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Anatomia do Membro Superior Rafael Belo Vianna Velloso (4º Período) Faculdade Educacional Serra do Órgão Cintura escapular- calvícula + escápula Articula-se com esterno- art.esternoclavicular com membro sup. –art do ombro Sustentada pelos mm. Toracoapendiculares – 1- peitoral maior ; 2- peitoral menor ; 3- suclávio e 4- serrátil anterior I - Clavícula* – articula-se – medialmente : manúbrio do esterno - lateral/ : acrômio da escápula 2/3 mediais é convexo na frente e 1/3 lateral é achatado e côncavo na frente. Funções da clavícula: atua como suporte na manutenção do membro superior livre do tronco, de forma que haja máxima liberdade de ação; fornece fixações para os músculos ; transmite forças do membro superior para o esqueleto axial; II – Escápula – recobre partes da 2ª a 7ª costelas. Possui uma face costal ou anterior côncava ( fossa subescapular ) e uma face posterior concaxa a partir da qual se projeta a espinha da escápula. Porção menor acima da espinha – fossa supra-espinhal Porção maior abaixo da espinha – fossa infra- espinhal A espinha continua lateral/ em um processo achatado denominado acrômio ( projeta-se p/ frente e se articula com a clavícula ) Cavidade glenóide – articula-se com cabeça do úmero Processo coracóide ( bico de pássaro ) – origina-se na borda superior da cabeça da escápula e se projeta p/ cima e para frente. Anatomia de superfície da cintura escapular O acrômio é ponto proximal de referência a partir do qual os clínicos medem o comprimento do membro superior. Ângulo superior da escápula localiza-se ao nível de T2 e o Ângulo inferior ao nível do processo espinhoso de T7 e a borda inferior da 7ª costela. Obs: O ângulo inferior é uma boa orientação p/ identificação do 7º espaço intercostal. Quando ocorre fratura da clavícula pode ocorrer laceração de uma v. comunicante da v. cefálica no trígono clavipeitoral (a v. passa na frente da clavícula p/ se unir à v. jugular externa). A clavícula é o primeiro osso do corpo a ossificar. A ossificação intramembranosa começa no seu interior, durante a 7ª semana da embriogênese. Em casos raros, a clavícula é incompleta ou ausente. Esta anormalidade congênita frequente/ se associa à ossificação tardia do crânio. A condição combinada, conhecida como disostose cleidocraniana , é caracterizada por abaixamento e excessiva mobilidade do ombro. Algumas vezes apenas a porção média da clavícula está ausente e as duas extremidades são unidas por uma faixa fibrosa. Músculos peitorais Região peitoral contém quatro músculos (mm.), que são fixados à cintura escapular e se associam aos seus movimentos e os do membro superior. 1 – M. peitoral maior : recobre a parte superior do tórax. As fibras dos mm. peitoral maior e deltóide afastam-se ligeiramente na parte superior e formam juntamente com a clavícula, o trígono clavipeitoral ( ocupado pela v. cefálica em seu trajeto p/ v. axilar ). 2 – M. peitoral menor : situa-se na parede anterior da axila. Estabiliza a escápula levando-a p/ baixo e p/ frente contra a parede torácica; inclina a cavidade glenóide; quando a escápula está fixa , levanta a 3ª a 5ª costelas na inspiração forçada. 3 – M. subclávio : fixa-se a junção da 1ª costela e sua cartilagem costal com a face inferior do 1/3 médio da clavícula; estabiliza a clavícula durante os movimentos do ombro e impede a clavícula de se deslocar na art. esternoclavicular. 4 - M. serrátil anterior : recobre a porção lateral do tórax e os mm. intercostais; aspecto serrilhado das digitações carnosas em sua origem. Atua no ato de esmurrar ( m . do boxeador ). Através da fixação da escápula ao tórax, atua como fixador, permitindo que outros mm. a usem como um osso fixo p/ produzir movimentos do úmero. Quando o m. serrátil anterior de um indivíduo é paralisado, devido lesão do n. torácico longo , a borda medial da escápula projeta-se p/ fora, principalmente seu ângulo inferior, conferindo-lhe a aparência de uma asa quando o indivíduo faz pessão p/ a frente – contra uma parede. Consequentemente , essa condição é denominada escápula alada. Quando o braço não pode ser abduzido mais que a posição horizontal porque o m. serrátil anterior é incapaz de rodar a escápula e elevar a cavidade glenóide. Por causa disso , um paciente com um m. serrátil anterior paralisado é incapaz de levantar completamente o membro superior ou empurrar algo com ele. A axila Formada pela convergência dos ossos em suas três paredes principais : a- clavícula na parede anterior ; b- escápula na parede posterior ; c- primeira costela na parede medial Parede anterior – clavícula , mm. peitorais ; camada superficial – m. peitoral maior ; camada profunda – mm. peitoral menor e subclávio. Parede posterior – escápula e m. subescapular . Obs : abaixo do m. subescapular está o m. redondo maior que se junta com o m. grande dorsal p/ formar a prega axilar posterior. Parede medial -- costelas e os mm. intercostais recobertos pelo m. serrátil anterior. Parede lateral – sulco intertubercular do úmero que aloja o tendão da cabeça do m. bíceps do braço. Conteúdo : Ramos do plexo braquial . Estes seguem do pescoço p/ o membro superior; contém os vasos axilares ( aa. axilares e seus ramos , v. axilar e suas tributárias e os vasos linfáticos ) , vários linfonodos axilares que têm importância clínica devido à frequente invasão por células cancerosas da mama. Plexo braquial Porção supraclavicular – ramos ventrais (raízes ) e troncos ; está no trígono posterior do pescoço. Porção infraclavicular – fascículos e ramos terminais ; está na axila. Formado pela união dos ramos ventrais dos nervos C5 a C8 e a maior parte do ramo ventral de T1. Localizados entre os mm. escalenos anterior e médio. Arranjo característico 1-Os ramos ventrais formam os troncos (superior , médio e inferior ). Os ramos de C5 e C6 unem-se p/ formar o tronco superior. O ramo ventral de C7 continua como tronco médio. Os ramos de C8 e T1 formam o tronco inferior ( este fica sobre a 1ª costela , atrás da ª subclávia). 2- Os três troncos constituem divisões anterior e posterior , atrás da clavícula. Obs :Estas divisões têm significado fundamental porque as divisões anterior suprem as partes anterior ( flexora) e as divisões posteriores suprem as partes posteriores (extensoras )do membro superior. 3- As divisões juntam-se p/ formar os fascículos . As divisões posterior forma o fascículo posterior. As divisões anterores dos troncos superior e médio unem-se p/ formar o fascícul lateral. As divisão anterior do tronco inferior segue como o fascículo medial. Obs :Os fascículos exibem relação com a 2ª porção da axilar que é indicado por seus nomes. 4- Cada fascículo divide-se em dois ramos terminais: 1- Fascículo lateral: n. musculocutâneo e raiz lateral do n. mediano. 2- Fascículo medial : n. ulnar e raiz medial do n. mediano. 3-Fascículo posterior : n. axilar e n. radial . Obs: Os três nervos ( musculocutâneo , mediano e ulanr ) são dispostos de forma a constituir uma letra M. Ramos do Plexo braquial São divididos em ramos supraclaviculares e infraclaviculares. Ramossupraclaviculares ( origem – ramo ventral C5 e frequente C4 ) N. dorsal da escápula--- inerva os mm. rombóides. Perfura o m. escaleno médio , segue o m. levantador da escápula em seguida entra na face posterior dos mm. rombóides. N. torácico longo --- (origem – ramo ventral de C5, C6 e C7) . Segue p/ ápice da axila atrás dos demais componentes do plexo braquial p/ suprir o m. serrátil anterior. Obs: Raízes de C5 e C6 perfuram o M. escaleno médio e a raiz de C7 segue na frente dele. C – N. subclávio --- ( origena-se na face anterior do tronco superior do Plexo braquial). Recebe fibras de C5 e ocasionais C4 e C6 . Desce atrás da clavícula e na frente do Plexo braquial p/ suprir o m. subclávio. D – N. supra-escapular ( origina-se na face posterior do tronco inferior do Plexo braquial , rece fibra de C5 e C6 , muitas vezes C4 ). Supre os mm. infra-espinhal e supra- espinhal e articulação do ombro. Para alcançar esses mm., segue lateral/ pelo trígono posterior do pescoço, acima do Plexo braquial e passa pela incisura da escápula . 2 – Ramos infraclaviculares A – Fascículo lateral ( três ramos : ramo lateral ( n. peitoral lateral) e dois ramos terminais (n.musculocutâneo e raiz lateral do n. mediano ). A .1 – N. peitoral lateral-( fibras C5 a C7. Supre o m. peitoral maior. É denominado assim porque se origina do fascículo lateral, porém ele é medial em relação ao n. peitoral medial. A . 2 – N. musculocutâneo ( fibras de C5 a C7, supre os mm. da face anterior do braço; entra na face profunda do m. coracobraquial, inervando-o e a seguir continua no braço p/ suprir os mm. bíceps braquial e braquial. Imediatamente proximal a articulação do cotovelo , o n. musculocutâneo perfura a fáscia profunda e torna-se superficial. A partir é denominado n. cutâneo lateral do antebraço e supre a pele da sua face lateral. ( Fig. Na pág. 3 ). A .3 – Raiz lateral do n. mediano ( continuação do fascículo lateral ; uni-se a raiz medial do n. mediano sobre ou lateral/ a artéria axilar , formando o n. mediano. B . Fascículo medial ( cinco ramos ( n. peitoral medial , n. cutâneo medial do braço , n. cutâneo medial do antebraço , n. ulnar e raiz medial do n. mediano ). B.1 N. peitoral medial ( penetra na face profunda do m. peitoral maner , suprindo-o e parte do m. peitoral maior . É denominado assim porque se origina do fascículo medial do Plexo braquial , porém se localiza lateral/ ao n. peitoral lateral. B.2 N. cutâneo medial do braço ( fibra de C8 e T1. É delgado e supre a pele na face medial do braço e parte proximal do antebraço , geral/ se comunica com o n. intercostobraquial que supre a pele no assoalho da axila e regiões adjacentes do braço. B.3 N. medial do antebraço ( fibras de C8 e T1, segue entre a artéria e veia axilares p/ suprir a pele na face medial do antebraço. B.4 N. ulnar ( fibras de C8, T1 e às vezes C7 , é um ramo termnal do fasc´culo terminal , segue através do braço p/ o antebraço e a mão , onde supre dois músculos do antebraço ( m. flexor ulnar do carpo ,porção medial do m. flexor profundo dos dedos) e parte da pele. B.5 Raiz medial do n. mediano ( outro ramo terminal do fascículo lateral p/ formar o n. mediano , que supre os mm. flexores do antebraço, exceto o m. flexor ulnar do carpo , porção medial do m. flexor profundo dos dedos e a pele da mão. C . Fascículo posterior ( cinco ramos ( n. subescapular superior , n. subescapular inferior , n. toracodorsal n. axilar e n. radial ). C.1 N. subescapular superior ( supre o m. suescapular C.2 N. subescapular inferior ( profundal/ a artéria e veia subescapular, emite um ramo p/ o m. subescapular e termina suprindo o m. redondo maior. C.3 N. toracodorsal ou grande dorsal ( origina-se entre os nn. subescaulares superior e inferior e segue em sentido inferolateral p/ suprir o m. grande dorsal. C. 4 N. axilar (( C5 e C6 ), é um grande ramo terminal do fascículo posterior , segue p/ a face posterior do braço através do espaço quadrangular junto com os vasos circunflexos posteriores do úmero. Ao emegir do espaço quadrangular , o n. axilar , curva-se ao redor do colo do úmero p/ suprir os mm. redondo maior e deltóide. Termina como o n. cutâneo lateral do braço que supre a pele na metade inferior do m. deltóide e áreas adjacentes do braço. C. 5 N. radial ( ( C5 a C8 e T1 ) , é outro ramo terminal do fascículo posterior. Proporciona o principal suprimento nervoso p/ os mm. extensores do membro superior e é responsável pela sensibilidade cutânea na região extensora , incluindo a mão. Quando deixa a axila , o n. radial segue p/ trás , p/ baixo e lateral/ entre as cabeças longa e medial do m. tríceps, entrando no sulco medial do úmero .Emite ramos p/ os mm. tríceps , ancôneo e braquiorradial e p/ os mm. extensores do mão , no antebraço . Vascularização Artéria axilar ( origina-se na borda lateral da 1ª costela. Primeira porção(entre a borda lateral da 1ª costela e a borda superior do m. peitoral menor. Possui um ramo – atéria torácica superior, que ajuda a suprir o 1º e 2º espaços intercostais e parte superior do m. serrátil anterior. Segunda porção( profunda/ ao m. peitoral menor . Lateral/ : fascículo lateral do plexo braquial ; Medial/ : fascículo medial e Posterior/: fascículo posterior. Possui dois ramos : as artérias toracoacromial e torácica lateral . Artéria torácicoacromial ( perfura a membrana costocoracóide e divide-se em quatro ramos ( acromial , deltóide , peitoral e clavicular ) Artéria torácica lateral ( desce ao longo da borda axilar do m. peitoral menor. Importante fonte de irrigação p/ a porção lateral da glândula mámaria . Terceira porção ( borda inferior do m. peitoral menor até a borda inferior do m. redondo maior . Três ramos : artéria subescapular , artéria circunflexa anterior do úmero e a circunflexa posterior do úmero . Artéria subescapular ( maior ramo da artéria axilar , desce ao longo da borda lateral do m. subescapular e divide-se em artérias circunflexa da escápula e toracodorsal. A artéria circunflexa da escápula segue ao redor da borda lateral da escápula p/ suprir os mm. no dorso da escápula. Anastomoses ao redor da escápula. Vários ramos da artéria axilar comunicam-se entre si . Artéria toracodorsal é continuação da artéria subescapular e supre os mm. adjacentes , principal/ o m. grande dorsal ou m. latissímo do dorso ( nomenclatura antiga ). As aa. circunflexas do úmero passam ao redor do colo do úmero e se anastomosam entre si. Artéria circunflexa anterior do úmero ( segue p/ o lado , profunda/ aos mm. coracobraquial e bíceps braquial. Arteria circunflexa posterior do úmero ( segue através da parede posterior da axila no espaço quadrangular com o n. axilar p/ suprir os mm. adjacentes ( deltóide e tríceps braquial ). Várias anastomoses artérias ao redor da escápula , nas faces dorsal , supra- escapular e subescapular . A mortâcia clínica da circulação colateral é a permanência da circulação mesmo em casos de obliteração (ligadura) da artéria axilar ou artéria subescapular lesada. Por exemplo, a artéria axilar pode ser obliterada entre o tronco tireocervical e artéria subescapular . Neste caso, o sentido atinge primeiro a porção distal da artéria xialr . Note que a artéria subescapular recebe sangue através de várias anastomoses com a artéria supra-escapular, artéria transversa do pescoço e algumas artéras intercostias. A ligadura da artéria axialr distal/ à artéria suescapular interrompe o suprimento sanguíneo p/ o braço. Em virtude da pequena expessura da bainha axilar, um aneurisma da artéria axilar que aumente com granderapidez comprime os nervos do plexo braquial . Isso caus dor e a, seguir , anestesia nas áreas do membro superior supridas pelos nn. relacionados. 2 . Veia axilar Situa-se na face medial da a . axilar , envolve completa/ a a rtéria na frente quando o braço é abduzido . Continuação da v. basílica , origina-se na borda inferior do m. redondo maior e termina na borda lateral da 1ª costela, onde se torna a v. suclávia. Acima do m. peitoral menor a v. axilar une-se à v. cefálica. Fossa axilar e região profunda do pescoço , após a remoção da clavícula e dos mm. peitorais . Vista anterior. Os ferimentos na axila geral/ englobam a v. axilar devido ao seu grande calibre e posição superficial . Um ferimento na parte superior da veia , que é mais calibrosa , é particular/ perigoso não apenas por causa da hemorragia profusa , mas também devido ao risco de entrada de ar no vaso. Bainha axilar ( artéria e veia axilares e os fascículos do plexo braquial estão envolvidos por uma delgada bainha . è formada pelo prolonga/ da camada pré- vertebral da fáscia cervical na frente da artéria subclávia. Linfonodos axilares Existem 20 a 30 linfonodos no tecido conjuntivo fibrogorduroso da axila ; são os principais linfonodos do membro superior. Estão dispostos em cinco grupos sendo quatro abaixo do tendão do m. peitoral menor e um , o grupo apical , acima. Grupo peitoral( 3 a 5 linfonodos ao longo da parede medial da axila , em torno da artéria torácica lateral e na borda inferior do m. peitoral maior . Recebe linfa da parede torácica anterior, incluindo a mama , os vasos linfáticos eferentes desses nodos seguem p/ os grupos central e apical de linfonodos axilares. Grupo lateral ( 4 a 6 linfonodos que se situamao longo da parede lateral da axila, mediais e posterior/ à v. axilar. Recebe linfra da maior parte do membro superior. Grupo subescapular ( 6 a 7 linfonodos situados ao longo da prega axilar posterior e dos vasos sanguíneos subescapulares. Recebe linfa da face posterior da parede torácica e da região escapular. Vasos eferentes seguem daí p/ o grupo central. Grupo central ( 3 a 4 linfonodos que se localizam profunda/ ao m. peitoral menor , próximo à base da axila , em associação com a artéria axilar. Recebe linfa de outros grupos de linfonodos. Vasos eferentes do grupo central seguem p/ o grupo apical de linfonodos axilares. Grupo apical ( linfonodos situados no ápice da axila, ao longo da face medial da v. axilar e da 1ª porção da artéria axilar. Recebe linfa de todos os outros linfonodos . Vasos eferentes do grupo apical juntam-se p/ formar o tronco linfático subclávio , que se une aos troncos jugular e broncomediastinal p/ formar o ducto linfático direito. Do lado esquerdo , o tronco linfático subclávio une-se ao ducto torácico .
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