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2016822 172126 Política+Nacional+de+Assistência+Social

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Política Nacional de 
Assistência Social 
(PNAS/2004) 
Estágio Básico III 
Pedro Figueiredo 
Faculdade Esuda 
Constituição Federal 1988 
• Reconheceu a assistência social como política pública de caráter 
universal nos artigos 203 e 204 
Art. 203. A assistência social será prestada a quem dela 
necessitar, independentemente de contribuição à seguridade 
social, e tem por objetivos: 
 I - a proteção à família, à maternidade, à infância, à 
adolescência e à velhice; 
 II - o amparo às crianças e adolescentes carentes; 
 III - a promoção da integração ao mercado de trabalho; 
 IV - a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de 
deficiência e a promoção de sua integração à vida comunitária; 
 V - a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à 
pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não 
possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la provida 
por sua família, conforme dispuser a lei. 
 
Lei Orgânica de Assistência Social 
(LOAS/1993) 
• Regulamentou a Assistência indicando programas 
contínuos e sistemáticos, benefícios e serviços para 
aqueles que dela necessitavam. 
Art. 1º A assistência social, direito do cidadão e dever do 
Estado, é Política de Seguridade Social não contributiva, 
que provê os mínimos sociais, realizada através de um 
conjunto integrado de ações de iniciativa pública e da 
sociedade, para garantir o atendimento às necessidades 
básicas. 
PNAS (2004) / NOB-SUAS (2005) 
• Como consequência da concepção de Estado mínimo e 
de política pública restritiva de direitos, deu-se a 
precarização do trabalho e a falta de renovação de 
quadros técnicos, criando enorme defasagem de 
profissionais qualificados; com um enorme contingente 
de pessoal na condição de prestadores de serviços, sem 
estabilidade de emprego, sem direitos trabalhistas e 
sem possibilidade de continuidade das atividades. 
PNAS (2004) / NOB-SUAS (2005) 
• Marcam um novo momento para a política exigindo um 
reordenamento das ações em todo país 
 
• Leva em conta três vertentes: as pessoas, as suas 
circunstâncias, e seu núcleo de apoio primeiro: a 
família 
 
• A proteção social exige a capacidade de maior 
aproximação possível do cotidiano da vida das pessoas, 
pois é nele que riscos, vulnerabilidades se constituem 
PNAS (2004) / NOB-SUAS (2005) 
• SUAS: Sistema hierarquizado de proteção social (básica 
e especial de média e alta complexidade), que se 
organiza através de um complexo de programas, 
projetos, benefícios e serviços, levando em 
consideração o porte dos municípios, o planejamento 
técnico e financeiro e o processo de aquisição do 
vínculo SUAS (CRAS e CREAS) 
 
Lei 12.345/2011 
Art. 2o A assistência social tem por objetivos: 
I - a proteção social, que visa à garantia da vida, à redução de danos e à prevenção da incidência de 
riscos, especialmente: 
a) a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice; 
b) o amparo às crianças e aos adolescentes carentes; 
c) a promoção da integração ao mercado de trabalho; 
d) a habilitação e reabilitação das pessoas com deficiência e a promoção de sua integração à vida 
comunitária; e 
e) a garantia de 1 (um) salário-mínimo de benefício mensal à pessoa com deficiência e ao idoso que 
comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção ou de tê-la provida por sua família; 
II - a vigilância socioassistencial, que visa a analisar territorialmente a capacidade protetiva das 
famílias e nela a ocorrência de vulnerabilidades, de ameaças, de vitimizações e danos; 
III - a defesa de direitos, que visa a garantir o pleno acesso aos direitos no conjunto das provisões 
socioassistenciais. 
Parágrafo único. Para o enfrentamento da pobreza, a assistência social realiza-se de forma integrada 
às políticas setoriais, garantindo mínimos sociais e provimento de condições para atender 
contingências sociais e promovendo a universalização dos direitos sociais.” 
Modelo Protetivo: O estado de 
bem-estar social 
• Antes de 1988, o que acontecia com os pobres? 
• Função ou capacidade protetiva da família: 
• Vulnerabilidade (ciclo de vida) 
• Acessar objetivamente renda, habitação, saúde e educação 
• Acessar subjetivamente valores, afetos, vínculos 
 
• Função protetiva significa alcançar um patamar mínimo, 
aquisições objetivas e subjetivas para a equidade 
 
• O que significa então Proteção Social? 
Modelo Protetivo: O estado de 
bem-estar social 
Entende-se por Proteção Social as formas “institucionalizadas que 
as sociedades constituem para proteger parte ou o conjunto de 
seus membros. Tais sistemas decorrem de certas vicissitudes da 
vida natural ou social, tais como a velhice, a doença, o infortúnio 
as privações. (...) Neste conceito, também, tanto as formas 
seletivas de distribuição e redistribuição de bens materiais 
(como a comida e o dinheiro), quanto os bens culturais (como os 
saberes), que permitirão a sobrevivência e a integração, sob várias 
formas na vida social. Ainda, os princípios reguladores e as normas 
que, com intuito de proteção, fazem parte da vida das 
coletividades”. 
Modelo Protetivo: O estado de 
bem-estar social 
• A proteção social deve garantir as seguintes seguranças: 
• segurança de sobrevivência (de rendimento e de autonomia); 
• de acolhida; 
• de convívio ou vivência familiar. 
Princípios 
A Política Nacional de Assistência Social rege-se pelos seguintes princípios 
democráticos: 
I – Supremacia do atendimento às necessidades sociais sobre as exigências 
de rentabilidade econômica; 
II – Universalização dos direitos sociais, a fim de tornar o destinatário da ação 
assistencial alcançável pelas demais políticas públicas; 
III – Respeito à dignidade do cidadão, à sua autonomia e ao seu direito a 
benefícios e serviços de qualidade, bem como à convivência familiar e 
comunitária, vedando-se qualquer comprovação vexatória de necessidade; 
IV – Igualdade de direitos no acesso ao atendimento, sem discriminação de 
qualquer natureza, garantindo-se equivalência às populações urbanas e rurais; 
V – Divulgação ampla dos benefícios, serviços, programas e projetos 
assistenciais, bem como dos recursos oferecidos pelo Poder Público e dos 
critérios para sua concessão 
Diretrizes 
I - Descentralização político-administrativa, cabendo a coordenação e as normas 
gerais à esfera federal e a coordenação e execução dos respectivos programas 
às esferas estadual e municipal, bem como a entidades beneficentes e de 
assistência social, garantindo o comando único das ações em cada esfera de 
governo, respeitando-se as diferenças e as características socioterritoriais 
locais; 
II – Participação da população, por meio de organizações representativas, 
na formulação das políticas e no controle das ações em todos os níveis; 
III – Primazia da responsabilidade do Estado na condução da Política de 
Assistência Social em cada esfera de governo; 
IV – Centralidade na família para concepção e implementação dos 
benefícios, serviços, programas e projetos. 
 
Objetivos 
• Prover serviços, programas, projetos e benefícios de proteção social básica e, 
ou, especial para famílias, indivíduos e grupos que deles necessitarem. 
• Contribuir com a inclusão e a equidade dos usuários e grupos específicos, 
ampliando o acesso aos bens e serviços socioassistenciais básicos e especiais, 
em áreas urbana e rural. 
• Assegurar que as ações no âmbito da assistência social tenham centralidade 
na família, e que garantam a convivência familiar e comunitária. 
Usuários 
Constitui o público usuário da Política de Assistência Social, cidadãos e grupos 
que se encontram em situações de vulnerabilidade e riscos, tais como: famíliase indivíduos com perda ou fragilidade de vínculos de afetividade, 
pertencimento e sociabilidade; ciclos de vida; identidades estigmatizadas em 
termos étnico, cultural e sexual; desvantagem pessoal resultante de 
deficiências; exclusão pela pobreza e, ou, no acesso às demais políticas 
públicas; uso de substâncias psicoativas; diferentes formas de violência advinda 
do núcleo familiar, grupos e indivíduos; inserção precária ou não inserção no 
mercado de trabalho formal e informal; estratégias e alternativas diferenciadas 
de sobrevivência que podem representar risco pessoal e social. 
Proteções da Assistência Social 
• Proteção Social Básica 
• Proteção Social Especial de Média Complexidade 
• Proteção Social Especial de Alta Complexidade 
Proteção Social Básica 
• A proteção social básica tem como objetivos prevenir situações de risco por 
meio do desenvolvimento de potencialidades e aquisições, e o fortalecimento 
de vínculos familiares e comunitários. Destina-se à população que vive em 
situação de vulnerabilidade social decorrente da pobreza, privação (ausência 
de renda, precário ou nulo acesso aos serviços públicos, dentre outros) e, ou, 
fragilização de vínculos afetivos – relacionais e de pertencimento social 
(discriminações etárias, étnicas, de gênero ou por deficiências, dentre 
outras). 
 
• Tem como ações: serviços, programas, projetos e benefícios 
Proteção Social Básica 
• CRAS (Centro de Referência em Assistência Social) 
• Serviço de Proteção Integral à Família (PAIF). 
• Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (0-6; 07-15; 15-18; 
Idosos e Pessoas com Deficiência) 
• Serviço de Proteção Social Básica no Domicílio Para Pessoas com Deficiência e 
Idosos. 
 
Proteção Social Especial – Média 
Complexidade 
• CREAS (Centro Especializado de Assistência Social) 
• Serviço de Proteção e Atendimento Especializado à Famílias e Indivíduos 
(PAEFI); 
• Serviço Especializado em Abordagem Social; 
• Serviço de Proteção Social à Adolescentes em Cumprimento de Medidas 
Socioeducativas de LA e PSC; 
• Serviço de Proteção Especial para Pessoas com Deficiência, Idosos e suas 
Famílias; 
• Serviço Especializado para Pessoas em Situação de Rua. 
Proteção Social Especial – Alta 
Complexidade 
• Serviço de Acolhimento Institucional (Abrigo, Casa Lar, Casa de Passagem e 
Residência Inclusiva); 
• Serviço de Acolhimento em República; 
• Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora; 
• Serviço de Proteção em Situação de Calamidade Públicas e de Emergência.

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