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ENGENHARIA DO PRODUTO Planejamento e processo do produto Ergonomia e design do produto JANDREI SARTORI SPANCERSKI KELLYN ARETHA ZOTTI BARON Definição de Produto “Qualquer elemento ou serviço que conjugue as propriedades de criação, qualidade, vestibilidade, aparência e preço a partir das vontades e anseios do mercado ao qual o produto se destina.” (Rech, 2002) Os produtos devem ter alguns atributos como: Qualidade (aumenta o valor percebido pelo consumidor); Características específicas (valor agregado X custo para empresa); Design ( aparência do produto X utilidade) Classificação dos produtos Bens de capital – utilizados por empresas em alguma atividade produtiva Bens de consumo – utilizados por indivíduos, geralmente no âmbito doméstico Definir as principais características do produto. Necessidade de reunir as características dos bens de capital e de consumo Atributos de um produto Utilidade; Qualidade; Facilidade de uso; Simplicidade; Clareza; Ordem; Naturalidade; Estética; Inovação Características desejáveis nos produtos Qualidade técnica – é a parte que faz funcionar o produto Qualidade ergonômica – garante uma boa interação do produto com o usuário Qualidade estética – proporciona atração e desejo “aos olhos” do consumidor Equilíbrio entre as qualidades As qualidades dos produtos são genéricas, porém, podem uma ou outra predominar sobre as outras. Exemplos: motor elétrico, alicates (ferramentas manuais), objetos de decoração. Ciclo de vida dos produtos segundo Kotler (1999) Descrição gráfica da história do produto, descrevendo estágios por qual o produto passa, desde os primeiros esforços para realizar o produto, até o final do suporte e o pós-venda. Estilo: ciclo de vida longo; Moda: ciclo de vida médio; Modismo: ciclo de vida curto. Este modelo nos possibilita definir a estratégia em relação ao novo produto, desenvolvimento de melhorias no produto atual e desenvolvimento de um novo produto. Gráfico do ciclo de vida de um produto Engenharia do produto É a área da engenharia de produção que cuida da parte do desenvolvimento do produto. Tem como foco, a qualidade, manufaturação, satisfação do cliente, pesquisa de mercado e produtos com grandes diferenciais. Estes produtos se baseiam, em valores empregados, design, pouca agressividade ao meio ambiente. É a ligação entre a engenharia do produto e a manufatura. Desenvolver produto que satisfaça as necessidades do cliente, utilizando de uma gama de ferramentas que serão apresentadas. Subdivide-se em: Gestão de desenvolvimento do produto (GPD); Processo de desenvolvimento do produto (PDP); Planejamento e projeto do produto (PPP); Tipos de engenharia do produto ENGENHARIA REVERSA – é o processo de descobrir princípios tecnológicos de um objeto, dispositivo ou sistema através da análise de sua estrutura, função e operação. ENGENHARIA SIMULTÂNEA – está voltada para a redução de tempo de desenvolvimento, para a melhor qualidade. Tecnologias avançadas de produção que reduzem custos e aumentam a satisfação dos clientes. ENGENHARIA DE VALOR – processos sistemático de análise de um produto que desempenhe o mesmo papel porém com custos inferiores ao nível de investimento. Planejamento e processo do produto (PPP) Processo baseado em um modelo de avaliação contínua, criada por Susan Jacobson (1991), utilizada e modificada por Suzana Padua (1994), que desenvolve produtos que atendam a expectativa do mercado em termos de qualidade, que sejam produzidos no tempo adequado e de forma mais rápida que os concorrentes e a um custo compatível com o orçamento da empresa. -O PPP determina como um produto é fabricado, tem grande influência no preço do produto e é a ligação entre o projeto e a fabricação. -Sua base é avaliar continuamente cada etapa, para que se possa obter indicadores de eficácia ou ineficácia das atividades adotadas. -Avaliação permite manter o que dá certo e modificar estratégias que não respondem às expectativas. Planejamento e processo do produto (PPP) As funções do planejamento do processo são selecionar e definir os processos a serem executados em uma peça de maneira econômica, de acordo com as especificações do projeto, verificando as condições de venda (como volume de vendas e prazos). O documento resultante do planejamento do processo, conhecido como plano de processo, é a base para se realizar o planejamento da produção e serve como referência à produção propriamente dita. Por isso é que se considera o planejamento do processo como o elo de ligação entre projeto e o planejamento da produção e também o chão-de-fábrica Plano de processo O plano de processo é um documento que reúne todas as informações necessárias para transformar o desenho do produto em um produto acabado. Cada empresa tem necessidades diferentes de documentação de processo, conforme a realidade do seu chão-de-fábrica, tanto em termos de equipamentos quanto em termos de pessoal. Apesar da diversidade de planos de processo existente, pode-se identificar pelo menos dois conjuntos de informações comuns a todos eles: Plano macro, determina a sequência de operações executadas no ambiente fabril, ou seja, especifica a rota pela qual a peça sendo fabricada irá passar. O plano macro é a base para o planejamento e controle da produção. Detalhamentos das operações, são informações de apoio ao chão-de-fábrica (instruções e croquis para montagem de máquinas e do ferramental, lista de ferramentas, instruções de qualidade , folha de CEP, programas CN, etc. ) Ferramentas que auxiliam no PPP CAD - Computer Aided Design; (Processos de desenho) CAPP – Computer Aided Process Planning; CAE – Computer Aided Engineering; PDM – Product Data Management CAM - Computer Aided Manufacturing; (Manufatura auxiliados pelo computador) QDF - Quality Function Deployment; DFMA - Design for manufacturing and Assembly; FMEA - Failure Modes and Effects Analysis. O Planejamento do Processo Convencional Início a partir do desenho do produto; Processista sequencia as operações do plano; O Planejamento do Processo Assistido por Computador (CAPP) Resolve os problemas do processo convencional; Qualidade da documentação enviada ao chão de fábrica, garantindo o domínio do processo; Divide-se em : 1 – Planejamento variante; 2 – Planejamento generativo interativo; 3 – Planejamento generativo automático; 4 – Planejamento híbrido Benefícios da aplicação do CAPP Redução do tempo de planejamento; Agilidade nas revisões; Padronização dos processos; Criação de uma base única de processos; Aumento na qualidade dos processos. ERGONOMIA DO PRODUTO Ergonomia Termo utilizado pelo polonês Wojciech Jastrzebowski em 1857 Data “oficial” de nascimento: 12 de julho de 1949 (Inglaterra) Termo proposto em 16 de fevereiro de 1950 (Inglaterra) Adquiriu status de disciplina formalizada no início da década de 1950 Estados Unidos adotou a denominação fatores humanos, ergonomia aceita como sinônimo Ergonomia do produto Até pouco tempo, o projeto e desenvolvimento de produtos era centrado em aspectos técnicos e funcionais, sendo que aspectos ergonômicos e de design eram totalmente desconsiderados. Hoje estes últimos, são considerados vantagens competitivas no mercado. Do ponto de vista ergonômico, os produtos são considerados como meios para que o homem possa executar determinada função, então, estes produtos passam a fazer parte do sistema homem-máquina-ambiente. O objetivo da ergonomia é estudar o sistema para que eles possam funcionar harmoniosamente . Adaptação ergonômica dos produtos O homem pré-histórico, fabricava armas de pedra lascada, adaptando-as às anatomias de suas mãos. 50 mil anos depois este produto foi adaptado antropometricamente, transformando-se em machadinha. Após a segunda metade do século XX, a ergonomia evolui, passando a abordar problemas cada vez mais amplos, de forma integrada e interdisciplinar. Fase 1 – Ergonomia dos knobs e mostradores Até a década de 50, o objetivo era de melhorar a relação homem-máquina Fisiologia do trabalho Reduzir a carga física do trabalho e os fatores de sobrecarga fisiológica, como temperatura ambiental e ruídos Fase 2 – Ergonomia de sistemas As décadas de 50 e 60 foram caracterizada pelo alargamento de visão da ergonomia Diversos aspectos de projeto foram identificados como fontes de problemas ergonômicos, e não apenas técnicos Sentiam deficiência no conhecimento sobre o desenvolvimento de sistemas complexos de trabalho Não se tratava mais de melhorar apenas os controles e mostradores, mas saber qual era a função do homem nesse sistema Fase 3 – Integração ao sistema produtivo A partir da década de 70, aquilo que era um trabalho esporádico, passou a ser atividade permanente dentro das empresas Trabalho em equipe, participando da concepção de novos sistemas A ergonomia deixou de ser superficial e passou a influir na própria especificação dos sistemas Este novo tipo de abordagem é conhecido como MACROERGONOMIA. Projeto universal O projeto universal preocupa-se em dotar o produto ou ambiente com as características que facilitem o seu uso pela maioria das pessoas, incluindo certas minorias, como os canhotos, idosos e portadores de deficiência (Jardim, 2002) É mais barato desenvolver esse tipo de produto, desde o início, do que produzir aparatos especiais para as minorias Usabilidade Facilidade e comodidade no uso dos produtos, tanto no ambiente doméstico como no profissional Controle remoto da TV – sentir conforto na pega e os botões suaves ao toque X proximidade e distribuição dos botões Projeto universal e usabilidade Projeto universal: Produto que atende a maioria da população; Usabilidade: Facilidade e comodidade no uso dos produtos Princípios do projeto universal 1 – Uso equitativo: dimensões, ajustes para maior número de usuários. Antropometria Princípios do projeto universal 2 – Flexibilidade no uso: destros/canhotos, escolha no modo de usar Princípios do projeto universal 3 – Uso simples e intuitivo: de fácil entendimento. Princípios do projeto universal 4 – Informação perceptível: apresentar as informações essenciais de forma redundante. Princípios do projeto universal 5 – Tolerância ao erro: arranjar controles de forma lógica, isolar perigos, advertir os erros.