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Projeto e Dimensionamento dos Espaços da Habitação 
 
Espaço de Atividades 
Jorge Boueri 
 
 
Projeto e Dimensionamento dos Espaços da Habitação | Espaço de Atividades | Livro II 
 
 
Jorge Boueri | 2009 2 
 
 
 
 
 
 
 728 Boueri Filho, José Jorge 
 B756a Projeto e Dimensionamento dos Espaços da Habitação 
 Espaço de Atividades 
José Jorge Boueri Filho. 
São Paulo: Estação das Letras e Cores, 2008. 
48 p.; il.; 29,7 cm. – Livro II 
1. Arquitetura: Projeto. 2. Habitação Projeto 
II. Título. III. Série. 
ISBN 978-85-60166-06-0 
 
Autorizo a reprodução parcial ou total desta obra, para fins acadêmicos, desde que citada a fonte 
Sugestões e dúvidas enviar para: jjboueri@usp.br 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Projeto e Dimensionamento dos Espaços da Habitação | Espaço de Atividades | Livro II 
 
 
Jorge Boueri | 2009 3 
Prefácio 
 
A trajetória da pesquisa e o alcance de resultados em determinadas áreas 
são difíceis, exigem dedicação continuada e, algumas vezes, são pouco 
reconhecidas. A Antropometria não é diferente: exige todos os atributos 
mencionados e muitos mais. 
Do Homem Vitruviano, de Leonardo da Vinci, passando pelo Modulor, de Le 
Corbusier, aos estudos de Henry Dreyfuss, observamos que a Antropometria 
requer alto investimento, um longo período para o levantamento de dados, a 
organização de tabelas e a análise das mesmas, assim como para sua 
aplicação, além de planejamento visando a um processo constante de 
atualização. 
No Brasil, ações isoladas têm contribuído para a formação de um banco de 
dados antropométricos confiáveis nas mais diversas faixas etárias. Tais 
iniciativas são necessárias e muito bem-vindas, pois a bibliografia na área é 
escassa. Freqüentemente os arquitetos, designers, engenheiros e outros 
profissionais recorrem aos dados da literatura internacional, os quais não 
correspondem às medidas do Homem e da Mulher brasileiros. 
A série ora apresentada pelo Professor Doutor Jorge Boueri, Livre-Docente 
pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, é 
a mais pura contribuição para todos os profissionais já mencionados. 
O Professor Boueri, ao longo de sua carreira acadêmica, vem pesquisando, 
estudando e divulgando dados significativos para a realização de projetos. É 
um dos pioneiros do país na área da Antropometria. 
A presente série, que teve início com ―Antropometria Aplicada à Arquitetura, 
Urbanismo e Desenho Industrial‖, continua, agora, com ―Espaço e Atividades‖ 
e seguirá com os títulos: ―Recomendações Dimensionais dos Manuais de 
Arquitetura‖; além de ―Layout dos Ambientes da Habitação‖; ―Qualidade do 
Dimensionamento da Habitação‖; encerrando-se com ―Medidas da Casa‖. 
Esta série de Antropometria Aplicada ao Projeto e Dimensionamento dos 
Espaços da Habitação apresenta uma contribuição significativa e proporciona 
o aprofundamento das questões e a ampliação dos estudos por parte de 
outros pesquisadores e apaixonados pelo tema. 
Recomendo a todos a leitura e a aplicação das informações contidas nesta 
série, e desejo que tais dados sejam utilizados para o bom desenvolvimento 
do objeto e do espaço. 
 
Prof. Dr. José Carlos Plácido da Silva 
Professor Titular do Departamento de Design. 
Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação | UNESP | Bauru, SP 
 
Projeto e Dimensionamento dos Espaços da Habitação | Espaço de Atividades | Livro II 
 
 
Jorge Boueri | 2009 4 
 
 
 
Projeto e Dimensionamento dos Espaços da Habitação | Espaço de Atividades | Livro II 
 
 
Jorge Boueri | 2009 5 
Sumário 
 
Aplicação da Ergonomia e da Antropometria no Projeto e Dimensionamento da 
Habitação 
 
Espaço de Atividades | Conceituação 
 
Espaço de Atividades | Metodologia de Dimensionamento 
 
Espaços de Atividades | Dimensões 
 
 
 
 
Projeto e Dimensionamento dos Espaços da Habitação | Espaço de Atividades | Livro II 
 
 
Jorge Boueri | 2009 6 
Aplicação da Ergonomia e da Antropometria no Projeto e 
Dimensionamento da Habitação. 
 
A aplicação da Ergonomia no projeto da habitação deve ocorrer desde sua 
concepção. Ela fundamenta o processo de decisão do projeto, principalmente quanto 
às questões dimensionais, e aprimora a qualidade da habitação. 
Cientes da relevância da Ergonomia, pesquisadores da área do projeto de arquitetura 
e do design passaram a incluir em seus estudos os conceitos e procedimentos da 
Análise da Tarefa1 e da Antropometria. 
Quanto à aplicação do dimensionamento nos projetos, ela se volta para a 
importância do conhecimento do corpo humano, suas medidas e limites físicos — 
fatores determinantes para que o projeto atenda aos requisitos de facilidade de uso, 
manutenção e segurança. 
Com este trabalho, pretende-se que o dimensionamento do espaço seja decorrente 
das atividades necessárias ao funcionamento da habitação. Por este motivo, os 
dados dimensionais deste estudo são apresentados pelo agrupamento das 
atividades que ocorrem na habitação. 
Recomenda-se ao projetista, para obter o dimensionamento mínimo e adequado de 
um espaço da habitação, que projete a partir da composição das atividades 
propostas pelo programa para aquele ambiente. 
 
Projeto e Dimensionamento dos Espaços da Habitação | Espaço de Atividades | Livro II 
 
 
Jorge Boueri | 2009 7 
Espaço de Atividades | Conceituação 
 
O Espaço de Atividades é a superfície necessária e suficiente para que uma pessoa 
possa desenvolver qualquer atividade sem interferência ou restrição provocada por 
mobiliário, equipamentos e/ou componentes do edifício. 
A área mínima de um ambiente pode ser obtida pelos Espaços de Atividades 
arranjados espacialmente, de modo que as condições de uso, acesso e articulação 
entre mobiliário, equipamentos e componentes do edifício sejam adequadas às 
funções que possam ser executadas naquele local. 
Para o projeto de arranjo do ambiente, a composição dos Espaços de Atividades é 
feita pela aplicação das técnicas de layout2. Dessa forma, podem ser obtidos 
resultados significativos na qualidade do projeto, quais sejam: 
1. Menor área do ambiente para um mesmo número de funções. 
2. Redução das circulações. 
3. Aumento das condições de segurança das atividades. 
Para tanto, recomenda-se a aplicação das técnicas de layout relacionadas aos 
fatores de natureza dos equipamentos e às suas interações. 
A natureza dos equipamentos compreende a Freqüência de Uso e o seu 
Agrupamento Funcional. A primeira refere-se ao número de vezes que o mobiliário 
ou equipamento deve ser utilizado para a execução de uma atividade: quanto mais 
alta a freqüência de uso, maior deve ser a facilidade de acesso do local onde o 
equipamento será instalado. Já o agrupamento funcional deve arranjar os 
equipamentos e o mobiliário relacionados a atividades afins, de tal modo que eles 
fiquem próximos uns dos outros. 
As interações entre os equipamentos e o mobiliário compreendem a Seqüência de 
Uso e a Intensidade de Fluxo. Na seqüência de uso, a instalação dos equipamentos 
deve levar em conta a ordem normal de operação e uso dos mesmos. Quanto ao 
fluxo, é importante que os equipamentos sejam dispostos segundo critérios de 
proximidade e acessibilidade para que tenham, entre si, a melhor intensidade de 
fluxo. 
Dessa forma, ao determinar o arranjo mais adequado dos Espaços de Atividades 
num ambiente, é possível não apenas dimensioná-los, mas também avaliá-los, tanto 
em projetos como em edificações já existentes. 
 
Projeto e Dimensionamento dos Espaços da Habitação | Espaço de Atividades | Livro II 
 
 
Jorge Boueri | 2009 8 
Espaço de Atividades | Metodologia de Dimensionamento 
 
OEspaço de Atividades, caracterizado pela necessidade espacial do usuário para a realização de qualquer tarefa ou 
atividade, pode ser obtido considerando-se os seguintes itens: 
1. Posturas e movimentos do corpo humano ao executar a atividade. 
2. Medidas do corpo humano. 
3. Biótipo do usuário e o Padrão Antropométrico. 
4. Dimensões dos equipamentos, mobiliário e componente da edificação utilizado na execução da atividade. 
5. Itens de segurança de uso e operação de equipamentos e mobiliário necessários à execução da atividade. 
A metodologia para determinação do Espaço de Atividades obedece a uma seqüência de etapas que nos permite delimitar 
a área necessária para cada atividade executada. Essas etapas são as seguintes: 
 
1ª Etapa: Inventário das Atividades. 
O primeiro passo é elaborar uma lista das atividades básicas que deverão ser estudadas. Deve-se considerar o tempo, a 
freqüência e a importância de cada atividade. Neste trabalho as atividades afins foram agrupadas e classificadas por um 
conjunto de funções que ocorrem na habitação, como são apresentadas na Tabela 1. 
 
2ª Etapa: Definição do Objeto de Estudo e suas Dimensões. 
Nesta etapa, define-se qual mobiliário, equipamento ou componente será objeto de estudo para realizar sua medição, 
cálculo de área e volume. As possíveis fontes de pesquisa podem ser: 
1. Indústria Moveleira, de Utensílios e Equipamentos Domésticos e da Construção Civil. Geralmente, a pesquisa é 
executada por meio de consulta a catálogos e medições in loco. Em alguns casos, é interessante investigar quais produtos 
estão disponíveis no mercado consumidor e elaborar uma planilha com suas dimensões básicas. 
2. Padrão de Consumo da População. Esta investigação pode ser realizada junto aos consumidores, distribuídos por faixa 
de renda, ramo de atividade, faixa etária, tipologia da família ou por tipologia da unidade habitacional. 
3. Normas Técnicas. Utilizar as normas técnicas disponíveis para se obter as dimensões recomendadas para o 
equipamento ou mobiliário. 
 
3ª Etapa: Registro das Posturas e Movimentos do Corpo 
Esta técnica é fundamental para o processo de determinação do Espaço de Atividades, pois é por meio dessas análises que 
são definidos os espaços ocupados pelo corpo humano quando da utilização de equipamentos ou mobiliário. 
Neste registro é possível verificar as posturas e os movimentos do corpo humano, permitindo a análise do espaço ocupado 
nos planos horizontal, frontal e sagital. As técnicas para o registro das atividades em uso atualmente são: 
 
1. Técnica de Desenho. 
Os desenhos são elaborados de maneira seqüencial e 
representam as posturas adotadas pelo corpo humano desde 
o início até o fim da atividade ou tarefa. 
Podem ser representados de maneira artística ou 
esquemática; porém, devem conter informações essenciais 
para sua análise, como pontos de articulações e elementos 
de ligações do corpo humano. 
 
2. Técnica Fotográfica. 
Similar à Técnica de Desenho, a representação fotográfica 
permite a análise das posturas corporais no desempenho das 
atividades de uso do mobiliário, equipamento ou componente 
da habitação. 
 
 
Ilustração 1. Registro dos movimentos e posturas do corpo. 
Fonte: http://www.per.ualberta.ca/biomechanics/bwwframe.htm 
Projeto e Dimensionamento dos Espaços da Habitação | Espaço de Atividades | Livro II 
 
 
Jorge Boueri | 2009 9 
A fotografia é um recurso gráfico prático e eficiente, pois 
captura o movimento de maneira precisa e permite a 
sobreposição de imagens, revelando a dinâmica do 
movimento como um todo. 
A câmera é posicionada e fixada de maneira a enquadrar 
todo o conjunto nos planos horizontal, frontal e sagital, e as 
posturas são fotografadas uma a uma, compondo uma 
seqüência que registre todo o movimento da tarefa. 
Outro recurso utilizado pela Técnica Fotográfica é a 
instalação, junto ao campo a ser fotografado, de elementos 
referenciais de escala gráfica, permitindo o cálculo 
proporcional das dimensões dos elementos que fazem 
parte do quadro. 
 
3. Técnica de Captura de Movimentos. 
A captura de movimentos possibilita a representação e visualização da postura 
corporal tridimensionalmente. É o registro digital dos movimentos do corpo humano 
por meio de sensores térmicos, magnéticos, acústicos e ópticos. 
A Técnica de Captura de Movimentos permite a visualização dinâmica do movimento 
em todos os ângulos, colaborando na análise da ocupação do espaço pelo corpo 
humano e aprimorando o estudo das posturas corporais no desempenho das 
atividades de uso do mobiliário, equipamento ou componente da habitação. 
 
4ª Etapa: Análise dos Registros das Posturas do Corpo Humano. 
A partir dos registros gráficos, é elaborada uma sobreposição das imagens — nos 
planos horizontal, frontal e sagital —, com o objetivo de determinar quais são os 
pontos máximos do espaço tocados pelo corpo humano no desempenho da 
atividade. 
Com essa sobreposição em três planos, é possível determinar a área que deverá ser 
reservada para o desempenho da atividade, por meio da indicação das posturas e 
medidas do corpo humano relevantes para a determinação do espaço ocupado. 
 
5ª Etapa: Padrão Antropométrico. 
Nesta etapa são indicados quais as medidas do corpo humano e o padrão 
antropométrico que influenciam na definição do Espaço de Atividades. Para 
dimensionamento do volume do espaço, recomenda-se o uso dos valores do Limite 
Superior do sexo masculino; e para a localização de equipamentos no plano vertical, 
recomenda-se utilizar os do Limite Inferior do sexo feminino. 
 
6ª Etapa: Determinação do Espaço de Atividade. 
Analisando-se a área ocupada pelas posturas do corpo humano em suas posições 
extremas e aplicando-se os valores das medidas do corpo definidas pelo Padrão 
Antropométrico, determina-se o espaço necessário para que o usuário desempenhe 
suas atividades ou tarefas. 
Outra recomendação que deve ser considerada pelo projetista é o Padrão de Qualidade de Dimensionamento do Espaço de 
Atividade. Três níveis ergonômicos de qualidade espacial são sugeridos3: 
1. Nível Mínimo | Espaço de Atividade Restrita: Permite que o corpo humano desempenhe as atividades com restrições 
físicas de movimentos, sem prejuízo de segurança. 
2. Nível Recomendado | Espaço de Atividade Irrestrita: Permite que o corpo humano desempenhe as atividades sem 
restrições físicas de movimentos. 
3. Nível Ideal | Espaço de Atividade para Idosos: Permite que o corpo humano desempenhe as atividades sem restrições 
físicas de movimentos e que sejam facilmente desempenhadas tarefas compatíveis com a capacidade física de idosos. 
 
 
Ilustração 2. Registro dos movimentos e posturas do corpo. 
Fonte: Kira. Alexander. op.cit. 
 
Ilustração 4. Sobreposição das 
posturas e movimentos no uso 
de um box. 
Fonte: Kira, Alexander. op.cit. 
 
 
 
 
 
 
Ilustração 3. Registro dos 
movimentos e posturas do corpo. 
Fonte: http://www.per. ualberta. 
ca/biomechanics/bwwframe.htm 
 
Projeto e Dimensionamento dos Espaços da Habitação | Espaço de Atividades | Livro II 
 
 
Jorge Boueri | 2009 10 
Definido o Padrão de Qualidade de Dimensionamento do Espaço de Atividades, suas dimensões podem ser obtidas 
graficamente nos planos vertical e horizontal, ao mesmo tempo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ilustração 4. Delimitação dos Espaço de 
Atividades 
Desenho: Stefano Mega 
 
Ilustração 5. Sobreposição das posturas e movimentos 
no uso de um lavatório. 
Desenho: Stefano Mega 
 Ilustração 6: Espaço de Atividades do 
Lavatório. 
Desenho: Jorge Boueri 
Projeto e Dimensionamento dos Espaços da Habitação | Espaçode Atividades | Livro II 
 
 
Jorge Boueri | 2009 11 
Espaços de Atividades | Dimensões 
 
Nesta etapa são apresentados os dados dimensionais dos Espaços de Atividades da 
Habitação, agrupados segundo as atividades usuais realizadas na habitação 
brasileira. 
Os desenhos indicam as dimensões dos Espaços de Atividades com os três níveis 
ergonômicos de qualidade espacial e estão disponíveis nas vistas superiores e 
laterais. Os desenhos no plano horizontal indicam, basicamente, a amplitude da área 
ocupada, enquanto os desenhos no plano vertical indicam os pontos de alcance das 
instalações. A combinação de ambos representa o volume espacial necessário para 
o desenvolvimento das atividades na habitação. 
As informações descritas permitem um dimensionamento com qualidade para 
qualquer espaço doméstico e tipologia habitacional. 
Os desenhos não registram as dimensões de mobiliário, equipamentos e 
componentes da habitação, nem oferecem exemplos de arranjos dos Espaços de 
Atividades, uma vez que tais assuntos serão objeto do Livro ―Layout dos Ambientes 
da Habitação‖ desta coleção. Ao final deste trabalho, contudo, há uma listagem 
dimensional do mobiliário encontrado na cidade de São Paulo e sua classificação 
pelo tipo de varejo. 
 
 
Projeto e Dimensionamento dos Espaços da Habitação | Espaço de Atividades | Livro II 
 
 
Jorge Boueri | 2009 12 
 
Tabela 1 
Função e Atividades 
 
Função Atividades 
1. Repouso Pessoal Dormir | descanso de casal 
 Dormir | descanso individual/duplo 
 Dormir | descanso de crianças 
 Convalescer 
 Permanência em reservado 
2. Preparo de Refeições Preparação de alimentos 
 Arrumação de louças e utensílios 
 Tratamento de resíduos 
3. Refeições Refeições correntes 
 Refeições formais 
 Estar à mesa 
4. Estar | Lazer Estar passivo 
 Receber visitas 
 Recreio de crianças 
 Diversão de jovens e adultos 
 Lazer em família 
 Eventos sociais em grupo 
 Estar em ambiente externo privado 
 Receber em ambiente externo privado 
 Lazer em ambiente externo privado 
5. Estudo | Trabalho Estudo de jovens 
 Estudo de adultos 
 Trabalho de adultos 
6. Higiene Pessoal Lavagens corporais 
 Funções vitais 
 Cuidados pessoais 
7. Manutenção e Arrumação da Habitação Limpeza geral 
 Arrumação geral 
 Manutenção geral 
 Controle ambiental 
 Vigilância e segurança 
 Tratamento de resíduos domésticos 
 Cuidado de animais domésticos 
 Tratamento de Roupa Lavar roupa 
 Secar roupa 
 Passar roupa 
 Costurar roupa 
 Cuidar de calçados 
8. Circulação e Estacionamento Entrada | Saída 
 Circulação Interior | Exterior 
 Uso do veículo 
 Manutenção do veículo 
Adaptado de: Boueri, Jorge e Pedro, João Branco. As Funções e Atividades na Habitação de São Paulo. Pesquisa CPG FAU USP, 2006. 
Projeto e Dimensionamento dos Espaços da Habitação | Espaço de Atividades | Livro II 
 
 
Jorge Boueri | 2009 13 
Higiene Pessoal | 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Escala 1:50 Unidade: Metro 
 
 
Lavatório Lavatório Pequeno
Lavatório com Bancada Lavatório de Canto
Nível Mínimo Nível Recomendado Nível ÓtimoPadrão de Dimensionamento
Projeto e Dimensionamento dos Espaços da Habitação | Espaço de Atividades | Livro II 
 
 
Jorge Boueri | 2009 14 
Preparo de Refeições | 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Escala 1:50 Unidade: Metro 
 
 
 
Fogão|Forno Baixo Forno Alto
MicroondasLava-Louças
Nível Mínimo Nível Recomendado Nível ÓtimoPadrão de Dimensionamento
Projeto e Dimensionamento dos Espaços da Habitação | Espaço de Atividades | Livro II 
 
 
Jorge Boueri | 2009 15 
Refeições | 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Escala 1:50 Unidade: Metro 
 
 
Mesa Quadrada 2 Lugares Mesa Quadrada 4 Lugares
Mesa de Refeições | Detalhe 1 Mesa de Refeições | Detalhe 2
Nível Mínimo Nível Recomendado Nível ÓtimoPadrão de Dimensionamento
Projeto e Dimensionamento dos Espaços da Habitação | Espaço de Atividades | Livro II 
 
 
Jorge Boueri | 2009 16 
Manutenção | 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Escala 1:50 Unidade: Metro 
 
 
Tanque Tábua de Passar Roupas
Bancada de Trabalho Prateleira Área de Serviço|Alta
Nível Mínimo Nível Recomendado Nível ÓtimoPadrão de Dimensionamento
Projeto e Dimensionamento dos Espaços da Habitação | Espaço de Atividades | Livro II 
 
 
Jorge Boueri | 2009 17 
Manutenção | Limpeza 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Escala 1:50 Unidade: Metro 
 
 
 
Vassoura Vassoura com Balde
Rodo Aspirador
Nível Mínimo Nível Recomendado Nível ÓtimoPadrão de Dimensionamento
Projeto e Dimensionamento dos Espaços da Habitação | Espaço de Atividades | Livro II 
 
 
Jorge Boueri | 2009 18 
Repouso | 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Escala 1:50 Unidade: Metro 
 
 
 
Cama de Casal Redonda
Mancebo
Mesa de Cabeceira
Nível Mínimo Nível Recomendado Nível ÓtimoPadrão de Dimensionamento
Projeto e Dimensionamento dos Espaços da Habitação | Espaço de Atividades | Livro II 
 
 
Jorge Boueri | 2009 19 
Circulação | 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Escala 1:50 Unidade: Metro 
 
 
 
Circulação Entre Poltronas, Sofás, Aparadores e Paredes
Circulação Entre Cadeiras, Aparadores e Paredes
Nível Mínimo Nível Recomendado Nível ÓtimoPadrão de Dimensionamento
Projeto e Dimensionamento dos Espaços da Habitação | Espaço de Atividades | Livro II 
 
 
Jorge Boueri | 2009 20 
Circulação | 3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Escala 1:50 Unidade: Metro 
 
 
Escada | Uso Privativo
Corredor | Uso Privativo
2 pessoas
Corredor | Uso Privativo
Porta
Nível Mínimo Nível Recomendado Nível ÓtimoPadrão de Dimensionamento
Circulação | Cozinha
Projeto e Dimensionamento dos Espaços da Habitação | Espaço de Atividades | Livro II 
 
 
Jorge Boueri | 2009 21 
Circulação | Estacionamento 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Escala 1:50 Unidade: Metro 
 
 
 
Automóveis Bicicleta Carrinho de Bebê
Carrinho de Feira | SupermercadoMotocicleta
Nível Mínimo Nível Recomendado Nível ÓtimoPadrão de Dimensionamento
Projeto e Dimensionamento dos Espaços da Habitação | Espaço de Atividades | Livro II 
 
 
Jorge Boueri | 2009 22 
Estudo e TrabalhoEscala 1:50 Unidade: Metro 
 
 
 
Mesa de Trabalho ou Estudo
Nível Mínimo Nível Recomendado Nível ÓtimoPadrão de Dimensionamento
Mesa Escritório | Computador
Projeto e Dimensionamento dos Espaços da Habitação | Espaço de Atividades | Livro II 
 
 
Jorge Boueri | 2009 23 
Lazer | 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Escala 1:50 Unidade: Metro 
 
 
 
Sofá de 3 Lugares
Poltrona Sofá de 3 Lugares | Sem Braços
Sofá de 2 Lugares
Nível Mínimo Nível Recomendado Nível ÓtimoPadrão de Dimensionamento
Projeto e Dimensionamento dos Espaços da Habitação | Espaço de Atividades | Livro II 
 
 
Jorge Boueri | 2009 24 
Tabela 2 
Resumo | Dimensões de Mobiliário | São Paulo 
Unidade: Metros 
Função | Mobiliário | Equipamento CEF Rede de Varejo 1 Rede de Varejo 2 Rede de Varejo 3 
 Dimensões Maior Menor Maior Menor Maior Menor 
 L P L P L P L P L P L P L P 
Lazer 
Sofá de 3 lugares com braço 1.70 0.70 2.14 1.10 1.75 0.75 2.10 0.94 1.80 0.80 2.49 0.83 1.96 0.92 
Sofá de 2 lugares com braço 1.20 0.70 1.60 1.10 1.45 0.75 1.60 1.10 1.30 0.80 1.79 0.83 1.45 0.92 
Poltrona com braço 0.80 0.70 0.86 0.75 0.82 0.90 0.80 0.76 1.09 0.83 0.80 0.72 
Sofá de 3 lugares sem braço 1.50 0.70 2.25 0.80 1.90 0.90 
Sofá de 2 lugares sem braço 1.00 0.70 1.50 0.80 1.27 1.00 
Poltrona sem braço 0.50 0.70 0.95 0.88 0.52 0.63 
Estante/Armário para TV 0.80 0.50 1.86 0.37 0.90 0.37 1.57 0.48 1.20 0.40 1.76 0.38 1.70 0.53 
Mesinha centro ou cadeira apoio 0.90 0.40 0.40 0.25 0.90 0.65 0.93 0.48 1.10 0.60 0.60 0.40 
Refeição 
Mesa redonda para 4 pessoas 1.00 1.00 0.90 1.00 0.80 1.10 1.00 
Mesa redonda para 6 pessoas 1.20 1.20 1.20 
Mesa quadrada para 4 pessoas 1.00 1.00 1.10 0.83 0.90 0.90 1.10 0.83 0.80 0.80 0.80 0.80 0.75 0.75 
Mesa quadrada para 6 pessoas 1.20 1.20 1.40 1.40 1.50 1.50 1.40 1.40 
Mesa retangular para 4 pessoas 1.20 0.80 1.20 0.82 1.10 0.80 1.40 0.82 1.10 0.72 1.40 0.80 1.20 0.85 
Mesa retangular para 6 pessoas 1.50 0.80 1.60 0.90 1.40 0.90 1.50 0.85 1.37 0.84 1.60 0.75 1.53 0.80 
Preparo de Refeição 
Pia 1.20 0.60 1.20 0.55 1.20 0.50 1.20 0.55 1.20 0.50 1.20 0.55 1.20 0.50 
Fogão 0.60 0.60 0.50 0.55 0.50 0.50 0.50 0.55 0.50 0.50 0.50 0.55 0.50 0.50 
Geladeira 0.70 0.70 0.60 0.70 0.55 0.63 0.60 0.70 0.55 0.63 0.60 0.70 0.55 0.63 
Armário sobre a pia 1.20 0.33 1.20 0.33 1.45 0.33 1.20 0.40 1.20 0.33 
Gabinete 1.20 0.59 1.20 0.59 1.20 0.55 1.20 0.45 1.20 0.60 
Apoio para refeição 2 pessoas 0.90 0.90 0.70 0.55 0.80 0.60 0.70 0.55 1.40 0.30 1.30 0.28 
Repouso Pessoal, Trabalho e Estudo 
Cama de casal 1.40 2.00 2.20 2.45 1.40 1.90 1.40 2.20 1.40 2.00 1.56 2.14 1.47 1.96 
Criado-mudo 0.50 0.50 0.60 0.40 0.36 0.27 0.56 0.45 0.50 0.48 0.51 0.51 0.40 0.40 
Guarda-roupa 1.60 0.55 2.74 0.59 1.82 0.48 2.80 0.62 2.66 0.60 1.80 0.60 1.75 0.67 
Cama de solteiro 0.80 2.00 0.90 1.90 0.90 1.90 1.00 2.00 0.88 1.88 0.90 1.90 0.90 1.90 
Mesa de estudo 0.80 0.60 1.40 0.55 1.12 0.55 1.22 0.60 0.90 0.45 1.40 0.55 1.12 0.55 
 
 
Referência Bibliográfica 
 
1 Drury, Colin; et ali. Task Analysis. in Handbook of Human Factors. New York: John Wiley & Sons, 1987. 
2 Boueri, Jorge. Critérios de Arranjo Físico para Equipamentos e Ambientes Construídos, Apostila. São Paulo, FAU USP, 1999. 
3 Boueri, Jorge. Antropometria Fator de Dimensionamento da Habitação. Tese de Doutorado, 4ª Ed.FAU USP, 1999. 
 
 
Capa João Plácido | Revisão Marcelo Cuzziol 
Diagramação Jorge Boueri | Revisão Desenhos Alexandre Kenchian, Jorge Boueri, Stefano Mega, Valéria Lopes