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Geografia Cultural. Tema 2: Espaço, Cultura e Religião. • A compreensão entre o sagrado e o profano, se dá na leitura e interpretação das representações simbólicas das territori- alidades religiosas. • Envolve a identificação e análise das dimen- sões econômica, política e de lugar. A Religião. • Deve ser pensada em termos de espacia- lidade e se refere às relações entre suas representações simbólicas. • A existência do sagra- do e do profano é envolvida pelos bens simbólicos e pelas relações de mercado e de rede. A Dimensão Econômica do sagrado/profano. • Os bens simbólicos se diferenciam dos não simbólicos por terem valores culturais e significados que precisam ser decifrados. • Os atos culturais apre- sentam a sua particu- laridade por sua di- mensão simbólica. • São públicos e observáveis. A Dimensão Econômica do sagrado/profano. • A produção de objetos simbólicos se assenta institucionalmente. • Existem corpos de especialistas religio- sos que constroem o capital religioso. • O geógrafo cultural, além de descrever os bens simbólicos de um lugar deve compreendê-los como fato carregado de sentido para a compreensão da realidade do espaço do sagrado/profano. • A demanda de objetos simbólicos está sujeita à sazonalidade. • A dinâmica dos luga- res sagrados a partir das necessidades infraestruturais. • Exemplos brasileiros apresentados no PLT: a multiplicidade de filiais da Igreja Universal do Reino de Deus e a seita Sesho No Ie. • Especialização do trabalho religioso estabe- lecido a partir da divisão do trabalho. • Relação entre a espacialidade e as estraté- gias de poder presentes na distribuição territorial das práticas e lugares religiosos. • Ex.: expansão das dio- ceses de acordo com a hierarquia de poder da igreja católica romana com objetivo de controle e vigilância. A Dimensão Política do sagrado/profano. • A territorialidade é construída a partir da identidade do território pela encarnação da relação simbólica em função da vivência coletiva da fé. • A dimensão política na realidade espacial religiosa é baseada na vivência coletiva da fé em um território organizado pela representação física: igrejas, sinagogas, templos e mesquitas. • As estratégias espaci- ais determinadas pela dimensão política da religião servem para a afirmação de poder de uma dada religião. • A territorialidade está ligada à dinâmica espacial dos grupos na vivência religiosa que engloba os fixos (lugares sagrados) e os fluxos (itinerários). • O elo entre religião e territorialidade. Continuando Tema 2: Espaço, Cultura e Religião. • O lugar sagrado é o local em que ocorrem os rituais religiosos, e em sua paisagem é possível identificar traços culturais de uma dada religião. • O lugar sagrado possui valor simbólico e é fruto da apropriação de uma comunidade religiosa. A Dimensão de lugar do sagrado/profano. inclusões/exclusões e de dominação/subordi- nação • É preciso analisar uma série de fatores em cada comunidade religiosa. • Cabe à Geografia explicar a produção da paisagem dos lugares sagrados. • A compreensão de tal lugar implica em perceber as relações hierárquicas de uma comunidade sobre a outra e as relações de • A abrangência territo- rial do lugar: pode ser um rio, uma cidade sagrada do hinduísmo, a cidade de meca para os islâmicos, Apare- cida do Norte. • A difusão da fé pode provocar aculturação entre as populações de lugares simbólicos em formação. Ex.: expansão europeia a partir do século XV, gerando conversão, destruição e novas formulações simbólicas. o número de partici- pantes. • Desta forma, é possível considerar o lugar sagrado real e o lugar sagrado imagi- nado. • O lugar sagrado pode ter a territorialidade definida pelo alcance da mente imaginativa, como a construção de um círculo sagrado que pode ser estabelecido em qualquer lugar e possuir as suas dimensões conforme • O sentido de pertenci- mento é ligado ao calendário litúrgico e ao tempo sagrado de festas e cerimoniais que ocorrem no lugar sagrado. • A identidade religiosa é exercida na vivência dos lugares. • Há diferentes formas de se marcar o lugar e manter viva a memória no tempo e no espaço. • A construção do lugar sagrado é fundamental para a manutenção da comunidade religiosa, requerendo seu envol- vimento e cooperação por longo período. • A ligação emocional é criada com a edificação do lugar sagrado, gerando fami- liaridade com ele. • A aprendizagem no espaço também leva à identificação e à ligação com ele. • Hierópolis ou cidades-santuários são lugares considerados sagrados para algumas comunidades religiosas. • Existem os pequenos núcleos de povoamen- to que, periodicamen- te, se transformam em cidades-santuários conforme o calendário. As Hierópolis. os ritmos próprios do templo sagrado. • O alcance espacial da fé possui natureza específica que não se manifesta pelas leis de mercado. Rosendahl (2002) considera seis caracterís- ticas que dão unidade às hierópolis: • Predominância do sagrado sobre o profano nas funções urbanas. • Ritmo dominante da vida urbana conforme • A organização do es- paço interno da cidade se dá pela lógica do sagrado. • As hierópolis desem- penham importante papel político. Prosseguindo nas características consideradas por Rosendahl (2002) para a unidade das hierópolis: • Os roteiros dos devotos não são racionais segundo os padrões da economia. Agora é sua Vez Tema 2: Espaço, Cultura e Religião. representações simbólicas das territorialidades religiosas e envolve a identificação e análise das dimensões econô- mica, política e de lugar. Pensando na Geografia Cultural, responda as seguintes perguntas: 1. Como se dá a compreensão entre o sagrado e o profano? - se dá na leitura e na interpretação das 3. O que estabelece a sazonalidade da demanda dos bens sagrados? • A sua demanda vai deopender dos even- tos previstos nos calendários religiosos. 2. O que diferencia os bens simbólicos dos não simbólicos? • Os bens simbólicos se diferenciam dos não simbólicos por terem valores culturais e significados que precisam ser decifrados. 5. O que são hierópolis? • São as cidades-san- tuários, sendo consi- deradas lugares sagra- dos para algumas comunidades religio- sas. 4. Como se materializa e se identifica um lugar sagrado? • o local sagrado é marcado pelos rituais reli- giosos que nele ocorrem, sendo possível i- dentificar traços culturais em sua paisagem. Finalizando Tema 2: Espaço, Cultura e Religião. • A compreensão entre o sagrado e o profano: identificação e análise das dimen- sões econômica, política e de lugar. • A espacialidade e as representações simbólicas. • Os bens simbólicos e as relações de mercado. Considerações Finais • A produção de objetos simbólicos. • Os corpos de especialistas religiosos que constroem o capital religioso. • A sazonalidade da demanda de objetos simbólicos. • Os lugares sagrados e as necessidades infraestruturais. Considerações Finais • A espacialidade e as estratégias de poder nas práticas e lugares religiosos. • identidade do território pela encarnação da relação simbólica • O território organizado pela representação física como igrejas, mesquitas e sinago- gas. Considerações Finais • O elo entre religião e territorialidade. • O lugar sagrado e os traços culturais na paisagem. • A possibilidade de aculturação pela difusão da fé. • A abrangência territorial do lugar sagrado. Considerações Finais • O sentido de pertencimento e o calendário litúrgico. • A identificação com o lugar sagrado. • Ashierópolis ou cidades-santuários • As características que dão unidade às hierópolis. Considerações Finais Referências ROSENDAHL, Zeny. Diversidade, Religião e Política. Espaço e Cultura. Departamento de Geografia-UERJ. n. 11 e 12, p. 27-32. Jan. dez. 2001. Disponível em: <http://www.e- publicacoes.uerj.br/index.php/espacoecultura /article/view/7344/5338>. Acesso em: 21 out. 2014. CORRÊA, Roberto Lobato; ROSENDAHL, Zeny (Orgs.). Introdução à Geografia Cultural. 5ª. Edição. Rio de Janeiro: Editora Bertrand Brasil, 2011. NORDI, Iara Castellani. Geografia Cultural: Espaço, Cultura e Religião. Caderno de Atividades. Valinhos: Anhanguera Educacional, 2015. Referências COSTA, Otávio José Lemos. A imaginação geográfica e as representações dos lugares sagrados. Espaço e Cultura. Departamento de Geografia- UERJ. n. 32, p. 48-60. Jul. dez. 2012. Disponível em: <http://www.e- publicacoes.uerj.br/index.php/espacoecultura/article/view/6975/4913>. Acesso em: 21 out. 2014.
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