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TUTELAS PROVISÓRIAS 
 
 
Primeiramente, é preciso deixar claro que os conceitos de tutela de urgência e tutela 
de evidência já eram trabalhados, há muito, na doutrina, não sendo uma inovação do CPC/15 
(Lei 13.105/15, aqui referido como “NCPC”), o qual apenas as positivou e sistematizou. A tutela 
provisória é gênero, do qual tutela de urgência e evidência são espécies. Isso fica claro no art. 
294, caput, do NCPC: 
 
Art. 294. A tutela provisória pode fundamentar-se em urgência ou evidência. 
 
O tema pode parecer um pouco confuso, contudo, veja, de forma sintética, as tabelas 
abaixo que simplificam o estudo: 
 
Características da tutela PROVISÓRIA: 
1. Cognição sumária 
2. Precariedade – pode ser revista (revogada ou modificada) a qualquer tempo, por 
decisão fundamentada 
3. Não faz coisa julgada material (só a tutela definitiva faz) 
 
Tutela provisória de URGÊNCIA – requisitos: 
1. probabilidade do direito 
(verossimilhança fática + 
plausibilidade jurídica) 
2. perigo de dano ou o risco ao 
resultado útil do processo 
3. tutela antecipada: 3º requisito = 
reversibilidade 
Tutela provisória de EVIDÊNCIA – requisitos: 
1. evidência do direito 
2. fatos comprovados (exceto inciso I, 
art. 311) 
Em qualquer das hipóteses, pode ser 
concedida sem prévia oitiva do réu (art. 300 
§2º) 
Só pode ser concedida inaudita altera parte 
nos casos dos incisos II e III. 
 
 
 
 
 
 
 
 Agora vamos fixar algumas premissas conceituais sobre os tipos de tutela 
jurisdicional1: 
 
1: “Provisória” significa a tutela que será futuramente substituída por outra (a tutela 
definitiva). É uma tutela concedida por decisão de cognição sumária, precária e que não faz 
coisa julgada material. 
 
2: O que fizeram com a “tutela antecipada” do CPC/73? Aquela “tutela antecipada” nada mais 
era que antecipação dos efeitos da tutela final. A melhor doutrina já dizia que era possível 
obter a antecipação de uma tutela cautelar ou de uma tutela satisfativa, ou seja, já era 
possível, embora não fosse comum, com fundamento no art. 273 do antigo Código, pedir uma 
“tutela antecipada cautelar” ou uma “tutela antecipada satisfativa”. 
 
Pois bem, a antecipação dos efeitos da tutela final agora é chamada de tutela provisória. 
 
3. A tutela que se antecipa tem o mesmo caráter finalístico da tutela final (o fim pretendido 
com a concessão da tutela é o mesmo, só é requerido antecipadamente, por motivo de 
urgência ou por motivo de evidência). 
 
 
Sistematizando: 
TUTELA PROVISÓRIA cognição SUMÁRIA (superficial) 
 Profundidade da COGNIÇÃO 
TUTELA DEFINITIVA cognição EXAURIENTE 
 
 
 A TUTELA PROVISÓRIA PODE SER: 
 
 
 
1 
 Há diversos outras classificações, como por exemplo: tutela preventiva (visa a evitar o dano), 
reintegratória (restaurar a situação atual ao seu estado anterior) e ressarcitória (reparar/compensar 
danos já ocorridos). 
 
 
 
 
 
 
 
 
(*) o perigo da demora pelo perecimento do direito ou o risco ao resultado útil do processo é o 
motivo, a causa motriz do pedido da tutela provisória de urgência, mas o seu fundamento não 
é apenas esse, é um duplo fundamento: a probabilidade do direito (+) perigo/risco. 
 
 COMPETÊNCIA: art. 299 
Art. 299. A tutela provisória será requerida ao juízo da causa e, quando antecedente, 
ao juízo competente para conhecer do pedido principal. 
 
Parágrafo único. Ressalvada disposição especial, na ação de competência originária 
de tribunal e nos recursos a tutela provisória será requerida ao órgão jurisdicional 
competente para apreciar o mérito. 
 
 LEGITIMIDADE para requerer: partes e MP (incluindo terceiro interveniente que se 
torne parte). 
 
 
O réu pode pedir tutela provisória em seu favor? 
Sim, por ex: em pedido contraposto, ou em reconvenção (sendo que nesta, na verdade, o réu 
já é autor). 
 
 
A) TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA 
 
 
 Quanto à FINALIDADE da tutela, a tutela PROVISÓRIA DE URGÊNCIA pode ser: 
 
 
• Motivo da tutela: PERIGO/RISCO (*) Tutela de Urgência 
• Motivo da tutela: EVIDÊNCIA DO DIREITO Tutela de Evidência 
 
 
 
 
 
TUTELA ANTECIPADA Alcançar o bem da vida (*) 
 FINALIDADE 
TUTELA CAUTELAR Assegurar a utilidade do 
provimento final 
(“conservativa”) 
 
 A tutela satisfativa busca alcançar o bem da vida a que faz jus o autor. Quando é 
requerida em sede de tutela provisória de urgência (tutela antecipada), ela busca 
alcançar o bem da vida antes que ele pereça (perigo de dano ao direito). Requisito 
específico da tutela provisória de urgência satisfativa: reversibilidade. Assim como o 
CPC/732 já dizia, o NCPC prevê: 
 
Art. 300 § 3o A tutela de urgência de natureza antecipada não será concedida 
quando houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão. 
 
Obs: Na vigência do CPC/73, a jurisprudência do STJ, acolhendo a doutrina, sempre afirmou 
que esse óbice da irreversibilidade não era absoluto. O juiz, ao receber o pedido de tutela 
provisória, faz um juízo do “mal maior”. Se o risco de perecimento do direito for um “mal 
maior” para o autor que o mal da irreversibilidade, para o réu, o juiz pode conceder. Tais 
ponderações doutrinárias se aplicam da mesma forma ao novo Código. 
 A tutela cautelar é instrumental3, acessória, e temporária (veja art. 309 NCPC4): busca 
evitar que o processo, pelo tempo que leva para se concluir, se torne inútil ao autor 
(ex: ação de cobrança ajuizada e réu começa a dilapidar seu já pequeno patrimônio: o 
arresto dos seus bens é deferido para evitar que a futura penhora reste frustrada) 
 
 
2 
 Art. 273 § 2º Não se concederá a antecipação da tutela quando houver perigo de irreversibilidade do 
provimento antecipado. 
3 
 Todo processo é um instrumento e, em geral, é um instrumento que serve ao direito material postulado 
em juízo. O processo cautelar, por sua vez, é um instrumento que serve a outro processo (o principal), por isso é 
famosa a frase de Calamandrei de que o processo cautelar é um instrumento ao quadrado (instrumento² = 
instrumento do instrumento). 
4 
 Art. 309. Cessa a eficácia da tutela concedida em caráter antecedente, se: 
 I - o autor não deduzir o pedido principal no prazo legal; ; (temporariedade) 
 II - não for efetivada dentro de 30 (trinta) dias; (temporariedade) 
 III - o juiz julgar improcedente o pedido principal formulado pelo autor ou extinguir o processo sem 
resolução de mérito. (acessoriedade ou referibilidade) 
 Parágrafo único. Se por qualquer motivo cessar a eficácia da tutela cautelar, é vedado à parte renovar o 
pedido, salvo sob novo fundamento. 
 
 
 
 
 
OBS.1: A intenção do NCPC foi nitidamente unificar o regime das tutelas de urgência, tentando 
abandonar a discussão predominantemente teórica sobre a relevância da distinção entre 
tutela cautelar/não satisfativa x tutela antecipada/satisfativa5. Nesse sentido, veja o art. 300, 
caput: 
 
Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a 
[probabilidade do direito] e [o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo]. 
Fungibilidade: art. 305 §único: Parágrafo único. Caso entenda que o pedido a que se refere o 
caput tem natureza antecipada, o juiz observará o disposto no art. 303. 
 
OBS²: O NCPC acabou com as antigas cautelares autônomas: não há mais a necessidade de 
instaurar um processo autônomo unicamente para obter a tutela cautelar. Ou você a requer 
de maneira antecedente, ou incidentalmente, mas sempre dentro de um só processo. 
 
OBS³: Atipicidade das medidas cautelares. Ao contrário do CPC/73, que previa expressamente 
medidas cautelares específicas (as chamadas “cautelares nominadas”, como o arresto e o 
sequestro), o NCPC consagra a atipicidade das medidas cautelares como decorrência do poder 
geral de cautela, previsto no art. 301,que apenas exemplifica algumas medidas cautelares. 
 
Art. 301. A tutela de urgência de natureza cautelar pode ser efetivada mediante arresto, sequestro, 
arrolamento de bens, registro de protesto contra alienação de bem e qualquer outra medida idônea 
para asseguração do direito. 
 
OBS4: A tutela de EVIDÊNCIA é sempre satisfativa, justamente porque o direito é evidente e, 
provados os fatos, você pode satisfazê-lo de modo antecipado, ainda que provisoriamente, 
sem a imutabilidade da coisa julgada). 
 
Ou seja: 
 
Se quero antecipar os efeitos de uma tutela satisfativa, eu peço tutela provisória 
satisfativa (tutela antecipada). 
 
5 
 Parte da doutrina já diz que o objetivo de unificação pode acabar fracassando por força do disposto nos 
arts. 303 e 304 (estabilização da tutela antecipada antecedente, que seria vedada à tutela de natureza cautelar) 
 
 
 
 
 
Ex: ação com pedido de transferência imediata para UTI de hospital particular, por inexistência 
de vagas na rede pública, com pedido de tutela antecipada (essa tutela provisória é satisfativa) 
Se quero antecipar os efeitos de uma tutela final cautelar (ex: pedido de arresto), eu 
peço uma tutela provisória cautelar6. 
Conclusão 1: O que o NCPC chama de “tutela antecipada” é a tutela provisória satisfativa. 
 
 
 Quanto ao MOMENTO do pedido, a tutela PROVISÓRIA DE URGÊNCIA também pode 
ser: 
 
 
TUTELA ANTECEDENTE Antes do pedido de tutela definitiva 
 MOMENTO do pedido 
TUTELA INCIDENTE Simultaneamente ao pedido de 
tutela definitiva ou no curso do 
processo 
 
Sobre a chamada tutela ANTECEDENTE, veja o que diz Fredie Didier: 
 
 “A tutela provisória antecedente foi concebida para aqueles casos em que a situação de 
urgência já é presente no momento da propositura da ação e, em razão disso, a parte não 
dispõe de tempo hábil para levantar os elementos necessários para formular o pedido de tutela 
definitiva (e respectiva causa de pedir) de modo completo e acabado, reservando-se a fazê-lo 
posteriormente.” (Fredie Didier Jr, Vol II do Curso de Direito Processual Civil, ed. 2015) 
 
ATENÇÃO: A tutela antecedente não se dá fora do processo, mas sim dentro do mesmo, assim 
como a tutela incidental. A diferença é que naquela o pedido é formulado ANTES da 
formulação do pedido da tutela final. Na prática: se a tutela é antecedente, a petição inicial só 
vai requerer a tutela provisória, ainda que possa indicar o pedido de tutela final pretendida7; 
se a tutela é incidente, ou o pedido de tutela provisória vai ser formulado ao lado pedido de 
 
6 
 De fato, não é comum ver uma tutela provisória cautelar, porque, pela própria urgência inerente à tutela 
cautelar, quando ela é pedida, já é concedida a tutela final cautelar. 
7 
 Art. 303. Nos casos em que a urgência for contemporânea à propositura da ação, a petição inicial pode 
limitar-se ao requerimento da tutela antecipada e à indicação do pedido de tutela final, com a exposição da lide, do 
direito que se busca realizar e do perigo de dano ou do risco ao resultado útil do processo. 
 
 
 
 
 
tutela definitiva, na petição inicial, ou será formulado no curso do processo, quando surgir o 
cabimento. Veja: 
 
TUTELA ANTECIPADA ANTECEDENTE: TUTELA CAUTELAR ANTECEDENTE 
Art. 303. Nos casos em que a urgência for 
contemporânea à propositura da ação, a 
petição inicial pode limitar-se ao 
requerimento da tutela antecipada e à 
indicação do pedido de tutela final, com a 
exposição da lide, do direito que se busca 
realizar e do perigo de dano ou do risco ao 
resultado útil do processo. 
§ 1o Concedida a tutela antecipada a que se 
refere o caput deste artigo: 
I - o autor deverá aditar a petição inicial, 
com a complementação de sua 
argumentação, a juntada de novos 
documentos e a confirmação do pedido de 
tutela final, em 15 (quinze) dias ou em outro 
prazo maior que o juiz fixar; 
(...) 
§ 2o Não realizado o aditamento a que se 
refere o inciso I do § 1o deste artigo, o 
processo será extinto sem resolução do 
mérito. 
§ 3o O aditamento a que se refere o inciso I 
do § 1o deste artigo dar-se-á nos mesmos 
autos, sem incidência de novas custas 
processuais. 
Art. 305. A petição inicial da ação que visa à 
prestação de tutela cautelar em caráter 
antecedente indicará a lide e seu 
fundamento, a exposição sumária do direito 
que se objetiva assegurar e o perigo de dano 
ou o risco ao resultado útil do processo. 
(...) 
 
Art. 308. Efetivada a tutela cautelar, o 
pedido principal terá de ser formulado pelo 
autor no prazo de 30 (trinta) dias, caso em 
que será apresentado nos mesmos autos em 
que deduzido o pedido de tutela cautelar, 
não dependendo do adiantamento de novas 
custas processuais. 
 
 
 
Conclusão 2: Tutela “antecipada”, portanto, não é tutela antecedente! Esta tem a ver com o 
momento de concessão da tutela, sendo que a tutela antecipada pode ser antecedente ou 
incidente. 
 
 
 
 
 
Esquematizando: 
 
 
 
 
 Logo, é lógico que a tutela antecedente só pode ser requerida in limine litis (no 
limiar/início do processo), mas não necessariamente o juiz tem que concedê-la liminarmente 
(art. 300 §2º CPC/15)8. Já a tutela incidental pode ser requerida tanto liminarmente quanto no 
curso do processo, a qualquer tempo em que surjam seus pressupostos. 
 
Para uma tutela ser concedida ANTES do processo principal, é intuitivo que a situação 
que a enseja é URGENTE, não podendo esperar sequer o ajuizamento da demanda principal. 
Se o fundamento é a urgência, não pode ocorrer quando há só a evidência do direito, por isso 
o CPC dispõe: 
Art. 294. Parágrafo único. A tutela provisória de URGÊNCIA, cautelar ou 
antecipada, pode ser concedida em caráter ANTECEDENTE ou incidental. 
 
A interpretação deve ser restritiva: SOMENTE a tutela de URGÊNCIA pode ser 
antecedente ou incidental, logo, a tutela de EVIDÊNCIA nunca será antecedente (não pode ser 
concedida antes do processo principal) – essa premissa é importante para o estudo da tutela 
antecipada antecedente dos arts. 303 e 304. 
 
É bom esclarecer que, no CPC/73, já era possível tutela de urgência concedida ANTES 
do processo principal: i) havia a tutela cautelar preparatória, uma tutela de urgência concedida 
 
8 
 § 2o A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após justificação prévia. 
TUTELA 
PROVISÓRIA 
DE 
URGÊNCIA 
Cautelar 
Incidental 
Antecedente 
Arts. 305/310 
Antecipada 
Incidental 
Art. 303 
Antecedente 
DE 
EVIDÊNCIA 
 
 
 
 
 
antes da demanda principal (de mérito)9, ii) embora não fosse tão comum, havia doutrina que 
admitia a tutela antecipada do artigo 273 ser concedida ANTES do processo principal, assim 
como a tutela cautelar (ex: Candido Dinamarco). Essa doutrina já antevia que a parte poderia 
necessitar, urgentemente, de uma tutela de natureza satisfativa, que acabasse por antecipar o 
provimento de mérito final. 
 
 RESPONSABILIDADE DO REQUERENTE DA TUTELA PROVISÓRIA: 
 
Prevista no art. 302 do NCPC: 
 
Art. 302. Independentemente da reparação por dano processual, a parte responde 
pelo prejuízo que a efetivação da tutela de urgência causar à parte adversa, se: 
I - a sentença lhe for desfavorável; 
II - obtida liminarmente a tutela em caráter antecedente, não fornecer os meios 
necessários para a citação do requerido no prazo de 5 (cinco) dias; 
III - ocorrer a cessação da eficácia da medida em qualquer hipótese legal; 
IV - o juiz acolher a alegação de decadência ou prescrição da pretensão do autor. 
Parágrafo único. A indenização será liquidada nos autos em que a medida tiver sido 
concedida, sempre que possível. 
 
 A responsabilidade do requerente é objetiva, assim como a responsabilidade do 
exequente pela execução provisória.B) TUTELA PROVISÓRIA DE EVIDÊNCIA 
 A ideia da tutela de evidência é inverter o ônus do tempo do processo, que em regra é 
suportado só pelo autor, o qual tem que esperar até o provimento final para obter o bem da 
vida que almeja. Leia atentamente o art. 311: 
Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração 
de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando: 
I – ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito 
protelatório da parte; 
 
9 
CPC/73, Art. 796. O procedimento cautelar pode ser instaurado antes ou no curso do processo 
principal e deste é sempre dependente 
 
 
 
 
 
II – as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e 
houver tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante; 
III – se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do 
contrato de depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto 
custodiado, sob cominação de multa; 
IV – a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos 
constitutivos do direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar 
dúvida razoável. 
Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o juiz poderá decidir 
liminarmente. (isto é, sem prévia oitiva do réu) 
 
O raciocínio é: se há tantas evidências de que o Autor tem razão, por que não antecipamos o 
provimento para ele (cognição sumária), e deixamos o réu suportar o ônus de ter que esperar 
até o fim de todas as etapas do processo para receber uma decisão fundada em cognição 
exauriente? 
Da leitura do art. 311, podemos destacar algumas características da tutela de evidência: 
 Não precisa de urgência (pode haver, mas não é necessário!). 
 Ao contrário da tutela de urgência, que justifica a postergação do contraditório, a tutela de 
evidência, como regra, não justifica a mitigação do direito ao contraditório. Por expressa 
previsão do parágrafo único do art. 311, somente nos casos dos incisos II e III é que o 
contraditório pode ser diferido para momento posterior à concessão da tutela provisória. 
 
ATENÇÃO: É pressuposto da tutela de evidência que os fatos que embasam o direito estejam 
devidamente comprovados, mas há uma EXCEÇÃO: art. 311, I -> tutela provisória 
punitiva/sancionatória. Nesse inciso I, o que é evidente não é o direito postulado em juízo, 
mas sim o abuso de direito do réu, no exercício de sua defesa, ou seu intuito protelatório. 
(correspondente ao art. 273 II do CPC/73). Os outros três incisos são casos de “tutela de 
evidência documentada”10 
 
ATENÇÃO! Não confunda a tutela provisória de evidência com o julgamento antecipado 
parcial de mérito (art. 35611): 
 
10 
“no âmbito da tutela de evidência documentada, nada impede que as partes selem entre si negócio jurídico, 
antes ou durante o processo, dentro dos limites da cláusula geral de negociação do art. 190, CPC, para atribuir a um 
documento a aptidão para permitir ou não a tutela de evidência, nas hipóteses do art. 311, II a IV, CPC. “ Didier Jr. 
(op. cit. p. 623) 
11 
Art. 356. O juiz decidirá parcialmente o mérito quando um ou mais dos pedidos formulados ou parcela deles: 
 
 
 
 
 
Tutela Provisória de EVIDÊNCIA Julgamento Parcial de Mérito 
Não faz coisa julgada material, pois o 
fundamento da tutela provisória (de 
evidencia ou urgência) não lhe altera a 
característica de cognição sumária. 
Faz coisa julgada material (v. §3º art. 356). A 
decisão, embora proferida antes da resolução 
final de todo o processo, é, quanto àquela 
parte decidida, definitiva, a cognição é 
exauriente, apta a torna-se imutável após o 
prazo de recursos. 
 
 
QUESTÃO PONTUAL: 
1. Execução da multa coercitiva (astreintes) imposta na decisão que concede tutela de 
provisória (de urgência ou evidência) 
Na vigência do CPC/73, o STJ12 entendia que a multa coercitiva fixada em decisão 
antecipatória de tutela só poderia ser executada junto com a sentença. Desse modo, mesmo 
tendo havido o descumprimento da tutela antecipada, o autor só poderia executar a multa 
correspondente após ser proferida decisão resolvendo o mérito do processo em seu favor, e 
desde que esta não a tivesse revogado, claro. Assim, junto com a execução, definitiva ou 
provisória, da sentença, a multa coercitiva também seria cobrada. 
Agora, veja o que dispõe o art. 537, §3º do NCPC: 
 
Art. 537. A multa independe de requerimento da parte e poderá ser aplicada na fase 
de conhecimento, em tutela provisória ou na sentença, ou na fase de execução, 
 
 I - mostrar-se incontroverso; 
 II - estiver em condições de imediato julgamento, nos termos do art. 355. 
 § 1o A decisão que julgar parcialmente o mérito poderá reconhecer a existência de obrigação líquida ou 
ilíquida. 
 § 2o A parte poderá liquidar ou executar, desde logo, a obrigação reconhecida na decisão que julgar 
parcialmente o mérito, independentemente de caução, ainda que haja recurso contra essa interposto. 
 § 3o Na hipótese do § 2o, se houver trânsito em julgado da decisão, a execução será definitiva. 
 § 4o A liquidação e o cumprimento da decisão que julgar parcialmente o mérito poderão ser processados 
em autos suplementares, a requerimento da parte ou a critério do juiz. 
 § 5o A decisão proferida com base neste artigo é impugnável por agravo de instrumento. 
12 
 As astreintes serão exigíveis e, portanto, passíveis de execução provisória, quando a liminar 
que as fixou for confirmada em sentença ou acórdão de natureza definitiva (art. 269 do CPC), desde que 
o respectivo recurso deduzido contra a decisão não seja recebido no efeito suspensivo. A pena incidirá, 
não obstante, desde a data da fixação em decisão interlocutória.”(REsp 1347726/RS, 4ª T, 
DJe04/02/2013) 
 
 
 
 
 
desde que seja suficiente e compatível com a obrigação e que se determine prazo 
razoável para cumprimento do preceito. 
§ 3º A decisão que fixa a multa é passível de cumprimento provisório, devendo ser 
depositada em juízo, permitido o levantamento do valor após o trânsito em julgado 
da sentença favorável à parte. (Redação dada pela Lei 13.256, de 2016) 
§ 4º A multa será devida desde o dia em que se configurar o descumprimento da 
decisão e incidirá enquanto não for cumprida a decisão que a tiver cominado 
 
Agora pode haver execução provisória da astreinte fixada em tutela provisória, antes 
mesmo da decisão de mérito. Esse era um entendimento de boa parte da doutrina e que foi 
acolhido pelo NCPC. Contudo, o levantamento do valor só será possível APÓS O TRÂNSITO EM 
JULGADO. 
O art. 297, por sua vez, dispõe que a tutela provisória é passível de execução 
provisória:13 
Art. 297. O juiz poderá determinar as medidas que considerar adequadas para 
efetivação da tutela provisória. (“poder geral de efetivação”
14
) 
Parágrafo único. A efetivação da tutela provisória observará as normas referentes 
ao cumprimento provisório da sentença, no que couber. 
 Mas o que isso importa especificamente para a tutela provisória contra Fazenda 
Pública? 
Para a Fazenda ré, nada deve mudar, pois continuam sendo aplicáveis às restrições e 
vedações legais à tutela provisória contra a Fazenda Pública, vejamos: 
Art. 1.059. À tutela provisória requerida contra a Fazenda Pública aplica-se o 
disposto nos arts. 1o a 4o da Lei no 8.437, de 30 de junho de 1992, e no art. 7o, § 
2o, da Lei no 12.016, de 7 de agosto de 2009. 
 
Esse dispositivo estende as vedações contidas na Lei 8437/92 e na Lei 12.016/09 às 
tutelas provisórias contra a fazenda pública. 
 
13 
 O conceito de execução provisóriacontinua o mesmo: i) é aquela execução que se baseia em 
título judicial ainda não transitado em julgado, sob o qual penda recurso sem efeito suspensivo ii) 
somente realiza atos de constrição patrimonial, não chegando à expropriação dos bens do devedor, iii) 
corre por conta e risco do exeqüente, que, caso reste vencido ao final, terá responsabilidade objetiva 
perante o executado por eventuais danos que este, em decorrência da execução, tenha sofrido. Vide 
art. 520, I do NCPC. 
14 
 Assim como o poder geral de cautela continua sendo previsto, no art. 301, o NCPC traz o poder 
geral de efetivação das decisões judiciais, cuja cláusula geral consta no art. 137, IV. 
 
 
 
 
 
Especificamente sobre a multa imposta na decisão que concede a tutela provisória, 
observe-se que, a partir do descumprimento da tutela, a multa se converte em obrigação de 
pagamento (dívida pecuniária), que, como regra, não pode ser executada provisoriamente 
contra a Fazenda, mas apenas após o trânsito em julgado, por força do art. 100 da CF/88 
(aplicam-se aqui todos os argumentos da já conhecida discussão sobre a impossibilidade de 
execução provisória de sentenças condenatórias de pagar contra a Fazenda Pública15). 
 
Exemplo: Fulano, que necessita de determinada cirurgia específica para tratar sua 
enfermidade, ajuíza ação com pedido de tutela antecipada contra o Estado e o Município do 
Rio de Janeiro, pedindo transferência imediata para determinado hospital público que dispõe 
do aparelho necessário à cirurgia ou, para hospital particular, com custeio da cirurgia pelos 
réus. A antecipação de tutela relativa à obrigação de fazer é deferida pelo juiz que determina 
aos réus providenciarem a transferência imediata, em no máximo 24 horas, sob pena de multa 
de R$ 5.000,00 por dia de atraso. Estado e Município, intimados no mesmo dia da decisão, não 
cumprem a tutela de urgência e o paciente vem a falecer três dias depois. Nesse caso, o 
espólio (ou os herdeiros, se não houver bens a inventariar ou já concluída a partilha), sucessor 
processual do autor, pode prosseguir com a demanda para cobrar a multa16, transformando-se 
uma demanda, inicialmente de obrigação de fazer, em obrigação de pagar, atraindo, assim, o 
rito especial executivo contra a Fazenda. 
Sobre o tema, importante mencionar que esse procedimento de execução agora não é 
mais autônomo (como previa o antigo art. 730), mas por cumprimento de sentença, em 
conformidade com os artigos 534 e 535 do NCPC. 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 Sobre o tema, recomenda-se a leitura de Leonardo Carneiro da Cunha “A Fazenda Pública em 
juízo”. 
16 
Apenas para conhecimento prático: a defesa da Fazenda Pública nesse caso é, geralmente, a de 
que houve perda do objeto da ação (pedido de transferência) e que a multa é intransmissível por 
herança, por ser apenas um instrumento de efetividade do processo, não um direito patrimonial. 
 
 
 
 
 
EXERCÍCIOS 
 
1. (VUNESP - 2019 - Prefeitura de Ribeirão Preto - SP - Procurador do Município) A tutela 
provisória pode fundamentar-se em urgência ou evidência, destacando-se, no que concerne 
à tutela de urgência, que 
a) será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o 
perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. 
b) sendo o requerente hipossuficiente financeiro, o juiz pode, para a sua concessão, exigir 
caução idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer. 
c) se requerida em caráter incidental, exige pagamento prévio de custas. 
d) não deve ser concedida, caso haja necessidade de designação de justificação prévia para 
constatação de seus requisitos. 
e) a de natureza antecipada deve ser concedida, como regra, ainda que possa ocorrer perigo 
de irreversibilidade dos efeitos da decisão. 
 
Gabarito: Alternativa A 
Art. 300, CPC A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem 
a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. 
§ 1 o Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução real 
ou fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer, podendo a 
caução ser dispensada se a parte economicamente hipossuficiente não puder oferecê-la. 
§ 2º A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após justificação prévia. 
§ 3º A tutela de urgência de natureza antecipada não será concedida quando houver perigo de 
irreversibilidade dos efeitos da decisão. 
 
2. (MPE-SP - 2019 - MPE-SP - Promotor de Justiça Substituto) A tutela da evidência será 
concedida, independentemente da demonstração de perigo de dano ou de risco ao 
resultado útil do processo. Poderá ser concedida liminarmente quando 
a) ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório da 
parte. 
b) se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova testemunhal adequada do contrato 
de depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto custodiado, sob 
 
 
 
 
 
cominação de multa. 
c) as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese 
firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante. 
d) a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos do 
direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável. 
e) se tratar de pedido possessório fundado em prova documental adequada, caso em que 
será decretada a ordem de reintegração ou manutenção da posse, sob cominação de multa. 
 
Gabarito: Alternativa C 
Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de 
perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando: 
I - ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório da 
parte; 
II - as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese 
firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante; 
III - se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do contrato 
de depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto custodiado, sob 
cominação de multa; 
IV - a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos do 
direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável. 
Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o juiz poderá decidir liminarmente. 
 
3. (FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2019 - DPE-MG - Defensor Público) Sobre tutela 
provisória, assinale a alternativa incorreta. 
a) Sendo carente a parte que requer a tutela de urgência, poderá o juiz dispensar 
apresentação de caução destinada a ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer em 
virtude da efetivação da medida. 
b) O autor responde objetivamente pelos danos ocasionados à outra parte decorrentes da 
antecipação de tutela não confirmada em sentença, independentemente de ordem judicial e 
de pedido específico do interessado. 
c) A tutela provisória de urgência antecipada pode ser concedida na sentença e, havendo 
omissão judicial quanto ao prévio requerimento formulado, nada impede que ela seja 
concedida na decisão que julga os embargos declaratórios. 
 
 
 
 
 
d) Ao prever a possibilidade de estabilização da tutela antecipada requerida em caráter 
incidente, o legislador brasileiro equiparou as técnicas processuais de cognição sumária e de 
cognição exauriente. 
 
Gabarito: Alternativa D 
A) CORRETA. Art. 300, § 1 o Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o 
caso, exigir caução real ou fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa 
vir a sofrer, podendo a caução ser dispensada se a parte economicamente hipossuficiente não 
puder oferecê-la. 
B) CORRETA. Art. 302. Independentemente da reparação por dano processual,a parte 
responde pelo prejuízo que a efetivação da tutela de urgência causar à parte adversa, se: I – a 
sentença lhe for desfavorável;(...). 
Art. 520. O cumprimento provisório da sentença impugnada por recurso desprovido de efeito 
suspensivo será realizado da mesma forma que o cumprimento definitivo, sujeitando-se ao 
seguinte regime: I – corre por iniciativa e responsabilidade do exequente, que se obriga, se a 
sentença for reformada, a reparar os danos que o executado haja sofrido; 
C) CORRETA. A tutela antecipada pode ser concedida a qualquer momento (art. 273 do CPC); 
D) INCORRETA. Somente a tutela antecipada requerida em caráter antecedente tem a 
característica da estabilidade. 
Art. 303. Nos casos em que a urgência for contemporânea à propositura da ação, a petição 
inicial pode limitar-se ao requerimento da tutela antecipada e à indicação do pedido de tutela 
final, com a exposição da lide, do direito que se busca realizar e do perigo de dano ou do risco 
ao resultado útil do processo. 
Art. 304. A tutela antecipada, concedida nos termos do Art. 303, torna-se estável se da 
decisão que a conceder não for interposto o respectivo recurso. 
 
4. (VUNESP - 2019 - Prefeitura de Itapevi - SP - Analista Jurídico - Procurador Municipal) A 
tutela provisória pode fundamentar-se em urgência ou evidência. A respeito da tutela 
provisória cabe asseverar que 
a) a tutela provisória requerida em caráter incidental depende do pagamento de custas. 
b) na tutela cautelar antecedente, o réu será citado para, no prazo de 10 (dez) dias, contestar 
o pedido e indicar as provas que pretende produzir. 
c) a tutela de evidência será concedida, quando se tratar de pedido repristinatório fundado 
 
 
 
 
 
em prova documental adequada do contrato de depósito, caso em que será decretada a 
ordem de entrega do objeto custodiado, sob cominação de multa. 
d) o indeferimento da tutela cautelar requerida em caráter antecedente não obsta a que a 
parte formule o pedido principal, nem influi no julgamento desse, salvo se o motivo do 
indeferimento for o reconhecimento de decadência ou de prescrição. 
e) o juiz poderá determinar as medidas que considerar adequadas para efetivação da tutela 
provisória, desde que requeridas pela parte favorecida e de menor onerosidade ao devedor. 
 
Gabarito: Alternativa D 
A) Art. 295 do CPC: A tutela provisória requerida em caráter incidental independe do 
pagamento de custas. 
B) Art. 306 do CPC: O réu será citado para, no prazo de 05 dias, contestar o pedido e indicar as 
provas que pretende produzir. 
C) Art. 311 do CPC: A tutela de evidência será concedida, independentemente da 
demonstração de perigo de dano ou de resultado útil do processo, quando: 
III. Se tratar de pedido reipersecutorio fundado em prova documental adequada do contrato 
de depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto custodiado, sob 
cominação de multa. 
D) Art. 310 do CPC: O indeferimento da tutela cautelar não obsta que a parte formule pedido 
principal, nem influi no julgamento desse, salvo se o motivo do indeferimento for o 
reconhecimento de decadência e prescrição. 
E) Art. 297 do CPC: O juiz poderá determinar as medidas que considerar adequadas para 
efetivação da tutela provisória. 
Parágrafo Único. A efetivação da tutela provisória observará as normas referentes ao 
cumprimento provisório da sentença no que couber. 
 
5. (FGV - 2018 - AL-RO - Consultor Legislativo - Assessoramento Legislativo) Acerca da tutela 
provisória no Código de Processo Civil, é correto afirmar que: 
a) é requisito essencial para as tutelas provisórias o risco de dano ao direito em jogo ou ao 
resultado útil do processo. 
b) a tutela provisória requerida em caráter antecedente independe do pagamento de custas. 
c) cessa a eficácia da tutela concedida em caráter antecedente, se o autor não deduzir o 
pedido principal no prazo legal. 
 
 
 
 
 
d) o réu será citado para, no prazo de quinze dias, contestar o pedido e indicar as provas que 
pretende produzir. 
e) se por qualquer motivo cessar a eficácia da tutela cautelar, é vedado à parte renovar o 
pedido, sob qualquer fundamento. 
 
Gabarito: Alternativa C 
 
a) Incorreta. Lembrando os requisitos: 
- Tutela provisória de urgência: fumus boni juris + periculum in mora 
- Tutela provisória de evidência: fumus boni juris 
 
b) Incorreta. 
NCPC, Art. 295. A tutela provisória requerida em caráter incidental independe do 
pagamento de custas. 
 
 c) Correta. Nos termos do: 
 
NCPC, Art. 309. Cessa a eficácia da tutela concedida em caráter antecedente, se: 
I - o autor não deduzir o pedido principal no prazo legal; 
 
d) Incorreta. 
 
CPC, Art. 306. O réu será citado para, no prazo de 5 (cinco) dias, contestar o pedido 
e indicar as provas que pretende produzir. 
 
 e) Incorreta: 
CPC, Art. 309, parágrafo único. Se por qualquer motivo cessar a eficácia da tutela 
cautelar, é vedado à parte renovar o pedido, salvo sob novo fundamento. 
 
6. (FGV - 2018 - TJ-SC - Oficial de Justiça e Avaliador) Proposta ação rescisória para alvejar 
uma sentença que o havia condenado a pagar quantia vultosa, o seu autor, sem prejuízo da 
formulação do pedido principal, pleiteou a concessão, inaudita altera pars, de tutela 
provisória, consubstanciada na ordem de suspensão imediata da execução do título judicial, 
a qual já tinha curso normal no feito primitivo, até o julgamento do mérito da ação 
 
 
 
 
 
autônoma de impugnação. Trata-se da seguinte medida liminar: 
 
a) tutela de evidência, de natureza antecipada; 
b) tutela de evidência, de natureza cautelar; 
c) tutela de urgência, de natureza antecipada; 
d) tutela de urgência, de natureza cautelar; 
e) tutela jurisdicional definitiva. 
 
Gabarito: Alternativa D 
 
Lembrando que a tutela antecipada e a tutela cautelar são espécies de tutelas de urgência. 
Para diferenciá-las, em breve síntese, lembre que a tutela antecipada antecipa o pedido final, 
ou seja, a decisão que concede a tutela antecipada acaba por antecipar o resultado que seria 
atingido ao final do processo. Por outro lado, a tutela cautelar não objetiva o pedido final, mas 
sim "algo" que possa assegurar que no futuro o pedido final seja viável, ou seja, o pedido de 
tutela cautelar visa impedir que ao longo do processo o resultado pretendido se torne inútil. 
 
 
Art. 300 do CPC: A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que 
evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil 
do processo. 
 
Art. 294, Parágrafo único, CPC: A tutela provisória de urgência, cautelar ou 
antecipada, pode ser concedida em caráter antecedente ou incidental. 
 
Art. 305 do CPC: A petição inicial da ação que visa à prestação de tutela cautelar em 
caráter antecedente indicará a lide e seu fundamento, a exposição sumária do 
direito que se objetiva assegurar e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do 
processo. 
 
7. (FGV - 2018 - MPE-AL - Analista do Ministério Público - Área Jurídica) Sobre a tutela 
provisória, analise as afirmativas a seguir. 
I. Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução. II. 
Uma vez estabilizada a tutela antecipada antecedente, pode o interessado propor ação 
rescisória no prazo de dois anos. III. O indeferimento da tutela cautelar não obsta a que a 
 
 
 
 
 
parte formule o pedido principal, nem influi no julgamento desse, salvo se o motivo do 
indeferimento for o reconhecimento de decadência ou de prescrição. 
Está correto o que se afirma em 
a) II, apenas. 
b) I e II, apenas. 
c) I e III, apenas. 
d) II e III, apenas. 
e) I, II e III. 
 
Gabarito: Alternativa C 
 
I. Correta 
Nos termos do: 
Art. 300, §1º, CPC: Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o 
caso, exigir caução real ou fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra 
parte possa vir a sofrer, podendoa caução ser dispensada se a parte 
economicamente hipossuficiente não puder oferecê-la. 
 
II. Incorreta. 
Art.304, CPC: A tutela antecipada, concedida nos termos do art. 303, torna-se estável 
se da decisão que a conceder não for interposto o respectivo recurso. 
 
III. Correta. 
Nos termos do art. 310, CPC: 
Art. 310. O indeferimento da tutela cautelar não obsta a que a parte formule o 
pedido principal, nem influi no julgamento desse, salvo se o motivo do 
indeferimento for o reconhecimento de decadência ou de prescrição. 
 
8. (FGV - 2018 - TJ-AL - Analista Judiciário - Área Judiciária) No que se refere às tutelas 
provisórias, é correto afirmar que: 
a) as deferidas contra o Poder Público somente podem ter a eficácia suspensa com o manejo 
do recurso cabível; 
b) têm natureza cautelar, na hipótese de concessão de alimentos provisórios; 
c) a tutela de urgência, caso tenha natureza antecipatória, pode ser deferida em caráter 
 
 
 
 
 
incidental, mas não antecedente; 
d) caso deferida, a tutela de urgência acautelatória não pode ser modificada ou revogada; 
e) são impugnáveis, caso concedidas pelo juízo de primeira instância, pelo recurso de agravo 
de instrumento. 
 
Gabarito: Alternativa E 
 
a) Incorreta.( art. 1.059 CPC c/c art. 4º Lei 8.437/1992-Dispõe sobre a concessão de medidas 
cautelares contra atos do Poder Público e dá outras providências.). 
 
Art. 4° Compete ao presidente do tribunal, ao qual couber o conhecimento do 
respectivo recurso, suspender, em despacho fundamentado, a execução da liminar 
nas ações movidas contra o Poder Público ou seus agentes, a requerimento do 
Ministério Público ou da pessoa jurídica de direito público interessada, em caso de 
manifesto interesse público ou de flagrante ilegitimidade, e para evitar grave lesão à 
ordem, à saúde, à segurança e à economia públicas. 
 
 Atenção. Há a possiblidade de manejo do pedido de suspensão de segurança, que tem 
natureza jurídica de incidente processual, não sendo, portanto, um recurso. Assim, não é 
somente por meio de recurso que uma tutela provisória terá a sua eficácia suspensa. 
 
b) Incorreta. Natureza é satisfativa, diante do fumus boni iuris e do periculum in mora. 
 
c) Incorreta. 
NCPC, Art. 294. A tutela provisória pode fundamentar-se em urgência ou evidência. 
Parágrafo único. A tutela provisória de urgência, cautelar ou antecipada, pode ser 
concedida em caráter antecedente ou incidental. 
 
d) Incorreta. 
Art. 296. A tutela provisória conserva sua eficácia na pendência do processo, mas 
pode, a qualquer tempo, ser revogada ou modificada. 
 
Parágrafo único. Salvo decisão judicial em contrário, a tutela provisória conservará a 
eficácia durante o período de suspensão do processo. 
 
 
 
 
 
 
e) CORRETA. 
 
Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que 
versarem sobre: 
I - tutelas provisórias; 
 
9. (FGV - 2017 - TRT - 12ª Região (SC) - Analista Judiciário – Área Judiciária) Alfredo ajuizou 
ação de natureza cível em face da empresa Marketing S.A., com pedido liminar de tutela de 
urgência, que foi deferido pelo juízo após justificação prévia. 
De acordo com o CPC, é correto afirmar que o autor: 
 
a) responde pelo prejuízo que a efetivação da tutela de urgência causar à parte adversa, se a 
sentença lhe for desfavorável; 
b) não responde pelo prejuízo que a efetivação da tutela de urgência causar à parte adversa, 
se o juiz acolher a alegação de decadência do direito; 
c) responde pelo prejuízo que a efetivação da tutela de urgência causar à parte adversa, 
independentemente do resultado da sentença; 
d) não responde pelo prejuízo que a efetivação da tutela de urgência causar à parte adversa, 
se o juiz acolher a alegação de prescrição da pretensão do autor; 
e) não responde pelo prejuízo que a efetivação da tutela de urgência causar à parte adversa, 
se ocorrer a cessação da eficácia da medida em qualquer hipótese legal. 
 
Gabarito: Alternativa A 
NCPC, Art. 302. Independentemente da reparação por dano processual, a parte 
responde pelo prejuízo que a efetivação da tutela de urgência causar à parte 
adversa, se: 
I - a sentença lhe for desfavorável; 
 
10. (FGV - 2016 - MPE-RJ - Analista do Ministério Público – Processual) Em razão de grave 
enfermidade, consumidor de plano de saúde ajuizou demanda em que pleiteava a 
condenação da operadora prestadora do serviço a lhe custear um tratamento específico, 
indicado por seu médico, e que a empresa alegava não estar previsto no contrato. Sem 
prejuízo da tutela jurisdicional definitiva, abarcando a condenação da ré a cumprir a 
obrigação contratual e a pagar verbas reparatórias de danos morais, o autor requereu, em 
 
 
 
 
 
sua inicial, a concessão de tutela provisória, consubstanciada na determinação judicial, 
inaudita altera parte, para que a empresa viabilizasse de imediato o tratamento pretendido, 
o que foi deferido. Quanto a essa providência provisória, pode-se afirmar que a sua 
natureza é de tutela: 
a) de urgência cautelar; 
b) de urgência satisfativa; 
c) da evidência cautelar; 
d) da evidência sancionatória; 
e) inibitória cautelar. 
 
Gabarito: Alternativa B 
A questão trata da Tutela de urgência satisfativa, posto que presente a probabilidade do 
direito, o risco ou dano ao resultado útil ao processo (se a pessoa morrer não tem serventia 
deferir o tratamento médico) e o tratamento já é fruir do direito, caracterizando a medida 
como satisfativa.

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