Buscar

TUTELAS PROVISÓRIAS TJ SP

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Juliana Pereira 
www.profjulianapereira.com.br 
 
TUTELAS PROVISÓRIAS 
 
Tutela provisória é o mecanismo processual que 
pode ser requerido pelas partes e, se preenchidos os 
requisitos legais, o juiz poderá antecipar um 
provimento judicial de mérito ou acautelatório antes 
da prolação da decisão final, seja em virtude da 
urgência ou da plausibilidade do direito. 
 
Atualmente, as tutelas provisórias são divididas da 
seguinte forma: 
 
1. TUTELA DE URGÊNCIA → que podem ser 
requeridas em caráter antecedente ou incidental 
(art. 294, parágrafo único). Essas são divididas em: 
-Antecipada (satisfativa) →
𝑎𝑑𝑖𝑎𝑛𝑡𝑎𝑟 𝑜𝑠 𝑒𝑓𝑒𝑖𝑡𝑜𝑠 𝑑𝑎 𝑑𝑒𝑐𝑖𝑠ã𝑜 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙; 
-Cautelar →
𝑎𝑠𝑠𝑒𝑔𝑢𝑟𝑎𝑟 𝑠𝑒𝑢 𝑟𝑒𝑠𝑢𝑙𝑡𝑎𝑑𝑜 𝑝𝑟á𝑡𝑖𝑐𝑜. 
 
Requisitos (art. 300): 
1º PROBABILIDADE DO DIREITO SUBSTANCIAL 
(fumus boni iuris). 
2º PERIGO DE DANO OU RISCO AO RESULTADO ÚTIL 
PROCESSO (periculum in mora); 
 
2. TUTELA DE EVIDÊNCIA →
𝒑𝒓𝒆𝒗𝒊𝒔𝒕𝒂 𝒏𝒐 𝒂𝒓𝒕. 𝟑𝟏𝟏 𝑪𝑷𝑪 . 
 
Na tutela de evidência, a probabilidade do direito 
material é de 100%, mas continuará provável até a 
declaração definitiva e a parte contrária suporta os 
efeitos da demora do processo. Nesse caso, 
dispensa-se o perigo de dano ou risco ao resultado 
útil do processo (periculum in mora), ou seja, será 
concedida, independentemente da demonstração de 
perigo de dano ou de risco ao resultado útil do 
processo. 
 
 
 
O Código de Processo Civil divide assim o tema: 
1. Disposições gerais das Tutelas Provisórias 
(294 até 299); 
2. Disposições gerais das Tutelas de Urgência 
(300 até 302); 
3. Procedimento da Tutela Antecipada 
requerida em caráter antecedente (303 até 
304); 
4. Procedimento da Tutela Cautelar requerida 
em caráter antecedente (305 até 310); 
5. Tutela de Evidência (art. 311). 
 
Quem pode requerer as tutelas provisórias? 
 
Em regra, o autor, sendo vedada a concessão pelo 
juiz de ofício. O réu poderá pleitear na reconvenção 
ou nas ações dúplices. Exemplo: numa ação 
reivindicatória, pode o réu pleitear a declaração de 
usucapião. 
 
Quando pode ser concedida? 
 
A qualquer tempo, durante o processo (incidental), 
ou até mesmo em caráter antecedente (antes da 
propositura da ação – arts. 305 e seguintes), e em 
qualquer procedimento: comum, especiais, 
execução, juizados especiais, fase recursal (tutela 
antecipatória recursal) e nos processos de 
competência originaria dos tribunais. 
 
- DISPOSIÇÕES GERAIS DAS TUTELAS PROVISÓRIAS. 
 
1. A TUTELA PROVISÓRIA REQUERIDA EM CÁRÁTER 
INCIDENTAL INDEPENDE DO PAGAMENTO DE 
CUSTAS (ART. 295). 
 
2. TUTELA PROVISÓRIA CONSERVA SUA EFICÁCIA NA 
PENDÊNCIA DO PROCESSO, MAS PODE, A QUALQUER 
TEMPO, SER REVOGADA OU MODIFICADA E SALVO 
DECISÃO JUDICIAL CONTRÁRIA, CONSERVA SUA 
EFICÁCIA DURANTE O PERÍODO DE SUSPENSÃO DO 
PROCESSO (ART. 296). 
 
Exemplos de modificação: 
Tutelas 
Provisórias
Urgência 
Antecipada
Cautelar
Evidência
Juliana Pereira 
www.profjulianapereira.com.br 
 
1. Pedido de revogação com substituição de 
arresto pela caução; 
2. Apresentação pelo réu de prova capaz de 
gerar dúvida a que se refere o art. 311, IV. 
 
Art. 311. A tutela da evidência será 
concedida, independentemente da 
demonstração de perigo de dano ou de 
risco ao resultado útil do processo, 
quando: 
IV - a petição inicial for instruída com 
prova documental suficiente dos fatos 
constitutivos do direito do autor, a que 
o réu não oponha prova capaz de 
gerar dúvida razoável. 
 
3. O JUIZ PODERÁ DETERMINAR AS MEDIDAS QUE 
CONSIDERAR ADEQUADAS PARA EFETIVAÇÃO DA 
TUTELA PROVISÓRIA. A EFETIVAÇÃO DA TUTELA 
PROVISÓRIA OBSERVARÁ AS NORMAS REFERENTES 
AO CUMPRIMENTO PROVISÓRIO DA SENTENÇA, NO 
QUE COUBER. 
 
→ O art. 297 consagra poder geral de cautela do juiz: 
embora não haja mais previsão das ações cautelares 
típicas, como arresto, sequestro e busca e apreensão, 
nada obsta que o juiz determine uma ou outra 
medida, por exemplo. 
 
A tutela provisória não impugnada ou com 
impugnação mediante recurso sem efeito 
suspensivo, poderá ser executada provisoriamente 
(Art. 297, parágrafo único). 
 
4. A COMPETÊNCIA PARA APRECIAR A TUTELA 
PROVISÓRIA SERÁ DO JUÍZO DA CAUSA QUANDO ELA 
FOR REQUERIDA EM CARÁTER INCIDENTAL; SERÁ DO 
JUÍZO COMPETENTE PARA CONHECER DO PEDIDO 
PRINCIPAL QUANDO REQUERIDA EM CARÁTER 
ANTECEDENTE (ART. 299). 
 
- TUTELA PROVISÓRIA E RECURSO. 
 
Cabe Agravo de Instrumento (Art. 1.015, I) 
→ quando concedida, confirmada ou 
revogada em caráter incidental. Não tem 
efeito suspensivo automático, mas o relator 
poderá conceder (art. 1.019, I). 
 
Cabe Apelação (Art. 1.013, § 5º) → quando 
concedida, confirmada ou revogada na 
sentença. Regra: Apelação tem efeito 
suspensivo ope legis, salvo as hipóteses do 
§ 1º, art. 1.012, como exemplo, decisão que 
confirma, concede ou revoga tutela 
provisória. 
 
- DISPOSIÇÕES GERAIS SOBRE AS TUTELAS DE 
URGÊNCIA (CAUTELAR E ANTECIPADA). 
1. FUNGIBILIDADE. 
 
Se a parte requerer tutela antecipada de forma 
inadequada, quando na realidade o pedido é de 
tutela cautelar, o juiz pode converter a 
tutela antecipada inadequada em 
tutela cautelar adequada e a tutela cautelar 
inadequada em tutelada antecipada adequada. 
 
Art. 305. A petição inicial da ação que 
visa à prestação de tutela cautelar em 
caráter antecedente indicará a lide e 
seu fundamento, a exposição sumária 
do direito que se objetiva assegurar e 
o perigo de dano ou o risco ao 
resultado útil do processo. 
Parágrafo único. Caso entenda que o 
pedido a que se refere o caput tem 
natureza antecipada, o juiz observará 
o disposto no art. 303. 
 
2. REQUISITOS PARA TUTELAS PROVISÓRIAS DE 
URGÊNCIA. 
 
A) PROBABILIDADE DO DIREITO INVOCADO + 
PERIGO DE DANO 
Ex.: iminência de vir a público uma publicidade 
enganosa, com alta potencialidade de dano ao 
consumidor. 
Juliana Pereira 
www.profjulianapereira.com.br 
 
B) PROBABILIDADE DO DIREITO INVOCADO + O 
RISCO AO RESULTADO ÚTIL DO PROCESSO 
(art. 300, caput) 
Ex.: o fato de o devedor estar dilapidando seu 
patrimônio pode ensejar arresto de bens. 
 
3. PRESTAÇÃO DE CAUÇÃO REAL OU FIDEJUSSÓRIA: 
somente se o juiz exigir. 
 
Art. 300. [...] 
§ 1º Para a concessão da tutela de 
urgência, o juiz pode, conforme o caso, 
exigir caução real ou fidejussória 
idônea para ressarcir os danos que a 
outra parte possa vir a sofrer, podendo 
a caução ser dispensada se a parte 
economicamente hipossuficiente não 
puder oferecê-la. 
 
4. A REVERSIBILIDADE DOS EFEITOS DA DECISÃO 
COMO CONDICIONANTE PARA DEFERIMENTO DA 
TUTELA DE URGÊNCIA DE NATUREZA ANTECIPADA. 
 
Art. 300. [...] 
§ 3º A tutela de urgência de natureza 
antecipada não será concedida 
quando houver perigo de 
irreversibilidade dos efeitos da 
decisão. 
 
5. A TUTELA DE URGÊNCIA (CAUTELAR OU 
ANTECIPATÓRIA) PODE SER CONCEDIDA 
LIMINARMENTE OU APÓS JUSTIFICAÇÃO PRÉVIA 
(ART. 300, § 2º). 
 
6. INDENIZAÇÃO PELOS PREJUÍZOS DECORRENTES 
DA TUTELA DE URGÊNCIA. 
 
Art. 302. Independentemente da 
reparação por dano processual, a 
parte responde pelo prejuízo que a 
efetivação da tutela de urgência 
causar à parte adversa, se: 
I - a sentença lhe for desfavorável; 
II - obtida liminarmente a tutela em 
caráter antecedente, não fornecer os 
meios necessários para a citação do 
requerido no prazo de 5 (cinco) dias; 
III - ocorrer a cessação da eficácia da 
medida em qualquer hipótese legal; 
IV - o juiz acolher a alegação de 
decadência ou prescrição da 
pretensão do autor. 
Parágrafo único. A indenização será 
liquidada nos autos em que a medida 
tiver sido concedida, sempre que 
possível. 
 
7. A TUTELA DE URGÊNCIA DE NATUREZA CAUTELAR 
PODE SER EFETIVADA MEDIANTE ARRESTO, 
SEQUESTRO, ARROLAMENTO DE BENS, REGISTRO DE 
PROTESTOCONTRA ALIENAÇÃO DE BEM E 
QUALQUER OUTRA MEDIDA IDÔNEA PARA 
ASSEGURAÇÃO DO DIREITO (ART. 301). 
 
- PROCEDIMENTO DA TUTELA ANTECIPADA 
REQUERIDA EM CARÁTER ANTECEDENTE. 
 
Nos casos em que a urgência for contemporânea à 
propositura da ação, a petição inicial pode limitar-se 
ao requerimento da tutela antecipada e à indicação 
do pedido de tutela final, com a exposição da lide, do 
direito que se busca realizar e do perigo de dano ou 
do risco ao resultado útil do processo. O pedido 
deverá indicar o valor da causa, que deve levar em 
consideração o pedido de tutela final. 
 
Se concedida a tutela antecipada, o autor deverá 
aditar a petição inicial (sem necessidade de 
recolhimento de novas custas), com a 
complementação de sua argumentação, a juntada 
de novos documentos e a confirmação do pedido de 
tutela final, em 15 dias ou em outro prazo maior que 
o juiz fixar. Se o autor não aditar a inicial, o processo 
será extinto sem resolução do mérito. Após, o réu 
será citado e intimado para a audiência de 
conciliação ou de mediação, nos termos do art. 334, 
CPC. Se não houver acordo, abre prazo para o réu 
apresentar contestação, nos termos do art. 335, 
CPC. 
Juliana Pereira 
www.profjulianapereira.com.br 
 
Se não concedida a tutela antecipada tutela 
antecipada, o órgão jurisdicional determinará a 
emenda da petição inicial em até 5 dias, sob pena de 
ser indeferida e de o processo ser extinto sem 
resolução de mérito. 
 
Resumindo: 
• JUIZ CONCEDE: AUTOR EMENDA A PETIÇÃO 
INICIAL COM JUNTADA NOVOS 
DOCUMENTOS E CONFIRMAÇÃO DO 
PEDIDO EM 15 DIAS OU OUTRO PRAZO QUE 
JUIZ FIXAR; 
• JUIZ INDEFERE: AUTOR EMENDA A PETIÇÃO 
INICIAL COM JUNTADA NOVOS 
DOCUMENTOS E CONFIRMAÇÃO DO 
PEDIDO EM 5 DIAS; 
 
E se, deferida a liminar, a emenda não for realizada? 
 
Poderá ocorrerá a estabilização da tutela, mesmo se 
o processo for extinto: 
1. Se requerida nos termos do art. 303; 
2.Onde o interesse ÚNICO do autor se satisfaz com a 
concessão da tutela antecipada liminarmente; 
3. O Réu não oferecer recurso (agravo de 
instrumento). 
 
Obs.: Ocorrerá a estabilização da tutela, mesmo com 
a extinção sem julgamento do mérito, nos termos do 
art. 304, caput. 
Exemplo: tutela para serasa tirar nome cadastro de 
inadimplentes; tutela contra instituição financeira 
para apresentar documento. 
Porém, qualquer das partes poderá demandar a 
outra com o intuito de rever, reformar ou invalidar a 
tutela antecipada estabilizada. 
No entanto, a tutela antecipada conservará seus 
efeitos enquanto não revista, reformada ou 
invalidada por decisão de mérito proferida na ação 
autônoma. 
Para propor ação com objetivo de rever, reformar ou 
invalidar a tutela antecipada estabilizada, qualquer 
das partes poderá requerer o desarquivamento dos 
autos em que foi concedida a medida, para instruir a 
petição inicial da ação, prevento o juízo em que a 
tutela antecipada foi concedida. 
 
Prazo ► O direito de rever, reformar ou invalidar a 
tutela antecipada, extingue-se após 2 (dois) anos, 
contados da ciência da decisão que extinguiu o 
processo que estabilizou a tutela. 
 
IMPORTANTE: A decisão que concede a tutela não 
fará coisa julgada, mas a estabilidade dos respectivos 
efeitos só será afastada por decisão que a revir, 
reformar ou invalidar, proferida em ação ajuizada 
por uma das partes. 
 
- PROCEDIMENTO DA TUTELA CAUTELAR REQUERIDA 
EM CARÁTER ANTECEDENTE 
Diferentemente da tutela satisfativa, a tutela 
cautelar é uma medida meramente assecuratória, 
que visa assegurar resultado prático de um direito. 
Ex.: o credor descobre que o devedor está 
dilapidando seu patrimônio e pede para o juiz, 
cautelarmente, o arresto de bens, para garantir que 
o devedor não possa se desfazer de seus bens, 
assegurando eventual execução contra ele. 
A petição inicial da ação que visa à prestação de 
tutela cautelar em caráter antecedente indicará a 
lide e seu fundamento, a exposição sumária do 
direito que se objetiva assegurar e o perigo de dano 
ou o risco ao resultado útil do processo. 
O réu será citado para, no prazo de 5 dias, contestar 
o pedido e indicar as provas que pretende produzir. 
Se o réu contestar, o processo segue pelo 
procedimento comum do Código de Processo Civil 
(art. 318 e seguintes, CPC). 
Se o réu não contestar o pedido, os fatos alegados 
pelo autor presumir-se-ão aceitos pelo réu como 
ocorridos, caso em que o juiz decidirá dentro de 5 
dias. 
Após efetivada a tutela cautelar, o pedido principal 
terá de ser formulado pelo autor no prazo de 30 dias, 
caso em que será apresentado nos mesmos autos 
em que deduzido o pedido de tutela cautelar, não 
dependendo do adiantamento de novas custas 
processuais – chamada de tutela provisória de 
urgência cautelar antecedente. 
Juliana Pereira 
www.profjulianapereira.com.br 
 
O pedido principal pode ser formulado 
conjuntamente com o pedido de tutela cautelar – 
chamada de tutela provisória de urgência cautelar 
incidental. 
Se o pedido de tutela provisória de urgência cautelar 
for antecedente, a causa de pedir poderá ser aditada 
no momento de formulação do pedido principal. 
Apresentado o pedido principal, as partes serão 
intimadas para a audiência de conciliação ou de 
mediação (art. 334, CPC), por seus advogados ou 
pessoalmente, sem necessidade de nova citação do 
réu. Não havendo acordo, abrirá prazo para o réu 
contestar, nos termos do art. 335, CPC.. 
 
IMPORTANTE: Cessa a eficácia da tutela concedida 
em caráter antecedente: 
- se o autor não deduzir o pedido principal no prazo 
legal 
- se a tutela deferida pelo juiz não for efetivada pelo 
autor dentro de 30 dias 
- se o juiz julgar improcedente o pedido principal 
formulado pelo autor 
- se o juiz extinguir o processo sem resolução de 
mérito. 
Se por qualquer motivo cessar a eficácia da tutela 
cautelar, é vedado à parte renovar o pedido, salvo 
sob novo fundamento. 
 
O indeferimento da tutela cautelar pelo juiz não 
impede que a parte formule o pedido principal, nem 
influi no julgamento desse, salvo se o motivo do 
indeferimento for o reconhecimento de decadência 
ou de prescrição. 
 
- TUTELA PROVISÓRIA DE EVIDÊNCIA (ART. 311). 
 
Nesse caso, o juiz antecipa provisoriamente o pedido 
final através de uma decisão interlocutória (é um 
julgamento antecipado da lide, mas provisório até 
decisão final). 
 
A tutela da evidência será concedida, 
independentemente da demonstração de perigo de 
dano ou de risco ao resultado útil do processo, nas 
seguintes hipóteses: 
• ficar caracterizado o abuso do direito de 
defesa ou o manifesto propósito 
protelatório da parte; 
• as alegações de fato puderem ser 
comprovadas apenas documentalmente e 
houver tese firmada em julgamento de 
casos repetitivos ou em súmula vinculante 
e, nessa hipótese, o juiz poderá decidir 
liminarmente. 
• se tratar de pedido reipersecutório fundado 
em prova documental adequada do 
contrato de depósito, caso em que será 
decretada a ordem de entrega do objeto 
custodiado, sob cominação de multa e, 
nessa hipótese, o juiz poderá decidir 
liminarmente. 
• a petição inicial for instruída com prova 
documental suficiente dos fatos 
constitutivos do direito do autor, a que o 
réu não oponha prova capaz de gerar 
dúvida razoável. 
 
Exemplos de tutela da evidência: 
- X (AUTOR) propõe uma ação para obter a 
restituição de uma taxa que, em sede de recurso 
repetitivo, foi reconhecida como devida. Sendo 
assim, se já se sabe, de antemão, que o direito 
material é devido, antecipa-se a tutela, que é 
evidente, em razão da tese firmada em recurso 
repetitivo. 
- Réu, litigante habitual do Judiciário, apresenta 
defesa-padrão fundamentada em 
jurisprudência ultrapassada e em leis declaradas 
inconstitucionais, além de não apresentar 
impugnação específica, contestando pedidos 
que sequer constamda petição inicial e 
requerendo a produção de diversas provas. 
Assim, o juiz não precisa observar todos os 
procedimentos processuais e marcar audiência 
de instrução e julgamento, pois a intenção da 
defesa e dos pedidos de provas representam 
abuso do réu. Em caráter sancionatório e diante 
do evidente propósito protelatório, o juiz pode 
antecipar a tutela.

Continue navegando