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Pitágoras e os Princípios Herméticos

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Pitágoras e os Princípios Herméticos
José Laércio do Egito
"Não há fatos, somente
Interpretações."
Sem dúvidas o mundo tal como era compreendido por Pitágoras não era diferente da visão dos seguidores da Doutrina Hermética e isto é compreensível desde que ele foi um dos iniciados nos Mistérios das Escolas Iniciáticas do Antigo Egito. Disto resultou que os pitagóricos sempre deram grande importância aos Princípios Herméticos, e, de uma forma bem especial aos Princípios da Vibração e do Ritmo.
A Música representa um dos conceitos mais básicos da Vibração
A Escola Pitagórica estudava minuciosamente as bases da música e como conclusão afirmavam que o universo inteiro se constitui de um único mecanismo que trabalha segundo a lei de ritmo o qual sempre está presente em todas as formas e eventos presentes em toda natureza. 
A creação não é então somente um fenômeno de vibrações aleatoriamente distribuídas. Se nelas não houvesse algum ritmo, então haveria simplesmente o caos, até mesmo não teríamos formas distintas e nem inteligíveis, pois não haveria nenhum movimento e, sem movimento, o universo não poderia existir, as coisas "cairiam sobre si mesmas" voltando tudo à sua origem, o imanifesto. Quer sejam as galáxias, quer os sistemas estelares, o nosso sistema solar, assim também os sistemas planetários e até mesmo os átomos estruturados - miniaturas do sistema planetário - só se mantém como tais em decorrência do movimento. É o movimento quem segura a configuração da creação e não existe movimento sem ritmo. 
Sem ritmo não haveria qualquer som, assim como não pode haver som que não tenha um ritmo. Isto está em intima relação com o tempo cronológico. Numa fração de tempo curto algo pode se apresentar como se não fosse decorrência do tempo, mas desde que este se estenda o suficiente, então há repetição de eventos e isto nada mais é do que ritmo. Um evento que se repete é um ritmo. Por isto é que não há possibilidade da existência de som sem que nele esteja inerentemente presente algum tipo de ritmo 
Um maestro marca o ritmo na música com uma batuta, isto é um modo pratico de comandar um determinado ritmo, mas independentemente disto podemos dizer que qualquer gesto repetido é uma marcação rítmica. 
Por tudo isto diz a Ordem Pitagórica: até mesmo o caminhar, os passos, um dois, um dois... é um ritmo que, de uma certa forma, envolve uma cadência que é ritmo. Diz também: "Divida um e tem-se dois; dobre um ano e tem-se dois anos. Isto mostra que no um há o dois; provando que a dualidade vem de unidade. Assim se vê que na realidade a dualidade nada mais é do que um simples aspecto da unidade, ou seja, na diversidade está contida a unicidade e vice-versa. Em outras palavras, se pode ver como é fácil se compreender que" dois são um ". 
A dualidade é essencialmente uma expressão do ritmo, portanto, a multiplicidade é que mantém a existência das coisas. Sobre isto nos diz a Ordem Pitagórica. "O aspecto mais fácil de ser visto este fenômeno é o ritmo musical." Quando nós dizemos: um-dois, um-dois, então podemos entender o que faz enfatizar o um, e o que faz do dois um eco, um reflexo do um". "A natureza - creação - nada mais é do que algo cuja essência reside no ritmo das vibrações". 
"Tudo quanto existe no universo mostra que o ritmo é uma lei oculta da natureza. O nascer e o pôr-do-sol, o crescente e o minguante da lua, a mudança regular das marés, e as estações do ano, como eles vêm e vão nada mais são do que o ritmo da natureza. É o ritmo que faz com que os pássaros voem; é o ritmo que faz com que as criaturas da terra caminhem. Se nós penetramos mais profundamente no ritmo veremos que é ele aquilo que possibilita uma coisa ser feita do modo certo". 
Todo som é uma manifestação da vibração e o universo é constituído de vibração. Podemos ver que o ritmo está em consonância com aquilo que as doutrinas derivadas dos Vedas dizem: Tudo quanto existe na creação ou é Prakriti ou Puruska. Prakriti representa as estruturas que sejam elas materiais quer sejam energéticas. Tudo aquilo que vibra é Prakriti e tudo aquilo que se manifesta graças à vibração é Puruska. O amor, por exemplo, não vibra, mas a estrutura material de uma pessoa pode vibrar pela força do amor. Isto significa que a estrutura é uma manifestação de prakriti e o amor, de Puruska. A beleza só se manifesta em alguma estrutura, sem algo para ser belo ela existe imanifesta, assim podemos dizer que a beleza é Puruska e a coisa bela é prakriti. 
A Ordem Pitagórica enfatiza a música, pois considera que no universo tudo aquilo que o constitui é vibração em manifestação rítmica e que toda manifestação vibratória rítmica é um som com alguma forma de melodia. Onde quer que haja vibração há som, e onde quer que haja som há ritmo. Foi observando o comportamento de uma corda de um instrumento que Pitágoras desenvolveu muitos pontos básicos da teoria musical. 
Segundo nós pitagóricos pensamos, até mesmo as formas das coisas existentes são ritmos em manifestação. Por exemplo, se algo tem forma triangular é porque algo - o ângulo - se repete ritmicamente três vezes. O mesmo se pode dizer de outras formas. O quadrado e a repetição de ângulos, o pentágono a repetição do cinco e assim sucessivamente.
Na verdade as coisas existentes, em essência, apenas são reflexos do ritmo de repetição de ângulos. Vejamos, as estruturas ou são redondas - amorfas - ou anguladas. O redondo é sem ângulo e equivale ao UM. No redondo não há ângulos, mas todos os ângulos estão nele contidos. Também o DOIS, não tem ângulos, nesse sentido eles são apenas uma mesma coisa. A primeira manifestação de algo estruturado só ocorre quando da manifestação de três ângulos - triângulo. A primeira manifestação do UM é do TRÊS, no qual está contido o DOIS. Esta é a forma como os pitagóricos explicam a Trindade, do três em UM. É pela geometria que nós pitagóricos procuramos entender o universo as coisas nele existentes, a relação entre as coisas e os eventos. Tudo pode ser explicado através da geometria. Daí à afirmação do Grande Pitágoras: "Deus Geometriza". 
Um outro conceito bem valorizado pelos pitagóricos que pode ser visto é que as coisas que existem, ou são assimétricas ou simétricas. O conceito geométrico da creação envolve o da simetria, que nada mais é do que uma manifestação do ritmo. Em outras palavras, simetria é essencialmente manifestação de ritmo, é exatamente o ritmo que causa de sua formação. Formas harmoniosas são manifestações de um ritmo certo, e formas de desarmoniosas são manifestações de uma desordem em ritmo. 
Os pitagóricos dizem: "Cores como azul e verde e vermelho e amarelo se aparecem distintos e diferentes pela razão que uma cor particular vibra de acordo com um certo ritmo, e é este ritmo que dá às cores a aparência que nos faz distingui-las". 
"Há a lei de ritmo atrás de tempo bom e do tempo ruim proporcionando-lhes resultados semelhantes em suas vidas". Até mesmo o ritmo do clima, tempo ruim e tempo bom, provoca um resultado indesejável ou desejável na saúde das pessoas. Por isto é que os iogues antigos afirmavam que nascimento e morte, como também o tempo limitado que separa nascimento de morte, são o cumprimento de um certo ritmo designado. Daí a razão deles afirmarem que se controlando o ritmo vital a pessoa pode prolongar a vida tal como negligenciando este ritmo ela pode encurtá-la. Nesse sentido, nesta série de palestras já nos referimos a um elevado número de biorritmos que controlam diretamente a vida das pessoas.

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