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MA45_Durr_v2.indd 21 28/5/2010 13:46:59
�
Editora Saber Ltda
Diretor
Hélio Fittipaldi
Associada da:
Associação Nacional
das Editoras de Publicações Técnicas, 
Dirigidas e Especializadas
Atendimento ao Leitor: atendimento@mecatronicaatual.com.br
Os artigos assinados são de exclusiva responsabilidade de seus autores. É vedada a reprodução total ou parcial 
dos textos e ilustrações desta Revista, bem como a industrialização e/ou comercialização dos aparelhos ou idéias 
oriundas dos textos mencionados, sob pena de sanções legais. As consultas técnicas referentes aos artigos da 
Revista deverão ser feitas exclusivamente por cartas, ou e-mail (A/C do Departamento Técnico). São tomados 
todos os cuidados razoáveis na preparação do conteúdo desta Revista, mas não assumimos a responsabilidade 
legal por eventuais erros, principalmente nas montagens, pois tratam-se de projetos experimentais. Tampouco 
assumimos a responsabilidade por danos resultantes de imperícia do montador. Caso haja enganos em texto 
ou desenho, será publicada errata na primeira oportunidade. Preços e dados publicados em anúncios são por 
nós aceitos de boa fé, como corretos na data do fechamento da edição. Não assumimos a responsabilidade por 
alterações nos preços e na disponibilidade dos produtos ocorridas após o fechamento.
Editor e Diretor Responsável
Hélio Fittipaldi
Redação
Natália F. Cheapetta,
Thayna Santos
Revisão Técnica 
Eutíquio Lopez
Produção
Diego Moreno Gomes
Designers
Carlos C. Tartaglioni,
Diego Moreno Gomes
Colaboradores
César Cassiolato, Davi Somaggio, 
Ederson Santos, Elison Fukabori,
Fabrizio Centineo, Fernanda Terzini Soares,
Giancarlo Puga, Leo Kunigk, 
Luiza Bacchi Curotto, Marcio Chiarlitti, 
Marcos Liberato, Marcus Vinicius M. e Silva,
Omar Perez, Paulo Sentieiro,
Rubens Gedraite , Wladimir Lopes Silva
www.mecatronicaatual.com.br
PARA ANUNCIAR: (11) 2095-5339
publicidade@editorasaber.com.br
Capa
DÜRR(divulgação)
Impressão
São Francisco Gráfica e Editora
Distribuição
Brasil: DINAP
Portugal: Logista Portugal tel.: 121-9267 800
Mecatrônica Atual é uma publicação da 
Editora Saber Ltda, ISSN 1676-0972. Redação, 
administração, publicidade e correspondência:
Rua Jacinto José de Araújo, 315, Tatuapé, CEP 
03087-020, São Paulo, SP, tel./fax (11) 2095-5333
ASSINATURAS
www.mecatronicaatual.com.br
fone: (11) 2095-5335 / fax: (11) 2098-3366
atendimento das 8:30 às 17:30h
Edições anteriores (mediante disponibilidade de 
estoque), solicite pelo site ou pelo tel. 2095-5330, 
ao preço da última edição em banca.
A ABIMAQ lançou, durante a 28ª Feira Internacional da Mecânica, o 
Catálogo Eletrônico CSQI que reúne informações sobre o setor de máquinas, 
equipamentos e instrumentos para controle de qualidade, ensaio e medição.
Embora o faturamento continue crescendo, com aumento de 15,8% no 
primeiro quadrimestre de 2010 em relação a 2009, para Luiz Aubert Neto, 
presidente da ABIMAQ, o déficit da balança comercial é uma das maiores 
ameaças não só sobre o setor de máquinas e equipamentos como também sobre 
o parque industrial brasileiro como um todo.
As exportações tiveram crescimento de 1,8% em relação ao ano anterior, 
as importações cresceram 4,2% no mesmo período, afirma Aubert, que não 
tem poupado esforços junto ao governo no sentido de conter as importações, 
inclusive, e principalmente, de máquinas usadas, que representam outra grande 
ameaça ao setor. 
Como conter as importações!? Talvez a saída não seja uma ação radical na 
contenção, e sim uma ação incisiva da nação brasileira contra o crime que o 
despreparado político brasileiro perpetua. Alguns até mal intencionados, pois 
só pensam no seu “próprio emprego”, nas próximas eleições, e em não trabal-
har pelo bem público. Se a indústria fosse desonerada dos extorsivos impostos 
e do “custo Brasil”, a competitividade brasileira equilibraria estas diferenças 
e poderíamos obter uma vantagem. É incrível como os sindicatos que dizem 
representar os trabalhadores brasileiros, não se preocupam em lutar para uma 
diminuição dos impostos. Por este e outros motivos, a cada dia perdem poder 
e não representam mais os anseios dos trabalhadores. Cresce a insatisfação 
popular contra os impostos e a cada ano os movimentos como o ”O Dia da 
Liberdade de Impostos”, que evidenciam o absurdo dos impostos praticados 
contra a população, como os que incidem sobre a casa própria (49,02%), 
automóvel (43,63%), refrigeradores ( 47,06%), conta telefônica ( 46,65%), 
açúcar (40,50%).
Hélio Fittipaldi
O atual cenário 
econômico
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índice
Editorial
Eventos
Notícias
03
06
08
20
48
32
16
39
18
4248
20
32
Rápido e fácil – Pegar e posicionar 
micropeças com o VisionPro
Aumento de produção com redução 
dos custos de pintura – Novo 
sistema de pintura de eixos 
Identificação Experimental do 
modelo matemático da Cinética 
de remoção de resíduos
Aplicação de Lean Manufacturing 
em metalúrgica de médio porte
Protetor de Transientes 
em redes PROFIBUS
Diretrizes para Projeto e Instalação 
de Redes PROFIBUS DP
Medição de Níveis em Evaporadores 
com Radares de Onda Guiada
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21Março/Abril 2010 :: Mecatrônica Atual
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eventos
literatura
O livro “Automação e Controle Discreto” é destinado a técnicos 
e engenheiros já atuantes ou em fase de estudo de sistemas 
automatizados. São apresentadas técnicas para resolução de problemas 
de automatização envolvendo sistemas de eventos discretos, como o 
controlador lógico programável, a modelagem de sistemas sequenciais 
por meio de Grafcet e técnicas de programação oriundas da experiência 
dos autores. O texto que contém seis capítulos também aborda, em 
linguagem coloquial, aspectos histórico-sociais da automação, além de 
contextualizar as mais recentes tecnologias na área. Ao final de cada 
capítulo, é proposta uma lista de exercícios.
Automação e Controle Discreto
Autores: Paulo R. da Silveira e 
Winderson E. Santos
Preço: R$ 82,50
Onde comprar:
www.novasaber.com.br
Junho
FISPAL - Feira Internacional de 
Embalagens, Processos e Logística 
para as Indústrias de Alimentos e 
Bebidas
Organizador: Brazil Trade Show
Data: 8 a 11
Local: Anhembi - Av. Olavo Fontoura, 
1209, Santana – São Paulo
www.fispal.com
Curso - Manutenção CS3000
Organizador: Yokogawa América do Sul
Data: 14 a 18
Local: Yokogawa América do Sul Ltda
Avenida Ceci, 1500 - CEP 06460-120 
Tamboré - Barueri - SP
www.yokogawa.com.br/
treinamento
Feira Internacional dos 
Fornecedores da Indústria Química 
e Petroquímica
Organizador: Petrobras
Data: 21 a 24
Local: Anhembi - Av. Olavo Fontoura, 
1209, Santana – São Paulo
www.quimica-petroquimica.com.br
Curso - Método dos Elementos 
Finitos Aplicado na Indústria 
Automotiva
Organizador: SAE BRASIL
Data: 23 a 24
Local: Av. Paulista, 2073 – Edifício Horsa II 
– Cj. 1003 – 10º andar- São Paulo - SP
www.saebrasil.org.br
Curso – Configuração PRM
Organizador: Yokogawa América do Sul
Data: 29 a 30
Local: Yokogawa América do Sul Ltda
Avenida Ceci, 1500 - CEP 06460-120 
Tamboré - Barueri - SP
www.yokogawa.com.br/
treinamento
Julho
Curso - Sistema de Suspensão
Organizador: SAE BRASIL
Data: 3 a 17
Local: Av. Paulista, 2073 – Edifício Horsa II 
– Cj. 1003 – 10º andar- São Paulo - SP 
www.saebrasil.org.br
Curso - Desenvolvimento de 
produtos utilizando lean
Organizador: SAE BRASIL
Data: 16 
Local: Av. Paulista, 2073 – Edifício Horsa II 
– Cj. 1003 – 10º andar- São Paulo - SP 
www.saebrasil.org.br
ISA Expo Campinas 2010
Organizador: ISA Campinas Section
Data: 13 a 14 
Local: Ginásio Poliesportivo UNISAL- 
Campinas - SP
www.isacampinas.org.br/site/
isaexpocampinas
Protection Offshore- Fórum 
Internacional de Saúde, Meio 
Ambiente, Segurança e 
Responsabilidade Social
Organizador: Alcantara Machado / Reed 
Exhibitions
Data: 20 a 22
Local: Cidade Universitária de Macaé 
- Rio de Janeiro - RJ
www.protectionoffshore.com.br
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�
contato
Escreva para a 
Mecatrônica Atual:
Dúvidas, sugestões ou reclamações 
sobre o conteúdo de nossas repor-
tagens, artigos técnicos ou notícias, 
entre em contato pelo email atendi-
mento@mecatronicaatual.com.
br ou escreva para Rua Jacinto José 
de Araújo, 315 CEP 03087-020 
- São Paulo - SP
Edições Antigas
Estou interessado em comprar algumas edições da revista 
Mecatrônica Atual. Vocês poderiam me orientar? Moro 
em Salvador, e aqui não encontro a revista em nenhum 
lugar. Posso comprar diretamente com vocês? Ou me 
indicariam algum fornecedor? Pretendo também fazer 
a assinatura da revista. No aguardo. Atenciosamente,
Por email 
José Marcelo de Assis Santos (PIT)
Prezado Sr. José Marcelo, para adquirir as edi-
ções mais antigas da revista Mecatrônica Atual 
entre em contato com pedido@sabermarketing.
com.br ou pelo site www.novasaber.com.br
Para se tornar assinante da revista tanto im-
Mecatrônica Atual nº 45
Sugestão
Prezados, gostaria de sugerir que a 
revista Mecatrônica Atual publicasse 
algo referente a automação em pro-
cesso produtivo de máquinas têxteis 
automatizada. Obrigado.
Por email
Vanderlei Teixeira
Senhor Vanderlei, agradecemos 
a sua sugestão e a mesma foi 
encaminhada para os engenheiros 
responsáveis. Pedimos que conti-
nue acompanhando a nossa revista 
tanto impresso como pelo portal 
no endereço www.mecatronica-
atual.com.br
Automação em cervejaria
Faço curso de graduação em elétrica, 
trabalho em uma cervejaria e tenho 
interesse em automação nesse setor. 
Podem me orientar em fontes de con-
sulta para artigos voltados para esta 
aplicação? Obrigado pela atenção,
Por email
Anderson Alves
Caro Anderson, na revista Mecatrônica 
Atual edição de número 40, encontra-
se um artigo relacionado a indústria 
cervejeira. Você pode adquirir pelo 
email pedido@sabermarketing.com.br 
solicitando a revista ou entrar em contato 
com a assinaturas@editorasaber.com.
br e solicitar a sua assinatura no portal.
Sensores atuais
Sou estudante de Mecânica Industrial 
no Senai de Juiz de Fora, e estou rea-
lizando um trabalho sobre Sensores e 
gostaria de um material atualizado 
que prenda a atenção dos alunos na 
apresentação para que ela seja dife-
renciada. Agradeço a sua atenção.
Por email
Dalila Cristina de Matos
Dalila, no portal da Mecatrônica Atual 
www.mecatronicaatual.com.br existem 
diversos artigos sobre diferentes sensores, 
como por exemplo, ópticos, térmicos, 
piroelétricos, entre outros. Na revista 
Saber Eletrônica número 446 há um 
artigo chamado o Mundo dos Sensores, 
que é um artigo atual do engenheiro 
Filipe Pereira, vale a pena conferir!
pressa quanto do portal, basta entrar em contato pelo telefone 11 2095-5333 
ou enviando uma solicitação para assinaturas@editorasaber.com.br
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� Mecatrônica Atual :: Março/Abril 2010
//notícias
Festo com novos planos e 
positividade para o futuro
Okuma ganha prêmio da 
Federação Japonesa de Máquinas
Em coletiva de imprensa ocorrida na Feira da Mecânica 
2010, a Festo Automação demonstrou confiança no mercado e 
divulgou a ampliação da sua planta fabril. A expansão foi iniciada 
neste ano e o seu término tem a previsão para 2012.
A nova área industrial é localizada em São Bernardo do 
Campo, em São Paulo, em um terreno de 13 mil metros qua-
drados, ao lado do espaço atual da empresa, próximo à rodovia 
Anchieta.
“Expandir a área industrial é aumentar a capacidade para 
atender a demanda” explica o presidente da Festo, Waldomiro 
Modena. Afirma que com esse crescimento a produção bra-
sileira deverá triplicar dentro dos próximos cinco anos, pois 
este espaço ficará com um total de 44.000 m² e será um dos 
maiores parques fabris fora da Alemanha.
Este crescimento irá proporcionar à companhia um aumento 
no seu quadro de funcionários em 35% nas áreas de manufatura, 
engenharia de processos, planejamento de produção, adminis-
tração e vendas. Além de melhorar o atendimento no mercado 
brasileiro, que atualmente encontra-se com 125 pontos de 
atendimento. “O Brasil está vivendo uma fase muito boa e a 
Feira reflete este momento positivo do país”, diz Modena.
Para os próximos dois anos a Festo pretende investir cerca de 
R$ 25 milhões nesta expansão. E a sua previsão de faturamento 
para este ano está na ordem de R$ 250 milhões. 
A Festo atua no mercado de automação nos setores automo-
bilístico, alimentos, embalagens, plásticos e eletroeletrônicos.
Na 30ª edição do prêmio de economia de energia, patro-
cinado pela Federação Japonesa de Máquinas (Energy-Saving 
Machine President’s Award, da Japan Machinery Federation), a 
Okuma recebeu o prêmio por seu motor PREX de relutância 
de magneto permanente de alta eficiência.
“Os motores PREX são motores de relutância do tipo 
integral (built-in), encontrados em fusos de máquinas-ferra-
mentas. O motor é dotado de numerosos canais que otimi-
zam a geração de força e recebe uma pequena quantidade 
de magnetos permanentes para melhorar a performance 
do sistema. Ele é mais eficiente que um motor de indução, 
e dentro das faixas de rotação utilizadas na maior parte das 
usinagens tem o torque elevado entre 4% e 9%. Motores 
PREX são também compactos e com pequena massa na 
secção rotativa, o que reduz a massa inercial em 47%, pro-
piciando acelerações e desacelerações mais rápidas. Com-
parado com motores indutivos de magnetos permanentes, 
existe menor perda de eficiência em altas rotações e como 
menos magnetos são utilizados, a quantidade de terras ra-
ras magnéticas (um recurso natural escasso) é reduzida. A 
combinação de todas estas características reduz o consumo 
de energia entre 5 e 13%”, explica Alcino Bastos, diretor 
da Okuma no Brasil.
As máquinas equipadas com o motor PREX são os tornos 
da série Space-Turn EX e da série MULTUS de máquinas 
multitarefa.
Será um dos maiores parques fabris 
da Festo fora da Alemanha.
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�Março/Abril 2010 :: Mecatrônica Atual
//notícias
Indústria ferroviária prevê produzir 
2.500 vagões e 550 carros
Em função dos investimentos feitos pelas concessionárias, a 
indústria ferroviária nacional ressurgiu e também investiu em 
expansões de fábricas e inovação tecnológica, com o objetivo 
de atender às concessionárias em seus crescentes volumes de 
transporte.
Além disso, o governo tem estimulado o crescimento da 
malha com projetos em execução. “Até 2020, deveremos atingir 
40 mil quilômetros de ferrovia de carga, quase 40% a mais que 
os atuais 29 mil”, afirma Vicente Abate, presidente da Abifer 
(Associação Brasileira da Indústria Ferroviária), entidade que 
apoia a realização da Feira Negócios nos Trilhos 2010, que 
acontecerá nos dias 9 a 11 de novembro, no Pavilhão Vermelho 
do Expo Center Norte, em São Paulo.
De acordo com Abate, o governo deveria dar mais atenção 
às correções necessárias na malha existente, de sua respon-
sabilidade, mas que ainda estão longe das reais necessidades 
do setor.
Na área de passageiros, em função da necessidade premente 
de se ordenar o transporte nas médias e grandes cidades brasi-
leiras, aliada aos eventos esportivos mundiais programados para 
o Brasil, o segmento também encontra-se em crescimento. 
O volume de veículos ferroviários produzidos no Brasil nos 
últimos 40 anos, foi de quase 28 mil vagões de carga, maior 
volume desde a década de 70, quando foram produzidos 30 mil. 
Estima-se que atualmente serão fabricadas entre 30 e 35 mil 
unidades,com possibilidade de superar o volume histórico.
No segmento de carros de passageiros, a década passada foi 
a recordista, com quase 2 mil carros, contra mil na década de 
70. A previsão para os próximos anos é de 4 mil.
“Locomotivas não eram mais produzidas aqui havia 10 anos, e 
hoje já são fabricadas, inclusive as de alta potência e de corrente 
alternada”, conta Abate.
Para 2010, as projeções da indústria indicam a produção de 
2.500 vagões (1.022 em 2009), 500 a 550 carros de passageiros 
(438 em 2009) e 60 a 70 locomotivas (22 em 2009).
“Por tudo isso, os próximos 10 anos serão extremamente 
promissores para o setor ferroviário brasileiro”, conclui o 
presidente da Abifer.
Mas ressalva para que esta previsão aconteça, que devem 
continuar os investimentos em infraestrutura de transporte, 
principalmente a ferroviária. “Temos que retornar aos níveis 
da década de 70, quando eram investidos 2% do PIB, enquanto 
hoje não chegamos a 0,5%”, reforça.
E3 Power foi apresentado 
na feira IEEE 2010
A Elipse Software participou da 2010 IEEE PES Transmis-
sion and Distribution Conference and Exposition, feira voltada 
ao setor de energia elétrica que foi realizada na cidade de 
New Orleans (EUA).
O evento reuniu cerca de 12 mil participantes provenien-
tes dos mais diferentes países. A Elipse apresentou o seu 
mais recente produto: o E3 Power.
“Nossa participação na feira foi positiva. Apesar do pú-
blico ter sido um pouco aquém do esperado em função dos 
problemas no tráfego aéreo europeu, conseguimos fazer 
novos contatos e ter uma noção de como está o mercado. 
Um mercado, é bom salientar, sempre aberto ao surgimento 
de inovações tecnológicas. Caso do E3 Power”, explicou o 
diretor de negócios da Elipse, Marcelo Salvador.
O software foi desenvolvido com o propósito de garantir 
mais confiabilidade, qualidade e eficiência ao processo de 
operação de redes de transmissão e distribuição de energia 
elétrica. Para isto, o E3 Power conta com um conjunto de 
aplicativos de análise de sistemas elétricos (Processador 
Topológico, Fluxo de Potência e Estimador de Estados), e 
um ambiente de simulação que facilita a integração entre os 
setores de pré e pós-operação com o centro de controle.
Assim, a solução possibilita que procedimentos de transfe-
rência de carga, elaboração de ordens de manobras e ajuste 
de dispositivos de controle de tensão sejam ensaiados e 
validados com base em cenários históricos reais coletados 
pelo sistema de automação da empresa.
Deste modo, o usuário pode testar suas habilidades tanto 
do ponto de vista da utilização dos recursos fornecidos pelo 
software quanto da compreensão do comportamento físico 
do sistema elétrico quando submetido a determinadas ações 
de controle.
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A previsão de produção de carros de passageiros é de 500 à 550 unidades.
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10 Mecatrônica Atual :: Março/Abril 2010
//notícias
Projeto-Piloto
A Abimaq firmou parceria com a BCB, que vai elaborar os 
inventários de GEEs para as associadas gerando a oportunidade 
de desenvolver ações gerais e localizadas em benefício da sus-
tentabilidade. A associada RTS Válvulas participou do projeto 
piloto e já recebeu seu inventário de GEEs.
A metodologia de trabalho da BCB segue critérios e padrões 
de órgãos internacionais, como o Greenhouse Gas Protocol 
(GHG Protocol) e o Intergovernmental Panel on Climate Chan-
ge (IPCC) e da norma ISO 14064 (relacionada à quantificação 
e verificação de GEE).
João Marcelino, contador da RTS e responsável pelo pro-
jeto dentro da empresa, diz que para se fazer o inventário, é 
importante ter informações sobre consumo de energia, frete, 
lixo, entre outras.
“Nós respondemos a um questionário que abordava estas 
e mais outras questões sobre a empresa. Pudemos perceber 
que a empresa já tinha ações sustentáveis como, por exemplo, 
destino correto ao lixo e tratamento de efluentes líquidos. Mas 
identificamos que mesmo assim, geramos CO2 de forma direta 
e indireta, o que será compensado com plantio de árvores”, 
explica Marcelino.
Durante a divulgação do segundo inventário nacional de 
emissões, o ministro da Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende, 
anunciou que as emissões brasileiras de gases de efeito estufa 
aumentaram 62% entre 1990 e 2005. Todos os setores registra-
ram crescimento nas emissões e a indústria como um todo é o 
quarto setor que mais emite GEEs. Nesses 15 anos, o aumento 
de emissões foi de 39%, embora a participação do setor para as 
emissões nacionais tenha caído de 2% para 1,7%.
Especialistas afirmam que o Brasil tem condições de assumir 
um importante papel nas discussões sobre emissões de carbo-
no, por ter uma matriz energética mais limpa que a dos países 
desenvolvidos – e de emergentes como a China.
Apesar desse aumento, o Brasil domina tecnologias es-
tratégicas para o futuro, como a dos biocombustíveis – com 
destaque para o etanol que, além de poluir menos, promove 
um significativo sequestro de carbono da atmosfera, durante o 
cultivo da cana-de-açúcar.
Mais informações sobre o Projeto Carbono Zero podem ser 
obtidas através do telefone (11) 5582-6442 ou e-mail: rsa@
abimaq.org.br
Produtos
Especializada em instrumentos de 
medição, a Instrutherm lança no 
mercado nacional o TI-1500 – uma 
câmera térmica com infravermelho, 
que pode medir a temperatura de até 
quatro pontos simultâneos em uma 
distância de 10 metros com dados 
precisos.
O TI-1500 é aplicável à manutenção 
preventiva em diversos setores, como 
eletroeletrônica, engenharia, mecânica, 
construção civil, segurança do traba-
lho, náutica, varejo. Além de poder ser 
utilizado na área médica veterinária. O 
aparelho identifica sobreaquecimento, 
constatado tanto em painéis elétricos 
e quadros de distribuição, quanto no 
corpo humano ou animal, sinalizando 
pontos de infecção.
Com display de 3,5 e medição de 
-20ºC a 600ºC, temperatura de ope-
ração de -15ºC a 50ºC e resolução 
de 160x120 pixels, o aparelho ainda 
tem saída USB, gravação de áudio e 
vídeo e cartão de memória. E permite 
a gravação de informações, imagens 
e sons que podem ser descarregados 
posteriormente num computador, para 
análise.
O TI-1500 chega ao mercado nacional 
pelo valor médio de R$15 mil e pode 
ser adquirido através da loja virtual 
www.instrutherm.com.br.
Algumas especificações técnicas:
Display colorido;
Faixa espectral: 8-;
Temperatura: -20ºC ~ 600ºC;
Precisão: ± 2ºC ou ±2% (o que for 
maior);
Temperatura de operação: -15ºC 
+50ºC;
Umidade de operação: < 90% sem 
condensação;
FPA, Microbolômetro Não Resfriado;
Campo de visão: 21º x 15º/ 0,15 m;
Resolução: 160 x 120 pixels;
Resolução Espacial (IFOV): 1,4 mrad 
(21º x 15º);
Sensibilidade térmica: 100 mK em 30ºC.
Câmera Térmica com infravermelho
Instrumento de medição com câmera 
de infravermelho.
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11Março/Abril 2010 :: Mecatrônica Atual
//notícias
Curtas
Tranter adquire PHE no Brasil
A empresa Tranter, fabricante de trocadores de calor e 
placas gaxeados e soldados, está há 70 anos no mercado com 
operações em mais de vinte países. A companhia mantém um 
plano de crescimento agressivo desde 2007 para ampliar a 
sua presença, movimentando no mercado de fabricação de 
placas anualmente no país cerca de R$ 80 milhões.
 “Após adquirir nesses últimos dois anos operações na 
China, Alemanha (Pressko e Hes), Canadá (Fieldco), no 
México (PHE do México), chegou a vez do Brasil, onde a 
empresa atua há dez anos na venda de equipamentos e na 
prestação de serviços. A estratégia para o país foi absorver 
uma companhia que ampliasse a oferta de serviço tanto de 
produtos Tranter como de outras marcas, o que levou à 
compra da PHE, empresa com 20 anos de experiência em 
manutenção, que aumentará a operaçãono suporte pós-ven-
da, estreitando nossa proximidade com os clientes, além de 
reforçar um dos três pilares de sustentação da corporação; 
produtos, tecnologia e serviços”, afirma Olavo T. Xavier, 
diretor superintendente da Tranter no Brasil.
O valor da aquisição não foi revelado, porém a companhia 
aumentou o número de funcionários e sua participação no 
mercado de 10 passou para 20%. Devido à sinergia entre as 
empresas, a meta é ultrapassar a soma do faturamento atual 
das duas corporações, englobando a venda de equipamentos, 
manutenção e assistência técnica, por meio da oferta de uma 
solução global. E além da venda de equipamentos, a Tranter 
manterá a prestação de serviço para produtos de outras 
marcas, atualmente realizada pela PHE, possibilitando maior 
penetração no mercado.
O foco da companhia é diversificar e aumentar as vendas 
em outros setores, além de etanol e offshore. “A partir de 
agora, teremos mais condições de atender os segmentos de 
mineração, siderurgia, têxtil, OEM (Original Equipment Manu-
facturer), assim como as indústrias naval, química, automotiva, 
petroquímica, de energia, papel e celulose”, conclui Xavier.
Com base nas operações do Brasil e do México, a Tranter 
pretende ampliar sua atuação por toda a América Latina a 
partir destas bases.
Curso de CCE
A ABEE/SP (Associação Brasileira de Engenheiros Eletricis-
tas de São Paulo), realizou nos dias 10, 11 e 12 de maio o 
curso CCE Projetos de Circuitos de Comandos Elétricos, 
voltado para engenheiros, tecnólogos, técnicos, projetistas 
que desejam aprimorar seus conhecimentos na área.
O curso teve o objetivo de desenvolver um encadea-
mento lógico, associando a lógica operacional com à de 
circuitos elétricos, facilitando a interpretação de esquemas 
Skam se diversifica e aposta em serviços
Especializada na produção de empilhadeiras movidas a energia 
elétrica, a Skam, motivada pelas quedas nas vendas causadas pela 
crise econômica, antecipa a revisão do modelo de negócios da 
empresa, que prevê a diversificação e a ampliação de seu setor de 
atuação. A meta é reduzir o peso da atividade fabril e aumentar 
o volume de atividades na área de prestação de serviços, como 
consultoria em projetos logísticos e locação, que proporcionam 
melhores margens.
Com a nova estratégia, a empresa pretende recuperar as 
vendas perdidas durante o ano de 2009, quando o faturamento 
ficou um pouco abaixo de R$ 10 milhões. A meta é voltar ao 
nível de 2008, quando a Skam movimentou R$ 26 milhões, de 
acordo com o superintendente Paulo Coggo.
Segundo Maks Behar, presidente da empresa, a nova área de 
atuação vinha sendo estudada durante o ano de 2008, mas com 
a crise, passou a ser prioridade, já que as vendas de máquinas 
sofreram grande queda em 2009. Apesar da reação no segundo 
semestre e de o ano ter terminado com a casa cheia de pedidos, 
as perdas substanciais durante os primeiros meses foram impac-
tantes demais para permitir uma retomada mais eficaz.
Para esta nova fase, a empresa, situada em Jundiaí, interior 
de SP, irá oferecer soluções com empilhadeiras Skam feitas sob 
medida, que aumentam a capacidade de volume armazenado no 
mesmo espaço, para clientes potenciais, que estejam construindo 
galpões industriais. O objetivo da Skam é chegar a 2010 com 50% 
do faturamento baseado em serviços de locação e consultoria em 
projetos logísticos. Os contratos são, em média, de quatro anos. 
O desafio para a nova fase, segundo o presidente da empresa, 
é o capital de giro para o financiamento das máquinas, até que 
as mesmas sejam pagas com o aluguel. Mas as dificuldades não 
desanimam a retomada e, segundo Behar, a Skam pretende 
fechar grandes contratos e, no mínimo, dobrar o número de 
máquinas alugadas, de 56 para 112. “Com os novos planos, a 
empresa está otimista para , declara.
de comando e diagnóstico de defeitos, além de auxiliar os 
estudantes a elaborar inúmeros tipos de circuitos a partir de 
esquemas tradicionais.
O workshop apresentou os princípios de funcionamento e as 
principais características dos diversos componentes usados 
em comandos elétricos incluindo CLP (controlador lógico 
programável) e dispositivos discretos.
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12 Mecatrônica Atual :: Março/Abril 2010
//notícias
Produtos
A empresa Cemar Legrand disponibiliza 
as linhas de disjuntores (dispositivo de 
segurança contra sobrecargas) termo-
magnéticos DRX e DPX caixa moldada 
(MCCB - Moulded Case Circuit Breaker), 
que podem ser utilizados em instalações 
de pequeno a grande porte, em proteção 
de máquinas e, ainda, em outros tipos 
de equipamentos, no setor terciário ou 
industrial.
O DRX é um disjuntor tipo caixa mol-
dada de 15 a 250A com termomagnético 
fixo e pode ser aplicado juntamente com 
os quadros de distribuição QDETG da 
Cemar Legrand, como disjuntor geral. 
Disponíveis em dois tamanhos (DRX100 
e DRX250), sua montagem é de fácil apli-
cação e seus acessórios são os mesmos, 
o que diminui o número de referências. 
Para agilizar a montagem e a manutenção, 
sua tampa quando aberta fica basculante 
e fixa no disjuntor.
Já o DPX é um modelo caixa moldada de 
16 a 1600 A com termomagnético ajus-
tável. Ambos foram desenvolvidos pela 
fábrica da Legrand em Bérgamo, na Itália, 
com a tecnologia do mercado europeu.
Entre as principais características dos 
produtos utilizados nos setores terciá-
rio e industrial estão a robustez, a alta 
capacidade de ruptura, a possibilidade de 
instalação de acessórios para sinalização 
e o comando de disparo à distância. Além 
disso, são muito utilizados nas linhas 
de Quadros de Comando e de Painéis 
Modulares.
Linhas de disjuntores para os segmentos terciário e industrial
A linha de acessórios para os 
disjuntores DRX e DPX é completa 
e atende as principais demandas do 
mercado. Estão disponíveis: manoplas 
rotativas, bobinas de disparo, bobinas 
de alarme, bobina de disparo com 
mínima tensão, terminais de conexão 
e suportes para cadeado (atende aos 
requisitos da NR10).
Com alta performance como dispo-
sitivo de proteção, as linhas DRX e 
DPX são compostas por disjuntores 
compactos, que não ocupam espaço 
na instalação. Vale lembrar, que o 
disjuntor é indicado para proteger 
os fios contra sobrecargas, não os 
equipamentos. Portanto, não se deve 
substituir os disjuntores sem antes 
Plataforma robótica pode ser utilizada 
em diferentes áreas da engenharia
Desenvolvida pela PUC – Campinas, esta ferramenta per-
mite avaliar áreas de acessibilidade para cadeirantes, incluindo 
o monitoramento de áreas de segurança. Essa é a proposta do 
projeto do Laboratório de Pesquisa em Sistemas Rádio, do Cen-
tro do Centro de Ciências Exatas, Ambiental e de Tecnologias 
(CEATEC) da Universidade.
A Plataforma Robótica Multifuncional tem como objetivo 
atuar como uma rede de sensores, que funciona por meio de 
um robô com a capacidade de atender diferentes áreas da enge-
nharia. O robô, por exemplo, poderia descobrir a temperatura 
e o grau de umidade de uma área agrícola.
Segundo o professor da Faculdade de Engenharia Elétrica 
e um dos responsáveis pela plataforma, Omar Branquinho de 
Carvalho, o projeto além de ter diferentes funções, permite um 
aprendizado multifuncional das diferentes áreas da engenharia. 
“A robótica, talvez seja a área que permite a interdisciplinari-
dade. O projeto tem a necessidade de alunos das engenharias 
elétrica, civil, ambiental, computação e outras áreas específicas 
como arquitetura”, explicou o professor.
Atualmente, o trabalho é desenvolvido pelos alunos: Luís 
Henrique Pereira (Engenharia Elétrica), Milton Giraldelli Ca-
margo Júnior (Engenharia Elétrica) e Allan Nicolau de Campos 
Romanato (Engenharia de Computação). Segundo o professor 
Branquinho, a integração dos diferentes cursos permite um me-
lhor resultado do projeto. “Trabalhandojuntos há uma sofistica-
ção do trabalho para atender sempre novas necessidades. Desta 
forma temos um forte engajamento dos alunos e um altíssimo 
grau de aprendizagem, em razão das mais diversas estratégias 
que devem ser desenvolvidas”, conclui o professor.
O projeto da plataforma robótica começou há 4 anos, quando 
dois alunos da Faculdade de Engenharia Elétrica fizeram como 
Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) a construção de um 
robô para medidas de intensidade de sinais de redes WiFi. Este 
trabalho resultou em uma dissertação de mestrado profissional 
em Telecomunicações da PUC-Campinas do aluno Fernando 
Lino. O professor Branquinho ainda explicou que com o pro-
jeto é possível realizar a inspeção de regiões contaminadas, 
inspeção de dutos na área de empresas de petróleo, água e ar 
condicionado.
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13Março/Abril 2010 :: Mecatrônica Atual
//notícias
Disjuntor DPX, desenvolvido na Itália com 
tecnologia do mercado europeu.
avaliar os fios dos circuitos.
Todos os modelos de disjuntores comer-
cializados pela Cemar Legrand seguem 
os mais rigorosos padrões do mercado 
mundial. As ofertas DRX e DPX são cer-
tificados conforme a IEC 60947-2 e estão 
de acordo com as principais normas 
mundiais, como a NEMA, JIS e KS.
Características Técnicas:
DRX:
Disponíveis no modelo tripolar de 15 
a 250 A;
Termomagnético fixo;
Acessórios comuns aos disjuntores de 
100 A e 250 A;
Em dois tamanhos DRX100 e DRX250;
Capacidade nominal de interrupção 
NBR IEC 60947-2 – 220/240 V ~ - 65 kA 
•
•
•
•
•
a 25 kA - 380/415 V~ - 36 kA a 10 kA;
Tensão nominal: 600V;
Certificados conforme norma IEC 
60947-2;
Não sofre interferência térmica até 
50ºC.
DPX:
Disponíveis no modelo tripolar de 16 a 
1600 A;
Termomagnético ajustável em 5 
tamanhos: DPX125; DPX160; DPX250; 
DPX630 e DPX1250/1600;
Capacidade nominal de interrupção 
NBR IEC 60947-2 – 220/240 V ~ - 100 kA 
a 35 kA - 380/415 V~ - 70 kA a 25 kA;
Tensão nominal: 690 V;
Certificados conforme norma IEC 
60947-2.
•
•
•
•
•
•
•
•
Fabricantes e as novidades 
na Feira da Mecânica
Bastante movimentado, o primeiro dia da 28ª Feira da 
Mecânica, reuniu desde estudantes do Senai ou outras escolas 
técnicas até empresários do setor em busca de soluções para 
as suas empresas.
As empresas para não passarem despercebidas, trouxeram o 
que têm de mais recente em seu portfólio. Como a Festo Auto-
mação que apresentou pela primeira vez no Brasil o AquaJelly, 
um robô que tem aparência e comportamento de uma água-
viva. A Abimaq lançou, também na feira, o seu catálogo, que 
reúne informações sobre o setor de máquinas e equipamentos, 
praticamente um guia das empresas associadas.
Para profissionais que necessitam de precisão geométrica, 
a Instrutherm apresentou o microscópio MDV-200 com visor 
LCD de 8” e resolução de 800 x 600 pixels. A empresa Wika, 
trouxe o seu mais novo transmissor da família C-2 para medição 
de pressão em compressores tipo parafuso, pistão e turbo. A 
Yaskawa pensou nas aplicações que necessitam do controle de 
apenas um eixo de servomotor, ou ainda o controle individual 
e modular, então desenvolveu o mais novo controlador de má-
quinas, o MP2600iec com funções ponto-a-ponto, e controle 
de velocidade, entre outros.
O AquaJelly é um 
dos destaques 
da área Bionic 
Learning da Festo.
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14 Mecatrônica Atual :: Março/Abril 2010
//notícias
Dürr EcoDryScrubber recebe 
o Prêmio PACE 2010
EcoDryScrubber, que nada mais é que o sistema de de-
posição seca de tinta da Dürr recebeu seu terceiro prêmio 
- o Automotive News PACE 2010 (Premier Automotive Suppliers 
Contribution to Excellence). Na cerimônia de entrega, que 
aconteceu em Detroit, o prestigioso prêmio destacou 
fornecedores da indústria automotiva pela sua inovadora 
tecnologia e alta eficiência econômica.
No ano passado, a deposição seca foi premiada duas vezes: 
recebeu em Paris o Prêmio SURCAR de Inovação, assim 
como o Prêmio Meio Ambiente de Baden-Wuerttemberg. 
Em 2008, a Dürr introduziu seu sistema para a deposição de 
overspray. Desde então, a tecnologia ecologicamente correta 
foi vendida para 25 linhas de pintura em doze plantas, o que 
corresponde a mais de um sistema por mês.
O EcoDryScrubber em termos ecológicos, de eficiência 
energética e de redução de custos, é o sistema de deposição 
seca que separa o overspray de tinta, sem o uso de água e 
coagulantes químicos, e não somente é superior à lavagem 
úmida convencional, como representa uma tecnologia relati-
vamente simples e, além disso, mais segura. Não há nenhuma 
fonte de ignição na área de pintura, nenhuma alta tensão e, 
com isso, nenhum risco operacional. Além de ser fácil de 
adaptar em plantas já existentes, não requer nenhuma área 
adicional, as vantagens do sistema são complementadas pela 
alta reciclagem de até 95% do ar utilizado. Assim o tamanho 
do insuflador e condicionador de ar é reduzido, tornando-
se desnecessária a recuperação de calor. O resultado é a 
redução das seções transversais da planta em até 35% e do 
consumo de energia na cabine de pintura de até 60%.
Em 2009 foram vendidos mais quatro sistemas, com isso 
o número do mês de março foi para 12 EcoDryScrubber co-
mercializados. Foi somado as instalações na Rehau, na Alema-
nha e na África do Sul, assim como na VW em Chattanooga 
nos Estados Unidos, os pedidos da Daimler Kecskemet, na 
Hungria, da FAW e da SGM respectivamente em Chengdu 
e em Yantai, na China e dois contratos de reconstrução de 
planta de um fabricante europeu.
“Estamos muito satisfeitos com o sucesso do EcoDryS-
crubbers e também por termos conseguido, em um curto 
espaço de tempo, entrar tão fortemente no mercado. Isso 
mostra que é época de um sistema simples, que pode ser 
empregado no mundo inteiro, independente do clima e do 
tipo da tinta a ser utilizada.”, afirma Dirk Gorges, Diretor 
de Vendas da Área de Negócios ‘Sistemas de Pintura e 
Montagem Final’ da Dürr.
Balanço geral da Abimaq 
no ano de 2009
A recessão mundial, apesar do menor impacto do Brasil, 
fez a indústria de máquinas e equipamentos cair para a mé-
dia de faturamento do ano 2007, além de outros reflexos 
negativos como a queda no quadro de trabalhadores, com 
aproximadamente 15.000 demissões.
Chegando ao total de R$ 6,26 bilhões, o faturamento 
nominal registrou uma queda de 7,3% em dezembro, se 
comparado com o mês anterior. No período de janeiro a 
dezembro de 2009, o fechamento atingiu R$ 64 bilhões, 
apresentando uma queda de 20% em relação ao mesmo 
período em 2008.
Segundo o presidente da Abimaq, Luiz Aubert Neto, o 
BNDES foi importante para a sustentação da demanda. O 
PSI, Programa de Sustentação do Investimento, ao permitir 
o financiamento de Bens de Capital a custos internacionais 
(4,5% a.a.), passou a auxiliar o faturamento do setor no últi-
mo trimestre, explicando assim o crescimento dos números 
nos últimos meses. “Se não fosse o PSI e a desoneração do 
IPI, que felizmente conseguimos prorrogar até junho de 2010, 
a queda teria sido pior”, afirma Aubert
No setor de exportações, o ano de 2009 fechou em US$ 
7.643,23 milhões, ou seja, uma queda de aproximadamente 
40,5% em relação a 2008. No mês de dezembro em relação 
a novembro do mesmo ano, a queda ficou em torno de 2,9%. 
No setor de importações, a queda foi de 14,3%, comparado 
a 2008, totalizando US$ 18.789 milhões. Em dezembro o 
ano fechou com um crescimento de 3,2% em relação a 
novembro de 2009.
Jim Pakkala (à esquerda), Diretor Engenheiro da Dürr Systems Inc. 
recebe o prêmio das mãos de Mike Hanley da Ernst & Young.
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15Março/Abril 2010 :: Mecatrônica Atual
//notícias
ProdutosA SKF do Brasil traz para o mercado o 
novo Fixturlaser XA Geometry, equipa-
mento para alinhamento geométrico a 
laser com sistema de medição wireless. O 
dispositivo possui interface gráfica com 
ícones animados que mostram, de forma 
orientativa, não só os resultados obtidos 
em tempo real durante o processo de 
análise, bem como aponta os ajustes que 
precisam ser realizados.
Por ser uma tecnologia sem fio, o 
Fixturlaser XA Geometry permite total 
mobilidade para que o operador realize 
outros trabalhos durante o processo de 
medição. Outra vantagem do produto é 
uma saída USB, que serve para transferir 
os resultados obtidos na medição para 
um computador ou para um Pen Drive 
-, sem a necessidade de utilização de 
nenhum outro hardware ou software.
“O novo equipamento permite que o 
operador fique totalmente focado na 
causa raiz do problema das máquinas, as 
medições de retilinidade e planicidade são 
fundamentais neste trabalho. Isso garante 
uma correção mais rápida e eficiente das 
falhas apresentadas, viabilizando maior 
produtividade para o processo industrial”, 
explica Paulo Manoel, Gerente de Vendas 
de Produtos Condition Monitoring da 
SKF do Brasil.
SKF lança equipamento para alinhamento de geometria a laser
Equipamento para alinhamento geométrico 
a laser com sistema de medição wireless.
Lubiex Sistema Hidraúlico
A Radiex Produtos Automotivos lançou o Lubiex Sistema 
Hidráulico - ISO 68, um novo produto de óleo lubrificante, 
voltado para o sistema hidráulico de tratores, implementos 
agrícolas e máquinas em geral.
O lubrificante é indicado para sistemas de alta pressão, 
compressores e bombas devido o alto índice de visco-
sidade, tipo AW. Suas características permitem baixar o 
atrito em sistemas hidráulicos, funcionando em baixa ou 
alta velocidade.
Este produto da Radiex protege contra o desgaste, e reduz 
a condensação de água no maquinário, após o encerra-
mento da operação, impedindo a deterioração da bomba 
e evita a corrosão do sistema hidráulico, além de possuir 
resistência a contaminantes, formação de espuma e ter 
estabilidade térmica.
Curtas
Curtas
Palro
Em fevereiro a FujiSoft, companhia japonesa, apresentou o 
seu mais recente robô. O pequeno humanoide é chamado 
de “Palro” tem como especialidade a comunicação com as 
pessoas que estão ao seu redor, destinado a pesquisadores, 
engenheiros e estudantes como modelo de teste.
O Palro tem câmera integrada, microfone, luzes LED, alto-
falantes e um processador Intel Aton de 16 GHz.
O robozinho mede 39,8 cm de altura e pesa 1,6 kg e deverá 
chegar ao mercado em março, para uso doméstico e acadê-
mico, com preço equivalente a pouco mais de 5,6 mil reais.
WEG promove encontro entre 
clientes e acadêmicos
A empresa WEG fabricante de motores elétricos, apresen-
tou os lançamentos da área de automação 2010 no campus 
da ULBRA. O encontro, contou com a presença de represen-
tantes de diversas empresas do setor, além de professores e 
alunos da Área de Tecnologia e Computação da ULBRA.
De acordo com Marcus Silva, representante da WEG, o 
foco do encontro é a aproximação dos clientes com o meio 
acadêmico da empresa. “Todos os meses fazemos atividades 
para manter um bom relacionamento com todos nossos clien-
tes. Nestes momentos buscamos mostrar o que a empresa 
tem de melhor para facilitar o trabalho e desenvolvimento 
de novas tecnologias, além de obtermos um feedback dos 
equipamentos já conhecidos. Hoje mostramos o controlador 
automático de potência, que possui um multi medidor de 
grandezas elétricas, eliminando uma série de outros equipa-
mentos na hora de sua utilização”, explicou.
Segundo o professor da ULBRA Eduardo Pedro Eidt, esta 
atividade auxilia na integração do meio acadêmico com o 
mercado de trabalho e o meio industrial. “Buscamos pos-
sibilitar ao aluno, além do conhecimento teórico e prático 
de laboratório, o conhecimento de catálogos, produtos e 
equipamentos atuais e de alta tecnologia. O aluno chega ao 
mercado de trabalho mais pronto para a atividade profis-
sional, capacitado e desenvolvido para seleção e aplicação 
de produtos em projetos”, comentou.
A ULBRA é parceira da empresa desde a criação da Sala 
WEG, montada para oferecer uma sala/laboratório aos 
alunos da instituição e treinamento a clientes da empresa.
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16 Mecatrônica Atual :: Março/Abril 2010
case
Os modernos sistemas pick-and-place (pegar e posicionar) registram peças com tecnologia de visão confiável, assegurando um tempo curto de transição graças à operabilidade direta. A solução estado-da-arte da iTECH Enginee-ring para manipulação precisa de micropeças 
acelera os processos de produção ao combinar 
software/hardware inteligente à simplicidade 
de manipulação. Associado ao VisionPro, o 
sistema piloto, que carrega o nome promissor 
de iPLACE 300, será posto em prática em 
breve por um conhecido fabricante suíço de 
instrumentos odontológicos.
Extremamente compacta e, ainda assim, 
muito robusta, esta solução autônoma é 
concebida para apanhar peças de precisão e 
depositá-las sobre pequenas paletes no local 
exigido, com exatidão de posicionamento de 
0,05 mm. O iPLACE 300 mede apenas 860 
mm x 1200 mm x 1500 mm e pesa cerca de 
500 kg em uma estrutura de aço sólida que 
garante a estabilidade do sistema high-tech. 
Esse dado é especialmente importante para 
que o sistema de visão e a garra pneumática 
funcionem perfeitamente sobre uma área de 
trabalho espaçosa, de 300 mm x 500 mm.
Velocidade e concentração 
extremas
As peças são alimentadas no iPLACE 300 
através de um vasto magazine com um grande 
depósito. O equipamento periférico flexível 
proporciona fornecimento alternativo de 
peças por meio de uma esteira transportadora 
servoacionada. O iPLACE 300 transfere as 
pequenas peças para a área de trabalho via 
indução de vibração. Fabricada em plástico 
transparente resistente a arranhões, também 
funciona como área de imagem para o siste-
ma de visão, desenvolvido com o software 
VisionPro. A iluminação traseira variável 
projeta a disposição visivelmente contrastante 
das peças verticalmente para cima, sobre um 
espelho posicionado a um ângulo de 45°. 
Este espelho, então, transmite a imagem 
para uma câmera industrial fixa.
Em segundo plano, a biblioteca de 
ferramentas do VisionPro da Cognex, 
robusta e de alta performance, mostra do 
que é capaz: um processo que é invisível 
de fora, exceto pelo monitor, tornando-se 
ainda mais eficaz. A conexão tipo “arrastar 
e soltar” com a garra pneumática assegura a 
Rápido e fácil
Pegar e posicionar 
micropeças com o VisionPro®
Quer se trate de fornecer componentes para a indústria auto-
motiva ou fabricar produtos médicos, o sucesso das soluções 
de automação depende de três critérios: velocidade, precisão 
e facilidade de uso. Os engenheiros da iTECH Engineering 
AG, em Bettlach, Suíça, criaram um sistema ultracompacto e 
extremamente eficiente para identificação de peças e inspeção 
opcional. O iPLACE 300, associado ao software VisionPro®, da 
Cognex, agilizará a manipulação de pequenas peças — uma 
solução precisa!
saiba mais
Critérios para projetos de Auto-
mação Eficientes
Mecatrônica Atual 24
Uma visão atual sobre os Sistemas 
Heterogêneos na Automação
Mecatrônica Atual 21
Site do fabricante
www.cognex.com
MA45_Case_Cognex.indd 16 27/5/2010 18:03:23
17Março/Abril 2010 :: Mecatrônica Atual
case
transmissão extremamente veloz de valores 
de imagem. Aqui, o VisionPro se concentra 
totalmente nas características críticas para a 
aceitação das pequenas peças. O software de 
visão inteligente ignora quaisquer variações 
na aparência que não sejam críticas. Não 
há necessidade de pré-processar os dados 
da imagem, procedimento que costuma 
ser exaustivo. O resultado é a manipulação 
extremamenterápida de peças e o desenvol-
vimento fácil de aplicações de acordo com 
as especificações de novos produtos.
Depois que o sistema de visão Cognex 
identifica as posições das peças, um robô 
cartesiano com 4 eixos, desenvolvido recen-
temente pela iTECH Engineering, se desloca 
sobre a área de trabalho e pega a pequena peça 
utilizando garras a vácuo ou um sistema de 
garra tátil. Em seguida, ajusta o posiciona-
mento exigido para posterior processamento 
– por exemplo, paletização no alimentador 
de bandeja, packing no alimentador de fitas 
ou posicionamento vertical e inserção de 
pequenos eixos em suportes de precisão. As 
garras de alta precisão podem até mesmo virar 
ao contrário, com rapidez e facilidade, peças 
estampadas - recurso que é especialmente 
importante para o projeto- piloto quando 
peças em miniatura estão sendo produzidas 
para instrumentos odontológicos. O tempo 
de ciclo de identificar, pegar e posicionar as 
peças é de apenas um segundo, número que 
impressiona.
Dados poderosos para 
um desempenho ídem 
Embora o iPLACE 300 seja totalmente 
autônomo em termos de operação, também 
pode ser incorporado a um sistema de pro-
dução de nível mais alto. Isso é garantido 
pelo PC integrado, que utiliza o VisionPro 
para analisar dados de imagem confiavel-
mente em frações de segundo. Dependendo 
dos requisitos da aplicação, o banco de 
dados embutido contém qualquer número 
de sequências de manipulação livremente 
programáveis. Do lado do hardware, a velo-
cidade de transição é aumentada via travas 
magnéticas precisas projetadas para a fixação 
das diferentes ferramentas-garra.
Quando utilizado com o VisionPro 
como um “acelerador de dados de imagem” 
inteligente, o iPLACE 300 também é capaz 
de avaliar a qualidade de peças pequenas 
empregando uma estação opcional de con-
trole de peças. O VisionPro pode oferecer 
a experiência conquistada através dos mais 
de 500 mil sistemas instalados em todas 
as partes do mundo. Sua ampla biblioteca 
de ferramentas garante a otimização das 
imagens antes da inspeção. A tecnologia 
PatMax®, por exemplo, pode ser usada 
para correspondência precisa de padrões, 
enquanto que o algoritmo IDMax® é capaz 
de identificar até códigos Data Matrix mal 
marcados. Outras ferramentas abrangentes 
de cor, medição e processamento de imagem 
asseguram otimização e processamento 
velozes e precisos.
O iPLACE 300, com seu design modular 
inteligente, pode ser combinado à flexibilidade 
oferecida pela tecnologia de visão Cognex 
para reduzir os tempos de entrega e, conse-
quentemente, os custos. À prova de falhas, 
graças ao hardware e ao software de máxima 
qualidade, a solução garante tranquilidade 
para o trabalho de produção e o posterior 
processamento de micropeças.
F1. O iPLACE 300 identifica peças pequenas utilizando o software de 
visão inteligente VisionPro, pega-as com o novo robô de quatro eixos e 
as deposita com precisão, todo o processo leva apenas um segundo.
F2. Uma estrutura sólida aliada a uma tecnologia impressionante. 
Com peso total de 500 Kg, o iPLACE 300 é uma solução robusta com 
um design compacto.
F3. Compacta, veloz, precisa. A próxima versão do iPLACE 300 será 
móvel para tornar seu uso flexível em diferentes estações de trabalho.
F4. Graças ao VisionPro, o iPLACE 300 pega e transfere até peças 
minúsculas como este pino utilizado em instrumentos odontológicos.
MA
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18 Mecatrônica Atual :: Março/Abril 2010
manufatura
A
Aumento de produção com 
redução de custos de pintura
Novo sistema de 
pintura de eixos
As instalações de pintura da Dürr significam redução de tempo 
de ciclo e melhoria da qualidade de pintura. A instalação em 
funcionamento há mais de um ano na fábrica da Mercedes-
Benz em Kassel, na Alemanha comprova tal afirmação. Lá são 
produzidos eixos e sistemas de eixos para caminhões, ônibus, 
vans e reboques, bem como eixos de direção e componentes 
para automóveis.
saiba mais
Pintura Automatizada Dürr – Pro-
cesso mais seguro com tempo 
Reduzido de produção
Mecatrônica Atual 43
Site do fabricante:
www.durr.com
MA
 nova instalação de pintura da Dürr é utilizada 
principalmente para a pintura de eixos de 
veículos de transporte de 3,5 t e 5 t. A Dürr 
forneceu uma instalação de pintura de alta 
qualidade que opera com uma velocidade 
máxima de tempo de ciclo de 60 segundos 
em funcionamento contínuo.
Quando os eixos chegam da montadora, eles 
são levados por uma esteira transportadora 
para a instalação de pintura, separados em 
tipos e na ordem da técnica de transporte que 
os leva ao processo de pintura. Em duas áreas 
de trabalho, cada uma equipada com um 
guindaste, os eixos são pendurados em ciclo 
de 60 segundos nos carros de transporte do 
‘Transportador Power&Free’. Eixos especiais 
que, geralmente, são fabricados em quanti-
dades menores, são levados separadamente 
às áreas de trabalho e em combinação são 
transportados à instalação de pintura. Para 
garantir um funcionamento contínuo em 
toda a instalação, o abastecimento de eixos 
pode ser controlado através de um depósito 
de unidades em processo localizado antes 
da cabine de pintura.
Na cabine de pintura dois robôs da 
Dürr do tipo EcoRP 6F, equipados com o 
pulverizador EcoGun2 de alto rendimento, 
aplicam um verniz de proteção. O EcoRP 
6F possui seis eixos de livre programação 
e são caracterizados pela alta qualidade e 
eficiência de aplicação, alta disponibilidade 
e pouca manutenção. O verniz de proteção 
é aquecido a uma temperatura de 60°C para 
a aplicação.
A cabine de pintura, que funciona com 
circulação de ar, tem ainda mais uma carac-
terística especial: por exemplo para poder 
reagir rapidamente, em caso de manutenção, 
ela pode em um curto espaço de tempo 
ser arejada. Com isso, a concentração de 
solventes na cabine é tão reduzida, que os 
trabalhadores da manuteção podem entrar 
sem usar máscaras. 
Além da cabine de pintura a Dürr 
fornceu também a instalação técnica com-
pleta inclusive de todas as áreas funcionais, 
como a área de mistura de tinta e também 
a área de eliminação de lamas de tinta com 
arejamento, assim como a purificação do 
Paulo Sentieiro - Dürr Brasil Ltda.
paulo.sentieiro@durr.com.br
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19Março/Abril 2010 :: Mecatrônica Atual
manufatura
F3. Ecopur® TAR compacto, o sistema de purificação de ar térmico.
MA
ar extraído. O sistema de purificação de 
ar térmico do tipo Ecopure® TAR garante 
a limpeza apropriada, retirando a poluição 
de solventes do ar de exaustão. O compacto 
Ecopure® TAR forma a base do sistema. 
Este sistema de purificação constitui-se de 
fornalha, queimador e trocador de calor 
integrado para o pré-aquecimento do ar e foi 
entregue pré-montado em Kassel. Lá, depois 
da montagem dos dutos de ar e da ligação 
eletroeletrônica, o sistema de purificação 
do ar estava em pouco tempo pronto para 
entrar em funcionamento. A energia térmica 
remanescente do gás purificado deixa o apa-
relho compacto por um trocador de calor, 
este por sua vez aproveita a energia térmica 
para aquecimento da estufa da nova insta-
lação. Consequentemente, os eixos pintados 
serão curados 25% com energia regenerada. 
Em produção máxima, isto representa uma 
economia de energia de 80 kWh.
Depois do resfriamento os eixos que 
pesam até 400 kg, deixam a instalação 
de pintura na mesma ordem, em que eles 
entraram. Um sistema de reconhecimento 
automático de peças divide os eixos de acordo 
com seu tipo, em dois pontos de retirada. Nos 
pontos de descarga os guindastes pegam os 
eixos do ‘Transportador Power&Free’ e os 
colocam em carregadores. Cada carregador, 
equipados com cinco eixos, são colocados nos 
caminhões e transportados para a fábrica. 
Os carregadores vazios são transportadosde volta em dois caminhões vazios, que 
são atribuidos aos diferentes eixos, e de lá, 
de novo, levados aos respectivos pontos de 
carregamento.
A Daimler está muito satisfeita com 
a execução e eficiência das instalações na 
fábrica da Mecedes-Benz em Kassel. Além 
da melhoria na qualidade de pintura, os 
tempos de ciclos também puderam ser 
reduzidos em média 10% por eixo.
F1. Pintura de eixo na cabine por um dos robôs da Dürr do tipo EcoRP 6F.
F2. A nova instalação de pintura da Dürr vista por fora.
A Dürr é um grupo de engenharia de máquinas 
e instalações industriais. Cerca de 80% de 
suas transações comerciais são realizadas em 
negócios com a indústria automotiva. Além 
disso, a Dürr abastece a indústria aeronáutica, 
a indústria mecânica e a indústria química e 
farmacêutica com tecnologia inovadora nas 
áreas de produção e meio ambiente. O Grupo 
Dürr atua no mercado em duas áreas empresa-
riais: Sistemas de Pintura e Montagem Final e; 
Máquinas e Sistemas de Medição e Processos. 
A Divisão de Sistemas de Pintura e Montagem 
Final oferece tecnologia de produção e pintura; 
principalmente para carrocerias de automóveis. 
A Dürr está presente em 47 localidades, situa-
das em 21 países.
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20 Mecatrônica Atual :: Março/Abril 2010
manufatura
O
Autômatos 
Programáveis
saiba mais
SEBORG, D. E. et al. Process 
Dynamics and Control. Singa-
pore: Wiley, 1989.
SMITH, C. L. Digital computer 
process control. Scranton, PA: 
Intext Educational Publisher, 1972. 
SALVAGNINI, W. & GEDRAITE, 
R. Rotina de Experimento 
para trocador de calor feixe 
tubular. São Caetano do Sul, SP: 
CEUN-IMT, 2001
Com o objetivo de identificar experimentalmente as funções de 
transferência que representam os comportamentos dinâmicos 
das variáveis de processo que interferem no funcionamento de 
um sistema de limpeza CIP. A meta a ser alcançada consiste em 
definir uma função-objetivo que permita otimizar o processo. 
As funções de transferência obtidas serão empregadas em um 
algoritmo computacional que permitirá a previsão do valor de 
uma variável do processo usada como figura de mérito para a 
análise da otimização alcançada
Ederson C. L. de Oliveira dos Santos
Fabrizio Eduardo Centineo
Giancarlo Rodrigues Puga
Marcio Chiarlitti
Omar Gonzalo Oseguera Perez
Rubens Gedraite 
Leo Kunigk
contato dos alimentos com superfícies mal 
higienizadas pode aumentar a incidência 
de micro-organismos prejudicando sua 
qualidade. A presença de resíduos tam-
bém ocasiona problemas operacionais nos 
equipamentos, pois acarreta queda dos 
rendimentos nas trocas térmicas e aumento 
de perda de carga do sistema. Esses fatores 
são suficientes para justificar a importân-
cia da execução de um correto plano de 
higienização dos insumos utilizados no 
processamento de alimentos.
Por serem procedimentos que reque-
rem paradas de produção, os processos de 
higienização, muitas vezes, são realizados 
de forma negligenciada pelas empresas. 
Portanto, é de fundamental importância 
que sejam estudados e otimizados, através 
Identificação 
Experimental 
do modelo matemático da 
Cinética de remoção de resíduos
do estabelecimento das cinéticas de remoção 
de resíduos de cada etapa do processo.
O estabelecimento do tempo adequado 
ao processo de higienização é fundamental 
para a eficiência do processo. Deve ser 
suficientemente longo para que as reações 
químicas e as interações físicas ocorram a 
contento; mas não deve ser excessivo, pois 
reduziria a produtividade da indústria.
Um processo de higienização é composto 
pelas seguintes etapas: pré-lavagem, ação 
de detergentes, enxágue e sanitização. As 
etapas estudadas serão: a pré-lavagem e o 
enxágue. A primeira consiste na ação de 
água sobre os resíduos para que estes sejam 
parcialmente removidos da superfície dos 
equipamentos; somente os mais fracamente 
aderidos são retirados nesta etapa do pro-
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21Março/Abril 2010 :: Mecatrônica Atual
manufatura
cesso. O enxágue também se caracteriza 
pela passagem de água no equipamento, 
porém com função precípua de remoção 
do detergente químico utilizado.
Dois parâmetros envolvidos nestes 
processos foram objetos de análise neste 
trabalho: vazão de escoamento e tempe-
ratura. O primeiro está relacionado com 
a ação cisalhante proporcionada pela água 
sobre a superfície, enquanto o segundo 
permite melhor solubilização dos resíduos, 
facilitando sua remoção.
O equipamento empregado neste tra-
balho foi um trocador de calor de placas, 
muito utilizado na indústria de derivados 
de leite, porém de difícil higienização, pois 
as temperaturas envolvidas durante seu 
funcionamento acarretam, entre outros, 
desnaturação protéica que dificulta a reti-
rada dos resíduos, obrigando a realização 
de paradas mais frequentes.
O sistema de higienização adotado 
mais comumente em um trocador de calor 
de placas é o CIP (Clean in Place). Este 
método propicia maior rapidez ao processo 
por não haver necessidade de realização de 
desmonte do equipamento.
Em um processo CIP, o tempo de es-
coamento das soluções, em cada etapa do 
processo de higienização, é o parâmetro de 
maior facilidade de manipulação e, por isso, 
o fator preferido de redução. Porém, se for 
alterado de forma não criteriosa, poderá 
ocasionar a não efetividade do processo.
A prática de higienização de equipamen-
tos pela indústria de alimentos baseia-se em 
experiências empíricas, deixando o setor 
à mercê de informações provenientes dos 
fornecedores de detergentes e sanitizantes. 
Parâmetros semi-empíricos são adotados a 
partir de resultados finais de higienização 
considerados satisfatórios. A complexidade 
dos fenômenos existentes nas reações de 
remoção requer o aumento de trabalhos 
científicos que possam contribuir com os 
procedimentos adotados industrialmente. 
Melhorar os resultados de um processo re-
quer a otimização de cada etapa individualmente. 
Portanto, este trabalho procurará determinar a 
cinética de remoção de resíduos em duas etapas 
do processo de higienização de um trocador de 
calor de placas usado na pasteurização de leite: 
pré-enxague através da avaliação da variação 
da concentração de cálcio, ao longo do tempo, 
na água empregada nesta fase; e no enxágue, 
através da análise da variação da alcalinidade, 
ao longo do tempo, da água empregada para 
remoção do detergente alcalino. 
O Processo de Sanitização 
de Instalações Industriais 
Alimentícias
Desde os primórdios da civilização 
humana, a conservação dos alimentos foi 
uma das necessidades do ser humano. Esta 
atividade era essencial para garantir a qua-
lidade dos alimentos durante o período de 
inverno ou durante deslocamentos.
Vários tipos de sistemas de conservação 
dos alimentos foram desenvolvidos ao longo 
dos séculos: salgar e defumar carnes e pei-
xes, secar ao sol carnes e frutas, etc. Mais 
recentemente, após os trabalhos de Louis 
Pasteur, passou-se a utilizar a técnica de 
ferver os alimentos e mantê-los hermeti-
camente selados para evitar a entrada de 
ar e de microrganismos. 
Com o advento da era industrial os ali-
mentos passaram a ser processados e várias 
tecnologias foram criadas para sua elaboração, 
manuseio, conservação e transporte. O pro-
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22 Mecatrônica Atual :: Março/Abril 2010
manufatura
cessamento dos alimentos por máquinas levou 
à necessidade do desenvolvimento de várias 
técnicas para a limpeza das mesmas após o 
seu uso, de maneira a não deixar resíduos 
onde pudessem proliferar microrganismos 
que iriam contaminar outros alimentos a 
serem processados posteriormente.
A limpeza e a subsequente esteriliza-
ção ou desinfecção de qualquer item, ou 
equipamento deuma instalação industrial 
de processamento de alimentos, produtos 
farmacêuticos ou de bebidas, deve ser reali-
zada com o máximo cuidado e atenção para 
assegurar a qualidade do produto final.
No início, o processo de limpeza, era um 
processo manual, o qual ainda é utilizado 
em instalações industriais de pequeno porte. 
Nestes casos, é vital que haja uma meticulosa 
atenção nos detalhes, pois, devido a razões 
de saúde e segurança, somente soluções 
químicas brandas e frias (detergentes) 
podem ser empregadas. 
A fabricação de produtos farmacêuticos, 
alimentícios e bebidas seria grandemente 
facilitada se os equipamentos e tubulações 
usados em seu processamento pudessem 
ser desmontados, postos em uma pia, 
vigorosamente escovados e então colo-
cados em um esterilizador para remover 
os contaminantes (HARROLD, 2000). 
Obviamente que a as técnicas de limpeza 
empregadas em laboratório são impraticá-
veis na maioria das instalações industriais 
de grande escala de produção. Os vasos, 
equipamentos e tubulações devem ser 
limpos no local onde estão instalados. O 
Processo de Limpeza no Local (“Clean 
in Place” – CIP) é um dos processos de 
limpeza mais comumente utilizados na 
indústria para assegurar que as tubulações 
e os equipamentos estejam livres de conta-
minantes orgânicos e inorgânicos.
O processo de limpeza CIP pode ser 
executado tanto de forma manual quanto 
de forma automática. Nos processos exe-
cutados de forma manual, é o operador 
do processo quem executa as manobras 
necessárias nas válvulas e equipamentos, 
bem como o controle dos parâmetros do 
processo, a saber: tempos, temperaturas 
e concentrações. Nos processos executa-
dos de forma automática, é tipicamente 
empregado um CLP para executar as 
sequências de operações requeridas e 
assim realizar um controle total sobre 
os parâmetros do processo.
Diferentes receitas de controle para sis-
temas CIP podem ser pré-programadas no 
CLP, conferindo uma grande versatilidade 
aos mesmos para a execução de limpeza em 
diferentes equipamentos.
Na sequência, será apresentada, de 
forma simplif icada, um sistema CIP 
composto por três tanques e as etapas 
típicas que este deve atender (ZIEMANN-
LIES, s.d.).
A primeira etapa consiste no pré-enxá-
gue do equipamento do processo com água 
recuperada proveniente do tanque de água 
recuperada. Esta pré-lavagem visa remover 
do equipamento do processo, e também das 
tubulações, todo material sólido porventura 
existente e/ou líquidos residuais que ainda 
permanecem no equipamento do proces-
so e nas tubulações. Adicionalmente, é 
executado o pré-aquecimento desta água 
de pré-enxágue para evitar que ocorra o 
choque térmico no sistema a ser limpo. O 
aquecimento é feito até a temperatura típica 
de 50 ºC, sendo a água recuperada trans-
portada através do sistema formado pelas 
tubulações e pelo equipamento de processo 
por meio de bomba centrífuga. A água de 
pré-enxágue efluente do equipamento do 
F1. Pré-enxágue do sistema em estudo com água recuperada.
F2. Limpeza do sistema em estudo com solução de soda cáustica.
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23Março/Abril 2010 :: Mecatrônica Atual
manufatura
processo é descartada. A figura 1 mostra 
esta etapa do processo. 
A segunda etapa consiste na limpeza do 
equipamento do processo com uma solução 
de soda cáustica proveniente do tanque de 
soda quente. Nesta etapa, uma solução de 
soda cáustica (detergente) previamente 
preparada é encaminhada ao equipamento 
de processo para a limpeza do mesmo. Esta 
solução é aquecida até a temperatura ade-
quada de trabalho (85 ºC) e é feita escoar 
através do processo em circuito fechado, 
retornando ao tanque de soda quente. A 
figura 2 ilustra esta etapa do processo.
A terceira etapa consiste no enxágue 
intermediário com água tratada prove-
niente da rede de utilidades. Tipicamente, 
esta água de enxágue intermediário é 
pré-aquecida a 50 ºC com o objetivo de 
manter aquecido todo o circuito a ser 
limpo. A etapa de enxágue intermedi-
ário visa remover o detergente (solução 
de soda cáustica) do sistema. A água de 
enxágue ef luente do equipamento de 
processo é feita retornar ao tanque de água 
recuperada, sendo a duração desta etapa 
definida pela condutividade elétrica da 
água efluente. A operação é interrompida 
F3. Enxágue intermediário do sistema em estudo com água tratada.
F4. Esterilização do sistema em estudo com água quente.
quando a concentração de resíduos de 
soda cáustica na água for inferior a um 
valor mínimo pré-estabelecido. A figura 
3 exibe esta etapa do processo.
A quarta etapa consiste na esteriliza-
ção do equipamento do processo com o 
emprego de água quente proveniente do 
tanque de água quente. Tipicamente, esta 
água de esterilização do equipamento deve 
ser pré-aquecida a 90 ºC e feita circular 
através do equipamento em circuito fechado 
durante, pelo menos, 15 minutos. A figura 
4 demonstra esta etapa do processo.
A quinta etapa consiste no enxágue 
final do equipamento de processo com 
água tratada proveniente da rede de 
utilidades. Tipicamente, esta água de 
enxágue final é pré-aquecida a 50 ºC para 
evitar o choque térmico no equipamento 
de processo e, na sequência, deve ser 
gradualmente resfriada até a temperatura 
ambiente. Este resfriamento gradual visa 
promover a diminuição da temperatura 
do equipamento de processo, deixando-
o em condições adequadas de posterior 
utilização. A água tratada ef luente do 
equipamento do processo pode ser dire-
cionada ao tanque de água recuperada, 
ou descartada para dreno. A figura 5 
ilustra esta etapa do processo.
Materiais e Métodos
No intuito de se alcançar o objetivo 
proposto neste trabalho, foi eleito o 
trocador de calor existente na instalação 
piloto do bloco I para servir de protótipo 
de planta industrial a ser submetida ao 
processo de limpeza CIP. Foi escolhido 
o leite como matéria- prima alimentar a 
ser estudada, por se tratar de alimento 
tipicamente consumido em larga escala 
no mercado brasileiro e cujo processa-
mento industrial usa em larga escala os 
sistemas de limpeza CIP.
Materiais Utilizados 
A figura 6 representa o sistema utili-
zado para obtenção dos dados necessários 
ao modelamento matemático da cinética 
de remoção dos resíduos das paredes do 
trocador de calor.
O funcionamento do sistema estudado 
é definido pela circulação do produto 
pelos tubos, promovido por uma bomba 
de deslocamento positivo (1), fazendo 
com que o f luido do processo no estado 
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24 Mecatrônica Atual :: Março/Abril 2010
manufatura
líquido seja submetido a 4 passagens no 
interior dos tubos do trocador de calor. 
A bomba centrífuga (2) é responsável 
pela circulação da água de aquecimento 
através da carcaça do trocador de calor. 
A temperatura da água de aquecimento é 
controlada através da válvula de controle (3) 
que é responsável por ajustar a quantidade 
do vapor, gerado por uma caldeira do tipo 
flamo tubular instalada em ambiente pró-
prio e adequado para o seu funcionamento 
adequado e seguro.
Neste trabalho, o trocador de calor foi 
o ambiente de estudo. Nele foi promovida 
a sujidade para posterior estudo do pro-
cesso de limpeza (ambos serão descritos 
posteriormente).
No desenvolvimento deste trabalho 
foram utilizados os seguintes materiais e 
equipamentos:
Trocador de calor do tipo feixe tubular 
existente na planta- piloto do Bloco 
I do CEUN-IMT;
Sistema integrado de aquecimento 
do f luido de processo, composto 
por: (i)- bomba centrífuga; (ii)- 
bomba de deslocamento positivo; 
(iii)- reservatório intermediário de 
armazenamento de água quente; 
(iv)- tanque intermediário de armaze-
namento de produto a ser processado 
termicamente; (v)- tubulação de 
processo e (vi)-válvulas de controle 
e de bloqueio;
Caldeira flamotubular para geração de 
vapor de água usado no aquecimento 
do sistema estudado; 
Microcomputador do tipo PC usado 
para a coleta eletrônica e armaze-
namento dos dados de interesse do 
processo;
Sistema eletrônico de coleta de dados 
marca NATIONAL® formado por 
Placa Eletrônica modelo NI PCI-6259 
e software LABVIEW®;
Elementos sensores de temperatura 
do tipo termoresistor Pt 100Ω (04 
peças);
Medidor de Vazão marca METRO-
VAL, que opera pelo princípio das 
engrenagens ovais;
Inversor de frequência marca ABB;
Medidor de pH, marca MICRONAL, 
modelo B-474;
Válvula pneumática de 3 vias e 2 posições, 
Marca FESTO, modelo MPPE-3-1/2-
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
1-010-B, com controle proporcional de 
pressão de 0 a 1 bar por meio de sinal 
Elétrico de 0 a 10 Vcc (linear);
Controlador lógico programável, marca 
FESTO, modelo CPX (197330);
Aplicativo computacional FST, marca 
FESTO, usado para a configuração do 
controlador lógico programável;
Fonte de Tensão, marca MURR, 
modelo 85162, com tensão de entrada 
variável entre 95 V e 265 V e tensão 
•
•
•
de saída constante e igual a 24 Vcc 
com capacidade máxima de corrente 
de saída igual a 2,5 A 
Leite em pó integral e instantâneo 
da marca VENCEDOR.
Metodologia empregada
Para se obter os dados experimentais, o 
primeiro passo foi fazer com que o trocador 
de calor entrasse em regime estacionário 
com relação ao balanço térmico. Isto foi 
•
F5. Resfriamento do sistema em estudo com água tratada proveniente da rede.
F6. Trocador de calor de feixe tubular de contato indireto.
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25Março/Abril 2010 :: Mecatrônica Atual
manufatura
alcançado colocando-se o controlador em 
modo automático e injetando-se vapor de 
água saturado a 1,5 kgf ∕cm2 na entrada 
do casco. Este vapor de água é misturado 
com a água no estado líquido proveniente 
de um reservatório cilíndrico vertical. Este 
reservatório desempenha o papel de um 
sistema de acúmulo de energia.
Foram realizados seis experimentos man-
tendo duas variáveis constantes e aplicando um 
degrau na terceira variável considerada. 
Para o procedimento de sujar o trocador 
de calor estudado visando a sua posterior 
limpeza, foi utilizado leite em pó integral 
instantâneo como agente incrustante do 
sistema estudado. Vale ressaltar que na 
etapa inicial dos trabalhos foram realizados 
testes com bicarbonato de cálcio, soro e 
maizena. Contudo, os resultados não fo-
ram satisfatórios. Para cada ensaio, foram 
dissolvidos 5 kg de leite em 40l de água. 
Na sequência, o leite em pó reconstituído 
foi feito circular pelo trocador de calor na 
temperatura de 85 °C por aproximadamente 
uma hora.
O procedimento de limpeza do trocador 
de calor foi iniciado logo após o sistema ter 
sido submetido ao processo de incrustação 
pelos resíduos do leite, conforme descrito 
na sequência:
Foi executada a retirada manual de 
todo leite que se encontrava no interior 
dos tubos do trocador de calor;
•
F7. Placa de aquisição de dados usada no trabalho. F8. Régua de bornes usada no trabalho.
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26 Mecatrônica Atual :: Março/Abril 2010
manufatura
O trocador de calor foi deixado em 
repouso por aproximadamente uma 
hora para que fosse consolidado o 
processo de incrustação nas paredes 
do mesmo;
Foi preparada uma solução de NaOH 
a 0,5% em peso que foi o detergente 
utilizado para realizar a limpeza;
Foi executado o ajuste do valor dos 
parâmetros que interferem diretamen-
te no processo de limpeza, a saber: 
temperatura, vazão e concentração 
do agente de limpeza;
A vazão do detergente – solução de 
NaOH – foi feita escoar através dos 
tubos do trocador de calor por uma 
hora. Tanto a temperatura de saída dos 
tubos do trocador de calor quanto a 
vazão da solução foram controladas. 
O pH da solução foi monitorado 
utilizando o aplicativo desenvolvido 
para monitoração, armazenamento de 
dados e controle do sistema em estudo. 
Os dados foram armazenados, para 
posterior emprego na identificação 
experimental do modelo matemático 
da planta. 
Depois de concluída a etapa ante-
rior, foi feita a retirada manual do 
detergente que ainda permanecia 
no interior dos tubos do trocador 
de calor. 
Na sequência, foi executada a ve-
rificação visual da efetividade da 
limpeza efetuada com o emprego 
do detergente.
Depois de executada a etapa descrita 
no item anterior, foi circulada água 
de enxágue para retirar os resíduos 
remanescentes do detergente de dentro 
dos tubos do trocador de calor.
Após o cumprimento das etapas ante-
riormente citadas, o trocador de calor pode 
ser considerado limpo.
O SECD utilizado foi composto dos 
seguintes itens: (i)- um microcomputador 
do tipo PC já existente; (ii)- uma placa 
de aquisição de dados do fabricante NA-
TIONAL INSTRUMENTS, modelo: 
NI PCI-6259, com capacidade para até 4 
saídas analógicas de 16 bits, 48 entradas e 
saídas digitais e faixa de operação de -10 V 
a +10 V e (iii)- do aplicativa LABVIEW®, 
empregado para realizar o monitoramento, 
aquisição de dados e controle do processo. 
A figura 7 apresenta uma ilustração da 
•
•
•
•
•
•
•
F9. Diagrama de blocos do LABVIEW®.
F10. Gráfico representando o comportamento das temperaturas durante 
processo de limpeza do trocador de calor, no experimento 1.
F11. Gráfico representando o comportamento do pH durante processo 
de limpeza do trocador de calor, no experimento 1. 
MA45_Identificação.indd 26 27/5/2010 17:25:20
27Março/Abril 2010 :: Mecatrônica Atual
manufatura
F12. Gráfico representando o comportamento das temperaturas durante 
processo de limpeza do trocador de calor, no experimento 2. 
F13. Gráfico representando o comportamento do pH durante processo 
de limpeza do trocador de calor, no experimento 2. 
F14. Gráfico representando o comportamento da vazão durante processo 
de limpeza do trocador de calor, no experimento 2.
placa de aquisição de dados utilizada e a 
figura 8 mostra a placa borneira empregada 
nos experimentos.
Foram utilizadas quatro entradas analó-
gicas para a medição das temperaturas, uma 
entrada analógica para medição da vazão, uma 
saída analógica para controle do inversor de 
frequência e uma saída analógica para controle 
da válvula proporcional de pressão.
Posteriormente, foi desenvolvida a 
configuração de aplicativo computacional 
dedicado à coleta dos dados adquiridos em 
experimentos realizados.
O aplicativo LabVIEW® (acrônimo 
para Laboratory Virtual Instrument Engi-
neering Workbench) é uma linguagem de 
programação gráfica criada pela empresa 
NATIONAL INSTRUMENTS. A primei-
ra versão surgiu em 1986 para máquinas 
Macintosh e atualmente existem também 
ambientes de desenvolvimento integrados 
para os Sistemas Operacionais Windows®, 
Linux e Solaris®.
Os principais campos de aplicação do 
LabVIEW® são a realização de medições 
e a automação. A programação é feita de 
acordo com o modelo de fluxo de dados, 
o que oferece a esta linguagem vantagens 
para a aquisição de dados e para a sua 
manipulação. 
Os instrumentos que compõem os pro-
gramas escritos na linguagem do LabVIEW® 
são chamados de instrumentos virtuais ou, 
simplesmente, VIs. São compostos pelo 
painel frontal, que contém a interface, e pelo 
diagrama de blocos, que contém o código 
gráfico do programa. O programa não é 
processado por um interpretador, mas sim 
compilado. Deste modo, o seu desempenho 
é comparável ao exibido pelas linguagens 
de programação de alto nível. A linguagem 
gráfica do LabVIEW® é chamada “G”. 
(http://pt.wikipedia.org/wiki/Labview, 
acessado em 10 de outubro de 2009).
O desenvolvimento do programa prin-
cipal foi elaborado através

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