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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE – UNIDADE DE VOLTA REDONDA INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS – ICHS PROGRAMA NACIONAL DE FORMAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – PNAP/UAB BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Aluna: Juliana Cristina Ribeiro Matrícula: 17113110247 AA2 – 2017/2 Ciência Política Com base na leitura dos capítulos I, II, III, V e VII, discutam a relação entre os seguintes pontos: - A distinção entre o estado de natureza e a sociedade política; - A questão da igualdade e da liberdade no direito natural e no direito político. De acordo com a leitura do Segundo Tratado sobre o Governo, no estado de natureza, situação em que segundo a doutrina contratualista o homem ainda não instituiu o governo civil, John Locke entende que os indivíduos são iguais, independentes e estão plenamente livres para decidir suas ações, dispor de seus bens e regular os semelhantes que possam vir a ofender os seus direitos naturais de acordo com seu próprio arbítrio, sendo permitido usar de qualquer meio para salvaguardar suas vidas, liberdade, saúde e posses. No entanto, a vida neste estado natural, implica na incerteza e insegurança da manutenção de próprios direitos, pois o homem é exposto constantemente à violação de sua intimidade e domínios, uma vez que todos são reis absolutos em suas decisões e julgam de acordo com seus valores, sempre em causa própria. Este julgamento, ainda que de forma correta, não dispõe de nenhum poder social instituído que sustente e dê subsídios para execução de sua sentença. O homem, então, renuncia esta condição de liberdade pelo aparente paradoxo da sujeição e submissão ao domínio de outro poder instituído pelo consenso entre os indivíduos, a fim de estabelecer a própria liberdade. Isto somente será possível em uma sociedade politicamente organizada e regulada por uma instituição comum a todos, que supra as carências e deficiências do estado de natureza, garantindo- lhes a conservação da propriedade, finalidade essencial para que os homens se unam em sociedades políticas e se submetam um governo, dando-lhes leis claras e conhecidas, um magistrado imparcial e um poder legítimo para fazer valer a execução de sua sentença. Portanto, o homem é um ser livre por natureza, e assim viveu, onde podia desfrutar tudo o que existia ao seu redor, quando não tinha, ele era livre para andar por todo território e ir atrás, não existia certo ou errado, bem ou mal, justo ou injusto, não havia lei para regê-los, não havia limite para territórios, tudo era de todos e eram iguais. Eles eram livres e tudo os pertencia. Para superar esta instabilidade existente no estado de natureza e trazer uma expectativa de justiça que garanta seus direitos adquiridos, os indivíduos convencionam um pacto social para criar uma sociedade organizada politicamente e que traga as respostas e soluções para as carências apontadas no estado natural. John Locke chama esta sociedade politicamente organizada de governo civil, que surge pelo pacto entre as pessoas, que consentem em abdicar as suas liberdades irrestritas pela submissão da lei clara e conhecida por todos; de um juiz imparcial para aplicá-las; e de um poder legítimo para dar apoio às sanções, pois somente desta forma as suas vidas, liberdades e bens, poderão ser garantidas. Os teóricos contratualistas, dizem que por motivo de segurança o homem abriu mão de sua natureza livre, fazendo assim o contrato ou pacto de paz/social , trocando sua liberdade natural pela liberdade civil, com uma força constituída de autoridade iria gerir a todos, passaria ser prerrogativa, do que se tornaria futuramente, o Estado, zela pela segurança física ou de bens de cada indivíduo daquela sociedade. No direito natural todos os homens são livres e iguais, com isso, ao nascer carregam consigo dois direitos imutáveis e irrevogáveis: o direito a liberdade e a propriedade. O direito político são as regras que foram estabelecidas de forma consensual, pela opção do homem de renunciar por livre UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE – UNIDADE DE VOLTA REDONDA INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS – ICHS PROGRAMA NACIONAL DE FORMAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – PNAP/UAB BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro vontade, sua liberdade ilimitada. São as regras do contrato social, que não anula os direitos irrevogáveis do ser humano (clausura pétrea), como a liberdade. O direito político nada mais é do que o conjunto de normas estabelecidas pelo pacto social, que visam regular os direitos e deveres do estado. É um direito mutável e estabelece normas consensuais de comportamento. Ressaltando que a política não pode ameaçar os direitos naturais, pois esses direitos antecedem o estado civil.
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