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SÍNTESE DE ANALISE EXPERIMENTAL COMPLETA

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SÍNTESE DE ANALISE EXPERIMENTAL
O que é Metodologia Científica:
Metodologia científica é o estudo dos métodos ou dos instrumentos necessários para a elaboração de um trabalho científico. É a busca de soluções para problemas práticos ou teóricos.
O surgimento do método científico inicia-se a partir do século XII, o período do Renascimento. Após uma decadência geral da civilização na Idade Média, em que não houve praticamente nenhum avanço científico importante, os estudiosos europeus começaram a ter contato com o conhecimento e culturas além de suas fronteiras e voltaram a observar os trabalhos de antigos pensadores, como Aristóteles, Ptolomeu e Euclides. Uma comunidade científica mais ampla foi, então, sendo construída.
Foi com Roger Bacon (1214-1292) e Francis Bacon (1561-1626) que a ideia de método científico foi começando a surgir, buscava o fim da aceitação cega de certas idéias bastante divulgadas e defendeu a experimentação como fonte de conhecimento e um dos responsáveis pela base do empirismo.
Já Francis Bacon foi quem fixou a base do que Descartes transformou, mais tarde, em método científico. Ele deu ao conhecimento um caráter mais funcional e afirmava que apenas a investigação científica poderia garantir o desenvolvimento do homem e o domínio do mesmo sobre a natureza. Abordou a investigação científica que pregava o raciocínio indutivo, com o título de "Novum Organum Scientiarum". Suas idéias foram fortemente influenciadas por Nicolau Copérnico (1473-1543) e Galileu Galilei (1564-1642).
Foi, no entanto, com a obra "Discurso do Método" de René Descartes (1596-1650) que foram lançados, de fato, os fundamentos do método científico moderno.
Apesar de concordar com Francis Bacon em relação à natureza ser entendida e modificada em favor do homem, Descartes dizia que os sentidos devem ser questionados e não são o caminho para o conhecimento verdadeiro. Para o filósofo, a única coisa que da qual não se pode duvidar é o pensamento, pois este é o fruto da razão, que é o que gera a certeza. Isso o levou à máxima "cogito ergo sum" - "penso, logo existo".
Descartes propôs através da explicação matemática e racional dos fenômenos e a sua mecanização: para se compreender um todo, bastaria se compreender as suas partes. Assim, a dedução cartesiana, onde as experiências apenas confirmam os princípios gerais fixados pela razão, ocupa o lugar do pensamento indutivo de Bacon. O método científico de Descartes predominou até o início do século XX e ficou conhecido como "Determinismo Mecanicista".
Após Descartes, enfim, definir o método científico, o pensador Auguste Comte (1798-1857) contribuiu para torná-lo mais abrangente. Em sua obra "Lei dos três estados", Comte diz que o conhecimento humano evoluiu do estado teológico para o metafísico, e este evoluiu para o estado positivo, onde não se buscam mais as causas das coisas, mas as leis efetivas da natureza. A partir daí, ele organizou o conhecimento da natureza, composta por classes de fenômenos, em cinco Ciências distintas: Astronomia, Física, Química, Filosofia e Física Social, além da Matemática que, segundo o pensador, é considera a "ciência zero", porque todas as outras dependem dela. Assim, o método científico de Descartes foi expandido por Comite das Ciências Naturais para as Ciências Sociais e Humanas.
A Metodologia científica é uma disciplina que estimula o aprendizado, levando o aluno a tirar o melhor proveito de uma leitura, da análise e interpretação dos textos pesquisados, o que vai ajudar na originalidade dos textos acadêmicos, sempre fundamentados nas normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
É o conjunto de técnicas e processos empregados para a pesquisa e a formulação de uma produção científica.
A metodologia é o estudo dos métodos, especialmente dos métodos das ciências. É um processo utilizado para dirigir uma investigação da verdade, no estudo de uma ciência ou para alcançar um fim determinado.
O NASCIMENTO DA PSICOLOGIA COMO DISCIPLINA CIENTIFICA
Desde a Grécia antiga que o homem teve a necessidade de se conhecer. Alguns filósofos preocupavam-se em definir a relação do homem com o mundo através da percepção. Assim com esta preocupação em explorar o homem, existiu uma evolução nessas matérias. William James John Watson, Pavlov e Wundt deram a sua contribuição para o desenvolvimento cientifico da psicologia com várias teorias, entre elas podemos referir o Behaviorismo, o Estruturalismo, a Psicanálise e o Construtivismo. O estruturalismo é defendido por Wundt e vai de encontro com a organização estrutural dos processos mentais que se associam. Wundt procura decompor a mente nos seus elementos simples, as sensações. Médico, filósofo e psicólogo, Whundt é considerado um dos fundadores da psicologia moderna.
Desta forma a psicologia surge como um ramo da filosofia sendo o primeiro ramo especifico a surgir.
Foi no século XIX com Wundt que a psicologia se afirmou como ciência, Wihelm Maximilion Wundt foi o criador do primeiro laboratório de psicologia em 1879 e nele foram medidas e classificadas as sensações no seu aspecto visual, táctil, olfactivo e cinestésico.
Podemos desta forma referir que “a psicologia possui um longo passado, mas uma curta história…”, na medida em que a psicologia começou à muito tempo fruto do questionamento das pessoas sobre si mesmas e sobre as suas acções, mas tendo como principio a filosofia. Na actualidade a psicologia é vista como uma ciência estudando o comportamento humano.
Behaviorismo metodológico
“Pode-se identificar, pelo menos, duas classes de comportamentalismo. Para o comportamentalista metodológico, o comportamento pode ser investigado e explicado sem um exame direto dos estados mentais. Este comportamentalismo tende a ser mediacional, se aceita a existência de estados mentais sobre uma base inferencial, e as variáveis mediacionais, intervenientes, constituem a base habitual para a investigação formal e a consistência teórica. A metodologia hipotético-dedutiva constitui, normalmente, a estratégia eleita para tais investigações. É perfeitamente possível ser um comportamentalista metodológico e apoiar conceitos tais como o livre arbítrio, o autocontrole, a cognição e o perceber-se 
Behaviorismo radical
“Em oposição, está o comportamentalista metafísico ou radical, que nega a existência de estados mentais como proposições úteis. O comportamentalista radical, tende a ser não-mediacional, antimentalista, nunca inferencial e a favorecer a indução sobre a comprovação formal das hipóteses” 
Nas faculdades de psicologia, é comum encontrarmos professores que são da abordagem da psicologia comportamental, mas uns sendo metodológicos e outros radicais.
Skinner definiu a sua abordagem como behaviorismo radical (em oposição ao behaviorismo metodológico de Watson, Hull, e Tolman) por considerar não só os comportamentos observáveis, mas, igualmente, os comportamentos chamados encobertos como o auto-controle, o pensamento, entre outros. A diferença para outros tipos de psicologia “mentalistas” consiste na tentativa de estabelecer relações funcionais entre o meio ambiente e tais comportamentos. Ou seja, não há a negação destes comportamentos que não podem ser observados diretamente por outros observadores – excluindo o próprio indivíduo – porém, não há a necessidade de criar entidades tais como inteligência, personalidade, motivação, etc.
ANÁLISE EXPERIMENTAL DO COMPORTAMENTO
A análise experimental do comportamento não é uma área da psicologia, mas uma maneira de estudar o objeto da psicologia, que seria o estudo de interações organismo-ambiente.. A análise experimental do comportamentos surgiu do Behaviorismo Radical, vindo a dar ênfase aos estudos que abrange a parte empírica. A Análise Experimental do Comportamento é a parte da Análise do Comportamento que fica responsável por estudar as formas de coleta, mensuração e análise dos dados advindos das pesquisas que se utilizam da análise funcional e de conceitos revistos e analisados.A análise do comportamento, que não se limita à análise experimental do comportamento, origina-se de uma posição behaviorista assumida por Skinner por motivos mais históricos que puramente lógicos. Skinner parte da constatação de que há ordem e regularidade no comportamento. O estudo científico do comportamento aperfeiçoa e completa essa experiência comum, quando demonstra mais e mais relações entre circunstâncias e comportamentos, e quando demonstra as relações de forma mais precisa (Skinner, 1978).
Para Skinner, o material a ser analisado provém de muitas fontes, das quais a análise experimental do comportamento é apenas uma delas. Skinner aponta a utilidade de observações casuais, observação de campo controlada, observação clínica, observações controladas do comportamento em instituições, estudo em laboratório do comportamento humano, e por fim, estudos de laboratório do comportamento de animais abaixo do nível humano. Estuda também interações envolvendo outros animais sempre que houver algum motivo para supor que tais estudos possam ajudar no esclarecimento de interações homem-ambiente. A análise experimental do comportamento busca relações funcionais entre variáveis, controlando condições experimentais (variáveis de contexto - Staddon, 1973), manipulando variáveis independentes (mudanças no ambiente) e observando os efeitos em variáveis dependentes (mudanças no comportamento).
Através de análise, os psicólogos chegam aos conceitos de estímulo e resposta. Um estímulo pode ser provisoriamente definido como uma parte, ou mudança em uma parte, do ambiente, já uma resposta pode ser definida como uma parte, ou mudança em uma parte, do comportamento. 
A análise do comportamento desenvolveu-se como uma linguagem da psicologia, aperfeiçoou: métodos de estudo para questões tradicionais da psicologia, abriu novos campos de pesquisa e gerou tecnologias em uso por parte. 
Os métodos de trabalho na pesquisa caracterizam-se pela utilização conjunta dos seguintes aspectos quando o trabalho é de análise experimental:
1- Estudo intensivo do comportamento do indivíduo.
2- Controle escrito do ambiente experimental.
3- Uso de uma resposta repetitiva que produz pouco efeito imediato no ambiente.
4- Meios eficazes de controle do comportamento do sujeito.
5- Observação e registro contínuo do comportamento.
6- Programação de estímulos e registro de eventos automáticos
Após Watson, temos outro importante pesquisador da mesma linha: B.F. Skinner. O Behaviorismo Radical, como foi nomeado por Skinner, teve grande aceitação nos Estados Unidos e no Brasil. 
Este pesquisador propôs que essa filosofia da Ciência do Comportamento se desse através da análise experimental do comportamento. O Behaviorismo destaca-se entre varias teorias que estuda o comportamento humano e a aprendizagem são comportamentos resultantes de interação com o ambiente. 
Estudar o comportamento de ratos nos fornece indagações, informações sobre o comportamento humano, pois a fisiologia desse mamífero roedor se parece, em algum grau, com a fisiologia humana. Esta abordagem teve como propulsor Skinner que procurou explicar como funciona o comportamento humano e de animais através da observação. 
O programa Sniffy Virtual simula uma forma de condicionamento clássico denominada resposta emocional condicionada (CER) o paradigma experimental para a medida daquilo que foi descrito por Estes e Skinner (1941).
A Caixa de Skinner foi um instrumento para experiências com animais e foi através deste experimento que o psicólogo pode descrever os tipos de reforços. Essa experiência foi usada na modelagem de comportamentos e foi através da mesma que se pode notar a obtenção de novos comportamentos através do reforço e, ainda, que comportamentos indesejados foram extintos com o não reforçamento do comportamento. 
Skinner identificou dois tipos de respostas, através de estudos em laboratórios, que hoje 
conhecemos como as respondentes e as operantes. As respondentes são aquelas observadas 
nos estudos de Pavlov e Watson, ou seja, são respostas que o organismo reproduz por causa de determinado estímulo. Demonstrada no experimento a seguir: As respostas operantes 
identificadas por Skinner são aquelas que não dependem de estímulos, ou seja, são naturais do organismo, elas operam no meio externo, o modificando.
DEFINIÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DE EVENTOS COMPORTAMENTAIS E EVENTOS AMBIENTAIS
-Os eventos ambientais são todas as mudanças que ocorrem no ambiente durante a observação.
-É importante registrar os eventos ambientais em função da interação entre os comportamentos da pessoa observada e do ambiente.  Os comportamentos de uma pessoa podem alterar o ambiente, e também podem ser afetados por alterações do ambiente.
-Os eventos ambientais podem ser físicos e sociais.
EVENTOS AMBIENTAIS: EVENTOS FÍSICOS
-Os eventos físicos são todas as mudanças físicas que acontecem no ambiente durante a observação (e.g. iluminação ou escurecimento do ambiente).
-Os eventos físicos podem aparecer em decorrência de uma ação da pessoa observada, da ação de outras pessoas, ou da natureza.
-Os eventos físicos podem surgir antes o após um comportamento.
-Os eventos que ocorrem antes de um comportamento e se relacionam a este comportamento são denominados de eventos antecedentes.
-Os eventos que vem após o comportamento e se relacionam a ele são denominados de eventos conseqüentes.
EVENTOS AMBIENTAIS: EVENTOS SOCIAIS
-Os eventos sociais são todos os comportamentos das outras pessoas presentes na situação de observação, que podem afetar o comportamento do sujeito observado.
-A simultaneidade de comportamentos, emitidos pelo sujeito e outras pessoas presentes, bem como sua rapidez e interdependência, produzem uma situação extremamente complexa. Devido a isso, o registro de eventos sociais requer uma atenção especial.
-Os eventos sociais podem acontecer antes ou depois do comportamento do sujeito observado, constituindo-se eventos antecedentes ou conseqüentes.
DEFINIÇÃO DE EVENTOS AMBIENTAIS E COMPORTAMENTAIS
-Definir os eventos ambientais e comportamentais é descrever as características mediante as quais o observador identifica o evento.
-A definição garante a comunicação e facilita a compreensão dos eventos observados.
-A definição dos eventos ambientais e comportamentais deve ser feita em linguagem objetiva, clara e precisa.
-A definição deve ser feita de forma direta ou afirmativa, indicando as características do objeto ou do comportamento, e evitando-se o erro de dizer o que ele não é (e.g. não se deve definir ‘ficar em pé’ por ‘deixar de estar sentada’.
DEFINIÇÃO DE EVENTOS COMPORTAMENTAIS: MORFOLOGIA E FUNÇÃO
-Os eventos comportamentais devem ser definidos a partir de dois aspectos específicos: o aspecto morfológico e o aspecto funcional.
-Os aspectos morfológicos estão relacionados com a postura, aparência e movimentos apresentados pela pessoa observada. O referencial para realizar a definição é o próprio corpo da pessoa.
-Os aspectos funcionais ressaltam os efeitos produzidos pelo comportamento no ambiente. O referencial para realizar a definição é o ambiente externo.
-As definições mistas focalizam tanto os aspectos morfológicos quanto os aspectos funcionais.
A DEFINIÇÃO DE EVENTOS COMPORTAMENTAIS E O OBJETIVO DO ESTUDO OBSERVACIONAL
-O objetivo do estudo observacional determina o tipo de definição que a ser utilizado. 
Exemplo: A definição morfológica do comportamento é a mais adequada para analisar e/ou descrever o tratamento de uma pessoa com deficiência física.
-Quando o comportamento observado não produz mudanças perceptíveis no ambiente externo, a definição morfológica é mais adequada.
-Quando os aspectos morfológicos são difíceis de identificar e observar, a definição funcional é preferível.
CLASSIFICAÇÃO DE EVENTOS COMPORTAMENTAIS
-A classificação de eventos comportamentais é uma forma de organizar as informações/dados disponíveis, estabelecendo relações, seqüências euniformidade entre os eventos observados.
-A primeira forma de classificação de eventos ocorre quando se delimita as unidades de análise a serem consideradas.
-Unidade de Análise: Ponto de recorte que permite agrupar o comportamento dentro de uma mesma categoria ou classe. Exemplo: arrumar a cozinha, lavar a louça, etc.
Como proceder ao classificar os comportamentos? E Tipos de agrupamentos em classes
-As classes formadas devem ser mutuamente excludentes.
-Todos os comportamentos observados e registrados, que estejam relacionados ao objetivo do trabalho, devem ser classificados.
-O observador deve ser coerente com o critério utilizado, se optou pelo critério funcional deve utilizá-lo exclusivamente.
Tipos de agrupamentos em classe:
-Agrupamentos pela morfologia.
-Agrupamentos pela funcionalidade.
-Agrupamentos mistos ou pela morfologia e função.
Análise Funcional do comportamento
A análise funcional é um método básico de entendimento do comportamento.Ele consiste em avaliar as variáveis ambientais que afetam o comportamento e suas características. 
As variáveis ambientais são as variáveis independentes(terminologia usual de um contexto de pesquisa científica), e portanto são aquelas variáveis que são entendidas como influenciadoras de um determinado comportamento e que são investigadas através de sua manipulação. Já o comportamento ou suas características, são as variáveis dependentes, que são causadas ou modificadas pelo efeito do ambiente. O ambiente pode ser interno ou externo ao organismo mas ele é sempre externo ao comportamento. Isso se da por uma razão bem simples,nenhum evento pode causar a si mesmo.
Isso é feito por meio da identificação dos estímulos reforçadores, estímulos discriminativos, estímulos eliciadores e operações motivacionais das quais o comportamento é função.
Esses termos se referem aos processos de modificação de comportamento estudados, e cuidadosamente controlados, em pesquisas experimentais com humanos e animais, há séculos. Portanto, não são provenientes de especulações teóricas-filosóficas das tradições em psicologia.
O ponto de vista crucial é que o reforçamento é um processo histórico de aprendizagem. Alguém pede água não porque o reforçamento irá ocorrer e ela receberá água, mas porque o pedido foi consistentemente reforçado no passado, tornando-se parte do repertório daquela pessoa. Inclusive o comportamento verbal pode ter outras funções que não a explícita no pedido (receber água). Dependendo da situação, pode ter a função de “puxar conversa” e estabelecer um vínculo com o outro, ou distraí-lo para furtar algum pertence, dentre tantas possibilidades que ficam ocultas, quando o foco recaí apenas para o conteúdo linguístico.
Por isso, o comportamento verbal não se limita ao aspecto estritamente linguístico (o conteúdo), mas aos aspectos globais das interações e as suas possíveis e múltiplas funções.
A Análise Funcional requer a compreensão histórica única de cada cliente e isso nos permite identificar funções diferentes, apesar de muitos comportamentos serem semelhantes (como os comportamentos  psicopatológicos agrupados em categorias, tais como: transtorno do pânico, fobias, depressão, dependência de substâncias, etc.).
A Análise Funcional é pragmática e conduz a intervenções passíveis de testes e controle. Ela visa modificar os padrões de respostas e ampliar o repertório de comportamentos que sejam mais adaptados à situação, tornando-os mais funcionais e 
dinâmicos.
É isso o que dá as pessoas a sensação de autonomia, bem estar e realização pessoal, sendo um dos objetivos centrais das terapias comportamentais.
EXEMPLO DE ANÁLISE FUNCIONAL DA FOBIA SOCIAL
MEDO
O medo é uma das emoções básicas apresentadas pelos seres humanos e por animais . Essa emoção faz parte do comportamento desses organismos por ter sido selecionada ao longo da evolução dessas espécies. O medo se caracteriza como sendo um comportamento que possibilita aos organismos evitarem situações que podem lhes causar danos , e ocorre diante de estímulos ameaçadores, evento pode estar presente ou pode ser iminente.
Quando o medo é exagerado ou quando ocorre em situações em que a maior parte das pessoas não emitiria esse tipo de comportamento, ele passa a ser considerado como fobia e classificado como um distúrbio de comportamento. O medo e a fobia são acompanhados por ansiedade e nas situações que eliciam esses comportamentos observa-se uma frequência alta de comportamentos de esquiva (Barros Neto, 2000). Esse conjunto de comportamentos (ansiedade, medo, esquiva ou fuga) compõe o que é denominado fobia (Silvares & Meyer, 2000). Além desses comportamentos, fazem parte desse padrão comportamental os pensamentos negativos e todas as alterações fisiológicas eliciadas, tais como tremor, taquicardia, rubor ou palidez, sudorese.
Exemplo
uma pessoa com fobia de um animal, como gatos, sai correndo do ambiente onde viu um gato ou faz um desvio se houver um gato em seu caminho.