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Unidade 1  
ABSOLUTISMO 
Olá,pronto (a) para mais um tema da nossa disciplina? Hoje, vamos tratar das duas revoluções que mudaram a forma como as pessoas viviam nos séculos XVIII e  XIX.     
Preste atenção ao que o rei Luis XV disse:     
"O ESTADO SOU EU"     
É exclusivamente na minha pessoa que reside o poder soberano... É só de mim que os meus tribunais recebem a sua existência e a sua autoridade; [...] a ordem pública inteira emana de mim, e os direitos e interesses da Nação [...] estão necessariamente unidos com os meus e repousam unicamente nas minhas mãos. (LUÍS XIV)      
Resposta do Rei Luís XIV ao Parlamento de Paris, na sua sessão de 3 de Março de 1766      
Com o poder centralizado no rei (ou monarca) e o crescimento da burguesia, a sociedade ficou organizada da seguinte forma:
1º Estado: formado pelo Rei com poder absoluto e pelo clero. 
2º Estado: grandes proprietários de terras e altos funcionários da Corte - a aristocracia. 
3º Estado: camponeses, comerciantes e artesãos (a burguesia).     
JUSTIFICATIVA PARA O ABSOLUTISMO    
Jacques Bossuet: "Todo poder vem de Deus. Os governantes, pois, agem como ministros de Deus e seus representantes na terra. Resulta de tudo isso que a pessoa do rei é sagrada e que atacá-lo é sacrilégio. O poder real é absoluto. O príncipe não precisa dar contas de seus atos a ninguém" (Citado em Coletânea de Documentos Históricos para o 1º grau. São Paulo, SE/CENP, 1978, p. 79.) 
Na Europa, filósofos começaram a indagar sobre os motivos que levam algumas pessoas terem mais direitos do que outras. Por que umas podem mandar e outras devem obedecer?  
Percebeu que não existia "santo"? O interesse de determinada classe movimentava a história. Cada tempo um interesse. O iluminismo será um movimento e a soma de conceitos que determina mudança do pensamento na história. Liberdade de expressão, econômica, que privilegia a razão. Influenciou a Rev. Francesa.     
O ILUMINISMO: IMPORTÂNCIA DAS IDEIAS  
Você já cultivou uma ideia até chegar a hora de colocá-la em ação? O escritor e estadista Victor Hugo (1802 - 1885) disse que "Não há nada mais poderoso do que uma ideia cujo momento tenha chegado".   
No século XVIII, uma nova corrente de pensamento começou a tomar conta da Europa defendendo novas formas de conceber o mundo, a sociedade e as instituições, o movimento iluminista. 
As desigualdades sociais acabaram produzindo ideias inovadoras que popularizaram e contribuíram para mudanças na política e sociedade em vários reinos da Europa. O desagrado com a Igreja contribui para a mudança do pensar. 
As explicações religiosas já não eram suficientes e com o Racionalismo e a Revolução científica, surgiram pensadores como Descartes:   
- Nunca devemos admitir aquilos senão pela razão nos mostra como evidente, em caso algum podemos aceitar o que nos é imposto pela nossa imaginação ou pelos nosso sentidos. –Descartes.
Os iluministas defendiam a igualdade, a tolerância religiosa ou filosófica, a liberdade pessoal e social, e a propriedade privada.     
A política econômica que vigorava no Antigo Regime era o Mercantilismo. Os iluministas criticaram o mercantilismo porque suas práticas traziam prejuízos à livre expansão do capitalismo. Veja no vídeo como essas relações se davam.    
Você se lembra do absolutismo? As desigualdades, as injustiças sociais eram enormes. Confira no vídeo alguns fatores que impulsionaram a revolução.
INFLUÊNCIA DO ILUMINISMO: AS REVOLUÇÕES FRANCESA E INDUSTRIAL    
    
O mundo que conhecemos hoje está ligado a dois acontecimentos na história da humanidade que mudaram radicalmente a forma da civilização ocidental: a Revolução Francesa e a Revolução Industrial.Ocorrendo em tempos semelhantes, as duas revoluções transformaram o mundo ocidental. Levaram à queda o absolutismo, o mercantilismo e o que ainda permanecia do regime senhorial. 
Podem ser apontadas como consequências: o individualismo econômico e o liberalismo político. Outro aspecto importante das duas revoluções trata-se do desenvolvimento da consciência de classe e das tensões entre a classe média e a classe operária que transformaram o cenário sócio e econômico na Europa depois de 1800.    
Vistas nas suas particularidades, a Revolução Francesa promoveu o desenvolvimento do nacionalismo e com ele o autoritarismo. Já com a Revolução Industrial, uma nova ordem social urbana foi criada, com os problemas próprios de falta de qualificação dos trabalhadores frente às novas demandas para o mundo do trabalho. 
As duas revoluções devem ser estudadas juntas, pois com elas o mundo ocidental modificou radicalmente a sua forma no século XIX e início do XX.    
Alguma vez você já mudou os seus conceitos, mudou os seus valores? A isso chamamos de revolução paradigmática. No século XVII e XVIII, alguns pensadores fizeram grande mudança na forma de pensar. Confira no vídeo.        
  
Viu como ideias promovem mudanças? A Revolução Francesa é conhecida como um dos mais significativos acontecimentos da história contemporânea. Tinha como bandeira de luta as ideias iluministas, que difundiam o lema "Liberdade, Igualdade, Fraternidade".Muitos países foram influenciados com esses ideais, pondo fim a regimes absolutistas e estabelecendo valores burgueses. Ocorreu entre 5 de maio de 1789 e 9 de novembro de 1799. Foi um período turbulento, em que o poder mudava de mãos com frequência, culminando com a convocação dos Estados Gerais, com a queda de Bastilha, e com o golpe de estado de Napoleão Bonaparte, conhecido como 18 de Brumário. Com a Revolução Francesa temos o início da idade contemporânea, com benefícios sociais conquistados pela revolução, como a eliminação da escravidão, da servidão e dos direitosfeudais, a promoção da liberdade e dos direitos individuais.      
ANTECEDENTES: A FRANÇA NO SÉCULO XVIII     
A extrema injustiça social era a marca da França Absolutista do século XVIII. O rei possuía poder para controlar todos os espaços da vida das pessoas. Desde a economia, a justiça, a política e até mesmo a religião dos súditos, de forma absoluta. Nessa época, a maior parte do povo francês vivia no campo em condições miseráveis, e ainda tinham de pagar altos impostos para a elite aristocrática, formada pelo alto clero, pela alta nobreza e a Família Real.      
     
Os trabalhadores não tinham direito ao voto e deveriam guardar para si as opiniões que tivessem sobre a forma de governo, pois poderiam ser considerados subversivos e presos na Bastilha, que era a prisão política da monarquia, correndo risco de serem condenados à guilhotina.
Embora o povo vivesse na miséria, o rei Luis XVI e Maria Antonieta, sua esposa, filhos e demais parentes, tiveram uma vida de alto luxo residindo em palácios suntuosos, sem pagar impostos, e fazendo festas requintadas à custa do dinheiro público.    
O rei, com o intuito de centralizar o poder e controlar a nobreza, levou 10 mil nobres para o palácio de Versalhes, a 20 km de Paris, onde passaram a viver no extremo do luxo, recebendo, de Luís XIV, terras, isenção de impostos e cargos públicos para si e seus dependentes.  
A situação estava insustentável, ficou pior após a morte de Luís XIV. Seu sucessor, Luís XV, herdou um país marcado por contradições que conduziriam à Revolução Francesa e à época Napoleônica, reconfigurando as relações internacionais e o mapa da Europa.     
Em 1788, a produção de alimentos foi altamente afetada em decorrência de severa seca, que provocou a subida dos preços dos alimentos, e as pessoas no campo e nas cidades começaram a padecer fome. Como se não bastassem os problemas que a França já tinha, o rei apoiou a Independência dos Estados Unidos, o que trouxe um prejuízo aos cofres públicos em torno de 2 bilhões de libras. O descontentamento era geral e esses fatores somados a outros, levaram a população urbana de Paris a se revoltar contra o rei, espalhando a revolta entre os camponeses e criando um ódio generalizado pela nobreza.    
ERA URGENTE SANEAR O CAOS    
A primeira medida dorei foi uma tentativa de reforma tributária e, para isso, incumbiu o ministro Turgot de realizá-la. Mas os nobres não aceitaram as medidas e o ministro resolveu demitir-se. Luis XVI, então, indicou Calonne, que convocou a Assembleia dos Notáveis, de nobres e clérigos (1787). Para o saneamento das despesas, o ministro propôs que para tirar o Estado da falência, nobres e clérigos abrissem mão dos privilégios tributários e pagassem impostos. Os nobres não só recusaram como provocaram revoltas nas províncias onde eram mais fortes.    
Para cobrir o déficit público, o rei aumentou mais uma vez os impostos, tornando mais pobre o povo que já passava por enormes dificuldades.     
Os burgueses abastados contribuíram também para aumentar as tensões sociais: exploravam o trabalho de pessoas que trabalhavam por jornadas e aprendizes, pagando a eles uma miséria enquanto viviam no luxo.
A Revolta Aristocrática    
Já ouviu dizer que o que está ruim ainda pode piorar? Pois foi isso que aconteceu quando, a partir de 1786, o nascente processo de industrialização francês entrou em crise,por causa de um tratado comercial com a Inglaterra, pelo qual os produtos agrícolas franceses tinham plena liberdade na Inglaterra em troca da penetração dos produtos industriais ingleses na França. A frágil indústria francesa não teve condições de suportara concorrência, entrando em crise.O resultado desse acordo foi o desemprego de centenas de operários que, sem meios de sobreviver, passaram a mendigar e buscar sustento na criminalidade, nas ruas das cidades, principalmente, em Paris.É evidente que tal medida tenha desagradado as classes dominantes que pressionaram o rei para cancelar a proposta dos ministros, criando um clima ainda mais tenso dentro do país. Indeciso Luis XVI foi aconselhado a convocar a Assembleia Nacional Constituinte ou Estados Gerais.
Composto por representantes dos três estados que tinham  direito a um voto, tornava perdida a causa do povo, pois havia interesses comuns entre clero e nobreza que votavam pelas mesmas decisões. 
O terceiro estado sabedor que não seria ouvido revolta-se e instaura a Assembleia Nacional Constituinte, criando nova Constituição para a França.    
    
A QUEDA DA BASTILHA  
As tochas iluminam rostos cansados e sofridos. O tumulto alastra-se rapidamente e ninguém sabe precisar ao certo o que pode acontecer. Paus, pedras, espadas, foices, ancinhos, tudo que pode servir como arma é usado. Os ricos, os padres e os aristocratas são arrancados de suas casas e igrejas e justiçados sumariamente e todos gritam: "Enforquem! Enforquem!".A Queda da Bastilha, destruída pelos revolucionários em 1789, em verdade foi a representação simbólica da eliminação de um monumento de opressão do Regime Absolutista. As ruas de Paris estavam repletas de pessoas correndo em busca de alimentos e de armas. Tudo culmina no dia 14 de julho, quando o povo invade a prisão da Bastilha.A essa altura dos acontecimentos, não havia mais espaço para a realeza e os nobres começam a deixar o país e os revolucionários invadiram as propriedades dos nobres.   
A ASSEMBLÉIA
O povo assume o poder e cria uma constituição que diminuía o poder do rei e cancelava as mordomias do clero e da nobreza. Estrategicamente, o rei deu a entender que aceitava aAssembleia Nacional Constituinte, mas impôs a condição de que o clero e a nobreza fizessem parte dela. Com a Assembleia, foram abolidos o regime feudal e senhorial e o dízimo. A venda de cargos públicos ficou proibida da mesma forma que a isenção tributária para pessoas de classes privilegiadas. O documento mais significativo produzido por essa assembleia foi a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, formulada a partir  dos três princípios da revolução:"Liberdade, Igualdade, Fraternidade". Pensada visando à igualdade de todos perante a lei e estabelecendo a liberdade individual. Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade.Artigo 1º
Dessa forma o Absolutismo e os princípios feudais são deixados para trás e a Idade Contemporânea foi inaugurada. 
Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão admitida na convenção de 1793:DECLARAÇÃO DOS DIREITOS DO HOMEM E DO CIDADÃO. 
A Assembléia Nacional estabeleceu-se como novo modelo do poder político representado por três grupos com interesses diferentes entre os deputados:
Falando pela alta burguesia à direita do plenário, sentavam-se os, os Girondinos que, eram conservadores e combatiam o crescimento do povo. 
Visando aumentar a participação do povo no poder, à esquerda sentavam-se os representantes das classes médias e baixa burguesia os Jacobinos.    
E representando a si mesmo ao centro encontrava-se o Grupo do Pântano, o mais numeroso, e que em alguns momentos apoiava os girondinos em outros apoiava os jacobinos. Dessas discussões surgiu a Constituição que, apesar de manter a monarquia, estabelecia a divisão do poder em três partes: Executivo, Legislativo e Judiciário. Nesse período, a igreja teve seus bens confiscados e a igualdade civil foi declarada. Os países vizinhos, preocupados com os impactos que a Revolução Francesa poderia causar às suas monarquias, aliaram-se aos nobres franceses refugiados; inclusive ao rei Luis XVI que esperava oportunidade para retomar o poder.     
Mas, os estrangeiros foram vencidos pela união dos jacobinos com o povo, que organizaram o exército e assumiram o poder. Constituíram as guardas nacionais e começaram a etapa mais radical da revolução conhecida como - A Convenção.     
A CONVENÇÃO  
A maioria dos representantes da Convenção era de jacobinos, representantes da pequena burguesia e do povo. Mas, havia também os girondinos que discordavam da radicalização do processo revolucionário e defendiam as conquistas da parcela mais abastada da burguesia. Os conceitos políticos de "direita" e "esquerda" que conhecemos hoje nasceram desses dois grupos.    
A Convenção foi perseguida por outros movimentos estrangeiros. Visando solucionar este problema e proteger-se, os membros da Convenção criaram um órgão responsável pela defesa e pela ordem interna que ficou conhecido como Comitê de Salvação Pública.     
Com o objetivo de atender à população, algumas medidas foram tomadas: os direitos feudais foram anulados, pequenas propriedades foram permitidas e os produtos de primeira necessidade tiveram seus preços tabelados.    
Outras medidas importantes foram: escolas públicas gratuitas foram erguidas, os salários foram regulados, o trabalhador adquiriu o direito de fazer e a miséria foi combatida. Entretanto, os traidores do ideal revolucionário perseguiam continuamente as decisões da Convenção; o que levou à fase do Terror dentro da revolução.     
Enquanto o Comitê de Salvação Nacional buscava resolver os problemas internos, o Tribunal Revolucionário perseguia e condenava à morte qualquer pessoa que se fosse vista como desleal à revolução. Um número estimado de 15 mil pessoas, entre jacobinos e girondinos, foram mandadas para a guilhotina. Com isso, o governo foi se desgastando, ganhando inimigos dentro de diversos setores políticos.    
Não demorou e os líderes da convenção  foram derrubados por aqueles que não concordavam com as alas radicais. Em 24 de julho de 1794, a Convenção foi deposta, fato ficou conhecido como a "reação termidoriana", que teve o nome inspirado no mês corrente em que aconteceu tal reviravolta política. Com a morte de Robespierre e Saint-Just, a alta burguesia reassumiu os destinos da Revolução Francesa. Rapidamente, as definições jacobinas foram abortadas e uma nova constituição elaborada - a Constituição do Ano III - deu origem a um novo órgão executivo: o Diretório.   
Unidade 2   
   
O DIRETÓRIO    
A burguesia consolidou suas demandas atendidas pelo Diretório que resolveu redigir outra Constituição. Receosa de perder os privilégios a alta burguesia entrega o poder a Napoleão Bonaparte que subiu ao poder por um golpe de Estadoem 1799, denominado de18 Brumário. Novo modelo de governo se estabelece: O Consulado, constituído por 3 cônsules que passam a governar a França sendo que Napoleão era o mais influente entre eles.     
Em 1804, na cerimônia de coroação, Napoleão surpreendeu a todos com o seu gesto: retirou a coroa das mãos do papa, deu as costas a ele e se autocoroou "imperador dos franceses". Em seguida, pessoalmente coloca a coroa na cabeça de Josefina, sua esposa. 
O CONGRESSO DE VIENA.     
Novamente, a burguesia se agita e, em 1830, nasce mais um movimento na França conhecido como Revoluções Liberais. As ideias desse movimento influenciam toda Europa e a proposta de Estado burguês de Napoleão retorna. Napoleão Bonaparte representou a consolidação da Revolução Francesa no modelo de regime voltado para os interesses da burguesia.    
Como imperador, e por meio de guerras, promoveu a expansão territorial da França, alterando significativamente o mapa geopolítico da Europa, implantou o Código Civil, que influenciaria a legislação da maioria dos países europeus que adotaram os princípios jurídicos contidos neste código. 
Napoleão conquistou muitos inimigos, que aguardavam qualquer falha para atacá-lo. O deslize ocorreu por uma falha tática quando invadiu a Rússia e foi surpreendido pelo rigoroso inverno daquele país. Suas tropas foram derrotadas em 1815 por uma aliança das potências europeias, culminando com a prisão de Napoleão. Num último fôlego tenta retornar ao poder, mas novamente é derrotado e exilado na Ilha de Santa Helena, local onde faleceu. 
 
A REVOLUÇÃO E SUAS FASES    
   
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
E aí, o que você achou do SR-71 Blackbird? Ele chega a uma velocidade de 4.800 km/h, sendo 3,5 vezes mais rápido que a velocidade do som. Imagine uma viagem da Europa para Brasil. Na época das grandes navegações, levaria em torno 1 mês e 20 dias para chegar ao seu destino, nos aviões atuais, de 12 horas, e nesta máquina pode ser realizado em 1 hora e meia. O desenvolvimento tecnológico muda inclusive a nossa noção de tempo e espaço.    
Hoje, estamos cercados de tecnologias, casas inteligentes, equipamentos high-tech de toda natureza, carros velozes etc. Diferentemente do passado, hoje, 10 minutos é muita coisa, e não é? Em 10 minutos um prédio é demolido! Uma intervenção cirúrgica no Brasil pode ser comandada na Alemanha, a aula do meu curso pode ser vista em qualquer canto do mundo. Mas, como o mundo tornou-se o que é? Como será que todas essas coisas se modificaram? É isso que vamos entender hoje, as revoluções industriais que não param de ocorrer.    
Por Revolução Industrial, entendem-se diversas inovações técnicas que terminaram por substituir a ferramenta pela máquina e promovendo a transição do  artesanato manual para a produção industrial concentrada nas fábricas.    
No século XVIII, um grande salto tecnológico nos transportes e máquinas definiu a mudança do mundo como o conhecíamos. O modo de produzir foi radicalmente modificado com a invenção das máquinas a vapor, principalmente os gigantes teares. Instaura-se umcomeço de conflito entre homem e desenvolvimento de tecnologia: milhares ficaram desempregados substituídos pela máquina, por outro lado, o preço de mercadorias ficou mais baixo e acelerou o ritmo de produção.    
As primeiras indústrias surgiram na Inglaterra no século XVIII; elas usavam o vapor como energia para movimentação das máquinas e produziam prioritariamente tecidos. 
Com a Revolução Industrial, o Capitalismo encontrou ambiente favorável ao seu desenvolvimento, gerando a sociedade capitalista, caracterizada pela produção de bens materiais.     
    
De um lado temos o grupo dos que detém os meios de produção, isto é, máquinas, terras, fábricas; por outro lado, outro grupo nada possui a não ser a sua força de trabalho. Por isso, só tem a escolha de vender a sua força de trabalho em troca de um salário. O grupo privilegiado é a burguesia - que além dos meios de produção, possui o capital. E o segundo grupo é formado pelos proletários. Do conflito entre as duas classes temos a luta de classes. Como a mão de obra para a operação e instalação das indústrias era necessária, os patrões ofereciam um salário miserável e uma jornada pesada aos artesãos, pois sabiam que eles não tinham alternativa. 
Ou aceitavam ou morriam de fome. Dessa forma, surge a classe dos proletariados.    
A Fábrica    
De maneira geral o ambiente das fábricas era precário, com péssima iluminação, abafado e sujo
Como os salários recebidos pelos trabalhadores eram muito baixos, empregavam-se as crianças e mulheres. A carga de horas a serem trabalhadas era muito pesada, chegando a 18 horas diárias, sujeito ainda a sofrer castigos corporais do patrão.    
Não havia direitos trabalhistas. Quando desempregados, ficavam sem nenhum tipo de auxílio e passavam por situações de grande necessidade.    
Com o intuito de garantir empregados trabalhando, os expulsos do campo eram obrigados a aceitarem duras condições de trabalho. Em 1601, passa a ser crime o desemprego e a mendicância, sendo obrigatório o trabalho nas chamadas "oficinas de caridade", que encaminhavam mão de obra as manufaturas inglesas.    
Ludismo: Reação dos trabalhadores     
Na Europa, houve articulação dos trabalhadores que se organizaram. Inicialmente, nas fábricas os trabalhadores formaram uma espécie de sindicato com o objetivo de melhorar as condições de trabalho.   
Outros se revoltaram e partiram para a violência como, por exemplo, o movimento conhecido por ludismo. Conhecidos como quebradores de máquinas, invadiam as fábricas e quebravam o que podiam numa forma de protesto e revolta com relação à vida dos empregados.     
   
A defesa do Liberalismo Econômico    
Com a expansão da industrialização surgem dúvidas se esse progresso beneficiaria a todos ou se  o individualismo cresceria alimentado pelo espírito de competição matando a solidariedade humana.    
Adam Smith apresenta uma tese em seu livro "A Riqueza das Nações" que é no mínimo perturbadora: o egoísmo é útil para a sociedade, pois leva a pessoa a se esforçar para melhorar a própria condição, o que poderia vir a ser a criação de riquezas.     
Defendia o Liberalismo Econômico, que era a ideia de plena liberdade econômica para que a iniciativa privada pudesse crescer sem obstáculos do Estado. Dessa livre concorrência nasceria um mercado regulado, com preços em queda pela concorrência e desenvolvimento tecnológico. . Sem a intervenção do estado o mercado aos poucos se ajustaria... Será?     
Para Smith, quando buscamos algo bom para nos mesmos, isso impacta positivamente na sociedade. Se buscarmos uma roupa que nos deixe alinhados, bonitos, o vendedor percebendo nossa intenção, procura nos indicar roupas de boa qualidade. 
 √ Mas, por qual motivo ele vende roupas boas para  pessoas que nem conhece? Seria porque ele gostaria de vê-las bem vestidas ou porque há uma comissão pela venda da roupa? 
    
Certamente, ele está de olho na comissão que vai receber, e foi o individualismo do vendedor que abriu a possibilidade de nos vestirmos  bem ou de realizarmos uma boa compra. A isso damos o nome de capitalismo.     
A REVOLUÇÃO DAS MÁQUINAS    
Temos um tempo de grande valorização das invenções, pois auxilia no aumento da produção, contribuindo para a geração de capitais - investidos em outras invenções, gerando aumento da produção e, consequentemente, mais capitais, resultando novas invenções, e assim por diante.    
O marco inicial da revolução técnica tem seu início em 1733, com a lançadeira volante de John Kay, que ampliou significativamente a produção de tecidos. Daí para frente, inúmeras tecnologias foram incrementadas.    
    
 CONSEQÜÊNCIAS DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL  
    
Com a Revolução Industrial, diversos setores da vida humana foram modificados: economia, política e também na forma de pensar. Com a invenção da locomotiva a vapor os transportes foram revolucionados, havendo então agilidade para recebimento de matérias primas e entregade mercadorias.   
Na questão política, o liberalismo econômico foi fortalecido na Revolução Industrial, definindo  o modo de produção capitalista.     
- 
Trabalho infantil    
Na dimensão do trabalho, as condições eram péssimas, sem preocupação com o trabalhador, sendo que muitos eram crianças exploradas e mulheres com salários muito abaixo do que  o dos homens.  A jornada de trabalho ficava em torno de catorze horas por dia.    
O trabalho infantil foi utilizado amplamente durante a Revolução Industrial como estratégia para reduzir os salários dos trabalhadores    
Com a Revolução Industrial, enorme contingente de pessoas deixa o campo e se muda para a cidade em busca de trabalho. A alta concentração de pessoas provocou problemas de saúde, de trabalho e de moradia. Desempregados, sem esperanças muitos passam a beber, degradando-se ainda mais.    
Conclusão    
A Revolução Industrial mudou a configuração do mundo promovendo a divisão do trabalho, a concentração industrial, e a implantação do capitalismo. O trabalho tornou-se assalariado e a agricultura foi industrializada. As cidades cresceram em número de habitantes com péssimas condições de trabalho, o que favoreceu a crítica ao capitalismo que veio sob a forma do Socialismo, que defendia a sua destruição.     
    
Nesse período, começa a valer o salário mínimo. O operário que não era dono de nada a não ser de seu corpo tinha de vender sua força de trabalho que era altamente explorada 
  
Muito bem, leram, ouviram, viram vídeos. Vamos, agora, falar um pouco em nosso fórum?    
    
Vimos como a Revolução Francesa e a Revolução Industrial influenciaram a política e a economia. Identifique  aspectos do mundo atual que possam ter sido originados no período das grandes revoluções.

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