todos os modelos de disjuntores comer- cializados pela Cemar Legrand seguem os mais rigorosos padrões do mercado mundial. As ofertas DRX e DPX são cer- tificados conforme a IEC 60947-2 e estão de acordo com as principais normas mundiais, como a NEMA, JIS e KS. Características Técnicas: DRX: Disponíveis no modelo tripolar de 15 a 250 A; Termomagnético fixo; Acessórios comuns aos disjuntores de 100 A e 250 A; Em dois tamanhos DRX100 e DRX250; Capacidade nominal de interrupção NBR IEC 60947-2 – 220/240 V ~ - 65 kA • • • • • a 25 kA - 380/415 V~ - 36 kA a 10 kA; Tensão nominal: 600V; Certificados conforme norma IEC 60947-2; Não sofre interferência térmica até 50ºC. DPX: Disponíveis no modelo tripolar de 16 a 1600 A; Termomagnético ajustável em 5 tamanhos: DPX125; DPX160; DPX250; DPX630 e DPX1250/1600; Capacidade nominal de interrupção NBR IEC 60947-2 – 220/240 V ~ - 100 kA a 35 kA - 380/415 V~ - 70 kA a 25 kA; Tensão nominal: 690 V; Certificados conforme norma IEC 60947-2. • • • • • • • • Fabricantes e as novidades na Feira da Mecânica Bastante movimentado, o primeiro dia da 28ª Feira da Mecânica, reuniu desde estudantes do Senai ou outras escolas técnicas até empresários do setor em busca de soluções para as suas empresas. As empresas para não passarem despercebidas, trouxeram o que têm de mais recente em seu portfólio. Como a Festo Auto- mação que apresentou pela primeira vez no Brasil o AquaJelly, um robô que tem aparência e comportamento de uma água- viva. A Abimaq lançou, também na feira, o seu catálogo, que reúne informações sobre o setor de máquinas e equipamentos, praticamente um guia das empresas associadas. Para profissionais que necessitam de precisão geométrica, a Instrutherm apresentou o microscópio MDV-200 com visor LCD de 8” e resolução de 800 x 600 pixels. A empresa Wika, trouxe o seu mais novo transmissor da família C-2 para medição de pressão em compressores tipo parafuso, pistão e turbo. A Yaskawa pensou nas aplicações que necessitam do controle de apenas um eixo de servomotor, ou ainda o controle individual e modular, então desenvolveu o mais novo controlador de má- quinas, o MP2600iec com funções ponto-a-ponto, e controle de velocidade, entre outros. O AquaJelly é um dos destaques da área Bionic Learning da Festo. Fe st o/ D iv ul ga çã o MA45_Noticias.indd 13 28/5/2010 13:18:58 14 Mecatrônica Atual :: Março/Abril 2010 //notícias Dürr EcoDryScrubber recebe o Prêmio PACE 2010 EcoDryScrubber, que nada mais é que o sistema de de- posição seca de tinta da Dürr recebeu seu terceiro prêmio - o Automotive News PACE 2010 (Premier Automotive Suppliers Contribution to Excellence). Na cerimônia de entrega, que aconteceu em Detroit, o prestigioso prêmio destacou fornecedores da indústria automotiva pela sua inovadora tecnologia e alta eficiência econômica. No ano passado, a deposição seca foi premiada duas vezes: recebeu em Paris o Prêmio SURCAR de Inovação, assim como o Prêmio Meio Ambiente de Baden-Wuerttemberg. Em 2008, a Dürr introduziu seu sistema para a deposição de overspray. Desde então, a tecnologia ecologicamente correta foi vendida para 25 linhas de pintura em doze plantas, o que corresponde a mais de um sistema por mês. O EcoDryScrubber em termos ecológicos, de eficiência energética e de redução de custos, é o sistema de deposição seca que separa o overspray de tinta, sem o uso de água e coagulantes químicos, e não somente é superior à lavagem úmida convencional, como representa uma tecnologia relati- vamente simples e, além disso, mais segura. Não há nenhuma fonte de ignição na área de pintura, nenhuma alta tensão e, com isso, nenhum risco operacional. Além de ser fácil de adaptar em plantas já existentes, não requer nenhuma área adicional, as vantagens do sistema são complementadas pela alta reciclagem de até 95% do ar utilizado. Assim o tamanho do insuflador e condicionador de ar é reduzido, tornando- se desnecessária a recuperação de calor. O resultado é a redução das seções transversais da planta em até 35% e do consumo de energia na cabine de pintura de até 60%. Em 2009 foram vendidos mais quatro sistemas, com isso o número do mês de março foi para 12 EcoDryScrubber co- mercializados. Foi somado as instalações na Rehau, na Alema- nha e na África do Sul, assim como na VW em Chattanooga nos Estados Unidos, os pedidos da Daimler Kecskemet, na Hungria, da FAW e da SGM respectivamente em Chengdu e em Yantai, na China e dois contratos de reconstrução de planta de um fabricante europeu. “Estamos muito satisfeitos com o sucesso do EcoDryS- crubbers e também por termos conseguido, em um curto espaço de tempo, entrar tão fortemente no mercado. Isso mostra que é época de um sistema simples, que pode ser empregado no mundo inteiro, independente do clima e do tipo da tinta a ser utilizada.”, afirma Dirk Gorges, Diretor de Vendas da Área de Negócios ‘Sistemas de Pintura e Montagem Final’ da Dürr. Balanço geral da Abimaq no ano de 2009 A recessão mundial, apesar do menor impacto do Brasil, fez a indústria de máquinas e equipamentos cair para a mé- dia de faturamento do ano 2007, além de outros reflexos negativos como a queda no quadro de trabalhadores, com aproximadamente 15.000 demissões. Chegando ao total de R$ 6,26 bilhões, o faturamento nominal registrou uma queda de 7,3% em dezembro, se comparado com o mês anterior. No período de janeiro a dezembro de 2009, o fechamento atingiu R$ 64 bilhões, apresentando uma queda de 20% em relação ao mesmo período em 2008. Segundo o presidente da Abimaq, Luiz Aubert Neto, o BNDES foi importante para a sustentação da demanda. O PSI, Programa de Sustentação do Investimento, ao permitir o financiamento de Bens de Capital a custos internacionais (4,5% a.a.), passou a auxiliar o faturamento do setor no últi- mo trimestre, explicando assim o crescimento dos números nos últimos meses. “Se não fosse o PSI e a desoneração do IPI, que felizmente conseguimos prorrogar até junho de 2010, a queda teria sido pior”, afirma Aubert No setor de exportações, o ano de 2009 fechou em US$ 7.643,23 milhões, ou seja, uma queda de aproximadamente 40,5% em relação a 2008. No mês de dezembro em relação a novembro do mesmo ano, a queda ficou em torno de 2,9%. No setor de importações, a queda foi de 14,3%, comparado a 2008, totalizando US$ 18.789 milhões. Em dezembro o ano fechou com um crescimento de 3,2% em relação a novembro de 2009. Jim Pakkala (à esquerda), Diretor Engenheiro da Dürr Systems Inc. recebe o prêmio das mãos de Mike Hanley da Ernst & Young. MA45_Noticias.indd 14 28/5/2010 13:19:12 15Março/Abril 2010 :: Mecatrônica Atual //notícias ProdutosA SKF do Brasil traz para o mercado o novo Fixturlaser XA Geometry, equipa- mento para alinhamento geométrico a laser com sistema de medição wireless. O dispositivo possui interface gráfica com ícones animados que mostram, de forma orientativa, não só os resultados obtidos em tempo real durante o processo de análise, bem como aponta os ajustes que precisam ser realizados. Por ser uma tecnologia sem fio, o Fixturlaser XA Geometry permite total mobilidade para que o operador realize outros trabalhos durante o processo de medição. Outra vantagem do produto é uma saída USB, que serve para transferir os resultados obtidos na medição para um computador ou para um Pen Drive -, sem a necessidade de utilização de nenhum outro hardware ou software. “O novo equipamento permite que o operador fique totalmente focado na causa raiz do problema das máquinas, as medições de retilinidade e planicidade são fundamentais neste trabalho. Isso garante uma correção mais rápida e eficiente das falhas apresentadas, viabilizando maior produtividade para o processo industrial”, explica Paulo Manoel, Gerente de Vendas de Produtos Condition Monitoring da SKF do Brasil. SKF lança equipamento para alinhamento de geometria a laser Equipamento para alinhamento geométrico a laser com sistema de medição wireless. Lubiex Sistema Hidraúlico A Radiex Produtos Automotivos lançou o Lubiex Sistema Hidráulico - ISO 68, um novo produto de óleo lubrificante, voltado para o sistema hidráulico de tratores, implementos agrícolas e máquinas em geral. O lubrificante é indicado para sistemas de alta pressão, compressores e bombas devido o alto índice de visco- sidade, tipo AW. Suas características permitem baixar o atrito em sistemas hidráulicos, funcionando em baixa ou alta velocidade. Este produto da Radiex protege contra o desgaste, e reduz a condensação de água no maquinário, após o encerra- mento da operação, impedindo a deterioração da bomba e evita a corrosão do sistema hidráulico, além de possuir resistência a contaminantes, formação de espuma e ter estabilidade térmica. Curtas Curtas Palro Em fevereiro a FujiSoft, companhia japonesa, apresentou o seu mais recente robô. O pequeno humanoide é chamado de “Palro” tem como especialidade a comunicação com as pessoas que estão ao seu redor, destinado a pesquisadores, engenheiros e estudantes como modelo de teste. O Palro tem câmera integrada, microfone, luzes LED, alto- falantes e um processador Intel Aton de 16 GHz. O robozinho mede 39,8 cm de altura e pesa 1,6 kg e deverá chegar ao mercado em março, para uso doméstico e acadê- mico, com preço equivalente a pouco mais de 5,6 mil reais. WEG promove encontro entre clientes e acadêmicos A empresa WEG fabricante de motores elétricos, apresen- tou os lançamentos da área de automação 2010 no campus da ULBRA. O encontro, contou com a presença de represen- tantes de diversas empresas do setor, além de professores e alunos da Área de Tecnologia e Computação da ULBRA. De acordo com Marcus Silva, representante da WEG, o foco do encontro é a aproximação dos clientes com o meio acadêmico da empresa. “Todos os meses fazemos atividades para manter um bom relacionamento com todos nossos clien- tes. Nestes momentos buscamos mostrar o que a empresa tem de melhor para facilitar o trabalho e desenvolvimento de novas tecnologias, além de obtermos um feedback dos equipamentos já conhecidos. Hoje mostramos o controlador automático de potência, que possui um multi medidor de grandezas elétricas, eliminando uma série de outros equipa- mentos na hora de sua utilização”, explicou. Segundo o professor da ULBRA Eduardo Pedro Eidt, esta atividade auxilia na integração do meio acadêmico com o mercado de trabalho e o meio industrial. “Buscamos pos- sibilitar ao aluno, além do conhecimento teórico e prático de laboratório, o conhecimento de catálogos, produtos e equipamentos atuais e de alta tecnologia. O aluno chega ao mercado de trabalho mais pronto para a atividade profis- sional, capacitado e desenvolvido para seleção e aplicação de produtos em projetos”, comentou. A ULBRA é parceira da empresa desde a criação da Sala WEG, montada para oferecer uma sala/laboratório aos alunos da instituição e treinamento a clientes da empresa. MA45_Noticias.indd 15 28/5/2010 13:19:20 16 Mecatrônica Atual :: Março/Abril 2010 case Os modernos sistemas pick-and-place (pegar e posicionar) registram peças com tecnologia de visão confiável, assegurando um tempo curto de transição graças à operabilidade direta. A solução estado-da-arte da iTECH Enginee-ring para manipulação precisa de micropeças acelera os processos de produção ao combinar software/hardware inteligente à simplicidade de manipulação. Associado ao VisionPro, o sistema piloto, que carrega o nome promissor de iPLACE 300, será posto em prática em breve por um conhecido fabricante suíço de instrumentos odontológicos. Extremamente compacta e, ainda assim, muito robusta, esta solução autônoma é concebida para apanhar peças de precisão e depositá-las sobre pequenas paletes no local exigido, com exatidão de posicionamento de 0,05 mm. O iPLACE 300 mede apenas 860 mm x 1200 mm x 1500 mm e pesa cerca de 500 kg em uma estrutura de aço sólida que garante a estabilidade do sistema high-tech. Esse dado é especialmente importante para que o sistema de visão e a garra pneumática funcionem perfeitamente sobre uma área de trabalho espaçosa, de 300 mm x 500 mm. Velocidade e concentração extremas As peças são alimentadas no iPLACE 300 através de um vasto magazine com um grande depósito. O equipamento periférico flexível proporciona fornecimento alternativo de peças por meio de uma esteira transportadora servoacionada. O iPLACE 300 transfere as pequenas peças para a área de trabalho via indução de vibração. Fabricada em plástico transparente resistente a arranhões, também funciona como área de imagem para o siste- ma de visão, desenvolvido com o software VisionPro. A iluminação traseira variável projeta a disposição visivelmente contrastante das peças verticalmente para cima, sobre um espelho posicionado a um ângulo de 45°. Este espelho, então, transmite a imagem para uma câmera industrial fixa. Em segundo plano, a biblioteca de ferramentas do VisionPro da Cognex, robusta e de alta performance, mostra do que é capaz: um processo que é invisível de fora, exceto pelo monitor, tornando-se ainda mais eficaz. A conexão tipo “arrastar e soltar” com a garra pneumática assegura a Rápido e fácil Pegar e posicionar micropeças com o VisionPro® Quer se trate de fornecer componentes para a indústria auto- motiva ou fabricar produtos médicos, o sucesso das soluções de automação depende de três critérios: velocidade, precisão e facilidade de uso. Os engenheiros da iTECH Engineering AG, em Bettlach, Suíça, criaram um sistema ultracompacto e extremamente eficiente para identificação de peças e inspeção opcional. O iPLACE 300, associado ao software VisionPro®, da Cognex, agilizará a manipulação de pequenas peças — uma solução precisa! saiba mais Critérios para projetos de Auto- mação Eficientes Mecatrônica Atual 24 Uma visão atual sobre os Sistemas Heterogêneos na Automação Mecatrônica Atual 21 Site do fabricante www.cognex.com MA45_Case_Cognex.indd 16 27/5/2010 18:03:23 17Março/Abril 2010 :: Mecatrônica Atual case transmissão extremamente veloz de valores de imagem. Aqui, o VisionPro se concentra totalmente nas características críticas para a aceitação das pequenas peças. O software de visão inteligente ignora quaisquer variações na aparência que não sejam críticas. Não há necessidade de pré-processar os dados da imagem, procedimento que costuma ser exaustivo. O resultado é a manipulação extremamenterápida de peças e o desenvol- vimento fácil de aplicações de acordo com as especificações de novos produtos. Depois que o sistema de visão Cognex identifica as posições das peças, um robô cartesiano com 4 eixos, desenvolvido recen- temente pela iTECH Engineering, se desloca sobre a área de trabalho e pega a pequena peça utilizando garras a vácuo ou um sistema de garra tátil. Em seguida, ajusta o posiciona- mento exigido para posterior processamento – por exemplo, paletização no alimentador de bandeja, packing no alimentador de fitas ou posicionamento vertical e inserção de pequenos eixos em suportes de precisão. As garras de alta precisão podem até mesmo virar ao contrário, com rapidez e facilidade, peças estampadas - recurso que é especialmente importante para o projeto- piloto quando peças em miniatura estão sendo produzidas para instrumentos odontológicos. O tempo de ciclo de identificar, pegar e posicionar as peças é de apenas um segundo, número que impressiona. Dados poderosos para um desempenho ídem Embora o iPLACE 300 seja totalmente autônomo em termos de operação, também pode ser incorporado a um sistema de pro- dução de nível mais alto. Isso é garantido pelo PC integrado, que utiliza o VisionPro para analisar dados de imagem confiavel- mente em frações de segundo. Dependendo dos requisitos da aplicação, o banco de dados embutido contém qualquer número de sequências de manipulação livremente programáveis. Do lado do hardware, a velo- cidade de transição é aumentada via travas magnéticas precisas projetadas para a fixação das diferentes ferramentas-garra. Quando utilizado com o VisionPro como um “acelerador de dados de imagem” inteligente, o iPLACE 300 também é capaz de avaliar a qualidade de peças pequenas empregando uma estação opcional de con- trole de peças. O VisionPro pode oferecer a experiência conquistada através dos mais de 500 mil sistemas instalados em todas as partes do mundo. Sua ampla biblioteca de ferramentas garante a otimização das imagens antes da inspeção. A tecnologia PatMax®, por exemplo, pode ser usada para correspondência precisa de padrões, enquanto que o algoritmo IDMax® é capaz de identificar até códigos Data Matrix mal marcados. Outras ferramentas abrangentes de cor, medição e processamento de imagem asseguram otimização e processamento velozes e precisos. O iPLACE 300, com seu design modular inteligente, pode ser combinado à flexibilidade oferecida pela tecnologia de visão Cognex para reduzir os tempos de entrega e, conse- quentemente, os custos. À prova de falhas, graças ao hardware e ao software de máxima qualidade, a solução garante tranquilidade para o trabalho de produção e o posterior processamento de micropeças. F1. O iPLACE 300 identifica peças pequenas utilizando o software de visão inteligente VisionPro, pega-as com o novo robô de quatro eixos e as deposita com precisão, todo o processo leva apenas um segundo. F2. Uma estrutura sólida aliada a uma tecnologia impressionante. Com peso total de 500 Kg, o iPLACE 300 é uma solução robusta com um design compacto. F3. Compacta, veloz, precisa. A próxima versão do iPLACE 300 será móvel para tornar seu uso flexível em diferentes estações de trabalho. F4. Graças ao VisionPro, o iPLACE 300 pega e transfere até peças minúsculas como este pino utilizado em instrumentos odontológicos. MA MA45_Case_Cognex.indd 17 27/5/2010 18:03:36 18 Mecatrônica Atual :: Março/Abril 2010 manufatura A Aumento de produção com redução de custos de pintura Novo sistema de pintura de eixos As instalações de pintura da Dürr significam redução de tempo de ciclo e melhoria da qualidade de pintura. A instalação em funcionamento há mais de um ano na fábrica da Mercedes- Benz em Kassel, na Alemanha comprova tal afirmação. Lá são produzidos eixos e sistemas de eixos para caminhões, ônibus, vans e reboques, bem como eixos de direção e componentes para automóveis. saiba mais Pintura Automatizada Dürr – Pro- cesso mais seguro com tempo Reduzido de produção Mecatrônica Atual 43 Site do fabricante: www.durr.com MA nova instalação de pintura da Dürr é utilizada principalmente para a pintura de eixos de veículos de transporte de 3,5 t e 5 t. A Dürr forneceu uma instalação de pintura de alta qualidade que opera com uma velocidade máxima de tempo de ciclo de 60 segundos em funcionamento contínuo. Quando os eixos chegam da montadora, eles são levados por uma esteira transportadora para a instalação de pintura, separados em tipos e na ordem da técnica de transporte que os leva ao processo de pintura. Em duas áreas de trabalho, cada uma equipada com um guindaste, os eixos são pendurados em ciclo de 60 segundos nos carros de transporte do ‘Transportador Power&Free’. Eixos especiais que, geralmente, são fabricados em quanti- dades menores, são levados separadamente às áreas de trabalho e em combinação são transportados à instalação de pintura. Para garantir um funcionamento contínuo em toda a instalação, o abastecimento de eixos pode ser controlado através de um depósito de unidades em processo localizado antes da cabine de pintura. Na cabine de pintura dois robôs da Dürr do tipo EcoRP 6F, equipados com o pulverizador EcoGun2 de alto rendimento, aplicam um verniz de proteção. O EcoRP 6F possui seis eixos de livre programação e são caracterizados pela alta qualidade e eficiência de aplicação, alta disponibilidade e pouca manutenção. O verniz de proteção é aquecido a uma temperatura de 60°C para a aplicação. A cabine de pintura, que funciona com circulação de ar, tem ainda mais uma carac- terística especial: por exemplo para poder reagir rapidamente, em caso de manutenção, ela pode em um curto espaço de tempo ser arejada. Com isso, a concentração de solventes na cabine é tão reduzida, que os trabalhadores da manuteção podem entrar sem usar máscaras. Além da cabine de pintura a Dürr fornceu também a instalação técnica com- pleta inclusive de todas as áreas funcionais, como a área de mistura de tinta e também a área de eliminação de lamas de tinta com arejamento, assim como a purificação do Paulo Sentieiro - Dürr Brasil Ltda. paulo.sentieiro@durr.com.br MA45_Durr_v2.indd 18 28/5/2010 13:44:10 19Março/Abril 2010 :: Mecatrônica Atual manufatura F3. Ecopur® TAR compacto, o sistema de purificação de ar térmico. MA ar extraído. O sistema de purificação de ar térmico do tipo Ecopure® TAR garante a limpeza apropriada, retirando a poluição de solventes do ar de exaustão. O compacto Ecopure® TAR forma a base do sistema. Este sistema de purificação constitui-se de fornalha, queimador e trocador de calor integrado para o pré-aquecimento do ar e foi entregue pré-montado em Kassel. Lá, depois da montagem dos dutos de ar e da ligação eletroeletrônica, o sistema de purificação do ar estava em pouco tempo pronto para entrar em funcionamento. A energia térmica remanescente do gás purificado deixa o apa- relho compacto por um trocador de calor, este por sua vez aproveita a energia térmica para aquecimento da estufa da nova insta- lação. Consequentemente, os eixos pintados serão curados 25% com energia regenerada. Em produção máxima, isto representa uma economia de energia de 80 kWh. Depois do resfriamento os eixos que pesam até 400 kg, deixam a instalação de pintura na mesma ordem, em que eles entraram. Um sistema de reconhecimento automático de peças divide os eixos de acordo com seu tipo, em dois pontos de retirada. Nos pontos de descarga os guindastes pegam os eixos do ‘Transportador Power&Free’ e os colocam em carregadores. Cada carregador, equipados com cinco eixos, são colocados nos caminhões e transportados para a fábrica. Os carregadores vazios são transportadosde volta em dois caminhões vazios, que são atribuidos aos diferentes eixos, e de lá, de novo, levados aos respectivos pontos de carregamento. A Daimler está muito satisfeita com a execução e eficiência das instalações na fábrica da Mecedes-Benz em Kassel. Além da melhoria na qualidade de pintura, os tempos de ciclos também puderam ser reduzidos em média 10% por eixo. F1. Pintura de eixo na cabine por um dos robôs da Dürr do tipo EcoRP 6F. F2. A nova instalação de pintura da Dürr vista por fora. A Dürr é um grupo de engenharia de máquinas e instalações industriais. Cerca de 80% de suas transações comerciais são realizadas em negócios com a indústria automotiva. Além disso, a Dürr abastece a indústria aeronáutica, a indústria mecânica e a indústria química e farmacêutica com tecnologia inovadora nas áreas de produção e meio ambiente. O Grupo Dürr atua no mercado em duas áreas empresa- riais: Sistemas de Pintura e Montagem Final e; Máquinas e Sistemas de Medição e Processos. A Divisão de Sistemas de Pintura e Montagem Final oferece tecnologia de produção e pintura; principalmente para carrocerias de automóveis. A Dürr está presente em 47 localidades, situa- das em 21 países. MA45_Durr_v2.indd 19 28/5/2010 13:44:52 20 Mecatrônica Atual :: Março/Abril 2010 manufatura O Autômatos Programáveis saiba mais SEBORG, D. E. et al. Process Dynamics and Control. Singa- pore: Wiley, 1989. SMITH, C. L. Digital computer process control. Scranton, PA: Intext Educational Publisher, 1972. SALVAGNINI, W. & GEDRAITE, R. Rotina de Experimento para trocador de calor feixe tubular. São Caetano do Sul, SP: CEUN-IMT, 2001 Com o objetivo de identificar experimentalmente as funções de transferência que representam os comportamentos dinâmicos das variáveis de processo que interferem no funcionamento de um sistema de limpeza CIP. A meta a ser alcançada consiste em definir uma função-objetivo que permita otimizar o processo. As funções de transferência obtidas serão empregadas em um algoritmo computacional que permitirá a previsão do valor de uma variável do processo usada como figura de mérito para a análise da otimização alcançada Ederson C. L. de Oliveira dos Santos Fabrizio Eduardo Centineo Giancarlo Rodrigues Puga Marcio Chiarlitti Omar Gonzalo Oseguera Perez Rubens Gedraite Leo Kunigk contato dos alimentos com superfícies mal higienizadas pode aumentar a incidência de micro-organismos prejudicando sua qualidade. A presença de resíduos tam- bém ocasiona problemas operacionais nos equipamentos, pois acarreta queda dos rendimentos nas trocas térmicas e aumento de perda de carga do sistema. Esses fatores são suficientes para justificar a importân- cia da execução de um correto plano de higienização dos insumos utilizados no processamento de alimentos. Por serem procedimentos que reque- rem paradas de produção, os processos de higienização, muitas vezes, são realizados de forma negligenciada pelas empresas. Portanto, é de fundamental importância que sejam estudados e otimizados, através Identificação Experimental do modelo matemático da Cinética de remoção de resíduos do estabelecimento das cinéticas de remoção de resíduos de cada etapa do processo. O estabelecimento do tempo adequado ao processo de higienização é fundamental para a eficiência do processo. Deve ser suficientemente longo para que as reações químicas e as interações físicas ocorram a contento; mas não deve ser excessivo, pois reduziria a produtividade da indústria. Um processo de higienização é composto pelas seguintes etapas: pré-lavagem, ação de detergentes, enxágue e sanitização. As etapas estudadas serão: a pré-lavagem e o enxágue. A primeira consiste na ação de água sobre os resíduos para que estes sejam parcialmente removidos da superfície dos equipamentos; somente os mais fracamente aderidos são retirados nesta etapa do pro- MA45_Identificação.indd 20 31/5/2010 16:10:35 21Março/Abril 2010 :: Mecatrônica Atual manufatura cesso. O enxágue também se caracteriza pela passagem de água no equipamento, porém com função precípua de remoção do detergente químico utilizado. Dois parâmetros envolvidos nestes processos foram objetos de análise neste trabalho: vazão de escoamento e tempe- ratura. O primeiro está relacionado com a ação cisalhante proporcionada pela água sobre a superfície, enquanto o segundo permite melhor solubilização dos resíduos, facilitando sua remoção. O equipamento empregado neste tra- balho foi um trocador de calor de placas, muito utilizado na indústria de derivados de leite, porém de difícil higienização, pois as temperaturas envolvidas durante seu funcionamento acarretam, entre outros, desnaturação protéica que dificulta a reti- rada dos resíduos, obrigando a realização de paradas mais frequentes. O sistema de higienização adotado mais comumente em um trocador de calor de placas é o CIP (Clean in Place). Este método propicia maior rapidez ao processo por não haver necessidade de realização de desmonte do equipamento. Em um processo CIP, o tempo de es- coamento das soluções, em cada etapa do processo de higienização, é o parâmetro de maior facilidade de manipulação e, por isso, o fator preferido de redução. Porém, se for alterado de forma não criteriosa, poderá ocasionar a não efetividade do processo. A prática de higienização de equipamen- tos pela indústria de alimentos baseia-se em experiências empíricas, deixando o setor à mercê de informações provenientes dos fornecedores de detergentes e sanitizantes. Parâmetros semi-empíricos são adotados a partir de resultados finais de higienização considerados satisfatórios. A complexidade dos fenômenos existentes nas reações de remoção requer o aumento de trabalhos científicos que possam contribuir com os procedimentos adotados industrialmente. Melhorar os resultados de um processo re- quer a otimização de cada etapa individualmente. Portanto, este trabalho procurará determinar a cinética de remoção de resíduos em duas etapas do processo de higienização de um trocador de calor de placas usado na pasteurização de leite: pré-enxague através da avaliação da variação da concentração de cálcio, ao longo do tempo, na água empregada nesta fase; e no enxágue, através da análise da variação da alcalinidade, ao longo do tempo, da água empregada para remoção do detergente alcalino. O Processo de Sanitização de Instalações Industriais Alimentícias Desde os primórdios da civilização humana, a conservação dos alimentos foi uma das necessidades do ser humano. Esta atividade era essencial para garantir a qua- lidade dos alimentos durante o período de inverno ou durante deslocamentos. Vários tipos de sistemas de conservação dos alimentos foram desenvolvidos ao longo dos séculos: salgar e defumar carnes e pei- xes, secar ao sol carnes e frutas, etc. Mais recentemente, após os trabalhos de Louis Pasteur, passou-se a utilizar a técnica de ferver os alimentos e mantê-los hermeti- camente selados para evitar a entrada de ar e de microrganismos. Com o advento da era industrial os ali- mentos passaram a ser processados e várias tecnologias foram criadas para sua elaboração, manuseio, conservação e transporte. O pro- MA45_Identificação.indd 21 27/5/2010 17:24:33 22 Mecatrônica Atual :: Março/Abril 2010 manufatura cessamento dos alimentos por máquinas levou à necessidade do desenvolvimento de várias técnicas para a limpeza das mesmas após o seu uso, de maneira a não deixar resíduos onde pudessem proliferar microrganismos que iriam contaminar outros alimentos a serem processados posteriormente. A limpeza e a subsequente esteriliza- ção ou desinfecção de qualquer item, ou equipamento deuma instalação industrial de processamento de alimentos, produtos farmacêuticos ou de bebidas, deve ser reali- zada com o máximo cuidado e atenção para assegurar a qualidade do produto final. No início, o processo de limpeza, era um processo manual, o qual ainda é utilizado em instalações industriais de pequeno porte. Nestes casos, é vital que haja uma meticulosa atenção nos detalhes, pois, devido a razões de saúde e segurança, somente soluções químicas brandas e frias (detergentes) podem ser empregadas. A fabricação de produtos farmacêuticos, alimentícios e bebidas seria grandemente facilitada se os equipamentos e tubulações usados em seu processamento pudessem ser desmontados, postos em uma pia, vigorosamente escovados e então colo- cados em um esterilizador para remover os contaminantes (HARROLD, 2000). Obviamente que a as técnicas de limpeza empregadas em laboratório são impraticá- veis na maioria das instalações industriais de grande escala de produção. Os vasos, equipamentos e tubulações devem ser limpos no local onde estão instalados. O Processo de Limpeza no Local (“Clean in Place” – CIP) é um dos processos de limpeza mais comumente utilizados na indústria para assegurar que as tubulações e os equipamentos estejam livres de conta- minantes orgânicos e inorgânicos. O processo de limpeza CIP pode ser executado tanto de forma manual quanto de forma automática. Nos processos exe- cutados de forma manual, é o operador do processo quem executa as manobras necessárias nas válvulas e equipamentos, bem como o controle dos parâmetros do processo, a saber: tempos, temperaturas e concentrações. Nos processos executa- dos de forma automática, é tipicamente empregado um CLP para executar as sequências de operações requeridas e assim realizar um controle total sobre os parâmetros do processo. Diferentes receitas de controle para sis- temas CIP podem ser pré-programadas no CLP, conferindo uma grande versatilidade aos mesmos para a execução de limpeza em diferentes equipamentos. Na sequência, será apresentada, de forma simplif icada, um sistema CIP composto por três tanques e as etapas típicas que este deve atender (ZIEMANN- LIES, s.d.). A primeira etapa consiste no pré-enxá- gue do equipamento do processo com água recuperada proveniente do tanque de água recuperada. Esta pré-lavagem visa remover do equipamento do processo, e também das tubulações, todo material sólido porventura existente e/ou líquidos residuais que ainda permanecem no equipamento do proces- so e nas tubulações. Adicionalmente, é executado o pré-aquecimento desta água de pré-enxágue para evitar que ocorra o choque térmico no sistema a ser limpo. O aquecimento é feito até a temperatura típica de 50 ºC, sendo a água recuperada trans- portada através do sistema formado pelas tubulações e pelo equipamento de processo por meio de bomba centrífuga. A água de pré-enxágue efluente do equipamento do F1. Pré-enxágue do sistema em estudo com água recuperada. F2. Limpeza do sistema em estudo com solução de soda cáustica. MA45_Identificação.indd 22 27/5/2010 17:24:41 23Março/Abril 2010 :: Mecatrônica Atual manufatura processo é descartada. A figura 1 mostra esta etapa do processo. A segunda etapa consiste na limpeza do equipamento do processo com uma solução de soda cáustica proveniente do tanque de soda quente. Nesta etapa, uma solução de soda cáustica (detergente) previamente preparada é encaminhada ao equipamento de processo para a limpeza do mesmo. Esta solução é aquecida até a temperatura ade- quada de trabalho (85 ºC) e é feita escoar através do processo em circuito fechado, retornando ao tanque de soda quente. A figura 2 ilustra esta etapa do processo. A terceira etapa consiste no enxágue intermediário com água tratada prove- niente da rede de utilidades. Tipicamente, esta água de enxágue intermediário é pré-aquecida a 50 ºC com o objetivo de manter aquecido todo o circuito a ser limpo. A etapa de enxágue intermedi- ário visa remover o detergente (solução de soda cáustica) do sistema. A água de enxágue ef luente do equipamento de processo é feita retornar ao tanque de água recuperada, sendo a duração desta etapa definida pela condutividade elétrica da água efluente. A operação é interrompida F3. Enxágue intermediário do sistema em estudo com água tratada. F4. Esterilização do sistema em estudo com água quente. quando a concentração de resíduos de soda cáustica na água for inferior a um valor mínimo pré-estabelecido. A figura 3 exibe esta etapa do processo. A quarta etapa consiste na esteriliza- ção do equipamento do processo com o emprego de água quente proveniente do tanque de água quente. Tipicamente, esta água de esterilização do equipamento deve ser pré-aquecida a 90 ºC e feita circular através do equipamento em circuito fechado durante, pelo menos, 15 minutos. A figura 4 demonstra esta etapa do processo. A quinta etapa consiste no enxágue final do equipamento de processo com água tratada proveniente da rede de utilidades. Tipicamente, esta água de enxágue final é pré-aquecida a 50 ºC para evitar o choque térmico no equipamento de processo e, na sequência, deve ser gradualmente resfriada até a temperatura ambiente. Este resfriamento gradual visa promover a diminuição da temperatura do equipamento de processo, deixando- o em condições adequadas de posterior utilização. A água tratada ef luente do equipamento do processo pode ser dire- cionada ao tanque de água recuperada, ou descartada para dreno. A figura 5 ilustra esta etapa do processo. Materiais e Métodos No intuito de se alcançar o objetivo proposto neste trabalho, foi eleito o trocador de calor existente na instalação piloto do bloco I para servir de protótipo de planta industrial a ser submetida ao processo de limpeza CIP. Foi escolhido o leite como matéria- prima alimentar a ser estudada, por se tratar de alimento tipicamente consumido em larga escala no mercado brasileiro e cujo processa- mento industrial usa em larga escala os sistemas de limpeza CIP. Materiais Utilizados A figura 6 representa o sistema utili- zado para obtenção dos dados necessários ao modelamento matemático da cinética de remoção dos resíduos das paredes do trocador de calor. O funcionamento do sistema estudado é definido pela circulação do produto pelos tubos, promovido por uma bomba de deslocamento positivo (1), fazendo com que o f luido do processo no estado MA45_Identificação.indd 23 31/5/2010 16:11:26 24 Mecatrônica Atual :: Março/Abril 2010 manufatura líquido seja submetido a 4 passagens no interior dos tubos do trocador de calor. A bomba centrífuga (2) é responsável pela circulação da água de aquecimento através da carcaça do trocador de calor. A temperatura da água de aquecimento é controlada através da válvula de controle (3) que é responsável por ajustar a quantidade do vapor, gerado por uma caldeira do tipo flamo tubular instalada em ambiente pró- prio e adequado para o seu funcionamento adequado e seguro. Neste trabalho, o trocador de calor foi o ambiente de estudo. Nele foi promovida a sujidade para posterior estudo do pro- cesso de limpeza (ambos serão descritos posteriormente). No desenvolvimento deste trabalho foram utilizados os seguintes materiais e equipamentos: Trocador de calor do tipo feixe tubular existente na planta- piloto do Bloco I do CEUN-IMT; Sistema integrado de aquecimento do f luido de processo, composto por: (i)- bomba centrífuga; (ii)- bomba de deslocamento positivo; (iii)- reservatório intermediário de armazenamento de água quente; (iv)- tanque intermediário de armaze- namento de produto a ser processado termicamente; (v)- tubulação de processo e (vi)-válvulas de controle e de bloqueio; Caldeira flamotubular para geração de vapor de água usado no aquecimento do sistema estudado; Microcomputador do tipo PC usado para a coleta eletrônica e armaze- namento dos dados de interesse do processo; Sistema eletrônico de coleta de dados marca NATIONAL® formado por Placa Eletrônica modelo NI PCI-6259 e software LABVIEW®; Elementos sensores de temperatura do tipo termoresistor Pt 100Ω (04 peças); Medidor de Vazão marca METRO- VAL, que opera pelo princípio das engrenagens ovais; Inversor de frequência marca ABB; Medidor de pH, marca MICRONAL, modelo B-474; Válvula pneumática de 3 vias e 2 posições, Marca FESTO, modelo MPPE-3-1/2- • • • • • • • • • • 1-010-B, com controle proporcional de pressão de 0 a 1 bar por meio de sinal Elétrico de 0 a 10 Vcc (linear); Controlador lógico programável, marca FESTO, modelo CPX (197330); Aplicativo computacional FST, marca FESTO, usado para a configuração do controlador lógico programável; Fonte de Tensão, marca MURR, modelo 85162, com tensão de entrada variável entre 95 V e 265 V e tensão • • • de saída constante e igual a 24 Vcc com capacidade máxima de corrente de saída igual a 2,5 A Leite em pó integral e instantâneo da marca VENCEDOR. Metodologia empregada Para se obter os dados experimentais, o primeiro passo foi fazer com que o trocador de calor entrasse em regime estacionário com relação ao balanço térmico. Isto foi • F5. Resfriamento do sistema em estudo com água tratada proveniente da rede. F6. Trocador de calor de feixe tubular de contato indireto. MA45_Identificação.indd 24 31/5/2010 16:12:16 25Março/Abril 2010 :: Mecatrônica Atual manufatura alcançado colocando-se o controlador em modo automático e injetando-se vapor de água saturado a 1,5 kgf ∕cm2 na entrada do casco. Este vapor de água é misturado com a água no estado líquido proveniente de um reservatório cilíndrico vertical. Este reservatório desempenha o papel de um sistema de acúmulo de energia. Foram realizados seis experimentos man- tendo duas variáveis constantes e aplicando um degrau na terceira variável considerada. Para o procedimento de sujar o trocador de calor estudado visando a sua posterior limpeza, foi utilizado leite em pó integral instantâneo como agente incrustante do sistema estudado. Vale ressaltar que na etapa inicial dos trabalhos foram realizados testes com bicarbonato de cálcio, soro e maizena. Contudo, os resultados não fo- ram satisfatórios. Para cada ensaio, foram dissolvidos 5 kg de leite em 40l de água. Na sequência, o leite em pó reconstituído foi feito circular pelo trocador de calor na temperatura de 85 °C por aproximadamente uma hora. O procedimento de limpeza do trocador de calor foi iniciado logo após o sistema ter sido submetido ao processo de incrustação pelos resíduos do leite, conforme descrito na sequência: Foi executada a retirada manual de todo leite que se encontrava no interior dos tubos do trocador de calor; • F7. Placa de aquisição de dados usada no trabalho. F8. Régua de bornes usada no trabalho. MA45_Identificação.indd 25 27/5/2010 17:25:10 26 Mecatrônica Atual :: Março/Abril 2010 manufatura O trocador de calor foi deixado em repouso por aproximadamente uma hora para que fosse consolidado o processo de incrustação nas paredes do mesmo; Foi preparada uma solução de NaOH a 0,5% em peso que foi o detergente utilizado para realizar a limpeza; Foi executado o ajuste do valor dos parâmetros que interferem diretamen- te no processo de limpeza, a saber: temperatura, vazão e concentração do agente de limpeza; A vazão do detergente – solução de NaOH – foi feita escoar através dos tubos do trocador de calor por uma hora. Tanto a temperatura de saída dos tubos do trocador de calor quanto a vazão da solução foram controladas. O pH da solução foi monitorado utilizando o aplicativo desenvolvido para monitoração, armazenamento de dados e controle do sistema em estudo. Os dados foram armazenados, para posterior emprego na identificação experimental do modelo matemático da planta. Depois de concluída a etapa ante- rior, foi feita a retirada manual do detergente que ainda permanecia no interior dos tubos do trocador de calor. Na sequência, foi executada a ve- rificação visual da efetividade da limpeza efetuada com o emprego do detergente. Depois de executada a etapa descrita no item anterior, foi circulada água de enxágue para retirar os resíduos remanescentes do detergente de dentro dos tubos do trocador de calor. Após o cumprimento das etapas ante- riormente citadas, o trocador de calor pode ser considerado limpo. O SECD utilizado foi composto dos seguintes itens: (i)- um microcomputador do tipo PC já existente; (ii)- uma placa de aquisição de dados do fabricante NA- TIONAL INSTRUMENTS, modelo: NI PCI-6259, com capacidade para até 4 saídas analógicas de 16 bits, 48 entradas e saídas digitais e faixa de operação de -10 V a +10 V e (iii)- do aplicativa LABVIEW®, empregado para realizar o monitoramento, aquisição de dados e controle do processo. A figura 7 apresenta uma ilustração da • • • • • • • F9. Diagrama de blocos do LABVIEW®. F10. Gráfico representando o comportamento das temperaturas durante processo de limpeza do trocador de calor, no experimento 1. F11. Gráfico representando o comportamento do pH durante processo de limpeza do trocador de calor, no experimento 1. MA45_Identificação.indd 26 27/5/2010 17:25:20 27Março/Abril 2010 :: Mecatrônica Atual manufatura F12. Gráfico representando o comportamento das temperaturas durante processo de limpeza do trocador de calor, no experimento 2. F13. Gráfico representando o comportamento do pH durante processo de limpeza do trocador de calor, no experimento 2. F14. Gráfico representando o comportamento da vazão durante processo de limpeza do trocador de calor, no experimento 2. placa de aquisição de dados utilizada e a figura 8 mostra a placa borneira empregada nos experimentos. Foram utilizadas quatro entradas analó- gicas para a medição das temperaturas, uma entrada analógica para medição da vazão, uma saída analógica para controle do inversor de frequência e uma saída analógica para controle da válvula proporcional de pressão. Posteriormente, foi desenvolvida a configuração de aplicativo computacional dedicado à coleta dos dados adquiridos em experimentos realizados. O aplicativo LabVIEW® (acrônimo para Laboratory Virtual Instrument Engi- neering Workbench) é uma linguagem de programação gráfica criada pela empresa NATIONAL INSTRUMENTS. A primei- ra versão surgiu em 1986 para máquinas Macintosh e atualmente existem também ambientes de desenvolvimento integrados para os Sistemas Operacionais Windows®, Linux e Solaris®. Os principais campos de aplicação do LabVIEW® são a realização de medições e a automação. A programação é feita de acordo com o modelo de fluxo de dados, o que oferece a esta linguagem vantagens para a aquisição de dados e para a sua manipulação. Os instrumentos que compõem os pro- gramas escritos na linguagem do LabVIEW® são chamados de instrumentos virtuais ou, simplesmente, VIs. São compostos pelo painel frontal, que contém a interface, e pelo diagrama de blocos, que contém o código gráfico do programa. O programa não é processado por um interpretador, mas sim compilado. Deste modo, o seu desempenho é comparável ao exibido pelas linguagens de programação de alto nível. A linguagem gráfica do LabVIEW® é chamada “G”. (http://pt.wikipedia.org/wiki/Labview, acessado em 10 de outubro de 2009). O desenvolvimento do programa prin- cipal foi elaborado através
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