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Universidade Federal do Recôncavo da Bahia - UFRB Centro de Formação de Professores - CFP Licenciatura em Física Josivânia Oliveira Barbosa Regiane dos Santos da Conceição Relatório de Experimento: DETERMINAÇÃO DO COMPRIMENTO DE ONDA LASER Amargosa – BA Dezembro de 2015 Josivânia Oliveira Barbosa Regiane dos Santos da Conceição Relatório Amargosa – BA Dezembro de 2015 Relatório apresentado como avaliação parcial da disciplina de Laboratório de Ótica e Física Moderna sob orientação do professor Alberto Silva Betzler. 1. INTRODUÇÃO 1.1. Difração Denomina-se difração o desvio sofrido por ondas ao passarem por um obstáculo, tal como as bordas de uma fenda em um anteparo. Pode-se ver a difração da luz, por exemplo, olhando-se para uma fonte luminosa distante. Em geral os efeitos de difração são muito pequenos, devendo ser analisados e investigados minuciosamente. Fresnel (1788-1827) usou corretamente a princípio de Huygens para explicar a difração. Naqueles tempos, supunha-se que a luz consistia de ondas mecânicas, produzidas em um éter onipresente. Como Maxwell mostrou que a natureza das ondas luminosas não era mecânica, mas, sim eletromagnética. Einstein (1879-1955) chegou à concepção moderna dessas ondas, eliminando a necessidade do éter. Quando a luz (coerente ou não) incide sobre um conjunto de fendas, ela é difratada e os raios de luz provenientes de diversos pontos interferem formando uma figura de intensidade variável. Em geral, a figura se caracteriza por apresentar máximos e mínimos de intensidade bem definidos em diversas posições da região adiante da(s) fendas. 1.2. Rede de difração Uma rede de difração é um dispositivo que tem múltiplas fendas ou ranhuras paralelas, equidistantes e de mesma largura. Um feixe de luz que incide nesta rede é difratado e os raios provenientes das diversas fendas interferem formando uma figura de intensidade variável. Esta figura apresenta máximos de intensidade em diversas posições sempre que a diferença de caminho ótico entre os raios provenientes de duas fendas adjacentes, distantes d entre si, for igual a um número inteiro (m = 0, 1, 2,...) de comprimentos de onda λ. Portanto, ocorrem máximos de intensidade quando θ é o ângulo de difração para o máximo de ordem m. Mas, esta equação vale apenas quando os raios incidem normalmente sobre a rede e os raios difratados podem ser considerados paralelos (difração de Fraunhofer). Para duas fontes que produzem ondas com a mesma amplitude, a interferência é gerada pela diferença de caminho, matematicamente: ( ) ( ) ( Onde e são os caminhos, o ângulo entre eles e é a distância entre as fontes. Para que haja interferência construtiva, é preciso que a diferença entre os caminhos seja igual à zero ou a um número inteiro de comprimento de onda, ou seja: , para ( ) ( Onde é a ordem de máximo do comprimento de onda . 2. OBJETIVOS O experimento realizado possui como objetivos: identificar a distância entre a fenda e a parede onde estava sendo difratada e as posições dos primeiros pontos máximos da difração com relação ao máximo central. A partir disso, obter uma posição média dos pontos máximos e seu desvio, obter , que é o ângulo formado entre a fenda e a parede e seu desvio propagado, assim, podendo encontrar o comprimento de onda do laser utilizado no experimento. 3. MATERIAIS UTILIZADOS Os materiais necessários para uso na realização do experimento foram os seguintes: 01 Rede de difração; 01 Trena; 01 Laser; 01 Painel de forças 4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL O experimento foi realizado no dia 07 de dezembro de 2015 entre as 08h e às 10h, na disciplina de Laboratório: Fundamentos de Ótica e Física Moderna sob orientação do professor Alberto Silva Betzler. Utilizou-se o painel de forças apenas como suporte para a montagem do experimento. Este foi montado com a rede de difração suspensa por um suporte, entre o laser e a parede. Após essa montagem, foi medida a distância entre a rede de difração e a parede utilizando a trena, mediram-se também as posições e com relação ao máximo central. Essas medidas foram suficientes para o processamento e análises a serem feitas posteriormente, estas que constam nesse relatório. 5. RESULTADOS E DISCUSSÃO Na tabela 01, encontram-se os das distâncias (X1 e X2) em reação ao máximo central, e da distância da fenda a parede (D). X1 (cm) X2 (cm) D (cm) 19 17,5 21 Tabela 01. Para obter a média entre essas distâncias, temos que: ̅ (3) Uma vez encontrado valor de ̅, obtemos o seu desvio médio pela seguinte fórmula: | ̅| | ̅| (4) Usando a eq. (3) e (2), obtemos: ̅ ( ) Usando a relação do Teorema de Pitágoras, temos que: ̅ (5) Por essa relação, encontramos o ângulo Ɵ, de modo que: ̅ (6) Ao encontrarmos o valor de Ɵ, obteremos o valor do desvio: √( ( ̅ ) ) ( ̅) ( ( ̅ ) ( ̅ ) )( ) (7) Substituindo com os valores encontrados nas eq. (6) e (7), obtém-se: ( ) Com todos esses valores determinados e considerando a constante de rede d, como sendo: Uma vez definidos esses valores, conseguimos determinar o comprimento feixe de luz do laser, que de acordo a eq. (2), possui o seguinte desvio: √* + = (8) ( Sendo assim, temos que: ( ) 6. REFERÊNCIAS CARVALHO, T.. Difração. Disponível em: < http://www.infoescola.com/fisica/difracao/>. Acessado em: 12/12/2015. Difração em Fenda Única e em Fendas Múltiplas. Disponível em: < http://www.if.ufrgs.br/tex/fisica-4/lab3.pdf>. Acessado em: 12/12/2015. ALMEIDA, R., ALMEIDA, O.. Relatório de Fundamentos de Ótica e Física Moderna: Interferência. Disponível em: <https://www.passeidireto.com/arquivo/4854657/interferencia>. Acessado em: 12/12/2015.
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