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CIVIL 2 OBRIGAÇOES

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Professora Patrícia Strauss
DIREITO CIVIL II – OBRIGAÇÕES
PARTE ESPECIAL
LIVRO I – DO DIREITO DAS OBRIGAÇÕES
TITULO I – DAS MODALIDADES DAS OBRIGAÇÕES
A – CONSIDERAÇÕES GERAIS:
O direito pode ser dividido em 2 grandes ramos: 
-direitos nao patrimoniais (direito a vida, liberdade..)
-direitos patrimoniais que se dividem em:
1 – direitos reais: Integram o direito das coisas. O direito real recai sobre a coisa, direta ou indiretamente. Vincula 
esse titular a coisa, conferendindo “jus persequendi” – direito de sequela- e também o “jus paeferendi” – direito de 
preferencia, podendo ser exercido contra todos - erga omnes. 
2 – direitos obrigacionais: pessoais ou de creditos, compoe o direito das obrigações. Confere ao credor o direito de 
exigir do devedor determinada prestação.
-Os direitos reais diferem dos obrigacionais: 
Classificação Reais Obrigacionais
Qto ao objeto incidem sobre uma coisa exigem o cumprimento de
determinada prestação
Qto ao sujeito o sujeito passivo é indeterminado
sao todas as pessoas do universo, que devem 
abster-se de molestar o titular – oponivel erga 
omnes.
O sujeito passivo é determinado ou 
Determinavel
-atua contra determinadas pessoas
Qto a duração reais sao perpetuos
direito absoluto
Pessoais sao transitorios e se
 Extinguem pelo cumprimento ou por 
outro
s meios
Quando inadimplidas: reivindicatorias Quando inadimplidas: indenizatoria.
Com sequela Sem sequela
Qto a formação só podem ser criados por lei, sendo seu numero
 limitado por lei
Podem resultar da vontade das partes
Qto ao exercicio Sao exercidos diretamente sobre a coisa nao 
Importando o SP.
Exige uma figura intermediaria, que é
O devedor
Qto a ação Pode ser exercida contra quem detenha a coisa É dirigida somente contra quem figura
Na relação juridica como SP.
*Para o CPC, a posse é D. obrigacional
*Objeto da obrigação SEMPRE exprime valor economico.,
B – CONCEITO DE OBRIGAÇÃO:
-Obrigação é o vinculo juridico que confere ao credor – SA – o direito de exigir do devedor – SP – o cumprimento 
de determinada prestação. 
-autonomia da vontade é a base do direito contratual e obrigacional.
-o contrato é sempre bilateral na sua formação, mas dentro do contrato pode haver obrigações de uma ou de 
ambas as partes.
-é o patrimonio do devedor que responde por suas obrigações.
-nao se confunde obrigação com responsabilidade. Responsabilidade só surge quando nao se cumpre 
espontaneamente uma obrigação.
-pode haver obrigação sem responsabilidade? Sim, divida prescrita e de jogo.
-pode haver responsabilidade sem obrigação? Sim, fiador.
C – ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DA OBRIGAÇÃO:
1 – Vinculo juridico: Vinculo se diz juridico pq sendo amparado pela lei, poderah vir a cominar sanções, em 
decorrencia do descumprimento. Divide-se em debito e responsabilidade:
-Debito: também chamado de vinculo espiritual ou pessoal une o devedor ao credor e exige que o devedor cumpra 
em dia com a obrigação.
Exame de Ordem - OAB1 1
Professora Patrícia Strauss
-responsabilidade: também chamado de vinculo material confere ao credor nao satisfeito o direito de exigir 
judicialmente o cumprimento dsa obrigações.
2 – Partes na relação obrigacional: Em toda a relação obrigacional existem 2 partes determinadas ou 
determinaveis – SP ou SA.
-podem ser pessoa natural ou juridica, de qq natureza, bem como as sociedades de fato.
-devem ser determinadas, ou ao menos determinaveis.
Ex.: doação, as vezes é indeterminado, mas determinado no momento de seu cumprimento – vencedor de 
concurso…
3 – Objeto da obrigação: 
-Sempre uma conduta humana – dar, fazer ou nao fazer.
-O dar, fazer ou nao fazer é o objeto imediato.
-se perguntarmos, dar, fazer ou nao fazer o que? É o objeto mediato da obrigação.
*O objeto mediato ha de ser licito, possivel e determinavel.
D – FONTES DAS OBRIGAÇÕES:
-Derivam da vontade do Estado: lei
-Derivam da vontade humana:
1 – contratos: uma ou ambas as partes se comprometem a realizar uma prestação
2 – atos ilicitos dolosos e culposos
3 – declarações unilaterais de vontade..Ex: promessa de recompensa.
*Lei é fonte imediata da obrigação. Contratos, atos ilicitos e declarações unilaterais sao fontes mediatas.
Obs.: Principios do direito obrigacional:
1 – Autonomia da vontade
2 – pacto sunt servanda
3 – relatividade
4 – boa-fe. Esta é sempre presumida e objetiva no CC e no CPC.
E – CLASSIFICAÇÃO DAS OBRIGAÇÕES:
I – Qto ao seu objeto:
A – obrigação de dar (coisa certa e incerta)
B – de fazer
C – de nao fazer.
II – Qto aos elementos constitutivos da obrigação (sujeitos, vinculo e objeto)
1 – Qto a multiplicidade de objeto:
A – simples: sao as que se apresentam com um sujeito ativo e um sujeito passivo e um unico objeto. Tudo no 
singular.
B – composta ou complexa: basta que uma esteja no singular para que se torne complexa.
*Obrigações compostas podem ser:
a – cumulativas ou conjuntivas: o objeto se encontra cumulado com outro. Ex.: entrega de um anima e de um 
veiculo.
b – alternativas ou disjuntivas: os objetos sao ligados pela conjunção OU.. O objeto é duas ou mais prestações, 
das quais uma somente serah efetuada. Entrega o animal ou o veiculo.
-a prestação nao é individualizada mas individualizavel.
-uma x feita a escolha, é como se a prestação fosse simples.
-os doutrinadores costumam mencionar uma especie de obrigação “sui generis” da obrigação alternativa: chamada 
FACULTATIVA.
*obrigação facultativa: É aquele que nao tendo objeto senao uma só prestação, confere ao devedor a faculdade de 
substituir por outra. Cabe somente ao devedor. A prestação é unica, porem, para facilitar o pagamento, outorga-se 
ao devedor a faculdade de libertar-se da obrigação mediante prestação diferente.
-o credor só pode exigir a prestação obrigatoria, mas o devedor se exonera pagando prestação facultativa.
-visualizando pela otica do credor, a obrigação é simples, de um só objeto, o que difere da alternativa. Porem, pela 
otica do devedor, a obrigação é composta. Contudo, ha uma unidade de objeto.
Exame de Ordem - OAB2 2
Professora Patrícia Strauss
Alternativas Facultativa
Existem 2 ou mais objetos, sendo cumprida a 
Obrigação pela entrega de um deles apenas.
*pluralidade de objetos
O objeto devido é um só mas o devedor tem a 
Faculdade de obter sua exoneração mediante 
Entrega de objeto diferente.
*unidade de objeto.
*Consequencias da obrigação facultativa:
1 – Perecendo o objeto sem culpa do devedor, a obrigação se resolve.. 
Ex.: troca 2 vacas por 1.000. Perecendo as vacas antes da tradição, a obrigação se resolve. Nao ha que se falar 
em entregar os 1000.
2 – Perecendo o objeto por culpa do devedor, responderah o devedor pelo equivalente mais perdas e danos.
2 – Qto a multiplicidade de sujeitos:
-Isso só interessa quando ha pluralidade de sujeitos, tanto ativo qto passivos.
A – Divisiveis: Sao aquelas cujo objeto pode ser dividido entre os sujeitos.
B – Indivisiveis: o objeto nao pode ser dividido entre os sujeitos. – 
C – Solidarias: independe da divisibilidade ou indivisibilidade do objeto da prestação. A solidariedade resulta ou da 
lei ou da vontade das partes. 
III – Qto ao seu conteudo:
A – meio: Quando o devedor promete empregar seus conhecimentos, meios e tecnicas para a obtenção de 
determinado resultado, sem no entanto responsabilizar-se por ele.
Ex.: advogados que nao se obrigam a vencer a causa. 
Ex.: medicos que nao se obrigam a curar.
-de qq forma, deve haver diligencia.
B – resultado: o devedor dela se exonera somente no momento em que apresenta o resultado.
Ex.: transportador que promete, ao vender o bilhete, que irah levar a pessoa ao destino almejado. Se nao leva, 
responde pelo prejuizo.
Ex.: cirurgiao plastico quando realiza trabalho de natureza estetica, assumindo o risco do resultado.
IV – Qto a exigibilidade:
A – civis:É a que encontra respaldo no direito positivo, podendo seu cumprimento ser exigido pelo credor, por 
meio de ação.
B – Natural: o credor nao tem direito de exigir a prestação, e o devedor nao estah obrigado a pagar. Em 
compensação, se este efetua o pagamento o credor nao é obrigado a devolver. Ex.: pagar divida prescrita, 
gorjeta…
-o CC refer-se a obrigação natural em 2 casos:
*art. 882: pelo qual “nao se pode repetir o que pagou para solver divida prescrita ou cumprir obrigação 
judicialmente inexigivel”
*art. 564, III segundo o qual nao se revogam por ingratidao as doações “que se fizerem em cumprimento de 
obrigação natural”.
-Os casos de obrigação natural no CC sao duas: divida prescrita e divida de jogo.
-Nao é possivel revitalizar obrigação natural por novação, nem se admite possa ser objeto de compensação, que 
ocorre somente entre dividas vencidas. 
V – Qto aos elementos acidentais:
-OBS: Elementos constitutivos do NJ:
1 – Essenciais: Sao imprescindiveis: 
gerais: capacidade, objeto licito e consentimento.
Particulares: sao caracteristicas especificas de algum NJ. Ex.: registro de compra e venda
Acidentais: condição, encargo e termo.
A – Puras e simples: Sao as obrigações nao sujeitas a condição, termo ou encargo.
B – CondIcionais sao aquelas cujo efeito estah subordinado a um evento futuro e incerto. O Negocio juridico existe 
mas a eficacia da obrigação estah condicionada ao adimplemento da condição.
Exame de Ordem - OAB3 3
Professora Patrícia Strauss
C – Modais ou encargo: Sao as oneradas com algum encargo. Ex.: doação a APAE dd que faca um abrigo. 
Lembrando que o encargo ou modo nao suspende a aquisição nem o exercicio do direito, salvo quando 
expressamente dispor no NJ, quando entao, serah uma condição e nao um encargo.
D – Termo: Eficacia estah subordinada a um evento futuro e certo. O termo pode ser inicial – dies a quo ou final – 
dies ad quem.
-termo pode ser certo (estabelecido no calendario) e incerto (se refere a um evento certo em data incerta).
Obs.: obrigações que dizem respeito a familia nao se sujeitam aos elementos acidentais. 
VI – Qto ao momento em que devem ser cumpridas:
A – momentaneas ou de execução instantanea: Se consumam em um só ato, sendo cumpridas imediatamente. 
Ex.: compra e venda a vista.
B – Execução diferida: cumprimento deve ser realizado tambem em um só ato, mas em momento futuro..
C – de execução continuada ou de trato sucessivo: Se cumpre por meio de atos reiterados, como ocorre na 
prestação de servicos, na compra e venda a prazo…
VII – Qto a liquidez:
A – liquidas: A obrigação certa quanto a sua existencia, e determinada qto ao seu objeto. É expressa por um 
algarismo, uma cifra. 
-enquanto nao se liquidar uma obrigação nao se esta em mora. 
B – iliquidas: É a que depende de previa apuração, pois o seu valor se apresenta incerto.
-a liquides é um onus do credor.
-enquanto a divida nao se tornar liquida, nao se estah em mora.
Nao pode dividas iliquidas: consignação e pagamento, compensação, cautelar de arresto. 
-nas obrigações alternativas, se uma for liquida e a outra iliquida, tem que se fazer a liquidação antes da escolha. 
Mas pode-se contratar uma liquida e uma iliquida.
-a obrigação iliquida pode receber a garantia de fianca, só que o fiador nao pode ser constituido em mora (ser 
cobrado) antes de liquidado.
VIII – Qto as obrigações reciprocamente consideradas:
A – principais: Nao dependem de nenhuma outra, como a de entregar coisa, no contrato de compra e venda.
B – acessorias: tem sua existencia subordinada a outra relação juridica, dependem da relação principal. Ex.: 
fianca, juros…
-adota-se o principio de que o acessorio segue o principal. Assim, a nulidade da obrigação principal implica a 
nulidade das obrigações acessorias.
* obrigações com clausula penal:
Sao aquelas em que ha a cominação de uma multa ou pena para o caso de inadimplemento ou retardamento do 
cumprimento da avenca. A clausula penal tem carater ACESSORIO e sua função é servir como coerção. Pode ser 
compensatoria – quando estipulada para o caso de total inadimplemento da obrigação ou pode ser moratoria – se 
destinada a garantir o pagamento em dia.
*OBS: Obrigações “propter rem”
-Pertencem a categoria das obrigações hibridas. Sao chamadas assim por constituirem um misto de direito 
pessoal e de direito real. 
-Propter rem é a que recai sobre uma pessoa por forca de determinado direito real. Só existe em razao da 
situação juridica do obrigado, do titular do dominio ou de detentor de coisa determinada.
Ex.: obrigação imposta aos inquilinos e proprietarios de um predio de nao prejudicarem o sossego dos 
vizinhos.Decorre da contiguidade dos dois predios.
Ex.: condomino, de contribuir para a conservação da coisa comum
*OBS.: Obrigações com eficacia real e com onus real:
Pode-se dizer que também pertencem a categoria das obrigações hibridas. 
-onus reais sao obrigações que limitam o uso e o gozo da propriedade, constituindo direitos reais sobre coisas 
alheias, oponiveis erga omnes. Ex.: renda constituida sobre imovel
Exame de Ordem - OAB4 4
Professora Patrícia Strauss
-Eficacia real: sao aquelas que, sem perder seu carater de direito a uma prestação, transmitem-se e sao oponiveis 
a terceiro que adquira direito sobre determinado bem. Ex.: a locação pode ser oposta ao adquirente de coisa 
locada.
CAPITULO I – DAS OBRIGAÇÕES DE DAR.
*Pode-se dar coisa certa ou incerta.
Seção I – Das obrigações de dar coisa certa:
-Obriga-se o devedor a dar coisa INDIVIDUALIZADA, inconfundivel, que se distingue por caracteristicas proprias.
Transferencia de dominio: Bem movel = tradição; Bem imovel = registro imobiliario.
-o credor de dar coisa certa nao é obrigado a receber outra coisa, ainda que mais valiosa. É algo especifico.
-o devedor, assim, nao pode modificar unilateralmente o objeto da prestação. Da mesma forma o credor que nao 
pode exigir coisa diversa do que foi contratado.
-obrigação de dar coisa certa confere ao credor simples obrigacação de direito pessoal e nao real. 
Ex.: compra e venda. O vendedor nao transfere dd logo o dominio. Obriga-se a transmiti-lo. Nao cumprida a 
obrigação, nao pode o adquirente reivindicar a coisa, por nao ter o dominio dessa coisa. Terah de se contentar 
com a ação de perdas e danos. 
-Diz o art 233: 
Art. 233: A obrigação de dar coisa incerta abrange os acessorios dela embora nao mencionados, salvo se o 
contrario resultar do titulo ou das circunstancias do caso.
Ex.: vende o cachorro. Acertam as partes que ele nao vai com a casinha. As partes podem estipular isso, se o 
acessorio segue ou nao o principal. Mas via de regra, segue.
Ex.: venda de terreno com arvores. Frutos seguem o principal – essa é a regra.
*Cumprimento da obrigação de dar:
-Cumpre-se a obrigação de dar mediante a entrega (como na compre e venda) ou a restituição (como no 
comodato).
-ambos podem ser resumidos em uma só palavra: TRADIÇÃO.
-Alias, até a tradição, a coisa continuarah pertencendo ao devedor. Este estah obrigado a entregar ao credor, mas 
enquanto estiver com ele, enquanto nao ocorrer a tradição, a coisa ainda serah do devedor.
Art. 237: Ate a tradição pertence ao devedor a coisa, como os seus melhoramentos e acrescidos, pelos quais 
podera exigir aumento no preco; se o credor nao anuir, poderah o devedor resolver a obrigação.
£U – os frutos percebidos sao do devedor, cabendo ao credor os pendentes.
Ex.: se o objeto da obrigação for um animal e este der cria, o devedor pode exigir mais dinheiro por isso. Se o 
credor nao quiser dar o devedor pode resolver a obrigação.
*Perda ou perecimento da coisa:
1 – Perecimento da coisa antes da tradição: Perecimento é perda total
a – perecimento sem culpa do devedor:
se realizado antes da tradição ou pendente condição suspensiva,fica resolvida a obrigação para ambas as 
partes.Voltam a situação primitiva, tanto na obrigação de entregar como na de restituir.
-assim, se o vendedor jah recebeu o $ e a coisa que ainda estah com o devedor veio a perecer sem culpa sua (ou 
por caso fortuito ou forca maior), deve o devedor devolver o $ ao credor. Voltam ao que era antes.
b – perecimento com culpa do devedor:
-se a coisa perecer com culpa do devedor antes da tradição: Tem o credor direito a receber o que pagou mais as 
perdas e danos.
*Deterioração da coisa: deterioração é perda parcial.
1– Deterioração da coisa antes da tradição:
a –Deterioração sem culpa do devedor.
Na obrigação de entregar, poderah o credor escolher:
- resolver a obrigação por nao querer o bem danificado (recebe o $ de volta). Voltam as partes ao estado anterior.
-ou aceitar o bem com abatimento no preco.
-Na obrigação de restituir, recebe-o no estado em que se encontra, sem direito a qq indenização.
Exame de Ordem - OAB5 5
Professora Patrícia Strauss
b – deterioração com culpa do devedor: 
Na obrigação de entregar, pode o credor: resolver a obrigação (recebe o $ de volta) ou aceitar o bem com 
abatimento do preco.
-De qq forma, pode reclamar perdas e danos.
Na obrigação de restituir, o credor também poderah exigir o equivalente em $ mais perdas e danos. 
Obs.: Observa-se que, no geral, sem culpa, resolvem-se a obrigação, sendo as partes colocadas no estado 
anterior, sem perdas e danos. Se houve culpa, estas sao devidas, respondendo o culpado, ainda, pelo equivalente 
em dinheiro da coisa.
Obs.: Se, para melhoramento ou aumento, o devedor empregou trabalho ou $, o caso serah regulado pelas 
normas atinentes as benfeitorias realizadas pelo possuidor de ma-fe ou boa-fe, depende do caso.
Seção II – Das obrigações de dar coisa incerta:
-Coisa certa é individualizada, determinada. 
-a expressao coisa incerta indica que a obrigação tem objeto indeterminado, mas nao totalmente, pq deve ser 
indicada, AO MENOS, em GENERO E QUANTIDADE.
-É, portanto indeterminada mas determinavel. 
QUE – Objeto do contrato: entregar sacas de café. É obrigação de dar coisa incerta?Nao, pq ha o genero, mas 
nao ha a quantidade.
-Jah, “entregar10 sacas de café” sim, é o correto.
-A determinação do objeto se dah pela escolha. Feita a escolha, segue-se as normas de dar coisa certa. 
-O ato unilateral de escolha denomina-se concentração.
QUE – A quem compete o direito de escolha? Ao devedor. Contudo, o devedor nao pode escolher de dar a coisa 
pior, mas também nao é obrigado a dar a melhor. Tem que dar um meio termo.
QUE – Pode o contrato estipular que o direito de escolha cabe ao credor? Sim, sem problema algum.
QUE – Podem as partes convencionar que terceiro irah escolher? Sim, sem problema.
-A escolha somente se completa com a cientificação do credor. 
-Alem disso, antes da escolha ser feita, nao pode o devedor alegar perda ou deterioração da coisa, ainda que por 
forca de caso fortuito e forca maior.
Ex.: se toda a safra de café foi perdida por causa da seca, nao interessa. Nao tinha sido feita a escolha e o 
devedor ainda estah obrigado a entregar essas sacas de café.
-Assim, obrigação de dar coisa incerta nao perece ou deteriora nunca. 
QUE – E se fosse coisa certa e ocorreu a perda sem culpa do devedor? A perda acarretara a extinção da 
obrigação, com a volta ao “status quo ante”.
CAPITULO II – DAS OBRIGAÇÕES DE FAZER.
-Nas obrigações de fazer, a prestação consiste em atos ou servicos a serem executados pelo devedor. 
-OBRIGAÇÃO PERSONALISSIVA, INFUNGIVEL OU IMATERIAL: Quando for convencionado que o devedor 
cumpra pessoalmente a prestação, ou a propria natureza desta impedir a substituição
-a infungibilidade pode decorrer da propria natureza da prestação – Ex.: quadro artistico
-OBRIGAÇÃO IMPESSOAL, FUNGIVEL OU MATERIAL: Quando se trata de ato ou servico cuja execução nao 
depende das qualidades pessoais do devedor. Pode ser realizado por terceiro. 
*Inadimplemento das obrigações de fazer:
1 – Sem culpa do devedor: Se a prestação do contrato se tornar impossivel sem culpa do devedor, a obrigação 
serah resolvida.
Ex.: ator que ia se apresentar e sofreu um acidente. Sem culpa. Ele terah que devolver o $ ao credor. Volta ao 
status quo ante.
2 – Com culpa do devedor: Se o proprio devedor criou essa impossibilidade, responderah por perdas e danos.
Exame de Ordem - OAB6 6
Professora Patrícia Strauss
QUE – mas e se o devedor se recusar a cumprir o contrato por ele avencado. Nao tem nada a ver com culpa, ele 
apenas se recusa?
-Se somente por ele poderia o contrato ser executado (ob. Personalissima), o contrato serah resolvido por perdas 
e danos.
-a recusa voluntaria induz culpa.
-assim, a recusa ao cumprimento de obrigação de fazer infungivel resolve-se, tradicionalmente em perdas e 
danos.
-atualmente, entretanto, existe a possibilidade da EXECUÇÃO ESPECIFICA das obrigações de fazer – 461 CPC, 
que contemplam meios de obrigar o devedor a cumpri-las, mediante, por exemplo, astreintes – multa diaria.
-Diz o £1 do art. 461:
“A obrigação somente se converterah em perdas e danos se o autor o requerer ou se impossivel a tutela 
especifica ou a obtenção do resultado pratico correspondente.”
-O art. 461 do CPC regula a ação de conhecimento, de carater condenatorio, e nao a execução especifica da 
obrigação de fazer e de nao fazer, constante em sentenca transitada em julgado. Atualmente, portanto, a regra qto 
ao descumprimento da obrigação de fazer e de nao fazer e a da execução especifica, sendo exceção a resolução 
em perdas e danos.
-O STF vem decidindo que é facultado ao autor pleitear a cominação de pena pecuniaria tanto nas obrigações de 
fazer infungiveis qto nas fungiveis.
*Em se tratando de ob. De fazer fungivel, que pode ser executada por terceiro, serah livre ao credor manda-lo 
executar a custa do devedor, havendo recusa ou mora deste, sem prejuizo de indenização cabivel.
-Em caso de urgencia, pode o credor, independentemente de autorização judicial, executar ou mandar executar o 
fato, sendo depois ressarcido.
CAPITULO III – DAS OBRIGAÇÕES DE NAO FAZER.
-Impoe ao devedor uma obrigação de nao fazer, uma obrigação negativa de nao praticar o ato que poderia 
livremente fazer, se nao tivesse se obrigado.
Ex.: adquirente se obriga a nao construir no terreno edificio maior que o quarto andar. 
-Se praticarem o ato que estavam obrigados a nao praticar, se tornam inadimplentes.
QUE – O que acontece quando o devedor pratica o que nao devia ter praticado?
-o credor pode exigir qu e o ato seja desfeito. Desfazendo o que foi feito, ainda responderah por perdas e danos.
QUE – e se o devedor nao desfaz?
-o proprio credor pode ir lah e desfazer, as custas do devedor.
-Alem disso, o devedor poderah arcar com eventuais perdas e danos.
-Portanto, em ambos os casos, o devedor, por ter feito algo que nao devia, responderah por perdas e danos..
QUE – Mas e se o devedor fez algo que nao devia e nao pode ser desfeito?
Ex.: revelou um segredo industrial. 
-Nao ha como pretender a restituição ao “status quo ante”, entao só cabe perdas e danos.
*Extinção da obrigação:
-Sem culpa do devedor, é impossivel a este devedor nao fazer algo: Extingue-se a obrigação. Devedor deve 
devolver o $.
-De qq forma, em caso de urgencia, poderah o credor desfazer ou mandar desfazer o ato, independentemente de 
autorização judicial, sem prejuizo do ressarcimento devido.
CAPITULO IV – DAS OBRIGAÇÕES ALTERNATIVAS:
-Sao obrigações compostas pela multiplicidade de objetos. 
-somente uma serah escolhida para pagamento ao credor. Sao diversas das cumulativas, onde todas os objetos 
devem ser resolvidos, sob pena de nao se haver cumprida a obrigação.
Exame de Ordem - OAB7 7
Professora Patrícia Strauss
-diferem também da obrigação de dar coisa incerta, apesar de terem um ponto comum queé a escolha. Na 
obrigação de dar coisa incerta, o objeto é um só, apenas indeterminado quando a qualidade. 
-Na alternativa, ha varios objetos, devendo a escolha recair em apenas um deles. Aqui, a escolha recai sobre um 
dos objetos
-também ha a concentração – ato da escolha do objeto.
Obrigações alternativas: Somente um dos objetos 
serah escolhido
Para o credor
Obrigações cumulativas: Todos os objetos devem 
ser 
Resolvidos, pena de nao haver cumprida a 
obrigação.
Obrigações alternativas: Ha varios objetos, devendo a 
escolha
Recair sobre apenas um deles
Obrigações de dar coisa incerta: O objeto é um só, 
apenas
Indeterminado qto a qualidade.
QUE – Quem tem o direito de escolha?
-REGRA: A escolha cabe ao devedor
-EXCEÇÃO: Se foi estipulado diverso no contrato.
QUE – Pode terceiro escolher o objeto?
-Sim, dd que convencionado pelas partes.
QUE – E se o terceiro nao quiser escolher?
-caberah entao ao juiz.
QUE – E se varios podem escolher mas nao chegam a um acordo?
-caberah ao juiz escolher.
-Apos a escolha, as prestações reduzem-se a uma só e a obrigação se torna simples.
*Nao pode o devedor obrigar o credor a receber parte em uma prestação e parte em outra. 
Ex.: se o devedor se obrigou a entregar 2 sacas de café ou 2 sacas de arroz, nao pode querer entregar 1 de cada. 
Tem que escolher e cumprir a obrigação.
*Quando o objeto da obrigação for de prestações periodicas, a faculdade de opção poderah ser exercida em cada 
periodo.
Ex.: janeiro escolho 2 sacas de café, fevereiro, escolho 2 sacas de arroz…
QUE – E se o devedor tem que escolher o objeto e fica enrolando, nao escolhe?
-o devedor terah que ser notificado, para que seja constuido em mora.
-O atraso, porem, nao priva o devedor do direito de escolha, salvo se dispuser o contrato diversamente.
*Impossibilidade de adimplemento das prestações:
QUE – O que acontece quando uma das prestações nao puder ser cumprida? Se tornou impossivel?
-Subsiste o debito qto a outra – ficarah uma obrigação simples.
-Essa impossibilidade é material, decorrente de fato. Ex.: nao se fabricar mais uma das coisas que estava 
contratado.
-isso pq se for impossibilidade juridica, toda a obrigação fica contaminada, sendo inexigiveis ambas as prestações.
Ex.: praticar um crime.
QUE – Mas e se acontece a impossibilidade em todas as prestações alternativas sem culpa do devedor?
-Ocorre a extinção da obrigação por falta de objeto. 
*Culpa
QUE – E se houver culpa do devedor para que a obrigação se torne TOTALMENTE impossivel? Ou seja, nao 
pode ser cumprida de nenhuma forma?
-Fica o devedor obrigado a pagar o valor da que por ultimo se impossibilitou mais perdas e danos, se for o caso. 
Dd que a escolha coubesse ao devedor.
Ex.: deveria entregar ou o automovel ou uma vaca. Matou a vaca para comer, e bateu com o carro. Deve pager o 
carro mais perdas e danos.
Exame de Ordem - OAB8 8
Professora Patrícia Strauss
QUE – E se houver culpa do devedor para que a obrigação se torne TOTALMENTE impossivel, mas a escolha 
cabia ao credor?
-Pode o credor exigir o valor de qq das prestações – e nao somente da que por ultimo perceu – alem das perdas e 
danos.
Ex.: deveria entregar ou o automovel ou a vaca. Os dois pereceram por culpa do devedor. O credor escolhe o 
valor de qual ele quer receber mais perdas e danos.
QUE – Mas o que acontece quando só uma prestação se tornou impossivel por culpa do devedor? Quando a 
escolha couber ao credor.
-Credor terah direito de exigir ou a prestação subsistente ou o valor da outra, com perdas e danos. 
-Nesse caso, o credor nao é obrigado a ficar com o objeto remanescente, pois a escolha era sua. Pode dizer que 
pretendia exatamente o que pereceu, optando por exigir o seu valor mais perdas e danos.
CAPITULO IV – DAS OBRIGAÇÕES DIVISIVEIS E INDIVISIVEIS:
-As obrigações divisiveis e indivisiveis somente tem importancia quando ha pluralidade de sujeitos.
-Se ha somente um unico devedor e um só credor a obrigação é sempre indivisivel, ou seja, a prestação deverah 
ser o cumprida por inteiro, seja divisivel ou indivisivel ou seu objeto.
*Obrigações divisiveis: Sao aquelas cujo objeto pode ser dividido entre os sujeitos .
*Obrigações indivisiveis: Sao aquelas cujo objeto nao pode ser dividido entre os sujeitos. Segundo o CC, a 
obrigação é indivisivel:
“quando a prestação tem por objeto coisa ou um fato nao suscetiveis de divisao, por sua natureza, por motivo de 
ordem economica, ou dada a razao determinante do NJ.”
-Para alguns, a divisibilidade ou indivisibilidade das obrigações repousa na propria prestação e nao da coisa, 
objeto da prestação. Assim, a divisibilidade ou indivisibilidade da coisa confunde-se com o da prestação.
-Se diz portanto:
-obrigação divisivel quando é possivel ao devedor executa-la por partes.
-obrigação indivisivel: quando nao é possivel ao devedor adimpli-la por partes.
-a indivisibilidade decorre, em geral, da natureza das coisas – indivisibilidade natural.
QUE – podem bens naturalmente divisiveis se tornar indivisiveis? 
Sim, por determinação da lei Ex.: servidoes prediais.
Sim, por vontade das partes. 
Sim, por vontade judicial. Ex.: acidente de trabalho, cuja indenização deve ser paga a mae inteiramente, embora o 
pai nao a pleiteie.
*Divisibilidade e indivisibilidade nas obrigações de dar, fazer e nao fazer:
1 – obrigação de dar: Sera divisivel ou indivisivel, dependendo da natureza do objeto.
2 – obrigação de fazer: algumas vezes pode ser dividida., outras nao. 
Ex.: fazer uma estatua – indivisivel
Ex.: fazer 10 estatuas – divisivel.
3 – obrigação de nao fazer: em geral sao indivisiveis. Mas, podem ser divisiveis. Ex.: se obrigou a nao construir, 
nao alugar, nao vender…
*Efeitos das obrigações divisiveis e indivisiveis.
*Divisivel:
-Havendo mais de um devedor ou mais de um credor (isso é o que importa nas obrigações divisiveis e indivisiveis) 
em obrigação DIVISIVEL, esta obrigação presume-se dividida em tantas obrigações, iguais e distintas, qto aos 
credores ou devedores. 
Ex.: devedor ser obriga a entregar 2 sacas de café para dois credores. Vai uma saca para cada um.
*Indivisivel:
-Havendo dois ou mais devedores, cada um serah obrigado pela divida toda. 
Ex.: Joao e Carlos devem uma vaca. É obrigação indivisivel, pode cobrar de qq um a divida toda.
QUE – E o que pagou nao leva nada? O que pagou se subroga nos direitos do credor em relação aos outros co-
obrigados.
Exame de Ordem - OAB9 9
Professora Patrícia Strauss
-Havendo dois ou mais credores, poderah cada um destes exigir a divida inteira, mas o devedor ou devedores se 
obrigarao pagando:
a – a todos conjuntamente
b – a um, dando este caução de ratificação dos outros credores.
-Este serah o unico meio pelo qual o devedor se desobrigarah da obrigação. 
QUE – E o credor que recebeu tudo? Se só um dos credores receber a prestação por inteiro, a cada um dos 
outros assistira o direito de exigir dele em dinheiro parte que lhe caiba no total.
Ex.: Joao recebe sozinho a vaca, poderah cada um dos credores exigir sua parte em $.
QUE – E se um dos credores perdoar a divida do devedor, havendo varios credores?
Ex.: animal valoe R$30.000 e sao tres os credores. Aquele que perdoou somente pode perdoar R$10.000. Assim, 
os outros 2 credores somente poderao exigir o animal se paragem R$10.000 ao devedor. 
-tal criterio também serah observado nos casos de transação, novação, compensação ou confusao.
*Perecimento:
-Com culpa do devedor: Se o bem perecer por culpa do devedor, a obrigação nao serah mais indivisivel e se 
reverterah em perdas e danos.O devedor, assim, deverah entregar o $ equivalente ao objeto + perdas e danos.
QUE – Mas e se tinha mais de um devedor e houve culpa de todos deles? Responderao todos por partes iguais: 
devolver o equivalente + perdas e danos.
QUE – Mas e se tinha varios devedores e somente um foi o culpado?Como a culpa é pessoal, esse devedor 
ficarah responsavel pelo pagamento de perdas e danos, ficando exonerados dessa responsabilidade os demais 
nao culpados. Responderao os nao culpados, porem, pelo pagamento de suas quotas (equivalente em $ do bem, 
dividido proporcionalmente).
CAPITULO V – DAS OBRIGAÇÕES SOLIDARIAS:
-É necessario a multiplicidade de agentes em ao menos um dos polos.
*Pode ser ativa ou passiva:
1 – Solidariedade ativa: Pluralidade de credores
Na pluralidade de credores, pode qq um deles exigir a pretação integral, como se fosse unico credor.
2 – Solidariedade passiva: Pluralidade de devedores.
Na pluralidade de devedores, do credor pode escolher qq um dos devedores e compeli-lo a pagar a divida toda. 
3 – Solidariedade reciproca ou mista: Quando ha pluraridade de devedore e credores.
*Normas comuns da solidariedade:
-solidariedade só se opera nas relações externas. No direito regressivo nao ha solidariedade.
-variabilidade do modo de ser: A (ob.modal), B (ob. Termo) C (condição), Todos devedores solidarios, apesar da 
natureza da obrigação ser diferente.Todavia, tem que ser respeitados as condições acidentais dos devedores. 
Mesmo que as outras condições dos outros ainda nao tenham sido satisfeitas, deve-se aguardar, por exemplo, 
que a condição seja feita.
-Nao presunção de solidariedade. Só a lei ou o contrato podem estabelecer isso.
*Solidariedade nao se presume: Resulta da lei ou da vontade das partes.
Ex.: art. 942, £U – considera SOLIDARIAMENTE responsaveis com os autores do dano os pais, tutores, 
curadores…É decorrente da lei. A vitima pode escolher somente um desses para cobrar a divida.
Ex.: Joao e Jose obrigam-se a entregar 2 sacas de café e estabelecem solidariedade passiva. O credor pode 
cobrar de qq um deles as duas sacas. A qualidade de solidariedade deve estar EXPRESSA no contrato.
-solidariedade nao se presume.
Obs.: Pode-es dizer que somente a solidariedade passiva decorre de lei ou vontade das partes. Pq a solidariedade 
ativa, quase nao existe dispositivo algum em lei que obrigue as partes a serem solidarias.
Obs.: Havendo pluralidade de credores ou devedores solidarios uns podem obrigar-se pura e simplesmente, e 
outros, sob condição ou termo. O lugar e o tempo do pagamento podem ser iguais ou diferentes para todos os 
interessados. Tambem a causa pode ser diferente para os diversos coobrigados.
*Caracteristicas:
a – pluralidade de credores ou de devedores ou de ambos
b – integralidade da prestação:
Exame de Ordem - OAB10 10
Professora Patrícia Strauss
-Qq devedor responde pela divida toda e qq credor pode exigi-la integralmente.
-Satisfeita a obrigação devida, liberam-se todos os co-devedores perante o credor.
c – co-responsabilidade dos interessados. 
QUE – Mas o que paga, nao ganha nada dos outros?
-Pode reaver as quotas de cada um dos co-obrigados.
QUE – e o que recebe, nao deve nada aos outros credores?
-Fica obrigado perante os demais, aos quais deve prestar contas, pelas quotas de cada um.
*Diferencas entre divisibilidade e solidariedade:
Indivisibilidade Solidariedade
-Credor pode exigir de um só dos devedores o 
pagamento
da totalidade do objeto devido.
-Credor pode exigir de um só dos devedores o 
pagamento
da totalidade do objeto devido
-Cada devedor somente deve a sua quota-parte.
Pode até ser compelido ao pagamento da totalidade 
do
Objeto, pq é impossivel que se divida. 
Ex.: tem que entregar sozinho a vaca.
-O devedor irah se subrogar no direito do credor.
-Cada devedor solidario deve ser compelido a 
pagar sozinho, a divida inteira, por ser devedor
do todo. 
Ex.: avalista pode ter que pagar a divida toda.
Decorre da natureza do objeto, nao pode ser partido Decorre da vontade das partes ou lei
-A obrigação que se resolve em perdas e danos
perde a qualidade de indivisivel. Serah feito um 
rateio em $ pelo equivalente mais perdas e danos.
Surge a responsabilidade de cada um dos devedores
Por sua quota. Se forem 2, serah 50% casa.
Mesmo que a obrigação se converta em perdas e 
danos
Continuarah indivisivel seu objeto, no sentido de 
Que nao se dividirah entre todos os credores e
Entre todos os devedores.
-Cada devedor ficarah responsavel pelo pagamento 
integral do equivalente em $ do objeto perecido
e o culpado, pelas perdas e danos.
*Solidariedade ativa:
-Concorrem dois ou mais credores, podendo qq um deles receber integralmente a prestação devida.
-É muito raro hoje em diz encontrar um caso de solidariedade ativa, por oferecer varios inconvenientes: credor que 
recebe pode se tornar insolvente, pode ainda nao pagar aos outros credores as suas quotas…
Ex.: conta conjunta. Cada correntista pode sacar tudo.
-Enquanto os credores nao demandarem o devedor, ele pode pagar a qq um deles. 
QUE - Mas se um dos credores jah entrou em juizo? Ai ele nao pode pagar para qq um, somente ao que entrou 
com a ação é que deve ser paga a divida.
-O pagto feito a um dos credores solidarios extingue a divida até o montante do que foi pago – se a obrigação for 
divisivel.
QUE – E se um dos credores compensar, remitir, ou transigir com o devedor? Exonera o devedor do pagamento 
aos demais Sujeitos ativos.
Contudo, esse credor respondera aos outros pelas partes que lhes caibam.
QUE - E se um dos credores solidarios falece? 
-Falecendo um dos credores solidarios, os herdeiros poderao exigir somente a quota do credito correspondente ao 
seu quinhao. Portanto, eles podem exigir tudo, mas tem que ficar dividido em cada quinhao que eles irao receber.
QUE – Mas e se um dos credores falece e a obrigação for indivisivel?
-Se a obrigação for indivisivel, ou se houver um só herdeiro, ou se todos os herdeiros agirem conjuntamente eles 
podem exigir tudo.
Exame de Ordem - OAB11 11
Professora Patrícia Strauss
-Se nao for possivel se realizar o objeto da prestação e essa se converter em perdas e danos, a solidariedade irah 
permanecer. Fixado o valor das perdas e danos, cada credor continua com direito de exigir a sua totalidade.
Obs.: A um dos credores solidarios nao pode o devedor opor as exceções pessoais oponiveis aos outros.
Obs.: O julgamento contrario a um dos credores solidarios nao atinge os demais; o julgamento favoravel aproveita-
lhes, a menos que se funde em exceção pessoal ao credor que o obteve.
*Solidariendade passiva:
-Ocorre pluralidade de devedores.
-o credor tem direito de exigir de um ou de todos a totalidade da divida.
- o pagamento total extingue nao só a solidariedade como também a propria obrigação.
QUE – E se os devedores só pagam um pouco – no caso de ser ob. Divisivel?
-Continuam todos devedores solidarios pelo resto.
-o pagamento parcial extingue em parte a obrigação e mantem a solidariedade para o remanescente.
Obs.: Se o credor propoe ação contra um ou alguns dos devedores, isso nao importa em renuncia da 
solidariedade. O credor nao fica inibido de acionar os demais. 
QUE – E o devedor que paga tudo, tem algum direito com relação aos outros devedores?
-o devedor que pagar tudo tem direito a exigir de cada um dos co-devedores a sua quota. 
-Se havia um insolvente no meio da tchurminha? A parte devida por ele serah rachada por todos os demais.
-alias, presume-se iguais no debito, as partes dos co-devedores. Contudo, se eles convencionarem diversamente 
assim o serah.
QUE – Mais alguma coisa com relação ao insolvente?
Sim, no caso de ação regressiva pelo devedor que efetuou o pagamento contra os outros co-devedores que nao 
pagaram, se ha devedor insolvente, aqueles devedores que foram exonerados da solidariedade pelo credor, 
também participarao do rateio da obrigação que incumbia ao insolvente.
-Qq alteradao posterior ao contrato, estipulada entre alguns dos devedores solidarios e o credor, que venha a 
agravar a situação dos devedores solidarios, somente irah ser efetivada se houver a concordanciade TODOS os 
devedores solidarios.
-O devedor demandado por opor ao credor as exceções (defesas) que lhe forem pessoais e comum a todos. Nao 
se aproveitam as exceções pessoais aos outros co-devedores. 
Ex.: incapacidade de um dos devedores. Como é somente dele, nao aproveita aos demais.
Ex.: ilicitude do objeto. comum a todos.
*Se a prestação se tornar impossivel, pelo perecimento do objeto:
-sem culpa dos devedores: extingue-se a obrigação.
-Havendo culpa de um dos devedores: subsiste para todos o encargo de pagar o equivalente em $. Contudo, cabe 
ao devedor que deixou o bem perecer, responder também por perdas e danos.
*Se a divida solidaria interessar exclusivamente a um dos devedores, ou seja, ao emitente de nota promissoria, 
por exemplo, responderah este por toda ela para com aquele que pagar. Assim, se um dos avalistas saldar a 
divida sozinho, terah ação regressiva contra o referido emitente, podendo dele cobrar todo o valor pago. Mas dos 
co-avalistas só podera cobrar a cota de cada um.
*Se morrer um dos devedores solidarios, deixando herdeiros, nenhum deles estah obrigado a pagar, senao a 
quota que corresponder ao seu quinhao hereditario. Se a obrigação for indivisivel responderah por toda ela. Mas 
todos os herdeiros em conjunto serao considerados como um devedor solidario em relação aos demais herdeiros.
*O pagamento parcial feito por um dos devedores e a remissao por ele obtida nao aproveitam aos outros 
devedores, senao até a concorrencia da quantia paga ou relevada. 
*Renuncia a solidariedade: É permitido ao credor, sem abrir mao de seu credito, renunciar a solidariedade de 
alguns, um ou de todos os devedores. A renuncia pode ser total ou parcial.
-Se a renuncia for total cada devedor passa a responder somente por sua quota. Ocorre o fim da solidariedade, 
Obrigação se divide em tantos quantos forem os devedores. Presumem-se iguais os quinhoes de cada um. 
-Se a renuncia for parcial, ocorrerah a divisao da obrigação em 2 partes: uma pela qual responde o devedor 
favorecido; e a outra pela qual respondem os demias,que continuam solidario.
Exame de Ordem - OAB12 12
Professora Patrícia Strauss
-A parte que teve exonerada a solidariedade transforma-se em divida simples, a qual poderah ser cobrada apenas 
daquele devedor, podendo os demais se eximirem de pagar essa cota. 
*Todos os devedores respondem pelos juros da mora, ainda que a ação tenha sido proposta somente contra um; 
mas o culpado responde aos outros pela obrigação acrescida.
TITULO II – DA TRANSMISSAO DAS OBRIGAÇÕES
Capitulo I – Da cessao de credito.
-O credito constitui bem de carater patrimonial que é suscetivel de transferencia.
-é negocio juridico bilateral, pelo qual o credor transfere a outrem seus direitos na relação obrigacional 
-pode ser de forma onerosa ou gratuita, contudo a onerosa é preponderante. 
-pode também caracterizar dação em pagamento quando a transferencia é feita em pagamento de uma divida.
-Nao é uma venda porque a cessao tem por objeto bem incorporeo – credito – enquanto a compra e venda 
destina-se a alienação de bens corporeos.
*-o credor que transfere seus direitos denomina-se cedente.
-O terceiro a quem sao eles transmitidos denomina-se cessionario.
-o devedor se chama cedido – ele nao participa do NJ. Inclusive, a cessao de credito pode ser realizada sem a 
anuencia do cedido. Ele deve ser comunicado, para que possa solver a obrigação ao legitimo detentor do credido 
– agora o cessionario.
*Como a cessao importa alienação, o cedente ha de ser pessoa capaz e legitimada a praticar atos de alienação. 
Obs.: O pai, no exercicio da adm. Dos bens dos filhos menores, nao pode realiza-la sem previa autorização do jui.
Obs.: Para ser efetuada por mandato, deve o mandatario ter poderes especiais e expressos. 
Obs.: o tutor e o curador nao podem constituir-se cessionarios de creditos contra, respectivamente, o pupilo e o 
curatelado.
Obs.: cessao de credito nao se confunde com cessao de contrato. Na cessao de contrato, se procede a 
transmissao, para o cessionario, da inteira disposição contratual do cedente. 
Obs.: cessao de credito se distingue também da novação subjetiva ativa. Na novação subjetiva ativa , alem da 
substituição do credor, ocorre a extinção da obrigação anterior, substituida por novo credito. Na cessao de credito 
subsiste o credito primitivo, que é transmitido ao cessionario, com todos os seus acessorios.:
Art. 287: Salvo disposição em contrario, na cessao de um credito abrangem-se todos os seus acessorios.
Obs.: A cessao de credito também nao se confunde com a sub-rogação legal. O sub-rogada nao pode exercer os 
direitos e ações do credor alem dos limites de seu desenbolso, nao temdo, pois, carater especulativo. A cessao de 
credito, embora possa ser excepcionalmente gratuita, em geral tem como proposito o lucro. A sub-rogação 
convencional, porem, na hipotese do art. 347,I, do CC, serah tratada como cessao de credito.
*Objeto: Em regra, todos os creditos podem ser ojeto de cessao, constem de titulo ou nao, vencidos ou por vencer. 
Como exceção, temos os creditos que nao podem ser objetos de cessao se:
1 – a natureza da obrigação: ex. Relações juridicas de carater personalissimo nao podem ser objeto de cessao. 
Ex.: direito de familia – alimentos…
2 – a lei: nao pode haver cessao de direito de preempção ou preferencia ou do beneficio da AJG…
3 – Por convenção com o devedor: Se foi acertado que o credor nao cederia o credito, nao poderah faze-lo.
Obs.: Se no contrato NAO houver clausula que proibia a cessao, e o cessionario, de boa-fe, vai lah e “adquire” o 
credito. Se ele estiver de boa-fe, nao pode o cedente opor isso contra o cessionario de boa-fe. Jah se EXISTIA no 
contrato, ai, sim, quem bobeou foi o cessionario.
Obs.: a cessao também pode ser parcial ou total. Pode ceder um pouco do credito e ficar com resto.
*Formas: 
-Em geral, a cessao convencional nao exige forma especial para fazer valer entre as partes, salvo se tiver por 
objeto direitos em que a escritura publica seja da substancia do ato. Nesse caso, a cessao também deverah ser 
efetuada por escritura publica.
-Para valer contra terceiros, entretanto, o CC exige instrumento publico ou instrumento particular revestido das 
solenidades do art. 654, £1. O instrumento particular deve conter, assim, a indicação do lugar onde foi passado, a 
qualificação do cedente e do cessionario, a data e o objetivo da cessao com a designação e a extensao dos 
direitos cedidos e ser registrado no cartorio de titulos e documentos. 
-Tais formalidades, somente sao exigidas para a cessao valer contra terceiros. Nao é necessario, porem, em 
relação ao devedor cedido. Quem participa disso é somente o cedente e o cessionario.
-o cessionario de credito hipotecario tem o direito de fazer averbar a cessao no registro do imovel.
Exame de Ordem - OAB13 13
Professora Patrícia Strauss
QUE – Como se faz a cessao de titulos de credito? É feita mediante endosso. O endosso feito posterior ao 
vencimento produz os mesmos efeitos do anterior. A aquisição de titulo a ordem, por meio diverso do endosso, 
tem efeito de cessao civil. – art. 919.
*Notificação do devedor: 
-A cessao de credito nao terah eficacia se nao tive sido notificada ao devedor.
-Alem disso, o devedor tem que, em escritura publica ou instrumento particular, se declarar ciente da cessao feita.
QUE – Mas quem pode e deve efetuar essa notificação?
-Qq dos contratantes, cessionario ou cedente, tem qualidade para efetuar a notificação, que pode ser judicial ou 
extrajudicial.
-Contudo, o maior interessado é o cessionario, pois o devedor que pagar ao credor primitivo, antes de saber da 
cessao, ficarah desobrigado. Assim, qto mais rapido o cessionario avisar o devedor-cedido, melhor ainda.
-Fica desobrigado o devedor também no caso de lhe ter sido feita mais de uma notificação e o devedor pagar aocessionario que lhe apresentar o titulo comprobatorio da obrigação. Se esta for solidaria, devem ser notificados 
todos os co-devedores.
Obs.: Tem-se entendido que a citação inicial para a ação de cobranca equivale a notificação da cessao, assim 
como a habilitação de creditos na falencia do devedor produz os mesmos efeitos de sua notificação. Alguns 
creditos dispensam a notificação pq sua transmissao obedece a forma especial, como, por exemplo, os titulos ao 
portador, que se transferem apenas por tradição manual.
Obs.: Ocorrendo varias cessoes do mesmo titulo de credito, prevalece a que se completar com a tradição do titulo 
do credito cedido.
Obs.: Independente do conhecimento da cessao pelo devedor, pode o cessionario exercer os atos conservatorios 
do direito cedido.
Obs.: Exceções: O devedor pode opor ao cessionario as exceções que lhe competirem, bem como as que, no 
momento em que veio a tomar conhecimento da cessao, tinha contra o cedente. Contudo, se o devedor, 
notificado, nao opoe, NESTE MOMENTO, as exceções pessoais que tiver contra o cedente, nao poderah mais 
arguir contra o cessionario as exceções que eram cabiveis contra o primeiro, como pagamento da divida, 
compensação…
-Assim, se dela nao foi notificado, poderah opor ao cessionario as exceções que jah tinha contra o cedente, antes 
da transferencia.Ex.: prescrição...
QUE – E as exceções oponivieis contra o cessionario? Estas podem ser opostas a qq tempo. Todo devedor tem a 
faculdade de opor qq exceção contra a pretensao de seu credor.
*Responsabilidade do cedente:
-Ha a responsabilidade do cedente que diz respeito somente a existencia do credito no momento em que este foi 
cedido. Se ou cedente transferiou onerosamente um titulo nulo ou inexistentedeverah ressarcir os prejuizos 
causados ao cessionario. Se a cessao tiver sido efetuada a titulo gratuito, o cedente só responde se tiver 
procedido de ma-fe.
-O cedente também nao se responsabiliza pela solvencia do devedor, salvo estipulação em contrario. Se ficar 
convencionado que o cedente responde pela solvencia do devedor, sua responsabilidade sera limitada ao que 
recebeu do cessionario +juros+despesas da cessao +despesas de cobranca.
-Quando a transferencia de credito se opera por forca de lei, o credor originario – cedente – nao responde pela 
realidade da divida, nem pela solvencia do devendor. Nos casos de transferencia efetuada pela lei, nao se pode 
exigir do cedente que responda por um efeito para o qual nao concorreu.
Obs.: O credito, uma x penhorado, nao pode mais ser transferido pelo credor que tiver conhecimento da penhora; 
mas o devedor que o pagar, nao tendo notificação dela, fica exonerado, subsistindo somente contra o credor os 
direitos de terceiro. O credito uma x penhorado, deixa de fazer parte do patrimonio do devedor. Nao poderah, 
assim ser cedido, tornando-se indisponivel.
Exame de Ordem - OAB14 14
Professora Patrícia Strauss
Capitulo II – DA ASSUNÇÃO DE DIVIDA:
-A assunção da divida ou cessao de debito constitui novidade introduzida no CC/02.
-Trata-se de NJ pelo qual o devedor transfere a outrem sua posição na relação juridica.
Ex.: cessao de financiamento para aquisição de casa propria.
-Diz o art. 299:
“É facultado a terceiro assumir a obrigação do devedor, com o consentimento expresso do credor, ficando 
exonerado o devedor primitivo, salvo se aquele, ao tempo da assunção era insolvente e o credor o ignorava.”
-Requer, assim, a anuencia EXPRESSA do credor.
QUE – Como se dah essa anuencia? Qq das partes pode assinar prazo ao credor, sendo que no silencio dele, se 
presumirah como RECUSA.
Obs.: Se acarretar a criação de obrigação nova e a extinção da anterior, serah novação subjetiva por substituição 
do devedor e nao simples cessao de debito. Todavia, esta pode ocorrer sem novação, ou seja, a mudanca do 
devedor sem alteração na substancia da relação obrigacional. 
Obs.: Com a assunção da divida por terceiros – novo devedor – extinguem-es as garantias especiais 
originariamente dadas pelo devedor primitivo ao credor, salvo se expressamente quiser que elas continuem.
-Anulada a substituição do devedor, restaura-se o credito, com todas as suas garantias, salvo as prestadas por 
terceiros, exceto se este conhecia o vicio que maculava a obrigação.
-O novo devedor nao pode opor ao credor as exceções pessoais que competiam ao devedor primitivo. 
-O adquirente de imovel hipotecado pode tomar a seu cargo o pagamento do credito garantido. Na hipotese, 
entende-se-a concordado o credor se, notificado, nao impugnar em 30 dias a transferencia do debito.
TITULO III – DO ADIMPLEMENTO E EXTINÇÃO DAS OBRIGAÇÕES:
A – FORMAS DE EXTINÇÃO DAS OBRIGAÇÕES:
1 – Meio direto: Pagamento é sinonimo de cumprir a obrigação, e nao é só a entrega do $. É cumprir a obrigação 
conforme contratado.
2 – Meio indireto: Como nao houve pagamento da forma contratada, se busca uma outra forma:
Ex.: consignação em pagamento, sub-rogação, dação em pagamento, compensação, transação, compromisso, 
confusao, remissao, prescrição…
Capitulo I – Do pagamento:
-Adimplemento é o genero, do qual pagamento é especie.
-É o meio direto de extinção de uma obrigação.
-É todo cumprimento voluntario da obrigação, importando esta em dar, fazer ou nao fazer alguma coisa. 
-Terah que cumprir no tempo, lugar e forma contratados. Se quebrado uma dessas regras nao serah efetuado o 
pagamento.
Ex.: pode nao se aceitar o pagamento em cheque, se foi contratado em dinheiro.
*Natureza juridica e requisitos de validade:
-Predomina o entendimento na doutrina de que o pagamento tem natureza contratual. 
-Corresponde a um contrato, por também resultar de um acordo de vontades. 
-para que o pagamento produza seu efeito principal – extinguir a obrigação, é necessario que estejam presentes 
os requisitos de validade:
a – existencia de um vinculo obrigacional;
b – intenção de solve-lo – animus solvendi.
Ex.: nao basta o devedor entregar o $ ao credor com outra intenção senao a de solver a obrigação.
c – cumprimento da prestação
d – a pessoa que efetua o pagamento – solvens
e – a pessoa que recebe – accipiens.
Titulo I – De quem deve pagar:
Regra: Qq interessado na extinção da divida.
-obviamente que o principal interessado é o devedor. 
QUE – Quem é o interessado? Aquele que tem interesse juridico na extinção da divida, isto é, quem estah 
vinculado ao contrato.
Ex.:fiador, avalista, o solidariamente obrigado, o herdeiro, o adquirente de imovel hipotecado, o sublocatario…
Exame de Ordem - OAB15 15
Professora Patrícia Strauss
-Para esses interessado, se pagarem a divida do devedor eles se sub-rogarao nos interesses do credor. Sub-
rogação pleno jure.
QUE – Mas e se o credor nao quiser receber, afinal eles nao sao os devedores principais? Eles podem se usar de 
todos os meios, inclusive, consignação em pagamento, no caso de recusa do credor.
Exceção: Terceiros nao interessados, dd que fizer o pagamento por conta e nome do devedor.
Sao aqueles que nao tem interesse juridico na solução da divida.
Ex.: pai que paga para filho, decorrente de amizade…
QUE – Podem consignar como os terceiros interessados, no caso de recusa do credor? Sim, se o fizerem em 
nome e por conta do credor. Agem assim, como seu representante. Trata-se de hipotese de legitimação 
extraordinaria. – art. 6 CPC.
QUE – Podem consignar em seu proprio nome? NAO., nao tem interesse juridico.
-O terceiro nao interessado que paga a divida em seu proprio nome tem direito a ser reembolsado pelo que pagar, 
mas nao se sub-roga nos direitos do credor, como acontece com os terceiros interessados. 
-E, alem disso, se efetuar o pagamento antes de vencida a divida, só terah direito ao reembolso no vencimento.
-O interessado que paga em nome do devedor nao tem direito a reembolso
Terceirointeressado Terceiro nao interessado
-aquele que tem interesse juridico Ex.: fiador Aquele que nao tem interesse juridico Ex.: pai que paga 
debito do filho
-quando paga se sub-roga nos direitos do credor – pleno 
jure.
Quando paga no proprio nome tem direito a ser 
reembolsado. Contudo
Nao se sub-roga nos direitos do credor.
Podem, contudo, consignar o pagamento.
Reembolso possivel atraves da “ação in rem verso” – 
evita
Enriquencimento ilicito.
Quando paga no nome do devedor nao terah nem o 
direito a reembolso
Entende-se que quis fazer uma liberalidade, uma 
doação.
QUE – Credor pode recusar pagamento de terceiro? 
Regra: Nao pode, por implicar satisfação do credito. 
Exceção: Contudo, se houver EXPRESSA declaração proibitiva, se a obrigação, por sua natureza, tiver de ser 
cumprida pelo devedor (intuitu personae), o credor poderah opor um impedimento.
QUE – Pode o devedor se opor ao pagamento da divida por terceiro nao interessado, se o credor deseja receber? 
Só ha um meio de evitar o pagamento: se o proprio credor se antecipar e pagar a divida.
-o devedor pode até se opor ou desconhecer que o terceiro quer pagar, mas se nao ha uma clausula EXPRESSA 
de que só o devedor é quem deve pagar, o terceiro interessado ou nao poderah efetuar o pagamento
Obs: Art. 306:
O pagamento feito por terceiro, com desconhecimento ou oposição do devedor, nao obriga a reembolsar aquele 
que pagou, se o devedor tinha meios para ilidir a ação/.
-Ex.: se a divida eram de 10.000, mas o devedor, por outro negocio entre as mesmas partes, pagou 5.000, a divida 
reduziu-se a metade, em virtude da compensação parcial operada. Se o terceiro nao interessado pagar os 10.000 
contra a vontade do devedor, só terah direito a reembolsar dos 5.000. 
Obs.: Pagamento que importa transmissao de propriedade. Art. 307:
Só terah eficacia o pagamento que importar transmissao da propriedade, quando feito por quem possa alinear o 
objeto em que ele consisitiu.
£U – Se se der em pagamento coisa fungivel, nao se poderah reclamar do credor que, de boa-fe, a recebeu e 
consumiu, ainda que o solvente nao tivesse o direito de aliena-la.
-Nem sempre o pagamento consiste na entrega de dinheiro. Pode também constituir na entrega de objeto – ob. De 
dar.
-assim, o pagamento só terah eficacia quando feito por quem tinha capacidade para alienar.
Exame de Ordem - OAB16 16
Professora Patrícia Strauss
-O paragrafo unico, porem, abre uma exceção: se a coisa entrega ao credor for fungivel, e este a tiver recebido de 
boa-fe e consumido, o pagamento terah eficacia, extinguindo-se a relação juridica, ainda que o devedor nao fosse 
o dono.
Requisitos para a exceção:
-pagamento efetuado atraves de coisa fungivel
-accipiens de boa-fe
-consumo da coisa pelo accipiens.
QUE – E o proprietario da coisa? Pode voltar-se contra quem entregou a coisa indevidamente.
Titulo II – Daqueles a quem se deve pagar:
*Regra: ao credor ou a quem de direito ou represente.
-Se nao fizer o pagamento a estes, pena de nao extinguir a obrigação.
*Exceção:
1 - pagamento ao terceiro
-Se for ratificado pelo credor – se este confirmar o recebimento por via do terceiro ou fornecer recibo ou se 
reverter em seu proveito.
QUE – Quem seria os representantes do credor?
-Eles podem ser legais, judiciais ou convencionais. 
A – legal: é o que decorre da lei, como tutores, curadores, representantes dos filhos menores…
B – Judicial – é o que decorre do juiz, como inventariante, sindico…
C – Convencional – é o que as partes convencionam – é o que recebe mandato outorgado pelo credor com 
poderes especiais para receber e dar quitação. Ex.:advogado.
Obs.: O art. 311 considera portador de mandato tacito quem se apresenta ao devedor portanto quitação assinada 
pelo credor, salvo se as circunstancias contrariem a presunção dai resultante.” É uma presunção relativa – juris 
tantum. – o recibo pode ter sido furtado ou extraviado, por exemplo.
*Exceção:
2 – pagamento feito ao credor putativo: Aquele que se apresenta aos olhos de todos como o verdadeiro credor. 
Diz o art. 309: O pagamento feito de boa-fe a credor putativo é valido, ainda provado depois que nao era credor.
Ex.: locador aparente que se intitula proprietario de um apt e o aluga a outrem. Provada a boa-fe do novo locatario, 
os pagamentos dos alugueis serao considerados validos, ainda que nao seja legitimo dono
-No CC a boa-fe tem o condao de validar atos que, em principio, seriam nulos. 
QUE – E o que ocorre com o verdadeiro credor? Ao verdadeiro credor que nao recebeu o pagamento, resta 
somente voltar-se contra o accipiens, isto é, contra o credor putativo.
*Capacidade para dar quitaca – para receber:
-Regra: O pagamento ha de ser efetuado a pessoa capaz de fornecer a devida quitação, sob pena de nao valer. 
-A quitação reclama capacidade e sem ela o pagamento nao vale.
Ex.: devia pagar ao pai, mas paga ao filho menor. Nao só a quitação esta viciada como também o proprio ato de 
pagamento.
-Exceção: Se mesmo o credor sendo incapaz, ficar provado que o pagamento se reverteu em favor do credor nao 
ha nulidade.
-Assim, se o credor incapaz utilizou de bom modo o dinheiro, nao ha que se falar em nulidade do ato do 
pagamento.
-Isso é tanto para absolutamente qto para relativamente incapaz.
QUE – Mas e se o credor gastou tudo, esbanjou tudo no mesmo dia? O devedor terah que pagar 2x.
Exame de Ordem - OAB17
Ma-fe Devedor sabia que era incapaz e
O incapaz vai e gasta
Paga de novo
Boa-fe Nao sabia que era incapaz 
E pagou. Erro escusavel.
Se o devedor provar que o 
pagamento 
Reverteu para o credor incapaz,
Nao paga de novo.
17
Professora Patrícia Strauss
*Situações onde o pagamento nao libera o credor:
1 – quando o devedor houver sido intimado de penhora feita sobre o debito por que é responsavel. 
Patrimonio: bens corpores + bens incorporeos (credito)
-todo o patrimonio do devedor responde por suas dividas.
-quando a penhora cai sobre o credito, o exequente deve notificqar o responsavel, intimando-o a nao pagar o 
executado. 
-confessando o debito, serah o devedor havido por depositario e só se exonerara da obrigação depositando em 
juizo a quantia devida. 
2 – O devedor também nao se exonera da divida com o pagamento quando foi intimado da impugnação a ele 
oposta por terceiros.
-Impugnação: Pode ser manifestada atraves do protesto ou notificação. Uma x feito isso, o devedor nao pode 
efetuar o pagamento.
QUE – o que ocorre com do devedor, nesses casos? Ele deverah pagar de novo e pode entrar com ação de 
regresso contra o credor.
Seção III – Do objeto do pagamento e sua prova:
1 – Objeto:
-é a prestação. O credor nao é obrigado a receber outra prestação, diversa do que lhe é devida, ainda que mais 
valiosa.
QUE - Mas e se a obrigação tenha por objeto prestação divisivel? Mesmo assim, o credor nao é obrigado a 
receber, nem o devedor é obrigado a pagar por partes, se assim nao foi ajustado.
-Principio do Nominalismo:Se considera como valor da moeda o valor nominal que lhe atribui o Estado, no ato da 
emissao do $. De acordo com esse principio, o devedor de uma quantia em dinheiro libera-se entregando a 
quantidade de moeda mencionada no contrato ou titulo da divida, ainda que desvalorizada pela inflação. Esse 
principio dah ao devedor o direito de se liberar da obrigação pagando a mesma quantidade de moeda recebida. 
Assim, se a moeda se alterar 500x, nao interessa, pagando o que foi ajustado na epoca, é o basta.
-Art. 315: As dividas em $ deverao ser pagas no vencimento, em moeda corrente e pelo valor nominal, via de 
regra.
Decreto 857/69 – nulo é qq contrato que estipulem pagamento em ouro ou em moeda estrangeira. 
-como consequencia disso, temos o art. 318:
“Sao nulas as convenções de pagamento em ouro ou em moeda estrangeira, bem como para compensar a 
diferenca entre o valor destae o da moeda nacional, excetuados os casos previstos em legislação especial.”
Ex.: contratos de importação e exportação de mercadorias ou aquele que o credor ou o devedor for pessoa 
residente e domiciliada no exterior.
-De qq forma, quando do pagamento, deve ser efetuado em moeda nacional, mesmo que estipulado em dolar. 
-Para se acompanhar a inflação, etc…foram instituidos indices de correção monetaria.
-ocorre entao a chamada “clausula de escala movel” que nao se confunde com teoria da imprevisao. A clausula de 
escala movel é um dos recursos de que lancou mao o credor para fugir da inflação.
-Teoria da imprevisao: Quando, por motivos imprevisiveis, sobrevier desproporção entre o valor da prestação 
devida e o do momento de sua execução, poderah o juiz corrigi-lo, a pedido da parte, de modo que assegure, 
quanto possivel, o real valor da prestação. 
Ex.: dolar dispara.
-Também diz a lei que é licito convencionar o aumento progressivo das prestações sucessivas.
-Lei 6.899/81 –dispoe sobre correção monetaria. Incide nas execuções por divida liquida e certa do vencimento e, 
nos demais casos, a partir do ajuizamento da ação. 
*Divida em dinheiro e divida de valor.
-Divida em dinheiro: objeto da prestação é o proprio dinheiro. Ex.: contrato de mutuo.
-Divida de valor. Quando o dinheiro nao constitui objeto da prestação, mas apenas representa seu valor. Ex.: 
obrigação de indenizar decorrente de ato ilicito.Nas dividas de valor, a correção monetaria incide desde a data do 
fato. Ademais, correção monetaria nao é pena e nem plus. Apenas atualiza o valor do debito..
2 – Da prova:
Exame de Ordem - OAB18 18
Professora Patrícia Strauss
Regra: Pagamento nao se presume. Deve ser sempre provado atraves da QUITAÇÃO.
-É um direito do credor em receber a quitação. O devedor, inclusive, tem o direito de exigi-la, podendo reter o 
pagamento ou consignar o pagamento. 
*Requisitos da quitação:
1 – o valor e a especie da divida quitada
2 – o nome do devedor, ou quem pagou pelo devedor
3 – tempo e lugar do pagamento
4 – assinatura do credor ou de seu representante.
Regra: quitação serah dada por instrumento particular, ainda que a obrigação tenha sido consumada por 
instrumento publico.
QUE – e se nao tiver todos os requisitos? Ainda que sem os referidos requisitos, valerah a quitaaco, se de seus 
termos ou das circunstancias resultar haver sido paga a divida. 
*Presunções de pagamento:
-Nesses casos nao ha quitação, mas presunção. 
-Sao presunções juris tantum.
-O CC estabelece 3 presunções:
1 – Quando a divida é representada por titulo de credito, que se encontra em posse do devedor. 
A entrega de um cheque, por exemplo, ao devedor, firma a presunção do pagamento. 
-contudo, tal presunção poderah ser ilidida se o credor provar, em até 60 dias, a falta de pagamento. 
-Extinta a divida pelo pagamento, o titulo que a representava deve ser restituido ao devedor, que pode exigir sua 
entrega. 
QUE – Mas e se o titulo for perdido? O devedor pode exigir, retendo o pagamento, declaração do credor que 
inutilize o titulo desaparecido. 
2 – Quando o pagamento for em quotas periodicas: 
-A quitação da ultima, estabelece, até prova em contrario, que as anteriores também foram pagas. 
3 – Quando ha quitação do capital, sem reserva de juros, que se presumem pagos.
-Como os juros nao produzem rendimento é de supor que o credor imputaria neles o pagamento parcial da divida, 
e nao no capital que continuaria a render. Determina a logica que os juros devem ser pagos em primeiro lugar.O 
credor de capital e juros que recebe £ insuficiente para pagar, imputarah primeiro aos juros. Isso pq os juros nada 
rendem. Se procedesse de maneira diversa, imputando o pagamento recebido no capital, até extingui-lo, ficando o 
credor apenas dos juros, estaria transformando um credito frutifero em infrutifero.
*Responsabilidade das despesas de quitação:
Regra: devedor paga as despesas com o pagamento e a quitação.
Exceção: se o credor se mudou, morreu…o credor pagarah o acrescimento das despesas. 
Obs.: Se o pagamento se houver de fazer por medida, ou peso, entender-se-a no silencio das partes, que 
aceitaram os do lugar da execução.
Seção IV – Do lugar do pagamento:
-Regra: Pagamento no domicilio do devedor
-Exceção: se as partes convencionarem o contrario, ou se o contrario resultar da lei, da natureza da obrigação ou 
de outras circunstancias.
A – CONVENÇÃO:-Assim, se as partes convencionarem diversamente o local, serah nesse local onde o 
pagamento deve ser feito. 
-Se nada foi convencionado, serah efetuado no domicilio do devedor. 
-Nesse caso diz-se que a divida é “querable” = quesivel. Assim, o credor deve procurar o pagamento no domicilio 
do credor. 
-Quando se estipula o local onde deverah ser cumprida a obrigação chamamos de portable, pois o devedor deve 
levar e oferecer o pagamento no local estipulado. Para serem portaveis, é necessario que o contrato 
expressamente determine.
Exame de Ordem - OAB19 19
Professora Patrícia Strauss
Portable = partes convencionam
Querable – domicilio do devedor. 
-Portable pode passar a ser querable e vice-versa, basta as partes ajustarem entre elas, inclusive tacitamente. 
Alias, diz o art. 330:
“O pagamento reiteradamente feito em outro local faz presumir renuncia do credor relativamente ao previsto no 
contrato.”
QUE – E se tinha 2 lugares onde poderia ser cumprido? O credor escolhe
QUE – E se ocorrer algo grave para que nao se efetue o pagamento no local determinado (doenca, 
acidente…)Poderah o devedor escolher outro lugar, sem prejuizo para o credor. 
B – LEI: 
Ex.: lei municipal que estabelece que determinado tributo deve ser efetuado em determinada prefeitura. 
C – NATUREZA DA OBRIGAÇÃO:
Ex.: despachos de mercadorias por via ferrea, em que este deve ser solvido na estação de destino, pelo 
destinatario, por ocasiao de sua retirada. 
D – CIRCUNSTANCIAS ESPECIAIS: 
Ex.: contratos de empreitada. O Pagamento só poderah ser feito no local designado para que a empreitada seja 
feita. 
Obs.: Se o pagamento consistir na tradição de um imovel, ou em prestações relativas a um imovel devem ser 
entendidas como servicos, reparações, construções, etc., nao abrangendo, porem, os alugueis que podem ser 
pagos em outro local.
Seção V – Do tempo do pagamento:
-Interessa tanto ao credor como ao devedor saber a data exata do pagamento, pq este nao pode ser exigido 
antes, salvo nos casos em que a lei determina vencimento antecipado da divida. 
-Nao pode também, o credor reclamar o pagamento no ultimo dia do prazo, pq o devedor possui o dia inteiro para 
pagar. 
O CC regulamenta o tempo do pagamento, diferenciando as ob. Puras das obr. Condicionais:
1 – Ob. Puras: 
Se ha convenção a respeito do tempo REGRA
No Vencimento deve a obrigação ser cumprida, Pena de 
inadimplemento
Inadimplemento constitui em mora. .
EXCEÇÃO: Antecipação do vencimento nos Casos previstos em lei
Art. 333:
-concurso de credores ou falencia do devedor
-se os bens, hipotecados ou empenhados, forem penhorados em 
execução por 
outro credor
-se cessarem ou se tornarem insuficientes as garantias do debito 
fidejussorias ou
reais, e o devedor, intimado, se negar a reforca-las.
Também artigo 1.425.
 Tem em vista resguardas o direito do credor
EXCEÇÃO: Antecipação do vencimento por conveniencia do devedor.
Se o devedor quis antecipar. 
Se nao ha convenção a respeito do tempo Credor pode exigir a qq momento. Contudo, só fica em mora com a 
interpelação
Judicial ou extrajudical.
Obs.: Na hipotese do 333, se houver, no debito, solidariedade passiva, nao se reputarah vencido quanto aos 
outros devedores solventes. 
Exame de Ordem - OAB20 20
Professora Patrícia Strauss
2 – Ob. Condicionais:
-Cumprem-se na data do implementoda condição, cabendo ao credor a prova de que deste teve ciencia do 
devedor. 
-Refere-se a condição suspensiva pq a resolutiva nao impede a aquisição de direito. ‘
CAPITULO II - DO PAGAMENTO EM CONSIGNAÇÃO:
-Sao pagamentos indiretos:
a – pagamento em consignação
b –sub-rogação
c – imputação do pagamento
d – dação em pagamento.
-o pagamento em consignação consiste no deposito, pelo devedor, da coisa devida, com o objetivo de libertar-se 
da obrigação
-meio indireto. 
-consignação é instituto de direito material e processual. Pode ser tanto judicial qto extrajudicial (estabelecimento 
bancario oficial).
-pagar nao é apenas um dever mas também um direito do devedor. 
-se o credor se recusa injustificadamente em receber, poderah valer-se da consignação em pagamento, para nao 
sofrer as consequencias da mora. Diz o art. 334:
“considera-se pagamento e extingue a obrigação, o deposito judicial ou em estabelecimento bancario da coisa 
devida, nos casos e formas legais. “
QUE – O que pode ser consignado? Nao só $ mas também moveis e imoveis. 
-só nao cabe a consignação, por sua natureza, nas ob. De fazer e de nao fazer. 
-Se o credor ser recusa a receber prestação em $ o devedor pode optar por consignação judicial ou extra.
-Se nao for $ só pode ser a judicial. A ação de consignação em pagamento nao é só utilizada para quando o 
credor nao aceita, mas também para quando houver duvida sobre o exato valor da obrigação. 
*Hipoteses que autorizam a consignação:
1 – Se o credor nao puder, ou, sem justa causa, recusar receber o pagamento, ou dar quitação na devida forma. 
-Somente a recusa injusta jah é causa de consignação. 
QUE – Mas e se a recusa for justa? Ex.: aluguel aumentou e o inquilino nao pago o aumento. O credor pode se 
recusar a receber e a recusa é justa, nao cabendo consignação. 
-Também se o credor na quiser dar quitação
-ou se nao puder dar a quitação. 
2 – Se o credor nao for, nem mandar receber a coisa no lugar, tempo e condição devidos. 
-credor fica inerte, faculta ao devedor consignar judicialmente, para livrar-se da obrigação.
3 – credor ser incapaz ou de receber, credor ser desconhecido, credor ser declarado ausente, credor residir em 
lugar incerto ou de acesso perigoso ou dificil.
-Com relação ao incapaz, a exigencia é que o devedor pague representante legal.
-credor ser desconhecido: ex.: morte do credor, nao sabe para quem pagar. 
4 – Se ocorrer duvida sobre quem deva legitimamente receber o objeto de pagamento. 
Ex.: 2 credores. 
5 – Se pender litigio sobre o objeto do pagamento.
-Estando o credor e terceiro disputando em juizo o objeto do pagamento nao deve o devedor antecipar-se ao 
pronunciamento judicial e entrega-lo a um deles, mas sim, consigna-lo judicialmente, para ser levantado pelo que 
vencer a demanda.
*Requisitos de validade da consignação:
-Para que a consignação tenha forca de pagamento, serah mister que concorram, em relação as pessoas, ao 
objeto, modo e tempo,
-Qto ao objeto, exige-se a integralidade do deposito, pq o credor nao é obrigado a aceitar pagamento parcial.
QUE – Mora do devedor – pode propor a ação? Sim, sem problemas.
Exame de Ordem - OAB21 21
Professora Patrícia Strauss
-Deposito deve ser feito no lugar do pagamento. Uma x depositado, cessara os juros da divida, salvo se for julgado 
improcedente. 
-Sendo quesivel a divida, o pagamento serah efetuado no domicilio do devedor. Sendo portavel, no do credor, 
podendo ainda, haver foro de eleição. 
-Se a coisa devida for imovel ou coisa certa que deva ser entregue no mesmo lugar onde esta, pode-se citar o 
credor para vir ou mandar recebe-la, pena de ser depositada.
-Se a coisa for indeterminada, e a escolha recair ao credor, o devedor pode cita-lo, sob cominação de perder o 
direito e de ser depositada a coisa que o devedor escolher. Assim, primeiro cita o credor para escolher, nao 
escolhe, vai pro credor. 
o devedor pode, inclusive, levantar o deposito, enquanto o credor nao declarar que aceita ou nao aceita, dd que 
pague as despesas. Se ocorre o levantamento, a obrigação continua como se nada tivesse acontecido.
-mas se julgado procedente o deposito, o devedor nao poderah mais levantar. Mesmo que haja anuencia do 
credor. Procura-se resguardar os direitos do devedor, pois a procedencia da ação extingue a obrigação, 
acarretando a exoneração dos devedores solidarios. Se os devedores solidaros consentirem com o levantamento, 
entao pode ser levantado
As despesas correrao por conta do devedor se improcedente e por conta do credor se procedente.
O credor que depois de contestar a lide ou aceitar o deposito, aquiescer no levantamento, perderah a preferencia 
e a garantia que lhe competiam com respeito a coisa consignada, ficando para logo desobrigados os co-devedores 
e fiadores que nao tenham anuido.
Se a divida se vencer, pendendo litigio entre credores que se pretedem mutuamente excluir, poderah qq deles 
requerer a consignação. 
CAPITULO III – DO PAGAMENTO COM SUB-ROGAÇÃO:
-Sub-rogação é a substituição de uma pessoa, ou de uma coisa, por outra pessoa ou outra coisa.
-Pode, portanto, ser:
1 – Sub-rogação real: Ex.: substitui a coisa gravada com vinculo de inalienabilidade por outra coisa.
2 – Sub-rogação pessoal: Transferencia de direitos do credor para aquele que solveu a obrigação, ou emprestou o 
necessario para solve-la.
Ex.: avalista que pagou a divida do devedor, se sub-roga nos direitos do credor, ou seja, toma o lugar do credor na 
relação juridica.
-É uma exceção de que o pagamento extingue a obrigação. A extinção ocorre somente com relação ao credor, 
Nada se altera para o devedor.
*Especies de sub-rogação: legal e convencional.
1 – Legal: art. 346 do CC. 
-Ela se opera de pleno direito, em 3 casos:
a – em favor do credor que paga a divida do devedor comum.
-Cogita o dispositivo a hipotese de o devedor ter mais de um credor. 
-se um deles promover a execução judicial do credito, poderah o devedor ficar sem meios para atender os 
compromissos com os demais credores. Qq um deles, entao, pode pagar ao credor exequente , sub-rogando-se 
em seus direitos e aguardar a melhor oportunidade para a cobranca do credito. 
B – do adquirente do imovel hipotecado, que pago a credor hipotecario, bem como do terceiro que efetiva o 
pagamento para nao ser privado de direito sobre o imovel. 
Pode, eventualmente, alguem adquirir imovel hipotecado, porque faltam poucas prestações a serem pagas ao 
credor, pelo alienante. Se este, no entanto, deixa de paga-las, pode o adquirente efetuar o pagamento para evitar 
a excussao do imovel hipotecado, sub-rogando-se nos direitos daquele. Estando o imovel onerado por mais de 
uma hipoteca, o adquirente, que paga a primeira, sub-roga-se no credito hipotecario satisfeito, adquirindo 
preferencia em relação aos demais credores hipotecarios. 
C – Do terceiro interessado, que paga a divida pela qual era ou podia ser obrigado, no todo ou em parte. 
Ex.: fiador, devedor solidario, devedor de ob. Indivisivel, 
-é o mais comum.
-sub-rogam-se, automaticamente, nos direitos do credor. 
QUE – mas e o terceiro nao-interessado? O terceiro interessado que paga a divida em seu proprio n ome nao se 
sub-roga. Tem o direito de exigir o reembolso, mas nao ocorre sub-rogação. 
2 – Convencional: art. 347
a – quando o credor recebe o pagamento de terceiro e expressamente lhe transfere todos os seus direitos. 
Exame de Ordem - OAB22 22
Professora Patrícia Strauss
-refere-se a terceiro nao interessado. A transferencia, por vontade do credor, pode ser feita sem a anuencia do 
devedor. É uma especie de cessao de credito, embora nao se confunda com esta.
->Cessao de credito: alienação de um credito, tem fim de lucro
->sub-rogação: fim visado é a liberação do primitivo credor, nao tem fim de lucro.
-Contudo, ambas vigoram sobre a mesma orientação, do que é disposto para a cessao de credito.

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