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Ecologia de ComunidadesEcologia de Comunidades Prof. Vinicius FarjallaProf. Vinicius Farjalla BiodiversidadeBiodiversidade BiodiversidadeBiodiversidade . Importância da biodiversidade; . Dificuldade de conceituar diversidade; . Diversidade composta por: riqueza e equitabilidade; . Índices – formas para quantificar a “diversidade” - índices de riqueza, modelos de abundância de espécies e índices de abundâncias relativas (riqueza e equitabilidade) de espécies; . Porém, que tipo de informação geral se conhece sobre a biodiversidade no planeta? . Mais de 2 milhões de sp. de eucariotos catalogadas. Possivelmente 5-15 (~7) milhões de eucariotos no planeta; Procariotos? . Diversidade de espécies porém deve-se considerar a diversidade genética – diversidade de ecossistemas; . Basicamente informações qualitativas e riqueza. Poucas informações sobre equitabilidade; Prof. Vinicius Farjalla – Inst. Biologia / UFRJ BiodiversidadeBiodiversidade Padrões de Globais de Biodiversidade 1o) Padrões de Diversidade no Tempo Geológico da Terra Prof. Vinicius Farjalla – Inst. Biologia / UFRJ BiodiversidadeBiodiversidade Padrões de Globais de Biodiversidade 2o) Padrões de Diversidade em Gradientes de Latitude (no espaço) . Primeiras observações feitas por grandes exploradores-naturalistas como Charles Darwin, Henry Bates e Alfred Wallace. Prof. Vinicius Farjalla – Inst. Biologia / UFRJ BiodiversidadeBiodiversidade Padrões de Globais de Biodiversidade 2o) Padrões de Diversidade em Gradientes de Latitude (no espaço) Prof. Vinicius Farjalla – Inst. Biologia / UFRJ BiodiversidadeBiodiversidade Padrões de Globais de Biodiversidade 2o) Padrões de Diversidade em Gradientes de Latitude (no espaço) Prof. Vinicius Farjalla – Inst. Biologia / UFRJ BiodiversidadeBiodiversidade Padrões de Globais de Biodiversidade 3o) Padrões de Diversidade em Gradientes de Produtividade Primária . Em uma mesma região, a diversidade pode variar de acordo com a produtividade primária. Prof. Vinicius Farjalla – Inst. Biologia / UFRJ BiodiversidadeBiodiversidade Padrões de Globais de Biodiversidade 3o) Padrões de Diversidade em relação à Heterogeneidade de Habitats e Condições Ambientais . Em uma mesma região, a diversidade pode variar de acordo com a heterogeneidade de habitats, com condições ambientais particulares (sub-climas) e com a distância do centro de dispersão. Prof. Vinicius Farjalla – Inst. Biologia / UFRJ BiodiversidadeBiodiversidade Padrões de Globais de Biodiversidade 4o) Padrões de Diversidade em relação à Heterogeneidade de Habitats e Condições Ambientais Distribuição adequada para mamíferos e aves porém inadequada para répteis e anfíbios ! ! Particularidades de cada grupo . Em uma mesma região, a diversidade pode variar de acordo com a heterogeneidade de habitats, com condições ambientais particulares (sub-climas) e com a distância do centro de dispersão. Prof. Vinicius Farjalla – Inst. Biologia / UFRJProf. Vinicius Farjalla – Inst. Biologia / UFRJ BiodiversidadeBiodiversidade Os padrões são claros porém, quais os fatores que determinam a biodiversidade em uma determinada comunidade ? 1) Aspectos locais / determinísticos . Atuam em micro escala ou escala local; . Centro das atenções dos ecólogos até o final do século passado; . A diversidade está relacionada basicamente às interações específicas (competição, predação, mutualismo) e a aspectos locais como distúrbios; . Baseou-se nas idéias de nicho, exclusão competitiva e especiação; . Leva-se em consideração a identidade das espécies. Prof. Vinicius Farjalla – Inst. Biologia / UFRJProf. Vinicius Farjalla – Inst. Biologia / UFRJ BiodiversidadeBiodiversidade Os padrões são claros porém, quais os fatores que determinam a biodiversidade em uma determinada comunidade ? 2) Aspectos regionais / perspectiva histórica . Atuam em macro escala ou escala regional e global; . Primeiras teorias usadas para explicar a diversidade. Remontam às grandes expedições de naturalistas famosos, como Wallace; . Perderam força em meados do séc. XX (avanço dos aspectos locais e impossibilidade de testar as teorias – a diversidade que observamos hoje é reflexo de anos de eventos históricos) . A diversidade está relacionada basicamente a eventos de extinções e formações de espécies, aparecimento de barreiras de dispersão e grandes mudanças climáticas (Eras do Gelo); . A identidade das espécies tem menor importância. Objetivo: Entender como fatores que atuam em hierarquias de tempo e espaço interferem na estrutura (diversidade) de uma comunidade. Prof. Vinicius Farjalla – Inst. Biologia / UFRJ BiodiversidadeBiodiversidade Os padrões são claros porém, quais os fatores que determinam a biodiversidade em escala local e regional ? Então, tantos fatores regionais como locais influenciam na biodiversidade. Prof. Vinicius Farjalla – Inst. Biologia / UFRJProf. Vinicius Farjalla – Inst. Biologia / UFRJ BiodiversidadeBiodiversidade Algumas definições importantes α -, γ - e β - Diversidade . α - Diversidade – número de espécies (riqueza) em uma área limitada com habitat relativamente uniforme – depende dos limites da comunidade, do esforço amostral. Ex. diversidade de organismos de uma Mata de Galeria. . γ - Diversidade – número de espécies observadas em todos os habitats de uma região (área geográfica sem barreiras nítidas de dispersão dos organismos – a definição depende dos organismos em questão. Ex. diversidade de organismos do Cerrado; . β - Diversidade – relacionada à diferença ou substituição de espécies de um habitat para outro dentro da mesma região. Quanto maior a diferença de espécies entre habitats, maior será a Diversidade Beta. Pode ser calculada a partir das Diversidades Alfa e Gama. Diversidade Beta = Diversidade Gama / Diversidade Alfa Prof. Vinicius Farjalla – Inst. Biologia / UFRJProf. Vinicius Farjalla – Inst. Biologia / UFRJ BiodiversidadeBiodiversidade Exemplos ab ab ab ab α = 2; γ = 2; β = 1 ab c ed α = 1,25; γ = 5; β = 4 a a b b α = 1; γ = 2; β = 2 abc abc abcabc α = 3; γ = 3; β = 1 Prof. Vinicius Farjalla – Inst. Biologia / UFRJ BiodiversidadeBiodiversidade α = 1,75; γ = 3; β = 1,7 ab ab ab c α = 2; γ = 2; β = 1 ab c aed α = 1,5; γ = 5; β = 3,33 α = 1,25; γ = 5; β = 4 a ab b b α = 1; γ = 2; β = 2 α = 1,25; γ = 2; β = 1,6 abc abcd abcabc α = 3; γ = 3; β = 1 α = 3,25; γ = 4; β = 1,2 Prof. Vinicius Farjalla – Inst. Biologia / UFRJ Biodiversidade Prof. Vinicius Farjalla – Inst. Biologia / UFRJ Biodiversidade Prof. Vinicius Farjalla – Inst. Biologia / UFRJ Teoria da Biogeografia de Ilhas (MacArthur & Wilson) . Uma das teoria mais usadas na previsão da diversidade de espécies em uma comunidade; . Baseada em uma perspectiva regional / histórica; . Diversidade em uma ilha está relacionada com processos de imigração (regionais) e extinção (locais); . Tendência a um equilíbrio (número de espécies em uma determinada ilha); Número de espécies em uma ilha I E S^ BiodiversidadeBiodiversidade Teoria da Biogeografia de Ilhas Número de espécies em uma ilha I E S^ Número de espécies em uma ilha I E S^ S^ I E Ilhas Pequenas X Ilhas Grandes P S^G pequena grande I E Ilhas Próximas X Ilhas Afastadas S^S^ PA próxima afastada Prof. Vinicius Farjalla – Inst. Biologia / UFRJ BiodiversidadeBiodiversidade Teoria da Biogeografia de Ilhas Exemplos Prof. Vinicius Farjalla – Inst. Biologia / UFRJ BiodiversidadeBiodiversidade Teoria da Biogeografia de Ilhas Exemplos Prof. Vinicius Farjalla– Inst. Biologia / UFRJ BiodiversidadeBiodiversidade Teoria da Biogeografia de Ilhas Só funciona para ilhas ??? Não! Em continentes, as taxas de imigração e extinção local podem ser substituídas por taxas de formação de espécies (especiação) extinção regional Número de espécies em um continente extinção S^ especiação Importante: Não leva em consideração a identidade das espécies Prof. Vinicius Farjalla – Inst. Biologia / UFRJ BiodiversidadeBiodiversidade Voltando para os padrões gerais de biodiversidade... P. ex. Por que há mais espécies nos trópicos que nas zonas temperadas ? Sob a ótica dos aspectos regionais / perspectiva histórica . Hipótese do Tempo e do Tamanho dos Trópicos; . Hipótese dos Refúgios; . Mudanças climáticas cíclicas (Glaciações), especiação alopátrica e estabilidade dos trópicos. Faunas incompletas nas zonas temperadas, sem tempo suficiente para evoluir; . Impossível de se testar! Será que estas hipóteses explicam todo o problema? Prof. Vinicius Farjalla – Inst. Biologia / UFRJ Biodiversidade Prof. Vinicius Farjalla – Inst. Biologia / UFRJ Biodiversidade Prof. Vinicius Farjalla – Inst. Biologia / UFRJ Algumas definições importantes Nicho Ecológico . Um dos principais conceitos do grupo dos determinísticos (diversidade regulada pela interação entre as espécies – processos locais regulam a comunidade). A identidade das espécies importa para o estudo da estrutura da comunidade; . Espectro de condições do ambiente, recursos e pressão de outros fatores de interação entre espécies no qual uma espécie pode sobreviver e reproduzir; . Função da espécie no ambiente: onde ela vive, o que ela come, quem a preda etc.. . Possui natureza multidimensional; BiodiversidadeBiodiversidade Algumas definições importantes Nicho Ecológico A) Gradiente de uma condição ambiental x Eixo X E i x o Y B) Eixo X E i x o Y C) Eixo Z BiodiversidadeBiodiversidade Algumas definições importantes Nicho Ecológico . Um dos principais conceitos do grupo dos determinísticos (diversidade regulada pela interação entre as espécies – processos locais regulam a comunidade). A identidade das espécies importa para o estudo da estrutura da comunidade; . Espectro de condições do ambiente, recursos e pressão de outros fatores de interação entre espécies no qual uma espécie pode sobreviver e reproduzir; . Função da espécie no ambiente: onde ela vive, o que ela come, quem a preda etc.. . Possui natureza multidimensional; . Nicho total de uma comunidade é como um volume preenchido por bolas, onde cada bola é o nicho total de uma espécie. Prof. Vinicius Farjalla – Inst. Biologia / UFRJProf. Vinicius Farjalla – Inst. Biologia / UFRJ BiodiversidadeBiodiversidade . Biodiversidade – função da quantidade de nichos e da amplitude de cada nicho Amplitude de nicho Sobreposição de nicho e Exclusão Competitiva Prof. Vinicius Farjalla – Inst. Biologia / UFRJProf. Vinicius Farjalla – Inst. Biologia / UFRJ Biodiversidade Prof. Vinicius Farjalla – Inst. Biologia / UFRJ Biodiversidade Prof. Vinicius Farjalla – Inst. Biologia / UFRJ . Como aumentar a biodiversidade de um dado lugar? . Como alguns lugares suportam maior diversidade de espécies que outros lugares? BiodiversidadeBiodiversidade Influência do “número de nichos” sobre a diversidade de espécies de uma comunidade Prof. Vinicius Farjalla – Inst. Biologia / UFRJ Biodiversidade Prof. Vinicius Farjalla – Inst. Biologia / UFRJ Biodiversidade Prof. Vinicius Farjalla – Inst. Biologia / UFRJ Influência do “número de nichos” sobre a diversidade de “morfologias” de uma comunidade Diversidade gera Diversidade !!! Biodiversidade Prof. Vinicius Farjalla – Inst. Biologia / UFRJ Biodiversidade Prof. Vinicius Farjalla – Inst. Biologia / UFRJ Voltando para os padrões gerais de biodiversidade... P. ex. Por que há mais espécies nos trópicos que nas zonas temperadas ? Sob a ótica dos aspectos locais / determinísticos 1) Hipótese da Não-Exclusão em Regiões Pobres em Recursos e da Heterogeneidade Ambiental . Condições ideais de presença de dois ou mais recurso para uma seqüência de espécies; . Em ambientes pobres e heterogêneos, as espécies coexistem. Biodiversidade Prof. Vinicius Farjalla – Inst. Biologia / UFRJ Biodiversidade Prof. Vinicius Farjalla – Inst. Biologia / UFRJProf. Vinicius Farjalla – Inst. Biologia / UFRJ BiodiversidadeBiodiversidade Prof. Vinicius Farjalla – Inst. Biologia / UFRJ 2) Hipótese da Predação e da Herbivoria . Predação mantém presas abaixo da capacidade suporte (K) das populações; . Predação seletiva em presas forte- competidoras; . Herbívoros-predadores são altamente eficientes. . Herbivoria explicaria diversidade na Floresta Tropical? BiodiversidadeBiodiversidade 3) Hipótese do Distúrbio Intermediário . Mantém em uma dada área, organismos pioneiros, intermediários e de final de desenvolvimento sucessional; . A ausência de distúrbio eliminaria os organismos pioneiros, enquanto que distúrbio muito intensos eliminaria os organismos “clímax”; . Exemplo, clareiras em uma floresta tropical. Distribuição dos organismos em manchas Organismos “clímax” Organismos intermediários Organismos pioneiros Prof. Vinicius Farjalla – Inst. Biologia / UFRJProf. Vinicius Farjalla – Inst. Biologia / UFRJProf. Vinicius Farjalla – Inst. Biologia / UFRJProf. Vinicius Farjalla – Inst. Biologia / UFRJ BiodiversidadeBiodiversidade 4) Hipótese da Competição . Em regiões climaticamente mais estáveis, as comunidades são geralmente muito cheias, a competição tende a ser intensa entre as espécies, aumentando o grau de especialização – aumenta a diversidade. Especialização – adaptação ao meio biótico; . Em regiões climaticamente menos estáveis, as comunidades tendem a ser mais vazias devido às necessidades adaptativas de cada espécie. Neste caso, as comunidades são mais vazias, os organismos mais generalistas, com nichos mais amplos. Generalismo – adaptação ao meio abiótico; . Exemplos: Floretas Tropicais e Floretas Temperadas Prof. Vinicius Farjalla – Inst. Biologia / UFRJProf. Vinicius Farjalla – Inst. Biologia / UFRJProf. Vinicius Farjalla – Inst. Biologia / UFRJProf. Vinicius Farjalla – Inst. Biologia / UFRJ BiodiversidadeBiodiversidade Finamente... Biodiversidade: . Regulada por vários fatores em várias escalas. Pouco provável que um fator apenas (regional ou local) determine o padrão de diversidade de organismos em uma determinada comunidade; . Portanto, tanto fatores locais (competição, predação, herbivoria, distúrbio, heterogeneidade de habitats, produção primária) como fatores regionais (tempo evolutivo, estabilidade climática, tamanho da região) determinam a biodiversidade. Prof. Vinicius Farjalla – Inst. Biologia / UFRJProf. Vinicius Farjalla – Inst. Biologia / UFRJProf. Vinicius Farjalla – Inst. Biologia / UFRJProf. Vinicius Farjalla – Inst. Biologia / UFRJ BiodiversidadeBiodiversidade Por exemplo... Estabilidade Climática Tempo Geológico Competição Mosaico de Nutrientes Distúrbio Intermediário Herbivoria das Sementes Prof. Vinicius Farjalla – Inst. Biologia / UFRJ
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