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Danielle Spencer – Direito do Consumidor 
Curso Completo de Direito do Consumidor 
 
DIREITO DO CONSUMIDOR 
Características da relação de consumo. Conceito de consumidor e fornecedor.                   
Princípios e direitos do consumidor. Responsabilidade civil. Proteção contratual.                 
Defesa do consumidor em juízo. 
 
● A CF/88 E O CDC (Lei n° 8078/90): ​MICROSSISTEMA 
● CARACTERÍSTICAS DA RELAÇÃO DE CONSUMO 
● CONCEITO DE CONSUMIDOR 
 
Individual (art. 2°, ​caput​) 
Coletivo (art. 2°, Parágrafo Único; 17 e 29) 
 
CONCEITO DE FORNECEDOR (art. 3°) 
 
Gênero 
Espécie 
 
PRINCÍPIOS (art. 4°) 
Harmonia. Vulnerabilidade. Transparência. Boa-fé objetiva. Dever Governamental 
 
DIREITOS DO CONSUMIDOR (art. 6°): Tripé da Relação de Consumo. Educação.                     
Informação. Publicidade Enganosa e Abusiva. Prática Abusiva. Cláusula Abusiva.                 
Inversão do ônus da prova. Prevenção e Reparação do dano. Acesso à justiça.                         
Serviços Públicos 
 
Algumas observações 
 
Consumidor​: Pessoa Jurídica – Teorias 
Fornecedor: Súmulas 297 (bancos) e 563 (entidades abertas de previdência                   
complementar) STJ 
Direitos: ​Inversão do ônus da Prova (momento) . Serviços Públicos (Lei 8987/95) 
 
 
 
 
 
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DIREITO DO CONSUMIDOR 
 
Responsabilidade Civil (arts. 12/27) 
Fato do Produto (arts. 12 e 13) 
Fato do Serviço (art. 14) 
Vício do Produto (arts. 18 e 19) 
Vício do Serviço (art. 20) 
Prazo para Reclamação do Vício (art. 26) 
Prazo para sanar o vício (art. 18, §1°) 
Prazo para Ação de Reparação de Dano (art. 27) 
Excludentes de Responsabilidade (art. 12, §3° e art. 14, §3°) 
 
PROTEÇÃO CONTRATUAL (art. 30 e segs) 
 
Princípios Contratuais 
Oferta e Publicidade 
Publicidade Enganosa e Abusiva 
Prática Abusiva 
Cláusula Abusiva 
 
DEFESA DO CONSUMIDOR EM JUÍZO: Solucionar lides de consumo (garantia                   
dos direitos) – art. 4° II, 6° VII e VIII, 5°, 81 e segs. 
Legitimação Ordinária (LO) e Extraordinária(LE) (art. 6°, CPC) – Substituto                   
Processual, ente que defende interesse coletivo (tutela coletiva) – legitimados do                     
art. 82 CDC e art. 5° Lei 7347, 24.7.1985 (LACP): 1) Difuso – circunstância de fato,                               
2) Coletivo – relação jurídica, 3) Individual Homogêneo – origem comum 
 
Tipos de Ações (art. 3° e 4°, Lei 7347/1985 c/c art. 83 CDC): 
Imposição de uma obrigação de dar (condenação em dinheiro) 
Imposição de uma obrigação de fazer ou não fazer (preceito cominatório) 
Ações Declaratórias – nulidade de cláusulas contratuais abusivas (art. 51) 
Execuções – Título Extrajudicial (execução dos termos de compromisso de                   
ajustamento de conduta, mediante o qual algum “F” se comprometeu a deixar de                         
fazer ou a fazer alguma coisa sob pena de multa, ou então a pagar uma                             
indenização, mas não o faz, conforme avençado) e Judicial (ACP cujo objeto é a                           
condenação em dinheiro, art. 81, III) 
 
Coisa Julgada (art. 103) - Imutabilidade da Sentença 
Tutela Individual (L. O) – resultado da ação (efeitos da condenação na indenização)                         
só atinge os titulares desses interesses( autor e réu). 
Tutela Coletiva (L. E) – os efeitos são três a depender do interesse tutelado: 
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Erga omnes (difuso) – sentença afeta a TODOS quantos estejam ligados a esses                         
interesses, de maneira uniforme. Assim, se a sentença for favorável a uma entidade                         
legitimada, fará coisa julgada para todos os interessados e, obviamente em face do                         
réu. Mas, se julgada improcedente em razão de insuficiência de provas (formal),                       
outro legitimado poderá intentar a ação com base em novas provas 
Ultra partes (coletivo) – sentença afeta as partes e o(a) grupo/categoria/classe                     
dessas pessoas, mas se julgada improcedente por insuficiência de prova, pode                     
outro legitimado propor ação com base em novas provas 
Erga omnes (individual homogêneo) – procedência do pedido em benefício de                     
todas as vítimas, mas a improcedência do pedido não impede sua repetição por                         
outro legitimado. Se não litisconsorte, ação a título individual; se litisconsorte, não                       
há possibilidade de nova ação 
 
BIBLIOGRAFIA 
 
BENJAMIN, Antonio Herman V. Manual de direito do consumidor. São Paulo: RT 
FILOMENO, José Geraldo Brito. Manual de Direitos do Consumidor. São Paulo:                     
Atlas.  
_____. Curso Fundamental de direito do consumidor. São Paulo: Atlas. 
GAMA, Hélio Zaghetto. Curso de direito do consumidor. Rio de Janeiro: Forense. 
LOBO, Paulo Luiz Netto. Princípios Sociais do Contrato no CDC e no Código Civil.                           
Disponível em:   
http://www.buscalegis.ufsc.br/revistas/files/anexos/7868-7867-1-PB.htm 
MARTINS, Plínio Lacerda. Anotações ao Código de Defesa do Consumidor.                   
Conceitos e Noções Básicas. Rio de Janeiro: Forense.  
NUNES, Luis Antonio Rizzatto. Curso de Direito do Consumidor: com exercícios.                     
São Paulo: Saraiva. 
SILVA, Jorge Alberto Quadros de Carvalho. Código de Defesa do Consumidor                     
Anotado e legislação complementar. São Paulo: Saraiva.  
TARTUCE, Flávio. CORTE DE ENERGIA ELÉTRICA. ANÁLISE SOB O PRISMA                   
“CIVIL- CONSTITUCIONAL”. Disponível em:       
www.flaviotartuce.adv.br/artigos/Tartuce_corte.doc 
TARTUCE, Flávio. Manual de direito do consumidor: direito material e processual.                     
Rio de Janeiro: Forense 
 
 
 
 
 
 
 
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Questões Sobre Direito Do Consumidor 
 
(1) Sobre os direitos básicos do consumidor, assinale a alternativa                   
INCORRETA: 
 
a) Nas relações de consumo, é direito do consumidor a proteção da vida, saúde e                             
segurança contra os riscos provocados por práticas no fornecimento de produtos e                       
serviços considerados perigosos ou nocivos. 
b) É direito do consumidor a modificação das cláusulas contratuais que                     
estabelecem prestações proporcionais ou sua revisão em razão de qualquer fato                     
que as tornem onerosas. 
c) O consumidor tem direito a adequada e eficaz prestação dos serviços públicos                         
em geral. 
d) O consumidor tem direito a efetiva prevenção e reparação de danos                       
patrimoniais, individuais, coletivos e difusos. 
e) O juiz pode deferir, em benefício do consumidor, a inversão do ônus da prova no                               
curso do processo civil versando sobre direito do consumidor. 
 
(2) De acordo com o Direito do Consumidor, não é direito básico do                         
consumidor: 
 
a) a adequada e eficaz prestação dos serviços públicos em geral. 
b) a dilação dos prazos quando do acesso aos órgãos judiciários e administrativos. 
c) a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais,                       
coletivos e difusos. 
d) a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da                             
prova. 
e) a modificação das cláusulas contratuais que estabeleçam prestações                 
desproporcionais. 
  
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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(3) É abusiva a publicidade 
 
a) apenas quando se aproveite da deficiência de julgamento e inexperiência da                       
criança, ou que seja capaz de induzir o consumidor a se comportar de forma                           
prejudicial ou perigosaà sua saúde ou segurança. 
b) quando discriminatória de qualquer natureza, que incite à violência ou explore o                         
medo ou superstição. 
c) quando, em qualquer modalidade, transmitir informação inteira ou parcialmente                   
falsa. 
d) quando omitir informação capaz de induzir em erro o consumidor a respeito da                           
natureza, características, qualidade, quantidade ou propriedades de produto ou                 
serviço. 
e) se não tiver sido autorizada pelos órgãos de proteção e defesa do consumidor. 
� 
(4) – Academia de ginástica veicula anúncio assinalando que os seus alunos,                       
quando viajam ao exterior, podem se utilizar de rede mundial credenciada,                     
presente em 60 países e 230 cidades, sem custo adicional. Um ano após                         
continuamente fazer tal divulgação, vários alunos reclamam que, em quase                   
todos os países, é exigida tarifa de uso da unidade conveniada. A academia                         
responde que a referência ao sem custo adicional refere-se à inexistência de                       
acréscimo cobrado por ela, e não de eventual cobrança, no exterior, de                       
terceiro. 
 
�Acerca dessa situação, assinale a afirmativa correta. 
 
a) A loja veicula publicidade enganosa, que se caracteriza como a que induz o                           
consumidor a se comportar de forma prejudicial ou perigosa a sua saúde ou                         
segurança. 
b) A loja promove publicidade abusiva, pois anuncia informação parcialmente falsa,                     
a respeito do preço e qualidade do serviço. 
c) Não há irregularidade, e as informações complementares podem ser facilmente                     
buscadas na recepção ou com as atendentes, sendo inviável que o ordenamento                       
exija que detalhes sejam prestados, todos, no anúncio. 
d) A loja faz publicidade enganosa, que se configura, basicamente, pela falsidade,                       
total ou parcial, da informação veiculada. 
  
 
 
 
 
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�(5) Mauro adquiriu um veículo zero quilômetro da fabricante brasileira                   
Surreal, na concessionária Possante Ltda., revendedora de automóveis que                 
comercializa habitualmente diversas marcas nacionais e estrangeiras. Na               
época em que Mauro efetuou a compra, o modelo adquirido ainda não era                         
produzido com o opcional de freio ABS, o que só veio a ocorrer seis meses                             
após a aquisição feita por Mauro. Tal sistema de frenagem (travagem) evita                       
que a roda do veículo bloqueie quando o pedal do freio é pisado fortemente,                           
impedindo com isso o descontrole e a derrapagem do veículo. Mauro,                     
inconformado, aciona a concessionária postulando a substituição do seu                 
veículo, pelo novo modelo com freio ABS.�Diante do caso narrado e das                       
regras atinentes ao Direito do Consumidor, assinale a afirmativa correta.  
 
a) Mauro tem direito à substituição, pois o fato de o novo modelo ter sido oferecido                               
com o opcional do freio ABS, de melhor qualidade, configura defeito do modelo                         
anterior por ele adquirido. 
b) Se o veículo adquirido por Mauro apresentar futuro defeito no freio dentro do                           
prazo de garantia, a concessionária Possante Ltda. é obrigada a assegurar a oferta                         
de peças de reposição originais enquanto não cessar a fabricação do veículo. 
c) Somente quando cessada a produção no país do veículo adquirido por Mauro, a                           
fabricante Surreal ficará exonerada do dever legal de assegurar o oferecimento de                       
componentes e peças de reposição para o automóvel. 
d) Havendo necessidade de reposição de peças ou componentes no veículo de                       
Mauro, a fabricante Surreal deverá, ainda que cessada a fabricação no país, efetuar                         
o reparo com peças originais por um período razoável de tempo, fixado por lei. A                             
reposição com peças usadas só é admitida pelo Código do Consumidor quando                       
houver autorização do consumidor. 
  
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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(6) O Mercado A comercializa o produto desinfetante W, fabricado por                     
W.Industrial. O proprietário do Mercado B, que adquiriu tal produto para uso                       
na higienização das partes comuns das suas instalações, verifica que o                     
volume contido no frasco está em desacordo com as informações do rótulo                       
do produto. Em razão disso, o Mercado B propõe ação judicial em face do                           
Mercado A, invocando a Lei n. 8.078/90 (CDC), arguindo vícios decorrentes de                       
tal disparidade. O Mercado A, em defesa, apontou que se tratava de                       
responsabilidade do fabricante e requereu a extinção do processo. �A respeito                     
do caso sugerido, assinale a alternativa correta. 
 
a) O processo merece ser extinto por ilegitimidade passiva. 
b) O caso versa sobre fato do produto, logo a responsabilidade do réu é                           
subsidiária. 
c) O processo deve ser extinto, pois o autor não se enquadra na condição de                             
consumidor. 
d) Trata-se de vício do produto, logo o réu e o fabricante são solidariamente                           
responsáveis. 
� 
(7) Nos termos do Código de Defesa do Consumidor, é INCORRETO afirmar: 
 
a) A defesa dos interesses e direitos dos consumidores e das vítimas poderá ser                           
exercida em juízo individualmente, ou a título coletivo. 
b) Para a defesa dos direitos e interesses protegidos pelo Código de Defesa do                           
Consumidor são admissíveis todas as espécies de ações capazes de propiciar sua                       
adequada e efetiva tutela. 
c) Na ação que tenha por objeto o cumprimento da obrigação de fazer ou não fazer,                               
o juiz concederá a tutela específica da obrigação ou determinará providências que                       
assegurem o resultado prático equivalente ao do adimplemento. 
d) Nas ações coletivas de que trata o Código de Defesa do Consumidor haverá                           
adiantamento de custas, emolumentos, honorários periciais e demais despesas. 
 
�(8) Em relação à vulnerabilidade do consumidor, 
 
a) é fator que obriga o juiz a determinar a inversão do ônus da prova no processo                                 
que tenha por objeto as relações de consumo. 
b) é princípio assegurado expressamente pelo artigo 5º da Constituição Federal. 
c) no processo civil, o juiz, ao reconhecê-la, deverá inverter o ônus da prova. 
d) é diretriz estabelecida pelo CDC, no capítulo que trata do Sistema Nacional de                           
Proteção e Defesa do Consumidor, devendo ser observada pelos órgãos que o                       
compõe. 
e) é princípio da política nacional das relações de consumo. 
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�(9) Analisando o artigo 6º, V, do Código de Defesa do Consumidor, que                         
prescreve: “São direitos básicos do consumidor: V - a modificação das                     
cláusulas contratuais que estabeleçam prestações desproporcionais ou sua               
revisão em razão de fatos supervenientes que as tornem excessivamente                   
onerosas”, assinale a alternativa correta. 
 
a) Não traduz a relativização do princípio contratual da autonomia da vontade das                         
partes. 
b) Almeja, em análisesistemática, precipuamente, a resolução do contrato firmado                     
entre consumidor e fornecedor. 
c) Admite a incidência da cláusula rebus sic stantibus. 
d) Exige a imprevisibilidade do fato superveniente. 
  
(10 ) Quando a contratação ocorre por site da internet, o consumidor pode                         
desistir da compra? 
 
a) Sim. Quando a compra é feita pela internet, o consumidor pode desistir da                           
compra em até 30 dias depois que recebe o produto. 
b) Não. Quando a compra é feita pela internet, o consumidor é obrigado a ficar com                               
o produto, a menos que ele apresente vício. Só nessa hipótese o consumidor pode                           
desistir. 
c) Não. O direito de arrependimento só existe para as compras feitas na própria                           
loja, e não pela internet. 
d) Sim. Quando a compra é feita fora do estabelecimento comercial, o consumidor                         
pode desistir do contrato no prazo de sete dias, mesmo sem apresentar seus                         
motivos para a desistência. 
  
 ~~Fim~~ 
  
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