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Distúrbios Alimentares: Anorexia Nervosa

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Instituto Educativo do Juncal 
Psicologia B 
Ano Lectivo 2010/2011 
 
 
 
 
 
 
 
 
Alunas: Ana Feteiro e Marta Malhó 
Docente: António Trindade 
 
Distúrbios Alimentares Psicologia B – 2010/2011 
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Índice 
Introdução 
1. Distúrbios Alimentares 
1.1 - Definição 
1.2 - Distúrbios 
1.2.1 - Anorexia Nervosa 
1.2.1.1 - Definição 
1.2.1.2 – Sintomas 
1.2.1.3 – Complicações a longo prazo 
1.2.1.4 - Causas 
1.2.1.5 - Diagnóstico e Tratamento 
1.2.2 - Bulimia Nervosa 
1.2.2.1 - Definição 
1.2.2.2 – Sintomas 
1.2.2.3 – Complicações a longo prazo 
1.2.2.3 - Causas 
1.2.2.4 - Diagnóstico e Tratamento 
1.2.3 – Ortorexia 
1.2.3.1 - Definição 
1.2.3.2 – Sintomas 
1.2.3.3 – Complicações a longo prazo 
1.2.3.4 - Causas 
1.2.3.5 - Diagnóstico e Tratamento 
1.2.4. - Compulsão Alimentar 
1.2.4.1 - Definição 
1.2.4.2 - Sintomas 
1.2.4.3 – Complicações a longo prazo 
1.2.4.4 - Causas 
1.2.4.5 - Diagnóstico e Tratamento 
1.2.5 – Vigorexia 
1.2.5.1 - Definição 
1.2.5.2 – Sintomas 
1.2.5.3 – Complicações a longo prazo 
1.2.5.3 - Causas 
1.2.5.4 - Diagnóstico e Tratamento 
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1.2.6 - Obesidade 
 1.2.6.1 - Definição 
 1.2.6.2 – Sintomas 
 1.2.6.3 – Complicações a longo prazo 
 1.2.6.4 - Causas 
 1.2.6.5 - Diagnóstico e Tratamento 
 1.2.7 – Hipergafia 
 1.2.7.1 – Definição 
 1.2.7.2 – Sintomas 
 1.2.7.3 – Complicações a longo prazo 
 1.2.7.4 – Causas 
 1.2.8 – Pica 
 1.2.8.1 – Definição 
 1.2.8.2 – Causas 
 1.2.8.3 – Diagnóstico e Tratamento 
2 – Curiosidades 
Conclusão 
Bibliografia/Webgrafia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Introdução 
 Ao tomarmos conhecimento dos temas que iriam ser abordados durante 
este período, optamos pelo tema “Distúrbios Alimentares”, uma vez que se 
trata de um tema actual e que nos suscitou interesse. 
 Demo-nos conta que, no nosso país, menos de metade da população 
apresenta o Índice de Massa Corporal normal, ou seja, mais de metade da 
população apresenta um peso anormal, ora acima do normal, ora abaixo*. Foi 
este um dos motivos que nos motivou a trabalhar este tema, no sentido de 
reunir mais conhecimentos e interesse sobre o tema. 
 Um dos objectivos do nosso trabalho é compreender a complexidade 
que rodeia os tão conhecidos “Distúrbios Alimentares”, nomeadamente o que 
são, os sintomas que manifestam, os problemas de saúde que podem advir, as 
causas e, por fim, o diagnóstico e o tratamento. 
 
*Anexo (dados retirados da página Web da Organização Mundial de Saúde) 
Adultos com falta de peso (IMC <18.5) – 2.2% 
Adultos peso normal (IMC 18.5-24.99) - 44.2% 
Adultos pré-obesidade (IMC 25.0-29.9) - 39.4% 
Adultos obesos (IMC>30) – 14.2% 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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DISTÚRBIOS ALIMENTARES 
Distúrbios Alimentares são um grupo de doenças psicológicas 
caracterizadas por alterações significativas do comportamento alimentar 
normal, definidas por um conjunto de atitudes e comportamentos relacionados 
com a alimentação, o peso e a imagem corporal, incluindo também transtornos 
de imagem, humor, controlo dos impulsos e relações interpessoais. 
 
ANOREXIA NERVOSA 
Definição 
Usualmente denominada anorexia, é uma 
doença do foro psiquiátrico caracterizada pela 
“incessante procura da magreza pela fome até à 
morte”, ou seja, perda intensa e intencional de 
peso, busca desenfreada pela magreza, com distorção grave da imagem. Os 
anoréxicos, quando comem, limitam-se a alimentos hipocalóricos e, com 
frequência, praticam exercícios físicos extenuantes, 
numa tentativa de queimar as calorias que ingeriram. 
Este regime leva a uma acentuada perda de peso, 
chegando a alcançar níveis 50% inferiores ao ideal 
estatístico. 
A incidência mundial é estimada em 1:100000, 
porém, se considerarmos apenas as mulheres jovens e 
brancas, de países desenvolvidos, esta taxa eleva-se para 
1:200. A anorexia é mais comum em raparigas e mulheres, 
no entanto, rapazes e homens têm gradualmente 
desenvolvido também esta doença. Sendo mais comum 
entre adolescentes, afecta pessoas de várias idades, apesar 
de ser rara em pessoas com idade acima dos 40 anos. 
Também atletas, actores, dançarinos e modelos apresentam maior risco de 
desenvolver a condição. 
 
Sintomas 
● Recusar comer e negar a fome; 
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● Medo constante de ganhar peso; 
● Imagem própria distorcida; 
● Contagem obsessiva de calorias; 
● Saltar refeições; 
● Brincar com a comida no prato em vez de comer; 
● Esconder comida (num guardanapo, debaixo de 
uma travessa, etc.) para evitar comê-la; 
● Mentir quanto a já ter comido, numa tentativa de 
evitar uma refeição; 
● Ingerir apenas um determinado tipo de comida; 
● Fazer exercício em excesso, particularmente depois de uma refeição, ou 
“para abrir o apetite”; 
● Perda dramática de peso; 
● Excessivo interesse em questões relacionadas com peso, imagem corporal e 
jejum; 
● Vestir (para esconder o corpo) roupa larga ou disforme; 
● Baixos níveis de energia; 
● Amenorreia 
● Dores abdominais, pele seca, temperatura corporal 
baixa, ritmo cardíaco irregular, pressão sanguínea 
baixa, desidratação; 
● Sono excessivo; 
● Reduzido ou inexistente apetite sexual. 
 
Complicações a longo prazo 
● Anemia; 
● Alterações cardíacas; 
● Alterações ósseas; 
● Alterações gastrointestinais; 
● Mulheres: ausência do período menstrual; 
● Homens: diminuição da testosterona; 
● Problemas de rins; 
● Alteração nas concentrações de sódio e potássio no organismo 
● Morte. 
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Causas 
Causas Biológicas/Genéticas 
A apoiar esta perspectiva temos o facto de os 
anoréxicos tenderem a apresentar níveis 
anormalmente baixos de hormonas sexuais e de 
crescimento, bem como níveis anormais de alguns 
neurotransmissores. Não existem certezas se os 
problemas hormonais são uma causa ou uma 
consequência dos problemas psicológicos e do 
regime. 
Sabe-se que aproximadamente entre 6 a 10% 
dos familiares do sexo feminino de anoréxicos 
sofrem também da mesma doença. A mesma percentagem também se aplica 
aos descendentes de indivíduos que apresentem a doença. Sabe-se ainda que 
para gémeos idênticos, se um deles sofrer de anorexia nervosa, o outro tem 
mais de 50% de probabilidade de também sofrer. Investigadores descobriram 
uma área no cromossoma 1 que parece estar ligado a esta doença. 
Causas Psicológicas/Sociais 
A nível psicológico existem muitas explicações 
para o aparecimento desta doença, uma delas está 
relacionada com as mensagens contraditórias de uma 
sociedade que publicita constantemente produtos 
altamente calóricos e que paralelamente valoriza um 
ideal de beleza, marcado pela magreza, por vezes 
exagerada. Este contexto, intimamente ligado com um 
conjunto de factores, desde o medo da sexualidade, 
conflitos com as figuras parentais, insegurança, 
dificuldades de relacionamento interpessoal, baixa auto-
estima, fraca autonomia, vai gerar uma rebelião, uma 
busca do controlo através deste regime. Nas palavras de um paciente: 
“Quando uma pessoa se sente muito infeliz e sem saber o que realizar seja o 
que for, ter o controlo do seu próprio corpo torna-se uma façanha suprema. 
Fazer do seu corpo o seu próprio reinoonde é o tirano, o ditador absoluto”. 
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Várias situações podem também aumentar o risco de anorexia, como um 
período de transição, por exemplo, para uma nova escola, emprego ou casa, a 
morte de alguém próximo, ou seja, períodos de stress emocional. 
 
Diagnóstico e Tratamento 
Para o diagnóstico desta condição existem três critérios padrão: 
- O indivíduo recusa-se a manter um peso 
corporal adequado (relativamente à sua idade e 
altura); 
- Medo constante de ter peso a mais, ou de 
engordar; 
- Falta de auto-confiança, relacionada com 
uma distorção da sua imagem corporal 
- Perda dos períodos menstruais (no caso 
do diagnóstico feminino). 
Uma das dificuldades do tratamento é que 
os anoréxicos raramente reconhecem o seu 
estado como prejudicial e não procuram tratamento, daí que a iniciativa parta 
geralmente dos indivíduos próximos do doente. 
Não existe uma cura para esta doença, mas o sistema normalmente 
utilizado baseia-se em terapia, aconselhamento, grupos de apoio, planeamento 
nutricional, etc. É utilizada medicação quando está associada a doenças 
psicológicas, como depressão, etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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BULIMIA NERVOSA 
 Definição 
 Outro transtorno alimentar grave 
é a bulimia nervosa, geralmente 
denominada apenas por bulimia. Este 
distúrbio consiste em comer grandes 
quantidades de comida e depois a 
tentativa de purgar as calorias por vias 
prejudiciais à saúde, tais como o induzir 
vómito, utilização de laxantes e 
diuréticos, jejuns e exercícios físicos 
intensos Esta situação tende a repetir-
se, tornando-se, num ciclo. São comuns entre os bulímicos, danos no tracto 
digestivo, dentes, glândulas salivares, tal como depressão grave, transtornos 
de ansiedade e obcessivos-compulsivos. 
 É difícil apurar concretamente a incidência da doença, mas afecta de 3% 
a 7% da população (90% em indivíduos do sexo feminino), sendo bastante 
frequente em: estudantes universitários (uma revisão apurou-a em 19% das 
mulheres e 5% dos homens), atletas, actores, dançarinos e modelos. 
 
Sintomas 
● Sentimento de descontrolo face à comida; 
● Comer até ao nível de desconforto e até dor; 
● Induzir o vómito após as refeições; 
● Exercício excessivo; 
● Uso indevido de laxantes e diuréticos; 
● Preocupação extrema com o corpo e o peso; 
● Distorção da imagem corporal; 
● Anormal funcionamento do sistema digestivo; 
● Dentes e gengivas afectadas; 
● Feridas na boca e na garganta; 
● Desidratação; 
● Batimento cardíaco irregular; 
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● Feridas nas mãos; 
● Alterações no período menstrual ou até amenorreia; 
● Depressão 
● Ansiedade 
 
Complicações a longo prazo 
● Problemas cardíacos; 
● Alterações dentárias severas; 
● Mulheres: ausência do período menstrual; 
● Alterações digestivas e possibilidade de 
dependência de laxantes; 
● Abuso de drogas e álcool; 
● Morte. 
 
Causas 
Causas Genéticas/Biológicas 
Tal como acontece com a anorexia nervosa, existem evidências de 
genes que tornam certos indivíduos mais vulneráveis ao desenvolvimento de 
distúrbios alimentares, como por exemplo bulimia. É também possível que uma 
deficiência de seritonina possa ter um papel no desenvolvimento da bulimia. 
Causas Psicológicas/Sociais 
 Um início para esta condição é uma 
dieta, ou exercício em excesso, que encoraja a 
formação de regras mais rígidas em relação à 
comida, que, sendo quebradas podem 
conduzir a uma perda de controlo e 
alimentação excessiva. Esta doença está 
ligada problemas psicológicos e emocionais, 
tais como: baixa auto-estima, perfeccionismo, 
dificuldades de controlo de raiva, conflitos 
familiares, etc. Todos estes factores, em 
contacto com uma sociedade que cultiva o desejo pela magreza, 
particularmente entre jovens mulheres. 
 
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Diagnóstico e Tratamento 
Apesar de a bulimia ser um transtorno alimentar que afecta a saúde 
física, é diagnosticada tendo em conta cinco critérios padrão de saúde mental: 
- Comer compulsivamente; 
- Purgar (indução do vómito, jejuns, uso impróprio de laxantes e 
diuréticos, exercício em excesso, etc); 
- Ciclo de compulsão alimentar-purga pelo menos duas vezes por 
semana durante três meses; 
- Obsessão com o peso e a comida; 
- Ausência de anorexia ou de outro distúrbio alimentar com sintomas 
muito característicos. 
Tal como na anorexia, não existe uma cura efectiva para esta condição, 
no entanto, terapia, aconselhamento, 
grupos de apoio, planeamento 
nutricional, etc, podem ser utilizados 
para tratar esta doença. É utilizada 
medicação quando está associada a 
doenças psicológicas, como 
depressão, etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ORTOREXIA 
Definição 
Aparentemente este transtorno não é reconhecido como tal, pois parece 
apenas uma preocupação em 
comer saudavelmente. Mas mais do 
que preocupação, este transtorno 
consiste na obsessão por alimentos 
saudáveis e nutritivos, pelo que a 
pessoa com este transtorno exclui 
da sua alimentação uma grande 
quantidade de alimentos, 
principalmente os mais industrializados. Ao contrário da bulimia, a pessoa com 
ortorexia não deixa de comer, mas fica obcecada com aquilo que come que 
não pensa noutra coisa a não ser na sua dieta. 
 
Sintomas 
● Examina cada pormenor do que se encontra em cada alimento, o conteúdo 
nutricional dos alimentos é analisado a pormenor, como quantidade de calorias, 
vitaminas e nutrientes; 
● Só deseja comer alimentos saudáveis; 
● Não consegue comer uma refeição preparada por outra pessoa, pois tem 
medo que esta não seja a adequada, tendo necessidade de preparar a sua 
própria refeição para poder controlar tudo aquilo que ingere; 
● Observa e comenta a maneira como outras pessoas preparam a comida; 
● Dá consigo a pensar em conteúdo nutricional durante o dia; 
● Preocupa-se ao comer qualquer coisa que possa não ser “boa” para si; 
● Perde muito peso rapidamente, sem ter bem noção disso, nem noção da 
dieta que está a levar. 
 
Complicações a longo prazo 
A pessoa, ao passar a maior parte do seu tempo a pensar na sua dieta, 
afasta-se das pessoas que a rodeiam e deixa as suas actividades habituais, 
deixando de ser capaz de se concentrar numa tarefa. 
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O doente ao eliminar grande 
quantidade de alimentos da sua 
alimentação, irá ter carência de alguns 
componentes essenciais dos alimentos 
que à partida lhe parecem prejudiciais 
à saúde e que desconhecendo são 
necessários, em quantidades 
reduzidas mas nunca nulas. 
 
Causas 
Enquanto os doentes com os outros distúrbios se prendem 
essencialmente à preocupação com a aparência física, desprezando a saúde 
esta obsessão está relacionada apenas com a preocupação com a saúde. 
A principal causa que levará a esta obsessão será a constante evolução 
do conhecimento a nível da nutrição e a consciência de que é necessário ter 
cuidados com a alimentação e ao tentarem ter uma alimentação equilibrada 
acabam por obcecar-se com a ideia de ter de comer saudavelmente. 
 
Diagnóstico e Tratamento 
Como os sintomas não são reconhecidos rapidamente como um 
problema, o distúrbio demora até que seja diagnosticado. Mas depois de se 
perceber a obsessão queafecta a pessoa, o apoio terá de ser efectuado por 
um profissional de saúde, pois esta pessoa precisa de tratamento, uma vez 
que, embora a doença não seja tão conhecida como outros tipos de transtorno 
alimentar, é igualmente séria. 
 
 
 
 
 
 
 
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COMPULSÃO ALIMENTAR 
 Definição 
 A compulsão alimentar caracteriza-se por 
episódios de alimentação em excesso, em que 
são consumidas rapidamente grandes 
quantidades de comida, mesmo que o indivíduo 
não tenha fome e até se sinta desconfortável 
com tanta comida. Ao contrário dos bulímicos, 
não purga depois de comer nem pratica exercício 
físico, traduzindo-se num constante aumento de 
peso, que se pode tornar em obesidade. 
 Estima-se que esta doença afecta entre 0.7% a 4% da população em geral, 
podendo ocorrer em pessoas de qualquer sexo, raça, idade ou estrato 
socioeconómico. 
 
 Sintomas 
● Episódios de compulsão alimentar (ingestão de quantidades anormalmente 
grandes de comida); 
● Continuar a comer, mesmo estando sem fome e cheio; 
● Comer rapidamente durante os episódios de compulsão; 
● Sentimento de descontrolo relativamente ao regime alimentar; 
● Depressão; 
● Ansiedade; 
● Dietas frequentes, muitas vezes não dando resultado; 
● Comer sozinho; 
 
 Complicações a longo prazo 
● Depressão; 
● Pensamentos suicidas; 
● Insónias; 
● Obesidade; 
● Pressão sanguínea elevada; 
● Diabetes tipo-2; 
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● Colesterol alto; 
● Doenças da vesícula biliar e outras do sistema digestivo; 
● Doenças de coração; 
● Dor nas articulações; 
● Dores musculares; 
● Dores de cabeça. 
 
Causas 
Causas Psicológicas 
Existem algumas características psicológicas que podem promover o 
desenvolvimento desta condição, nomeadamente baixa auto-estima, 
dificuldades em controlar comportamentos impulsivos, o humor e expressão da 
raiva. 
 
Diagnóstico e Tratamento 
Para o diagnóstico desta condição existem vários critérios padrão: 
- Episódios recorrentes de 
alimentação compulsiva, que incluem a 
ingestão de uma quantidade anormalmente 
grande de alimentos e sentimentos de 
descontrolo face à alimentação;- 
Compulsão alimentar está associada com, 
pelo menos, três destes factores: comer rapidamente; comer até estar 
inconfortavelmente cheio, comer grandes quantidades de alimentos quando 
não tem fome; comer sozinho devido à vergonha; sentimentos de tristeza, 
depressão ou consciência pesada depois de comer. 
- Preocupação relativa à compulsão alimentar; 
- Episódio de compulsão ocorrem duas vezes por semana durante pelo 
menos 6 meses; 
- A compulsão alimentar não está associada com métodos inapropriados 
para compensar o exagero de comida. 
Sendo um distúrbio alimentar, não existe uma cura efectiva, mas o 
tratamento baseia-se em terapia (comportamento cognitivo, interpessoal, etc), 
medicamentos, por exemplo, para a depressão, e programas de perda de peso. 
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VIGOREXIA 
Definição 
A vigorexia trata-se da 
obsessão por um corpo musculado e 
atraente, o que leva a um cuidado 
excessivo com a alimentação e ao 
exagero do exercício físico, 
nomeadamente exercício muscular. 
O doente abusa no cultivo da 
sua imagem e chega mesmo a 
consumir anabolizantes. 
Os portadores desta condição são, e na sua maioria, homens entre 18 e 
35 anos, os quais começam a dedicar demasiado tempo (entre 3 e 4 horas 
diárias) a actividade de modelação física. A idade de início mais comum da 
Vigorexia também é no final da adolescência ou início da idade adulta. A média 
de idade está em torno dos 20 anos, não sendo raro que o diagnóstico seja 
feito mais tardiamente 
 
Sintomas 
● Controlo de tudo aquilo que come; 
● Abuso de musculação; 
● Disformismo corporal; 
● Consumo de anabolizantes; 
● Abuso do culto do corpo. 
 
Complicações a longo prazo 
● Anemia; 
● Alterações cardíacas; 
● Alterações ósseas; 
● Alterações gastrointestinais; 
● Mulheres: ausência do período menstrual; 
● Homens: diminuição da testosterona; 
● Problemas de rins; 
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● Alteração nas concentrações de sódio e potássio no organismo 
● Morte. 
 
Causas 
Ainda que não se tenham dúvidas sobre o forte elemento sociocultural 
no desenvolvimento e na incidência da vigorexia, também parece que a 
patologia esteja relacionada com desequilíbrios de diversos 
neurotransmissores do sistema nervoso central, mais precisamente da 
serotonina. 
 
 Diagnóstico e Tratamento 
Existem um conjunto de critérios de diagnóstico desta doença: 
- Preocupação com um imaginado defeito na aparência. Se uma ligeira 
anomalia física está presente, a preocupação do indivíduo é acentuadamente 
excessiva; 
- A preocupação causa sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo 
no funcionamento social ou ocupacional ou em outras áreas importantes da 
vida do indivíduo; 
- A preocupação não é melhor explicada por outro transtorno mental (por 
ex., insatisfação com a forma e o tamanho do corpo na Anorexia Nervosa). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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OBESIDADE 
Definição 
A obesidade define-se por uma acumulação excessiva de gordura 
corporal. Esta doença, no entanto, é mais que uma preocupação estética, é 
uma doença que faz aumentar os riscos de doenças e problemas de saúde 
como diabetes e pressão sanguínea alta. 
A forma mais recomendada para a 
avaliação do peso corporal em adultos é o 
IMC (Índice de Massa Corporal), 
recomendado inclusive pela Organização 
Mundial de Saúde. Esse índice é 
calculado dividindo-se o peso do paciente, 
pela sua altura elevada ao quadrado. O 
valor assim obtido estabelece o diagnóstico de obesidade e caracteriza 
também a gravidade da condição: 
 
IMC (kg/m2) Grau de Risco Tipo de Obesidade 
18 – 24,9 Peso saudável Ausente 
25 – 29,9 Moderado Sobrepeso (Pré-obesidade) 
30 – 34,9 Alto Obesidade Grau I 
35 – 39,9 Muito Alto Obesidade Grau II 
40 ou mais Extremo Obesidade Grau III (“Mórbida”) 
 Conforme pode ser observado, o peso normal, no indivíduo adulto, com 
mais de 20 anos de idade, varia conforme sua altura, o que faz com que 
possamos também estabelecer os limites inferiores e superiores de peso 
corporal para as diversas alturas conforme a seguinte tabela : 
Altura (cm) Peso Inferior (kg) 
Peso Superior 
(kg) 
145 38 52 
150 41 56 
155 44 60 
160 47 64 
165 50 68 
170 53 72 
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175 56 77 
180 59 81 
185 62 85 
190 65 91 
 
 Hoje em dia, um em cada três adultos Americanos é considerado obeso, 
mas esta enfermidade está-se a tornar um crescente problema de saúde no 
Mundo. 
Sintomas 
● Dificuldades em dormir; 
● Ressonar; 
● Apneia do sono; 
● Dores nas costas e articulações; 
● Transpiração excessiva; 
● Sensação constante de calor; 
● Eczemas ou infecções em pregas de pele; 
● Dificuldades de respiração com o menor esforço; 
● Fadiga e cansaço; 
● Depressão. 
 
 Complicações a longo prazo 
● Anormalidades nos lípidos do sangue; 
● Cancro, incluindo cancro do útero, cérvix, ovários, mama, cólon, recto e 
próstata; 
● Depressão; 
● Doenças de bexiga; 
● Problemas ginecológicos, como infertilidade e período irregular; 
● Doenças de coração; 
● Pressão sanguínea alta; 
● Anormalidades metabólicas;● Doenças de fígado; 
● Osteoartrite; 
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● Problemas de pele; 
● Apneia do sono; 
● Ataques cardíacos; 
● Diabetes tipo-2. 
 
 Causas 
 A obesidade ocorre quando uma 
pessoa consome mais calorias do que 
aquelas que consegue “queimar”. Para 
muitas pessoas isto vai de encontro a comer 
demasiado e praticar pouco exercício físico. 
Mas existe outros factores que também têm 
um papel na obesidade. Estes podem 
incluir: 
 - Estilo de vida sedentário; 
 - Regime alimentar incorrecto (alimentos com uma grande taxa de 
calorias, em grandes quantidades e frequência); 
 - Gravidez (quando uma mulher engravida existe naturalmente um 
aumento do peso, por vezes, esse aumento de peso pode conduzir ao 
sobrepeso); 
 - Poucas horas de sono (dormir menos de sete horas por noite pode 
causar alterações hormonais que provocam um aumento de apetite); 
 - Certos problemas de saúde, por exemplo, de tiróide; 
 -Idade (à medida que a idade aumenta, diminui a capacidade de 
metabolizar os alimentos, diminuindo assim a dose necessária de calorias 
requeridas ao bom funcionamento do organismo); 
 - Género (as mulheres tendem a apresentar com mais frequência este 
transtorno, por um lado devido aos efeitos da menopausa, por outro, os 
homens “queimam” mais calorias em descanso que as mulheres); 
 - Factores genéticos (estudos comprovam que há predisposição de um 
indivíduo apresentar este transtorno se os pais ou parentes directos também o 
apresentarem. De tal forma que, se a mãe de um indivíduo for obesa, o filho 
tem 75% de probabilidade de também o ser); 
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 - Factores psicológicos (indivíduos com problemas 
psicológicos, desde depressão a baixa auto-estima, etc têm 
maior predisposição a apresentar este transtorno. Por outro 
lado, sabe-se que 30% dos doentes sofrem igualmente de 
compulsão alimentar). 
 
 Diagnóstico e tratamento 
 O tratamento da obesidade tem como objectivos a manutenção de um 
peso saudável, com redução de riscos de doenças cardiovasculares e aumento 
da auto-estima e qualidade de vida. Baseia-se em cinco conceitos básicos: 
 - Alterações no regime alimentar; 
 - Actividades físicas; 
 - Alterações de comportamentos negativos; 
 - Medicação (para promover a diminuição do peso e em casos de 
problemas psicológicos); 
 - Cirurgias para promover a perda de peso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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HIPERGAFIA 
Definição 
 Aumento repentino do consumo de 
alimentos. 
 
Sintomas 
● Aumento repentino de peso; 
● Falta de auto-estima e auto-confiança; 
● Posteriormente, obesidade. 
 
Complicações a longo prazo 
Como o doente começa a comer compulsivamente, vai resultar disso um 
rápido aumento de peso, resultando em obesidade. Consequentemente, o 
doente vai sentir uma diminuição da sua auto-estima e auto-confiança. 
 
Causas 
Acontecimento traumático, que o leva a comer compulsivamente para de 
certa forma aliviar o seu estado de ansiedade e consequentemente sentir-se 
bem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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PICA (Alotriofagia) 
Definição 
Trata-se do impulso de comer objectos não nutritivos nem cuja ingestão 
é aceite socialmente, como metais, argila, carvão, areia, ou até mesmo, 
impulso para ingredientes alimentares, como farinha, batata, arroz, crus e 
cubos de gelo. Mais comum em crianças e mulheres grávidas. 
 Acufagia - ingerir objectos pontiagudos 
 Amilofagia - comer amido (i.e. de milho 
ou mandioca) 
 Auto-canibalismo - comer partes do 
corpo 
 Cautopireiofagia - ingerir palitos de 
fósforo apagados 
 Coniofagia - comer pó 
 Coprofagia - comer excremento 
 Emetofagia - comer vómito 
 Geomelofagia - comer batatas cruas 
 Geofagia - ingerir terra ou solo 
 Ctonofagia - ingerir terra ou argila (arcaísmo) 
 Hematofagia - comer sangue 
 Hialofagia -ingerir vidro 
 Lithofagia - comer pedras 
 Mucofagia - ingerir muco 
 Pagofagia - comer (patologicamente) gelo 
 Trichofagia - comer cabelo ou lã (fios ou tecido) 
 Urofagia - ingerir urina 
 Xilofagia - comer madeira 
Causas 
 Os poucos estudos que existem sobre este transtorno sugerem que a sua 
causa tem origem no défice de minerais, nomeadamente do ferro, não 
significando que qualquer pessoa com falta de ferro no seu organismo seja 
afectada por este distúrbio. Poderá também ter origem na pessoa quando 
confrontada com um acontecimento traumático, podendo estar associado à 
Hipergafia e possivelmente ao transtorno obsessivo compulsivo por alimentos. 
 
Diagnóstico e tratamento 
O tratamento deste transtorno depende do tipo de doente, criança, 
deficiente, grávida. A maior parte das vezes passa por acompanhamento 
psicológico e medicação. 
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Curiosidades 
TRANSTORNO OBSESSIVO COMPULSIVO POR ALIMENTOS 
Definição 
O indivíduo com este transtorno sofre com 
pensamentos incontroláveis, repetitivos e 
persistentes, tal como em todos os transtornos 
obsessivo compulsivos, mas neste caso, esses 
pensamentos são aliviados ao comer, enquanto não 
se alimentar, o indivíduo sofre uma ansiedade 
imensa. 
O doente, geralmente, está ciente de que seus pensamentos são 
prejudiciais a si mesmo e inapropriados, mas não consegue controlar-se. 
 
Tratamento 
Ao contrário dos outros transtornos alimentares os anti-depressivos são 
bastante eficazes neste distúrbio. 
 
TRANSTORNO DE RUMINAÇÃO 
Definição 
Este transtorno é caracterizado pela regurgitação ou remastigação 
repetida. É o chamado bolçar dos bebés, sendo mais frequente nestes. 
 
Complicações 
Podem resultar em desnutrição, perda de peso, desidratação e até 
morte. Mas geralmente, este transtorno é encarado como uma situação normal, 
pois ocorre com a maioria dos bebés. 
 
Causas 
As suas causas são desconhecidas. Poderá ocorrer devido à falta de 
habituação à ingestão de alimento, uma vez que ocorre com recém-nascidos, 
bebés e crianças pequenas. 
 
Tratamento 
Não há tratamento uma vez que este transtorno passa com a idade. 
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ISABELLE CARO 
 “Isabelle Caro, actriz e manequim anoréxico, 
que morreu num hospital em França para onde 
viera trazida muito doente de Tóquio, onde estivera 
a trabalhar uma temporada, de complicações de 
infecção pulmonar, no dia 17 de Novembro do ano 
passado, mas cuja morte só foi anunciada ao 
mundo a 29 de Dezembro pela sua professora de 
representação, muito depois de enterro discreto em 
Paris só com família e alguns amigos íntimos, 
tendo-se, nestes últimos dias, a sua página de 
Facebook enchido de pêsames e homenagens 
(mas também de algumas críticas acerbas à maneira como decidira chamar a 
atenção das pessoas para o facto de a anorexia poder ser uma doença mortal 
e para os laços entre esta e a indústria da moda feminina), fora exactamente a 
cara pública (e o corpo também) da anorexia desde que em 2007 a agência 
que procurava a rapariga ideal para ser fotografada por Oliviero Toscani 
(mitificado no mundo da publicidade desde as suas campanhas nos anos 
oitenta e noventa do século passado para a casa italiana Benetton, cuja 
audácia tinha agradado a muitos e ofendido muitos outros por incluírem - para 
ajudar a vender trapos - imagens realistas epungentes de um moribundo de 
sida e de condenados no corredor da morte de uma prisão norte-americana) a 
fim de ilustrar a doença, a fora desencantar, ao fim de semanas de busca, 
numa enfermaria de hospital em Paris. 
 A rapariga não fora lá ter por acaso, nem era esse o seu primeiro 
internamento. Filha de pai muitas vezes ausente e de mãe intensamente 
neurótica - obcecada pela saúde da filha ao ponto de não a deixar ir à escola 
não fosse apanhar doenças ou não fosse o ar livre fazê-la crescer de mais e 
também atormentada com a ideia de que a pequena quando viesse a ser 
grande lhe iria escapar - Isabelle cedo se culpabilizou por se achar pesada 
(descobriu um dia ter mais 5 quilos do que uma garrafa de gás que a mãe não 
conseguira carregar) e começou a fazer esforços sobre-humanos para 
emagrecer. A certa altura passara a comer só quatro corn flakes e dois 
quadrados de chocolate por dia. Aos 13 anos era anoréxica diagnosticada. 
(Uma descrição técnica sumária da doença poderia rezar: 'Anorexia nervosa 
caracteriza-se por emagrecimento extremo, busca constante de magreza, 
recusa em manter peso normal, terror de engordar, falta de menstruação em 
raparigas e mulheres e hábitos alimentares muito perturbados'). Com altos e 
baixos na magreza, ao fim do liceu tentara carreira de modelo: contava que 
uma estilista lhe dissera que precisaria de perder ainda 10 quilos; e que nas 
múltiplas conversas travadas com gente variada do ramo nunca alguém 
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alguma vez lhe sugerira que ganhasse um pouco de peso. Quando, depois de 
internamentos e de uma queda em coma, foi tirada do hospital e fotografada 
para o cartaz da marca de roupas italiana 'No-L-ita' que a tornaria célebre, tinha 
psoríase, o peito caído, um corpo de velha escanzelada - e estava segura de 
que a imagem iria assustar candidatas a modelo e não aliciá-las. A altura era 
propícia: em 2006, o mundo da moda fora abalado pela morte por anorexia de 
uma brasileira que era manequim conhecido. Mas foi efeito de pouca dura. 
Hoje só a Espanha proíbe manequins com índice de massa corporal abaixo de 
certo número (p. ex., têm de ter mais de 56 quilos para 1,75 metros de altura). 
Todos os outros países fazem recomendações mas não obrigam ninguém, 
entre outras razões porque as grandes marcas se recusam a cooperar. 
 Às vezes mal apreciada (o fotógrafo que lhe trouxe fama considerava-a 
egocêntrica e exibicionista) desde 2007 fizera esforço titânico para alertar 
outras raparigas do perigo mortal da anorexia, em entrevistas de jornal e de 
televisão, no seu blogue, num livro - "A Menina que Não Queria Engordar" - 
publicado em França em 2008. Passara a apetecer vorazmente a normalidade; 
tinha há pouco tempo um namorado com quem arriscava vida de casal; 
conseguia pesar 42 quilos. Morreu convencida de que se curaria da anorexia.“ 
 
Texto publicado na edição do Expresso de 8 de janeiro de 2011 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Conclusão 
Através deste trabalho tivemos oportunidade de estudar sobre distúrbios 
alimentares e compreender o porquê da sua existência, que não se 
desenvolvem apenas através de causas estéticas e por influência da 
sociedade, como se poderá pensar, mas também através de causas biológicas, 
ou até mesmo causados por obsessões, tanto por uma má alimentação ou uma 
alimentação saudável como pelo exercício físico. 
Concluímos, também, que a comunicação social é um dos maiores 
agentes causadores destes distúrbios, tendo grande capacidade de influenciar 
a sociedade. Estes distúrbios para além de causarem imensos transtornos 
físicos são inicialmente causados por transtornos psicológicos causados pela 
influência deste agente. Por um lado, somos levados a ter como ideia de um 
físico ideal, uma imagem de uma pessoa magra, por outro lado, somos 
“bombardeados” com publicidade de comida, que, geralmente, para além de 
não ser essencial à nossa alimentação, também não faz bem à saúde. 
Como complemento do trabalho, referimos uma situação em que a 
comunicação social usou o seu poder para corrigir o erro das más influências 
que transmite, mostrando uma modelo com anorexia, com o fim de alertar a 
população para este distúrbio, causado pela obsessão pela magreza. 
Verificamos que os distúrbios causados por causas biológicas não são 
muito estudados, sendo ainda estranhos para a medicina actual, não lhes 
dando grande relevância. Verificamos também que os distúrbios causados por 
obsessões são encarados como um distúrbio apenas psicológico e não 
alimentar. 
Estes distúrbios são um grave problema de saúde, cujo diagnóstico e 
tratamento é importante desenvolver, pois ainda não há grande evolução, 
prova disso são a pouca diversidade de tratamentos e mesmo associações de 
apoio a estes doentes, que em Portugal são apenas duas: NDCA - Núcleo de 
Doenças do Comportamento Alimentar (http://www.comportamentoalimentar.pt/ ) e 
AFAAB - Associação dos Familiares e Amigos dos Anorécticos e Bulímico. 
A realização deste trabalho foi bastante enriquecedora, uma vez que 
reunimos grande conhecimento sobre o temo e nos foi despertado mais algum 
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interesse sobre ele. Confirmamos, também, que uma importante área a 
desenvolver futuramente é esta da nutrição. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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BIBLIOGRAFIA/WEBGRAFIA 
http://apps.who.int/bmi/index.jsp 
 
http://www.alimentacaosaudavel.org/ 
 
http://www.mayoclinic.com/ 
 
http://www.wikipedia.org 
 
http://www.medicinenet.com/anorexia_nervosa/article.htm 
 
http://www.hcnet.usp.br/ipq/revista/vol31/n4/pdf/154.pdf 
 
http://www.fmrp.usp.br/revista/1998/vol31n1/disturbios_conduta_alimentar.pdf 
 
http://aeiou.expresso.pt/isabelle-caro-1982-2010=f625825 
 
GLEITMAN, Henry; FRIDLUND, Alan J.; REISBERG, Daniel. Psicologia. 
Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, 2009

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