Buscar

Fisiologia do pâncreas, fígado e vesicula biliar

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 35 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 35 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 35 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Continue navegando


Prévia do material em texto

Fisiologia do Pâncreas, 
Fígado e Sistema Biliar
Pâncreas
• Órgão que apresenta funções endócrinas e exócrinas
• Região endócrina:
– Localiza-se nas Ilhotas de Langerhans onde as células , ,  e PP
secretam respectivamente glucagon, insulina, somatostatina e polipeptídeo
pancreático.
• Região exócrina:
– Constituído de um ácino por células acinares piramidais drenado por um
ducto intercalado que unem-se formando o Ducto de Wirsung.
– As células acinares são especializadas na síntese de e armazenamento de
enzimas digestivas sendo sua membrana baso-lateral constituída por
receptores de hormônios e neurotransmissores que estimulam a secreção
de enzimas. A região apical contém grânulos de zimogênio que armazenam
as enzimas digestivas.
– A presença de junções aderentes entre as células acinares. As células
epiteliais dos ductos são cubóides e piramidais que se estendem para
dentro do ácino formando as células centroacinares.
Secreção Pancreática 
• Mais importante secreção digestiva em torno de 1200ml/dia com pH
alcalino  8,2
• 1) Secreção de água e eletrólitos
– Confere volume e pH a secreção. A secreção iônica confere a mesma
osmolaridade do plasma devido ao alto conteúdo de bicarbonato (HCO-3)
com pH entre 7,6 a 8,2.
– Os principais cátions NA+ e K+ (concentração similar ao plasma) e
concentração de ânions, HCO-3 superior a do plasma e CL- reduzida a
do plasma.
– Função: Liberar enzimas pancreáticas na luz intestinal e neutralizar o
quimo ácido esvaziado no duodeno.
– Condições basais secreção produzida nos ductos intralobulares mas
quando estimulado pela secretina a secreção acontece preferencialmente
nos ductos extralobulares.
– Secreção: incolor, translúcida, alcalina e isotônica com o plasma.
– Fluxo: repouso: 0,2 a 0,3ml/min e quando estimulado pode chegar até 4
ml/min aumentando [ ] de HCO-3 a medida que este fluxo aumente e
reduz a[ ] de CL-
– Regulação celular da fração aquosa.
Secreção de Enzimas do Pâncreas 
• Destacam-se as famílias das enzimas: amilolíticas, lipolíticas e
proteolíticas.
• Enzimas amilolíticas - Amilases
– Amilase pancreática e salivar tem a mesma função porém agem e pH
diferentes  8,2 e 6,8 respectivamente.
– Agem no amido e glicogênio nas ligações glicosídicas -1,4 com
produtos da digestão são maltose, maltotriose e dextrina que são
hidrolisadas totalmente por enzimas da borda de escova da mucosa
intestinal
• Enzimas lipolíticas – Lipases
– Lipases pancreática – ação ótima em pH 8,0. única lípase eficiente que
hidrolisa as gorduras da dieta liberando os ácidos graxos da posição 1
e 3 do glicerol e monoglicerol com ácido graxo na posição 2 do glicerol.
– Ação eficiente depois que sais biliares emulsificam as gorduras
tornando-as mais solúveis em água.
– Outras enzimas lipolíticas
– Carboxilesterase – hidrolisa ésteres de colesterol, ésteres de vitaminas
lipossolúveis
– Enzimas hidrolizantes de fosfolípideos – Fosfolipase A2 que hidrolisa o
ácido graxo esterificado da fosfatidilcolina
• Enzimas proteolíticas – Proteases
– Secreta proteases inativas que são ativadas no duodeno e agem em diferentes
níveis da molécula protéica.
– Endopeptidases: clivam ligações adjacentes a determinados aminoácidos –
tripsina, quimiotripsina e elastase.
– Exopeptidases: clivam ligações peptídicas no grupo carboxil terminal das
proteínas – carboxilpeptidases.
• Tripsina
– Mais importante enzima secretada na forma inativa (tripsinogênio) ativado a
tripsina por enzima proteolítica que se encontra na mucosa duodenal –
enteroquinase assim evitando que a tripsina esteja ativa no pâncreas causando
pancreatite aguda.
– Pequena quantidade de tripsina ativa é produzida pelo pâncreas, mas este
secreta uma quantidade de inibidor da tripsina evitando o processo autocatalítico
sendo que no duodeno este fator fica diluído.
– Ação: endopepidase em substratos protéicos nativos ou sobre proteínas
degradas pela ação do HCl e pepsina no estomago formando peptídeos
menores.
• Quimiotripsina
– Assemelha-se a tripsina e secretada na forma de quimiotripsinogênio que é
ativado pela tripsina. Atua em pH 8,0 a 8,2 e age como endopeptidase nos
polipeptídeos clivados pela tripsina.
• Carboxipolipeptidases
– Secretada como pró-carboxipolipeptidase. Age com exopeptidase liberando
aminoácidos clivados pela ação da quimiotripsina
– Enzimas proteolíticas que agem sobre substratos protéicos mais específicos:
– RNA-ase, DNA-ase, Colagenase e Elastase
 
AS SECREÇÕES EXÓCRINAS PANCREÁTICAS
Regulação das secreção exócrina pancreática (ductos e 
ácinos) pelos hormônios intestinais
http://arbl.cvmbs.colostate.edu/hbooks/pathphys/digestion/pancreas/control.html
Fisiologia do fígado e sistema biliar
• Maior glândula do organismo.
• O fluxo sangüíneo ocorre através de sangue
arterial (20% vulnerável a hipoxia) e sendo que
a maior parte que chega ao fígado é de origem
venosa que drena o intestino delgado e grosso,
estômago, pâncreas e baço.
• O volume é aproximadamente de 1,5l/mim o
fluxo de veia mesentérica superior irriga o lobo
direito e o sangue origem esplênica o lobo
esquerdo.
http://www.nlm.nih.gov/medlineplus/ency/imagepages/1090.htm
Estrutura do fígado
• Divide-se em lobos nas quais as células dispõem-se de modo radiado
com a veia central e as ramificação da veia porta e artéria hepática na
periferia lobular na qual o sangue perfunde nos sinusóides hepáticos.
• A veia central forma as veias Hepáticas que deságua na vaia cava
inferior.
• Abaixo das células de Küpffer – espaços teciduais – espaços de
DISSE que conecta-se com os vasos linfáticos – remove o excesso
de liquído
• A Bile produzida pelos hepatócitos difundem dos canalículos biliares
para o ducto biliar.
• O parênquima hepático consiste de dois tipos celulares
• Hepatócito: Síntese da maioria das proteínas plasmáticas,
metabolismo de aminoácidos, carboidratos, lipídios, de hormônios, do
álcool, de drogas, e bile que é a rota de excreção de vários
metabólitos como a bilirrubina, colesterol e sais biliares.
• Células de Küpffer: são macrófagos capazes de fagocitar bactérias e
substâncias estranhas presentes no fígado
Atividade Metabólica do fígado
• O sangue flui pelos sinusóides que está em contato direto 
com os hepatócitos permitindo fácil troca pela captação e 
transferência de nutrientes, hormônios e metabólitos
• Compre função importante em diferentes vias metabólicas
– Síntese de proteínas plasmáticas principalmente albumina, exceto 
as IG
– Fatores de coagulação: fibrinogênio, fator V, VII, IX, X e XIII
– Componentes do sistema fibrinolítico que evitam o processo de 
coagulação
• Função excretora – detoxificação de substâncias 
hidrofóficas pelo hidroxilação microssomal P450, drogas, 
pesticidas, bilirrubina, colesterol.
• Armazenamento de vitaminas (A, D, E, K e B12) minerais 
(Fé, Zn, Cu).
• Metabolismo de Carboidratos:
– Importante para a concentração normal de glicose no
plasma (ação da glicose 6-fosfatase)
– Captar glicose plasmática e transformar em
glicogênio.
– Transformar compostos (frutose, galactose, glicerol,
resíduos de aminoácidos, lactato, piruvato e
oxaloacetato) em glicose.
– Influenciados por: insulina, glucagon, adrenalina
cortisol e tiroxina.
• Metabolismo de Proteínas:
– Controle dos níveis de aa livres, proteínas e uréia no 
plasma
– Síntese de várias aminoácidos – desaminação e 
transaminação – AST e ALT (aspartato 
aminotransferase e alanina aminotransferase
– Metabolismo com síntese de uréia e amônia (tóxica) 
para excreção pelos rins
• Metabolismo de Lipídios:
– Síntese de ácidos graxos, triglicerídeos, fosfolipídeos 
e Colesterol (LCAT)
– Produção de corpos cetônicos – exagerada oxidação 
de ácidos graxos pelo menor aporte de carboidrato(jejum ou diabetes)
– Regula o transporte de lipídeos - Lipoproteínas
• Metabolismo de Vitaminas:
– Diretamente relacionado com o armazenamento e 
metabolismo, principalmente das vitaminas 
lipossolúveis. 
– Vit. K metabolizada a parte estrutural da protrombina 
e Fator VII.
– Transformação do triptofano em ácido nicotínico pela 
ação da Vit B6;
– Síntese de co-enzimas e grupos prostéticos.
• Metabolismo de Hormônios:
– Importante função na inativação de 
hormônios: 
– corticóides e outros hormônios esteroidais 
que são conjugados a ácido glicurônico;
– Insulina e glucagon, vasopressina e tiroxina
– Hidroxilação da Vit. D formando a 25-
hidroxicolecalciferol
• Detoxificação de drogas:
– Drogas oxidadas, acetiladas ou conjugadas 
com ácido glicurônico
Excreção Biliar
• Bile produzida no fígado – passa para os canais biliares
intra-hepáticos até o ducto biliar comum e drenado
através do colédoco para a luz intestinal ou armazenado
na vesícula biliar.
• Produção diária 1000 ml
• Capacidade biliar – 50 ml – podendo armazenar até 12
horas (450 ml) sendo reduzido em 10 a 20% - processo
de concentração da bile (água, Na, Cl e outros
eletrólitos)
• Pode ser concentrada 5x
• Esvaziamento da Vesícula biliar – contração da parede
e relaxamento do esfínter de Oddi pelo estímulo da
presença de gordura no ID, CK, Acth (nevo vago)
• Constituída por pigmentos biliares, sais biliares,
colesterol, lecitina e eletrólitos.
Metabolismo dos pigmentos biliares
• Hemácias senescentes (120 dias) removidos pelo baço,
fígado, medula óssea e outros tecidos que contém
células do sistema macrofágio (sistema retículo
endotelial)
• Hemoglobina – anel de porfirina é aberto libera o Fe++ -
forma pigmento verde a biliverdina e reduzida forma a
bilirrubina
• Bilirrubina – pigmento de cor amarela, insolúvel a pH
(7,4) na água e passa para o plasma e liga-se
reversivelmente com a albumina (complexo bilirrubina-
albumina) conhecida como bilirrubina não conjugada
(indireta) na proporção molar de 2:1 (60 mg ligadas a
albumina) quando é captada pelo hepatócito na
membrana dos sinusóides.
• Passa para o reticulo endoplasmático sendo conjugada
com o ácido glicurônico formando Bilirrubina Conjugada
(Direta) que é solúvel em água sendo secretada para o
canalículo biliar e armazenada na vesícula
• A Bile quando lançada no intestino cumpre sua função
de emulsificação dos lipídeos e no íleo terminal e cólon
a bilirrubina sofre redução pela ação das enzimas das
bactérias.
• Transformada em urobilinogênio que é reabsorvido
(20%) pela mucosa intestinal (processo denominado –
circulação entero-hepática) voltando ao fígado e destes
aproximadamente 90% é novamente re-excretado. e
uma fração excedente passa para a circulação geral.
Uma parte é excreta pelos rins, para a forma de
urobilina - pigmento da urina.
• A maior parte do urobilinogênio sofre oxidações sendo
convertido a estercobilina pigmento de cor vermelha-
alaranjada que confere a cor característica à fezes.
• Excreção de pigmentos biliares –
– pelas fezes 250 a 300mg/dia
– pela urina 1 a 2mg/dia
REGULAÇÃO DA SECREÇÃO BILIAR
Produção de bile + circulação êntero-hepática dos sais biliares e 
esvaziamento da vesícula biliar e relaxamento de Oddi pela CCK
?
?
extraído de: Vander, Sherman & Luciano, 2002 – WEBsite original: http://www.biocourse.com/mhhe/bcc/domains/quad/topic.xsp?id=000270
Icterícia
• Aumento da concentração plasmática de bilirrubina acima dos níveis 
normais 0,2 a 0,8 mg/dl
• Quando superior a 2mg/dl confere tonalidade alaranjada a mucosas e 
pele
Podemos, portanto, diferenciar as causas de 
hiperbilirrubinemia de acordo com o tipo de bilirrubina 
aumentada
Bilirrubina não-conjugada Bilirrubina conjugada
Aumento da 
produção de 
bilirrubina
Hemólise
Eritropatias
Doença 
do fígado
Doença hepatocelular (ex: 
hepatites)
Hiperesplenismo, 
autoimune
Doença colestática (ex: 
CBP)
Eritropoese ineficaz (ex: 
talassemias)
Distúrbio 
do 
metabolis
mo
S. de Dubin-
Johnson
Destruição de hematomas
Síndrome de 
Rotor
Redução da 
conjugação
Hiperbilirrubinemia neonatal
Colestase 
benigna
Jejum
Colestase da 
gravidez
Síndrome de Gilbert
Doenças 
extra-
hepáticas
Doença do trato biliar (ex: 
tumor)
Síndrome de Crigler-Najjar
Doença pancreática (ex: 
carcinoma)
Formação e metabolismo dos ácidos biliares
• Metabolismo e excreção do colesterol pela formação de sais biliares
• São compostos tenso-ativos e representam produtos do
catabolismo hepático do colesterol
• Diversas reações enzimáticas de conjugação no Retículo
endoplasmático e mitocôndria hepática.
• Funções dos sais biliares
– Células hepáticas sintetizam 0,6g/dia de sais biliares
– Formados pelo colesterol da dieta e do produzido pelo fígado
– Colesterol transformado em ácido cólico ou quenodesoxicólico
– Ácido cólico + taurina e glicina = ácido biliares
– Solubilização das micelas que aumentam a difusão dos lipídeos para a
membrana intestinal
– São reabsorvidos intactos (ácidos biliares não ionizados) no íleo
terminal passando para a veia porta ligam-se a albumina retornando ao
fígado e secretado novamente (circulação entero-hepática dos sais
biliares).
– A fração não absorvida no íleo é metabolizada pelas bactérias para
ácidos biliares secundários e absorvida quase que na sua totalidade.
– A fração não absorvida excretada e representa 20 a 25% do pool total
de sais biliares responsáveis pela regulação da síntese (AB do novo)
• Formação de cálculos biliares - litíase biliar
– O colesterol pode sofre precipitação – cálculos
– Absorção excessiva de água, sais biliares, lecitina da 
bile
– Secreção excessiva de colesterol na bile
– Dieta rica em gordura e colesterol
– Níveis elevados de estrogênio, Diabetes mellitus, 
doença hepática e pancreatite
– Cristais biliares podem causas inflamação do epitélio 
da vesícula biliar – colecistite.
• Sinais e sintomas da colecistite aguda –
geralmente após refeição gordurosa
– Dor abdominal aguda (quadrante superior direito) 
– Cólica provocada pela passagem do cálculo 
– Eructação, Flatulência, Indigestão, Vômitos
– Tontura, Náusea, Calafrios, Icterícia