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08 Ergonomia

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Ergonomia 
APRESENTAÇÃO
Você sabe o que é ergonomia? É um campo do conhecimento que nos permite estudar o corpo 
humano em relação ao espaço necessário para a realização das atividades que caracterizam sua 
existência em sociedade, seus movimentos e suas posições. É uma disciplina que se insere na 
área do conforto ambiental e orienta as primeiras decisões do projeto arquitetônico.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai conhecer mais a fundo o que é ergonomia e avaliar 
sua importância no contexto de uma prática de projeto que visa construir um espaço onde o 
homem possa viver com saúde, conforto e eficiência. Aprender sobre ergonomia é aprender 
sobre as medidas do homem, sobre o corpo, que é o primeiro módulo e o primeiro material 
envolvido na criação da arquitetura.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Definir o que é ergonomia.•
Avaliar a necessidade de adequação nos projetos de arquitetura.•
Reconhecer a importância da ergonomia nos projetos.•
DESAFIO
Projetar reformas e adaptações em cômodos para atender as necessidades de clientes é uma 
atividade típica do profissional de arquitetura.
Agora, você terá uma tarefa dessas. Veja a seguir.
Que tipo de adaptação em medidas e acabamentos você acha que seria necessária?
INFOGRÁFICO
A aplicação dos conhecimentos de ergonomia em projetos de arquitetura está diretamente ligada 
a uma maior sensação de satisfação, segurança e bem-estar do usuário. Isso é atingido por meio 
de levantamentos métricos e estudos acerca da postura e dos movimentos do corpo. O ambiente 
é, assim, adaptado ao ser humano, e não o contrário.
A utilização das normas e dados de ergonomia irá determinar, nos projetos de arquitetura, 
relações de medidas e proporções dentro do espaço construído. Esse estudo não se limita a 
fatores físicos, mas utiliza-se também das características socioculturais e psicológicas dos 
usuários.
A ergonomia no projeto arquitetônico: a importância dos dados de ergonomia e sua aplicação 
em uma dinâmica de planejamento e desenho do espaço. 
Veja no Infográfico tópicos de um modelo típico de abordagem projetual ergonômica.
CONTEÚDO DO LIVRO
A ergonomia é um campo do conhecimento que se insere nas dinâmicas do projeto arquitetônico 
no contexto do estudo dos parâmetros de conforto. A adaptação do ambiente projetado às 
necessidades físicas específicas do ser humano envolve, além da ergonomia, o conforto 
térmico, a iluminação (natural e artificial) e a acústica.
No capítulo Ergonomia do livro Introdução ao projeto arquitetônico, base teórica desta Unidade 
de Aprendizagem, você vai aprender sobre os principais conceitos e aplicações de mais um 
estágio fundamental do lançamento de projetos arquitetônicos: a análise de dados da ergonomia.
Boa leitura.
INTRODUÇÃO 
AO PROJETO 
ARQUITETÔNICO
Tiago Giora
 
Ergonomia
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Definir ergonomia.
  Avaliar a necessidade de adequação nos projetos de arquitetura.
  Reconhecer a importância da ergonomia nos projetos.
Introdução
Vários fatores ergonômicos influenciam a criação do mobiliário e das 
edificações. Por meio do estudo da antropometria, análise das tarefas e 
dos fatores culturais e sociais referentes ao uso e à acessibilidade universal, 
buscamos criar objetos e espaços melhor adaptados ao ser humano, de 
modo a facilitar sua interação com o mundo.
Neste capítulo, você vai estudar uma etapa do projeto que se preo-
cupa com as medidas humanas, define espaços de acordo com padrões 
de proporções harmoniosas, levando em consideração as articulações e 
os movimentos do corpo humano, assim como padrões antropométricos, 
fatores étnicos e culturais que influenciam a criação arquitetônica, a 
construção e os usos.
O que é ergonomia?
A ergonomia é um campo do conhecimento inserido nas dinâmicas do projeto 
arquitetônico que estuda os parâmetros de conforto. A adaptação do ambiente 
projetado de acordo com necessidades físicas específi cas do ser humano 
envolve, além da ergonomia, o conforto térmico, a iluminação (natural e 
artifi cial) e a acústica.
A estuda o relacionamento entre o homem e seu trabalho, equipamentos e 
ambiente. Seu objetivo é promover sensações de segurança, conforto, saúde 
e bem-estar no indivíduo durante a realização de suas atividades de trabalho 
e em seu relacionamento com sistemas produtivos.
A antropometria – palavra de origem grega em que o termo antropo (ou án-
thropos) traduz-se como homem, e o termo metro (ou métron), como medida – 
também está relacionada ao tema estudado. Assim, o estudo e a aplicação 
de padrões antropométricos visa assegurar medições precisas do corpo hu-
mano, de forma a descrever de maneira realista as características do grupo 
ou indivíduo para quem se está projetando determinado produto. Na Figura 1,
 confira um exemplo de adaptação das medidas do mobiliário às dimensões 
e aos movimentos do corpo.
Tudo o que o homem cria é destinado ao seu uso pessoal. As dimensões do 
que fabrica devem, por isso, estar intimamente relacionadas com as do seu 
corpo. Assim, escolheram-se durante muito tempo os membros do corpo 
humano para unidades de medida. (...) Devem conhecer o tamanho dos obje-
tos que o homem usa, para poder determinar as dimensões convenientes dos 
móveis ou das peças destinadas a contê-los. Devem conhecer o espaço que 
o homem necessita entre os vários móveis para trabalhar com comodidade e 
sem espaços desperdiçados. (...) Além disto, o homem não é apenas um corpo 
vivo que ocupa e utiliza um espaço; a parte afetiva não tem menos importân-
cia. Seja qual for o critério ao dimensionar, pintar, iluminar ou mobiliar um 
local, é fundamental considerar a “emoção” que ele cria em quem o ocupa 
(NEUFERT, 2013, p. 18).
Figura 1. Exemplo de adaptação das medidas do mobiliário às dimensões e aos movi-
mentos do corpo.
Fonte: adaptada de Alystin/Shutterstock.com.
Ergonomia2
Estudo das proporções
Olhando para a história da nossa civilização, podemos observar que, desde suas 
origens na Grécia antiga, relações de proporcionalidade e medidas harmoniosas 
sempre incitaram associações profundas, de cunho simbólico, fi losófi co ou 
religioso, que determinavam as formas projetadas como elementos de ligação 
entre o homem e o mundo, com noções de perfeição divina e com o mundo 
ideal das ideias. Essas proporções foram estudadas e codifi cadas em forma 
de equações que expressam a vontade de compreender as leis de criação do 
mundo e de aproximar a obra humana dos planos mais elevados da existência. 
São exemplos dessas razões métricas idealizadas a proporção áurea, a lei de 
Fibonacci, a regra dos terços, além dos princípios de organização espacial 
por meio de eixos, simetria, permutações de quadrados, circunferências e 
triângulos. 
A proporção áurea, encontrada na natureza e no corpo humano, foi re-
presentada geometricamente pelo escultor grego Fídias no século V a.C., e é 
representada pela letra grega ɸ (phi, usada para substituir o número zero e para 
representar o diâmetro). Matematicamente, trata-se de um número irracional 
(sem repetição, sem fim) (Figura 2): 
a ÷ b = 1,618… b ÷ a = 0,618… 
A sequência em que a soma dos termos adjacentes equivale ao termo 
seguinte é chamada de sequência de Fibonacci. Assim, podemos representá-
-la da seguinte forma: 1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, 34, 55, 89, 144, 233, 377, 521... 
Outra propriedade torna essa progressão divina, pois o quociente entre o 
sucessor e o antecessor se aproxima, gradativamente, do número de ouro. 
Assim, podemos concluir que, com essa sequência, poderíamos formar um 
retângulo áureo.
A sequência de Fibonacci é encontrada nas formas da natureza, e sua 
conexão com o retângulo áureo teria sido interpretada como um sinal da 
harmonia divina expressa nessas relações de proporção que, por esse mo-
tivo, foram amplamente empregadas na arte e na arquitetura (ALONSOPEREIRA, 2010). 
3Ergonomia
Figura 2. Seção áurea e sua lei de geração.
Fonte: chuhastock/Shutterstock.com.
Estudos teóricos, como as leis da Gestalt e a semiótica, determinam que a regularidade, 
o equilíbrio das proporções e as referências com a geometria plana estabelecem formas 
naturalmente agradáveis aos olhos humanos. Essas teorias, criadas na era moderna, 
eliminam a conotação religiosa, mas seguem dando extrema importância ao estudo 
de proporções no contexto de projetos de arquitetura, arte ou design. Estudos teóricos, 
como as leis da Gestalt e a semiótica, determinam que a regularidade, o equilíbrio das 
proporções e as referências com a geometria plana estabelecem formas naturalmente 
agradáveis aos olhos humanos. Essas teorias, criadas na era moderna, eliminam a 
conotação religiosa, mas seguem dando extrema importância ao estudo de proporções 
no contexto de projetos de arquitetura, arte ou design.
Ergonomia4
A necessidade de adequação nos 
projetos de arquitetura
A execução de um projeto de arquitetura passa, geralmente, pela defi nição de 
um programa de necessidades. Para isso, é preciso elencar todas as tarefas 
a serem realizadas no espaço a ser projetado. O passo seguinte é fazer a 
análise de tarefas, a fi m de estabelecer o espaço necessário para cada uma 
das atividades listadas no programa. Finalmente, cabe ao arquiteto defi nir o 
mobiliário adequado às tarefas e verifi car as interferências entre as áreas de 
circulação e de realização. Para todas essas defi nições, o dado mais importante 
que precisa ser coletado diz respeito às medidas do corpo e aos movimentos 
previstos do público usuário do espaço ou do mobiliário projetado. Essas 
medidas são obtidas estatisticamente, e seus parâmetros de coleta e aplicação 
têm mudado ao longo dos anos.
Até a década de 1940, as medidas antropométricas visavam determinar 
apenas algumas grandezas médias da população, como pesos e estaturas. 
Hoje, o interesse maior se concentra no estudo das diferenças entre grupos 
e na influência de certas variáveis como etnias, alimentação e saúde. Com 
o aumento do volume do comércio internacional, estudiosos já pensam em 
estabelecer padrões mundiais de medidas antropométricas para a produção 
de produtos universais, adaptáveis a usuários de diversas etnias, e aqui temos 
um problema: produtos exportados para outros países sem considerar as 
necessidades de adaptação aos usuários. 
As antigas máquinas e locomotivas exportadas para a Índia pelos ingleses não se 
adaptavam aos operadores indianos. Durante a guerra do Vietnã, os soldados vietna-
mitas, com altura média de 160,5 cm, tinham muita dificuldade em operar as máquinas 
bélicas fornecidas pelos norte-americanos, projetadas para a altura média de 174,5 cm.
Na área da arquitetura, essas diferenças podem acarretar sérios problemas de dimen-
sionamento, com consequências que vão desde o desconforto físico dos usuários até a 
inviabilização do projeto. Por isso, o universo da população atendida em cada projeto 
deve ser definido considerando as diferenças métricas entre etnias, nacionalidades e 
sexos, informações que, em grande parte, já se encontram catalogadas e compõem 
as normas de ergonomia presentes na legislação.
5Ergonomia
Medidas humanas
Inicialmente, pode parecer ao estudante de arquitetura que o melhor caminho 
seria tomar as medidas exatas dos clientes para os quais se está projetando e, 
então, dimensionar o espaço especifi camente para esse público, mas essa não 
é a solução mais prática, pois certo grau de padronização se faz necessário de 
projeto para projeto, e a customização total do espaço e do mobiliário elevaria 
muito os custos da construção. Tampouco seria efi caz tomar como referência 
dimensional padrões médios, pois podem não atender ao perfi l dos usuários 
para os quais o projeto será concebido. Assim, não é recomendado utilizar 
o homem médio como padrão dimensional, pois ele atende apenas à metade 
da população.
Assim, a recomendação atual é utilizar dados antropométricos para projetar 
com base em percentis extremos. No projeto de arquitetura e urbanismo, 
exclui-se os cinco percentis menores e os cinco percentis maiores, resultando 
em 90 percentis que serão contemplados no projeto. Dessa maneira, garante-
-se que o projeto atenda a um grande espectro de população, e aponta para 
a adaptabilidade universal. Além disso, é necessário considerar o tipo de 
atividade para a qual o projeto se destina.
Os conceitos de alcance e passagem são instrumentais na definição dos 
percentis que devem ser utilizados. Por exemplo, se estamos projetando uma 
prateleira aérea, devemos considerar os percentis mais baixos, referentes à 
estatura dos usuários dentro do universo considerado, determinando que, 
quando os mais baixos alcançarem, os mais altos também conseguirão. Já 
para calcular um vão de passagem, as medidas limites são as maiores da 
curva – onde os maiores passarem, também passam os menores (LIDA, 
2005).
Confira as proporções humanas e os modelos de posições e proporções 
humanas nas Figuras 3 e 4.
Ergonomia66
Figura 3. Proporções humanas.
Fonte: Curso de desenho dinâmico (c2018, documento on-line).
Figura 4. Modelos de posições e proporções humanas – Modulor – Le Corbusier.
Fonte: Le Corbusier (c2018, documento on-line).
7Ergonomia 7
Segurança no trabalho
A Norma Regulamentadora nº 17 tem como objetivo estabelecer os parâmetros que 
permitem a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas 
dos trabalhadores, de modo a proporcionar máximo conforto, segurança e desempe-
nho. O subitem 17.1.2 da Norma Regulamentadora nº 17 estabelece o seguinte: para 
avaliar a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos 
trabalhadores, cabe ao empregador realizar a análise ergonômica do trabalho, ou 
AET, devendo abordar, no mínimo, as condições de trabalho, conforme especifica a 
norma regulamentadora nº 17. 
A NR-17 é de grande importância, já que muitas doenças de trabalho são desenvol-
vidas a partir da exposição ao risco ergonômico, por exemplo: trabalhos realizados 
em pé durante toda a jornada; esforços repetitivos (LER); levantamentos de cargas; 
monotonia. O desconforto no trabalho, que está relacionado à saúde do trabalhador, 
pode gerar também baixa produtividade para as empresas. Portanto, ao final das 
contas, o não cumprimento dessa norma não é vantajoso em nenhuma circunstância.
Fonte: Instituto Brasileiro de Educação Profissional (2017).
A ergonomia nos projetos 
O estudo e aplicação dos princípios da ergonomia busca propor relações e 
condições de ação e de mobilidade, além de defi nir proporções e estabelecer 
dimensões em condições específi cas, em ambientes naturais e construídos. 
Para isso, levantamentos métricos e análises de comportamento humano são 
tomados como base. As atividades humanas para as quais o projeto arquite-
tônico cria condições devem ser previstas e decompostas em movimentos, 
e esses movimentos são analisados em termos de sua amplitude, duração e 
posição do corpo.
O corpo humano ocupa lugar no espaço, e existem áreas de maior eficiência 
para a realização de atividades cotidianas. Assim, é importante que o ato de 
projetar leve em consideração os seguintes aspectos (PANERO E ZELNIK, 
2002):
Ergonomia8
  Áreas de maior acuidade visual e de alcance: são as áreas preferenciais 
para concentração e foco. Primeira escolha do arquiteto ao determinar 
um desenho de layout.
  Espaços de atividades máximos e mínimos: são definidos pela so-
breposição de atividades em uma área restrita do projeto. O objetivo do 
arquiteto é fazer um aproveitamento eficiente dos espaços máximos, 
reduzindo, ao mesmo tempo, a ocorrência de áreas residuais.
  Interferências entre áreas de circulação e de realização de tarefas: 
muitas vezes, as dimensões do espaço exigem que ocorram sobreposi-
ções entre áreas de passagem e o espaço de execução de uma atividade 
específica. É atribuição do arquiteto garantir queessas sobreposições 
não diminuam a eficiência dos movimentos do usuário.
Dessa maneira, a ergonomia se configura como um estudo das ações 
e influências mútuas entre o ser humano (receptor) e o espaço (fonte de 
estímulos), por meio de interfaces recíprocas. O espaço arquitetônico 
bem projetado será capaz de organizar as ações do indivíduo, mantendo 
distâncias mínimas e máximas compatíveis com os limites corporais da 
pessoa, permitindo que a vida discorra sem obstáculos, promovendo efi-
ciência e conforto.
A sensação de conforto é estabelecida segundo a percepção individual de 
qualidades, influenciada por valores de conveniência, adequação, expressivi-
dade, comodidade e prazer. Então, conclui-se que o conforto e, por extensão, 
a ergonomia são áreas do conhecimento que combinam fatores técnicos ou 
estatísticos, como as medidas e os padrões corporais, com fatores humanos 
muito mais variáveis e dependentes de contextos específicos. Contribuem 
para os objetivos da ergonomia na arquitetura fatores psicológicos, socio-
culturais, ambientais e físicos, entre os quais podemos citar: a consciência 
interna, as relações interpessoais, as experiências externas, as posturas e os 
movimentos. As Figuras 5 e 6 proporcionam uma comparação de exemplos 
de interiores em que foram aplicadas as mesmas variáveis de intensidade 
de luz, variação e combinação de materiais de formas diferentes, causando 
sensações contrastantes.
9Ergonomia
Figura 5. Percepção e conforto – qualidades do espaço projetado em termos 
de luz, dimensões e materiais.
Fonte: Donadussi (2016).
Figura 6. Exemplo de interior em que as mesmas variáveis de intensidade de 
luz, variação e combinação de materiais não foi bem equacionada no projeto, 
produzindo sensação de desconforto.
Fonte: Top 10 interior design mistakes (2018).
Ergonomia10
No ensaio crítico Corporeal experience in the architecture of Tadao Ando, 
de Kenneth Frampton, o arquiteto é apresentado como um criador de espa-
cialidades ao nível do corpo. Frampton (2002) menciona um significado para 
a arquitetura, em preparação para um discurso, que nos trará não somente o 
indivíduo em sua concretude corporal e profundidade psicológica, mas também 
buscará os elementos da construção de uma paisagem total, que podemos 
associar com as ideias da Gestalt na percepção da arquitetura. A passagem 
introduz um eixo importante da pesquisa: como trazer o corpo para o núcleo 
significativo da arquitetura, estudando sua interação com a matéria e as formas 
do espaço? A seguir, um trecho do ensaio no qual Frampton analisa a tentativa 
de fusão entre corpo e arquitetura empreendida por Ando em sua definição 
e aplicação do conceito de shintai.
Exceto pela catalítica presença de suas formas primárias concretas, Ando está 
particularmente interessado no sujeito da experiência a quem ele caracteriza 
com o termo shintai, a palavra japonesa para corpo. Este aparentemente 
intraduzível conceito que parece ser mais vivo em suas conotações que seu 
equivalente em português, adquire um significado particularmente intenso 
na visão do arquiteto visto que esta alude ao reflexo receptivo\reativo que 
a edificação induz no sujeito. Assim, em seu ensaio “Shintai e espaço” de 
1988, ele escreveu:
Quando eu percebo o concreto como algo frio e duro, eu reconheço o corpo 
como algo quente e macio. Desta maneira o corpo, em sua relação dinâmica 
com o mundo, se torna o shintai. Neste sentido é apenas o shintai que constrói 
ou entende arquitetura. O shintai é um ser sensível que responde ao mundo. 
Quando alguém se coloca em um lugar que está ainda vazio, ele pode algu-
mas vezes ouvir a terra expressar a necessidade de um prédio. A velha ideia 
antropomórfica do genius loci foi o reconhecimento deste fenômeno. 
A via de mão dupla pela qual o corpo é afetado e que corresponde à arquitetura 
é observável na maneira como o arquiteto trabalha os materiais e as alternâncias 
entre espaços de permanência e de trânsito. O uso do concreto e da madeira 
crua, assim como a incorporação de outros elementos naturais, como o vento e 
a água, são pensados de modo a interagir com todos os sentidos, não somente 
a visão. Os sons produzidos ao longo do tempo e da passagem das estações, a 
luz filtrada e refletida correspondendo a diferentes horas do dia, as texturas, 
os movimentos e até mesmo os odores entram no projeto e no dia a dia dos 
lugares, descritos por Ando em tom de poesia aplicada à uma concepção quase 
ritualística do fazer arquitetônico (FRAMPTON, 2002, p. 305).
11Ergonomia
Assista ao vídeo disponível no link e no código a seguir 
e reflita sobre a aplicação da norma técnica NR-17 nos 
projetos de arquitetura e engenharia, bem como em 
nossos espaços de vida. Em sua opinião, o que falta para 
garantir ambientes mais saudáveis em nossas cidades e 
em nossos interiores públicos e privados?
https://youtu.be/mhx6usoTgcs
Ergonomia e acessibilidade
A ergonomia também deve considerar os estudos da antropometria infantil, dos 
idosos e dos defi cientes físicos no dimensionamento dos projetos dos edifícios 
e da cidade, tendo em vista as atividades desenvolvidas em cada âmbito.
Em relação às crianças, devemos estar atentos à inexistência de padrões 
ergonômicos que definam cronologicamente, com precisão, a distinção entre 
crianças e adolescentes, tendo em vista a dificuldade em definir a linha que 
determina essa divisão. Para a psicologia, a população infantil vai do nas-
cimento aos 11 anos, os pré-adolescentes, dos 11 aos 15, e os adolescentes, 
dos 15 aos 18 anos. O Estatuto da Criança e do Adolescente, em seu artigo 
2, define: “considera-se criança, para efeito desta lei, a pessoa até 12 anos de 
idade incompletos, e adolescente aquela entre 12 e 18 anos de idade”.
O espaço projetado sem considerar os aspectos ergonômicos da criança 
pode transmitir sensações negativas, além de gerar riscos. Quando em fase 
de crescimento, a criança é propensa a acidentes. Portanto, o projeto correto é 
importante porque garante maior rendimento das atividades envolvidas, além 
de facilitar aspectos relacionados com o crescimento da criança e evitar vícios 
de postura. Funções sensoriais, corporais e mentais devem ser trabalhadas no 
espaço. A aplicação de dados antropométricos deve estabelecer exigências, 
como:
  mobiliário de acordo com a escala da criança;
  utensílios, brinquedos e objetos de uso;
  equipamentos de banheiro de acordo com a escala da criança;
  portas de vidro amplas para jardins privativos;
Ergonomia12
  janelas;
  rampas;
  quinas vivas;
  instalações elétricas, hidráulicas e prevenções de incêndios.
Pontos importantes para escolas e espaços públicos destinados a crianças:
  corrimão;
  arquibancadas;
  minianfiteatro;
  portas;
  altura da mesa criança em pé;
  altura da mesa criança sentada;
  largura da mesa de trabalho para criança sentada;
  largura dos assentos;
  lavatórios e bebedouros coletivos;
  banheiros (altura da pia, box, chuveiro).
Em contrapartida, no que se refere à população idosa, devemos atentar 
para outros elementos de projeto, como:
  Não utilizar tapetes no chão, principalmente os pequenos; caso sejam 
necessários, os tapetes devem ser fixados ao chão.
  O piso deve ser antiderrapante, principalmente no banheiro e no boxe.
  Os degraus devem ser substituídos por rampas de inclinação leve.
  As tomadas devem estar na mesma altura dos interruptores, a fim de 
evitar que o idoso tenha que se abaixar muito para alcançá-las.
  Os móveis devem ser seguros para utilização, sem riscos de provocar 
acidentes, como o sofá com braços largos, por exemplo, para facilitar 
o sentar e o levantar.
  A altura dos assentos deve estar entre 42 cm e 46 cm, e devem ser 
revestidos com material impermeável.
  As prateleiras devem estar em uma altura de fácil acesso, para evitar 
que o idoso tenha que se esticar ou se abaixar para pegar algo.
  A altura da cama deve estar entre 50 cm e 55 cm.
  Manter junto à cabeceira da cama sempre umcopo, para acondicionar 
água fresca, e uma sineta (campainha), para uso do idoso em eventual 
emergência.
13Ergonomia
  Barras de apoio devem ser instaladas no banheiro, tanto perto do vaso 
sanitário como no boxe, pois são fundamentais para evitar quedas.
  A porta do banheiro deve ter uma fechadura que possua o sistema de 
abertura por dentro e por fora.
  Ao lado da cama, deve ser instalado um interruptor ao alcance do idoso, 
para que ele possa utilizá-lo sem ter que se levantar no escuro.
  A porta do quarto deve estar sempre sem chaves.
  É expressamente vetado o uso de beliches e de cama de armar, bem 
como a instalação de divisórias improvisadas.
No cálculo de espaços de passagem, o projetista deve levar em conta a largura do 
corpo, uma dimensão estática. Já na criação de utensílios ou itens de mobiliário, deve 
ser considerado o movimento em toda a sua amplitude, que se soma às medidas 
padronizadas e acrescenta em complexidade. É nesse momento que a ergonomia 
se torna uma disciplina menos técnica, podendo se aproximar de um estudo de 
comportamentos e tradições humanas, com fatores que variam bastante de acordo 
com o contexto espaço-temporal em que o projeto se insere.
1. O que é ergonomia?
a) O estudo das medidas humanas 
aplicadas ao desenho de móveis.
b) O ato de estudar e definir 
medidas de espaços e objetos.
c) A atividade do profissional 
que mede os espaços 
antes do projeto.
d) O mesmo que antropometria.
e) O estudo dos movimentos e 
das medidas humanas com o 
objetivo de servir ao projeto.
2. Que alternativa contém apenas 
tipos de projeto que aplicam 
padrões ergonômicos?
a) Projetos de 
mobiliário, design gráfico 
e edificações.
b) Arquitetura de interiores, 
desenho industrial e 
instalações hidrossanitárias.
c) Desenho urbano, projeto 
elétrico e design de moda.
d) Desenho industrial, 
arquitetura e web design.
Ergonomia14
e) Mobiliário, interiores, desenho 
urbano e desenho industrial.
3. Em que estágio do projeto se 
insere a análise da ergonomia?
a) Depois de concluídas 
as fundações.
b) Juntamente com as definições 
de estrutura e materialidade.
c) No momento da criação da 
forma e da volumetria.
d) No princípio, tomando suas 
definições como referências 
para os próximos estágios.
e) No momento da confecção 
das pranchas.
4. Que parâmetros de referência 
você usaria para adequar 
ergonomicamente um 
dormitório para idosos?
a) A beleza dos acabamentos, 
o gosto do cliente e a 
harmonização com o 
ambiente da casa.
b) As medidas que o 
cliente solicitou.
c) As normas de ergonomia e 
a legislação vigente, além 
das adaptações necessárias 
nas alturas e nos materiais.
d) Medidas dos móveis que o 
cliente quer reaproveitar.
e) Minha criatividade e 
estilo arquitetônico.
5. De que maneira é feito o cálculo 
que define a população atendida 
pelo projeto em termos de “medidas 
corporais máximas e mínimas” 
que utilizarão com conforto o 
espaço ou objeto construído?
a) Com medidas estatísticas 
atualizadas e locais abrangendo 
percentis de 5% até 95%.
b) Com a média da 
população mundial.
c) Com as medidas específicas 
de cada cliente.
d) Com a recomendação 
dos marceneiros.
e) Com dados coletados em 
entrevista com o cliente.
ALONSO PEREIRA, J. R. Introdução à história da arquitetura: das origens ao século XXI. 
Porto Alegre: Bookman, 2010. 
Curso de desenho dinâmico [Internet]. c2018. Disponível em: <http://cursodesenho-
dinamico.blogspot.com.br/p/blog-page_28.html?m=0>. Acesso em: 25 abr. 2018. 
DONADUSSI, M. Cores e estampas em um apartamento vibrante. 2016. Disponível 
em: <https://casavogue.globo.com/Interiores/apartamentos/noticia/2015/11/clima-
-despojado-em-apartamento-clean.html>. Acesso em: 25 abr. 2018.
FRAMPTON, K. Corporeal experience in the architecture of Tadao Ando. In: DODDS, 
G.; TAVERNOR, R. (Eds.). Body and building: essays on the changing relation of body 
and architecture. Cambridge, MA: MIT Press, 2002. Disponível em: <http://www.
15Ergonomia
worldcat.org/title/body-and-building-essays-on-the-changing-relation-of-body-
-and-architecture/oclc/46462907/viewport>. Acesso em: 25 abr. 2018. 
LE CORBUSIER. Modulor [Internet]. c2018. Disponível em: <https://www.pinterest.es/
pin/537758011741446483/>. Acesso em: 26 abr. 2018.
LIDA, I. Ergonomia: projeto e produção. 2. ed. rev. e amp. São Paulo: Edgard Blucher, 
2005. Disponível em: <https://issuu.com/editorablucher/docs/issuu_ergonomia_
isbn9788521203544>. Acesso em: 25 abr. 2018.
NEUFERT, E. Arte de projetar em arquitetura. 18. ed. São Paulo: Gustavo Gili, 2013.
PANERO, J.; ZELNIK, M. Dimensionamento humano para espaços interiores. Barcelona: 
Gustavo Gili, 2002.
TOP 10 interior design mistakes. Disponível em: <http://www.decorgirl.net/top-10-
-interior-design-mistakes/>. Acesso em: 25 abr. 2018.
Leituras recomendadas
BRASIL. Ministério do Trabalho. Manual de aplicação da Norma Regulamentadora 
n. 17. Brasília: MTE/SIT, 2002. Disponível em: <http://www.ergonomia.ufpr.br/MA-
NUAL_NR_17.pdf>. Acesso em: 26 abr. 2018.
BUXTON, P. Manual do arquiteto: planejamento, dimensionamento e projeto. 5. ed. 
Porto Alegre: Bookman, 2017.
COUTINHO, E. O espaço da arquitetura. São Paulo: Perspectiva, 1977.
INSTITUTO BRASILEIRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL. Ergonomia (NR-17): o que é e 
para que serve? 2017. Disponível em: <http://blog.inbep.com.br/saiba-mais-sobre-
-a-nr-17-ergonomia/>. Acesso em: 26 abr. 2018.
Ergonomia16
Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para 
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual 
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.
Conteúdo:
DICA DO PROFESSOR
A ergonomia é a ciência que estuda a interação do homem com o seu ambiente de trabalho, de 
trânsito ou de lazer. Seu emprego visa otimizar o desempenho das atividades realizadas, 
condicionar relações, proporcionar conforto e melhorar a qualidade de vida.
Veja na Dica do Professor algumas informações sobre antecedentes históricos importantes da 
disciplina que hoje é chamada de ergonomia.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
 
EXERCÍCIOS
1) Qual das alternativas abaixo, em sua opinião, define de forma mais completa o que é 
ergonomia? 
A) O estudo das medidas humanas aplicadas ao desenho de móveis.
B) O ato de estudar e definir medidas de espaços e objetos.
C) A atividade do profissional que mede os espaços antes do projeto.
D) O mesmo que antropometria.
E) O estudo dos movimentos e medidas humanas com objetivo de servir ao projeto.
2) Que alternativa contém APENAS tipos de projeto que aplicam padrões ergonômicos? 
A) Projetos de mobiliário, design gráfico e edificações.
B) Arquitetura de interiores, desenho industrial e instalações hidrossanitárias.
C) Desenho urbano, projeto elétrico e design de moda.
D) Desenho industrial, arquitetura e web design.
E) Mobiliário, interiores, desenho urbano e desenho industrial.
3) Em que estágio do projeto se insere a análise da ergonomia?
A) Depois de concluídas as fundações.
B) Juntamente com as definições de estrutura e materialidade.
C) No momento da criação da forma e da volumetria.
D) No princípio, tomando suas definições como referências para os próximos estágios.
E) No momento da confecção das pranchas.
4) Quais seriam os primeiros parâmetros de referência que você usaria para adequar 
ergonomicamente um dormitório para idosos? 
A) A beleza dos acabamentos, o gosto do cliente e a harmonização com o ambiente da casa.
B) As medidas que o cliente solicitou. 
C) As normas de ergonomia e a legislação vigente, além das adaptações necessárias nas 
alturas e nos materiais.
D) Medidas dos móveis que o cliente quer reaproveitar.
E) Minha criatividade e estilo arquitetônico.
5) De que maneira é feito atualmente o cálculo que define o universo da população 
atendida pelo projeto em termos de "medidas corporais máximas e mínimas" que 
utilizarão com conforto o espaço ou objeto construído?
A) Com medidas estatísticas atualizadas e locaisabrangendo percentis desde o 5% até o 95%.
B) Com a média da população mundial.
C) Com as medidas específicas de cada cliente.
D) Com a recomendação dos marceneiros.
E) Com dados coletados em entrevista com o cliente.
NA PRÁTICA
Estação de trabalho: ao estudar as possibilidades de formas e medidas para desenhar uma mesa 
de escritório, o arquiteto se depara com uma série de variáveis que devem ser consideradas: 
altura do assento e braços da cadeira, profundidade e inclinação do encosto, material do piso e 
pés da cadeira, peso da cadeira; distância do computador até a borda da mesa, altura do monitor, 
posição relativa à fonte de luz (para evitar reflexos), posição do teclado e mouse; material do 
tampo, espessura do tampo, espaço para movimentação das pernas.
Como é possível observar, os desenhos de projeto e os dimensionamentos de interiores precisam 
ser muito bem detalhados e abordar o tipo de uso de forma minuciosa.
Veja Na Prática alguns detalhes que devem ser contemplados.
SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do 
professor:
Fundamentos para projetar espaços públicos confortáveis
Neste site de arquitetura, você encontra diversas matérias interessantes, uma delas é esta, sobre 
como projetar espaços públicos confortáveis.
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NR 17 - Treinamento de ergonomia
Este vídeo aborda as questões de ergonomia que a NR 17 traz.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
The Human Scale Official Trailer 1 (2013) - Documentary HD
Np trailer deste documentário recorre-se a uma nova tendência no design urbano ocidental: 
apostar em cidades focadas em favorecer relacionamentos e atender as necessidades atuais das 
pessoas.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!

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