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Aula 3.1 SISTEMA RESPIRATÓRIO

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SISTEMA RESPIRATÓRIO
Os órgãos respiratórios inferiores começam a se desenvolver durante a quarta semana do desenvolvimento. 
1. Primórdio respiratório
É indicado por um sulco mediano na extremidade caudal da parede ventral da faringe primitiva no final da quarta semana (fenda laringotraqueal). O endoderma desse sulco origina o epitélio e as glândulas da laringe, traqueia, brônquios e epitélio pulmonar. TC, cartilagens, musculo liso, etc, se desenvolve a partir do mesoderma. 
No final da quarta semana, a fenda invaginou e formou o divertículo laringotraqueal (broto pulmonar) na região ventral da porção caudal do intestino anterior. A medida que esse broto se alonga, é envolvido pelo mesenquima, e sua extremidade se dilata para formar o broto traqueal. O divertículo logo se separa da faringe, mas se mantêm ligados pelo canal laríngeo primitivo. 
2. Desenvolvimento da laringe
O epitélio da laringe deriva do endoderma e suas cartilagens, do 4° e 6° arcos faríngeos. O mesenquima se prolifera formando tumefações aritenoides que transformam a glote primitiva em um forma de T. 
O desenvolvimento do epitélio da laringe gera sua oclusão, que só se recanaliza por volta da 10° semana. As pregas laríngeas se formam durante a recanalização, que são delimitadas pelas pregas vocais e vestibulares. 
A epiglote se desenvolve da parte caudal da eminência hipofaríngea. 
Os músculos laríngeos provêm do 4° e 6° arcos também, por isso inervados pelo NC X.
O crescimento da glote e da laringe é rápida nos três primeiros anos de vida. 
3. Desenvolvimento da traqueia
O endoderma que forma o epitélio da laringe também forma o epitélio e as glândulas da traqueia. A cartilagem, os músculos e o TC são do mesenquima esplâncnico que circunda o tubo. 
4. Desenvolvimento dos brônquios e dos pulmões
O broto traqueal se divide em duas tumefações: brotos brônquicos primitivos. Esses brotos crescem para os canais pericardioperitoneais. Os brônquios secundários e terciários logo se desenvolvem. 
Na quinta semana se formam os dois brônquios principais. Esses se dividem em brônquios lobares, segmentares e interssegmentares. Os brônquios segmentares se formam por volta da sétima semana e cada um com seu mesenquima forma um segmento broncopulmonar. 
Ao passo que os pulmões se desenvolvem, adquirem uma pleura visceral. 
4.1. Maturação dos pulmões
É dividida em 4 períodos.
4.1.1. Período pseudoglandular (6° a 16° semana)
Pulmão se parece com uma glândula exócrina nesse período. Na 16° semana todos os principais elementos estão formados, exceto os envolvidos em trocas gasosas. Fetos que nascem nesse período são inviáveis. 
4.1.2. Período canalicular (16° a 26° semana)
Segmentos apicais amadurecem primeiro que os basais. Nesse período a luz dos brônquios e bronquíolos se tornam maiores, e o tecido pulmonar se torna altamente vascularizado. a partir da 24° semana começam a ser formados os bronquíolos respiratórios e os sacos terminais. No final desse período a respiração já é possível, entretanto a taxa de sobrevivência é baixa em prematuros dessa idade, pois o sistema respiratório e outros ainda estão imaturos. 
4.1.3. Período do saco terminal (26° ao nascimento)
Nesse período se formam mais sacos terminais e suas células epiteliais se tornam mais delgadas. Os sacos terminais são revestidos prioritariamente por pneumócitos tipo I e, entre essas, há pneumócitos tipo II, que produzem surfactante. A produção de surfactante aumenta durante o final da gravidez, principalmente nas duas últimas semanas (o bebê produz surfactante a partir da 20° semana, mas somente entre a 26° e 28° que as quantidades são suficientes para permitir a sobrevivência de um bebe nascido prematuramente, antes disso, além do pouco surfactante, há pouca área de troca e pouca vascularização). 
4.1.4. Período alveolar (36° semana aos 8 anos)
No início do período alveolar, cada bronquíolo respiratório termina em um agregado de sacos alveolares de paredes finas. Esses sacos são os futuros ductos alveolares. Alvéolos maduros característicos só se formam a partir do nascimento (95%). 
O desenvolvimento alveolar é concluído em grande parte aos 3 anos de idade, mas novos alvéolos podem ser acrescentados até 8 anos. 
Movimentos respiratórios fetais (MRF) são frequentes e podem ser observados pelo ultrassom. São importantes para o desenvolvimento normal dos pulmões e da musculatura da respiração. Ao nascer, o pulmão do bebe está preenchido com líquido em mais da metade do seu volume e a aeração do órgão não é devido tanto à sua expansão, mas à rápida substituição de liquido por ar (pelo pressionamento do tórax, pelas artérias e veias e pelos vasos linfáticos).

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