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MÁQUINAS AGRÍCOLAS – ME 0950 Prof. Carlos O trator surgiu para automatizar o modo tracionário da agricultura. A tração animal é muito mais eficiente e menos agressiva (principalmente ao solo) quando comparado aos tratores, contudo, este se faz necessário por conta do aumento de área de plantio/propriedades. Os tratores agrícolas podem ser classificados quanto à tração em três grupos: 4x2: Comum em pequenas e médias propriedades, usado em serviços de tração mais leves. A roda de tração é a traseira e esta apresenta maior diâmetro 4x2-A: O 4x2 Assistido permite a possibilidade de tracionar também as rodas dianteiras (4x4), como em um Jeep. Comum em médias e grandes propriedades para serviços de tração médios e pesados. 4x4: é o 4x4 integral, não há a possibilidade de desengatar a tração, usual em serviços de tração extra-pesados. O uso de esteiras nas rodas dos tratores aumenta a tração e diminui os danos causados ao solo (compactação), contudo, reduz a manobrabilidade do veículo (dificultando seguir a trajetória da curva de nível), principalmente nas cabeceiras das plantações. Manobrabilidade: Tem como objetivo direcionar/corrigir a rota desejada. Dirigibilidade: Tem como objetivo o conforto durante a trajetória, como Pitch And Bounce, frenagem brusca. Estabilidade: Tem como objetivo manter as rodas no chão, se comportando bem devido a uma excitação. Operações Agrícolas: as operações listadas a baixo não precisam, necessariamente, ser executadas na ordem. 1. Desbravamento: operação praticamente em desuso, trata-se da remoção de pedras, árvores, raízes, etc. para tornar uma área agricultável. Utiliza tratores com esteiras e pás 2. Preparo primário do solo: ocorre quando necessário, depende das condições antes do início do plantio. Revolve a terra, deixando o solo rugoso (utilizando facas e discos). 3. Preparo secundário do solo: complementa o anterior e/ou pode ser efetuado sem a ocorrência da mesma. É o nivelamento do solo para deixa-lo menos rugoso, através da operação de gradeamento, nivelando e gerando uma pequena compactação do solo. 4. Plantio: planta-se apenas o que não tem semente, como batata e mandioca. Semeadura: para tudo que tem semente, geralmente, cereais . Transplante: mudas de plantas jovens são plantadas em covas no solo para suprir falhas dos processos anteriores, onde a semente, por exemplo, não foi jogada no local correto ou não vingou. Como o problema só se nota quando a plantação começa a crescer, planta-se mudas para não ocorrer competição desleal por nutrientes entre muda/semente. ATENÇÃO! Solos irregulares podem causar problemas no plantio e na semeadura, como o deposito irregular das sementes/“fruto”, gerando uma disputa irregular no crescimento das plantas. 5. Adubação 6. Cultivo: rasga-se o solo mecanicamente para eliminar ervas daninhas, por exemplo, que nascem entre as linhas da plantação. 7. Irrigação 8. Controle de pragas: pode-se usar tratores, veículos autopropelidos (sprayers) ou até aviões. 9. Colheita: é indispensável e, geralmente, o gargalo da produção. Pode ser classificada de três formas. 10. Transporte 11. Armazenagem. ATENÇÃO! As operações 5, 6, 7 e 8 podem ou não ocorrer; as operações 9 e 10 apresentam características distantes das condições agrícolas, definidas em razão de infraestrutura adequada. Trator em Ordem de Marcha (ODM): é o trator com todos os fluidos necessários para seu funcionamento (fluido de freio, refrigeração, combustível, etc.). Trator em Operação: para a máxima eficiência do equipamento, o trator deve operar com tais carregamentos: 4x2 Eixo traseiro = 80%; Eixo dianteiro = 20%; 4x2-A+ (4x2 assistido acionado) Eixo traseiro = 60%; Eixo dianteiro = 40%; 4x4 Eixo traseiro = 50%; Eixo dianteiro = 50%. Seleção de Pneus Agrícolas – Modelo de GeeClough: o pneu agrícola é selecionado em função da operação a ser realizada. O modelo de GeeClough destaca o pneu, o solo, o trator e o implemento: Pneu: largura, diâmetro, deflexão vertical, altura da banda lateral; Solo: é analisado pelo índice de cone (IC), ou seja, qual é a pressão exercida por um cone que penetra no solo: Trator: leva em consideração a carga nos eixos dianteiro e traseiro; Implemento: leva em consideração a força horizontal na barra de tração. O modelo de GeeClough levanta uma curva de Força horizontal x patinagem para um determinado trator, com um determinado pneu, num determinado solo com um determinado implemento. O modelo diz que a força máxima é aquela que produz uma patinagem de 25% (acima disso, o trator entra em regime de atolamento). Se a patinagem for inferior a 12%, o trator está superdimensionado. Modelo Empírico de Seleção de Pneus Coeficiente de Tração (CT): relação entre a força horizontal (solicitação imposta pelo implemento) na barra de tração (Fx[N]) e a carga vertical no eixo de tração (Rt-eixo [N]). O CT pode ser, no máximo, 60%, ou seja, o veículo consegue tracionar até 60% do seu peso (Exigência do equipamento). Coeficiente de Tração Máximo (CTmáx): é o máximo que o pneu consegue transformar/transferir da carga vertical em relação à horizontal, ou seja, é o máximo que o pneu consegue fazer de força horizontal em relação à carga vertical (Disponibilidade do equipamento). Tem como parâmetro a Mobilidade (M): ATENÇÃO! Pela formula acima, é possível perceber que 79,6% é o máximo que um pneu agrícola consegue transformar de carga horizontal em vertical, ou seja, se o cálculo do CT for superior ao do CTmáx, o trator não terá condições de executar o serviço por conta do pneu. Mobilidade:é a capacidade do pneu de absorver carga vertical √ IC Índice de cone [Pa]; l largura do pneu [m]; d diâmetro do pneu [m]; R carga vertical na roda [N]; df deflexão vertical [m]; ba altura lateral do pneu [m] Patinagem (S): o regime desejado de patinagem é entre 12,5% e 25%. Um valor médio de patinagem é da ordem de 18%. Acima deste valor, o serviço é considerado pesado e, abaixo dele, é considerado leve. ( ) CTCoeficiente de tração; CTmáx Coeficiente de tração máximo; KFator de Correção; M Mobilidade Compactação do solo: reduz a produção,a drenagem do solo e pode provocar desprendimento de solo. Ocorre em decorrência do peso da máquina, da operação agrícola fora de época ou indevidas, dos equipamentos inadequados para a função e principalmente pelas configurações do pneu (desenho e tipo). O choque (linhas no solo, no desenho acima), depende do tipo de construção do pneu que está sendo utilizado: Diagonal: está entrando em desuso, é o que causa maior compactação do solo; Radial: é mais flexível (flanco do pneu trabalha mais) e é mais largo, o que apresenta como desvantagem a necessidade de maior espaço para o pneu passar sem derrubar nenhuma muda; Baixa Pressão, Alta Flutuação (BPAF): é o que gera menor compactação do solo. É a tendência atual do mercado. Para reduzir o problema de compactação do solo, algumas propriedades estão adotando “linhas de tráfego”, locais determinados para a passagem no pneu, onde o solo pode ser extremamente compactado, mas evita a compactação na região plantada. Nas linhas de tráfego, eficiência máxima de operação ocorre com patinagem zero (no outro caso, esta eficiência máxima ocorre entre 12,5% e 25% de patinagem). Colheita:é uma das atividades mais severas e pode ser dividia em três grupos: A. Manual: é o modo que abastece o mercado nacional, realizada por pequenos produtores com mão-de-obra não especializada; B. Manual Mecanizada: utiliza de equipamentos simples para auxiliar no processo manual. É onde há maior possibilidade de desenvolvimento e oportunidade de crescimento no mercado nacional; C. Mecanizada: muito especial e cara, utilizada, geralmente, por produtores interessados apenas na exportação de commodities. Fatores que influenciam/caracterizam os tipos de colheita: Fatores A B C Seletividade --- --- --- Velocidade --- Pequena Grande Custo total (aquisição e operação) Pequeno --- Grande Agressividade ao humano Grande --- Pequena Necessidade de Existência Grande ATENÇÃO! Não existe nenhum processo que faça a seleção do que está sendo colhido adequadamente. A Manual-Mecanizada praticamente não existe no Brasil, por conta disso, não há dados sobre custo e agressividade ao humano. Transmissões hidráulicas: são sempre utilizadas quando o layout do equipamento é complexo (como sprayer e colheitadeiras, onde o motor fica distante das rodas e demais equipamentos), pois a transmissão da potência é feita através de mangueiras. Uma bomba axial de pistões (não permite trabalhar em excesso de potência, sempre utiliza o que é necessário) é acionada através de um motor de combustão estacionário (funcionando sempre na rotação fixa de máxima potência). Este tipo de transmissão permite inverter o sentido de rotação (frente e ré) bem como operar o equipamento com mínima velocidade, sempre com máxima potência e torque do motor a combustão, pois estas alterações são feitas através da inclinação do prato da bomba de palhetas, alterando o volume que será bombeado. A desvantagem deste equipamento é que apresenta baixo rendimento. Colheita Mecanizada: o equipamento possui transmissão hidráulica e, geralmente (principalmente em colheita de grãos), o eixo dianteiro é o tracionário e o traseiro é o direcional. Pode ser divida em 4 etapas: 1. Captação; 2. Armazenagem (raramente usada para evitar compactação do solo); 3. Separação; 4. Descarte. Componentes da colheitadeira: 1. Molinete: penteia a planta e a deixa numa posição ideal para o corte. Dimensão de duas a três vezes a bitola do equipamento; 2. Corte; 3. Sem-fim: transporta o material cortado da lateral para o centro da máquina; 4. Elevador: eleva as palhas e os grãos para a separação; 5. Transportador: transporta os grãos para a primeira etapa de limpeza; 6. Trilha: primeira etapa de separação empurra o material contra o côncavo; 7. Côncavo: faz a debulha, separação dos grãos da palha; 8. Bandeja: recebe os grãos já limpos; 9. Batedor: separa os grãos da palha por impacto; 10. Rotary ou Retrilha: empurra o material contra a cortina; 11. Cortina; 12. Saca Palhas: superfície extremamente rugosa para retirar as palhas restantes; 13. Saca Palhas e peneiras: separa resíduos indesejáveis; 14. Saca Palhas: separa resíduos indesejáveis; 15. Saca Palhas: separa resíduos indesejáveis; 16. Ventilador: faz a separação através da diferença de densidade; 17. Retrilha: pega os grãos da última operação e transporta para a armazenagem; 18. Armazenagem. Viabilidade: para analisar a viabilidade de compra desta máquina, deve-se levar em consideração a umidade, o tipo de planta (quando o “fruto” não aceita o ataque mecânico como o morango) e se o equipamento será conduzido pelo operador ou não (fator decisivo, havendo uma variação de aproximadamente 3% de perda), esses três fatores estão em ordem de importância respectivamente. Cereais Umidade ideal Arroz 26 – 20% Feijão 18 – 16% Milho 15 – 13% Soja 14 – 12% Trigo 16 – 15% Esse equipamento possui uma perda de 10 à 15%, tendo uma idade de depreciação de 5 anos, aumentando a perda a partir desse tempo. Outro problema esta na armazenagem no graneleiro que, geralmente, situa-se no meio e no alto do equipamento, sendo utilizado para armazenar os grãos enquanto há a troca de posição dos transbordos, aumentando a compactação devido ao peso elevado. Somando este fato com o solo irregular, pode gerar o efeito Pitch And Bounce, o que pode danificar a soqueira ou alterar a altura do corte. _____________________________________________________________ P2 Transmissões: Mecânica: mais comum na agricultura; Hidráulica: mais comum em construção civil; Elétrica: pouco comum, sendo empregada apenas em locais confinados, por conta da baixa emissão de poluentes, como metros e mineradoras. Diagrama de corpo livre: Coeficiente de Resistência ao Rolamento (CRR): Potências Envolvidas no Trem de Forças: Potência de Movimento (PM); Potência do Sistema Hidráulico (PH); Potência da Tomada de Potência (PTDP). Esquema do Trem de Forças: 1. Motor; 2. Embreagem; 3. Eixo Primário; 4. Acoplamento; 5. Bomba: geralmente rotaciona com a mesma rotação do motor; 6. Tomada de Potência Traseira: rotação padrão de 540 rpm ou 1000 rpm; 7. Acoplamento; 8. Diferencial Traseiro; 9. Eixo Secundário; 10. Redução na Roda; 11. Pneu (rodado) traseiro; 12. Pneu (rodado) dianteiro; 13. Redução na Roda; 14. Acoplamento; 15. Diferencial Dianteiro; 16. Tomada de Potência Dianteira: rotação padrão de 540 rpm ou 1000 rpm. Torque em Cada Roda (Tr): ∑ ∑ Fhorizontais forças horizontais atuantes em cada roda (z-dianteira ou traseira); r raio do pneu (z-dianteira ou traseira); %z.Fx porcentagem da força (z-dianteira ou traseira) gerada pelo implemento atuante em cada roda; FRR-z Força de resistência ao rolamento em cada roda (z-dianteira ou traseira). Torque no Motor (TM): TM-z Torque exigido no motor pela roda (z-dianteira ou traseira); %z.Fx porcentagem da força (z-dianteira ou traseira) gerada pelo implemento atuante em cada roda; FRR-z Força de resistência ao rolamento em cada roda (z-dianteira ou traseira); r raio do pneu(z-dianteira ou traseira); IMRelação de marcha; IRF-Z Relação de transmissão do diferencial; ηtrendimento da transmissão; CRR-z Coeficiente de Resistência ao rolamento; RD-zCarga atuante no eixo (z-dianteira ou traseira). Potência Exigida no Motor (P): [ ] FForça resistiva ao movimento; VVelocidade de operação; ηtrendimento da transmissão; TTorque no motor; nrotação do motor; FRRdForça resistiva ao rolamento da roda dianteira; FRRtForça resistiva ao rolamento da roda traseira; TM-d Torque exigido no motor pela roda dianteira; TM-t Torque exigido no motor pela roda traseira) ATENÇÃO! As rotações na roda não podem ser muito baixas, o equipamento deve sempre operar próximo à máxima potência. Além disso, as rotações exigidas no motor pelas rodas dianteira e traseira não podem ser diferentes. Além da potência necessária para o deslocamento do trator, o motor deve fornecer potência para outros sistemas, como o hidráulico. Em alguns equipamentos, como numa retro-escavadeira, o sistema hidráulico além de promover o movimento linear (movimentação das pás e braços através de atuadores lineares) é responsável pelo movimento rotativo (tração do equipamento através de atuadores rotativos). Todo projeto de trator deve ser iniciado pela tubulação do sistema hidráulico, para facilitar a montagem, olayout e a instalação de acessórios (atuadores, por exemplo). Em equipamentos cuja tração é feita através de atuadores rotativos, há duas opções de controle de torque e rotação através da Unidade de Comando RC (é o conjunto do RC com um Software ASR): Tração 4M: o controle do torque é feito em cada roda, de modo independente. Com a variação da vazão, altera-se o torque e a rotação em cada roda. Tração 2M: o controle é realizado no eixo das rotas. Atuadores Lineares: Consumo de potência: [ ] Para dimensionar o atuador, deve-se utilizar a fórmula de Euler FFL Força de Flambagem; Emódulo (E=2,1.10 6 kgf/cm 2 ); Dh diâmetro da haste; C comprimento de flambagem (no nosso caso, é o Tipo 2 do modelo de Euler, ou seja, C=L); AcÁrea do cilindro; AeÁrea do embolo; Ah Área da haste. ATENÇÃO! Muda-se o local de ancoragem (fixação) do atuador para diminuir o comprimento de flambagem, aumentando assim a FFL permitida (máxima). Custos: São divididos em custo fixo (depreciação, juros, alojamento e seguro) e custo operacional (combustível, lubrificante, manutenção e salário). ATENÇÃO! As fórmulas abaixo são exclusivamente para tratores com pneus. Em outros equipamentos (colheitadeiras, sprayers, ou até mesmo tratores com esteiras) as fórmulas são outras. Custo Fixo: Depreciação (D): PValor de aquisição do Trator; s Valor de sucata; vvida econômica. Juros (J): ( ) PValor de aquisição do Trator; i taxa de juros ao ano (Usualmente 12%). Alojamento: custo da garagem ao ano PValor de aquisição do Trator; ATENÇÃO! Se não falar nada, usar 1% Seguro: PValor de aquisição do Trator; ATENÇÃO! Se não falar nada, usar 1% Fatores Definidos Pelo Governo: sValor de sucata; vvida econômica; PValor de aquisição do Trator. ATENÇÃO! Se não falar nada, usar 1500h/ano Custo Operacional: Combustível (C): fórmula exclusiva para Diesel. [ ] √ Lubrificante (L): [ ] PPotência Nominal [kW] Manutenção (M): [ ] [ ] PValor de aquisição do Trator Salário: depende da região que se opera. Custo Total: ( ) CFCusto fixo; COCusto Operacional. Ergonomia: o trator apresenta baixa ergonomia principalmente por não ter suspensão para minimizar as excitações provenientes do solo. Há ausência de suspensão, pois ao arrancar (assim como em caminhões), o trator sofre um momento, “forçando” um dos lados do trator e aliviando o outro, o que faria com que o lado “forçado” “afundasse” enquanto o outro lado levantaria, fazendo o trator patinar. O amortecimento de tratores é proveniente dos pneus e/ou de uma mola (ou bolsa pneumática) localizada abaixo do banco e com altura regulável. Fatores Ergonômicos: Frequência Natural: a região do tórax humano tem uma frequência natural entre 2 e 10 Hz, na qual os órgãos internos são severamente danificados; Visibilidade: torsão constante do tronco para visualização do implemento traseiro ou torsão lateral para visualização da dianteira (por conta do campo de visão limitado pela frente do trator); Comandos: minimização de esforços e melhoria nas posições de acionamento; Força Pulsante: a força resultante do implemento gera uma excitação pulsante, pois o solo não se comporta de forma homogênea. Climatização: na maioria das vezes não está ligada ao conforto térmico e sim à segurança do operador, isolando-o de agentes tóxicos (como pó de cimento e agrotóxico dos sprayers). Atualmente, alguns sistemas de controle são empregados ao trator para melhorar a ergonomia, reduzindo, por exemplo, o efeito Pitch & Bounce resultante da excitação pulsante. Tombamento Lateral e Longitudinal: é complicado de se resolver em tratores em virtude de sua característica construtiva. São alternativas para minimizar o risco: Melhora na estabilidade: através do emprego de sistemas de controle; Variação da bitola: a variação pode ser feita mudando o comprimento do eixo através de obilongos (ver animação no slide 260) ou através do offset da roda (lado da roda). Entretanto, esta alternativa é limitada pela largura das linhas de tráfego; Direção Diagonal: rodas traseiras esterçam paralelamente as dianteiras para facilitar para fazer a curva (ver animação no slide 261); Direção Coordenada: rodas traseiras esterçam de modo “concorrente” para diminuir o raio de giro (pode aumentar a chance de tombamento lateral) (ver animação no slide 262); Pivotamento: garante que as 4 rodas estejam sempre em contato com o solo (ver animação no slide 263, 264, 265 e 266); Distância Entre Eixos: quando a distância entre eixos é grande, é indicado que o trator seja 4x2, pois a força sobre o eixo dianteiro é menor. Já quando a distância entre eixos for menor, é indicado que o trator seja 4x4, pois a carga no eixo é maior, contudo, pode-se evitar o uso de lastros. A máquina tomba quando a linha de ação da força peso ultrapassa a linha da bitola, pois o momento de ação ultrapassa o resistivo. PtPeso do trator; θângulo do plano inclinado; hCGAltura do centro de gravidade; BBitola do trator Com isso, pode-se determinar o ângulo máximo de tombamento lateral: θângulo do plano inclinado; hCGAltura do centro de gravidade; BBitola do trator Mecanização Agrícola: O solo do Brasil é ruim para a agricultura, pois é raso, necessita de adubação constante e possui poucas áreas agricultáveis (por conta da topografia e das áreas de preservação de mata atlântica) e, mesmo assim, apenas 60% da área agricultável do país é utilizada. Agricultura de Precisão: necessita de alto investimento (o qual demora para retornar) e muito tempo para se aplicar este tipo de agricultura. A propriedade é dividida em matrizes (geralmente quadradas ou retangulares) e, através da instrumentação instalada na colheitadeira (GPS, célula de carga), é possível gerar um Mapa de Produção, através do qual é possível determinar o volume colhido por hectare em cada matriz, permitindo a análise de cada região, dando “o que é necessário onde se necessita”, como adubo, melhor preparo do solo. Apenas após os três primeiros anos de implantação deste sistema que se começa a ter retorno de investimento e a produção começa a aumentar. Antes disso, a produção apresenta queda em relação ao processo de agricultura anterior (de “não precisão”). Para se aplicar esta técnica, é necessário conhecer a fundo a propriedade. A agricultura de precisão aumenta a produtividade, reduz drasticamente o gasto com insumos e permite a homogeneização da colheita em toda a propriedade. Para aumentar ainda mais a produtividade, depois que esta técnica foi corretamente aplicada, pode-se fazer o adensamento da plantação, fazendo com que as plantas fiquem o mais próximas possíveis, massem que uma compita por nutrientes do solo com a outra. Lucas Cremonese Rodrigues.
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