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PDF Aula 030 - Constitucional

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Cristiano Lopes – Direito Constitucional 
Curso de Direito Constitucional 
 
ü Quorum de aprovação (CF, art. 60, §2°) – A proposta será discutida e votada em cada Casa do 
Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos 
dos votos dos respectivos membros. 
ü Proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada (CF, art. 60, §5°) – A matéria constante de 
proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na 
mesma sessão legislativa. 
ü Limitações circunstanciais (CF, art. 60, §1°) – Em determinadas circunstâncias, o constituinte 
originário vedou a alteração do texto, em decorrência da gravidade e anormalidade institucionais. 
Nesses termos, a CF não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, estado de defesa 
ou estado de sítio. 
ü Limitações materiais (CF, art. 60, § 4°) - O poder constituinte originário estabeleceu também algumas 
vedações materiais, ou seja, definiu um núcleo intangível, comumente chamado pela doutrina de 
Cláusulas pétreas. 
 
Lei complementar e lei ordinária 
 
ü Semelhanças – O processo legislativo de constituição de constituição das leis complementares e 
ordinárias constituem-se, basicamente, em três fases distintas: 
ü Fase inicial (que se refere à iniciativa legislativa); 
ü Fase constitutiva (que abrange a deliberação parlamentar, em que é feita a discussão e votação dos 
projetos e a deliberação executiva, que ocorre por meio da sanção ou do veto) e a 
ü Fase complementar (que abrange a promulgação e a publicação). 
ü Aspecto material: As hipóteses de regulamentação da Constituição por meio de lei complementar 
estão taxativamente previstas no texto da CF (Ex.: CF, arts. 7°, I; 14,§ 9°; 18, §§ 2°, 3° e 4°, etc). Em 
relação às leis ordinárias, o campo material Poe elas ocupado é residual, ou seja, tudo que não for 
regulamentado por lei complementar, decreto legislativo e resolução, poderá ser regulamentado por 
lei ordinária. 
 
ü Aspecto formal: No tocante ao aspecto formal, a grande diferença entre a lei complementar e a lei 
ordinária está no quorum de aprovação de respectivo projeto de lei. Enquanto a lei complementar é 
aprovada pelo quorum de maioria absoluta, as leis ordinárias o serão pelo quorum de maioria 
simples. 
 
Lei delegada 
 
ü Exceção ao princípio da indelegabilidade de atribuições. 
ü A lei delegada será elaborada pelo Presidente da República, após prévia solicitação ao Congresso 
Nacional, delimitando o assunto sobre o qual pretende legislar. A solicitação será submetida à 
apreciação do Congresso Nacional, que, no caso de aprovação, tomará a forma de resolução (CF, 
art. 68, § 2º). 
ü Importante ressaltar que determinadas matérias não serão objeto de delegação os atos de 
competência exclusiva do Congresso Nacional, os de competência privativa da Câmara dos 
Deputados ou do Senado Federal, a matéria reservada à lei complementar, nem a legislação 
sobre: 
 
 
 
 
 
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a) Organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus membros; 
b) Nacionalidade, cidadania, direitos individuais, políticos e eleitorais; 
c) Planos plurianuais, diretrizes orçamentárias e orçamentos. 
 
Medidas Provisórias 
 
ü Nos termos do art. 62 da CF/88, em caso de relevância e urgência o Presidente da República 
poderá adotar medidas provisórias (MP) com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao 
Congresso Nacional. 
ü Legitimidade para edição da MP – O Presidente da República (competência privativa, marcada 
por sua indelegabilidade – CF, art. 84, XXVI). 
ü Pressupostos constitucionais – relevância e urgência. Os requisitos se conjugam. 
ü Prazo de duração da MP – Uma vez adotada a MP pelo presidente da República , ela vigorará pelo 
prazo de 60 dias, prorrogável, de acordo com o art. 62, § 7°, uma vez por igual período. Contados 
de sua publicação no Diário oficial. Contudo, o referido prazo será suspenso durante os períodos 
de recesso do Congresso Nacional. 
 
* Reedição de medida provisória – Invocando o art. 62, § 10, é vedada a reedição, na mesma sessão 
legislativa, de medida provisória que tenha sido rejeitada ou que tenha perdido sua eficácia por 
decurso de prazo. 
* A EC n° 32/2001 trouxe algumas novidades em relação aos limites materiais de edição das medidas 
provisórias, notadamente na redação dada aos §§ 1º e 2º do art. 62. Assim, é expressamente 
vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria relativa a: 
* Nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos políticos e direito eleitoral; 
* Direito penal, processual penal e processual civil; 
* Organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus membros; 
* Planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos adicionais e suplementares, 
ressalvado o previsto no art. 167, § 3º; 
 
DECRETO LEGISLATIVO 
 
* O decreto legislativo é o instrumento normativo por meio do qual serão materializadas as 
competências exclusivas do Congresso nacional, alinhadas nos incisos I a XVII do art. 49 da CF/88. 
* As regras sobre o seu procedimento vêm contempladas nos Regimentos Internos das Casas ou 
do Congresso. 
* Além das matérias do art. 49 da CF/88, o Congresso Nacional deverá regulamentar, por decreto 
legislativo, os efeitos decorrentes da medida provisória não convertida em lei. 
 
RESOLUÇÕES 
 
* Por meio das resoluções regulamentar-se-ão as matérias de competência privativa da Câmara dos 
Deputados (CF, art. 51) e do Senado Federal (CF, art. 52). Os Regimentos Internos determinam as 
regras sobre o processo legislativo. De modo geral, deflagrado na forma do Regimento, a 
discussão dar-se-á nas respectivas Casas. 
* Uma vez aprovado, passa-se à promulgação, que será realizada pelo Presidente da Casa e, e no 
Caso de Resolução do Congresso, pelo Presidente do Senado Federal. Os mencionados 
Presidentes determinarão a publicação. 
* Por ultimo, não haverá manifestação presidencial sancionando ou vetando o projeto de 
resolução (CF, art. 48). 
 
 
 
 
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FUNÇÃO FISCALIZATÓRIA DO LESGISLATIVO 
 
Além da função de legislar (fazer leis) o Poder Legislativo também tem a função fiscalizatória. Todos 
os Poderes têm, de modo geral, a obrigação de manter um controle próprio, também chamado 
controle interno. 
 
Quando a CF atribuiu ao Poder Legislativo a função fiscalizatória, estava se referindo, na verdade, ao 
controle externo, uma vez que o controle interno é próprio de cada órgão. 
 
Dentro de sua função fiscalizatória, o Legislativo realiza o controle COFOP das entidades da 
administração direta e indireta. 
 
Contábil 
Orçamentária 
Financeira 
Operacional 
Patrimonial 
 
CONTROLE EXTERNO 
 
ü o controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de 
Contas da União, ao qual compete: 
1. Apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República, mediante parecer prévio 
que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento; 
2. Julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos 
da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo 
Poder Público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra 
irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público; 
 
CONTROLE INTERNO 
 
ü Além do controle externo, trazido pelo art. 71, a Constituição também consagra o chamado 
controle interno, que é feito por todos os Poderes da União. No âmbito do Executivo, por 
exemplo, destaca-se a Controladoria-Geral da União,cuja atribuição não prejudica aquela 
exercida pelo TCU. 
 
ü Em importante mecanismo de proteção, a Constituição disciplina que os responsáveis pelo 
controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela 
darão ciência ao Tribunal de Contas da União, sob pena de responsabilidade solidária. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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