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UNIDADE 2 O Campo da Ética

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UNIDADE 2 
O CAMPO DA ÉTICA 
QUEM É JEAN PAUL SARTRE? 
 Jean Paul Sartre, filósofo francês, nasceu em Paris, em 
1905, e faleceu em 1980. 
 Em 1924, iniciou seus estudos universitários na École 
Normale Supérieure (onde conheceu Simone de 
Beauvoir). 
 Depois de cumprir o serviço militar, começou a trabalhar 
como professor. 
 Em 1933, obteve uma bolsa (Alemanha), contato com a 
filosofia de Husserl e de Heidegger. 
A CONCEPÇÃO EXISTENCIALISTA DA LIBERDADE 
por Sartre 
 Em 1938, publicou “A Náusea”, novela que 
pretendia divulgar os princípios do existencialismo 
e que lhe proporcionou certa celebridade. 
 
 Caçado em 1939, foi preso, mas conseguiu evadir-
se em 1941 e voltar a Paris, onde trabalhou no 
liceu Condorcet e trabalhou com Albert Camus em 
“Combat”, periódico da resistência. 
EM 1943, PUBLICOU O SER E O NADA: 
 Versão pessoal da filosofia existencialista de 
Heidegger 
 
 O ser humano existe como uma coisa (em si), 
mas também como uma consciência (para si), 
que sabe da existência das coisas, sem ser ela 
mesma uma em si com tais coisas, mas sua 
negação (o nada). 
 
 A consciência localiza o homem ante a 
possibilidade de escolher o que será. 
 
 Escolhendo sua ação, o homem se escolhe a 
si mesmo, mas não escolhe sua existência, 
que já lhe vem concedida e é requisito de 
sua escolha, daqui surge a famosa máxima 
existencialista: a existência precede a 
essência. 
 Dois anos mais tarde, alcançou a popularidade, 
abandonou o ensino para dedicar-se somente a 
escrever. 
 
 Juntamente com Aron, Merleau-Ponty e Simone de 
Beauvoir, fundou Les Temps Modernes, uma das 
revistas de pensamento de esquerda mais influentes 
no pós-guerra. 
 
 Nesta época, Sartre iniciou uma flutuante relação com 
o comunismo, feita de aproximações) e 
distanciamentos motivados por sua denúncia do 
stalinismo ou pelo seu protesto referente à invasão da 
Hungria pela União Soviética. 
 Em sua última obra filosófica (Crítica da Razão 
Dialética), escrita em 1960, Sartre propôs uma 
reconciliação entre o materialismo dialético e o 
existencialismo 
 
 Em 1964, rejeitou o Prêmio Nobel de literatura 
para não “deixar-se recuperar pelo sistema.” 
 Depois de participar diretamente da revolta 
estudantil de maio de 1968, 
 
 multiplicou seus gestos públicos de 
esquerda 
 assumiu a direção do periódico La Cause du 
People e fundou Tout!, de orientação 
maoísta e libertária. 
 Em 1975, sua saúde começou a ficar 
debilitada, ficou cego, depois de ter 
completado sua última grande obra: O Idiota 
da Família (1971-1972), dedicada ao tema da 
criação literária, fruto de 10 anos que dedicou 
à investigação da personalidade de Gustave 
Flaubert. 
CONTEXTO DO SURGIMENTO DO 
EXISTENCIALISMO 
CONTEXTO DO SURGIMENTO DO 
EXISTENCIALISMO 
 O choque da Primeira Grande Guerra, 1914 – 
Guerra Moderna 
 Idéia da civilização do progresso e do bem-
estar, valores morais, honra, pátria, nação. 
 Em 1917, ocorre a Revolução Russa. – O 
socialismo surge como forma de governo. 
O MUNDO ESTÁ SE RECUPERANDO DA PRIMEIRA 
GUERRA (1929) 
 O desencanto com a economia – A Grande 
Crise 
 O Capitalismo balança, 
 A crise da Democracia – Totalitarismos 
A SEGUNDA GRANDE GUERRA (1940) 
 
O holocausto dos Judeus, o genocídio 
A Bomba Atômica. 
Fim do otimismo. 
Diante deste quadro, há uma grande crise na 
humanidade, uma crise de valores, uma crise de 
crenças, de instituições, etc. Brota o 
Existencialismo. 
O HOLOCAUSTO 
 
BOMBA ATÔMICA. 
 
NA LITERATURA 
 Na sequência dos acontecimentos que 
marcaram esta época, a literatura ocupou-se 
da descrição das situações humanas que 
realçassem "os traços da problematicidade 
radical do homem, sublinhando (…) a incerteza 
da ação humana (…) e a ambiguidade do 
próprio bem, que se confunde com o seu 
contrário." 
A LIBERDADE EM SARTRE 
 Para Sartre a Liberdade traduz-se no nosso poder de 
optar, 
 
 é uma opção concretizada pelo Homem, que reflete os 
seus projetos do mundo. 
 A Liberdade é a escolha livre e com consciência do Bem 
(ele existe) que o homem faz de si mesmo e do mundo. 
 Para tal, tenho de conhecer as várias opções de que 
disponho e os seus significados. 
 Só há Liberdade na decisão, sendo, por isso, "um fazer 
que se realiza no ser”. 
 A filosofia de Sartre defende a Liberdade absoluta (o 
homem é livre para decidir). 
 
 Uma situação só existe dada a nossa Liberdade, pois 
os obstáculos que enfrentamos existem em relação 
aos fins a que nos propomos. 
 Por outro lado, é a Liberdade que reconhece ou não 
uma situação. 
 A Liberdade é, assim, o fator, a testemunha que nos 
permite modificar ou anular nosso projeto inicial a 
qualquer momento. 
 A liberdade permite-nos determinar os fatos 
indeterminados com a escolha que fizermos. 
 A Liberdade surge, então, como um projeto 
fundamental em que se encontram 
compreendidos os atos do Homem, 
constituindo a última possibilidade da 
realidade humana, a sua "escolha originária" 
(liberdade como sentido e fim) 
 E é uma liberdade incondicionada: o Homem é sempre 
livre, em todas as situações, perante todas as condições. 
 
 Equivale a analisar o Homem como uma causa de si 
mesmo, pois para além de se escolher a si mesmo, tem 
que escolher o que ele próprio irá causar. 
 Sartre coloca a existência no centro da sua 
filosofia, não como uma força instintiva, 
mas como uma escolha livre. 
 Afirma que a existência humana é anterior 
ao seu significado. 
 O fato de o Homem existir é anterior ao que 
ele é. 
 Sartre parte do princípio de que a 
existência precede a essência: o Homem 
primeiro. 
 o Homem não tem uma natureza 
determinante (o existencialismo é uma 
doutrina oposta ao determinismo), 
 o Homem, tendo um projeto fundamental, se 
responsabiliza pelo seu ser. 
 A liberdade é, para Sartre, o destino do 
Homem: o homem é aquilo que escolhe ser. 
 Sendo assim, “o Homem é Liberdade” 
(SARTRE, Jean-Paul) 
 A responsabilidade. Ser livre não se trata apenas de 
poder optar, mas também de ser responsável pelas 
opções tomadas. 
 
 O Ateísmo de Sartre está no centro de sua filosofia e 
ele é determinante para as suas premissas e 
conclusões. 
 
 O homem está só. “condenado a ser livre” 
 
 
 A contradição que encerra a frase “faz o que 
quiseres” é um reflexo do problema essencial 
da própria liberdade. Assim, analisemos a 
frase: 
 “Quanto te digo “faz o que quiseres” parece que de 
qualquer maneira te estou a dar uma ordem – “faz isso e 
não outra coisa” –, ainda que se trate de uma ordem que 
te manda agir livremente.(…) Se a cumpres, desobedeces-
lhe (porque não fazes o que queres, mas o que eu (…) te 
mando fazer); se lhe desobedeces, estás a cumpri-la 
(porque fazes o que tu queres em vez daquilo que te 
mando fazer… mas é isso mesmo afinal que eu te estou a 
dizer que faças!) ” (Savater, Fernando;2001: 53). 
 Esta frase evidencia, assim, o fato de que não 
somos livres de não sermos livres: não 
poderemos deixar de fazer uso da 
responsabilidade de escolher o nosso próprio 
caminho, pois querendo ou não, somos 
obrigados a querer. 
 A Liberdade é essencialmente de cada um de 
nós, a liberdade é minha, só a mim me é 
dada a possibilidade de percorrer o meu 
caminho.. 
 Sartre afirma que estaremos para sempre 
ameaçados a ser e a tornarmo-nos diferentes 
do que somos. 
 A sua principal tese é que o Homem está 
condenadoa existir para sempre para além 
da sua essência. 
 Por isto, o Homem cria a sua própria essência, sendo 
totalmente responsável por tudo o que faz: «O homem é 
responsável por aquilo que é» 
 Ao criarmos o homem que desejamos ser, criamos uma 
imagem de como julgamos que deve ser o homem. 
 A nossa escolha recairá sempre sobre o bem e esta 
escolha será então boa para nós e para todos. 
 Não poderemos, consequentemente, deixar de desejar a 
nossa Liberdade sem desejar simultaneamente a 
Liberdade dos outros. 
 A ausência de qualquer ponto de referência obriga o 
Homem a fazer as suas próprias regras, o que o torna 
injustificável. 
 Assim, o sentimento fundamental na doutrina de Sartre é a 
náusea, baseada nesta injustificabilidade. 
 A angústia não é mais do que “o sentimento da nossa 
completa e profunda responsabilidade” 
 O Homem, encerrado no seu íntimo, encontra o 
“irremediável vazio” (DUCASSE, Pierre; 1950:114) do seu 
ser equivalente à náusea sartriana. 
 Se não fossemos livres, não teríamos como nos sentir 
culpados (nem orgulhosos) de nada, evitaríamos os 
remorsos. 
 Mas a nossa Liberdade conduz-nos à dúvida em relação à 
opção que tomamos. 
 O que leva ao “remorso”, mas o remorso é incompatível 
com a Liberdade = contradição 
KANT E A MORAL LAICA 
ILUMINISMO 
 O Iluminismo ou Esclarecimento foi um 
movimento cultural da elite intelectual 
europeia do século XVIII que procurou 
mobilizar o poder da razão, a fim de 
reformar a sociedade e o conhecimento 
herdado da tradição medieval. 
 
 Promoveu o intercâmbio intelectual e foi 
contra a intolerância e os abusos da Igreja e 
do Estado. 
 Originário do período compreendido entre os 
anos de 1650 e 1700, o Iluminismo foi 
despertado pelos filósofos Baruch Spinoza 
(1632-1677), John Locke (1632-1704), 
Pierre Bayle (1647-1706) e pelo matemático 
Isaac Newton (1643-1727). 
 
 Príncipes reinantes, muitas vezes apoiaram 
e fomentaram figuras do Iluminismo e até 
mesmo tentaram aplicar as suas ideias de 
governo. 
 O Iluminismo floresceu até cerca de 1790-1800, 
após o qual a ênfase na razão deu lugar ao ênfase 
do romantismo na emoção e um movimento 
Contra-Iluminismo ganhou força. 
 
 O centro do Iluminismo foi a França, onde foi 
baseado nos salões e culminou com a grande 
Encyclopédie (1751-1772) editada por Denis 
Diderot (1713-1784)e Jean Le Rond d'Alembert 
com contribuições de centenas de líderes 
filosóficos (intelectuais), tais como Voltaire (1694 -
1778) e Montesquieu (1689-1755). 
 
 Cerca de 25.000 cópias do conjunto de 35 
volumes foram vendidos, metade deles fora da 
França. 
 
 As novas forças intelectuais se espalharam 
para os centros urbanos em toda a Europa, 
nomeadamente Inglaterra, Escócia, os estados 
alemães, Países Baixos, Rússia, Itália, Áustria e 
Espanha, em seguida, saltou o Atlântico em 
colônias europeias, onde influenciou Benjamin 
Franklin e Thomas Jefferson. 
 
 Entre muitos outros, e desempenhou um 
papel importante na Revolução Americana. 
 
 Os ideais políticos influenciaram a 
Declaração de Independência dos Estados 
Unidos, a Carta dos Direitos dos Estados 
Unidos, a Declaração Francesa dos Direitos 
do Homem e do Cidadão e a Constituição 
Polaco-Lituana de 3 de maio de 1791. 
 
KANT E A MORAL LAICA 
 A partir do Iluminismo (séc. XVIII) a moral vai se 
tornando laica (não-religiosa) 
 admite-se que uma pessoa atéia também seja moral, 
porque o fundamento dos valores não se encontra em 
Deus, mas no próprio ser humano. 
 Essa corrente filosófica acredita que a razão é o 
instrumento para interpretar e reorganizar o mundo. 
 O maior representante do Iluminismo foi Immanuel 
Kant que criticou a teoria proposta por Rousseau. 
ILUMINISMO 
 Este movimento surgiu na França do século 
XVII e defendia o domínio da razão sobre a 
visão teocêntrica* que dominava a Europa 
desde a Idade Média. Segundo os filósofos 
iluministas, esta forma de pensamento tinha o 
propósito de iluminar as trevas em que se 
encontrava a sociedade. 
*teocentrismo (Deus no centro de todas explicações) que predominava na Europa desde a época Medieval. 
OS IDEAIS ILUMINISTAS 
 Os pensadores que defendiam estes ideais 
acreditavam que o pensamento racional 
deveria ser levado adiante substituindo as 
crenças religiosas e o misticismo, que, 
segundo eles, bloqueavam a evolução do 
homem. 
 
 O homem deveria ser o centro e passar a 
buscar respostas para as questões que, até 
então, eram justificadas somente pela fé. 
 
SÉCULO DAS LUZES 
 
 A apogeu deste movimento foi atingido no século XVIII, e, 
este, passou a ser conhecido como o Século das Luzes. 
 O Iluminismo foi mais intenso na França, onde influenciou a 
Revolução Francesa através de seu lema: Liberdade, 
igualdade e fraternidade. Também teve influência em 
outros movimentos sociais como na independência das 
colônias inglesas na América do Norte e na Inconfidência 
Mineira*, ocorrida no Brasil. 
*A Inconfidência Mineira foi um dos mais importantes movimentos sociais da História do Brasil. 
Significou a luta do povo brasileiro pela liberdade, contra a opressão do governo português no período 
colonial. Ocorreu em Minas Gerais no ano de 1789, em pleno ciclo do ouro. 
 Para os filósofos iluministas, o homem era 
naturalmente bom, porém, era corrompido pela 
sociedade com o passar do tempo. 
 Eles acreditavam que se todos fizessem parte 
de uma sociedade justa, com direitos iguais a 
todos, a felicidade comum seria alcançada. 
 Por esta razão, eles eram contra as imposições 
de caráter religioso, contra as práticas 
mercantilistas, contrários ao absolutismo do 
rei, além dos privilégios dados a nobreza e ao 
clero. 
PRINCIPAIS FILÓSOFOS ILUMINISTAS 
 Os principais filósofos do Iluminismo foram: 
John Locke (1632-1704), ele acreditava que 
o homem adquiria conhecimento com o 
passar do tempo através do empirismo; 
Voltaire (1694-1778), ele defendia a 
liberdade de pensamento e não poupava 
crítica a intolerância religiosa; Jean-Jacques 
Rousseau (1712-1778), ele defendia a idéia 
de um estado democrático que garanta 
igualdade para todos; 
PRINCIPAIS FILÓSOFOS ILUMINISTAS 
 Montesquieu (1689-1755), ele defendeu a 
divisão do poder político em Legislativo, 
Executivo e Judiciário; Denis Diderot (1713-
1784) e Jean Le Rond d´Alembert (1717-
1783), juntos organizaram uma enciclopédia 
que reunia conhecimentos e pensamentos 
filosóficos da época. 
ILLUMINATI 
 Illuminati, (plural do latim illuminatus, 
"aquele que é iluminado"), é o nome dado a 
diversos grupos, alguns históricos outros 
modernos, reais ou fictícios. 
 
 Mais comumente, contudo, o termo 
"Illuminati" tem sido empregado 
especificamente para referir-se aos 
Illuminati da Baviera, uma sociedade 
secreta da era do Iluminismo fundada em 1 
de maio de 1776. 
 Nos tempos modernos, também é usado 
para se referir a uma suposta organização 
conspiracional que controlaria os assuntos 
mundiais secretamente, normalmente como 
versão moderna ou como continuação dos 
Illuminati bávaros. 
 
 O nome Illuminati é algumas vezes 
empregado como sinônimo de Nova Ordem 
Mundial. 
TEÓRICOS DA CONSPIRAÇÃO 
 Muitos teóricos da conspiração acreditam que 
os Illuminatisão os cérebros por trás dos 
acontecimentos que levarão ao 
estabelecimento de uma tal Nova Ordem 
Mundial, com os objetivos primários de unir o 
mundo numa única regência que se baseia em 
um modelo político onde todos são iguais. 
 
 Também sugerem que os 
fundadores dos Estados 
Unidos – sendo alguns 
deles franco-maçons – 
estavam “influenciados” 
pela corrupção dos 
Illuminati. Frequentemente 
o símbolo da pirâmide que 
tudo vê no Grande Selo 
dos Estados Unidos é 
citado como exemplo do 
olho sempre presente dos 
Illuminati sobre os 
americanos. 
 tinha uma concepção de homem naturalmente bom, 
 sendo a consciência moral algo inato. 
 Nasceríamos puros e éticos, dotados de generosidade 
e benevolência para com todos. 
 O que estragaria esses seres maravilhosos seria a 
vida em sociedade, onde nos tornaríamos egoístas e 
perversos. 
JEAN-JACQUES ROUSSEAU 
FILÓSOFO SUÍÇO 
(1712-1778 ) 
IMMANUEL KANT 
FILÓSOFO ALEMÃO 
(1724-1804) 
 Argumentou contra Rosseau = não existe bondade 
natural. 
 Por natureza somos agressivos, ávidos de prazeres e 
com uma boa dose de crueldade. 
 Há uma propensão do homem ao mal moral. 
 Por isso é que devemos fundar uma moralidade não 
nos sentimentos, que são absolutamente parciais e 
tendenciosos, mas na razão. 
KANT, COLOCA O SEGUINTE PROBLEMA ÉTICO: 
COMO VOU SABER SE ESTOU AGINDO MORALMENTE? 
 Hoje vivemos em comunidades que não são 
culturalmente homogêneas. Existem migrações, 
estilos muito diferentes de viver. 
 Nesse caso de multiculturalismo, que é uma 
sociedade formada por muitos grupos culturais 
distintos, como são quase todas as culturas, como 
descobrir se eu estou sendo moral ou não? 
 Se eu não conheço ou não estão claras para mim 
as regras de uma comunidade, como ter atitudes 
éticas? 
 É possível algum critério universal de moralidade? 
 Kant foi o primeiro pensador a postular a 
razão como o único fundamento capaz de 
criar um critério de moralidade universal. 
 
 No seu livro “Crítica da Razão Prática”, onde 
fundamenta a ética na racionalidade, Kant 
estabelece os Imperativos Categóricos: 
 
 
“ Age de tal forma que a sua ação pessoal tenha condições de 
tornar-se universal.” 
 
 Isso quer dizer: quando você tem dúvida se o que vai fazer 
é moral ou não, é só perguntar-se: será que qualquer 
pessoa do mundo, poderá fazer isso? 
 Se a resposta for “sim”, então podemos executar a ação 
pretendida. 
 Com isso, Kant queria que cada um de nós tivesse um 
critério interno para descobrir se estamos fazendo a ação 
correta. 
 Implica na universalidade da conduta ética, válida para 
todos em qualquer tempo e lugar. 
1º IMPERATIVO CATEGÓRICO DE KANT 
 
 
2º IMPERATIVO CATEGÓRICO DE KANT 
 
“Age de tal forma que jamais use o outro como meio para 
atingir algo, mas como fim em si mesmo." 
 
 Por exemplo: se eu me aproximo de uma amiga 
porque ela conhece o dono de uma empresa onde 
quero trabalhar, eu estou sendo moral? 
 Não! Eu a estou usando como um meio para atingir 
algo (o emprego) e não como uma finalidade em si 
(desfrutar de sua amizade). 
 Implica em afirmar a dignidade dos seres 
humanos. 
 Kant via o Imperativo Categórico (IC) como 
um dever necessário à ação humana. 
 Agir ou não agir segundo o IC é o local onde 
se revela a nossa liberdade. Podemos optar 
ou não em sermos éticos. 
 A autonomia da vontade, racional, sempre 
deve tender à ação ética. 
ENQUANTO ARISTÓTELES DEFINIA O HOMEM COMO UM 
SER RACIONAL, KANT DIZ QUE 
 
 “O HOMEM É UM ANIMAL CAPAZ DE SER 
RACIONAL”. 
AUTONOMIA 
 Ao buscar essas leis, Kant admite que o homem é um ser 
natural 
 o que significa que temos desejos, impulsos, paixões, 
tendências, apetites, comportamentos naturais que costumam 
ser mais fortes do que a razão. 
 Mas a razão prática consegue dominar nossa parte natural e 
instaurar regras e normas éticas. 
 Essa é expressão da lei moral em nós, é a manifestação da 
nossa humanidade. 
 Daí a importância da autonomia, condição segundo a qual o 
dever é livremente assumido pelo sujeito capaz de se 
autodeterminar. 
 Isto significa que a razão não é o ofício de 
todos os homens só porque nasceram Homo 
sapiens. 
 A racionalidade é uma tarefa humana. 
 Somos capazes de nos tornarmos racionais. 
 Mas, precisamos nos esforçar para isso, 
precisamos buscar a razão. 
 A razão não é dada quando nascemos. É uma 
conquista! 
 
A FILOSOFIA ILUMINISTA 
 A filosofia iluminista é otimista porque acredita no progresso 
por meio do uso crítico e construtivo da razão. No entanto, a 
razão não é mais um complexo de idéias inatas dadas antes da 
experiência nas quais se manifesta a essência absoluta das 
coisas. A razão não é um conteúdo fixo, mas muito mais uma 
faculdade que só se pode compreender plenamente em seu 
exercício e explicação. 
 
 Portanto, a razão iluminista é uma razão independente das 
verdades religiosas e das verdades inatas dos racionalistas. 
Assim, a noção de autonomia iluminista se refere a uma razão 
que se dobra a evidências empíricas e matemáticas. 
 
 
 
A NATUREZA E O ESPÍRITO 
 O iluminismo proclama tanto para a natureza 
quanto para o conhecimento o princípio da 
imanência*. A natureza e o espírito são 
concebidos como plenamente acessíveis, não 
como algo obscuro e misterioso. 
 
 
*imanência - é um conceito religioso e metafísico que defende a existência de um ser supremo e 
divino (ou força) dentro do mundo físico. 
É
 
É Ã
 
A CULTURA 
 É muito comum ouvirmos e dizermos frases 
do tipo “chorar é próprio da natureza 
humana” e “homem não chora”. 
 Ou então: ”é da natureza humana ter medo 
do desconhecido” e “ela é corajosa, não tem 
medo de nada”. 
 Também é comum a frase: “as mulheres são 
naturalmente frágeis e sensíveis”, bem como 
esta outra: “fulana é uma desnaturada, pois 
não tem o menor amor aos filhos” 
COM FREQUÊNCIA OUVIMOS DIZER: 
“Os homens são fortes e racionais, feitos para o 
comando e para a vida pública” – donde, como 
consequência, esta outra frase: “fulana nem parece 
mulher. Veja como se veste! Veja o emprego que 
arrumou!” 
 
Não é raro escutarmos que os negros são indolentes 
por natureza, os pobres são naturalmente violentos, os 
judeus são naturalmente avarentos, os árabes são 
naturalmente comerciantes espertos, os franceses são 
naturalmente interessados em sexo e os ingleses são, 
por natureza, fleumáticos. 
 
PRESSUPOSTO 
Frases como essas, e muitas outras, pressupõem, por 
um lado, que existe uma natureza humana, a mesma 
em todos os tempos e lugares e, por outro lado, que 
existe uma natureza entre homens e mulheres, pobres 
e ricos, negros, índios, judeus, árabes, franceses ou 
ingleses . 
 
Haveria, assim, uma natureza humana universal e uma 
natureza humana diferenciada por espécies, à maneira 
da diferença entre várias espécies de plantas ou de 
animais. 
CONTRADIÇÃO 
 Que aconteceria com as frases que 
mencionamos acima se mostrássemos que 
algumas delas são contraditórias e que outras 
não correspondem aos fatos da realidade? 
 
 Assim, por exemplo, dizer que “é natural chorar 
na tristeza” – entra em contradição com a ideia 
de que “homem não chora”, pois, se isso fosse 
verdade, o homem teria que ser considerado 
algo que escapa das leis da Natureza, já que 
chorar é considerado natural. 
MEDO X CORAGEM 
 O mesmo acontece com a frase sobre 
o medo e a coragem: nelas é dito que 
o medo é natural, mas que uma certa 
pessoa é admirável porque não tem 
medo. Aqui, a contradição é ainda 
maior doque a anterior, uma vez que 
parecemos ter admiração por quem, 
misteriosamente , escapa da lei da 
Natureza, isto é, do medo. 
COSTUMES 
 Em certas sociedades, os filhos são apartados da 
mãe, sendo entregues a irmã do pai para ser 
criada e outras, o sistema de parentesco exige que 
a criança seja entregue a irmã da mãe. 
 
 Nos dois casos, a relação da criança é estabelecida 
com a tia por aliança e não com a mãe biológica. 
 
 Se assim é, como fica a afirmação de que as 
mulheres amam naturalmente os seus filhos e que 
é desnaturada a mulher que não demonstrar esse 
amor? 
COSTUMES 
 Em certas sociedades, considera-se que a mulher é 
impura para lidar com a terra e com os alimentos. Por 
esse motivo, o cultivo da terra, a alimentação e a casa 
ficam sob os cuidados dos homens, cabendo as 
mulheres a guerra e o comando da comunidade. 
 
 Se assim é, como fica a frase que afirma que o homem 
foi feito pela Natureza para o que exige força e coragem, 
para o comando e a guerra, enquanto a mulher foi feita 
pela Natureza para a maternidade, a casa, o trabalho 
doméstico, as atividades de um ser frágil e sensível? 
INTERFERÊNCIA DO MEIO NOS 
COMPORTAMENTOS 
 Poderíamos examinar cada uma das frases que 
dizemos ou ouvimos em nosso cotidiano e que 
naturalizam os seres humanos, naturalizam 
comportamentos, idéias, valores, formas de viver 
e agir. 
 Os seres humanos variam em consequência das 
condições sociais, econômicas, políticas, históricas 
em que vivem. 
 Veríamos que somos seres cuja ação determina o 
modo de ser, agir e pensar e que a idéia de um 
gênero humano natural e de espécies humanas 
naturais não possui fundamento na realidade. 
CULTO, INCULTO: CULTURA 
 “Pedro é muito culto, conhece várias línguas, entende de 
arte e literatura”. 
 “Imagine! É claro que o Luis não pode ocupar o cargo que 
pleiteia. Não tem cultura nenhuma. ´” semi-analfabeto!” 
 “Não creio que a cultura francesa ou alemã sejam 
superiores à brasileira. Você acha que há alguma coisa 
superior a nossa música popular?” 
 Ouvi uma conferência que criticava a cultura de massa, 
mas me pareceu que a conferencista defendia a cultura 
de elite. Por isso não concordei inteiramente com ela” 
 O Livro de Silva sobre a cultura dos guaranis é bem 
interessante. Aprendi que o modo como entendem a 
religião e a guerra é muito diferente do nosso”. 
CULTO, INCULTO: CULTURA 
 Essas frases e muitas outras que fazem parte do 
nosso dia-a-dia indicam que empregamos a palavra 
cultura (culto/inculto) em sentidos muito 
diferentes e, por vezes, contraditórios. 
 Na 1ª e na 2ª frase, cultura é identificada como a 
posse de determinados conhecimentos (línguas, 
arte, literatura, ser alfabetizado). 
 Nelas, fala-se em ter e não ter cultura, ser ou não 
ser culto. 
 A posse da cultura é vista como algo positivo, 
enquanto “ser inculto” é considerado algo 
negativo. 
CULTO, INCULTO: CULTURA 
 A 2ª frase, deixa entrever que “ter cultura” 
habilita alguém a ocupar algum posto ou 
cargo, pois”não ter cultura” significa não estar 
preparado para uma certa posição ou função. 
 
 Nessas duas primeiras frases, a palavra cultura 
sugere também prestígio e respeito, como se 
“ter cultura” ou “ser culto” fosse o mesmo que 
“ser importante”, “ser superior”. 
CULTO, INCULTO: CULTURA 
 Quando passamos a 3ª frase, a cultura já não parece ser 
uma propriedade de um indivíduo, mas uma qualidade 
de uma coletividade – franceses, alemães, brasileiros. 
 Também é interessante observar que a coletividade 
aparece como um adjetivo qualificativo para distinguir 
tipos de Cultura, que surge como algo que existe em si e 
por si mesmo e que pode ser comparada (Cultura 
Superior, Cultura Inferior). 
 Entretanto, a 3ª frase, afirma que a cultura brasileira não 
é inferior a francesa ou a alemã por causa da nossa 
música popular. Não estaríamos diante de uma 
contradição? 
 Como poderia haver cultura popular (a música), se o 
popular é inculto? 
CULTO, INCULTO: CULTURA 
 Já a 4ª frase introduz um novo significado para a 
palavra cultura. Nela não se trata mais de pessoas 
cultas ou incultas, nem de uma coletividade que 
possui uma atividade cultural que possa ser 
comparada à de outras. 
 
 A frase nos informa sobre uma posição entre 
formas de cultura, dependendo de sua origem e 
de sua destinação, pois “cultura de massa” tanto 
pode significar “originada na massa” quanto 
“destinada à massa”, e o mesmo pode ser dito da 
“cultura de elite”(originada na elite ou destinada 
à elite). 
CULTO, INCULTO: CULTURA 
 A última frase que mencionamos apresenta um sentido 
totalmente diverso dos anteriores no que toca à palavra 
cultura. 
 
 Na cultura dos guaranis cultura aparece em duas 
manifestações: a guerra e a religião (que, portanto, nada 
tem a ver com a posse de conhecimento, atividade 
artística, massa ou elite). A cultura aparece como algo 
dos guaranis – e como alguma coisa que não se limita ao 
campo dos conhecimentos e das artes, pois se refere à 
relação deles com o sagrado (a religião) e com o conflito 
e a morte ( a guerra). 
CULTO, INCULTO: CULTURA 
 Vemos, assim, que passar da 
naturalização dos seres humanos à 
Cultura não resolve nossas dificuldades 
de compreensão dos humanos, uma vez 
que, agora precisamos perguntar: 
 
 Como é possível a palavra cultura possuir 
tantos sentidos, alguns deles 
contraditórios com outros? 
“Nada do que é humano me é estranho” 
Montaigne 
 
 
 
A EXPERIÊNCIA DO SAGRADO E A INSTITUIÇÃO DA 
RELIGIÃO 
OS PRINCIPAIS CAMPOS FILOSÓFICOS 
 Os principais campos filosóficos, relativos às 
manifestações culturais são a filosofia : 
 das ciências; 
 da religião; 
 das artes; 
 da existência ética e, 
 da vida pública. 
 Além disso, a Filosofia ocupa-se também com a crítica 
das ideologias que se originam na vida política, mas se 
estendem para todas as manifestações da Cultura. 
 
 
O SAGRADO 
 O sagrado é uma experiência da presença de uma 
potência ou de uma força sobrenatural que habita algum 
ser – planta, animal, humano, coisas, ventos, águas, 
fogo. 
 
 Essa potência é tanto um poder que pertence própria e 
definitivamente a um determinado ser, quanto algo que 
ele pode possuir e perder, não ter e adquirir. 
 
 O sagrado é a experiência simbólica da diferença entre 
os seres, da superioridade de alguns sobre outros, 
superioridade e poder sentidos como espantosos, 
misteriosos, desejados e temidos. 
O SAGRADO 
 O sagrado opera o encantamento do mundo, 
habitado por forças maravilhosas e poderes 
admiráveis que agem magicamente. 
 Criam vínculos de simpatia-atração e de 
antipatia-repulsão entre todos os seres, agem 
à distância, enlaçam entes diferentes com 
laços secretos e eficazes. 
 Todas as culturas possuem vocábulos para 
exprimir o sagrado como força sobrenatural 
que habita o mundo. 
O SAGRADO 
 Na cultura hebraica, dois termos designavam 
o sagrado: qdos e herem, significando aqueles 
seres ou coisas que são separados por DEUS 
para seu culto, serviço, sacrifício, punição, não 
podendo ser tocado pelo homem. 
 Assim a Arca da Aliança, onde estavam 
guardados os textos sagrados, era qdos e, 
portanto intocável. Também os prisioneiros de 
uma guerra santa pertenciam a DEUS, sendo 
declarado herem. 
 Na cultura grega, agnos (puro) e agios (intocável); 
 Na romana, sacer (dedicado á divindade) e sanctus 
(inviolável) constituem a esfera do sagrado. 
O SAGRADO 
 Sagrado é, pois, a qualidade excepcional – boa ou 
má, benéfica ou maléfica, protetora ou 
ameaçadora – que um ser possui e que o separa e 
distingue de todos os outros, embora em muitasculturas, todos os seres possuam algo sagrado, 
pelo que se diferenciam uns dos outros. 
 
 O sagrado pode suscitar devoção e amor, repulsa 
e ódio. Esses sentimentos suscitam um outro: 
O RESPEITO FEITO DE TEMOR 
O SAGRADO 
 Nasce, aqui, o sentimento religioso e a 
experiência da religião. 
 
 A religião pressupõe que, além do 
sentimento da diferença entre natural e 
sobrenatural, haja o sentimento da 
separação entre os humanos e o sagrado, 
mesmo que este habite os humanos e a 
Natureza. 
RELIGIÃO 
 A palavra religião vem do latim: religio, 
formada pelo prefixo re (outra vez, de novo) e 
o verbo ligare (ligar, unir, vincular). A religião é 
um vinculo. 
 Quais as partes vinculadas? 
 O mundo profano e o mundo sagrado, isto é, a 
Natureza (água, fogo, ar, animais, plantas, 
astros, pedras, metais, terra, humanos) e as 
divindades que habitam a Natureza ou um 
lugar separado da Natureza. 
RELIGIÃO 
 Nas várias culturas, essa ligação é simbolizada 
no momento de fundação de uma aldeia, vila 
ou cidade. 
 
 Essa cerimônia da ligação fundadora aparece 
na religião judaica, quando Jeová indica ao 
provo o lugar onde deve habitar – a Terra 
Prometida – e o espaço onde o templo será 
edificado, para nele ser colocada a Arca da 
Aliança, símbolo do vinculo que une o povo e 
seu Deus. 
 
RELIGIÃO 
 Também no cristianismo a religio é explicitado 
por um gesto de união. No Novo Testamento, 
Jesus disse a Pedro: “Tu és Pedro e sobre esta 
pedra edificarei a minha igreja e as portas do 
inferno não prevalecerão contra ela. Eu te 
darei as Chaves do Reino: o que ligares na 
Terra será ligado no Céu; o que desligares na 
Terra será desligado no Céu”. 
 
 Através da sacralização e consagração, a 
religião cria a idéia de espaço sagrado. 
NOÇÃO DE ESPAÇO COMUM 
X 
 ESPAÇO SAGRADO 
 Os Céus, o monte Olimpo (Grécia), as 
montanhas do deserto (Israel), templos e 
igrejas são santuários ou morada dos deuses. 
 O espaço da vida comum (vida profana dos 
humanos) separa-se do espaço sagrado (local 
onde vivem os deuses, são feitas as 
cerimônias de culto, são trazidas oferendas e 
feitas preces com pedidos às divindades – 
colheita, paz, vitória na guerra, bom parto, fim 
de uma peste... 
A RELIGIÃO COMO NARRATIVA DA ORIGEM 
 O tempo sagrado é uma narrativa. Narra a origem dos 
deuses e, pela ação das divindades, as origens das coisas 
– plantas, animais e dos seres humanos. 
 Por isso, a narrativa religiosa sempre começa com 
alguma expressão do tipo: “no princípio”, “no começo”... 
 Antes da Filosofia e da teologia, a religião narrava 
teogonias (do grego: theos, deus; gonia, geração)isto é, 
a geração dos deuses, semideuses e heróis e, ainda, 
cosmogonia (cosmos, mundo; gonia, geração ): narra o 
nascimento, a finalidade e o perecimento de todos os 
seres sob a ação dos deuses. 
A RELIGIÃO COMO NARRATIVA DA ORIGEM 
 Embora a narrativa sagrada seja uma explicação 
para a ordem natural e humana, ela não se dirige 
ao intelecto dos crentes (não é nem filosofia nem 
ciência), mas se endereça ao coração deles. 
 Desperta emoções e sentimentos – admiração, 
espanto, medo, esperança, amor, ódio. 
 Porque se dirige às paixões do crente, a religião 
lhe pede uma só coisa; fé, ou seja, a confiança, a 
adesão plena ao que lhe é manifestado como 
ação da divindade. 
A RELIGIÃO COMO NARRATIVA DA ORIGEM 
 A atitude fundamental da fé é da piedade: 
respeito pelos deuses e pelos antepassados. 
 
 A religião é crença, não é saber; 
 
 A tentativa para transformar a religião em 
saber racional chama-se Teologia. 
CULTURA DE MASSA E 
 INDÚSTRIA CULTURAL 
CULTURA DE MASSA E A INDUSTRIAL DA 
CULTURA 
 O termo indústria cultural foi criado por Adorno e 
Horkheimer em 1977 como já dito antes. O termo 
usado por esses autores inicialmente era cultura de 
massa e foi abandonado pela forma com que eles 
queriam expressar a cultura que era imposta ao povo, 
e não a cultura do povo, que era a cultura de massa, 
também chamada hoje de cultura popular. 
 
 
http://industriademassa.wordpress.com/2011/05/31/industria-cultural-x-cultura-de-massa 
CULTURA DE MASSA X INDUSTRIA CULTURAL 
 A maior diferença entre cultura de massa e indústria cultural é que a 
cultura de massa era a cultura feito pelo povo, que vinha do povo e virava 
característica daquela sociedade como manifestação cultural. Já a indústria 
cultural é o que o povo é “imposto” à ter como cultura, ou seja, o mais 
relevante não é o que o povo pensa e sim o que a indústria acha que vai ter 
mais vantagens para ela própria. 
Na cultura de massa, a arte prevalece, o povo faz sua própria arte, sua 
própria cultura, enquanto na indústria cultural a arte é sempre 
transformada em um produto industrializado, importando apenas se o 
produto de arte vai ser vendável e consumido em grande escala. Enquanto 
a espontaneidade e a originalidade da arte estão presentes na cultura de 
massa, o mesmo não se aplica à indústria cultural que visa sempre o que 
mais vai vender para a sociedade, sempre focado no consumo, e não na 
arte. 
 
 http://industriademassa.wordpress.com/2011/05/31/industria-cultural-x-cultura-de-massa 
 
A Existência da Ética: 
 
 A FILOSOFIA MORAL 
A LIBERDADE 
A ÉTICA NA CIENCIA 
A FILOSOFIA MORAL 
 “Se alguma área da filosofia tem a pretensão 
de ser “prática”, é a filosofia moral. Ela trata de 
algumas das mais tocantes e controversas 
questões da vida. Contudo, enquanto os 
filósofos procuram descobrir como devíamos 
viver, a filosofia moral é mais bem 
compreendida como a tentativa de pensar 
crítica e reflexivamente sobre certo e errado, 
bom em mau.” 
 
 (fonte: Disciplina de Ética – ÉTICA E FILOSOFIA MORAL – prof.a Débora Barni de Campos) 
A LIBERDADE 
 
 Liberdade significa o direito de agir segundo o seu livre arbítrio, 
de acordo com a própria vontade, desde que não prejudique 
outra pessoa, é a sensação de estar livre e não depender de 
ninguém. Liberdade é também um conjunto de ideias liberais e 
dos direitos de cada cidadão. 
 Liberdade é classificada pela filosofia, como a independência 
do ser humano, o poder de ter autonomia e espontaneidade.A 
liberdade é um conceito utópico, uma vez que é questionável 
se realmente os indivíduos tem a liberdade que dizem ter, se 
com as mídias ela realmente existe, ou não. Diversos 
pensadores e filósofos dissertaram sobre a liberdade, como 
Sartre, Descartes, Kant, Marx e outros. 
 
http://www.significados.com.br/liberdade/ 
 
Ética & Ciência 
 
 
 
 As teorias éticas nascem e desenvolvem-se em diferentes sociedades como 
resposta aos problemas resultantes das relações entre os homens. A ética 
tem pois vindo a ser influenciada pela vivência religiosa, contudo, só há 
relativamente pouco tempo se tornou laica e agnóstica sofrendo influências 
do marxismo, pelo positivismo e por uma apressada interpretação da 
nietzshiana. 
 
 Devido a estas influências o termo ética tornou-se progressivamente mais 
difícil de definir, caindo num relativismo de que o século XX, com todas as 
suas contradições, é um bom exemplo. 
 
 Esta surge com o objetivo de orientar coerentemente o comportamento dos 
seres humanos e de constituir um número de valores que sirvam como guia 
em todas as situações. Assim sendo, a ética é geralmente, definida como 
uma ciência que julga os valores morais, a fim de distinguir o bom do mau. 
 
 Atualmente, esta está muito relacionada com o 
desenvolvimento das ciências da vida, pois crescentes têm 
sido as descobertas de muitas curas para doenças, 
preservação da vida sobre condiçõesartificiais, a clonagem, a 
eutanásia e até robótica. Sobre todos estes temas, deve existir 
pois, uma reflexão ética no intuito do poder fazer e dever fazer. 
Muitos no entanto se opõem e defendem que não é correcto 
estabelecer uma relação entre a ética e a ciência, pois como a 
ética se localiza no campo da ação humana, exerce muita 
pressão mas decisões de algumas entidades 
 
 A ética está interligada à opção, ao desejo de 
realizar a vida, mantendo com os outros 
relações justas e aceitáveis. 
 Atualmente a atitude dos profissionais em 
relação às questões éticas poderá ser a chave 
para o seu sucesso ou não. 
 
 
 
 Nos nossos dias um dos campos que se encontra mais carente 
no que diz respeito à ética é o das novas tecnologias, pois não 
existem leis de conduta e regras o que provoca uma 
aproximação do limite da ética no trabalho e no exercício 
profissional. No entanto desde que surgiu a ciência – com a 
experimentação, esta mantém uma relação difícil com a ética. 
Uma solução aparentemente fácil seria separar a ética da 
ciência, esta ultima lida com a verdade (ou algo próximo a ela) 
e a ética com a vida prática. Assim sendo a ciência seria a 
ética, a ética não teria nada a ver com a ciência sendo só 
utilizada nas suas aplicações, em especial com a tecnologia. 
No entanto não é isto que verificamos no dia-a-dia. 
 
 
 Com todos os avanços científicos e o consequente 
surgimento de inúmeras questões éticas, o ser 
humano passou a ter uma ética que lida mais com 
questões mais profundas deixando à parte as 
questões superficiais, ou seja, saímos de um conjunto 
de regras prontas e passamos a questionar o seu 
sentido. 
 
 
 
 Com todos estes progresso, verifica-se hoje 
necessidade de fazer com que a ética 
acompanhe cada vez mais e mais a ciência. 
 
 
 Fonte: http://tecnociencia.webs.com/ticacincia.htm 
PESQUISE SOBRE BIOÉTICA 
ÉTICA CIÊNCIA

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