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Avaliação Final Literatura Port

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Avaliação: CEL0244_AV_201607399059 » LITERATURA PORTUGUESA
	Tipo de Avaliação: AV
	Aluno: 201607399059 - THALYTTA HUYARA VALE DA SILVA MOTTA
	Professor:
	ANGELA CRISTINA DE SOUZA REGO
	Turma: 9001/AA
	Nota da Prova: 6,0    Nota de Partic.: 0   Av. Parcial 2  Data: 24/11/2017 16:29:28
	
	 1a Questão (Ref.: 201608314973)
	Pontos: 1,0  / 1,0
	Em 1547, Camões embarcou como soldado para a África, onde, em combate, perdeu o olho direito. Em 1552, estava de volta a Portugal e, numa briga, feriu um dos funcionários reais e foi preso. EM 1553, voltou a embarcar, desta vez, para as Índias, onde participou de expedições militares. Em 1570, reapareceu em Lisboa com o manuscrito do poema Os Lusíadas, que publicou em 1572. Abaixo, seguem as duas primeiras estrofes:
As armas e os barões assinalados
Que da Ocidental praia Lusitana,
Por mares nunca dantes navegados
Passaram ainda além da Taprobana,
Em perigos e guerras esforçados
Mais do que prometia a força humana
E entre gente remota edificaram
Novo Reino, que tanto sublimaram;
 
E também as memórias gloriosas
Daqueles Reis que foram dilatando
A Fé, o Império, e as terras viciosas
De África e de Ásia andaram devastando,
E aqueles que por obras valerosas
Se vão da lei da Morte libertando
Cantando espalharei por toda a parte
Se a tanto me ajudar o engenho e arte.
(Luís de Camões, Os Lusíadas (1572) Canto I, 1 e 2)
Nas estrofes acima, encontramos a apresentação do tema central da obra de Camões e também a  figura do herói. Quem é o herói da epopeia "Os lusíadas"?
		
	Resposta: O narrador, que sobrevive a todas as aventuras e agora pode contar suas histórias a toda parte.
	Gabarito:O herói da epopeia camoniana  é o próprio povo português( os "barões assinalados"), que está representado na figura de Vasco da Gama.
	
	
	 2a Questão (Ref.: 201608318087)
	Pontos: 0,0  / 1,0
	"A poesia de Camilo Pessanha dá especial destaque à musica (...). Os recursos expressivos de que o poeta de serve, como a aliteração, o eco, a assonância, a utilização de temas e variações, ao contrário de muitos poetas de sua geração, não constituem somente recursos formal, calculada redundância para mimetizar o som de instrumentos musicais". (Massaud Moisés in A Literatura Portuguesa em perspectiva) Pensando nessa afirmação, como se pode perceber musicalidade no poema abaixo?
AO LONGE OS BARCOS DE FLORES
Só, incessante, um som de flauta chora,
Viúva, grácil, na escuridão tranquila,
¿ Perdida voz que de entre as mais se exila,
¿ Festões de som dissimulando a hora ¿
 
Na orgia, ao longe, que em clarões cintila
E os lábios, branca, do carmim desflora...
Só, incessante, um som de flauta chora,
Viúva, grácil, na escuridão tranquila.
 
E a orquestra? E os beijos? Tudo a noite, fora,
Cauta, detém. Só modulada trila
A flauta flébil... Quem há de remi‐la?
Quem sabe a dor que sem razão deplora?
 
Só, incessante, um som de flauta chora...
 
*Cauta: cautelosa;  Deplora: lastima; Festões: ramalhetes de flores; Flébil: lastimosa; Grácil: delicada, fina;  Remir: livrar dos sofrimentos; Trilar: tocar, soar.
		
	Resposta: Pelas repetições de - som da flauta chora. Expressando que o enrredo do poema acontece no meio de uma canção.
	Gabarito:A musicalidade está presente no esquema de rimas, na repetição de fonemas dentro do mesmo verso ("flauta flébil", "Na orgia, ao longe") e na repetição do em todas as  estrofes do verso "Só, incessante, um som de flauta chora".
	
	
	 3a Questão (Ref.: 201607563835)
	Pontos: 1,0  / 1,0
	A lírica medieval galaico-portuguesa possuiu características próprias, uma grande produtividade e um número considerável de autores conservados. Quatro teses fundamentais  explicam  a origem da  poesia medieval ou trovadoresca: a tese arábica, a tese folclórica, a tese médio-latinista e a tese litúrgica. A opção que explica a tese médio-latinista, é a que:
		
	
	a considera fruto da poesia litúrgico-cristã.
	 
	teria origem na literatura latina durante a Idade Média.
	
	foi originada das produções poéticas dos nobres portugueses.
	
	a que considera a cultura arábica como sua velha raiz.
	
	a julga criada pelo próprio povo.
	
	
	 4a Questão (Ref.: 201607671755)
	Pontos: 0,0  / 1,0
	A obra de Gil Vicente tem como pano de fundo um período importante da história de Portugal, o século XVI, época das grandes navegações e do Humanismo. Sobre as inovações dramatúrgicas do teatro de Gil Vicente, podemos afirmar que:
		
	
	O desejo de ascensão social é muito criticado nas personagens, pois demonstraria um caráter questionável e uma postura ambiciosa, egoísta e, muitas vezes, corrupta.
	 
	Uma das críticas principais de Gil Vicente se referia ao desprezo pelo trabalho braçal, em decorrência do lucro fácil trazido pelas navegações; tal crítica é muito clara no Auto da Barca do Inverno, que de acordo com um dos personagens pelejar e roubar era o objetivo de todos.
	
	A população de Lisboa aumentou e uma diversidade de tipos sociais, advindos de várias regiões do país, serviu de matéria para a obra vicentina.
	
	As ações do drama vicentino representavam o choque entre os valores humanistas e medievais e a desorganização social.
	 
	Seu teatro faz críticas severas a uma sociedade que experimenta uma modificação profunda e ainda não sabe como reorganizar os seus valores, poupando, apenas o campesinato, por reconhecer a vida miserável, à qual esse grupo estava submetido.
	
	
	 5a Questão (Ref.: 201607671805)
	Pontos: 1,0  / 1,0
	Marque a alternativa que não se constitui uma característica do lirismo de Luis de Camões:
		
	
	O jogo de ideias antitéticas presentes na poética camoniana já anunciaria uma sensibilidade conceptualista, que desabrocharia com força na poesia barroca.
	
	A temática da lírica erudita camoniana versa sobre questões filosóficas e existenciais e revela um pensamento complexo e tenso.
	
	A forma poética medieval, em sua clave popular, tensiona-se com a presença de um jogo intelectualizado de contraposição de ideias.
	 
	A temática do paradoxo amoroso e da contradição entre o desejo e o amor, próprias da poesia renascentista, são influências da poesia de Sá de Miranda.
	
	O lirismo tradicional camoniano dialoga com as produções medievais, especialmente em seus aspectos populares, como o emprego da medida velha e de temáticas relacionadas à vida no campo
	
	
	 6a Questão (Ref.: 201607671825)
	Pontos: 1,0  / 1,0
	A epopeia ganhou destaque na literatura classicista e, em Portugal, ia ao encontro da urgência de cantar as grandes conquistas vividas pelo país na era moderna. Camões criou uma épica para esse tempo moderno português, Os Lusíadas. Sobre esta epopeia, podemos afirmar:
		
	
	O divino e o humano são expressos de maneira pacífica, pois esta era a visão do novo homem que emergia.
	
	A inserção da personagem de ¿O velho do restelo¿ na narrativa é uma herança da Antiguidade Clássica, importante, trazida por Camões à épica, pois apresenta uma visão relativa do acontecimento histórico celebrado na epopeia, como faziam os gregos.
	
	A presença categórica e única da visão de mundo humanista, deixando para trás os valores medievais.
	 
	A dialética entre o imaginário medieval e a visão de mundo humanista vem à tona no poema, apresentando-se como uma característica marcante de Os Lusíadas.
	
	Os processos de expansão marítima não foram aludidos pela epopeia camoniana.
	
	
	 7a Questão (Ref.: 201607671839)
	Pontos: 0,0  / 1,0
	Os sermões do Padre António Vieira foram instrumentos expressivos de sua reflexão sobre questões de seu tempo. A obra de Vieira esteve afinada com o estilo da linguagem de sua época, em que a habilidade do artista e o domínio das convenções poéticas convergiam para um elemento importante da expressão barroca: o discurso engenhoso. Sobreo discurso engenhoso na obra de Vieira, é correto afirmar:
		
	
	Há, nos sermões, uma oposição profunda ao conceptismo, visto por Vieira como um discurso fútil, manipulador e nocivo.
	
	Apesar de sua aderência aos princípios da agudeza, típicos do universo artístico barroco, a parenética em Vieira sustenta-se em uma linguagem herdada da Antiguidade Clássica.
	 
	O estilo adotado para a construção do discurso engenhoso, por Vieira, é claramente o cultista.
	
	O alvo das críticas de Vieira ao conceptismo está no uso de proporções contrastantes obtidas pelo emprego de antíteses, responsável pelo sermão em xadrez de palavras.
	 
	A expressão da agudez em seus sermões é organizada por elementos como o esforço de criação de cadeias de imagens correspondentes, o uso da hipérbole e as imagens representadas com precisão.
	
	
	 8a Questão (Ref.: 201607671859)
	Pontos: 1,0  / 1,0
	Durante o Iluminismo português, é fundada, em 1756, uma associação literária nos moldes das que já se uniam sob a égide da expressão arcádica, em um movimento iniciado pela Arcádia Romana, criada décadas antes. Tratava-se da Arcádia Lusitana, cujo lema era Inutilia Truncat, ou seja, eliminar o inútil. Tal lema apontava para a exigência de uma arte despida do que se percebia como os excessos do barroco. A respeito do Arcadismo em Portugal é incorreto afirmar:
		
	
	O Arcadismo celebrava um modo ideológico e estético de representação que aludia à simplicidade, ao equilíbrio e à harmonia, já visitados pelo Classicismo do século XVI, identificava uma postura contrária aos exageros presentes nos modos de viver do clero e da nobreza.
	
	A percepção clássica da Natureza como um locus amoenus, ou seja, como um espaço de acolhimento contraposto ao espaço urbano repleto de vícios e ilusões, é difundida.
	
	Os escritores árcades valeram-se de traços do movimento classicista quinhentista.
	
	A repulsa aos excessos e ao rebuscamento da expressão barroca ia ao encontro da crescente repulsa ao estilo de vida da aristocracia e do clero, vistos como decadentes, em um momento no qual a burguesia ganhava força nas esferas social, econômica, política e cultural.
	 
	Segundo Nicolas Boileau, o processo de construção do texto literário árcade prevê dois momento, um deles seria a organização do poema, a partir da subjetividade e da liberdade do poeta, em relação ao tema e o planejamento de sua estrutura, respectivamente.
	
	
	 9a Questão (Ref.: 201607564786)
	Pontos: 0,5  / 0,5
	No trecho extraído de O Primo Basílio, de Eça de Queirós, a opção que melhor demonstra a ociosidade da vida da personagem Luísa, cujo marido (Jorge) está viajando a trabalho, é:
Havia doze dias que Jorge tinha partido e, apesar do calor e da poeira, Luísa vestia-se para ir à casa de Leopoldina. Se Jorge soubesse não havia de gostar, não! Mas estava tão farta de estar só! Aborrecia-se tanto! De manhã ainda tinha os arranjos, a costura, a toilette, algum romance... Mas de tarde!
À hora em que Jorge costumava voltar do ministério, a solidão parecia alargar-se em torno dela. Fazia-lhe tanta falta o seu toque de campainha, os seus passos no corredor!...
Ao crepúsculo, ao ver cair o dia, entristecia-se sem razão, caía numa vaga sentimentalidade : (...) o que pensava em tolices então! (Eça de Queirós. O Primo Basílio. São Paulo: Ateliê, 2000)
		
	 
	"De manhã ainda tinha os arranjos, a costura, a toilette, algum romance... Mas de tarde!"
	
	"Se Jorge soubesse não havia de gostar, não!"
	
	"Fazia-lhe tanta falta o seu toque de campainha, os seus passos no corredor!..."
	
	"Ao crepúsculo, ao ver cair o dia, entristecia-se sem razão, caía numa vaga sentimentalidade : (...) o que pensava em tolices então! "
	
	"Havia doze dias que Jorge tinha partido e, apesar do calor e da poeira, Luísa vestia-se para ir à casa de Leopoldina. "
	
	
	 10a Questão (Ref.: 201607564871)
	Pontos: 0,5  / 0,5
	Em Portugal, o Modernismo surgiu com uma poesia alucinada, provocadora, irritante, com o intuito maior de desestabilizar a ordem política, social e econômica reinante na época. Também influenciada pelo contexto mundial daquele período da 1ª Guerra Mundial (1914), Revolução Russa (1919) e EUA,  assumindo a alcunha de maior potência do mundo,  acompanhando as tendências de vanguarda que nasciam pela Europa, a temática artística apresentava-se com veias de inconformismo, de instabilidade, com o desejo de romper com o passado, de aderir a ideias futuristas, dando maior vida  e visibilidade ao país. A Europa como um todo vivia um momento de efervescência cultural: a realidade reinterpretada pelos artistas, a crítica aos costumes ultrapassados e a ânsia em aderir e em acompanhar os avanços tecnológicos que rompiam com conceitos já estabilizados, porém atrasados.
 
A característica que não pertence ao Futurismo, vanguarda europeia que influenciou os poetas da geração de Orpheu, é:
		
	
	o uso de símbolos matemáticos musicais
	 
	gosto pelo moralismo e passado
	
	a destruição da sintaxe
	
	o menosprezo por adjetivos e advérbios
	
	abolição da pontuação

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