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1 
 
www.professorflaviomartins.com.br – Apostila ECA 
ECA Lei 8069/90 
(arts. 227/229 CF) – são titulares de direitos fundamentais com absoluta 
prioridade: 
Crianças - são pessoas com até 12 anos incompletos. 
Adolescente – pessoas entre 12 e 18 anos incompletos. 
Jovem – ECA não define quem é o jovem. A lei do pro-jovem define 
jovem como uma pessoa entre 18 a 29 anos (EC 65/2010) – Estatuto da 
Juventude (está para ser aprovado). 
Art. 2 - Aplicação do ECA: > 18a e < 21 anos, quando: 
 Caráter excepcional 
 Expressa previsão legal 
Os < 18 anos são inimputáveis (não pratica crime) – pratica ato 
infracional. 
A prescrição também se aplica aos atos infracionais (STJ/STF). 
Momento para aferir a inimputabilidade? 
É aferida no momento da conduta. 
Princípio da insignificância ou bagatela se aplica ao adolescente? 
Segundo o STF, este p. também se aplica aos atos infracionais, mas se 
o adolescente tem maus antecedentes será processado. 
Art. 229 CF aduz que os pais tem o dever de cuidar de seus filhos 
menores, e os filhos maiores tem o dever de assistir seus pais na velhice, 
carência ou enfermidade. 
Sistemas de responsabilidade infanto-juvenil 
Criança – criança só recebe medida de proteção. Rol não taxativo, art. 
101, ECA. 
Adolescente – recebe medida sócio-educativa: rol taxativo do art. 112, 
ECA. 
O adolescente pode receber medida de proteção quando: 
 Como complemento da medida sócio educativa 
 Se for vítima. 
Criança Adolescente 
< 12 anos >12 e ≤18 anos 
2 
 
Ato infracional Ato infracional 
Medida de proteção (art. 101, ECA). 
Quem aplica? Juiz e Conselho Tutelar. 
Exceção: a colocação em família 
substituta – só Juiz. 
Medida sócioeducativa. 
Quem aplica? Só o Juiz. 
Medida de proteção (art. 101, ECA). 
 Encaminhamento aos pais 
 Matrícula e frequência na escola 
 Tratamento psicológico/psiquiátrico 
 Tratamento de toxicômanos 
 Acolhimento institucional / familiar – prazo máximo: até 2 anos. 
 Colação em família substituta (+ grave), esta tem 3 modalidades: 
 Guarda 
 Tutela 
 Adoção 
Podem ser aplicadas isoladamente / cumulativamente (depende da 
necessidade da criança – caso concreto), e podem ser revistas a todo o tempo. 
Direitos do adolescente infrator 
 Flagrante de ato infracional, 
 Ordem judicial (juiz), 
 A apreensão do adolescente deve ser comunicada ao juiz e aos 
pais / responsável, 
 O adolescente apreendido tem o direito de saber qual a 
autoridade que o apreendeu, 
 O adolescente civilmente identificado (RG/Carteira 
profissional/passaporte etc) não será submetido à identificação compulsória 
(colheita de impressões digitais, fotográficas) salvo se houver dúvida quanto 
a sua identidade. 
Pode ser transportada no “chiqueirinho”? 
Não pode ser transportado em locais fechados de viaturas policiais. 
Direitos processuais do adolescente infrator 
 Devido processo legal – o juiz não pode desistir das demais 
provas em razão da confissão do adolescente, 
3 
 
 Igualdade processual 
 Defesa técnica 
 Assistência judiciária gratuita 
 Direito de ser ouvido pessoalmente pela autoridade 
 Direito de solicitar a presença dos pais/ responsável 
Medidas sócioeducativas 
1. Advertência (art. 115, ECA) 
Conceito: trata-se admoestação verbal, “esporro”. 
Única medida que para ser aplicada não precisa comprovar a autoria, 
basta que haja indícios suficientes de autoria (art. 114, §único). 
2. Obrigação de reparar o dano (art. 116, ECA) 
A reparação do dano é ampla, inclusive pela restituição da coisa - reflexo 
patrimonial, o adolescente deve reparar o dano. 
3. Prestação de serviços à comunidade (art.117, ECA) 
Trabalhos forçados são vedados. A prestação de serviços à comunidade 
tem caráter educativo. 
Prazo máximo – até 6 meses. 
Horas de trabalho – 8 horas semanais, preferencialmente no final de 
semana, feriados ou outro dia que não prejudique estudo e trabalho. 
4. Liberdade assistida (art. 118 e 119, ECA) 
Juiz nomeia um orientador, este acompanhará o adolescente, este 
também tem que fazer relatórios periódicos para o juiz. Tem maior chance de 
recuperação. 
Prazo mínimo – 6 meses, o juiz pode prorrogar, revogar ou converter 
em outra medida. 
O ECA não fixa prazo máximo para a liberdade assistida, mas a 
doutrina e jurisprudência falam em 3 anos. 
5. Semiliberdade e internação (art. 120, 121 a 125 ECA) 
São as únicas medidas que restringem a liberdade. Tudo que se aplica 
na internação aplica-se na semiliberdade, mas as atividades internas ocorrerão 
independentemente de ordem judicial. 
São as únicas medidas aplicáveis ao > 18 e < 21 anos. 
4 
 
Pode ser fixado inicialmente /forma autônoma (direto na sentença) ou 
como forma de progressão (depois da internação). 
6. Internação (art. 121 ao 125, ECA) 
É pautada por 2 princípios constitucionais: 
 Brevidade – não tem prazo previamente determinado, pois visa a 
recuperação do adolescente, mas não se sabe quanto tempo este estará 
recuperado. 
 Excepcionalidade – significa que a medida somente será 
aplicada como última hipótese. 
Modalidades: 
 Provisória – antes da sentença. Prazo: 45 dias. 
 Definitiva – a partir da sentença. 
Cabimento (art. 122) – rol taxativo 
 Ato infracional com violência ou grave ameaça, Internação 
 Reiteração de atos infracionais grave, sanção 
A reiteração ocorre a partir da 3ª conduta. 
 Descumprimento reiterado e injustificado de medida anteriormente 
imposta – internação regressão. 
Ex: tráfico de drogas – não pode ser internado. 
É obrigatória a oitiva do adolescente para a internação regressão. 
Prazo: a internação não tem prazo determinado. Aos 21 anos a 
desinternação / liberação é compulsória. 
Prazo internação sanção: prazo máximo de até 3 anos. Com 
reavaliação máxima a cada 6 meses. 
Prazo de internação regressão: prazo máximo 3 meses. 
O abrigamento é medida de proteção com prazo máximo de 2 anos e 
reavaliação máxima a cada 6 meses. 
Peculiaridades: 
É vedada a incomunicabilidade. 
A visita até mesmo dos pais pode ser suspensa, se for nocivo para o 
adolescente, mas não a do advogado. 
É permitida a visita íntima para esposa/ marido ou companheiro(a). 
5 
 
Atividades externas são permitidas, desde que não estejam proibidas na 
sentença. O juiz pode rever essa decisão. 
O adolescente poderá ficar no estabelecimento prisional desde que 
separados dos adultos e pelo prazo máximo de 5 dias. 
Podem ser algemados nas mesmas hipóteses dos adultos: risco de fuga 
ou risco de segurança pessoal. 
Procedimento para apuração de ato infracional 
O processo do adolescente é sempre na justiça ESTADUAL. 
A ação é sempre promovida pelo MP. 
Declaração de Riad – o adolescente não poderá ser tratado de maneira 
mais rigorosa do que o adulto. 
Fases: 
 Policial (art. 171 a 178) 
Apreensão em flagrante DELEGADO 
 
 AI leve e pais comparecem Flagrante 
 
 Liberação com BO MP 
O adolescente não pode ser levado em compartimento fechado em 
veículo oficial (policia). 
O adolescente somente poderá ser submetido a identificação criminal se 
houver dúvida fundada para fins de confrontação (se é adolescente ou não). 
 Ministerial (179 a 182) 
O MP faz a oitiva informal que poderá: arquivar, remissao ou 
representar. 
O MP faz a oitiva informal, esta não é obrigatória. O MP pode arquivar, 
vai para o juiz, se este discordar do arquivamento, este remeterá os autos para 
o procurador geral. 
Representação é peça que inicia o processo. 
 Judicial (183 a 190) 
Representação notificação (186) 
(182) 
 
Defesaprévia Audiência de (186) 
6 
 
 apresentação 
 
 
Audiência em continuação apelação (198) 
A representação pode ser oferecida sem prova pré constituída da autoria 
e da materialidade. 
A notificação do adolescente e de seus pais. Se os pais não forem 
encontrados o juiz dará curador ao adolescente. Se o adolescente não for 
encontrado o juiz suspende o processo e determina a expedição de busca e 
apreensão contra ele. 
Audiência de apresentação – é nula a desistência de outras provas é 
face da confissão do adolescente. 
Aplica-se prescrição a medida sócio educativa. 
A Defesa prévia é facultativa, no prazo de 3 dias1. 
Após a audiência será dada uma sentença. 
Se a medida sócio educativa aplicada for internação ou semi 
liberdade, serão intimados o adolescente e seu advogado. Para as outras 
medidas, será intimado apenas o advogado. 
Apelação prazo de 10 dias e tem efeito regressivo (juízo de 
retratação). 
Execução de medida sócio educativa 
É feito um plano individual e deste plano promotor e defesa serão 
intimados para se manifestarem no prazo de 3 dias. O plano pode ser 
impugnado sem efeito suspensivo. 
Remissão (perdão) 
Quem Efeito Limite 
MP Exclusão do processo Representação 
Juiz Suspensão/ extinção do 
processo 
Sentença 
O juiz pode cumular a remissão com todas as medida sócio educativas, 
salvo internação e semi liberdade (não pode cumular). 
Crimes do ECA (arts. 225 a 244-B) 
 
1
 3 anos é o prazo do mandato do conselheiro tutelar. 
7 
 
1. Ação penal nos crime de ECA 
Ação penal pública incondicionada para todos os crimes 
2. Tortura contra criança ou adolescente 
É previsto na lei de tortura e não no ECA. 
3. Pornografia infantil (foto /vídeo) 
a. Art. 241-E – conceito de sexo explicito ou pornográfica. 
Qualquer atividade sexual explicita real ou simulada. 
Exibição dos órgãos genitais para fins primordialmente sexuais (seios e 
nádegas não entra neste item). 
b. Art. 241 B – “crime do PC” 
Adquirir, possuir ou armazenar por qualquer meio foto ou vídeo, pouco 
importa o meio de armazenagem. 
Pena de 1 a 4 anos. 
Se for de pequena quantidade o material apreendido a pena será 
diminuída de 1/3 a 2/3. 
Causa se isenção de pena 
Não há crime se a posse deste material tem por finalidade a 
comunicação das autoridades deste que furtar por: 
 Agente público no exercício da função 
 Membro de associação legalmente constituída e que inclua entre 
as suas finalidades a repressão à estes crimes. 
c. (art. 241-C) Simular a participação de criança ou adolescente em 
cena de sexo explícito ou pornográfico. 
d. (art.241-D) Aliciar, assediar, instigar ou constranger criança com 
o fim de com ela praticar ato libidinoso (não abrange o adolescente). 
e. Pornografia infantil e competência – (art.109 CF) a competência da 
justiça federal ocorre quando houver crime à distância e também um tratado 
(entre países diferentes). O Brasil tem tratado contra a pornografia infantil. 
Se forem distribuídas fotos entre as pessoas de uma mesma sala a 
competência é estadual. 
Se estas fotos forem publicadas em ambiente aberto (blog, site, 
twitter,facebook etc) na internet a competência será federal. 
8 
 
Mas se forem enviadas fotos de email para email a competência é 
estadual. 
4. Corrupção de menores (art.244-B) 
Corromper <18 anos ou facilitar sua corrupção. 
Corromper = conspurcar (manchar). 
Houve alteração na jurisprudência ainda que o adolescente seja 
corrompido haverá o crime pois o adulto mantém o adolescente em estado de 
corrupção. 
5. Crime vender fogos de artifício que sejam capazes de provocar dano 
quando manuseados inadequadamente – depende do potencial lesivo 
(art.244). 
Infrações administrativas (art. 245 e 258-B) 
Art.250 – criança e adolescente não podem se hospedar em hotel, 
motel, pensão ou congênere, salvo: 
 Acompanhado dos pais ou responsáveis 
 Autorização por escrito 
 Autorização judicial 
Responsabilidade dos pais / responsáveis 
O ECA prevê que os pais também possam ser responsabilizados caso 
violem os direitos de seus filhos nos termos do art. 129 ECA. 
 Obrigação de matricular filho /pupilo e acompanhar a 
freqüência e aproveitamento escolar 
Tem obrigação de matricular o filho e acompanhar o seu 
desenvolvimento escolar. 
Parte cível 
1. Garantia da prioridade (art.4, §u) - garantia de primazia em 
receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias: crianças, 
adolescentes e mulheres. 
Garantia de pensar, formular políticas públicas e destinar recursos 
(verbas) com preferência – segundo o STF pode o poder judiciário determinar 
ao município que construa escola em determinado bairro para criança e 
adolescente. 
2. Direito à vida e à saúde (art. 8 e 10) 
9 
 
 O médico do parto será preferencialmente o médico do pré-natal. 
 Tem direito ao alojamento conjunto para mãe e o bebê. 
 Deve haver identificação plantar e digital do bebê e digital da mãe 
– identificação mínima. 
 Todos os documentos do parto e suas intercorrências devem ficar 
arquivados por 18 anos, no mínimo. 
3. Direito à liberdade (art.16) 
A criança e o adolescente têm o direito de ir, vir e estar nos logradouros 
públicos observadas as restrições legais. 
Toque de recolher / toque de acolher – consiste na restrição à 
liberdade de criança ou adolescente feita por juízes com base em portarias. O 
STJ considerou essa restrição ilegal. 
O adolescente internado provisoriamente tem direito a voto. 
Atualização legislativa 
Lei 12594/12 – lei de execução de medidas sócios educativas. 
1. Princípio da legalidade (art.35, lei) – o adolescente não pode ter 
tratamento mais severo do que o adulto. 
2. Direitos do adolescente internado – tem direito a visita íntima 
se for casado ou viver em união estável. 
3. Competência (art.36) – a execução da medida sócio-educativa 
no domicilio ou residência dos pais / responsável ou se não existirem, no 
local onde a criança for encontrada. 
4. Extinção da medida sócio educativa (art.46) 
 Pela morte 
 Ao completar 21 anos 
 Se houver condenação por crime em regime fechado ou semi-
aberto em execução provisória ou definitiva. 
Estado de filiação 
Direito personalíssimo: é imprescritível e irrenunciável. 
Formas de reconhecimento de paternidade: é irrevogável. 
Formas 
 Qualquer documento público ou particular 
10 
 
 Em testamento – ainda que revogado o reconhecimento continua 
válido. 
 Lei 8560/92 - investigação administrativa de paternidade. 
CRCPN (cartório registro civil de pessoas naturais) – fórum – audiência 
comparece o suposto pai e a mãe. Faz-se o DNA (não há sanção pela 
ausência de exame de DNA). O pai reconhece a paternidade. 
Investigação judicial de paternidade – neste caso se faltar no exame 
de DNA, presumi-se a paternidade. 
Ação negatória de paternidade 
Se reconhece a paternidade sabendo que não é seu filho biológico, não 
poderá mover a ação negatória. 
Obs. O STJ entendeu que a paternidade sócio-afetiva tem prevalência 
sobre a paternidade biológica. 
Modalidades de família 
Natural – pais ou qualquer um deles. 
Extensa ou ampliada – parentes próximos com os quais a criança / 
adolescente tem afinidade, afetividade e convivência. 
Substituta 
Guarda 
Tutela 
Adoção (irrevogável) – única que estrangeiro pode usar. 
Cuidado: Curatela não é modalidade de colocação em família substituta. 
Guarda (art.33) 
Noção: destina-se a regularizar uma situação de fato. 
Não necessariamente implica em afastamento com o contato de pais 
biológicos. 
Deveres materiaise morais: pode haver até mesmo oposição em 
relação aos pais. 
Adoção (art. 39/52) 
Concordância da criança/adolescente: 
Se > 12 anos é imprescindível seu consentimento. 
Se < 12 anos, será ouvido sempre que possível. 
Consentimento dos pais biológicos 
11 
 
Regra: obrigatório, porém o consentimento pode ser reiterado até a 
publicação da sentença. 
Exceção (não precisa de consentimento) 
 Quando forem desconhecidos 
 Ou destituídas do poder familiar 
Idade do adotante 
Mínima para adotar: 18 anos. 
Tem que haver 16 anos de diferença entre o adotante e o adotado. 
Vedações 
Não se pode adotar por procuração 
Ascendente não pode dotar descendentes 
Irmãos não podem se adotar 
O tutor e o curador podem adotar após prestar contas da tutela ou 
curatela. 
Modalidades de adoção 
Adoção conjunta - 2 pessoas só podem adotar se forem casadas ou se 
viverem em união estável. 
Adoção de união homoafetiva – ECA não prevê, jurisprudência 
autoriza. 
Adoção unilateral – é a adoção do padrasto ou madrasta. 
Adoção post mortem (nuncupativa) – adoção que se dá quando o 
adotante falece no curso da adoção. Continua a adoção desde que haja 
inequívoca prova da vontade de adotar. 
Normalmente a adoção produz efeitos a partir da sentença, mas neste 
caso, os efeitos se dão a partir do óbito do adotante. 
Adoção internacional – ela se dá quando o adotante é residente / 
domiciliado fora do Brasil, ex: Gisele. O brasileiro tem preferência neste caso. 
Adoção e registro civil 
O registro original do adotado é cancelado. 
O novo registro poderá ser feito no domicílio do adotante. 
Pode haver a mudança do pré-nome, e se for >12 anos é indispensável 
a concordância do adotado. 
12 
 
Se o adotado é > 18 anos ele tem direito de conhecer sua origem 
biológica. 
Se < 18 anos, também é garantido esse acesso assegurado a 
assistência jurídica e psicológica. 
O ECA não prevê idade mínima. 
Estágio de convivência 
Período em que adotante e adotado passam juntos para ver se 
funcionam como família. 
Se adoção internacional prazo min. 30 dias cumpridos em território 
nacional. 
Se for adoção nacional não há prazo mínimo. 
Autorização para viajar 
Viagem nacional (art 83) 
Adolescente não precisa de autorização, só a criança. Para a criança é 
dispensável a autorização quando: 
 Estiver acompanhada dos pais/ responsável 
 Acompanhada dos ascendentes – comprovada documentalmente 
 Comarca contígua desde que na mesma unidade da federação. 
Viagem Internacional 
Criança e adolescente precisam de autorização judicial, salvo: 
 Se estiver acompanhada de ambos os pais 
 Se tiver acompanhada por um dos pais com autorização por 
escrito com firma reconhecida do outro. 
Conselho tutelar 
Trata-se de órgão permanente, não jurisdicional, responsável pela 
proteção da infância e juventude. Não é órgão do poder judiciário. É criado, 
organizado e mantido pelo Município. 
Formação? 
É formado por 5 conselheiros, 
Escolhidos pelo Povo, 
Para mandato de 4 anos, com direito a 1 recondução. 
 
13 
 
O conselheiro tutelar tem direitos trabalhistas como: férias 
remuneradas, 1/3 de férias, licença maternidade/paternidade, bônus de natal 
etc. 
Quantidade: deve haver no min. 1 Conselho Tutelar por município, e 
cada conselho tutelar é composto por: 5 conselheiros. 
Se a função de conselheiro tutelar for remunerada, exige-se 
dedicação exclusiva. 
Condição de elegibilidade 
Idade mínima: 21 anos. 
O candidato precisa residir no município. 
Tem que ter idoneidade moral. 
Atribuições do conselho tutelar (art. 136) 
 Assessorar o município na elaboração da lei orçamentária. 
 Receber comunicações dos estabelecimentos de ensino, acerca 
de determinados índices de repetência, faltas injustificadas ou evasão escolar. 
 Requisitar certidão de óbito / nascimento de criança ou 
adolescente. 
 Aplicar as medidas de proteção do art. 101, I a VI; só não pode 
aplicar colocação em família substituta, acolhimento institucional e acolhimento 
familiar. 
 As decisões do conselho tutelar são tomadas pelo voto dos 5 
conselheiros, vedada a deliberação em quórum inferior.

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