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DA SOLIDARIEDADE

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DA SOLIDARIEDADE
Dispõe o art. 264 do Código Civil:
“Há solidariedade, quando na mesma obrigação concorre mais de um credor, ou mais de um devedor, cada um com direito, ou obrigado, à dívida toda”.
Muito bem diz sobre o assunto Carlos Roberto Gonçalves ao relatar que, na solidariedade pode-se qualquer credor como se fosse único cobrar de qualquer devedor e, este tem o dever de solver a obrigação como se fosse o único devedor. Depois este devedor que solveu com a obrigação pode recobrar dos outros as parcelas devidas. Cumprida por este a exigência, liberados estarão todos os demais devedores ante o credor comum (CC, art. 275).
Na realidade, na solidariedade não se tem uma única obrigação, mas tantas obrigações quantos forem os titulares. Cada devedor passará a responder não só pela sua quota como também pelas dos demais; e, se vier a cumprir por inteiro a prestação, poderá recobrar dos outros as respectivas partes. Na solidariedade devedores e credores se unem para conseguir o mesmo fim. Na obrigação solidária haverá tantas relações obrigacionais quantos forem os credores ou devedores, unidos pelo fim comum, pela unicidade ou identidade do objeto ou da prestação.
São quatro os caracteres da obrigação solidária e, Maria Helena Diniz explica estes muito bem:
a) pluralidade de sujeitos ativos ou passivos, pois é imprescindível a concorrência de mais de um credor ou de mais de um devedor ou de vários credores e vários devedores simultaneamente;
b) multiplicidade de vínculos, sendo distinto ou independente o que une o credor a cada um dos codevedores solidários e vice-versa, sendo distinto ou independente o que une o credor a cada um dos codevedores solidários e vice-versa;
c) unidade de prestação, visto que cada devedor responde pelo débito todo e cada credor pode exigi-lo por inteiro. A unidade de prestação não permite que esta se realize por mais de uma vez; se isto ocorrer, ter-se-á repetição (CC, art. 876); 
d) corresponsabilidade dos interessados, já que o pagamento da prestação efetuado por um dos devedores extingue a obrigação dos demais, embora o que tenha pago possa reaver dos outros as quotas de cada um.
A solidariedade constitui, assim, modo de assegurar o cumprimento da obrigação, reforçando-a e estimulando o pagamento do débito. Sendo vários os devedores, a lei ou as partes, pretendendo facilitar o recebimento do crédito e principalmente prevenir o credor contra o risco da insolvência de algum dos obrigados, estabelecerão o regime da solidariedade ativa.
Isto posto, percebemos no texto supra algumas regras básicas da solidariedade: o devedor que cumprir a obrigação por inteiro tem o direito de exigir as cotas dos coobrigados; o credor adimplido deve repassar a cota correspondente aos demais; o pagamento de parte da dívida a reduz, favorecendo quem o efetuou e aproveitando aos demais até a concorrência da importância paga; o pagamento feito ou recebido, por um dos sujeitos, extingue a obrigação.

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