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UNESP Métodos de Melhoramento Animal Profª Dr. Lúcia Galvão de Albuquerque 1 Genética de Populações: freqüências gênicas e genotípicas, Teorema de Hardy-Weinberg. 1 - Introdução Do ponto de vista genético, uma população é um grupo de indivíduos de mesma espécie que se interacasalam e que por isto apresentam propriedades numa dimensão de espaço e tempo, denominada por Wright de “população mendeliana”. A genética de populações estuda as conseqüências estatísticas das Leis de Mendel em um grupo de indivíduos, estuda o fenômeno hereditário a nível populacional. Pode ainda ser definida como um ramo da genética que trata das freqüências alélicas e genotípicas nas populações e as forças capazes de alterar estas freqüências ao longo das gerações e, conseqüentemente, busca interpretar os fenômenos evolutivos. A genética de populações nasceu por volta de 1903 com a publicação por Castle, de um artigo em que se desenvolvia um princípio simples, que relacionava, em uma população ideal constituída por indivíduos com reprodução sexuada que se acasalavam ao acaso, as freqüências alélicas e genotípicas. Este princípio foi redescoberto por volta de 1908 de forma independente por Hardy e Weinberg e ficou conhecido como Teorema ou Lei de Hardy-Weinberg. 2 - Conceitos fundamentais 2.1 - População Mendeliana Grupo de indivíduos da mesma espécie que se interacasalam e que por isso apresentam propriedades numa dimensão de espaço (devido ao interacasalamento) e de tempo (devido aos elos de reprodução). CAPÍTULO 1 UNESP Métodos de Melhoramento Animal Profª Dr. Lúcia Galvão de Albuquerque 2 2.2 - Freqüências gênicas e genotípicas Para descrever a constituição genética de um grupo de indivíduos, é necessário especificar os seus genótipos e descrever em que freqüência cada genótipo ocorre na população. Os genes encontrados em populações têm continuidade de geração a geração, o que não acontece com os genótipos nos quais eles aparecem. A constituição genética da população, com relação aos alelos que ela transporta, é descrita pelas freqüências alélicas ou gênicas. A descrição da constituição genética de uma população conduz ao estudo das freqüências relativas dos indivíduos com determinados genótipos. Considerando uma situação simplificada de uma população de organismos diplóides, um locus autossômico com 2 alelos (A1 e A2), são possíveis três genótipos: A1A1, A1A2 e A2A2, com a seguinte distribuição: Genótipos Nº de individuos Nº de alelos A1A1 D 2D A1A2 H 2H A2A2 R 2R Total N 2N A freqüência genotípica é expressa como a proporção relativa de cada genótipo, ou seja: N D dAAf )( 11 N H hAAf )( 21 N R rAAf )( 22 [1A] [1B] [1C] Desta forma, d + h + r = 1. Esta população pode ser caracterizada pelas freqüências relativas dos alelos A1 e A2 , ou seja: UNESP Métodos de Melhoramento Animal Profª Dr. Lúcia Galvão de Albuquerque 3 hd N HD pAf 2 1 2 2 )( 1 hr N HR qAf 2 1 2 2 )( 1 [2A] [2B] de forma que, p + q = 1. Exemplo 1: considerando a seguinte população diplóide, encontre as freqüências gênicas e genotípicas. Genótipos Nº de individuos A1A1 880 A1A2 608 A2A2 112 Total 1600 a) obtenção das freqüências genotípicas: 55,0 1600 880 )( 11 AAf 38,0 1600 608 )( 21 AAf 07,0 1600 112 )( 11 AAf b) obtenção das freqüências alélicas ou gênicas: 74,0 1600 )608* 2 1(880 )( 1 Af 26,0 1600 )608* 2 1(112 )( 2 Af 2.3 - Acasalamento ao acaso Em muitos organismos na natureza, animais e plantas, o tipo mais comum de reprodução é aquele onde os acasalamentos são ao acaso. Neste sistema, cada indivíduo de um dos sexos tem igual probabilidade de se acasalar com qualquer indivíduo do sexo UNESP Métodos de Melhoramento Animal Profª Dr. Lúcia Galvão de Albuquerque 4 oposto. Em outras palavras, a freqüência de um determinado tipo de acasalamento é ditada pelo acaso. O conceito de acasalamento ao acaso deve sempre estar relacionado a uma característica específica. Para algumas características (por exemplo grupo sangüíneo MN em humanos), os acasalamentos são praticamente ao acaso. Considerando uma população com freqüência genotípica de d, h e r para os genótipos A1A1, A1A2 e A2A2 , respectivamente, e admitindo-se que as freqüências genotípicas sejam as mesmas para machos e fêmeas, então a freqüência de acasalamentos de indivíduos A1A1 com A1A1 será d 2 . Os diversos tipos de acasalamentos possíveis, com suas respectivas freqüências seriam: Genótipos Freqüências dos acasalamentos machos Fêmeas A1A1 A1A1 d 2 A1A1 A1A2 dh A1A1 A2A2 dr A1A2 A1A1 hd A1A2 A1A2 h 2 A1A2 A2A2 hr A2A2 A1A1 rd A2A2 A1A2 rh A2A2 A2A2 r 2 Total: d 2 + dh + dr + dh + h 2 + rh + dr + rh + r 2 d 2 + 2dh + 2dr + 2rh + h 2 + r 2 (d + h + r) 2 Uma vez que o sexo dos pais é irrelevante, alguns tipos de acasalamento são equivalentes e o número de tipos diferentes de acasalamentos é reduzido de nove para seis. O termo panmixia é algumas vezes usado como sinônimo de acasalamento ao acaso e a população é dita ser panmítica. UNESP Métodos de Melhoramento Animal Profª Dr. Lúcia Galvão de Albuquerque 5 3 - Teorema ou Lei de Hardy-Weinberg A Lei de Hardy-Weinberg, mais recentemente conhecida como Teorema de Castle-Hardy-Weinberg (C-H-W), foi demonstrada pela primeira vez por Castle em 1903. No entanto, passou à história da ciência como sendo proposta pelo matemático inglês Soldfrey Harold Hardy e pelo médico alemão Wilhelm Weinberg, que a descreveram independentemente em 1908. Até o momento a descrição da constituição genética de uma população foi feita para uma dada geração. O que acontece com as freqüências alélicas e genotípicas nas gerações futuras? A resposta foi dada por Castle-Hardy-Weinberg e pode ser enunciada da seguinte forma: em uma grande população sob acasalamento ao acaso, na ausência de seleção, mutação e migração, as freqüências alélicas e genotípicas permanecem constantes de geração para geração e existe uma relação simples entre as freqüências alélicas e genotípicas. Uma população com freqüências alélicas e genotípicas constantes é dita estar em equilíbrio de Hardy-Weinberg. A relação entre as freqüências alélicas e genotípicas é de grande importância uma vez que várias deduções a respeito de genética de populações e quantitativa apoiam-se na mesma. Esta relação é: se as freqüências alélicas entre os pais forem p e q, então as freqüências genotípicas na progênie serão p 2 , 2pq, q 2 , isto é, o arranjo genotípico na progênie é o quadrado do arranjo gamético. Para demonstração dessa lei, consideremos a geração paterna com as seguintes freqüências genotípicas: Genótipos A1A1 A1A2 A2A2 Total Freqüências genotípicas d h r 1,0 Considerando a aplicação das formulas [2A] e [2B], as freqüências gênicas da geração paterna são p e q para A1 e A2, respectivamente. Desta forma, assumindo que acasalamento ao acaso é equivalente à união ao acaso dos gametas, a próxima geração terá freqüências genotípicas: UNESP Métodos de Melhoramento Animal Profª Dr. Lúcia Galvão de Albuquerque 6 ♂ A1 A2 ♀ p q A1 p A1A1 p 2 A1A2 pq A2 q A1A2 pqA2A2 q 2 Progênie Genótipos A1A1 A1A2 A2A2 Freqüências genotípicas p 2 2pq q 2 Freqüência gênica na progênie f(A1) = p 2 + pq = p(p + q) = p f(A2) = q 2 + pq = q(p + q) = q Assim, independentemente da constituição genotípica inicial, a da geração seguinte será p 2 , 2pq, q 2 . Tanto as freqüências gênicas quanto genotípicas se mantêm constantes geração após geração, e a população é dita em Equilíbrio de Hardy- Weinberg. Apenas uma geração de acasalamento ao acaso, na ausência de seleção, mutação e migração, é suficiente para que uma grande população entre em equilíbrio. A demonstração da Lei de H-W também pode ser feita usando-se a freqüência de acasalamentos ao acaso. Considerando as freqüências gênicas e genotipicas utilizadas na demonstração anterior, e submetendo-se esta população a acasalamento ao acaso temos: UNESP Métodos de Melhoramento Animal Profª Dr. Lúcia Galvão de Albuquerque 7 Acasalamentos Freq. descendentes Tipo Freqüência A1A1 A1A2 A2A2 A1A1 x A1A1 d 2 d 2 * * A1A1 x A1A2 2dh dh dh * A1A1 x A2A2 2dr * 2dr * A1A2 x A1A2 h 2 1/4 h 2 1/2 h 2 1/4 h 2 A1A2 x A2A2 2rh * rh rh A2A2 x A2A2 r 2 * * r 2 total p 2 2pq q 2 d 2 + dh + ¼h 2 = (d + ½h) 2 = p 2 dh + 2dr + ½h 2 + rh = ½h(h + 2d) + r(h + 2d) = (h + 2d) (½h + r) = 2(½h + d) (½h + r) = 2pq ¼h 2 + rh + r 2 = (r + ½h) 2 = q 2 Mostrando que com apenas uma geração de acasalamento ao acaso, independentemente da freqüência genotípica inicial, a população entra em equilíbrio de H-W. 3.1 - Condições e suposições do Teorema de Hardy-Weinberg As suposições implícitas no modelo são: organismos diplóides; genes autossômicos; dois alelos por locus; um gene. As condições para a Lei de Hardy-Weinberg são: UNESP Métodos de Melhoramento Animal Profª Dr. Lúcia Galvão de Albuquerque 8 ausência de migração – introdução de indivíduos de outra população com freqüência alélica diferente; ausência de mutação – modificação de um alelo existente na população; ausência de seleção – reprodução diferencial e não aleatória dos diferentes genótipos; acasalamento ao acaso; população grande – quando a população não é grande, as freqüências gênicas são sujeitas à variação de amostragem de uma geração para outra, podendo ocorrer mudanças na constituição genética da população. 3.2 - Propriedades de uma população em equilíbrio de H-W. Em uma população diplóide a proporção de heterozigotos é h = 2pq , a qual nunca excede 0,50. O valor máximo de h ocorre para p = q = 0,50. Demonstração 3.2.1 222)1(22 pppppqh Fazendo-se a derivada de h em relação a p: 042 p dp dh ∴ p = ½ ∴ q = ½ e a segunda derivada: 04 dp dh ∴ p = ½ é um valor de máximo. UNESP Métodos de Melhoramento Animal Profª Dr. Lúcia Galvão de Albuquerque 9 A proporção (ou número) de heterozigotos é duas vezes a raiz quadrada do produto das proporções (ou números) dos dois homozigotos, isto é: 2 rd h ou rdh 2 Esta propriedade fornece um teste simples para verificar se uma população está em equilíbrio. Tem a vantagem da razão 2 ser independente das freqüências gênicas da população. Demonstração 3.2.2 1 qp Sendo d=p 2 e r= q 2 e utilizando as formulas [2A] e [2B], pode-se reescrever a igualdade acima em termos genótipos: 1 q r p d 1 ½h)(½h)( r r d d ½h)½h)(r(d½h)r(d½h)( rd Aplicando propriedades algébricas e reorganizando a formula obtida, obtemos: UNESP Métodos de Melhoramento Animal Profª Dr. Lúcia Galvão de Albuquerque 10 4 1 2h dr 24 hdr drh 2 A relação entre as freqüências genotípicas e alélicas, em uma população em equilíbrio, pode ser ilustrada graficamente como: A figura mostra como a freqüência dos 3 genótipos dependem da freqüência alélica. Quando a freqüência de um alelo é baixa, o alelo raro ocorre, predominantemente, no heterozigoto e há muito poucos homozigotos. Isto tem conseqüências para a eficácia de seleção. 4 - Aplicações e Extensões da Lei de Hardy-Weinberg A seguir serão apresentados alguns exemplos da aplicação da lei de Hardy- Weinberg para mostrar sua validade na natureza e alguns aspectos adicionais. UNESP Métodos de Melhoramento Animal Profª Dr. Lúcia Galvão de Albuquerque 11 4.1 - Ausência de dominância É o caso mais simples em que os três genótipos são distinguíveis pelo fenótipo, como no caso da cor de pelagem na raça bovina Shorthorn. Nesse caso os genótipos A1A1, A1A2 e A2A2 correspondem aos fenótipos branco, ruão e vermelho. Sejam D, H, R os números observados para os genótipos A1A1, A1A2 e A2A2, respectivamente, numa amostra aleatória de tamanho N (D + H + R). A estimativa das freqüências alélicas é feita da seguinte forma: Genótipos A1A1 A1A2 A2A2 Numero de indivíduos D H R N H2/1D pˆ e N H2/1R qˆ com variância amostral: N pq qVpV 2 )ˆ()ˆ( Pode-se mostrar que essas são as estimativas de máxima verossimilhança das freqüências gênicas populacionais. Quando a amostra é moderadamente grande, os números esperados dos diferentes genótipos na amostra são: A1A1 D’ = 2pˆN A1A2 H’ = qˆpˆ2N A2A2 R’ = 2qˆN O número esperado de indivíduos é dado pela probabilidade teórica do genótipo multiplicada pelo tamanho amostral (N). UNESP Métodos de Melhoramento Animal Profª Dr. Lúcia Galvão de Albuquerque 12 Para determinar se os números observados dos 3 genótipos na amostra são consistentes com os esperados com base na lei de Hardy-Weinberg usa-se o teste do qui-quadrado. O resultado desse teste irá informar qual a probabilidade de serem casuais os desvios encontrados entre as freqüências observadas e esperadas. k 1i i 2 ii2 c E )EO( onde: Oi = freqüência observada para o genótipo i; Ei = freqüência esperada para o i-ésimo genótipo. Esse valor calculado deve ser comparado com o valor do χ2t dado na tabela do qui-quadrado. O número de graus de liberdade é dado por r = k – 1 – m, onde k é o número de classes e m é o número de parâmetros a serem estimados. No caso apresentado m = 1 (somente o parâmetro p é estimado) e k = 3, assim r = 1. Quando o χ2c < χ 2 t , aceita-se a hipótese de que os números observados dos três genótipos são consistentes com os esperados com base na Lei de Hardy-Weinberg. Quando o χ2c > χ 2 t , aceita-se que existe uma discrepância entre o observado e o esperado, portanto uma ou mais condições para que ocorra equilíbrio de H-W não está ocorrendo, entretanto qual é o fator para a quebra do equilíbrio não é revelado pelo teste. 4.2 - Com dominância No caso de ocorrência de alelos recessivos, o heterozigoto não pode ser distinguido do homozigoto dominante. Entretanto, se os genótipos estiverem nas proporções do equilíbrio de Hardy-Weinberg, é possível estimar as freqüências alélicas e genotípicas para os três genótipos. Considerando D e R os númerosobservados de dominantes e recessivos em uma amostra aleatória de n indivíduos (n = D + R), a estimativa da freqüência do genótipo recessivo é: UNESP Métodos de Melhoramento Animal Profª Dr. Lúcia Galvão de Albuquerque 13 n R qaaf 2)( e n qq qV )1( )( 22 2 A freqüência do alelo recessivo é: n R q)a(f e n4 q1 )q(V 2 Exemplo: calcular a proporção de heterozigotos numa população de acasalamento ao acaso, onde a freqüência do fenótipo recessivo é 0,10. 10,0qˆ2 ∴ 32,010,0qˆ ∴ 68,0pˆ h = 2pq = 2 x 0,32 x 0,68 = 0,44 A estimativa da freqüência gênica a partir de dois fenótipos (D, R) é menos acurada que a partir da amostra com os três genótipos distinguíveis. 4.3 - Alelos múltiplos Entende-se por alelos múltiplos o conjunto de mais de dois alelos que podem ocupar um certo locus. Em se tratando de organismos diplóides, cada indivíduo terá em seu genótipo apenas duas das várias formas alélicas alternativas para aquele locus. Os princípios da Lei de Hardy-Weinberg são válidos para o caso dos alelos múltiplos desde que sejam respeitadas as suposições mencionadas anteriormente. Considere uma grande população de acasalamento ao acaso de indivíduos diplóides com as freqüências dos três alelos A1 , A2 e A3 dados por p, q, e r, respectivamente. A distribuição genotípica será dada por: UNESP Métodos de Melhoramento Animal Profª Dr. Lúcia Galvão de Albuquerque 14 (pA1 + qA2 + rA3) 2 = p 2 A1A1 + q 2 A2A2 + r 2 A3A3 + 2pq A1A2 + 2pr A1A3 + 2qr A2A3 Em uma população que não esteja em equilíbrio quanto a um loco com alelos múltiplos, verifica-se que a condição de equilíbrio é atingida em uma só geração de acasalamento ao acaso. A estimação das freqüências gênicas, em amostras, é semelhante ao do caso com apenas dois alelos. 4.4 - Genes ligados ao sexo Esses genes estão localizados nos cromossomos sexuais. Em mamíferos, o sexo heterogamético (XY) são os machos, enquanto as fêmeas são homogaméticas (XX). Nas aves acontece o contrário. Aqui vamos trabalhar com a situação presente nos mamíferos. Assim, para genes completamente ligados ao sexo, 2/3 estão nas fêmeas e 1/3 nos machos. Considerando 2 alelos A1 e A2 , com freqüências p e q, as freqüências genotípicas serão: Fêmeas Machos Genótipos A1A1 A1A2 A2A2 A1 A2 Freqüências P H Q R S Tendo em vista diferenças entre os sexos, podemos determinar a freqüência do alelo A1 em cada sexo, como: Fêmeas Machos f(A1) )2/1( HPp f Rpm A freqüência de A1 na população como um todo será: )2( 3 1 )2( 3 1 3 1 3 2 RHPppppp mfmf UNESP Métodos de Melhoramento Animal Profª Dr. Lúcia Galvão de Albuquerque 15 Se as freqüências gênicas de machos e fêmeas forem diferentes, a população não estará em equilíbrio. A freqüência gênica da população como um todo não se modifica, mas sua distribuição entre os dois sexos oscila quando a população aproxima- se do equilíbrio. A razão para isso é que machos recebem seus genes ligados ao sexo apenas de suas mães, portanto pm é igual a pf da geração anterior. As fêmeas recebem seus genes ligados ao sexo igualmente de ambos os pais, portanto pf é igual à média de pm e pf da geração anterior. Assim, na próxima geração: Fêmeas Machos f(A1) )( 2 1, fmf ppp fm pp , A diferença entre as freqüências nos dois sexos é: )( 2 1 )( 2 1,, mfffmmf ppppppp Isto é, metade da diferença que existia na geração anterior, só que em outra direção. Portanto, a distribuição dos genes entre os dois sexos oscila, mas a diferença cai pela metade a cada geração e a população rapidamente se aproxima do equilíbrio no qual as freqüências nos dois sexos são iguais. Literatura consultada BOURDON, R.M. Understanding animal breeding. Prendice-Hall do Brasil, Ltda., Rio de Janeiro,523p., 1997. CARDELLINO, R. & ROVIRA, J. Mejoramiento genetico animal. Editorial Hemisfério sur, Montevideo, Uruguai, 1988. VAN VLECK, L.D.; POLLACK, E.J.; OLTENACU, E.A.B. Genetics for the animal science. Freeman and Company, New York, 391p. 1987. FALCONER, D.S. Introduction to quantitative genetics. 2a. Ed. Longman House, New York, 1982.
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