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Resumo do artigo "Partidos políticos" de Andrés Malamud

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Partidos políticos 
Andrés Malamud
O objetivo do artigo é discorrer sobre os partidos políticos, delimitando o seu conceito, comparar e considerar as suas diversas formas e características. 
Os partidos surgem como conseqüência imprevista da expansão populacional e geográfica dos Estados, que geram o fenômeno da representação política e estabelecem a fronteira conceitual entre a democracia antiga e a moderna, separando o governo por meio de pessoas do governo por meio de partidos. Nesse contexto, o órgão de representação por excelência foi o parlamento.
Na teoria institucional, os partidos surgiram como órgãos auxiliares das nascentes câmaras representativas, para coordenar a seleção e tarefas dos membros da Assembleia. Assim, pode-se falar em partidos de criação interna ou externa. Já no método histórico-comparativo, diferentes partidos surgiram a partir de uma série de crises e rupturas históricas que dividiram ou formaram sociedades, gerando diferentes agrupamentos. Há também a teoria do desenvolvimento, que entende a aparição dos partidos políticos como uma conseqüência natural da evolução social e das necessidades funcionais do sistema político.
Para classificar um partido, pode-se considerar uma tripla tipologia: base social – nível de segmentação social; orientação ideológica e estrutura organizativa.
Para a classificação segundo os tipos, considera-se os partidos de representação individual e os partidos de representação de massas. O critério de distinção é a organização histórica, pois todos os partidos são característicos de épocas consecutivas, separados pelo processo político que conduziu à adoção do sufrágio universal.
Assim, define-se um partido político como qualquer grupo político identificado com uma etiqueta oficial que apresenta nas eleições (livres ou não) candidatos a cargos públicos, muitas vezes sendo caracterizados também por suas ideologias, fins e composição social.
São sistemas de partidos políticos o unipartidarismo, que pode se referir a um partido único ou a um partido hegemônico ou predominante; o bipartidarismo, que consiste em dois pólos de centralização política; e o multipartidarismo, que pode ser moderado, polarizado ou, em caso extremo, atomizado.
A crise fiscal do Estado do bem estar social e a sobrecarga de demandas que tumultua o governo tem os seus reflexos nos partidos, que têm reduzido significativamente suas bases de identificação social e autonomia – o que se denomina como crise de representatividade, uma vez que os partidos não mais respondem aos anseios da sociedade.
Por último, o autor fala sobre “o caso argentino”, onde os partidos respondem a um padrão de desenvolvimento diferente do modelo clássico europeu.

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