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Intervenção Fisioterapêutica na Síndrome de Down

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Intervenção Fisioterapêutica na Síndrome de Down 
Intervention Fisioterapêutica in the Syndrome of Down 
 
Helena Janaina, Luizanne Rocha, Menna Kalane, 
Naiane Soares Suellen Camelo, Waléria Lima. * 
 ** Laureny Carvalho 
 
*Acadêmicos do Curso de Fisioterapia IV Bloco da FAESF - Faculdade de Ensino 
Superior de Floriano - FAESF. 
** Fisioterapeuta, Docente do Curso de Fisioterapia da Faculdade de Ensino 
Superior de Floriano – 
FAESF 
 
 
RESUMO 
 
A Síndrome de Down é considerada uma anomalia genética autossômica e 
representa causa freqüente de retardo mental. Os objetivos desse estudo foram 
descrever a importância do tratamento fisioterapêutico, detectando a possibilidade 
do profissional fisioterapeuta auxiliar no processo de desenvolvimento da criança 
com Síndrome de Down em todos os seus aspectos, através da equipe 
multidisciplinar atuando junto aos portadores de tal Síndrome. Dessa forma, o 
estudo justifica-se pela necessidade de acompanhamento fisioterapêutico visando 
fornecer, em especial, o desenvolvimento mental e motor, de modo a proporcionar 
maior longevidade e melhor qualidade de vida, evidenciam-se, desta forma, a 
importância de realizar uma pesquisa sobre essa problemática. Assim, foi realizada 
por meio de revisão bibliográfica, a investigação da eficácia da participação e 
colaboração da fisioterapia no processo de desenvolvimento do portador da 
Síndrome de Down revelando-se como uma questão de grande interesse, motivo 
pelo qual foi escolhida como tema de estudo e revisão do presente trabalho. 
 
Palavras-chave: Síndrome de Down. Fisioterapia. Tratamento. 
 
 
INTRODUÇÃO 
A Síndrome de Down (SD) é caracterizada como uma condição genética, que 
leva seu portador a apresentar uma série de características físicas e mentais 
específicas. Esta síndrome é considerada uma das mais freqüentes anomalias dos 
cromossomos autossômicos e representa a mais antiga causa de retardo mental 
(GONÇALVES, 2003, p.01). 
A desordem clínica foi reconhecida pela primeira vez por John Langdon 
Down, em 1866 (BOTTINO, 1991, p.01). Caracterizada por erro na distribuição dos 
cromossomos das células, a SD na maioria dos casos apresenta um cromossomo 
extra no par 21, provocando um desequilíbrio da função reguladora que os genes 
exercem sobre a síntese de proteína, bem como perda de harmonia no 
 2
desenvolvimento e nas funções das células. Tal excesso de carga genética está 
presente desde o desenvolvimento intra-uterino e caracterizará o indivíduo ao longo 
de sua vida, evidentemente divergindo de pessoa para pessoa (MUSTACCHI, 1990, 
p.03). 
O diagnóstico geralmente é realizado pelos achados fenotípicos, ou melhor, 
pela aparência facial. De fato, é a associação de sinais discretos observados na face 
dos pacientes que permitem o diagnóstico, principalmente nos recém nascidos. 
Porém, para não haver dúvidas, o diagnóstico definitivo é alcançado com o estudo 
cariótipo. (TOLMIE, 1996, p.02). 
Existem cerca de 50 características físicas exibidas pela criança com SD logo 
após o nascimento. Incluem-se prega palmar única, braquicefalia, pregas 
epicânticas, base nasal achatada, hipoplasia da região mediana da face, diâmetro 
frontooccipital menor, fontanelas anterior e posterior amplas, pescoço curto em 
relação ao não portador da síndrome, língua protusa e hipotônica, orelhas pequenas 
e subdesenvolvidas, fígado e baço grandes, além da presença de clinodactilia. 
Contudo, vale ressaltar que estas características não estão presentes em todas as 
crianças portadoras de SD. (SCHWARTZMAN, 2003, p.03). 
É garantido ao excepcional o direito de desenvolver o seu potencial, através 
de uma educação adequada.Uma vez que a educação ajuda a promover a sua 
integração à vida comunitária. A habilitação e reabilitação deve ser uma obrigação 
da área de saúde, garantida a qualquer indivíduo, visto que saúde é direito de todos. 
A lei 7853, aprovada em 24 de outubro de 1989, no artigo 8º diz: 
“...Dispõe sobre o apoio às pessoas portadoras de deficiência, 
sua integração social e as ações necessárias ao seu cumprimento, 
afastando discriminação, garantindo-lhes o direito à educação, à 
saúde, ao trabalho, ao lazer, à previdência social..." (CONSTITUIÇÃO 
FEDERAL, 1989). 
 
Por tanto, o presente estudo tem como objetivo comprovar a importância do 
tratamento fisioterapêutico, no processo de desenvolvimento da criança com 
Síndrome de Down em todos os seus aspectos e em conjunto com uma equipe 
multidisciplinar atuando nas crianças com essa síndrome. Dessa forma, a pesquisa 
desenvolve-se pela necessidade de acompanhamento fisioterapêutico com o 
importante papel de fornecer, em especial, o desenvolvimento mental e motor, 
 3
proporcionando maior longevidade e melhor qualidade de vida, patenteando, desta 
forma, a importância de realizar uma pesquisa sobre essa problemática. 
 
MÉTODO 
Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, sendo realizado uma pesquisa 
documental para obter as informações necessárias. Foram utilizados materiais 
escritos que serviram como fonte de informação para a pesquisa científica. É uma 
pesquisa explicativa, por esclarecer dúvidas sobre a atuação do fisioterapeuta com 
crianças portadoras da Síndrome de Down. Para tanto, foram usados, como 
consulta, livros datados de 1990 a 2008 da Biblioteca da Faculdade de Ensino 
Superior de Floriano - Naila Bucar e a base de dados do sistema SCIELO. 
 
RESULTADO E DISCUSSÃO 
Criança portadora da Síndrome de Down é muito dócil depois de conquistada, 
o que torna a terapia uma troca muito gratificante para o terapeuta, pelo 
relacionamento com essas crianças especiais, e para crianças com o alívio que traz 
a terapia. Antes de qualquer técnica específica de estimulação, a convivência 
saudável com a criança deve ser uma das prioridades da estimulação, pois é a partir 
dela que ocorre o desenvolvimento. (STEGUN, 2003, p. 102). 
O desenvolvimento do bebê é manifestação eminentemente motora, por isso 
o programa nessa área é fortemente desenvolvido respeitando os níveis de 
rendimento da criança, possibilitando maior postura, melhor tonicidade e melhor 
equilíbrio. Dependendo das deficiências específicas, técnicas de fisioterapia são 
aplicadas para inibição de reflexos patológicos. Chegar o mais cedo possível aos 
profissionais que tratam do problema, principalmente o fisioterapeuta, vai fazer toda 
diferença no desenvolvimento da criança já nos primeiros meses de vida, nesta fase, 
com exceção dos traços físicos, a defasagem não é muito evidente, por isso, é vital 
que essa criança comece a ser estimulada imediatamente. (PIERÓ, et.al 1987, p. 
240). 
Uma das características principais da Síndrome de Down, e que afeta 
diretamente o desenvolvimento psicomotor, e a hipotonia generalizada, presente 
desde o nascimento. A hipotonia origina-se no sistema nervoso central e afeta toda 
a musculatura e a parte ligamentar da criança. Com o passar do tempo, a hipotonia 
tende a diminuir espontaneamente, mas ela permanecerá presente por toda a vida, 
 4
em graus diferentes. O tônus é uma característica individual, por isso há uma 
variação entre as crianças com esta síndrome. A criança que nasceu com Síndrome 
de Down vai controlar a cabeça, rolar, sentar, arrastar, engatinhar, andar e correr, 
exceto se houver algum comprometimento além da síndrome. Quando ela começa a 
andar, há necessidade ainda de um trabalho específico para o equilíbrio, a postura e 
a coordenação de movimentos. A hipotonia muscular faz com que haja um 
desequilíbrio de força nos músculos da boca e face, ocasionando alterações na 
arcada dentária, projeção no maxilar inferior e posição inadequada da língua e lábios 
com a boca aberta e a língua sempre para fora, a criança respira pela boca, o que 
acaba alterando a forma do palato. Esses fatores, dentre outros, fazem com que osmovimentos fiquem mal coordenados. 
É essencial que nesta fase, na qual há maior independência motora, a criança 
tenha espaço para correr e brincar e possa exercitar sua motricidade global. A 
brincadeira deve estar presente em qualquer proposta de trabalho infantil, pois é a 
partir dela que a criança explora e internaliza conceitos, sempre aliados inicialmente 
à movimentação do corpo. 
O desenvolvimento global da criança portadora de Síndrome de Down 
acontece com retardo ao padrão da normalidade, no entanto a criança pode chegar 
a progressos consideráveis com boa estimulação do meio, facilitada por 
profissionais capacitados e, sobretudo, pela família com a qual convive diariamente. 
Na seqüência do desenvolvimento do indivíduo, em primeiro lugar vem a postura, 
depois a ação motora, para depois vir ação mental. Isto quer dizer que qualquer 
ação mental, organizada, dependerá de um sistema postural bem estruturado e 
conseqüentemente de movimentos intencionais bem organizados e para que isso 
plenamente será preciso não só a integridade do cérebro, das vias que se 
comunicam com ele, como também do aprendizado através do ambiente. Se a 
estimulação é importante para qualquer criança com ou sem atraso no 
desenvolvimento, a criança Down tem essa necessidade muito mais inerente de 
experimentar situações e conviver com pessoas diferentes às de seu ambiente. O 
desenvolvimento de uma criança se dá através de descobertas de si mesmo e do 
mundo que a rodeia. (PUESCHEL, 1999, pág. 130). 
O interesse que ela manifesta pelo movimento dos objetos, faz dos 
brinquedos um bom suporte para estimulá-la a passar de uma posição para outra. 
Os jogos e as brincadeiras, além de serem úteis para a aquisição da motricidade, 
 5
têm grande importância para que a criança se desenvolva do ponto de vista mental e 
afetivo. O portador da Síndrome de Down apesar de ter características que o 
diferencia dos indivíduos ditos "normais", é semelhante a estes no processo de 
desenvolvimento. Através de atividades com jogos e brincadeiras, a criança se 
envolve com o desejo de descobrir o mundo que a rodeia e de se autodescobrir, 
essa motivação desperta a vontade de se movimentar, tornando esses movimentos 
mais espontâneos, mais prazerosos e as conquistas mais evidentes (PUESCHEL, 
1999, Pág. 130). 
O profissional fisioterapeuta ajuda no processo de desenvolvimento da 
criança com Síndrome de Down em todos os aspectos, porque a criança com essa 
Síndrome tem que ser abordada como um todo, e isso é imprescindível para o 
desenvolvimento. É importante começar o mais cedo possível a fisioterapia nas 
crianças portadoras dessa síndrome. Existem pontos a ter cuidados com a Síndrome 
de Down, que seria cardiopatias graves que pode ser encontrada. Outros aspectos 
que o fisioterapeuta tem que ter cuidado é com alguma alteração cervical, que pode 
vir acompanhada. 
A equipe multidisciplinar que trabalha junto a portadores da Síndrome de 
Down compreende o neurologista, fisioterapeuta, assistente social, dentista, 
fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional, psicólogo e pedagogo. 
Tratada precocemente, a SD não traz comprometimentos ao desenvolvimento 
motor. É importante salientar que, em se tratando da SD há grande variação no 
desenvolvimento, destas crianças. O ritmo e a velocidade delas devem ser 
respeitados, o que leva sempre a pensar mais na fase do seu desenvolvimento do 
que na idade cronológica. O tratamento precoce tem que acontecer porque a 
Síndrome de Down já pode ser constatada dentro da barriga da mãe, então quanto 
mais rápido a fisioterapia atuar mais ganho esta criança vai ter. 
 Assim que a criança recebe uma alta pediátrica no hospital já pode começar 
o tratamento. Acredita-se ainda que a criança com Síndrome de Down tenha que ser 
estimulada dentro do berçário, dentro da maternidade e, por isso é importante a 
presença do fisioterapeuta no ambiente hospitalar, para que possa orientar a mãe na 
hora de colocar o bebê com SD no colo, pois o modo de segurar a criança é 
importante. Se essa orientação for feita na maternidade, muitos problemas podem 
ser eliminados. 
 6
As crianças submetidas à estimulação apresentam maior estabilidade no 
desenvolvimento do que crianças não submetidas a um programa desse tipo. A vida 
dos portadores da Síndrome de Down não é tão limitada quanto se acredita. O 
índice de mortalidade de crianças com lesão neurológica é muito menor, porque hoje 
a abordagem fisioterápica está sendo feita muito mais cedo, a criança que recebe 
estimulação desde de bebê tem uma sobrevida maior. 
Nada é impossível para um portador com Síndrome de Down ter a 
independência motora, mas não se devem fixar metas muito elevadas que possam 
de alguma forma inibir ou desmotivar a criança o que realmente conta é a superação 
dos seus próprios limites no dia-a-dia, por menor que seja. Nada impede que a 
criança com Síndrome de Down tenha problemas para conseguir a independência 
motora, pois, antigamente, a falta de estimulação é o que trazia problemas, a criança 
ficava sem uma perspectiva de ter um lugar dentro da sociedade, o que já não 
ocorre nos dias de hoje. Para tanto varias especialidades da fisioterapia trabalha 
com a Síndrome de Down (BALLABEN, 2008 p.25). 
A maioria das crianças com Síndrome de Down apresentam constantes 
resfriados e pneumonias de repetição, isto se deve a uma predisposição imunológica 
e à própria hipotonia da musculatura do trato respiratório. Como o problema é 
crônico, desaconselha-se o uso repetitivo de antibióticos, o ideal é trabalhar na 
prevenção das doenças respiratórias, através de exercícios específicos de sopro, da 
prática de atividades físicas que aumentem a resistência cardiorespiratória, da 
higiene nasal e do uso de manobras específicas como tapotagem, vibração e 
drenagem postural para evitar o acúmulo de secreção. 
A fisioterapia respiratória atua na prevenção e tratamento, usa recursos 
terapêuticos que visam o conforto respiratório do paciente. Fazendo manutenção de 
higiene brônquica, prevenindo complicações por hipersecreção que podem acarretar 
prejuízo à ventilação da criança. Dentre os procedimentos fisioterapêuticos fazem 
parte à avaliação fisioterapêutica pulmonar. Sendo essas manobras realizadas em 
uma seqüência lógica e devidamente utilizada a cada patologia respiratória e 
sempre observando o estado geral da criança. 
Massagens com o vibrador ou com as mãos ajudam a dar maior tonicidade na 
musculatura orofacial. Brinquedos coloridos e sonoros estimulam a visão, a audição 
e a coordenação de movimentos no bebê. Exercícios específicos de equilíbrio com o 
uso da bola de Bobath e da prancha de equilíbrio também são importantes. As 
 7
manobras realizadas para mudanças de posição, estímulo da propriocepção ou 
ainda os exercícios respiratórios constituem elementos básicos das terapias 
individuais. Atividades que envolvam o balanço estimulam os órgãos do equilíbrio. 
Assim, desde cedo a criança deverá experimentar estas sensações, tanto na terapia, 
como em casa. O balanço na bola de Bobath facilita as reações de controle de 
cabeça e tronco. O uso de redes, balanças e brincadeiras com o corpo devem ser 
estimulados e orientados à família (FLINKERBUSCH, 1993, p. 47-63). 
A hidroterapia poderá ser útil aos portadores da SD, pois o ganho de força 
muscular para pacientes com Síndrome de Down pode ser conseguido através da 
resistência da água ao movimento, o que pode ser incrementado com o aumento da 
velocidade durante a execução destes e, conseqüentemente possibilitar o trabalho 
muscular. A flutuação é outra propriedade que pode oferecer resistência, e neste 
caso o movimento deve ser realizado no sentido da superfície para o fundo da 
piscina. A viscosidade é outro fator que proporciona resistência ao movimento e está 
intimamente ligada à velocidade (MARINS, 2001, p. 12 – 20). 
O trabalhode fortalecimento e equilíbrio muscular e determinadas posturas 
pode utilizar a turbulência da água, provocada em diferentes velocidades, permitindo 
o desafio do equilíbrio para diferentes tipos de déficits motores. A adequação do 
tônus muscular pode ser realizada co-contração através de exercícios resistidos 
contra a flutuação e a viscosidade da água, durante algumas atividades lúdicas 
(GUIMARÃES, 1996, p. 54 - 62). A densidade corporal destas crianças está 
diminuída pela hipotonia, fato este que leva a uma facilitação da posição de 
flutuação, possibilitando a realização de atividades como o nado adaptado, trazendo 
diversos benefícios, como o fortalecimento muscular global e o treino respiratório. A 
pressão hidrostática oferece estímulos proprioceptivos e táteis, que auxiliam na 
adequação do tônus, no trabalho sensorial, e também na resistência aos 
movimentos (FLINKERBUSCH, 1993, p. 47-63). 
Na SD pode haver diminuição da interação do indivíduo com o meio 
ambiente, limitando oportunidades derivadas de experiências sensoriais como 
visuais, vestibulares, táteis e proprioceptivas; e a hidroterapia promove liberdade dos 
movimentos e aumenta a sociabilização, uma vez que representa ser um ambiente 
agradável e rico em estímulos, onde são realizadas atividades lúdicas que envolvem 
objetivos terapêuticos, de forma individual ou em grupo (FLINKERBUSCH, 1993, p. 
47-63; CAMPION, 2000). 
 8
 A hidroterapia pode ser benéfica ao fornecer métodos alternativos para 
estimular a reeducação dos padrões respiratórios. Através de brincadeiras lúdicas 
como realização de bolhas na água com a boca, a utilização de canudos e diferentes 
objetos para soprar, estimulam-se a musculatura orbicular da boca e favorece sua 
oclusão, além do fato da musculatura respiratória ser estimulada pela pressão 
hidrostática exercida constantemente sobre o corpo imerso (GUIMARÃES, 1996, p. 
54 – 62). 
Um dos vários recursos utilizados é a Equoterapia, abordagem terapêutica 
relativamente nova no Brasil que visa utilizar o cavalo como facilitador para um 
melhor desenvolvimento neuropsicomotor do indivíduo. A interação com o animal 
propicia ao paciente atingir novas formas de comunicação, socialização, 
concentração, equilíbrio, coordenação motora, conscientização postural e ganho da 
auto-estima. Apesar de ser indicada também aos adultos, a criança é a grande 
maioria, principalmente as que apresentam déficit motor nas doenças neurológicas. 
O trabalho motor realizado na Equoterapia é muito importante (NEVES, 2008, p. 05). 
 
CONCLUSÃO 
 
É de primordial importância que os profissionais da fisioterapia envolvidos 
com as crianças portadoras de SD tenham total conhecimento científico sobre a 
síndrome, com o objetivo de fornecer informações precisas e atualizadas para a 
família, bem como se aprimorarem constantemente no que tange ao tratamento 
específico multidisciplinar e suporte emocional. Na criança Down todo o trabalho 
cerebral se processa mais lentamente. A atenção é mais pobre, não se concentra o 
tempo suficiente para guardar as ordens dadas. 
 Há uma fadiga muito rápida e com o cansaço, a energia necessária para 
manter a concentração, desaparece. Surge-se então para seu melhor 
desenvolvimento, que desde cedo seja encaminhada a um processo de estimulação. 
O progresso da criança Down depende muito da dedicação do fisioterapeuta, de 
outros profissionais e da família. Por isso o objetivo deste trabalho foi descrever a 
importância do tratamento fisioterapêutico, detectando a possibilidade do profissional 
fisioterapeuta auxiliar no processo de desenvolvimento da criança com Síndrome de 
Down. A criança especial bem estimulada, aquela que não fica escondida dentro de 
casa e comparece a eventos sociais e familiares, pode ter um desenvolvimento 
 9
muito mais satisfatório. Garimpar o que ela sabe de melhor e reforçar essas 
tendências é um meio de oferecer condições para que chegue à idade adulta com 
uma profissão que o torne relativamente independente. 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
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acessado 08 maio 2008. 
 
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em 08 maio 2008. 
 
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