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8. TGP COMPETENCIA

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COMPETÊNCIA
1. Conceito 
A jurisdição com a expressão do Poder estatal é uma só, não comportando divisões ou fragmentações, mas o seu exercício é distribuído pela constituição e pela lei ordinária, entre os muitos órgãos jurisdicionais. Conclui-se que de um lado está, a concepção dos órgãos que irão prestar a jurisdição, e, de outro lado, a massa de causas a lhes serem atribuídas/distribuídas. 
2. Finalidade
A utilização das competências configura uma busca a eficiência da prestação jurisdicional (perfeição da prestação jurisdicional, especialização de órgãos, facilidade de apuração dos fatos, comodidade das partes, ajustamento ao direito material) e limite a jurisdição. A competência pode ser em abstrato que é a quantidade de jurisdição atribuída a um órgão ou grupo de órgãos e em concreto que é a relação de adequação legítima entre um órgão jurisdicional e uma causa determinada. 
3. Dados Referentes a Causa
As Partes (autor e réu): é a identificação da pessoa que vem pedir a medida jurisdicional, sendo destacada a sua qualidade (se a parte é juiz, prefeito, presidente) e domicílio. 
Da causa de pedir: são os fatos e fundamentos em que o autor alega para assentar o direito, leva-se em conta a natureza da relação jurídica discutida (civil, criminal, trabalhista, de família) e o lugar (do fato, do dano, do cumprimento da obrigação, da prestação dos serviços, da consumação).
Do Pedido: inclui o provimento buscado e o objeto, se traduz na pretensão do autor. Leva-se em conta o valor, a natureza do bem (móvel, imóvel), a situação do bem (em que Comarca).
4. Dados Referentes ao Processo
Às vezes é em certas características do modo de ser do processo, e não da causa, que o legislador ficaram em mente para resolver os problemas da distribuição de competência. São: a natureza do processo (ex. mandato de segurança contra uma autoridade), natureza do procedimento e relação com processo anterior (cautelar e principal). 
5. Espécies de Competência Segundo a Doutrina Clássica
Segundo a doutrina clássica a competência pode ser objetiva (em razão da matéria e do valor), territorial (de foro) e funcional (originaria e recursal). Segundo a preponderância do interesse com que é fixada, a competência pode ser absoluta (Interesse público, imodificável, inderrogável, de jurisdição, originaria, de juízo, interna e recursal) ou relativa (Interesse privado, modificável, derrogável, de foro (territorial).
6. Espécies de Competência Livro-base 
6.1. Competência de Jurisdição
Atribuição da jurisdição a ser atuada por cada um dos sistemas autônomos dos “grupos de órgãos” (“Justiças”), de jurisdição comum ou de jurisdição especial (no Brasil, Justiça Estadual e Justiça Federal, atuando a jurisdição comum, e a Justiça do Trabalho, a Justiça Eleitoral e a Justiça Militar Estadual ou Federal, atuando a jurisdição especial). 
Dados de regra utilizados aqui: natureza da relação jurídica discutida (comum ou especial); qualidade das pessoas (J.Federal ou J.Estadual; J.Militar Estadual ou Federal)
6.2. Competência Originaria
Atribuição de qual órgão, dentro do sistema (competência de jurisdição), atuará a jurisdição em primeiro lugar, isto é, em 1º grau, 1ª instância (se será o órgão inferior, da base – que é a regra, para permitir o fluxo recursal/revisional - ou, já, um órgão superior – considera-se, portanto, a hierarquia entre os órgãos do mesmo sistema). 
Dados utilizados em exceção (pois a regra é que seja o órgão inferior): qualidade da parte e natureza do processo.
6.3. Competência de Foro 
É a definição do lugar onde a demanda deverá tramitar (Comarca, Seção ou Subseção Judiciária Federal, Zona Eleitoral, Estado, Região, território nacional). O território para a competência da jurisdição estadual é dividido em comarcas e na justiça federal é a seção ou subseção judiciaria. 
a) Foro comum – o estabelecido como regra geral (no CPC brasileiro, v.g., o domicílio do réu; no CPP, o local onde o delito foi consumado, no processo trabalhista, o local da prestação dos serviços)
b) Foro especial – o estabelecido como exceção ao comum, particularizado (dito “foro privilegiado”, sendo exemplos, no Brasil, o domicílio da mulher e o do alimentando)
c) Foro concorrente – a existência simultânea, segundo a lei, de duas ou mais localidades em que a ação poderá tramitar, a escolha é do autor.
d) Foro subsidiário – aquele que deve prevalecer quando não é possível determinar o foro segundo a regra primária (comum, especial ou concorrente).
Dados utilizados: local do dano, do fato, da consumação do delito, da prestação do serviço etc (da causa de pedir); o domicílio do réu (dado da parte)	
6.4. Competência de Juízo 
Definição de qual unidade jurisdicional, dentre as várias do mesmo foro, atuará a jurisdição (a vara é a menor unidade jurisdicional). Quando a competência originária é de um tribunal, o “juízo” será o tribunal, podendo haver mais de um em uma mesma base territorial, como os TRTs da 3ª e da 15ª Regiões no Estado de São Paulo. 
Dados utilizados: natureza da relação jurídica discutida (vara cível, criminal, de família, de delito contra o patrimônio etc); qualidade da parte (vara da fazenda pública); natureza do processo (vara de execução fiscal) (subsidiariamente, havendo mais de uma unidade com competência idêntica – v.g. diveras varas de família procede-se à distribuição randônica – para preservar a imparcialidade)
6.5. Competência Interna
Definição de qual órgão, dentro da mesma unidade jurisdicional (na Vara, qual juiz; no Tribunal, qual Câmara – se Tribunal de Justiça estadual – ou qual Turma – se Tribunal Federal, STJ e STF). 
Dados utilizados: de regra, o sorteio na distribuição (afetação de imparcialidade); poderia ser um dado do processo, como, por exemplo, processo de numeração impar para o juiz titular e processo de numeração par para o juiz auxiliar/substituto.
6.6. Competência Recursal
Definição do órgão que atuará a jurisdição em Revisão (em princípio, considera-se a hierarquia, tal como na competência originária), mas nada obsta, embora não se aconselhe, que a competência seja do mesmo órgão prolator da decisão revisada. 
7. Declinação de Competência
Ato pelo qual um órgão jurisdicional (juiz ou tribunal) declara sua incompetência absoluta e remete o processo ao juízo que entende ser competente. Ex. o juiz federal declinou a competência em favor do juiz do trabalho.
8. Conflito de Competência:
Quando dois ou mais órgãos jurisdicionais se declaram competentes (conflito positivo) ou incompetentes para uma mesma causa (conflito negativo). Ex. o juiz federal diz que não é competente, ai manda para Juiz do Trabalho, que também diz que não é competente​. A solução do conflito está submetida às regras do ordenamento jurídico de cada país. 
- exceção de incompetência: suscitação, pela parte, da incompetência relativa
- objeção de incompetência: suscitação, pela parte, da incompetência absoluta
9. Modificação da competência
Ver-se duas figuras básicas, o deslocamento e a prorrogação da competência. 
9.1. Deslocamento de Competência
É a transferência da competência de um órgão para outro quando intervém no processo um terceiro que detém especialidade de jurisdição. (É o caso, no Brasil, da intervenção da União Federal em processo que tramite na Justiça Estadual e que deverá ser deslocado para a Justiça Federal. Ex. ação de usucapião entre particulares a que a União intervêm como opoente. Quando há a intervenção do processo um terceiro que tem privilégio de foro o processo tem que ser transferido para este outro órgão de jurisdicional, há o deslocamento de competência. 
9.1.1. Diferença Entre Deslocamento e Declinação
O deslocamento e a declinação de competência diferem também quanto aos efeitos: no deslocamento, visto que o órgão em que a demanda tramitava era competente, os atos ali praticados, inclusive decisórios, são válidos e eficazes; na declinação, visto que o órgão era absolutamente incompetente para a causa, os atos ali praticados sãonulos e de nenhum efeito.
9.2. Prorrogação de Competência
É a ampliação ou dilatação da competência de um órgão para uma causa que ordinariamente não lhe caberia. Podendo ser de duas ordens:
Legal (necessária): a lei prescreve, ocorre em razão de conexão/continência entre causas. 
A conexão é a afinidade entre duas ou mais ações em razão da causa de pedir ou do pedido. Ex. Ação de despejo e consignação em pagamento no mesmo caso. Nessa situação há o risco de decisões contraditórias ameaçando a unidade da jurisdição e a economia processual. Para evitar decisões desse tipo a lei determina que quando há conexões ou contingência essas ações seriam reunidas para serem julgadas simultaneamente pelo mesmo órgão, pelo mesmo juiz.
A continência é uma espécie de conexão, ocorre quando o objeto de uma ação abrange o de outra ação, assim o pedido de uma já está contido em outra. Ex. Ação de divórcio e ação de alimentos.
Voluntária: Pode ser expressa, como na cláusula de eleição de foro; ou tácita, como na hipótese do réu não excepcionar no prazo que lhe é dado. Pode ocorrer também desaforamento que se relaciona com a competência Tribunal do Júri que pode ser transferida para outro foro de acordo com as hipóteses previstas no artigo 427 do CPP, como por exemplo questão de ordem pública (será feito pelo tribuna a pedido de uma das partes). Também pode ocorrer renúncia do autor (expressa ou tácita) ao propor demanda no foro comum em detrimento do foro especial que lhe favorece. Ex. a mulher que tem o foro especial do seu domicílio - propõe a separação judicial no foro do domicílio do marido/réu.
9.2.1. Poder de Julgar 
Quando há conexão ou continência a lei do ordenamento tem que traçar um critério que é chamada de prevenção, que define qual órgão atuará a jurisdição nas demandas a serem reunidas, assim prevenção é um critério de prevalência. Na lei brasileira o que vai prevalecer é o primeiro que despachar.

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