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UNIDADE 2 O CAMPO DA ÉTICA QUEM É JEAN PAUL SARTRE? Jean Paul Sartre, filósofo francês, nasceu em Paris, em 1905, e faleceu em 1980. Em 1924, iniciou seus estudos universitários na École Normale Supérieure (onde conheceu Simone de Beauvoir). Depois de cumprir o serviço militar, começou a trabalhar como professor. Em 1933, obteve uma bolsa (Alemanha), contato com a filosofia de Husserl e de Heidegger. A CONCEPÇÃO EXISTENCIALISTA DA LIBERDADE por Sartre Em 1938, publicou “A Náusea”, novela que pretendia divulgar os princípios do existencialismo e que lhe proporcionou certa celebridade. Caçado em 1939, foi preso, mas conseguiu evadir- se em 1941 e voltar a Paris, onde trabalhou no liceu Condorcet e trabalhou com Albert Camus em “Combat”, periódico da resistência. EM 1943, PUBLICOU O SER E O NADA: Versão pessoal da filosofia existencialista de Heidegger O ser humano existe como uma coisa (em si), mas também como uma consciência (para si), que sabe da existência das coisas, sem ser ela mesma uma em si com tais coisas, mas sua negação (o nada). A consciência localiza o homem ante a possibilidade de escolher o que será. Escolhendo sua ação, o homem se escolhe a si mesmo, mas não escolhe sua existência, que já lhe vem concedida e é requisito de sua escolha, daqui surge a famosa máxima existencialista: a existência precede a essência. Dois anos mais tarde, alcançou a popularidade, abandonou o ensino para dedicar-se somente a escrever. Juntamente com Aron, Merleau-Ponty e Simone de Beauvoir, fundou Les Temps Modernes, uma das revistas de pensamento de esquerda mais influentes no pós-guerra. Nesta época, Sartre iniciou uma flutuante relação com o comunismo, feita de aproximações) e distanciamentos motivados por sua denúncia do stalinismo ou pelo seu protesto referente à invasão da Hungria pela União Soviética. Em sua última obra filosófica (Crítica da Razão Dialética), escrita em 1960, Sartre propôs uma reconciliação entre o materialismo dialético e o existencialismo Em 1964, rejeitou o Prêmio Nobel de literatura para não “deixar-se recuperar pelo sistema.” Depois de participar diretamente da revolta estudantil de maio de 1968, multiplicou seus gestos públicos de esquerda assumiu a direção do periódico La Cause du People e fundou Tout!, de orientação maoísta e libertária. Em 1975, sua saúde começou a ficar debilitada, ficou cego, depois de ter completado sua última grande obra: O Idiota da Família (1971-1972), dedicada ao tema da criação literária, fruto de 10 anos que dedicou à investigação da personalidade de Gustave Flaubert. CONTEXTO DO SURGIMENTO DO EXISTENCIALISMO CONTEXTO DO SURGIMENTO DO EXISTENCIALISMO O choque da Primeira Grande Guerra, 1914 – Guerra Moderna Idéia da civilização do progresso e do bem- estar, valores morais, honra, pátria, nação. Em 1917, ocorre a Revolução Russa. – O socialismo surge como forma de governo. O MUNDO ESTÁ SE RECUPERANDO DA PRIMEIRA GUERRA (1929) O desencanto com a economia – A Grande Crise O Capitalismo balança, A crise da Democracia – Totalitarismos A SEGUNDA GRANDE GUERRA (1940) O holocausto dos Judeus, o genocídio A Bomba Atômica. Fim do otimismo. Diante deste quadro, há uma grande crise na humanidade, uma crise de valores, uma crise de crenças, de instituições, etc. Brota o Existencialismo. O HOLOCAUSTO BOMBA ATÔMICA. NA LITERATURA Na sequência dos acontecimentos que marcaram esta época, a literatura ocupou-se da descrição das situações humanas que realçassem "os traços da problematicidade radical do homem, sublinhando (…) a incerteza da ação humana (…) e a ambiguidade do próprio bem, que se confunde com o seu contrário." A LIBERDADE EM SARTRE Para Sartre a Liberdade traduz-se no nosso poder de optar, é uma opção concretizada pelo Homem, que reflete os seus projetos do mundo. A Liberdade é a escolha livre e com consciência do Bem (ele existe) que o homem faz de si mesmo e do mundo. Para tal, tenho de conhecer as várias opções de que disponho e os seus significados. Só há Liberdade na decisão, sendo, por isso, "um fazer que se realiza no ser”. A filosofia de Sartre defende a Liberdade absoluta (o homem é livre para decidir). Uma situação só existe dada a nossa Liberdade, pois os obstáculos que enfrentamos existem em relação aos fins a que nos propomos. Por outro lado, é a Liberdade que reconhece ou não uma situação. A Liberdade é, assim, o fator, a testemunha que nos permite modificar ou anular nosso projeto inicial a qualquer momento. A liberdade permite-nos determinar os fatos indeterminados com a escolha que fizermos. A Liberdade surge, então, como um projeto fundamental em que se encontram compreendidos os atos do Homem, constituindo a última possibilidade da realidade humana, a sua "escolha originária" (liberdade como sentido e fim) E é uma liberdade incondicionada: o Homem é sempre livre, em todas as situações, perante todas as condições. Equivale a analisar o Homem como uma causa de si mesmo, pois para além de se escolher a si mesmo, tem que escolher o que ele próprio irá causar. Sartre coloca a existência no centro da sua filosofia, não como uma força instintiva, mas como uma escolha livre. Afirma que a existência humana é anterior ao seu significado. O fato de o Homem existir é anterior ao que ele é. Sartre parte do princípio de que a existência precede a essência: o Homem primeiro. o Homem não tem uma natureza determinante (o existencialismo é uma doutrina oposta ao determinismo), o Homem, tendo um projeto fundamental, se responsabiliza pelo seu ser. A liberdade é, para Sartre, o destino do Homem: o homem é aquilo que escolhe ser. Sendo assim, “o Homem é Liberdade” (SARTRE, Jean-Paul) A responsabilidade. Ser livre não se trata apenas de poder optar, mas também de ser responsável pelas opções tomadas. O Ateísmo de Sartre está no centro de sua filosofia e ele é determinante para as suas premissas e conclusões. O homem está só. “condenado a ser livre” A contradição que encerra a frase “faz o que quiseres” é um reflexo do problema essencial da própria liberdade. Assim, analisemos a frase: “Quanto te digo “faz o que quiseres” parece que de qualquer maneira te estou a dar uma ordem – “faz isso e não outra coisa” –, ainda que se trate de uma ordem que te manda agir livremente.(…) Se a cumpres, desobedeces- lhe (porque não fazes o que queres, mas o que eu (…) te mando fazer); se lhe desobedeces, estás a cumpri-la (porque fazes o que tu queres em vez daquilo que te mando fazer… mas é isso mesmo afinal que eu te estou a dizer que faças!) ” (Savater, Fernando;2001: 53). Esta frase evidencia, assim, o fato de que não somos livres de não sermos livres: não poderemos deixar de fazer uso da responsabilidade de escolher o nosso próprio caminho, pois querendo ou não, somos obrigados a querer. A Liberdade é essencialmente de cada um de nós, a liberdade é minha, só a mim me é dada a possibilidade de percorrer o meu caminho.. Sartre afirma que estaremos para sempre ameaçados a ser e a tornarmo-nos diferentes do que somos. A sua principal tese é que o Homem está condenadoa existir para sempre para além da sua essência. Por isto, o Homem cria a sua própria essência, sendo totalmente responsável por tudo o que faz: «O homem é responsável por aquilo que é» Ao criarmos o homem que desejamos ser, criamos uma imagem de como julgamos que deve ser o homem. A nossa escolha recairá sempre sobre o bem e esta escolha será então boa para nós e para todos. Não poderemos, consequentemente, deixar de desejar a nossa Liberdade sem desejar simultaneamente a Liberdade dos outros. A ausência de qualquer ponto de referência obriga o Homem a fazer as suas próprias regras, o que o torna injustificável. Assim, o sentimento fundamental na doutrina de Sartre é a náusea, baseada nesta injustificabilidade. A angústia não é mais do que “o sentimento da nossa completa e profunda responsabilidade” O Homem, encerrado no seu íntimo, encontra o “irremediável vazio” (DUCASSE, Pierre; 1950:114) do seu ser equivalente à náusea sartriana. Se não fossemos livres, não teríamos como nos sentir culpados (nem orgulhosos) de nada, evitaríamos os remorsos. Mas a nossa Liberdade conduz-nos à dúvida em relação à opção que tomamos. O que leva ao “remorso”, mas o remorso é incompatível com a Liberdade = contradição KANT E A MORAL LAICA ILUMINISMO O Iluminismo ou Esclarecimento foi um movimento cultural da elite intelectual europeia do século XVIII que procurou mobilizar o poder da razão, a fim de reformar a sociedade e o conhecimento herdado da tradição medieval. Promoveu o intercâmbio intelectual e foi contra a intolerância e os abusos da Igreja e do Estado. Originário do período compreendido entre os anos de 1650 e 1700, o Iluminismo foi despertado pelos filósofos Baruch Spinoza (1632-1677), John Locke (1632-1704), Pierre Bayle (1647-1706) e pelo matemático Isaac Newton (1643-1727). Príncipes reinantes, muitas vezes apoiaram e fomentaram figuras do Iluminismo e até mesmo tentaram aplicar as suas ideias de governo. O Iluminismo floresceu até cerca de 1790-1800, após o qual a ênfase na razão deu lugar ao ênfase do romantismo na emoção e um movimento Contra-Iluminismo ganhou força. O centro do Iluminismo foi a França, onde foi baseado nos salões e culminou com a grande Encyclopédie (1751-1772) editada por Denis Diderot (1713-1784)e Jean Le Rond d'Alembert com contribuições de centenas de líderes filosóficos (intelectuais), tais como Voltaire (1694 - 1778) e Montesquieu (1689-1755). Cerca de 25.000 cópias do conjunto de 35 volumes foram vendidos, metade deles fora da França. As novas forças intelectuais se espalharam para os centros urbanos em toda a Europa, nomeadamente Inglaterra, Escócia, os estados alemães, Países Baixos, Rússia, Itália, Áustria e Espanha, em seguida, saltou o Atlântico em colônias europeias, onde influenciou Benjamin Franklin e Thomas Jefferson. Entre muitos outros, e desempenhou um papel importante na Revolução Americana. Os ideais políticos influenciaram a Declaração de Independência dos Estados Unidos, a Carta dos Direitos dos Estados Unidos, a Declaração Francesa dos Direitos do Homem e do Cidadão e a Constituição Polaco-Lituana de 3 de maio de 1791. KANT E A MORAL LAICA A partir do Iluminismo (séc. XVIII) a moral vai se tornando laica (não-religiosa) admite-se que uma pessoa atéia também seja moral, porque o fundamento dos valores não se encontra em Deus, mas no próprio ser humano. Essa corrente filosófica acredita que a razão é o instrumento para interpretar e reorganizar o mundo. O maior representante do Iluminismo foi Immanuel Kant que criticou a teoria proposta por Rousseau. ILUMINISMO Este movimento surgiu na França do século XVII e defendia o domínio da razão sobre a visão teocêntrica* que dominava a Europa desde a Idade Média. Segundo os filósofos iluministas, esta forma de pensamento tinha o propósito de iluminar as trevas em que se encontrava a sociedade. *teocentrismo (Deus no centro de todas explicações) que predominava na Europa desde a época Medieval. OS IDEAIS ILUMINISTAS Os pensadores que defendiam estes ideais acreditavam que o pensamento racional deveria ser levado adiante substituindo as crenças religiosas e o misticismo, que, segundo eles, bloqueavam a evolução do homem. O homem deveria ser o centro e passar a buscar respostas para as questões que, até então, eram justificadas somente pela fé. SÉCULO DAS LUZES A apogeu deste movimento foi atingido no século XVIII, e, este, passou a ser conhecido como o Século das Luzes. O Iluminismo foi mais intenso na França, onde influenciou a Revolução Francesa através de seu lema: Liberdade, igualdade e fraternidade. Também teve influência em outros movimentos sociais como na independência das colônias inglesas na América do Norte e na Inconfidência Mineira*, ocorrida no Brasil. *A Inconfidência Mineira foi um dos mais importantes movimentos sociais da História do Brasil. Significou a luta do povo brasileiro pela liberdade, contra a opressão do governo português no período colonial. Ocorreu em Minas Gerais no ano de 1789, em pleno ciclo do ouro. Para os filósofos iluministas, o homem era naturalmente bom, porém, era corrompido pela sociedade com o passar do tempo. Eles acreditavam que se todos fizessem parte de uma sociedade justa, com direitos iguais a todos, a felicidade comum seria alcançada. Por esta razão, eles eram contra as imposições de caráter religioso, contra as práticas mercantilistas, contrários ao absolutismo do rei, além dos privilégios dados a nobreza e ao clero. PRINCIPAIS FILÓSOFOS ILUMINISTAS Os principais filósofos do Iluminismo foram: John Locke (1632-1704), ele acreditava que o homem adquiria conhecimento com o passar do tempo através do empirismo; Voltaire (1694-1778), ele defendia a liberdade de pensamento e não poupava crítica a intolerância religiosa; Jean-Jacques Rousseau (1712-1778), ele defendia a idéia de um estado democrático que garanta igualdade para todos; PRINCIPAIS FILÓSOFOS ILUMINISTAS Montesquieu (1689-1755), ele defendeu a divisão do poder político em Legislativo, Executivo e Judiciário; Denis Diderot (1713- 1784) e Jean Le Rond d´Alembert (1717- 1783), juntos organizaram uma enciclopédia que reunia conhecimentos e pensamentos filosóficos da época. ILLUMINATI Illuminati, (plural do latim illuminatus, "aquele que é iluminado"), é o nome dado a diversos grupos, alguns históricos outros modernos, reais ou fictícios. Mais comumente, contudo, o termo "Illuminati" tem sido empregado especificamente para referir-se aos Illuminati da Baviera, uma sociedade secreta da era do Iluminismo fundada em 1 de maio de 1776. Nos tempos modernos, também é usado para se referir a uma suposta organização conspiracional que controlaria os assuntos mundiais secretamente, normalmente como versão moderna ou como continuação dos Illuminati bávaros. O nome Illuminati é algumas vezes empregado como sinônimo de Nova Ordem Mundial. TEÓRICOS DA CONSPIRAÇÃO Muitos teóricos da conspiração acreditam que os Illuminatisão os cérebros por trás dos acontecimentos que levarão ao estabelecimento de uma tal Nova Ordem Mundial, com os objetivos primários de unir o mundo numa única regência que se baseia em um modelo político onde todos são iguais. Também sugerem que os fundadores dos Estados Unidos – sendo alguns deles franco-maçons – estavam “influenciados” pela corrupção dos Illuminati. Frequentemente o símbolo da pirâmide que tudo vê no Grande Selo dos Estados Unidos é citado como exemplo do olho sempre presente dos Illuminati sobre os americanos. tinha uma concepção de homem naturalmente bom, sendo a consciência moral algo inato. Nasceríamos puros e éticos, dotados de generosidade e benevolência para com todos. O que estragaria esses seres maravilhosos seria a vida em sociedade, onde nos tornaríamos egoístas e perversos. JEAN-JACQUES ROUSSEAU FILÓSOFO SUÍÇO (1712-1778 ) IMMANUEL KANT FILÓSOFO ALEMÃO (1724-1804) Argumentou contra Rosseau = não existe bondade natural. Por natureza somos agressivos, ávidos de prazeres e com uma boa dose de crueldade. Há uma propensão do homem ao mal moral. Por isso é que devemos fundar uma moralidade não nos sentimentos, que são absolutamente parciais e tendenciosos, mas na razão. KANT, COLOCA O SEGUINTE PROBLEMA ÉTICO: COMO VOU SABER SE ESTOU AGINDO MORALMENTE? Hoje vivemos em comunidades que não são culturalmente homogêneas. Existem migrações, estilos muito diferentes de viver. Nesse caso de multiculturalismo, que é uma sociedade formada por muitos grupos culturais distintos, como são quase todas as culturas, como descobrir se eu estou sendo moral ou não? Se eu não conheço ou não estão claras para mim as regras de uma comunidade, como ter atitudes éticas? É possível algum critério universal de moralidade? Kant foi o primeiro pensador a postular a razão como o único fundamento capaz de criar um critério de moralidade universal. No seu livro “Crítica da Razão Prática”, onde fundamenta a ética na racionalidade, Kant estabelece os Imperativos Categóricos: “ Age de tal forma que a sua ação pessoal tenha condições de tornar-se universal.” Isso quer dizer: quando você tem dúvida se o que vai fazer é moral ou não, é só perguntar-se: será que qualquer pessoa do mundo, poderá fazer isso? Se a resposta for “sim”, então podemos executar a ação pretendida. Com isso, Kant queria que cada um de nós tivesse um critério interno para descobrir se estamos fazendo a ação correta. Implica na universalidade da conduta ética, válida para todos em qualquer tempo e lugar. 1º IMPERATIVO CATEGÓRICO DE KANT 2º IMPERATIVO CATEGÓRICO DE KANT “Age de tal forma que jamais use o outro como meio para atingir algo, mas como fim em si mesmo." Por exemplo: se eu me aproximo de uma amiga porque ela conhece o dono de uma empresa onde quero trabalhar, eu estou sendo moral? Não! Eu a estou usando como um meio para atingir algo (o emprego) e não como uma finalidade em si (desfrutar de sua amizade). Implica em afirmar a dignidade dos seres humanos. Kant via o Imperativo Categórico (IC) como um dever necessário à ação humana. Agir ou não agir segundo o IC é o local onde se revela a nossa liberdade. Podemos optar ou não em sermos éticos. A autonomia da vontade, racional, sempre deve tender à ação ética. ENQUANTO ARISTÓTELES DEFINIA O HOMEM COMO UM SER RACIONAL, KANT DIZ QUE “O HOMEM É UM ANIMAL CAPAZ DE SER RACIONAL”. AUTONOMIA Ao buscar essas leis, Kant admite que o homem é um ser natural o que significa que temos desejos, impulsos, paixões, tendências, apetites, comportamentos naturais que costumam ser mais fortes do que a razão. Mas a razão prática consegue dominar nossa parte natural e instaurar regras e normas éticas. Essa é expressão da lei moral em nós, é a manifestação da nossa humanidade. Daí a importância da autonomia, condição segundo a qual o dever é livremente assumido pelo sujeito capaz de se autodeterminar. Isto significa que a razão não é o ofício de todos os homens só porque nasceram Homo sapiens. A racionalidade é uma tarefa humana. Somos capazes de nos tornarmos racionais. Mas, precisamos nos esforçar para isso, precisamos buscar a razão. A razão não é dada quando nascemos. É uma conquista! A FILOSOFIA ILUMINISTA A filosofia iluminista é otimista porque acredita no progresso por meio do uso crítico e construtivo da razão. No entanto, a razão não é mais um complexo de idéias inatas dadas antes da experiência nas quais se manifesta a essência absoluta das coisas. A razão não é um conteúdo fixo, mas muito mais uma faculdade que só se pode compreender plenamente em seu exercício e explicação. Portanto, a razão iluminista é uma razão independente das verdades religiosas e das verdades inatas dos racionalistas. Assim, a noção de autonomia iluminista se refere a uma razão que se dobra a evidências empíricas e matemáticas. A NATUREZA E O ESPÍRITO O iluminismo proclama tanto para a natureza quanto para o conhecimento o princípio da imanência*. A natureza e o espírito são concebidos como plenamente acessíveis, não como algo obscuro e misterioso. *imanência - é um conceito religioso e metafísico que defende a existência de um ser supremo e divino (ou força) dentro do mundo físico. É É Ã A CULTURA É muito comum ouvirmos e dizermos frases do tipo “chorar é próprio da natureza humana” e “homem não chora”. Ou então: ”é da natureza humana ter medo do desconhecido” e “ela é corajosa, não tem medo de nada”. Também é comum a frase: “as mulheres são naturalmente frágeis e sensíveis”, bem como esta outra: “fulana é uma desnaturada, pois não tem o menor amor aos filhos” COM FREQUÊNCIA OUVIMOS DIZER: “Os homens são fortes e racionais, feitos para o comando e para a vida pública” – donde, como consequência, esta outra frase: “fulana nem parece mulher. Veja como se veste! Veja o emprego que arrumou!” Não é raro escutarmos que os negros são indolentes por natureza, os pobres são naturalmente violentos, os judeus são naturalmente avarentos, os árabes são naturalmente comerciantes espertos, os franceses são naturalmente interessados em sexo e os ingleses são, por natureza, fleumáticos. PRESSUPOSTO Frases como essas, e muitas outras, pressupõem, por um lado, que existe uma natureza humana, a mesma em todos os tempos e lugares e, por outro lado, que existe uma natureza entre homens e mulheres, pobres e ricos, negros, índios, judeus, árabes, franceses ou ingleses . Haveria, assim, uma natureza humana universal e uma natureza humana diferenciada por espécies, à maneira da diferença entre várias espécies de plantas ou de animais. CONTRADIÇÃO Que aconteceria com as frases que mencionamos acima se mostrássemos que algumas delas são contraditórias e que outras não correspondem aos fatos da realidade? Assim, por exemplo, dizer que “é natural chorar na tristeza” – entra em contradição com a ideia de que “homem não chora”, pois, se isso fosse verdade, o homem teria que ser considerado algo que escapa das leis da Natureza, já que chorar é considerado natural. MEDO X CORAGEM O mesmo acontece com a frase sobre o medo e a coragem: nelas é dito que o medo é natural, mas que uma certa pessoa é admirável porque não tem medo. Aqui, a contradição é ainda maior doque a anterior, uma vez que parecemos ter admiração por quem, misteriosamente , escapa da lei da Natureza, isto é, do medo. COSTUMES Em certas sociedades, os filhos são apartados da mãe, sendo entregues a irmã do pai para ser criada e outras, o sistema de parentesco exige que a criança seja entregue a irmã da mãe. Nos dois casos, a relação da criança é estabelecida com a tia por aliança e não com a mãe biológica. Se assim é, como fica a afirmação de que as mulheres amam naturalmente os seus filhos e que é desnaturada a mulher que não demonstrar esse amor? COSTUMES Em certas sociedades, considera-se que a mulher é impura para lidar com a terra e com os alimentos. Por esse motivo, o cultivo da terra, a alimentação e a casa ficam sob os cuidados dos homens, cabendo as mulheres a guerra e o comando da comunidade. Se assim é, como fica a frase que afirma que o homem foi feito pela Natureza para o que exige força e coragem, para o comando e a guerra, enquanto a mulher foi feita pela Natureza para a maternidade, a casa, o trabalho doméstico, as atividades de um ser frágil e sensível? INTERFERÊNCIA DO MEIO NOS COMPORTAMENTOS Poderíamos examinar cada uma das frases que dizemos ou ouvimos em nosso cotidiano e que naturalizam os seres humanos, naturalizam comportamentos, idéias, valores, formas de viver e agir. Os seres humanos variam em consequência das condições sociais, econômicas, políticas, históricas em que vivem. Veríamos que somos seres cuja ação determina o modo de ser, agir e pensar e que a idéia de um gênero humano natural e de espécies humanas naturais não possui fundamento na realidade. CULTO, INCULTO: CULTURA “Pedro é muito culto, conhece várias línguas, entende de arte e literatura”. “Imagine! É claro que o Luis não pode ocupar o cargo que pleiteia. Não tem cultura nenhuma. ´” semi-analfabeto!” “Não creio que a cultura francesa ou alemã sejam superiores à brasileira. Você acha que há alguma coisa superior a nossa música popular?” Ouvi uma conferência que criticava a cultura de massa, mas me pareceu que a conferencista defendia a cultura de elite. Por isso não concordei inteiramente com ela” O Livro de Silva sobre a cultura dos guaranis é bem interessante. Aprendi que o modo como entendem a religião e a guerra é muito diferente do nosso”. CULTO, INCULTO: CULTURA Essas frases e muitas outras que fazem parte do nosso dia-a-dia indicam que empregamos a palavra cultura (culto/inculto) em sentidos muito diferentes e, por vezes, contraditórios. Na 1ª e na 2ª frase, cultura é identificada como a posse de determinados conhecimentos (línguas, arte, literatura, ser alfabetizado). Nelas, fala-se em ter e não ter cultura, ser ou não ser culto. A posse da cultura é vista como algo positivo, enquanto “ser inculto” é considerado algo negativo. CULTO, INCULTO: CULTURA A 2ª frase, deixa entrever que “ter cultura” habilita alguém a ocupar algum posto ou cargo, pois”não ter cultura” significa não estar preparado para uma certa posição ou função. Nessas duas primeiras frases, a palavra cultura sugere também prestígio e respeito, como se “ter cultura” ou “ser culto” fosse o mesmo que “ser importante”, “ser superior”. CULTO, INCULTO: CULTURA Quando passamos a 3ª frase, a cultura já não parece ser uma propriedade de um indivíduo, mas uma qualidade de uma coletividade – franceses, alemães, brasileiros. Também é interessante observar que a coletividade aparece como um adjetivo qualificativo para distinguir tipos de Cultura, que surge como algo que existe em si e por si mesmo e que pode ser comparada (Cultura Superior, Cultura Inferior). Entretanto, a 3ª frase, afirma que a cultura brasileira não é inferior a francesa ou a alemã por causa da nossa música popular. Não estaríamos diante de uma contradição? Como poderia haver cultura popular (a música), se o popular é inculto? CULTO, INCULTO: CULTURA Já a 4ª frase introduz um novo significado para a palavra cultura. Nela não se trata mais de pessoas cultas ou incultas, nem de uma coletividade que possui uma atividade cultural que possa ser comparada à de outras. A frase nos informa sobre uma posição entre formas de cultura, dependendo de sua origem e de sua destinação, pois “cultura de massa” tanto pode significar “originada na massa” quanto “destinada à massa”, e o mesmo pode ser dito da “cultura de elite”(originada na elite ou destinada à elite). CULTO, INCULTO: CULTURA A última frase que mencionamos apresenta um sentido totalmente diverso dos anteriores no que toca à palavra cultura. Na cultura dos guaranis cultura aparece em duas manifestações: a guerra e a religião (que, portanto, nada tem a ver com a posse de conhecimento, atividade artística, massa ou elite). A cultura aparece como algo dos guaranis – e como alguma coisa que não se limita ao campo dos conhecimentos e das artes, pois se refere à relação deles com o sagrado (a religião) e com o conflito e a morte ( a guerra). CULTO, INCULTO: CULTURA Vemos, assim, que passar da naturalização dos seres humanos à Cultura não resolve nossas dificuldades de compreensão dos humanos, uma vez que, agora precisamos perguntar: Como é possível a palavra cultura possuir tantos sentidos, alguns deles contraditórios com outros? “Nada do que é humano me é estranho” Montaigne A EXPERIÊNCIA DO SAGRADO E A INSTITUIÇÃO DA RELIGIÃO OS PRINCIPAIS CAMPOS FILOSÓFICOS Os principais campos filosóficos, relativos às manifestações culturais são a filosofia : das ciências; da religião; das artes; da existência ética e, da vida pública. Além disso, a Filosofia ocupa-se também com a crítica das ideologias que se originam na vida política, mas se estendem para todas as manifestações da Cultura. O SAGRADO O sagrado é uma experiência da presença de uma potência ou de uma força sobrenatural que habita algum ser – planta, animal, humano, coisas, ventos, águas, fogo. Essa potência é tanto um poder que pertence própria e definitivamente a um determinado ser, quanto algo que ele pode possuir e perder, não ter e adquirir. O sagrado é a experiência simbólica da diferença entre os seres, da superioridade de alguns sobre outros, superioridade e poder sentidos como espantosos, misteriosos, desejados e temidos. O SAGRADO O sagrado opera o encantamento do mundo, habitado por forças maravilhosas e poderes admiráveis que agem magicamente. Criam vínculos de simpatia-atração e de antipatia-repulsão entre todos os seres, agem à distância, enlaçam entes diferentes com laços secretos e eficazes. Todas as culturas possuem vocábulos para exprimir o sagrado como força sobrenatural que habita o mundo. O SAGRADO Na cultura hebraica, dois termos designavam o sagrado: qdos e herem, significando aqueles seres ou coisas que são separados por DEUS para seu culto, serviço, sacrifício, punição, não podendo ser tocado pelo homem. Assim a Arca da Aliança, onde estavam guardados os textos sagrados, era qdos e, portanto intocável. Também os prisioneiros de uma guerra santa pertenciam a DEUS, sendo declarado herem. Na cultura grega, agnos (puro) e agios (intocável); Na romana, sacer (dedicado á divindade) e sanctus (inviolável) constituem a esfera do sagrado. O SAGRADO Sagrado é, pois, a qualidade excepcional – boa ou má, benéfica ou maléfica, protetora ou ameaçadora – que um ser possui e que o separa e distingue de todos os outros, embora em muitasculturas, todos os seres possuam algo sagrado, pelo que se diferenciam uns dos outros. O sagrado pode suscitar devoção e amor, repulsa e ódio. Esses sentimentos suscitam um outro: O RESPEITO FEITO DE TEMOR O SAGRADO Nasce, aqui, o sentimento religioso e a experiência da religião. A religião pressupõe que, além do sentimento da diferença entre natural e sobrenatural, haja o sentimento da separação entre os humanos e o sagrado, mesmo que este habite os humanos e a Natureza. RELIGIÃO A palavra religião vem do latim: religio, formada pelo prefixo re (outra vez, de novo) e o verbo ligare (ligar, unir, vincular). A religião é um vinculo. Quais as partes vinculadas? O mundo profano e o mundo sagrado, isto é, a Natureza (água, fogo, ar, animais, plantas, astros, pedras, metais, terra, humanos) e as divindades que habitam a Natureza ou um lugar separado da Natureza. RELIGIÃO Nas várias culturas, essa ligação é simbolizada no momento de fundação de uma aldeia, vila ou cidade. Essa cerimônia da ligação fundadora aparece na religião judaica, quando Jeová indica ao provo o lugar onde deve habitar – a Terra Prometida – e o espaço onde o templo será edificado, para nele ser colocada a Arca da Aliança, símbolo do vinculo que une o povo e seu Deus. RELIGIÃO Também no cristianismo a religio é explicitado por um gesto de união. No Novo Testamento, Jesus disse a Pedro: “Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha igreja e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Eu te darei as Chaves do Reino: o que ligares na Terra será ligado no Céu; o que desligares na Terra será desligado no Céu”. Através da sacralização e consagração, a religião cria a idéia de espaço sagrado. NOÇÃO DE ESPAÇO COMUM X ESPAÇO SAGRADO Os Céus, o monte Olimpo (Grécia), as montanhas do deserto (Israel), templos e igrejas são santuários ou morada dos deuses. O espaço da vida comum (vida profana dos humanos) separa-se do espaço sagrado (local onde vivem os deuses, são feitas as cerimônias de culto, são trazidas oferendas e feitas preces com pedidos às divindades – colheita, paz, vitória na guerra, bom parto, fim de uma peste... A RELIGIÃO COMO NARRATIVA DA ORIGEM O tempo sagrado é uma narrativa. Narra a origem dos deuses e, pela ação das divindades, as origens das coisas – plantas, animais e dos seres humanos. Por isso, a narrativa religiosa sempre começa com alguma expressão do tipo: “no princípio”, “no começo”... Antes da Filosofia e da teologia, a religião narrava teogonias (do grego: theos, deus; gonia, geração)isto é, a geração dos deuses, semideuses e heróis e, ainda, cosmogonia (cosmos, mundo; gonia, geração ): narra o nascimento, a finalidade e o perecimento de todos os seres sob a ação dos deuses. A RELIGIÃO COMO NARRATIVA DA ORIGEM Embora a narrativa sagrada seja uma explicação para a ordem natural e humana, ela não se dirige ao intelecto dos crentes (não é nem filosofia nem ciência), mas se endereça ao coração deles. Desperta emoções e sentimentos – admiração, espanto, medo, esperança, amor, ódio. Porque se dirige às paixões do crente, a religião lhe pede uma só coisa; fé, ou seja, a confiança, a adesão plena ao que lhe é manifestado como ação da divindade. A RELIGIÃO COMO NARRATIVA DA ORIGEM A atitude fundamental da fé é da piedade: respeito pelos deuses e pelos antepassados. A religião é crença, não é saber; A tentativa para transformar a religião em saber racional chama-se Teologia. CULTURA DE MASSA E INDÚSTRIA CULTURAL CULTURA DE MASSA E A INDUSTRIAL DA CULTURA O termo indústria cultural foi criado por Adorno e Horkheimer em 1977 como já dito antes. O termo usado por esses autores inicialmente era cultura de massa e foi abandonado pela forma com que eles queriam expressar a cultura que era imposta ao povo, e não a cultura do povo, que era a cultura de massa, também chamada hoje de cultura popular. http://industriademassa.wordpress.com/2011/05/31/industria-cultural-x-cultura-de-massa CULTURA DE MASSA X INDUSTRIA CULTURAL A maior diferença entre cultura de massa e indústria cultural é que a cultura de massa era a cultura feito pelo povo, que vinha do povo e virava característica daquela sociedade como manifestação cultural. Já a indústria cultural é o que o povo é “imposto” à ter como cultura, ou seja, o mais relevante não é o que o povo pensa e sim o que a indústria acha que vai ter mais vantagens para ela própria. Na cultura de massa, a arte prevalece, o povo faz sua própria arte, sua própria cultura, enquanto na indústria cultural a arte é sempre transformada em um produto industrializado, importando apenas se o produto de arte vai ser vendável e consumido em grande escala. Enquanto a espontaneidade e a originalidade da arte estão presentes na cultura de massa, o mesmo não se aplica à indústria cultural que visa sempre o que mais vai vender para a sociedade, sempre focado no consumo, e não na arte. http://industriademassa.wordpress.com/2011/05/31/industria-cultural-x-cultura-de-massa A Existência da Ética: A FILOSOFIA MORAL A LIBERDADE A ÉTICA NA CIENCIA A FILOSOFIA MORAL “Se alguma área da filosofia tem a pretensão de ser “prática”, é a filosofia moral. Ela trata de algumas das mais tocantes e controversas questões da vida. Contudo, enquanto os filósofos procuram descobrir como devíamos viver, a filosofia moral é mais bem compreendida como a tentativa de pensar crítica e reflexivamente sobre certo e errado, bom em mau.” (fonte: Disciplina de Ética – ÉTICA E FILOSOFIA MORAL – prof.a Débora Barni de Campos) A LIBERDADE Liberdade significa o direito de agir segundo o seu livre arbítrio, de acordo com a própria vontade, desde que não prejudique outra pessoa, é a sensação de estar livre e não depender de ninguém. Liberdade é também um conjunto de ideias liberais e dos direitos de cada cidadão. Liberdade é classificada pela filosofia, como a independência do ser humano, o poder de ter autonomia e espontaneidade.A liberdade é um conceito utópico, uma vez que é questionável se realmente os indivíduos tem a liberdade que dizem ter, se com as mídias ela realmente existe, ou não. Diversos pensadores e filósofos dissertaram sobre a liberdade, como Sartre, Descartes, Kant, Marx e outros. http://www.significados.com.br/liberdade/ Ética & Ciência As teorias éticas nascem e desenvolvem-se em diferentes sociedades como resposta aos problemas resultantes das relações entre os homens. A ética tem pois vindo a ser influenciada pela vivência religiosa, contudo, só há relativamente pouco tempo se tornou laica e agnóstica sofrendo influências do marxismo, pelo positivismo e por uma apressada interpretação da nietzshiana. Devido a estas influências o termo ética tornou-se progressivamente mais difícil de definir, caindo num relativismo de que o século XX, com todas as suas contradições, é um bom exemplo. Esta surge com o objetivo de orientar coerentemente o comportamento dos seres humanos e de constituir um número de valores que sirvam como guia em todas as situações. Assim sendo, a ética é geralmente, definida como uma ciência que julga os valores morais, a fim de distinguir o bom do mau. Atualmente, esta está muito relacionada com o desenvolvimento das ciências da vida, pois crescentes têm sido as descobertas de muitas curas para doenças, preservação da vida sobre condiçõesartificiais, a clonagem, a eutanásia e até robótica. Sobre todos estes temas, deve existir pois, uma reflexão ética no intuito do poder fazer e dever fazer. Muitos no entanto se opõem e defendem que não é correcto estabelecer uma relação entre a ética e a ciência, pois como a ética se localiza no campo da ação humana, exerce muita pressão mas decisões de algumas entidades A ética está interligada à opção, ao desejo de realizar a vida, mantendo com os outros relações justas e aceitáveis. Atualmente a atitude dos profissionais em relação às questões éticas poderá ser a chave para o seu sucesso ou não. Nos nossos dias um dos campos que se encontra mais carente no que diz respeito à ética é o das novas tecnologias, pois não existem leis de conduta e regras o que provoca uma aproximação do limite da ética no trabalho e no exercício profissional. No entanto desde que surgiu a ciência – com a experimentação, esta mantém uma relação difícil com a ética. Uma solução aparentemente fácil seria separar a ética da ciência, esta ultima lida com a verdade (ou algo próximo a ela) e a ética com a vida prática. Assim sendo a ciência seria a ética, a ética não teria nada a ver com a ciência sendo só utilizada nas suas aplicações, em especial com a tecnologia. No entanto não é isto que verificamos no dia-a-dia. Com todos os avanços científicos e o consequente surgimento de inúmeras questões éticas, o ser humano passou a ter uma ética que lida mais com questões mais profundas deixando à parte as questões superficiais, ou seja, saímos de um conjunto de regras prontas e passamos a questionar o seu sentido. Com todos estes progresso, verifica-se hoje necessidade de fazer com que a ética acompanhe cada vez mais e mais a ciência. Fonte: http://tecnociencia.webs.com/ticacincia.htm PESQUISE SOBRE BIOÉTICA ÉTICA CIÊNCIA
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