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Normas de Biossegurança e Vidraria em Laboratórios

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Centro Universitário
Julio Cesar de Souza Filho
BIOSSEGURANÇA E VIDRARIA
 Fortaleza/CE
2016
Índice
1 - INTRODUÇÃO ......................................................................................................................
2 - OBJETIVO DE ESTUDO ......................................................................................................
3 - ABORDAGEM DO ASSUNTO ............................................................................................
	3.1 – BIOSSEGURANÇA ...............................................................................................
	3.2 – VIDRARIA .............................................................................................................
4 – CONCLUSÃO .......................................................................................................................
5 - REFERÊNCIAS .....................................................................................................................
1 - Introdução
	Toda e qualquer atividade prática a ser desenvolvida dentro de um laboratório apresenta riscos e estão propensas a acidentes. Por esse motivo se faz necessária a utilização das normas de conduta para assegurar a integridade das pessoas, instalações e equipamentos. É importante manusear corretamente as substâncias químicas e equipamentos com os quais se vai trabalhar (vidraria) a fim de evitar acidentes pessoais ou danos materiais. Neste contexto , é necessário saber os procedimentos gerais recomendados em casos de acidentes. 
2 - Objetivo
	Este trabalho tem por finalidade apresentar e conscientizar quanto as normas de segurança, requisito básico para garantir a qualidade e a segurança no laboratório. A segurança é um direito e uma obrigação individual. Além de detalhar os mais usados equipamentos de vidraria afim de apresentar a precisão e funcionalidade de alguns mais usados nesta pratica laboratorial.
3.1 - REGRAS BÁSICAS DA BIOSSEGURANÇA
Estar consciente do que estiver fazendo, ser disciplinado e responsável;
O acesso ao laboratório é restrito quando experimentos estão em andamento;
Respeitar as advertências do professor sobre perigos e riscos;
Para utilizar os produtos químicos ou equipamentos , é necessário autorização de professores, técnicos ou estagiários.
Manter hábitos de higiene;
Não é permitido beber, comer , fumar ou aplicar cosméticos dentro do laboratório;
Usar o guarda-pó sempre que estiver dentro do laboratório;
Não usar sandálias ou outros sapatos abertos,
Usar preferencialmente calças compridas;
Tomar os devidos cuidados com os cabelos, mantendo-os presos;
Guardar casacos, pastas e bolsas, nas áreas indicadas, e não na bancada onde podem ser danificados pelos produtos químicos;
Trabalhar em local bem ventilado e bem iluminado, livre de obstáculos ao redor dos equipamentos;
Manusear as substâncias químicas com o máximo cuidado;
Não respirar vapores e gases;
Não provar reagentes de qualquer natureza;
Antes de iniciar as tarefas diárias, certifique-se de que haja água nas torneiras;
Sempre usar material adequado e seguir o roteiro de aula prática fornecido pelo professor, nunca fazer improvisações ou alterar a metodologia proposta;
Ao derramar qualquer substância, providenciar a limpeza imediatamente, utilizando material próprio para tal;
Não jogar nenhum material sólido ou líquido dentro da pia ou rede de esgoto comum;
Não trabalhar com produtos químicos sem identificação, ou seja, sem rótulo;
Ao aquecer qualquer substância em tubo de ensaio, segurá-lo com pinça voltando a extremidade aberta do tubo para o local onde não haja pessoa;
No local de trabalho e durante a execução de uma tarefa, falar apenas o extritamente necessário;
Nunca apanhar cacos de vidro com as mãos ou pano. Usar escova ou vassoura;
Ler com atenção os rótulos dos frascos e dos reagentes;
Evitar contato dos produtos com pele,olhos e mucosas, utilizar sempre que solicitado luvas e óculos de segurança;
Caso você tenha alguma ferida exposta, esta deve estar devidamente protegida;
Manter o rosto sempre afastado do recipiente onde esteja ocorrendo uma reação química;
Conservar os frascos de produtos químicos devidamente fechados e não colocar as tampas de qualquer maneira sobre as bancadas. Ela deve ser colocada com o encaixe para cima;
Não misturar substâncias químicas ao acaso;
É proibido misturar substâncias químicas voláteis fora da câmara de exaustâo de gases;
É proibido adicionar água diretamente sobre os ácidos;
É expressamente proibido pipetar com a boca;
Não usar vidrarias trincadas ou quebradas;
As superfícies devem ser descontaminadas pelo menos uma vez por dia e sempre após o respingo de qualquer material, sobretudo material infeccioso;
O laboratório deve ser mantido limpo e livre de todo e qualquer material não relacionado ás atividades nele executadas;
Para fins de pipetagem, devem ser utilizados dispositivos mecânicos auxiliadores tais como: pêras de borracha, pipetadores automáticos, etc.
É proibido o manuseio de maçanetas, telefones, puxadores de armários ou outros objetos de uso comum, por pessoas usando luvas durante a execução de atividades em que agentes infecciosos ou material corrossivo estejam sendo manipulados;
Quando necessário, fazer uso de máscara para poeira ou máscara de ar com filtro adequado para o tipo de produto químico que está sendo manipulado;
Todos os materiais tóxicos, sólidos ou líquidos, devem ser tratados adequadamente antes do descarte. O material a ser descartado deverá ser colocado em um recipiente à prova de vazamento e devidamente coberto, antes do seu transporte;
Sempre após a manipulação de substâncias químicas e antes de deixar o laboratório lavar as mãos;
Cada equipe é responsável pelo material utilizado na aula prática, portanto ao término do experimento limpar e guardar os materiais em seus devidos lugares;
No caso de quebra ou dano de vidrarias, materiais ou equipamentos, comunicar imediatamente ao professor ou ao técnico responsável;
Ao término da aula , desligar todos os equipamentos, fechar pontos de água e registro de gás;
Em caso de acidentes, avisar imediatamente o professor ou técnico responsável;
O não cumprimento destas normas poderá acarretar punição ao aluno ou à equipe;
Níveis de Biossegurança
 Para manipulação dos microrganismos pertencentes a cada uma das quatro classes de risco devem ser atendidos alguns requisitos de segurança, conforme o nível de contenção necessário. Estes níveis de contenção são denominados de níveis de Biossegurança.
 Os níveis são designados em ordem crescente, pelo grau de proteção proporcionado ao pessoal do laboratório, meio ambiente e à comunidade.
 O nível de Biossegurança 1, é o nível de contenção laboratorial que se aplica aos laboratórios de ensino básico, onde são manipulados os microrganismos pertencentes a classe de risco 1. Não é requerida nenhuma característica de desenho, além de um bom planejamento espacial e funcional e a adoção de boas práticas laboratoriais.
 O nível de Biossegurança 2 diz respeito ao laboratório em contenção, onde são manipulados microrganismos da classe de risco 2. Se aplica aos laboratórios clínicos ou hospitalares de níveis primários de diagnóstico, sendo necessário, além da adoção das boas práticas, o uso de barreiras físicas primárias (cabine de segurança biológica e equipamentos de proteção individual) e secundárias (desenho e organização do laboratório).
 O nível de Biossegurança 3 é destinado ao trabalho com microrganismos da classe de risco 3 ou para manipulação de grandes volumes e altas concentrações de microrganismos da classe de risco 2. Para este nível de contenção são requeridos além dos itens referidos no nível 2, desenho e construção laboratoriais especiais. Deve ser mantido controle rígido quanto a operação, inspeção e manutenção das instalações e equipamentos e o pessoal técnico deve receber treinamento específicosobre procedimentos de segurança para a manipulação destes microrganismos.
 O nível de Biossegurança 4, ou laboratório de contenção máxima, destina-se a manipulação de microrganismos da classe de risco 4, onde há o mais alto nível de contenção, além de representar uma unidade geográfica e funcionalmente independente de outras áreas. Esses laboratórios requerem, além dos requisitos físicos e operacionais dos níveis de contenção 1, 2 e 3, barreiras de contenção (instalações, desenho equipamentos de proteção) e procedimentos especiais de segurança.
3.2 - As vidrarias de laboratório
São em sua maioria, instrumentos de vidro cristal ou temperado, para que as medidas sejam precisas e o recipiente não reaja com a substância contida nele. Entretanto, as vidrarias de laboratório devem ser tratadas com o maior cuidado possível, principalmente porque o vidro utilizado é mais trabalhado que quaisquer outros vidros, por isso mais caros. Os materiais de metal podem servir para suporte e manuseio das vidrarias. Existem também materiais de porcelana, de borracha ou plástico e materiais que são fontes de aquecimento.
Algumas vidrarias:
Erlenmeyer: Utilizado principalmente em titulações.
Proveta ou cilindro graduado: É um cilindro graduado que serve para medir e transferir líquidos.
Almofariz com pistilo: Usado na trituração e pulverização de sólidos em pequena escala. Facilita a dissolução de amostras no estado “solido” dificultam a ação dos reagentes e/ ou (apenas) a dissolução dos mesmos.
Balão de fundo chato: Empregado no aquecimento ou armazenamento de líquidos.
Balão de fundo redondo: Usado para aquecimento de líquidos e reações com desprendimento gasoso.
Balão de destilação: É um dos componentes da aparelhagem utilizada nos processos de destilação. Este tipo de balão possui uma saída lateral onde é conectado o destilador.
Balão volumétrico: São balões usados no preparo de soluções.
Bureta: Tubo de vidro calibrado que serve para o escoamento de soluções padrão, utilizadas em titulações.
Cadinho: Utilizado para aquecimento a seco a temperaturas altas num processo denominado calcinação.
Cápsula de porcelana: Peça de porcelana usada para evaporar líquidos das soluções e na secagem de substâncias. Podem ser utilizadas em estufas desde que se respeite o limite de no
máximo 500°C.
Condensador: Condensar vapores de líquidos aquecidos.
Dessecador: Usado para resfriamento de substancias em atmosfera contendo baixo teor de umidade.
Funil de Buchner: Utilizado no equipamento de filtração a vácuo juntamente com o Kitassato.
Funil de Vidro: Usado em transferências de líquidos e em filtrações de laboratório, isto é na separação das fases de misturas heterogêneas.
Funil de Separação: Utilizado na separação de líquidos não miscíveis e na extração líquido/líquido.
Kitassato: Utilizado em conjunto com o funil de Büchner em filtrações a vácuo.
Pipeta Graduada: Usadas para medir pequenos volumes geralmente graduada em 0,1 mL.
Pipeta Volumétrica: Serve para medir volumes específicos é constituída caracteristicamente de um tubo com um bulbo. Mede volumes e elevada precisão.
Pipeta Automática: Tem como Vantagem a rapidez de uso. Para medir volumes reduzidos.
Tubo de ensaio: Para reações em pequena escala.
Vidro de relógio:Peça de Vidro de forma côncava é usada em análises e evaporações em pequena escala, além de auxiliar na pesagem de substâncias não voláteis e não higroscópicas. Não pode ser aquecida diretamente.
Anel ou Argola: Usado como suporte do funil na filtração.
Bico de Bunsen: Fonte de aquecimento conhecido também como bico de gás.
Estante para tubo de ensaio: É usada para suporte dos tubos de ensaio.
Garra de Condensador: Usada para prender o condensador à haste do suporte ou outras peças como balões, erlenmeyers etc.
Pinça de Madeira: Usada para prender o tubo de ensaio durante o aquecimento.
Pinça de Mohr: Esta pinça é muito utilizada para obstruir a passagem de um líquido ou gás que passa através de tubos flexíveis.
Pinça Metálica (Tenaz): Usada para manipular objetos aquecidos.
Pisseta ou Frasco lavador: Usada para lavagens de materiais ou recipientes, através de jatos de água, álcool ou outros solventes.
Suporte Universal: É composto por uma placa de ferro, e uma barra de ferro onde se colocam garras, prendedores e argolas para segurar os equipamentos. Utilizado em operações como: Filtração, Suporte para Condensador, Bureta, Sistemas de Destilação etc. Serve também para sustentar peças em geral.
Tela de Amianto: Atua como um distribuidor de calor em aquecimentos com bico de bunsen.
Tripé: Sustentáculo para efetuar aquecimentos de soluções em vidrarias diversas de laboratório. É utilizado em conjunto com a tela de amianto.
Espátulas e Colheres: Utilizadas para transferência de sólidos, são encontradas em aço inox, porcelana, níquel, osso e pp.
Trompa de Vácuo: Utilizada para provocar o vácuo.
Estufa: Usado para secagem de materiais e sólidos em geral. Um exemplo do emprego deste equipamento é a determinação de umidade nas substancias (105° C durante 3 horas).
Termômetros: É um instrumento que permite observar a temperatura que vão alcançando algumas substâncias que estão sendo aquecidas.
Balança Analítica: É um instrumento que tem uma grande sensibilidade de pesagem algumas chegam a 0, 0001 grama.
Bastão de Vidro: É um bastão maciço de vidro. Serve para agitar e facilitar as dissoluções, mantendo as massas liquidas em constante movimento. Também auxilia na filtração.
Mufa: É um adaptador do suporte universal e de outros utensílios.
Triângulo de Porcelana: Seve como suporte para cadinhos.
Estufa: É um tipo de estufa para altas temperaturas usada em laboratórios, principalmente de química.
Papel de Filtro: Papel poroso, que retém as partículas sólidas, deixando passar apenas a fase líquida.
Banho Maria: Usado no aquecimento lento de substancias as quais se encontram em um determinado recipiente e este se encontra mergulhado água quente.
Mariotte: Frasco utilizado para armazenamento de água destilada em laboratório.
Lamparina: É uma fonte de aquecimento. O combustível utilizado é o álcool.
Pêra: Usada para pipetar soluções.
Agitador/ aquecedor magnético: Usado para aquecimento de soluções e mistura de substancias, uma das aplicações mais notórias deste equipamento é no uso de titulações.
Manta Aquecedora: Usada para aquecimento.
Conclusão
	Contudo, é possível notar que a aula laboratorial requer muita atenção e conhecimento, desde a segurança física pessoal como a de todo o grupo. Neste aspecto, quanto mais conhecimento no que se pode usar, como deve manusear, entre outro qualquer tipo de conhecimento é fundamental para a garantia de uma boa execução em qualquer ação dentro de qualquer laboratório. Conhecer as vidrarias é de extrema importância e garante, além de bons resultados, mais agilidade e mais segurança dentro do ambiente de pesquisa e experimento. Então antes de qualquer ação dentro de um laboratório, analise, pergunte e busque conhecer o que é seguro e como deve ser feito. A sua vida e a vida de muitos dependem do seu simples ato de aprender.
Referencias:
LABORATÓRIO CENTRAL DO ESTADO DO PARANÁ. Manual de Biossegurança e Segurança Química em Laboratório de Saúde Pública. Curitiba: LACEN,2000;
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ. Manual de Aulas Práticas de Bioquímica. 4 ed. Curitiba: Editora da UFPR, 1995;
BAPTISTA, Maria João. Segurança em Laboratório Químico. Lisboa: Universidade Nova de Lisboa, 1979;
Centers for Disease Control and Prevention - CDC. Biosafety in microbiological and biomedical laboratories. 4a. ed. U.S. Department of Health and Human Services, Atlanta, 1999. 250p;
Farmacopéia Brasileira 3. Ed.

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