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Aula 5

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06/10/17
ATOS PROCESSUAIS
A estinotipia está em desuso, porque estão gravando as audiências dos tribunais. 
Há termos que devem ser assinados pelas partes, ou podem as mesmas deixar de assiná-los, por impedimento ou recusa. Nesses casos art. 772 CLT, assim se resolve. Há muitos casos de impedimento, se tiver procurador, este assinará. Recusando-se a assinar o documento que exige assinatura da parte esta ocorrência será certificada, dispensado a parte de assiná-lo. O importante é a assinatura do juiz e do diretor de secretaria ou secretário que atestam a veracidade do contido na ata, caso alguém se recuse a assinar, estas pessoas têm fé pública. 
* Os prazos processuais:
estipulam-se limites temporais para a sequência de atos processuais. É lapso de tempo para a prática de tempo, o prazo é o período que ato deve ser praticado. Tem os prazos legais, judiciais e prazos convencionais, que são os que decorrem de convenção das partes. 
Pontes de Miranda classifica: Prazos peremptórios, fixados sem possível alteração; prazos prorrogáveis, aumentados a pedido da parte ou juiz; prazos cominatórios, quando extintos não se dá efeitos de peremptórios, exemplo, se entrega fora do prazo, pode fazer, mas com penalidade, como uma multa; prazos dilatórios que não se prorrogam, mas podem ser ampliados para certos atos ordinários que poderiam ser feitos dentro dele; prazos preclusivos, quando tem que correr antes de um ato, caso o prazo não fosse seguido, haveria quebra da isonomia; 
Os juízes do trabalho devem despachar todos os atos sob sua competência dentro dos prazos, art. 658, D, da CLT. Pode prevalecer os do CPC, caso não use o da CLT. Inexistindo prazo para a prática dos atos, esses deveriam ser feitos em 5 dias. 
Contagem do prazo: no processo do trabalho, é feita de acordo com os art. 774 e 775 da CLT, aplicando-se as regras supletivas do CPC. Os prazos são contados a partir da data em que a notificação foi feita pessoalmente, recebida pelo correio, da publicação do edital, ou da fixação da sede do juízo, salvo disposição em contrário, art. 664, da CLT. 
Fala-se em notificação e não citação. Não há necessidade de intimações pessoais, basta que se entregue via correio. Pode haver dúvidas sobre a data que foi dada ciência pelo correio. O servidor tem que devolver em 48h, art. 774. havia muitas falhas nos correios, para superar essas dificuldades o TST editou enunciado 16, instituindo critério da presunção do iuris tantum, do recebimento da notificação. O ônus da prova ´do interessado, que deverá por todos os meios lícitos, derrubar a presunção de recebimento, demonstrando que a notificação foi recebida em prazo superior à 48 horas de sua expedição pelo tribunal. Há presunção de que expedida a carta de notificação, a pessoa citanda tenha recebido esta carta em 48 horas. Ela tem que vir a juízo impugnar, caso tenha recebido depois. 
Art. 775 – prazos processuais contam-se com a inclusão do dia do vencimento e exclusão do dia inicial. O início do prazo ocorre no momento que o interessado toma ciência. O início da contagem ocorre no dia seguinte ao início do prazo. Os prazos processuais são contínuos e …, podem ser prorrogados, ou em virtude de força maior, desde que devidamente comprovados.
Art. 776 – o vencimento do prazo será certificado pelos chefes de secretaria. Para segurança do juízo e partes. 
A CLT não regula expressamente as hipóteses de suspensão ou interrupção dos prazos, de modo que pode aplicar supletivamente o CPC. 
Questão do recesso. Fala a lei como se fosse feriado. Parte da jurisprudênci entende que se aplica regra do art. 775 da CLT que prevê vencimento no primeiro dia útill seguinte dos prazos que se vencem no feriado. Os prazos transcorreriam no feriado, se iniciado no dia 20 de dezembro, essa era uma corrente minoritária, mas ela restou vencida. Hoje tem a OJ 209 orientação jurisprudencial que fala que os prazos fixam suspensos no recesso forense. 
Os prazos podem ter problemas em seu transcurso em relação a obstáculos criados pelas partes, como perda de capacidade de uma das partes, quando for oposta exceção de incompetência etc. Nesses casos o prazo será restituído pelo tempo faltante, para a sua complementação. 
A parte pode criar embaraços ou não. 
NULIDADE:
Nulidade é sanção determinada pela lei. Que priva ou destitui os efeitos já produzidos do ato. O sistema teleológico das nulidades, ou instrumentalidade. Reputamse válidos os termos e atos que realizados de outro modo lhe preencham a finalidade essencial. 
A forma demonstra como simples meio para se alcançar a finalidade no processo. Não sendo essencial para a validade do ato, salvo por exceção, quando a lei expressamente o exigir. O processo d trabalho é formal, mas tem menos formalidade. Havendo violação das formas, deverá haver a correspondente sanção. O processo do trabalho contempla capítulo art. 794 a 798 da CLT. É formal, mesmo adotando a simplicidade das formas. 
O princípio da instrumentalidade das formas, o que interessa é o fim e não o meio. Se atingir o fim, ainda que não tenha adotado forma especificada na lei, ele se reputará válido. 
Atos processuais nulos, anuláveis e inexistentes:
não confundir nulidades de direito processual com as de direito amterial, as primeiras ocorrem no processo. 
Os vícios são classificados segundo a gravidade que representam no processo. 
Tem as meras irregularidades sem consequência, como termo feito a lápis
Irregularidades com sanções extraprocessuais;
Irregularidades que acarretam nulidades processuais;
Tem a nulidade absoluta ou relativa, depende da gravidade.
As irregularidades que acarretam inexistência doa to processual. 
Há os vícios sanáveis e insanáveis. Os sanáveis podem implicar na nulidade relativa ou anulabilidade de um ato. Ocorre a nulidade relativa quando o interesse da parte for desrespeitado e a norma for cogente de interesse concorrente ou misto – interesse público não prevalente.
A declaração da nulidade pode ser de ofício ou mediante provocação da parte. 
Na anulabilidade o vício é decorrente de norma dispositiva, o ato só pode ser anulado mediante provocação do interessado, não pode o juiz, de ofício, mandar suprir o ato. Se não for arguida, por exemplo, a competência se prorroga. 
(Galeno Lacerda – despacho saneador)
os vícios insanáveis implicam a nulidade absoluta, que é ditado por interesse público, decorre de norma cogente e juzi deve declarar de ofício. O que for praticado em seu lugar não corrige o ato, apenas pode substituir. 
Nulidades cominadas, o preceito sançanatório está ali para tirar a validade do ato. Se não tivesse nada, poderia relativizar, mas isso é interpretação. 
PRINCÍPIOS DAS NULIDADES PROCESSUAIS
a) instrumentalidade das formas ou da finalidade – aquele que prescreve que ato te forma, sem cominar nulidade, o juiz considerará válido, se o ato realizado de outro forma, alcançar a sua finalidade. 
b) princípio do prejuízo ou da transcendência – não haverá nulidade sem prejuízo manifesto para as partes. Art. 794 da CLT. O prejuízo e processual e não material. 
c) princípio da convalidação ou da preclusão – art. 795 da CLT, as nulidades não serão declaradas, senão mediante provocação das partes, as quais devem arguir na primeira oportunidade em que falarem nos autos.
Protesto mediante registro na ata de audiência, é de costume fazer isso. Não se aplicava as nulidades absolutas. Fazia o protesto para evitar a preclusão. 
d) princípio da economia processual – art. 796, a, da CLT, segundo o qual a nulidade não será pronunciada quando o ato puder ser suprido... art. 797.
e) princípio do interesse – a parte tem o ônus de demonstrar manifesto prejuízo aos seus direito de demandar em juízo, mas somente estará autorizada a arguir a nulidade só ato, somente se não concorreu direta ou indiretamente para a ocorrência da irregularidade. Art. 796, b, da CLT. Alcança apenas as nulidades relativas. 
f) Princípio da utilidade – art. 798, aproveitar ao máximo os atos. Aproveitar os atos válidos,
separando-os dos inválidos, isso gera economia processual e gera celeridade. Separar na medida em que isso for possível. 
Partes e procurador

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