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Artigo sobre Lesoes de Quadril

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UNISALESIANO 
Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium 
Funcional 
 
 
 
 
 
 
Everton Berlato 
Luis Fernando Tokumoto 
Marcus Vinicius Noronha de Oliveira 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O PAPEL DA FISIOTERAPIA EM LESÕES TRAUMATO ORTOPÉDICAS DE 
QUADRIL EM IDOSOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LINS - SP 
2009 
 
EVERTON BERLATO 
LUIS FERNANDO TOKUMOTO 
MARCUS VINICIUS NORONHA DE OLIVEIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O PAPEL DA FISIOTERAPIA EM LESÕES TRAUMATO ORTOPÉDICAS DE 
QUADRIL EM IDOSOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Monografia apresentada à Banca 
Examidora do Centro Universitário 
Católico Salesiano Auxilium, como 
requisito parcial para obtenção do título 
de especialista em Fisioterapia 
Traumato Ortopédica Funcional sob a 
orientação dos professores M.Sc. 
Evandro Emanoel Sauro e M.Sc Heloísa 
Helena Rovery da Silva 
 
 
 
 
 
 
 
LINS SP 
2009
EVERTON BERLATO 
LUIS FERNANDO TOKUMOTO 
MARCUS VINICIUS NORONHA DE OLIVEIRA 
 
O PAPEL DA FISIOTERAPIA EM LESÕES TRAUMATO ORTOPÉDICAS DE 
QUADRIL EM IDOSOS 
 
 
Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, 
para obtenção do título de especialista em Fisioterapia Traumato Ortopédica 
Funcional. 
 
 
 
Aprovada em ____/____/_____. 
 
 
 
 
 
Banca Examinadora 
 
 
 
Prof. M.sc. Evandro Emanoel Sauro 
Mestre em Medicina Experimental pela Universidade de Marília - SP 
_______________________________________________________________ 
 
 
 
Prof. M.Sc. Heloísa Helena Rovery da Silva 
Mestre em Administração pela CNEC/FACECA MG 
_______________________________________________________________ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LINS SP 
2009 
 4
DEDICATÓRIA 
 
 
 
Aos meus Pais 
 
Obrigado pelo carinho, paciência, dedicação e conforto que vocês me proporcionaram 
nesta etapa de minha vida. 
 Amo vocês 
 Everton Berlato 
 
A minha família 
 
Obrigado pelo respeito e por me ajudar a vencer mais essa etapa da minha vida. 
 Everton 
 
 
A minha namorada Ana 
 
Obrigado por estar presente mais uma vez em outra etapa vencida em minha vida. 
 Te amo 
 Everton 
 
Aos meus parceiros 
 
Obrigado a vocês pela união e amizade. 
 
 Everton 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 5
A Deus 
 
Agradeço primeiramente a Deus na realização e conclusão deste trabalho porque ele 
nos ofereceu muita sabedoria e gratidão nesta etapa de nossas vidas para q 
pudéssemos finalizar este trabalho com muita satisfação 
 
Obrigado Senhor 
 
A toda minha família 
 
Dedico a minha família pelo apoio e incentivo dado a todos momentos em que precisei 
e que foram essenciais para conclusão deste trabalho, porque cada um teve sua 
participação direta e indiretamente. 
 
Amo todos vocês 
 
A minha namorada Marcela 
 
Pela compreensão e pela força oferecida nesta trajetória. E que sempre esteve presente 
nesta batalha, nunca desanimando das barreiras que tinham pelo caminho. 
 
Valeu Má 
 
Aos meus parceiros 
 
Dedico aos meus parceiros Everton Berlato e Marcus Noronha pela união, pela 
compreensão e pelo empenho dado por cada um na realização deste trabalho. 
 
Valeu Marquinhus e Berlato 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 6
Aos meus pais: José Roberto e Fátima 
 
A vocês que me deram o dom da vida, me educaram e são os principais responsáveis 
pela conclusão de mais uma etapa de minha vida, sempre com muito amor e carinho, se 
esforçando para realizar este sonho em minha vida, sou muito grato a vocês. 
 AMO VOCÊS 
 DO SEU FILHO MARCUS 
 
A toda minha família 
 
A vocês que me mostraram o que é união, integridade, honestidade e caráter, meu 
muito obrigado. 
 Amo vocês 
 Marcus 
 
A todos meus amigos 
 
Obrigado por dividirem comigo essa fase da minha vida, pelos bons e maus momentos, 
sempre com muita amizade 
Sucesso a vocês 
Obrigado 
 Markinhus 
 
 
A minha namorada Juliana 
 
O que posso dizer desta pessoa tão especial que é você hein? Bom apesar de estarmos 
juntos a pouco tempo você já me encantou. Quero te agradecer, pois você com seu jeito 
meigo e carinhoso sabe me fazer feliz. Mais do que uma namorada você é uma grande 
amiga, com quem posso contar a todas as horas. 
 Te adoro muito 
 Do seu namorado Marcus 
 
Aos meus parceiros 
 
Dedico a vocês meus parceiros, Tokumoto e Berlato, pela união e amizade que sempre 
cultivamos. Sucesso para vocês. 
 
 Marcus 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 7
AGRADECIMENTOS 
A Deus 
 
 Grandes foram as lutas, maiores as vitórias/ Sempre estiveste conosco/ Muitas 
vezes pensamos que este momento nunca chegaria/ No entanto, Tu sempre estavas 
presente, na alegria ou na tristeza, fazendo da vitória uma derrota, da fraqueza uma 
força/ Com Tua ajuda vencemos/ Não chegamos ao fim, mas ao início de uma longa 
caminhada. 
 Everton, Luis Fernando e Marcus 
 
À nosso orientador Evandro 
 
 Obrigado pela paciência.Suscesso e que Deus o abençoe. 
 Everton, Luis Fernando e Marcus 
 
À nossa orientadora Heloísa 
 
 Obrigado pela dedicação, confiança, entusiasmo dedicado a nós, pelo auxílio 
para vencermos mais uma etapa de nossas vidas, por transmitir um pouquinho de sua 
sabedoria e conhecimentos, e claro pela paciência. Que Deus te abençoe. 
 Everton, Luis Fernando e Marcus 
Aos nossos mestres 
 
Obrigado a vocês que conseguiram passar de uma forma simples e objeitva os 
seus conhecimentos, somos muitos gratos a todos vocês pela nossa formação. 
Everton, Luis Fernando e Marcus 
 
 
Ao pessoal da biblioteca. 
 
 Obrigado pela colaboração e paciência de vocês, que sempre nos atendeu com 
muito carinho. Valeu. 
 Everton, Luis Fernando e Marcus 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 8
 
 
 
 
 
 
 
 
 RESUMO 
 
 
A fisioterapia é a ciência da saúde que estuda, previne e trata disfunções 
cinéticas funcionais dos sistemas e órgãos do corpo humano. O papel do 
fisioterapeuta é elaborar o diagnóstico cinesiológico funcional, solicitar exames 
complementares, se necessário, e elaborar o projeto de intervenção 
fisioterapêutica adotando a melhor estratégia para superar os déficits 
funcionais apresentados. Este profissional realiza suas condutas até atingir o 
melhor resultado terapêutico, podendo atuar em diversas áreas como a 
Ortopedia e Traumatologia, Neurologia e Pneumologia. A palavra Ortopedia 
surgiu do grego Orthos (correto) e Pedia (criança), com significado de correção 
dos defeitos das crianças. Mas a história da ortopedia é tão antiga quanto à da 
medicina, sendo chamados de ortopedistas antigos médicos que tratavam do 
aparelho locomotor. A traumatologia é a especialidade médica que lida com o 
trauma do aparelho músculo-esquelético. Embora pareça ser o estudo de todo 
tipo de trauma ela se limita a traumas ósseos e tendinosos dos MMSS e MMII, 
por exemplo, traumas na região do quadril. O quadril é uma articulação que se 
localiza entre a cintura pélvica e a extremidade inferior, sendo formada pela 
cabeça do fêmur e que se encaixa a outra estrutura chamada acetábulo, que é 
uma região do osso da pélvis. Por ser uma articulação o quadril este sujeito a 
processos degenerativos com o passar dos anos, ocasionando problemas 
como a artrose. O processo do envelhecimento é um fenômeno normal para 
todo ser humano capaz de causar diversas modificações deixando o mais 
exposto a diversas afecções ósseas. O presente estudo objetiva ressaltar o 
papel da fisioterapia nas lesões traumato ortopédico de quadril em idosos. Para 
tanto foi realizada uma ampla revisão bibliográfica queabrange a historiografia 
da fisioterapia, sua importância e a origem da ortopedia e traumatologia para 
assim adentrar na funcionalidade do quadril. As lesões traumato ortopédicas de 
quadril aqui tratadas se referem especificamente ao idoso. 
 
Palavras chave: Fisioterapia. Ortopedia e Traumatologia. Quadril. Idoso. 
 
 
 
 
 
 
 9
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
 
 
Physical health is a science, which studies, prevent and treat disfunctions 
kinetic functional systems and organs of human body. The role of the 
physiotherapist is to make the diagnosis Kinesiologic functional, request 
additional tests if necessary, draw up the design of physiotherapy intervention, 
adopting the best strategy to overcome the functional deficits presented. This 
professional performs its pipelines until discharge, to achieve the best 
therapeutic result. The word orthopedics came from the Greek Orthos (correct) 
and ask (child), significant correction of the defects of children, but the story of 
orthopedics is as old as the medical and called orthopedists old doctor who 
treated the locomotor system. The trauma is the medical specialty that deals 
with the trauma of the musculo-skeletal system, although the study appears to 
be all kinds of trauma it is limited to trauma of bone and tendonous MMSS and 
MMII. The hip is a link that is located between the pelvic girdle and lower 
extremity, is formed by the head of the femur and fits another structure called 
the acetabulum, which is a region of the pelvis bone. The process of aging is a 
normal phenomenon for any human being capable of causing several changes, 
such as cartilaginous degeneration, leaving - the most exposed to various bone 
diseases. This study aims to highlight the role of physiotherapy in orthopedic 
injuries of hip in the elderly. To that end was made a broad review covering the 
historiography of physiotherapy, its importance, the origin of orthopedics and 
traumatology so enter the functionality of the hip. The orthopedic injuries of hip 
treated here is specific to the elderly. 
 
Keywords: Physical Therapy. Orthopedics and Traumatology. Hip. Aged. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 10
LISTA DE FIGURAS 
 
 
Figura 1: Palpação Crista Ilíaca... ............................................................. 19 
Figura 2: Espinha Ilíaca Postero-superior..................................................... 19 
Figura 3: Exercício de flexibilidade para os músculos flexores e 
extensores do quadril.................................................................................... 
20 
Figura 4: Articulação do Quadril.................................................................... 26 
Figura 5: Anatomia do Quadril....................................................................... 
Figura 6: Próteses de quadril........................................................................ 
28 
42 
Figura 7: RX prótese cimentada.................................................................... 43 
Figura 8: RX prótese não-cimentada............................................................. 43 
 
 
 
LISTA DE SIGLAS 
 
ABBR Associação Beneficente de Reabilitação 
A.C. Antes de Cristo 
ATQ Artroplastia Total de Quadril 
D. C. Depois de Cristo 
MMII Membros Inferiores 
MMSS Membros Superiores 
RX Radiografia 
USP Universidade de São Paulo 
U.T.I Unidade de Terapia Intensiva 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 11
SUMÁRIO 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
 
CAPÍTULO I A FISIOTERAPIA 
1 HISTÓRIA .. 
1.1 
 
 
1.4 Ortopedia E Traumatologia ............... 
 
 
CAPÍTULO II 
2 ANATOMIA DO QUADRIL ... 
2.1 Cinesiologia do quadril ............. 
 
 
CAPÍTULO III 
3 
 
 
CAPÍTULO IV LESÕES TRAUMATO ORTOPÉDICAS DO QUADRIL 
4 
4.1 Lesões de quadril................................................................................ 
4.2 Intervenção cirúrgica........................................................................... 
 
 
CONCLUSÃO.............................................................................................. 
REFERÊNCAIS........................................................................................... 
11 
 
 
13 
13 
15 
16 
16 
22 
 
 
26 
26 
28 
 
 
31 
31 
 
 
34 
34 
37 
40 
 
 
45 
46 
 
 
 
 
 12
INTRODUÇÃO 
 
 
 
Diante desse mundo globalizado, que apresenta múltiplos desafios para 
o homem, tem sido compelido a um agir que a muito nos tem distanciado de 
um viver com qualidade. 
Infelizmente é fato notório a séria crise pela qual passa a saúde no Brasil 
como um todo e quando se relaciona a Saúde Pública, geralmente observa-se 
um agravamento dessa situação. Exatamente em uma área que deveria 
abraçar o ser humano por completo, minimizando ao máximo suas mazelas. 
 Nesse sentido a pesquisa pretende avaliar: A que ponto a fisioterapia é 
importante na recuperação de pacientes idosos com doenças traumato 
ortopédicas de quadril? 
Tendo em vista o alto índice de doenças traumato ortopédicas em 
membros inferiores é de grande valia a construção de um estudo detalhado 
dessas doenças, dando ênfase no quadril, com fins de atualização e 
aprofundamento sobre tão relevante temática. 
Este estudo tem como objetivo esclarecer dúvidas a respeito do tema e 
realizar uma atualização dos métodos específicos de tratamento e a partir 
deste ponto focar nas técnicas atuais em relação à reabilitação de quadril nas 
diversas doenças traumato ortopédicas. 
Sabe-se de antemão que o quadril é uma articulação proximal do 
membro inferior, e os seus movimentos são realizados por uma única 
articulação, a articulação coxofemural. 
Talvez, pelo fato de esta articulação apresentar suas superfícies 
articulares semelhantes às de uma esfera, ainda hoje é fator preponderante de 
problemas. Aliás, haja visto que o quadril apresenta alguns dos mais 
importantes problemas em todo o campo da cirurgia ortopédica, e devido a esta 
articulação que surgiu a era das próteses articulares. 
Esta pesquisa adentra ao campo da Saúde e tem como cunho central 
valorizar o papel da fisioterapia nas doenças traumato ortopédicas de quadril. 
O trabalho apresenta a seguinte divisão: 
Capítulo I Descreve sobre a importância da Fisioterapia e a Ortopedia 
e Traumatologia. 
 13
Capítulo II Descreve sobre a articulação do quadril. 
Capítulo III Descreve sobre o idoso. 
Capítulo IV Relata as diversas lesões traumato ortopédicas do quadril, 
tratamentos, intervenção cirúrgica. 
Para finalizar apresenta-se a conclusão do trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 14
CAPÍTULO I 
 
A FISIOTERAPIA 
 
 
1 HISTÓRIA 
 
 
 
Na Antigüidade, no período de 4.000 a.C. e 395 d.C. os cidadãos que 
apresentavam todo tipo de doença, na época denominada de diferenças 
incomodam, já causavam intensa preocupação e havia forte preocupação em 
eliminar essas diferenças incomodas e o utilizado para isso era através de 
recursos, técnicas, instrumentos e procedimentos. 
 Nessa época, acreditava-se que o uso da ginástica estava unicamente 
nas mãos dos sacerdotes e que era empregada somente com fins terapêuticos, 
ou seja, os movimentos do corpo humano, quando estudados, racionalizados e 
planejados eram utilizados no tratamento de disfunções orgânicas já 
instaladas. 
Galeno (130 a 199 d.C.) conseguiu por meio de uma ginástica 
planificada do tronco e dos pulmões corrigir o tórax deformado de um rapaz até 
chegar ácondições normais A pretensão era exclusivamente à cura dos 
indivíduos que fossem portadores de alguma doença ou deformidade. 
As ordens eclesiásticas eram inimigas do corpo. Os hospitais da idade 
média tinham caráter eclesiástico, localizavam-se junto aos mosteiros e suas 
salas de enfermos estavam ao lado das capelas, havendo inclusive altares na 
sala dos enfermos, não havendo local apropriado para a realização de 
exercícios. 
No Renascimento volta a aparecer alguma preocupação com o corpo 
saudável. O humanismo e as artes desenvolveram-se e permitiram, 
paralelamente a retomada dos estudos relativos aos cuidados com o corpo e o 
culto ao físico. 
Nessa época nota-se uma preocupação com o tratamento e os cuidados 
com o organismo lesado e também com a manutenção das condições normais 
já existentes em organismos sãos. No final do renascimento o interesse pela 
saúde corporal começa a especializar-se. 
 No que tange especificamente ao Brasil, na década de 50 a incidência 
 15
de poliomielite atingia índices alarmantes e como conseqüência o número de 
indivíduos portadores de seqüelas motoras e que necessitavam de uma 
reabilitação para a sociedade. O número de pessoas acometidas pêlos 
acidentes de trabalho no Brasil se apresentava como um dos maiores da 
América do Sul, e essa expressiva faixa populacional precisavam ser 
reabilitados para reintegrar o sistema produtivo do país. 
Em 1951, surge no Brasil o primeiro curso para a formação de técnicos 
em fisioterapia. Em 1956 surgiu o primeiro curso com duração de dois anos 
para formar fisioterapeutas que atuassem na reabilitação 
Em homenagem ao professor de física biológica da Faculdade de 
Medicina, criador de um serviço de eletrorradiologia na referida cadeira em 
1919, o curso paramédico levou o nome de Raphael de Barros, formando então 
aqueles que na época eram considerados como primeiros fisioterapeutas. Em 
1952, a cátedra de Fisioterapia é retomada na Faculdade de Ciências Médicas 
do RJ e é criada, em 1954, a Associação Beneficente de Reabilitação (ABBR), 
que 2 anos depois ministra o curso de técnico em reabilitação. 
No que tange ao papel do fisioterapeuta nos anos 50 e 60, aparecia 
como mera modalidade integrante da terapêutica médica que, o Conselho 
Federal de Educação emite a definição oficial do fisioterapeuta, a saber: 
 
é definido como auxiliar médico; compete-lhe a 
realização apenas de tarefas de caráter terapêutico 
(ou seja, incapaz de avaliar o paciente); e que a 
execução das mesmas tarefas deve ser precedida 
de uma prescrição médica - o exercício profissional é 
desempenhado sob a orientação e responsabilidade 
do médico. 
 
A década de 60 caracterizou-se por intensas mobilizações da categoria, 
mesmo que deforma centralizada no eixo Rio-São Paulo, e que culminou com o 
Decreto Lei nº 938, do dia 13 de Outubro de 1969 reconhecendo a profissão de 
Fisioterapeuta. Em 1975 cria-se o Conselho Federal de Fisioterapia e 
conseqüentemente os Conselhos Regionais 
 
 16
1.1 Definição 
 
 
Segundo as Leis e Atos Normativos das Profissões de Fisioterapeuta e 
do Terapeuta Ocupacional (2001), na atualidade, a fisioterapia é tida como uma 
ciência da saúde que estuda, previne e trata os distúrbios cinéticos funcionais 
intercorrentes em órgãos e sistemas do corpo humano, gerados por alterações 
genéticas, traumas e doenças adquiridas. Fundamenta, suas ações em 
mecanismos terapêuticos próprios, sistematizados pelos estudos da biologia, 
das ciências morfológicas,das ciências fisiológicas, das patologias, da 
bioquímica, da biofísica, da biomecânica, da cinesia e da sinergia funcional de 
órgãos e sistemas do corpo humano. 
Segundo a lei, o Fisioterapeuta é um profissional da saúde com 
formação acadêmica superior, habilitado à construção do diagnóstico dos 
distúrbios cinéticos funcionais, a prescrição das condutas fisioterapêuticas, sua 
ordenação e indução no paciente, bem como, o acompanhamento da evolução 
do quadro funcional e sua alta do serviço. 
Em assim sendo, tem como principais atribuições: elaborar o diagnóstico 
cinesiológico funcional, prescrever, planejar, ordenar, analisar, supervisionar e 
avaliar as atividades fisioterápicas dos clientes, sua eficácia, resolutividade e 
condições de alta. 
Ainda com base nas Leis e Atos Normativos das Profissões de 
Fisioterapeuta e do Terapeuta Ocupacional (2001) faz-se saber que as 
principais áreas de atuação são: a Fisioterapia Clínica que se desenvolve em 
hospitais, clínicas, ambulatórios, consultórios e centros de reabilitação; a 
Saúde Coletiva que abrange programas institucionais, ações básicas de saúde, 
fisioterapia do trabalho e vigilância sanitária; a Educação que inclui a docência, 
a extensão, a pesquisa, supervisão, direção e coordenação de Cursos de 
Fisioterapia; a Indústria que abrange os projetos de aparelhos de fisioterapia e 
supervisão de qualidade; o Esporte desenvolvido em clubes esportivos, 
seleções de modalidades coletivas; e a Fisioterapia veterinária que trata de 
animais domésticos e cavalos de corrida. As especialidades reconhecidas pelo 
Conselho Federal são: Fisioterapia Neurofuncional, Fisioterapia 
Pneumofuncional, Acupuntura, Osteopatia, Quiropraxia. 
 17
1.2 Perfil do fisioterapeuta 
 
 
Por conseguinte, em vistas de abarcar tantas responsabilidades, os 
profissionais de Fisioterapia necessitam ter uma formação holística, que 
permita a eles pensar e agir, não somente direcionados pela área de atuação, 
mas interrelacionando-se com outras áreas. 
A partir desta visão de interdisciplinaridade na atuação do profissional 
propõe que o currículo do curso de Fisioterapia deva ser integrado à realidade, 
de forma a permitir uma reflexão da teoria e prática, formando um profissional 
com base geral sólida e específica, com visão global do paciente, inserido em 
um contexto social específico. 
O perfil do profissional a ser formado é de um fisioterapeuta apto a 
superar os desafios diários dos inúmeros distúrbios ou lesões apresentadas 
pelos pacientes. O fisioterapeuta elabora o diagnóstico cinesiológico funcional 
apresentado pelo paciente, solicita exames complementares de imagem, 
hematológicos ou outros, para de forma crítica, proceder à elaboração do 
projeto de intervenção fisioterapêutica, adotando a melhor estratégia para 
superar os déficits funcionais apresentados por cada paciente. Este profissional 
administra suas condutas até a alta, ao atingir o máximo resultado terapêutico. 
 
 
1.3 Importância da fisioterapia 
 
 
O tempo é algo interessante e a história parece se repetir a todo 
instante. Fato relevante é se observar que o sol, calor, água e eletricidade mais 
massagens e exercícios venham sendo utilizados desde os primórdios da 
humanidade até a atualidade sem perder sua origem. 
Com a evolução dos tempos tem-se hoje o que se constitui como 
fisioterapia e por desenvolver um estudo que adentra ao campo da saúde, é 
necessário uma atenção maior em prol de um processo de construção de 
conhecimento mais humanizado, que desenvolva no futuro profissional um 
pensar e agir embalado pelo amor, carinho, respeito, dedicação, acolhimento. 
 18
Ações esta de extrema importância em função de que este profissional 
fisioterapeuta estará integralmente com pacientes, que, é uma pessoa que 
padece; doente; pessoa que está sob cuidados médicos. 
 Essa definição, sugere um cerceamento no campo de atuação 
profissional, cabendo ao fisioterapeuta desenvolver suas atividades apenas 
num indivíduo já acometido por uma patologia. 
O Tratamento fisioterapêutico é proposto em função da sintomatologia 
apresentada: dor localizada (tenderpoints) - laser, tens, massoterapia, fadiga: 
programas de condicionamento físico, dores musculoesqueléticas difusas, 
cefaléia crônica, rigidez matinal, parestesias: exercícios globais e exercícios de 
alongamento. 
Os exercícios de baixa intensidade são os mais benéficos. Outros 
recursos fisioterapêuticos são menos utilizados - Tens, eletroacupuntura, 
crioterapia, terapia manual e biofeedback, e mostram efeitos benéficos em 
curto prazo. 
A fisioterapia tem importante papel na diminuição do impacto dos 
sintomas na vida dos pacientes por meio de várias abordagens terapêuticas, 
melhorando a sua capacidade funcional e contribuindo para a manutenção de 
sua qualidade de vida. 
Na atualidade, o fisioterapeuta tem propiciado resultados muito positivos 
em menos tempo, o que contribui para a redução de medicamentos e alívio dos 
sintomas desta síndrome. 
O fisioterapeuta destina uma abordagem personalizada, respeitando-se 
o padrão tensional específico de cada indivíduo. Uma grande vantagem é que 
o indivíduo devidamente tratado passe a apresentar mais liberdade para 
realizar suas atividades da vida diária tais como trabalhar, realizar as tarefas 
domésticas e praticar esportes. Hoje é indispensável o acompanhamento 
fisioterapêutico especializado. 
A fisioterapia traumato Ortopédica atua na prevenção e tratamento das 
doenças dos ossos, músculos, articulações e ligamentos. Trabalha na 
reabilitação de pós-fraturas, entorses, luxações, traumas ou contusões 
musculares, amputações, distúrbios mecânicos da coluna vertebral, pós-
cirurgias, dentre outras, utilizando recursos objetivando alívio de quadro álgico, 
eliminação de processo inflamatório, melhora na circulação sangüínea, 
 19
fortalecimento muscular, recuperação de movimentos, equilíbrio, propriocepção 
e reeducação postural. 
As terapêuticas associadas à Fisioterapia Traumato ortopédica são: 
 
Cinesioterapia - Terapia por movimentos. São exercícios que têm como 
objetivo trabalhar articulações e musculatura. 
 
Eletroterapia - Terapia com aparelhos elétricos. Ultra-som, ondas curtas, 
TENS, entre outros. São utilizados para facilitar a recuperação dos 
tecidos lesados. 
 
Termoterapia - Tratamento com aplicação de calor como Infravermelho 
para relaxamento da musculatura e diminuição de quadro álgico. 
 
 Crioterapia - emprego de gelo como terapêutica antiinflamatória e 
analgésica, geralmente em aplicações localizadas para tratamento de 
contusões, luxações e edema. 
 
No que concerne mais especificamente sobre ao quadril, à palpação é 
uma das metodologias mais indicadas na avaliação fisioterápica. Observa-se 
qualquer dor à palpação, temperatura, espasmo muscular ou outros sinais e 
sintomas. 
 
 
 
 
Fonte: HILLMAN, 2002, p. 148. 
Figura 1: Palpação Crista Ilíaca. 
 20
 
 
 
Fonte: HILLMAN, 2002, p. 148. 
 Figura 2: Espinha Ilíaca Postero superior. 
 
 
O conhecimento das fraturas do fêmur é imprescindível ao 
fisioterapeuta, pois com ele o mesmo se torna apto a ministrar o tratamento de 
forma adequada visando uma recuperação rápida e eficiente do paciente. 
A população idosa freqüentemente apresenta déficits fisiológicos de 
equilíbrio e controle postural; diminuição da massa muscular, da funcionalidade 
dos membros inferiores e da capacidade de locomoção, fatores que se 
agravam após a ocorrência de fratura ou cirurgia do quadril, tornando a 
reabilitação uma estratégia imprescindível, principalmente, tratando-se da 
restauração dessas funções prejudicadas. 
 Nesse sentido, a força muscular influencia significativamente no 
desempenho e funcionalidade da marcha, já que uma musculatura mais 
resistente proporciona melhor estabilidade articular aos movimentos, maior 
segurança na deambulação, e conseqüente melhora do equilíbrio e 
propriocepção. Quando se tem uma marcha adequada, deduz-se que há um 
bom senso espacial de posicionamento articular e uma musculatura íntegra. 
Mangione e Palombaro (2005) indicam exercícios de maior intensidade 
como fortalecimento muscular com sobrecarga, treino aeróbico, funcional e de 
equilíbrio; todas as variáveis obtiveram bons resultados, porém, destacou-se o 
ganho significativo de força dos extensores e abdutores do quadril e dos 
extensores do joelho; tais grupos musculares promovem a estabilização e o 
posicionamento articular, facilitando assim a ação dos receptores 
 21
proprioceptivos e favorecendo a percepção motora e o equilíbrio, e 
sucessivamente, a marcha. 
 
 
Fonte: TIDSWELL, 2001, p. 297. 
Figura 3: Exercício de flexibilidade para os músculos flexores (A) e 
extensores(B) do quadril. 
Hauer et al. (2002) afirma que além do fortalecimento progressivo, o 
treino de funcionalidade e equilíbrio, através de exercícios mais específicos 
como, sentar-se e levantar da cadeira, subir e descer escadas mantém o 
controle postural em ortostatismo. 
 Verifica-se, na literatura, de acordo com os autores, aumento 
significativo da força muscular, melhora da marcha e do desempenho funcional 
para o grupo intervenção, neste caso, enfatizando o ganho de equilíbrio e 
maior confiança e segurança dos participantes em relação ao medo de quedas 
durante a deambulação. Esta evolução foi influenciada, principalmente, pelo 
treinamento específico. 
Mangione et al. (2005) afirma que indivíduos idosos necessitam de um 
tempo maior para que ocorram os processos de recuperação tecidual e 
consolidação óssea bem como a readaptação funcional e a sua manutenção, o 
 22
que sugere um programa de extensão domiciliar, visando o retorno, o mais 
próximo possível, do estado de atividade funcional do período pré-fratura. 
A ocasião ideal para se iniciar o tratamento fisioterapêutico nas fraturas 
de quadril também representa um fator importante no processo de reabilitação. 
A maioria dos estudos que abordam este tema, adota como critério a liberação 
da descarga parcial ou total de peso no membro acometido, partindo-se do 
princípio clínico que preconiza a preservação da estabilidade do foco da fratura 
e a prevenção contra intercorrências, caso a consolidação óssea não esteja 
evoluindo adequadamente. 
Em qualquer lesão, afirma Mancuso (2000), ocorrem eventos fisiológicos 
específicos em resposta ao traumatismo. Cabe ao fisioterapeuta reduzir a 
gravidade desses efeitos fisiológicos, otimizar o tempo de cicatrização e 
devolver o atleta à competição o mais cedo possível sem comprometer seu 
bem-estar. 
Ainda de acordo com o Mancuso (2000), os objetivos principais e/ou 
rotineiros, de um programa de fisioterapia incluem: 
a) melhora do quadro sintomatológico; 
b) aceleração cicatricial; 
c) melhorar mobilidade articular; 
d) ganho de ADM; 
e) melhorar resistência muscular; 
f) restabelecer a propriocepção. 
A fisioterapia tem como principais objetivos no pós-operatório de 
artroplástia total de quadril (ATQ), restabelecer a função, controle do quadro 
álgico e obter um controle muscular que possibilite ao indivíduo retornar aos 
níveis de atividades prévios ou melhorados. 
Atualmente, a hidroterapia tem apresentado grande prestígio no 
tratamento de inúmeras disfunções, dentre estas, as de causas ortopédicas. As 
propriedades ímpares de flutuação e de resistência da água fazem dela um 
importante recurso para o fisioterapeuta, proporcionando ao mesmas 
numerosas opções para a elaboração de um programa de reabilitação 
individual. As vantagens da redução do peso corporal e da imersão em um 
meio com resistência são bem conhecidas, razão pela qual foi estimulada a 
utilização da água como meio de reabilitação 
 23
Portanto, pode-se,sem dúvida afirmar que a fisioterapia capacita o ser 
humano a se recuperar de seqüelas adquiridas por doenças e traumas, tanto 
após uma cirurgia quanto um traumatismo. 
 
 
 
1.4 Ortopedia e Traumatologia 
 
 
 
A história da medicina é tão rica e tão antiga como a evolução da 
humanidade. O homem primitivo e as primeiras civilizações foram vítimas de 
catástrofes naturais, doenças e guerras. E a máquina humana, o corpo, sofria o 
reflexo de tudo isso. As descobertas arqueológicas das antigas civilizações 
como os assírios, os egípcios, os maias, astecas e outros povos, suas múmias 
e restos mortais mostram que diversas afecções ósseas floresceram nesses 
períodos. 
A palavra ortopedia surgiu do grego Orthos (correto) e Pedia (criança), 
com significado etimológico de correção dos defeitos da criança. A história da 
ortopedia é tão antiga quanto à história da medicina, mesmo não sendo 
chamado de ortopedistas os antigos médicos que tratavam das afecções do 
aparelho locomotor. 
Dos estudos de Brakoulias (2005) tem-se que em fósseis de homens 
primitivos se encontraram ossos fraturados que consolidaram bem alinhados. 
Isto ocorreu pelo simples processo fisiológico da consolidação, mas é possível 
que tenha existido alguma imobilização rudimentar. Em múmias egípcias foram 
encontradas imobilizações tipo tala. Em 2830 a.C. foi feita uma escultura que 
usava muletas em um portal na tumba de Hirkouf. 
 O autor informa ainda que no papiro de Edwin Smith, roubado de uma 
tumba em 1862, atribuído a Imhotep que era médico, arquiteto, astrólogo, e 
primeiro ministro do Egito os traumas foram classificados de acordo com os 
seus prognósticos em três categorias: uma doença que eles deveriam tratar, 
uma doença que eles deveriam combater e uma doença que eles não 
tratariam. 
 Deshaies et al. (2004) teorizam que no século XII, a Europa volta a 
despertar de um período cultural escuro voltando a construir universidades e 
 24
hospitais, porém, somente no século XVI que ressurgem novos personagens 
na história da ortopedia: 
a) Ambrose Pare, pai da cirurgia francesa, é um representante desta 
época. 
b) Bourg Herent publicou a obra Dez Livros de Cirurgia e entre as 
técnicas projetou instrumentos, próteses,coletes para escoliose e 
botas ortopédicas. 
c) Theodoric de Bologna, no século XIII, no seu texto Chiurgica de 
Theodoric, de 1267, descreveu o manejo das fraturas da coluna 
espinhal e surpreendentemente muitas de suas técnicas são usadas 
até hoje 
 
A palavra traumatologia tem suas origens na Grécia. Provem do grego 
ostéon, osso + logos, ciência, tratado, discurso. 
A Traumatologia é a especialidade médica que lida com o trauma do 
aparelho músculo-esquelético. No Brasil as especialidades são unificadas, 
recebendo o nome de Ortopedia e Traumatologia. 
Embora a traumatologia pareça ser o estudo de todo tipo de trauma, ela 
lida apenas com as lesões ósseas e tendinosas dos membros superiores, 
inferiores, bacia e coluna. O trauma abdominal é visto pelo cirurgião geral, o 
trauma craniano pelo neurocirurgião, etc. 
No dicionário a traumatologia é definida como a parte da ciência que 
diagnostica e trata os traumas sobre o esqueleto e trauma como qualquer 
aumento de energia sobre um determinado segmento corporal geralmente 
provocando dor ou desestabilidades. Assim sendo, o trauma (ou traumatismo) 
é todo ferimento interno ou externo. Existe também o Politraumatizado que se 
refere ao paciente que tem múltiplos traumas. 
O trauma deve ser pensado como uma doença e não como um acidente, 
pois mais da metade das mortes e das lesões por trauma são evitáveis. 
Uma reflexão que conduza a entender o trauma como doença o faz 
tratável ao passo que se compreendido como acidente findado por não 
fornecer subsídios para um tratamento. 
 25
Com esta mudança de pensamento inicia-se a prevenção do trauma, 
através da educação e leis que obrigam ao uso de capacetes, cintos de 
segurança, air bag, proibição de álcool ao dirigir e de drogas. 
 É a principal causa de morte entre adolescentes e adultos jovens, e 
quando não mata deixa graves seqüelas para o resto da vida. O trauma reduz 
a expectativa de vida mais do que o câncer ou as doenças cardíacas. O trauma 
mata mais do que matou a guerra do Vietnam. Apesar de o trauma consumir 
grande parte do dinheiro destinado à saúde pública e ao seguro social, a perda 
de um ente querido sempre prevalecerá sobre os gastos atingidos. 
Woo; Thomas; Chan (2004) afirmam que neste século surgiram novas 
técnicas, aparelhos, exames, internet e grande aprofundamentos nos estudos 
biomecânicos ao passo que Bayat; Barton; Ollier (2004) e Tan (2003) alegam 
que o completo entendimento da seqüenciado genoma humano trará avanços 
inimagináveis. 
A velocidade da informação e as novas tecnologias estão presentes na 
modernidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 26
CAPÍTULO II 
 
O QUADRIL 
 
 
2 ANATOMIA DO QUADRIL 
 
 
O quadril é uma articulação localizada entre a cintura pélvica e a 
extremidade inferior. É formada pela cabeça do fêmur e uma cavidade, que é 
uma região do osso da pélvis denominada acetábulo. A fricção entre estes 
ossos é reduzida pela presença de uma camada de cartilagem e por um agente 
lubrificante, denominado líquido sinovial. 
 
Fonte: SHAGOLD; MIRKIN, 1994, p. 96. 
Figura 4: Articulação do quadril. 
 
 
Nos ossos do quadril identificam-se três articulações: 
 a) a sinfisiana referente à união das sínfises. 
 b) a sacroilíaca, união entre o osso sacro e os ilíacos. 
 c) a coxofemoral 
 
 27
A coxofemoral é a de maior significância para o estudo das lesões. 
 A mesma é uma das articulações do membro inferior (M.I) a qual tem a 
função especifica de sustentação e locomoção do corpo humano. Esta é 
classificada como sinovial, esferoidal, permitindo movimento nos três planos 
(frontal, sagital e transversal) sendo o mesmo limitado pelas estruturas ósseas, 
capsulares e mioligamentares. 
 O colo do fêmur, parte óssea que antecede superiormente a cabeça do 
fêmur, é considerado a parte mais fraca do fêmur por ser constituído por osso 
trabecular e possuir menor diâmetro em relação às demais partes. O colo do 
fêmur forma com a diáfise do fêmur o ângulo colo-diafisário direcionando o 
fêmur medialmente e para baixo do quadril. 
 Nesse sentido, Gould III (1993) acresce que este mesmo ângulo pode 
ser denominado de ângulo de inclinação, podendo variar de acordo com idade, 
sexo e maturação óssea, seu valor médio no adulto é de 125°, quando este 
ângulo apresenta-se excessivo denomina-se de coxa vara, e quando 
diminuído, coxa valga. 
 É comum na articulação do quadril ter-se-á a fratura de colo de fêmur 
que fica abaixo da face articular até logo acima da região intertrocantérica e tal 
lesão pode interromper a irrigação sangüínea da cabeça do fêmur e gerar uma 
necrose avascular. 
 Uma imagem descritiva da anatomia do quadril: 
 
 
Fonte: SHAGOLD; MIRKIN, 1994, p. 102. 
Figura 5: Anatomia do Quadril. 
 28
A cabeça do fêmur articula-se com os ossos do quadril, encaixando-se 
no acetábulo para constituir uma juntura sinovial de tipo esferóide, triaxial, 
denominada articulação do quadril. 
O complexo articular do quadril é um conjunto organizado de tecidos que 
precisam absorver e transmitir repetidamente forças enormes ao longo da vida. 
 
 
2.1 Cinesiologia do quadril 
 
 
Os movimentos do quadril são realizados unicamente pela articulação 
coxofemural, no formato de enartrose muito coaptada ao passo que embora 
apresente características que se assemelha à articulação do ombro, a doquadril não permite tal amplitude de movimento observada articulação da 
mesma. No entanto, é mais robusta e estável, pré-requisitos indispensáveis 
para a transferência de peso que ocorre nesse nível. 
As suas funções primárias são: apoiar o peso da cabeça, dos MMSS e 
do tronco durante as posturas eretas e atividades dinâmicas com sustentação 
do peso corporal, como caminhar, correr e subir escadas, além de proporcionar 
uma via de transmissão das forças entre as extremidades inferiores e a cintura 
pélvica. 
Foi pela articulação do quadril que surgiu a era das próteses articulares, 
transformando a cirurgia do aparelho locomotor. 
 Os ligamentos do quadril dividem-se em ligamento iliofemoral, 
pubofemoral, isquiofemoral, redondo e transverso do acetábulo. Assim, o 
ligamento iliofemoral é extremamente forte e reforça a região anterior da 
articulação do quadril. No sentido ínfero-lateral, divide-se em duas faixas, 
iliotrocantérica, que se insere na face superior da linha troncantérica, e a faixa 
mediana inferior, que se insere na face inferior da linha troncantérica. 
O feixe superior é o mais forte dos ligamentos da articulação (8 a 10 mm 
de espessura) e o ligamento iliofemoral cobre a articulação do quadril 
anteriormente e superiormente, sendo o principal estabilizador do quadril na 
posição ortostática. 
 29
O ligamento pubofemoral liga-se medialmente à eminência iliopectínea e 
ao ramo superior do osso púbico, bem como à crista e à membrana 
obturatórias. Lateralmente, liga-se à face anterior da linha troncantérica. A 
cápsula da articulação do quadril não é apoiada por nenhum ligamento entre o 
ligamento pubofemoral e a faixa inferior do ligamento iliofemoral. 
Em analisando a anatomia do quadril, tem-se em consonância que a 
mesma é uma articulação esferoidal, propensa a dois tipos básicos de 
problemas: 
O colo estreito do osso da coxa (fêmur) pode se quebrar. Isso muitas 
vezes acontece quando uma pessoa idosa cai e quebra o quadril. 
 A parte esférica do fêmur deve obter seu sangue através do colo estreito 
que se liga à pélvis. A pequena artéria que nutre a cabeça do fêmur pode se 
romper, levando à morte do osso e a certo tipo de artrite. A dor no quadril é 
muitas vezes sentida no meio da coxa; a dor na região lombar das costas é 
sentida na região do quadril, e pode irradiar-se pela lateral da coxa em direção 
ao joelho. Em decorrência do fato do quadril estar localizada em um local tão 
profundo, às vezes pode ser difícil localizar a fonte exata da dor, porém, as 
causas mais comuns de dor no quadril são lesão ou trauma, necrose asséptica, 
causada por uma artéria obstruída na cabeça do fêmur, infecção, artrite 
reumatóide, osteoartrite, bursite troncantérica, necrose asséptica, doença de 
Legg-Calve-Perthes. 
 Na literatura, encontram-se outras lesões que podem acometer o idoso e 
fazer com que este sinta dor e até venha a necessitar de intervenções 
cirúrgicas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 30
CAPÍTULO III 
 
O IDOSO 
 
 
 
3 ENVELHECIMENTO 
 
 
 
 Envelhecer é um ato de generosidade, é poder ter sido oportunizado ao 
longo da vida vivenciar experiências múltiplas e poder compartilhar das 
mesmas com os mais jovens. 
 Em concordância com o momento sócio-histórico vivenciado pela 
humanidade, e em assim sendo, a velhice finda por ser vista de forma diversa 
conforme os diferentes momentos na história. 
 Não se pode compreender a realidade e o significado da velhice sem 
que se examine o lugar, a posição destinada aos velhos e que representação 
se faz deles em diferentes tempos e em diferentes lugares. 
 O envelhecimento biológico do ser humano sempre existiu; o que não se 
encontram são dados suficientes para precisar com exatidão em que momento 
da história a velhice foi socialmente contextualizada. 
É pelo trabalho de pesquisa realizado por antropólogos e sociólogos que 
se encontra a possibilidade de apontar tal momento. 
 Vilas Boas (2005) afirma que a palavra idoso vem do latim, do 
substantivo aetas, palavra feminina que corresponde à idade ou espaço de 
tempo, da qual se originou a palavra idade. 
O processo do envelhecimento é um fenômeno inerente a todo ser 
humano, capaz de desencadear modificações biopsicosociais. É nesta etapa 
da vida que começam a se evidenciar as fragilidades do corpo. Por 
determinação do próprio organismo, alguns hormônios deixam de ser 
produzido, o que gera a diminuição da capacidade funcional de órgãos e 
tecidos; conseqüentemente, há a desaceleração da velocidade do 
metabolismo, tornando o idoso mais suscetível a doenças. 
 A marcha é a atividade mais comum que o ser humano realiza, sendo 
uma habilidade motora fundamental para a locomoção, automatizada 
 31
aproximadamente aos sete anos de idade e permanecendo relativamente 
estável por quase toda a vida. 
 No entanto, como no transcorrer dos anos ocorre, segundo Shagold e 
Mirkin (1994) uma redução gradativa da eficiência do aparelho locomotor, que 
ocorre pela diminuição da força e da massa muscular, assim como diminuição 
na flexibilidade. 
De acordo com o autor, estudos têm procurado demonstrar que a 
flexibilidade pode constituir em um fator limitante no desempenho da marcha, 
especialmente de pessoas idosas. O encurtamento e a fraqueza dos músculos 
extensores do quadril podem limitar sua amplitude de flexão, reduzindo a 
amplitude articular. 
 Nesse sentido, Kerrigan (2001) afirma que uma redução na flexibilidade 
da musculatura flexora do quadril compromete o desempenho da mobilização 
articular redução da amplitude de hiperextensão articular do quadril e, 
conseqüente, limitação da amplitude da passada e provoca um aumento na 
inclinação anterior da pelve durante a marcha, levando a uma instabilidade, 
devido o deslocamento anterior do centro de gravidade. 
Berg et al. (1997) demonstram que a execução da marcha, 
independente de velocidade, perfaz um total de 48% das quedas em idosos. 
Muito disso é decorrente de tropeços, que ocorrem com mais freqüência em 
idosos, especialmente durante a fase de balanço médio , pois este é o 
momento onde o pé (na fase aérea) passa mais próximo do chão. 
Estudos da American Geriatrics Society (2001) confirmam que a maior 
freqüência e severidade das quedas ocorrem após os 60 anos de idade. 
 Conseqüentemente, torna-se possível inferir que a conservação da 
funcionalidade dos músculos que agem ao redor da articulação do quadril 
possui um papel importante sobre o padrão da marcha dos idosos, fazendo-se 
necessárias estratégias que visem reduzir a perda da flexibilidade ao redor da 
articulação do quadril. 
Viel (2001) acresce que a manutenção da habilidade de caminhar é 
importante para sujeitos idosos, pois constitui um elemento fundamental em 
todas as suas atividades diárias independentes. 
 32
Honeycute e Ramsey (2002) afirmam que a manutenção das funções 
normais da marcha é um fator determinante para a redução do risco de quedas 
entre idosos 
Em assim sendo, os autores afirmam que independente do tipo, ou 
mesmo das características dos exercícios empregados na sessão de 
flexibilidade, tais exercícios foram satisfatórios para provocar alterações em um 
número de variáveis dinâmicas da marcha. 
Concluem ao inferir que dentre as alterações induzidas pelos exercícios 
de flexibilidade, o aumento da altura do metatarso em relação ao solo foi a 
mais importante. Aumentos na altura mínima de elevação do metatarso em 
relação ao solo são determinantes para a redução do risco de tropeços e 
quedas em idosos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 33
CAPÍTULO IV 
 
LESÕES TRAUMATO ORTOPÉDICAS DE QUADRIL4 A ORIGEM DA DOR 
 
 
A dor continua sendo uma das grandes preocupações da Humanidade. 
Desde os primórdios, conforme sugerem os registros gráficos pré-históricos e 
os vários documentos escritos anteriormente, não há razões que justifiquem a 
ocorrência da dor e procedimentos destinados a seu controle nas variadas 
regiões do mundo. 
A interpretação das dimensões da dor varia de acordo com cada 
sociedade e com o momento histórico em que esta se encontra. Apesar de a 
dor estar inserida em uma categoria universal, ela não é expressa do mesmo 
modo em todas as culturas e talvez não seja sentida de forma idêntica por 
todos os indivíduos. 
Para Bodachne (2002) o limiar para a dor varia não somente de um 
indivíduo para outro, mas também de acordo com sua cultura, ou seja, 
independentemente de suas bases anatômicas e fisiológicas. A dor parece ter 
fundamento cultural e social. 
De acordo com Freitas et al (2006), nos textos cuneiformes da 
Mesopotâmia, nos papiros do Egito, nos documentos da Pérsia e da Grécia são 
expressas a ocorrência e a atenção para com as conseqüências nefastas da 
dor como também para com o desenvolvimento de medidas visando seu 
controle. 
Ainda para Freitas et al (2006), as histórias e as lendas versando sobre 
heróis, deuses e indivíduos com atividades comuns freqüentemente fazem 
referência à ocorrência de dor em vários momentos das suas vidas. Os povos 
primitivos e os muitos povos de diversas culturas ainda nos dias de hoje 
basearam-se em modelos pré-lógicos fundamentados na imaginação coletiva 
para justificar os mecanismos e os tratamentos da dor. Identificavam o homem 
 34
e seu meio ambiente não diferenciando o interior do exterior e classificavam os 
fatos de acordo com idéias funcionais. 
Dor e inimigos eram colocados no mesmo nível. A dor era considerada 
ataque à pessoa, punição para uma falta ou atenuação de demônios ou de 
deuses e, eventualmente, dos inimigos do homem: a dor súbita causaria 
quebra inesperada e não previsível da relação entre o indivíduo e o meio 
ambiente; os homens e os animais reagiriam igualmente, com expressões de 
raiva ou de medo, correspondendo às reações de luta ou de ataque. 
Os povos primitivos distinguiam a dor ocasionada por fatores externos 
(queimaduras, feridas, fraturas, abscessos) e as de causa interna (dores 
abdominais, torácicas ou de cabeça), cuja razão lhes era impossível 
compreender. Os povos atuais usam argumentos lógicos para justificar ambas 
as condições. 
Como durante os primórdios da Humanidade atribuiu-se a dor aos maus 
espíritos e às punições por faltas cometidas, a Medicina era exercida por 
sacerdotes que, a serviço de deuses, empregavam remédios naturais e 
acreditavam que as preces apresentassem efeitos terapêuticos. 
Além de aliviar a dor e perdoar as ofensas, usavam também feitiços e 
sacrifícios para proporcionar a imortalidade e a cura. Assim, com sacrifícios, 
suplícios e preces dos sacerdotes, os deuses lhes agradeciam proporcionando 
alívio. 
O conceito religioso de dor, é fundamentado na medicina clássica com 
Hipócrates: Divinunstest opus sedare dolorien - Sedar a dor é obra divina. 
Enquanto para causas externas o tratamento com remédios era, geralmente, 
muito eficaz, para dor de causa interna apelava-se para forças divinas a fim de 
que, mediante sacrifícios ou rituais, se expulsassem os maus espíritos. 
A observação da natureza, proporcionou ao homem elementos para 
combater a dor e as doenças: analisou o fato de os animais banharem-se com 
barro para proteger-se das picadas dos insetos, observou como os cachorros 
purgavam-se comendo plantas e raízes, sentir estados de excitação ou 
sonolência ao ingerir determinadas frutas ou ervas. 
 Indubitavelmente, os meios físicos e os remédios vegetais foram os 
primeiros instrumentos que o homem usou como analgésicos. Grande 
variedade de métodos empregados contra a dor no passado, incluindo rituais, 
 35
usa de plantas medicinais, manipulações físicas, aplicação de calor, frio ou 
fricção, é utilizada ainda hoje. 
O pensamento lógico desenvolvido fundamentou-se em evidências mais 
concretas e procurou objetivar os fenômenos com achados comparáveis. 
A dor é uma sensação desagradável ou penosa, causada por um estado 
anômalo do organismo ou parte dele; sofrimento físico, sofrimento moral, dó; 
pena, compaixão, remorso. 
 É considerada uma experiência sensitiva e emocional desagradável, 
associada a uma lesão real ou potencial de um tecido. Essa definição privilegia 
a contribuição psicológica à experiência da dor. A dor é o sintoma isolado mais 
freqüente entre as pessoas que consultam um médico. 
A dor aguda começa com a estimulação de um ou mais dos numerosos 
receptores especiais que existem na pele e nos órgãos internos. Esses 
receptores recebem informação sobre calor intenso, picadas, cortes ou outras 
ações que possam provocar dano corporal, a qual é transmitida, 
posteriormente, pelas fibras nervosas até a medula espinhal. 
Da medula, o estímulo doloroso chega a diferentes partes do cérebro. 
Algumas áreas do cérebro determinam a localização e a causa da dor, 
enquanto outras integram a informação sensitiva ao estado global do 
organismo, produzindo a sensação emocional denominada dor. 
Apesar de tantos significados atribuídos a uma pequena palavra, 
somente a pessoa, na sua individualidade, é capaz de perceber o seu corpo e 
suas necessidades de maneira particular. Da minha experiência enquanto 
humana, penso 
remete a um processo de prevenção de futuros problemas. 
A dor continua sendo uma das grandes preocupações da Humanidade. 
Desde os primórdios do ser humano, conforme sugerem alguns registros 
gráficos da pré-história e os vários documentos escritos ulteriormente, o 
homem sempre procurou esclarecer as razões que justificassem a ocorrência 
de dor e os procedimentos destinados a seu controle. A expressão da dor varia 
não somente de um indivíduo para outro, mas também de acordo com as 
diferentes culturas. 
A ocorrência de dor, especialmente crônica, é crescente, talvez em 
decorrência de novos hábitos de vida; maior longevidade do indivíduo; 
 36
prolongamento de sobrevida dos doentes com afecções clínicas naturalmente 
fatais; modificações do ambiente em que vivemos; e provavelmente, do 
reconhecimento de novos quadros dolorosos e da aplicação de novos 
conceitos que traduzam seu significado. 
Para Fujiki et al (2008), a dor no quadril é uma queixa comum no 
ambulatório do médico ortopedista. Porém, com uma boa anamnese, a 
observação da marcha e uma semiologia cuidadosa do quadril consegue se 
diferenciar as doenças crônicas de agudas; se a afecção é intra ou extra-
articular e se é fratura ou processo inflamatório. Além disso, é necessário 
descartarmos as doenças que acometem a coluna e as raízes nervosas, os 
problemas do sistema geniturinário, abdominais, circulatórios, anexos 
femininos e alterações das partes moles que envolvem a região. 
 
 
4.1 Lesões de quadril 
 
 
 Ao se pensar em vida, automaticamente se pensa em qualidade de vida. 
Na atualidade, o número de pessoas da terceira idade vem crescendo 
paulatinamente e em vistas de uma expectativa de vida da população 
brasileira, uma nova concepção em atendimento surge, a saber, a 
traumatologia geriátrica. 
 Fukiji et al (2008) afirma que as alterações intra-articulares: artroses, 
seqüelas das doenças relacionadas com a infância, necroses avasculares, 
impacto articular com alteração labral, infecções, causam, além da queixa 
dolorosa, diminuição da mobilidade articular ao exame. Ao contrário, alterações 
periarticulares, como as tendinites e bursites, além da dor, não costumamcausar diminuição do movimento articular, sendo a mais comum, a bursite do 
grande trocanter, sendo mais raras, bursites do ílio-psoas e tuberositárias. 
Normalmente estas doenças estão relacionadas com o micro trauma ou pós-
trauma crônico ou em atletas por sobrecarga, porém, na maioria das vezes, 
são tratadas clinicamente, sendo raras as indicações operatórias. 
Huddleston e Ferguson (2006) explicitam que o traumatismo é uma 
lesão advinda de força; pode ser acidental, auto imposta ou um ato de violência 
 37
que atinja vários sistemas e requer atenção imediata para evitar perda do 
membro ou da vida. 
 Cantera e Domingo (2000) complementa ao informar que nos idosos os 
acidentes são uma das principais causas de lesões incapacidades e 
internações em lares e em outras instituições, constituindo a sexta causa de 
óbito no idoso são as causas externas atrás das doenças cardiovasculares, 
câncer, doenças neurológicas, respiratórias e metabólicas. 
A palavra doença é muito ampla e neste estudo em especifico por estar 
tratando da problemática envolvendo quadril, as fraturas do mesmo constituem 
lesões traumáticas peculiares à idade avançada, representando em média 50% 
das internações por trauma nos hospitais de pronto-socorro. 
Estima-se que cerca de 80% desses casos ocorrem em idosos capazes 
de andar sozinhos e vivendo em comunidade. 
Hargrove-Huttel (1998), afirma que uma queda resulta da incapacidade 
da mecânica postural do corpo em manter uma posição ereta em razão da 
desestabilização interna ou externa. 
Para o autor, no idoso as principais causas de quedas estão 
relacionadas às mudanças fisiológicas do envelhecimento, ao uso de 
medicamentos, a doenças associadas e a fatores ambientais. 
Hargrove-Huttel (1998) ainda afirma que as quedas na população idosa 
representam um problema de saúde pública. Dos indivíduos que sofreram uma 
queda, 5 a 25% podem apresentar lesões relevantes, e dos que requerem 
internação hospitalar apenas 50% sobrevive um ano após. 
Para o autor, depois de sofrerem uma queda a autonomia dos idosos 
diminui consideravelmente, uma série de atividades básicas (sentar-
se,alimentar-se, levantar-se) e instrumentais (tomar medicamentosa hora certa, 
fazer compras, utilizar transportes coletivo) ficam comprometidos. 
Segundo Martimbianco et al (2008), as fraturas de quadril podem ser 
classificadas pela região anatômica: 1- fraturas do acetábulo, consideradas 
muito complexas, geralmente ocorrem em pacientes poli-traumatizados, e são 
causadas por traumas de alta energia; 2- fraturas do colo do fêmur, as quais 
representam 45% de todas as fraturas de quadril; geram complicações, pois 
podem prejudicar o aporte sanguíneo da cabeça femoral, caracterizando o 
quadro de necrose; 3- fraturas intertrocantérica (extracapsulares) que ocorrem 
 38
entre o grande e o pequeno trocânter, também são muito comuns em idosos; 4- 
subtrocantéricas, que são consideradas de menor incidência(6,7). As fraturas de 
quadril são muito graves e na maioria das vezes tratadas cirurgicamente, isso 
porque estão associadas a complicações bastante importantes, e em longo 
prazo 
As lesões decorrentes do trauma podem vir acompanhadas por um 
prolongado período de tratamento e por um aumento considerável do número 
de complicações. 
Estas complicações constituem a causa precipitante de morte e também 
são responsáveis por casos de cronicidade, incapacidade, invalidez e suas 
conseqüências biopsicosociais. Uma equipe interdisciplinar ortopédica e 
geriátrica diminui significativamente a incidência de sepse, pneumonia, 
tromboembolismo, infecção do trato urinário, úlceras de pressão, sangramento 
gastrointestinal, insuficiência coronariana e eventos cerebrovasculares. 
Já Freitas et al. (2006) pontua que a Organização Mundial da Saúde 
considera as fraturas do fêmur proximal como um importante problema de 
saúde pública, não só em países desenvolvidos, como também naqueles em 
desenvolvimento. 
Segundo Freitas et al. (2006), no Brasil não se dispõe de dados 
estatísticos sobre custo destas fraturas, porém, nos Estados Unidos, gastam-se 
10 bilhões de dólares por ano, com uma previsão de 30 bilhões de dólares por 
ano nos próximos anos. 
 A abordagem cirúrgica é o elemento chave no manejo da fratura de 
quadril. 
O atraso na cirurgia e na mobilização pode afetar funcionalmente e 
aumentar as complicações associadas ao repouso prolongado, como 
tromboembolismo, infecção do trato urinário, atelectasia e úlcera de pressão. 
Por outro lado, cirurgia precoce sem estabilização clínica do paciente pode 
aumentar o risco de complicações perioperatórias. 
Franzo e Francescuti (2005) pontuam que as principais complicações 
sistêmicas pós-operatórias encontradas na literatura são: 
a) Infecção urinária. 
b) Pneumonia e delirium, seguidas por úlcera de pressão. 
c) Insuficiência cardíaca. 
 39
d) Acidente vascular cerebral. 
e) Tromboembolismo. 
f) Pico hipertensivo. 
g) Arritmias cardíacas. 
h) Infarto agudo do miocárdio. 
 
Kamel (2005) ainda explica que o Delirium em idosos, após cirurgia de 
fratura de quadril, é uma complicação freqüente (35%), principalmente se 
associado a quadro de demência. 
Já a infecção do trato urinário é uma complicação muito freqüente em 
pacientes no pós-operatório de fratura de quadril (23%), levando à maior 
incidência de delirium e maior tempo de internação. O Uso de antibiótico 
profilático no período Peri operatório mostrou importante diminuição de 
infecção do trato urinário. 
Pires (2002) teoriza que o paciente que sofre um trauma é diferente de 
qualquer outro tipo de paciente, pelas próprias circunstâncias que originaram 
seu estado; de um modo geral era uma pessoa rígida e com saúde, até que, 
subitamente, devido a algum tipo de acidente passou a se encontrar em um 
estado grave, necessitando de assistência imediata, sem estar preparado para 
tal situação. 
Bodachne (2002) afirma que o atendimento do paciente idoso 
traumatizado segue os mesmos parâmetros do adulto, respeitando as 
peculiaridades caracterizadas pelas alterações anatômicas, funcionais, 
presença de doenças associadas e utilização de medicamentos. 
Em decorrência do gradual desenvolvimento da população idosa que se 
tornou necessário dar maior ênfase ao assunto, uma vez que esta 
transformação social exige a ampliação da assistência a questões relativas ao 
envelhecimento humano, principalmente no tocante à área da saúde. 
 
 
4.2 Intervenção cirúrgica 
 
 
 40
Ao se observar o processo de evolução humana, não podemos fechar os 
olhos ao surgimento de novas tecnologias e a velocidade com que aparecem e 
tornam-se arcaicas. 
Difícil pensar se tal propositura é assustadora ou animadora. 
Este questionamento é uma discussão que pertence à sociedade e 
como tal talvez não seja possível excluir o papel político, o que cada um está 
fazendo. Talvez tenhamos também que pensar que toda mudança implica 
fazeres. 
A mais nova das linguagens, a Informática, faz parte do cotidiano e do 
mundo do trabalho. Vive-se o mundo da parabólica, dos sistemas digitais, dos 
satélites, da telecomunicação. 
Conviver com todas as possibilidades que a tecnologia oferece é mais 
que uma necessidade, é um direito social. 
A tecnologia configura-se como um corpo de conhecimentos que além 
de usar o método científico, cria e/ou transforma processos materiais. Toda e 
qualquer tecnologia vai aos poucos e gradativamente criando um ambiente 
humano totalmente novo. 
Certamente esta nova ambientação é construída a partir da artroplastia 
de quadril, procedimento este que é realizado em sua maioria, em pacientes 
idosos. A maior probabilidadede ocorrência de patologias associadas neste 
grupo de paciente chama a atenção para a importância de uma avaliação pré-
operatória criteriosa. 
O preparo clínico, a manutenção e a adequação dos medicamentos 
cronicamente utilizados têm grande impacto no prognóstico e na evolução 
clínica per e pós-operatórias desses indivíduos. 
A Artroplastia ou Prótese Total do Quadril se caracteriza pela 
substituição ou troca da articulação do quadril. Esta cirurgia foi idealizada por 
ortopedistas para restabelecer a função da articulação coxo-femoral. Muitas 
doenças acometem esta articulação, sendo que as mais importantes são: 
Artrose de Quadril e Fraturas do Colo do Fêmur. 
A realização da cirurgia de prótese, o paciente deve estar hospitalizado 
e ter uma série de exames complementares. O ato cirúrgico é realizado em 
ambiente totalmente estéril e com equipe cirúrgica bem treinada. Normalmente 
 41
esta cirurgia dura 3 horas. Após a cirurgia, o paciente deverá permanecer na 
Unidade de Tratamento Intensivo - U.T.I. - durante 24 horas. 
Os cuidados após a cirurgia são muito importantes. Dependendo do tipo 
de prótese, o paciente deverá ficar até 45 dias sem apoiar o membro operado. 
A articulação pode ser substituída, total ou parcialmente, por uma 
prótese, para restabelecer sua função, promovendo o movimento e o alívio da 
dor. A implantação de próteses articulares tornou-se uma cirurgia amplamente 
utilizada por cirurgiões no mundo inteiro, proporcionando melhor qualidade de 
vida aos pacientes que, anteriormente, estariam condenados ao leito, 
 O pioneiro na ciência e prática da substituição articular protética na 
atualidade é Sir John Charley, da Inglaterra, que, em 1962, depois de muitas 
pesquisas, desenvolveu sua artroplastia de baixa fricção da articulação do 
quadril 
Os tipos de próteses totais de quadril são: 
a) a prótese cimentada (figura 6) é aquela em que se usa cimento ósseo 
para fixar o componente acetabular na bacia e a parte femoral no 
fêmur. A mais utilizada é a prótese de Chanrley. O acetábulo é 
confeccionado com polietileno de alta densidade e a parte femoral é 
feita de liga metálica cobalto-cromo-titânio. Normalmente usa-se esta 
prótese em pacientes com idade mais avançada. 
b) a prótese não-cimentada (figura 7) é aquela em que se fixam suas 
partes (acetábulo e componente femoral) diretamente na superfície 
óssea, sem a utilização de cimento. Este tipo é indicado para pessoas 
mais jovens, com boa qualidade óssea. 
c) na prótese híbrida, o componente acetabular é fixado à bacia através 
de parafusos, sendo o componente femoral fixado com cimento ao 
fêmur. É usada em pacientes com até 75 anos de idade. 
d) as próteses uni e bi-polares são utilizadas em pacientes idosos, com 
fratura do colo do fêmur e que necessitam sair do leito o mais precoce 
possível. 
e) as endo-próteses são utilizadas para a substituição de grandes 
segmentos ósseos, como no caso de um tumor que comprometa a 
parte superior do fêmur. 
 42
f) as próteses em copa estão em desuso, sendo utilizadas 
eventualmente em pacientes com fratura de acetábulo em péssimas 
condições de saúde, pois uma prótese total necessita de maior tempo 
cirúrgico e anestésico, dificilmente suportado por esse tipo de 
paciente. 
 
Fonte: BODACHNE, 2002, p. 72. 
Figura 6: Próteses de quadril. 
 
 Tanto as próteses cimentadas como as não cimentadas, cada uma 
possui características próprias e peculiares, cuja indicação fica na dependência 
de fatores diversos, tais como idade, grau de atividade, grau de atividade física, 
qualidade da massa óssea e a objetividade da cirurgia, etc. 
 
 
 Fonte: BODACHNE, 2002, p. 132. Fonte: BODACHNE, 2002, p. 133. 
Figura 7: RX prótese cimentada. Figura 8: RX prótese não-cimentada. 
 
A artroplastia total do quadril é um procedimento de alta complexidade, 
que exige do especialista, conhecimentos profundos de anatomia, de 
fisiopatologia e de biomecânica. 
 Existem três tipos de acesso que expõe o quadril que são o anterior, 
lateral e posterior e quatro abordagens para a exposição do quadril: anterior, 
anterolateral, medial e posterior. 
 43
 No que tange ao procedimento cirúrgico, a técnica de Charnley é a mais 
empregada e utiliza-se a via de acesso lateral, uma vez que facilita a colocação 
da prótese acetabular em posição correta. 
O empenho maior é pela seção do grande trocanter a fim de abrir maior 
campo para a luxação da cabeça e quando há dificuldade de luxar a cabeça, 
secciona-se previamente o colo e depois se retira em dois ou três fragmentos. 
 Muitas vezes, até pelo fato de a medicina muitas vezes gerar 
insegurança em quem está adoentado e em seus familiares, talvez a grande 
questão a ser feita seja acerca de quando for necessário conduzir um paciente 
com sintomatologia de trauma no quadril até a mesa cirúrgica. 
 A artroplastia de quadril é uma cirurgia indicada para o tratamento de 
problemas na articulação coxofemoral, como fratura, artrose, artrite reumatóide 
e outros. 
A substituição total da articulação do coxofemoral pela prótese está 
indicada quando as demais intervenções cirúrgicas deixaram de ser optativas, 
assim como no paciente idoso que provavelmente não sobrevirá à duração da 
prótese. 
 A cirurgia de colocação de prótese de quadril é realizada principalmente 
em pacientes portadores de artrose grave da articulação natural do quadril, 
quando existe uma grande limitação dos movimentos e a dor é muito intensa, 
tornando as atividades diárias muito penosas. Em certos casos de fratura do 
colo do fêmur ou de necrose da cabeça do fêmur, justifica-se também a 
realização dessa cirurgia. 
A indicação mais freqüente para a artroplastia total de quadril é para os 
pacientes acima dos 60 anos, com atividade física limitada. Nenhum tipo de 
artroplastia, até o presente, é capaz de restaurar o quadril para a prática de 
desportos violentos. Na artrite reumatóide indica-se em qualquer idade, desde 
que o ataque a outras articulações tenha reduzido a capacidade funcional do 
paciente. 
 A dor é o principal motivo de limitação funcional para o paciente 
submetido à artroplastia total de quadril. 
 Para Martimbianco et al (2008), há um conjunto de intervenções que se 
complementam para que se obtenham melhoras significativas no processo de 
 44
reabilitação de quadril, e promoção de melhor qualidade de vida do paciente, 
proporcionando sua independência nas atividades de vida diária. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 45
CONCLUSÃO 
 
 
 
Precisa-se mais do que nunca de um mundo de regeneração. O eixo do 
tempo está acelerado e a passagem do tempo não é mera percepção. Atinge a 
tudo e a todos em geral. 
Nada pronto tudo a construir, desenvolver cada dia mais uma atitude 
reflexiva critica, para que tenham a percepção que o lado humano jamais pode 
ser colocado em segundo lugar. 
Que deve a cada dia ter respeito por todo ser humano que a for 
designado. 
O idoso, em especial, tem a necessidade de manter a habilidade de 
caminhar uma vez que será o fator preponderante para que continuem hábeis, 
independentes nas suas atividades diárias. Mesmo porque uma caminhada 
normal imporá menos riscos e probabilidades de quedas. 
Em assim sendo, que o profissional fisioterapeuta possa ser aquele que 
irá auxiliar, propiciar a este idoso que ele tenha, mesmo após um período de 
convalescença árduo e de muita dor, qualidade de vida, auto-estima, bem estar 
pessoal. Que sua capacidade funcional, seu estado emocional, sua interaçãosocial possam lhe oportunizar um convívio familiar sereno, tranqüilo. 
Todo ser humano merece nosso respeito e não estão aqui apenas por 
estar e sim para participar, atuar em prol da construção de solos mais férteis a 
cada dia. 
Que as Instituições de ensino e a sociedade possam perceber, olhar o 
futuro profissional fisioterapeuta como agentes de transformação pois, desta 
maneira, irá se iniciar um processo de recuperação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 46
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