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Apendicite: Causas, Sintomas e Tratamento

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Apendicite 
Acredita-se que a obstrução da luz seja a maior causa de apendicite aguda (fezes 
espessadas, hiperplasia linfoide, matéria vegetal, tumor, entre outros). A obstrução da luz 
apendicular contribui para o supercrescimento bacteriano, e a secreção continuada de 
muco causa distensão intraluminal e maior pressão na parede. 
Distensão luminal  dor periumbilical 
O dano subsequente da drenagem venosa e linfática leva a isquemia mucosa que pode 
promover um processo inflamatório, evoluindo para gangrena e perfuração. 
A inflamação do peritônio adjacente dá origem a dor localizada no quadrante inferior 
direito. 
A perfuração ocorre tipicamente após pelo menos 48 horas do início dos sintomas e se 
acompanha por uma cavidade de abscesso emparedada pelo intestino delgado e pelo 
omento. 
Raramente, ocorre perfuração livre do apêndice na cavidade peritoneal, sendo 
acompanhada de peritonite e choque séptico (complicação: formação de múltiplos 
abscessos intraperitoneais. 
Bacteriologia: semelhante à do cólon. Apêndice perfurado: os principais são E. coli, S. 
viridans e espécies de bacteroides e pseudômonas. Apêndice não perfurada: as culturas 
do liquido peritoneal geralmente são negativas. 
Diagnóstico: 
Deve ser considerado diagnóstico diferencial de todo paciente com dor abdominal aguda. 
A apresentação típica começa com dor periumbilical, seguida por anorexia e náusea. A dor 
localiza-se no quadrante inferior direito, conforme a inflamação evolui. Esse padrão 
clássico de dor migratória é o sintoma mais confiável de apendicite aguda. Um acesso de 
vômito pode ocorrer ≠ vários acessos de vômito na gastroenterite ou obstrução do 
intestino delgado. Surge febre seguida de leucocitose. Esses sintomas podem variar (ex: 
nem todo paciente tem anorexia). Outros sintomas menos comuns: hematúria 
microscópica. Alguns podem ter íleo adinâmico e ausência de movimentos intestinais no 
dia, já outros podem ter diarreia. 
Exame físico: É comum febre alta (38ºC). Ruídos hidroaéreos reduzidos e sensibilidade 
focal (ponto de Mc Burney) com retraimento voluntário. O apêndice é móvel (pode mexer 
360º), portanto a dor pode variar de lugar. Qualquer movimento, inclusive tosse, pode 
aumentar a dor (sinal de Dunphy). Outros achados: dor no quadrante inferior direito 
quando palpar o quadrante inferior esquerdo (sinal de rovising), dor com rotação interna 
do quadril (sinal do obturador) e dor na extensão do quadril direito (sinal do iliopsoas). 
Se o apêndice estiver localizado dentro da pelve, pode haver dor provocada por exame 
retal. 
Caso o apêndice perfure a dor se torna mais intensa e difusa, e o espasmo muscular 
aumenta, produzindo rigidez. FC aumenta com TAX > 39. Esse paciente exige um breve 
período de ressuscitação com líquidos e antibióticos. 
Exames Laboratoriais: Leucócitos está elevado (>20000/ml sugere apendicite complicada 
ou perfuração) com >75% de neutrófilos. Urinálise pode ser útil na exclusão de pielonefrite 
ou nefrolitíase. Piúria mínima, principalmente em mulheres idosas, não exclui apendicite. 
Hematuria macroscópica pode indicar cálculo renal. Outros exames de sangue não são 
úteis. 
Radiografia: Uso injustificado. 
US: alta sensibilidade e especificidade para o diagnóstico de apendicite aguda. Achados: 
apêndice de 7mm ou mais no diâmetro ântero-posterior, estatura luminal não 
compressível e de parede espessada vista em secção cruzada, referida como lesão em alvo, 
ou a presença de um apendicolito. Em casos avançados: liquido periapendicular ou massa 
podem ser encontrados. Acurácia depende do observador. US pélvico pode excluir doença 
pélvica como abscesso tubo-ovariano. 
TC: muito usado. Alta sensibilidade, especificidade e acurácia do diagnóstico. Os achados 
aumentam com a gravidade da doença. Achados: apêndice distendido > 7mm de diâmetro 
e espessamento circunferencial da parede, que pode dar a aparência de um halo ou alvo. 
Tb detecta apendicolito em 50% doa pacientes. 
PORÉM, o diagnóstico na maioria das vezes É CLÍNICO! Usa-se exames de imagem 
geralmente para diagnóstico diferencial. 
Laparoscopia exploratória: pouco usado, mas quando usa geralmente é em mulheres em 
idade reprodutiva, em que a US não exclui diagnósticos diferenciais. 
Diagnóstico diferencial: quase todos de dor abdominal. 
 
Tratamento: a maioria é tratado com remoção cirúrgica do apêndice. Apendicite não 
perfurada, uma dose única de antibiótico pré-operatória, reduz as infecções pós-
operatórias. Apendicite perfurada, continua com atb intravenosos no período pós-
operatório até o paciente estar afebril. 
A apendicectomia aberta é realizada com mais facilidade por uma incisão transversa do 
quadrante inferior direito (Davis-Rockey) ou uma incisão oblíqua (McArthut-McBurney). 
Nos casos de grande fleimão ou incerteza diagnóstica, uma incisão de linha média 
subumblical pode ser usada. Após entrar-se no peritônio, o mesoapêndice é dividido entre 
pinças e fios. Um fio absorvível é colocado em torno da base do apêndice, e a amostra é 
clampeada ou dividida. Uma sutura em bolsa de tabaco absorvível ou uma sutura em Z é 
colocada na parede cecal e o colo apendicular é invertido em uma prega na parede do ceco. 
A apendicectomia laparoscópica oferece vantagem sobre a laparoscopia diagnóstica 
combinada com o potencial de recuperação mais curta e incisões menos conspícuas. 
Apendicite perfurada 
Ressuscitação e antibióticos de amplo espectro antes de induzir a anestesia. Geralmente 
começamos com uma laparoscopia diagnóstica e uso de gaze enrolada para empurrar 
suavemente alças aderentes de intestino delgado para longe do ceco, expondo assim, o 
apêndice. Dependendo da facilidade ou não de completar essa tarefa, decide-se em 
converter ou não para apendectomia aberta. Qualquer pus encontrado é aspirado e enviado 
para cultura com coloração de Gram. Remove-se o apêndice semelhante na apendicectomia 
aberta. O abdome e a pelve são irrigados e o líquido aspirado. Deixamos um dreno de 
sucção fechado no lugar apenas se existir uma cavidade de abscesso residual bem definida 
após a reflexão do intestino delgado distante do leito apendicular. Os atb podem ser 
alterados com base na cultura obtida. 
Abscesso apendicular 
Os pacientes que se apresentam tardiamente no curso da apendicite com massa e febre 
podem beneficiar-se de um período de tratamento não operatório que reduz as 
complicações. Pacientes com abscessos grandes, de mais de 4 a 6 cm, e especialmente em 
pacientes com abscesso e febre alta, beneficiam-se da drenagem do abscesso (rota 
transretal ou transvaginal), com orientação de US. Pacientes com abscessos menores ou 
fleimão e que não estão doentes podem ser tratados inicialmente, com sucesso, com 
antibióticos isoladamente. Se continuar com febre e leucocitose após vários dias de 
tratamento faz apendicectomia durante a mesma hospitalização. Após o tratamento de 
apendicite tardia faz-se colonoscopia ou enema de bário, uma vez que câncer de cólon é 
detectado em 5%. Realizamos tipicamente esse procedimento de laparoscopia cerca de 6 
semanas após o acesso inicial de apendicite.

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