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Origem e Formação do Estado

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Livro: Elemento De Teoria geral do estado. – Dalmo de Abreu Dalari. 2ª Edição, atualizada 1998. Editora Saraiva. Capítulo II Do estado Origem e formação do estado. Tópicos 23 á 27. Aula dia 24 de Fevereiro de 2014.
23. 
O estudo da origem do Estado consiste em duas partes: A sua época de aparecimento e os motivos que determinaram o seu surgimento.
A idéia de convivência ligada a sociedade aparece pela primeira vez na obra de Maquiavel “O Príncipe” em 1513
Na Espanha até o século . XVIII tinha-se a denominação de estados a grandes propriedades rurais de domínio particular, em que os proprietários tinham poder jurisdicional. 
Alguns autores não admitem o surgimento do Estado antes do século XVIII. 
A maioria dos autores admitindo que a sociedade é dominada pelo Estado, diz que as sociedades políticas com autoridade superior se fixam com regras de convivência dos seus membros.
24.
 Existem várias teorias do surgimento do Estado, que foram reduzidas a três fundamentais:
a) Para muitos autores o Estado e a sociedade existiram desde que o homem vive sobre a Terra. Destaca-se Eduard Meyer e Wilhelm Koppers, e ambos afirmam que o “Estado é elemento universal da organização social humana.” 
b) Uma segunda ordem de autores admite que a sociedade existiu certo período sem o Estado. Por motivos diversos foi constituído para atender às necessidades ou às conveniências dos grupos sociais. Estes autores representam a maioria. 
c) A terceira posição, dos autores que só aceitam como Estado a sociedade política dotada de certas características muito bem definidas. Adeptos a esta tese, KARL SCHMITD diz que o conceito de Estado não é um conceito geral válido para todos os tempos, mas é um conceito histórico concreto, que surge quando nascem a idéia e a prática de soberania. Outro defensor desta tese é BALLADORE PALLIERI.
25.
Ao estudar o aparecimento do Estado é inevitável lembrar de duas questões diferentes a serem tratadas: O problema da formação originária dos Estados, (agrupamento humano ainda não integrado em qualquer Estado) , e por outro lado Formação de novos Estados a partir de outros preexistentes; (forma derivada).
As principais teorias procuram explicar a formação originária do Estado, chegando em dois grupos:
a)Teoria da formação natural ou espontânea do Estado: Comum afirmação de que o Estado se formou naturalmente, não coincidindo suas causas.
b) Teoria da formação contratual dos Estados. As causas costumam ser comuns (apesar de divergirem), mas o surgimento do Estado foi a vontade de alguns homens. Os adeptos a esta teoria são os que defendem a tese da criação contratualista do Estado.
- As teorias NÃO-CONTRATUALISTAS podem ser agrupadas da seguinte maneira:
Origem familiar ou patriarcal: Com núcleo social fundamental familiar. Segundo ROBERT FILMER, “cada família primitiva se ampliou e deu origem a um Estado.”
Origem em atos de força, de violência ou de conquista: Superioridade de força de um grupo social permitiu-lhe submeter um grupo mais fraco. (Dominantes e dominados). OPPENHEIMER afirma que o Estado foi criado para regular as relações entre vencedores e vencidos, e que a dominação é para a exploração econômica.
Origem em causas econômicas ou patrimoniais: O estado teria sido formado para se aproveitarem os benefícios da divisão do trabalho, integrando-se as diferentes atividades profissionais: motivo econômico. HELLER, diz que a posse da terra gerou o poder e a propriedade gerou o Estado, e PREUSS, acrescenta que a característica fundamental do Estado é a soberania territorial.
As teorias da origem do Estado por motivos econômicos com maior repercussão são as de MARX E ENGELS. Engels expõe a opinião de ambos na sua obra: “A Origem da Família, da Propriedade Privada e do Estado”. Nega que o Estado tenha nascido com a sociedade. Engels diz: “é antes um produto da sociedade, quando ela chega a determinado grau de desenvolvimento”.
Há dois pontos fundamentais da teoria Marxista do Estado:
A qualificação deste como um instrumento da burguesia para a explosão do proletariado e a afirmação de que, não tendo existido nos primeiros tempos da sociedade humana, o Estado poderá ser extinto no futuro, uma vez que foi uma criação puramente artificial para satisfação dos interesses de uma pequena minoria.
Origem do desenvolvimento interno da sociedade:
Principal representante ROBERT LOWIE, o Estado é um germe, mas atingem maior grau de desenvolvimento e alcançam uma forma complexa tem absoluta necessidade do Estado. Não há influencia de fatores externos à sociedade, inclusive de interesses de indivíduos ou de grupos, mas o próprio desenvolvimento espontâneo da sociedade.
26.
A criação do Estado por formação derivada, (de Estados preexistentes) é o processo mais comum, por interesse prático bem maior nesse estudo.
Há dois processos usados na atualidade, que dão origem a novos Estados:
- O fracionamento e a união do Estado: Quando uma parte do território de um Estado se desmembra e passa a constituir um novo Estado.
-Separação de uma parte do território de um Estado: Sem descriminação legal, para constituir um novo Estado. (meios violentos)
Outro processo típico é a adoção de uma constituição comum, desaparecendo os Estados preexistentes que aderirem a União. Dois ou mais Estados se unem para compor um novo Estado.
Criação de novos Estados por formas atípicas, não-usuais e absolutamente imprevisíveis. Ex: grandes guerras as potências vencedoras, visando a assegurar o enfraquecimento permanente dos países vencidos, ou ampliar seu território.
Apresentados os processos que dão origem a criação dos novos Estados, porém o momento que se considera criado um novo Estado, não há regra uniforme. A maneira mais definida de se afirmar a criação é o reconhecimento pelos demais Estados.
Fichamento, dia 10 e 11 de março.
28.
Evolução histórica
A evolução do Estado se dá pela fixação de normas fundamentais que o Estado tem adotado através do tempo.
Estas normas contribuem para buscar um tipo de Estado, e descobrir movimentos constantes.
ANDERSON DE MENEZES.
Diz, que os tipos de Estado não tem curso uniforme, e tem influências em períodos descontínuos., fazendo a diferenciação entre épocas da história da humanidade.
JELLINEK
Sua teoria é de que todo fato histórico, todo fenômeno social oferecem, além de sua semelhança com outro, um elemento individual que os diferencia dos de mais.
Com métodos científicos, é possível isolar certos fenômenos, com aspectos particulares, com isso conhecer os Estados particulares, descrevendo suas singularidades no aspecto histórico-político, quanto pelo jurídicos.
O estabelecimento de um padrão para medir o valor das instituições existentes num determinado momento.
Os tipos empíricos, que são casos individuais, é comum a todos eles.
O Estado particular não é um fenômeno isolado, mas relações de outros Estados influíram sobre eles.
29.
Os autores que trataram deste assunto adotaram uma seqüencia cronológica nas seguintes fases: Estado Antigo, Estado Grego, Estado Romano, Estado Medieval e Estado Moderno.
ESTADO ANTIGO.
São as mais antigas civilizações do Oriente ou do Mediterrâneo.
GETFEL
Conforme ele, a família, religião e o Estado, formavam um conjunto confuso, sem diferenciação aparente.
- Há duas características do Estado neste período.
A Natureza Unitária e a Religiosidade.
Natureza Unitária: Aparece como unidade geral, não admitindo divisão de funções nem de território.
Religiosidade: Muitos autores entendem que o Estado neste período é Teocrático. A autoridade dos governantes e as normas de comportamento coletivo e individual expressavam vontade do poder divino.
JELLINEK:
Explica a relação entre o Estado e a divindade , expondo de duas maneiras.
O Governo é unipessoal, o governante é considerado representante do poder divino. A vontade do governante é parecida à divindade, dando-se o Estado um caráter de objeto.
O poder do governante é limitado pela vontade da divindade, e pelo órgãoda classe SACERDOTAL. (Poder humano e divino)
ESTADO GREGO:
Estado não-único, com toda civilização helênica.
Algumas características fundamentais comuns a todos Estados entre estes povos impedem de falar genericamente sobre este Estado.
Houve profundas diferenças entre os costumes adotados em Atenas, e Esparta (principais Estados gregos) e ambos tinha sociedade política semelhante.
No Estado Grego, o indivíduo tem uma posição peculiar. Há uma elite que compõem a classe política, com participação nas decisões do Estado (caráter público)
Nas relações do caráter privado, a autonomia é restrita.
ESTADO ROMANO:
Teve início em um pequeno agrupamento humano, e experimentou várias formas de governo, expandiu seu domínio por uma grande parte, atingindo povos de costume e organizações diferentes.
Roma sempre manteve características básicas de cidade-Estado, desde sua fundação, em 754 a.C, até a morte de Justiniano, em 565 da era Cristã. O domínio sobre territórios, e o cristianismo, superavam a cidade-Estado, colocando novas formas de sociedade política, englobadas no conceito de Estado Medieval.
Peculiaridades deste Estado é a base familiar da organização.
Assim como o Estado Grego, o povo participava diretamente do governo, mas esta noção de povo era muito restrita.
Aos poucos, outras camadas sociais foram adquirindo e ampliando seus direitos, até que desapareceram as bases familiares, e cresceu uma nobreza tradicional.
ESTADO MEDIEVAL:
Este Estado se trata de um dos períodos mais difíceis e instáveis, e heterogêneos, integrando assim novos fatores, quebrando a rígida e bem definida organização romana, e dando novas possibilidades do novo Estado Moderno.
Principais elementos que fizeram parte da política Medieval:
Cristianismo, invasões dos Bárbaros e o Feudalismo.
Mesmo quando as formações políticas mostraram um intenso fracionamento do poder, e uma noção de autoridade, quanto maior a fraqueza mais grande se tornava o desejo de unidade de força, querendo caminhar para uma grande unidade política que fosse eficaz como a de Roma, e que o mesmo tempo fosse de livre influência de fatores tradicionais, aceitando o individuo como valor em si mesmo.
O cristianismo vai ser base da aspiração da universalidade. Superando a idéia de que os homens valiam diferentemente de acordo com a origem de cada um, tem-se a idéia de IGUALDADE. (Cristãos deviam ser inclusos em uma só sociedade)
As invasões dos Bárbaros, iniciadas no século III até o século VI, construíram um fator de perturbação e transformação na ordem posta.
No Estado Medieval, a ordem era precária pela improvisação de chefes, ou pelo abandono e transformações de padrões tradicionais.
Feudalismo: Conta-se que as invasões e as guerras internas tornaram difícil o desenvolvimento do comércio. Valoriza-se o enormemente a posse da terra, onde ricos e pobres deviam tirar os meios de subsistência. Toda a vida social passa a depender da propriedade ou da posse da terra, desenvolvendo-se um sistema administrativo e uma organização militar estreitamente ligados a situação patrimonial.
HENRI PIRENNE:
Ressalta que em decorrências políticas da civilização rural adotada pela Europa depois das invasões Bárbaras, três fatores analisados: cristianismo, invasões dos Bárbaros, e o feudalismo, caracterizando o Estado Medieval com realidade: Um poder superior, (imperador) com muitos poderes menores, sem hierarquia definida; uma incontrolável multiplicidade de ordens jurídicas, compreendendo a ordem imperial eclesiástica, direito das monarquias inferiores, um direito comunal.
ESTADO MODERNO:
As deficiências da sociedade política medieval determinam as características fundamentais do Estado Moderno.
O Estado Moderno, desenvolvido espontaneamente foi se tornando mais nítido com o passar do tempo. Teve sua definição e preservação convertidas em objetivos do próprio Estado.
SANTI ROMANO
Entende que apenas a soberania e a territorialidade é que são peculiaridades do Estado.
- A maioria dos autores indica três elementos, mas costuma-se mencionar apenas dois elementos materiais: Território e o povo.
DEL VECCHIO
Além de povo e território existe o vínculo jurídico, que seria um sistema de vínculos pelo qual a multidão de pessoa encontra a própria unidade na forma de direito.
DONATO DONATI
Diz que o terceiro elemento é a pessoa estatal, com capacidade para exercer duas soberanias: Pessoal: Sobre o povo, e territorial: Sobre o território.
ATALIBA NOGUEIRA:
O território e povo, coincidindo com os elementos materiais; a soberania e o poder de império, que representam dois aspectos do poder, constituindo, um desdobramento chamado elemento formal, e além desses a finalidade, que indica a regulação global da vida social.
RODOLFO DE STEFANI
São três Estados:
Cidade-Estado
Império Medieval
Estado Moderno.
GROPPLI
Estado Patrimonial: Quando o Estado é considerado patrimônio pessoal do príncipe e o exercício de soberania decorre da propriedade da terra.
Estado de polícia: Quando o soberano, embora não governando em nome próprio, mas em nome do Estado, exerce do poder público, de conformidade com aquilo que ele considera de interesse do Estado e dos súditos.
Estado de Direito: Quando os poderes são rigorosamente disciplinados por regras jurídicas.
Esta teoria é de utilidade prática, a espera de um desenvolvimento para sua real conveniência. – SOBERANIA, O TERRITÓRIO, O POVO E A FINALIDADE.
Fichamento dia 17-18/03/2014
154 à 157.
Intervenção do Estado na Sociedade.
154. O Estado Moderno, absolutista (monarca absoluto) se confundiram com as qualidades do Estado. O poder público era visto como inimigo da liberdade individual. A burguesia enriquecida, considerava a liberdade contratual um direito natural dos indivíduos. 
Sob influencia do jusnaturalismo, sobre tudo, o âmbito econômico visava impedir qualquer interferência do Estado no sentido de cria algum condicionamento à manutenção e ao uso de bens. 
Na opinião de Stuart Mill, é necessário que os indivíduos observem certas regras gerais no seu relacionamento recíproco, a fim de que as pessoas possam saber o que as espera. 
Com isso, Stuart apresenta três objeções:
Ninguém é mais capaz de realizar qualquer negócio ou determinar como ou por que deva ser realizado do que aquele que está diretamente interessado. Assim, é mais provável que os indivíduos façam melhor que o governo.
Mesmo que os indivíduos não realizem tão bem o que se tem em vista, como o fariam os agentes do governo, é melhor ainda que o individuo o faça, como elemento da própria educação mental.
A terceira razão, que ele considera “a mais convincente de todas”, refere-se “ao grande mal de acrescer-lhe o poder sem necessidade. Cada função que se acrescenta às que o governo já exerce, provoca maior difusão da influência que lhe cabe sobre esperanças e temores, convertendo, cada vez mais, a parte ativa e ambiciosa do público em parasitas do poder público, ou de qualquer partido que aspire ao poder”.
A Burguesia numa ação revolucionária conquista o poder político, mantendo separados o domínio político, e o econômico e social. (Distinção entre democracia política, econômica e social.)
155.
Desde então, Estado-polícia foi substituído pelo Estado de serviço que suaviza a desigualdade econômica.
Na Segunda Guerra Mundial, existe a necessidade de controlar os recursos sociais e obter o máximo de proveito com menos disperdício, para para fazer as emergências da guerra, leva a ação estatal a todos os campos da vida social, não havendo mais intervenção do Estado. Terminada a guerra, ocorre um avanço ainda maior em vários setores: Restauração de meios de produção, na reconstrução das cidades, na readaptação das pessoas a vida social, bem como no financiamento de estudos e projetos pelo desenvolvimento técnico e cientifico. 
157.
Em decorrência da competição entre grandes Estados, houve um novo processo intervencionalista: o Estado passou a ser um financiador dos consumidores. 
O planejamento nas áreasde tecnologia, exige que o Estado subscreva os custos de pesquisa e aperfeiçoamento que garanta o mercado para produtos resultantes.
Modernos processos de organização, produção, divulgação, venda distribuição não ficam mais na dependência de mecanismos espontâneos de oferta e procura, nem decorrem de iniciativas idealistas que assumem todos os riscos. (formação técnica custeada pelo Estado)
Desaparecem então os limites entre o publico e privado.
Fichamento aula dia 24-25/03 31 à 56.
SOBERANIA:
É uma das bases de idéia de Estado Moderno, tendo sido de excepcional importância para que este se definisse, exercendo grande influência prática nos últimos séculos, sendo ainda uma característica fundamental do Estado.
Autarquia: Amplitude interna ou externa do poder do Estado.
JELLINEK, observou que o fato da antiguidade não ter chegado a conhecer o conceito de soberania tem um fundamento histórico de importância, a saber, faltava ao mundo antigo o único dado capaz de trazer a consciência de soberania: a oposição entre o poder do Estado e outro poderes.
No final da Idade Média, monarcas já tem supremacia, ninguém lhes disputa o poder, percebendo a soberania.
Segundo BODIN: “É necessário formular a definição de soberania, porque não já qualquer jurisconsulto, nem filósofo político que tenha definido, e no entanto, é o ponto principal e o mais necessário de ser entendido no trabalho da República”. Esclarece então que a soberania é o poder absoluto e perpétuo de uma República.
Sendo um poder absoluto, a soberania não é limitada nem em poder, nem pelo cargo, nem por tempo certo. Todos príncipes estão sujeitos as leis divinas, e não está em seu poder contrariá-las.
Rousseau, em sua Obra “Contrato Social” 
Livro I, Diz que o contrato social gera o corpo político, chamado Estado quando passivo, Soberano; quando ativo, e Poder; quando comparado aos semelhantes.
Livro II, Cap. I, indica à soberania como inalienável, e no Cap. II como indivisível.
Diz então, que o pacto social se dá ao corpo político sobre tudo os seus membros, e este poder é aquele que dirigido pela vontade geral, leva o nome de Soberania. O poder soberano, completamente absoluto, sagrado e inviolável, não ultrapassa nem pode transgredir os limites das convenções gerais.
Kelsen: Expressão da unidade de uma ordem.
Heller e Reale: Qualidade essencial do Estado.
Jellinek: Nota essencial do poder do Estado.
Características da soberania, na totalidade dos estudiosos reconhece-a como UMA, INDIVISÍVEL, INALIENÁVEL, E IMPRESCITÍVEL. 
„ Una: porque não se admite num mesmo Estado a convivência de duas soberanias; 
Indivisível: se aplica à universalidade dos fatos ocorridos no Estado; 
Inalienável: quem a detém desaparecerá se ficar sem ela, seja o povo, a nação, ou o Estado;
 Imprescritível: não tem prazo certo de duração. Todo poder soberano aspira a existir permanentemente e só desaparece quando forçado por uma vontade superior.
De maneira geral, as teorias foram divididas em algumas divisões:
Teorias teocráticas: 
(Predominância no fim da Idade Média) Parte do principio cristão, sou seja, todo poder vem de Deus. O poder divino sobrenatural, que concede o poder ao príncipe.
Teorias Democráticas:
Soberania que se origina do próprio povo. Apresentam três fases sucessivas:
Titular da soberania o próprio povo, como massa amorfa, situada fora do estado.
Ponto de consolidação na Revolução Francesa, influindo sobre as concepções políticas, a titularidade é atribuída a nação, que é o povo, concebido numa ordem integrante.
O titular da soberania é o Estado, o que começaria a ser aceito na segunda metade do século passado, e ganharia grande prestígio no século atual.
A soberania continua sendo concebida de duas maneiras:
Como sinônimo de independência (invocada pelos dirigentes do Estado que desejam firmar, sobretudo ao seu próprio povo, não serem mais submissos a qualquer potência estrangeira.
Como expressão do poder jurídico mais alto (Significando que, dentro dos limites da jurisdição do Estado, este é quem tem o poder de decisão em última instância, sobre a eficácia, sobre a eficácia de qualquer norma jurídica.
Soberania Interna O„ monopólio do Poder do Estado, predomínio das leis e ordens por ele editadas dentro de determinado espaço territorial. „Representa o poder supremo e mais elevado dentro do Estado, não podendo ser limitado por nenhum outro. 
 Soberania Externa „Expressa-se nas relações recíprocas entre Estados, nas quais não deve haver subordinação ou dependência, e sim igualdade entre nações e autonomia internacional
TERRITÓRIO.
O Território é um dos elementos essenciais para a constituição do Estado, pois é sua base física, sendo reconhecido, pela maioria dos autores, como elemento indispensável do Estado.
„ O conceito de território, como componente do Estado, somente aparece com o Estado Moderno. 
 Cidades-Estados - limitadas ao centro urbano, sem conflitos de fronteiras. 
Idade Média (feudos e reino) - conflitos entre ordens e autoridades, faz-se necessário uma definição para soberania e território. 
 A soberania sobre determinado território, fixa a ideia da eficácia do poder e estabilidade da ordem jurídica. 
Paulo Bonavides compara as teorias, identificando quatro concepções: 
Território-patrimônio: não faz distinção entre imperium e dominium, concebendo o poder do estado sobre o Território, como o de qualquer proprietário; 
Território-objeto: concebe o território como objeto de direito real de caráter público, 
 Território-espaço: o território é a extensão da soberania 
Estado Território-competência: o território é o âmbito de competência da ordem jurídica do Estado
Conceito positivo ou real: - a superfície do solo;
 - o subsolo;
 - o espaço aéreo (a coluna de ar sobre referida superfície);
 - o mar territorial;
 - as águas interiores (rios, lagos, golfo, baias, portos);
 - áreas atribuídas pelo Direito Internacional a cada Estado (rios, mares e lagos divisórios)
. Conceito metafísico: - os navio mercantes, em alto mar;
 - os navios militares;
 - as sedes de Embaixadas situadas em estados estrangeiros. 
 
Povo: o primeiro elemento formador do Estado, vez que, sem o grupo humano, o Estado não tem razão de existir. 
População: Expressão que envolve um conceito aritmético, quantitativo, demográfico, que designa a massa total dos indivíduos que vivem dentro das fronteiras e sob o império das leis de um determinado país. Conjunto de pessoas que detêm o poder político, a soberania. 
„ Estado - Sociedade 
 Nação - Comunidade 
 Sociedade – grupo de pessoas ligadas por vínculos jurídicos, para atingir um objetivo que a todos interessa 
 Comunidade – existe até mesmo sem a consciência dos seus membros. Unida por vínculos de sentimento, de confiança recíproca, desenvolvem costumes comuns, estados psicológicos comuns ... 
 
Nação 
Nação – é um grupo de indivíduos que se sentem unidos por ideais e aspirações comuns; - entidade moral - comunidade de consciências, unidas por um sentimento complexo, indefinível e poderosíssimo: o patriotismo Raça, língua e a religião são fatores não essenciais para a constituição de uma nação; Identidade histórica, tradição, passado em comum são condições indispensáveis à formação nacional.
Nacionalidade – conjunto de traços morais, que dão fisionomia peculiar a cada nação O Estado é a Nação política e juridicamente organizada. Nação = Comunidade unida por uma história comum e uma cultura comum
Pontifícia Universidade Católica do Paraná
Curso de Direito - Campus Toledo
Atividade avaliativa 
Ciência Política – Teoria Geral do Estado
NOME DO(S) ALUNO(S) – TURNO
 Sabrina Lenz Toledo	 - Noturno
Tema da Atividade
Fichamentos das aulas.
Local, (dia /mês/ ano)
 Dia 31 de março de 2014, Toledo-PR

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