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Resumo Criminologia P2 1o Semestre

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Juliana de Toledo Romero 1	
  
Criminologia P2 
	
  
Etapa	
  pré-­‐científica	
   	
  
⇒ Escola	
  Clássica	
  	
  
o surge	
  baseada	
  no	
  livro	
  de	
  BECCARIA	
  -­‐	
  Marques	
  de	
  Beccaria	
  –	
  Cesare	
  Bonesano;	
  pai	
  da	
  criminologia	
  
o escola	
  é	
  primeiro	
  estudo	
  sistematizado	
  do	
  delito	
  
o lei	
  deve	
  prever	
  crimes	
  e	
  penas,	
  deve	
  ser	
  pública,	
  todos	
  são	
  iguais	
  perante	
  a	
  lei	
  
o contra	
  penas	
  que	
  ultrapassem	
  pessoa	
  do	
  criminoso	
  
o pena	
  tem	
  finalidade	
  política	
  e	
  utilitária	
  	
  
o todos	
  dão	
  parcela	
  de	
  liberdade	
  em	
  depósito	
  público,	
  gera	
  a	
  solidariedade,	
  valores	
  comuns	
  
o contra	
   a	
   pena	
   de	
  morte	
   e	
   castigos	
   corporais,	
   pois	
   vida	
   e	
   integridade	
   física	
   não	
   se	
   encontram	
  na	
   parcela	
  
cedida	
  
o Delito:	
  contradição	
  à	
  norma,	
  independe	
  da	
  personalidade	
  do	
  autor	
  e	
  contexto	
  social	
  
o Delinquente:	
  indivíduo	
  normal,	
  igual	
  a	
  todos	
  
o Arbítrio:	
  o	
  delinquente	
  tem	
  Inteligência	
  e	
  vontade,	
  delinque	
  porque	
  quer	
  
o Responsabilidade	
  penal:	
  deriva	
  da	
  responsabilidade	
  moral	
  e	
  esta,	
  do	
  livre	
  arbítrio	
  
o Pena:	
  retributiva	
  (pagamento	
  do	
  mal	
  com	
  o	
  mal,	
  mas	
  sempre	
  proporcional)	
  
o Medida	
  da	
  pena:	
  depende	
  da	
  gravidade	
  material	
  e	
  moral	
  
o Fatores	
  criminógenos:	
  não	
  existem,	
  sejam	
  eles	
  biológicos,	
  físicos	
  ou	
  sociais	
  
o Juiz:	
  aplica	
  a	
  lei	
  ao	
  caso	
  concreto	
  
o Preocupação:	
  CRIME	
  -­‐	
  legalidade	
  e	
  justiça	
  
o Mérito:	
  lutou	
  contra	
  sistemas	
  desumanos	
  (Beccaria)	
  
o Crítica:	
  ignorou	
  fatores	
  criminógenos,	
  assim	
  não	
  forneceu	
  prevenção	
  (Beccaria)	
  
o Método:	
  dedutivo,	
  e	
  partindo	
  de	
  premissas,	
   foi	
  construindo	
  o	
  sistema	
  penal.	
  A	
  conclusão	
  é	
  consequência	
  
lógica	
  da	
  premissa.	
  
	
  
Pré-­‐Positivismo:	
   período	
   de	
   transição	
   entre	
   Escola	
   Clássica	
   e	
   Positiva,	
   mudando	
   o	
   enfoque	
   dos	
   estudos	
   do	
   Crime	
   para	
   o	
  
Criminoso	
  e	
   suas	
   características.	
  Nesse	
  período,	
  as	
   características	
   físicas	
  eram	
  muito	
  consideradas.	
   (Fisiognomia	
  –	
   identificar	
  
criminoso	
  pelos	
  traços	
  da	
  face;	
  Frenologia	
  –	
  estudos	
  sobre	
  formato	
  de	
  cabeça	
  e	
  áreas	
  do	
  cérebro;	
  ATAVISMO:	
  reaparição	
  em	
  
um	
  descendente	
  de	
  um	
  ascendente	
  remoto	
  que	
  ficou	
   latente	
  de	
  base	
  hereditária;	
  Darwin:	
   teoria	
  da	
  evolução	
  –	
  restabelecer	
  
caráter	
   regressivo	
   atávico	
   com	
   comportamento	
   de	
   animais	
   e	
   tribos	
   selvagens;	
   Philippe	
   Pinel:	
   pai	
   da	
   psiquiatria	
   –	
   começa	
   a	
  
separar	
  criminosos	
  dos	
  loucos	
  e	
  a	
  catalogar	
  e	
  descrever	
  doenças	
  mentais.)	
  
	
  
ESCOLA	
  CARTOGRÁFICA	
  ou	
  grupo	
  de	
  estatísticos	
  morais:	
  precursora	
  do	
  positivismo	
  
Adolphe	
  Quételet	
  –	
  criou	
  leis	
  como	
  a	
  lei	
  térmica	
  
Começam	
   a	
   afastar	
   o	
   livre	
   arbítrio,	
   isto	
   é,	
   o	
   crime	
   vai	
   deixando	
   de	
   ser	
   uma	
   decisão	
   individual	
   para	
   ser	
   uma	
   atitude	
  	
  
desencadeada	
  por	
  certos	
  fatores.	
  	
  
Crime	
  é	
  fato	
  individual	
  e	
  fenômeno	
  coletivo,	
  regido	
  por	
  leis	
  naturais.	
  	
  
Existiria	
  taxa	
  esperada	
  de	
  crimes	
  independentemente	
  das	
  variações	
  sociais.	
  Esta	
  afirmação	
  tornou	
  a	
  escola	
  cartográfica	
  passível	
  
de	
  críticas	
  (desconsiderou	
  mudanças	
  sociais	
  como	
  guerras,	
  crises).	
  	
  
	
  
Etapa	
  científica	
  
⇒ Escola	
   Positiva:	
   caracteriza-­‐se	
  pelo	
  Determinismo	
  –	
  o	
  criminoso	
  passa	
  a	
  ser	
  visto	
  como	
  vítima	
  dos	
   fatores	
  que	
  agem	
  
sobre	
  ele	
  
	
  	
   Antropologia	
  de	
  Cesare	
  Lombroso:	
  	
  Determinismo	
  biológico	
  
	
  Elevou	
  Criminologia	
  ao	
  patamar	
  de	
  ciência;	
  
	
  Pai	
  da	
  Criminologia	
  científica;	
  
	
  Realizou	
  autópsias	
  e	
  exames:	
  estrutura	
  primitiva	
  no	
  cérebro;	
  
	
  Porém	
  não	
  conduziu	
  suas	
  observações	
  com	
  rigor	
  científico,	
  acabou	
  estigmatizando	
  pessoas	
  que	
  não	
  eram	
  criminosas;	
  
procurava	
  traços	
  comuns	
  entre	
  eles	
  
	
  Dividiu	
  criminosos	
  em	
  loucos,	
  natos,	
  por	
  ocasião	
  e	
  por	
  paixão.	
  	
  
	
  
Sociologia	
  criminal	
  de	
  Enrico	
  Ferri:	
  Determinismo	
  social	
  
Se	
  opôs	
  a	
  Lombroso	
  por	
  entender	
  que	
  criminoso	
  nato	
  seria	
  minoria,	
   já	
  que	
  fatores	
  físicos	
  e	
   	
   	
   	
   	
  principalmente	
  sociais	
  
determinariam	
  a	
  conduta.	
  	
  
Indivíduo	
  fica	
  sujeito	
  a	
  fatores	
  deletérios	
  (nocivos)	
  do	
  meio,	
  contra	
  os	
  quais	
  não	
  teria	
  condições	
  de	
  reagir.	
  	
  
Dividiu	
  criminosos	
  em	
  habituais,	
  loucos,	
  natos,	
  por	
  ocasião	
  e	
  por	
  paixão.	
  	
  
Juliana de Toledo Romero 2	
  
Dividiu	
  fatores	
  criminológicos	
  em	
  
	
  	
   -­‐	
  Antropológicos	
  (condições	
  biológicas,	
  condições	
  psicológicas	
  e	
  caracteres	
  pessoais)	
  
	
  	
   -­‐	
  	
  Físicos	
  (estação	
  do	
  ano,	
  temperatura)	
  
	
  	
   -­‐	
  	
  Sociais	
  (alcoolismo,	
  desagregação)	
  	
  
A	
  conduta	
  criminosa	
  =	
  resultado	
  dos	
  fatores,	
  sociais	
  são	
  os	
  principais	
  
Ferri	
  pregava	
  DEFESA	
  SOCIAL	
  a	
  qualquer	
  preço	
  
Lei	
  da	
  Saturação	
  criminal:	
   se	
  conhecerem	
  fatores	
  biológicos,	
   físicos	
  e	
  sociais	
  que	
  atuam	
  na	
  sociedade,	
  podem	
  prever	
  
tipo	
  e	
  quantidade	
  de	
  delitos	
  
	
  
	
  Positivismo	
  Moderado	
  de	
  Rafaele	
  Garófalo:	
  Determinismo	
  psicológico	
  (LIVRO:	
  CRIMINOLOGIA)	
  
Fatores	
  psicológicos	
  hereditários	
  resultantes	
  de	
  anomalias	
  ou	
  mutações	
  é	
  que	
  determinariam	
  a	
  conduta	
  do	
  criminoso;	
  
Delito	
  natural:	
  composto	
  por	
  condutas	
  reprováveis	
  em	
  si	
  mesmas	
  independentemente	
  do	
  local	
  e	
  época;	
  Seria	
  possível	
  
criar	
  catálogo	
  universal	
  de	
  crimes;	
  
Admite	
  pena	
  de	
  morte	
  para	
  criminosos	
  incorrigíveis	
  justificando-­‐se	
  através	
  da	
  teoria	
  da	
  evolução	
  natural	
  
	
  
à	
   À	
   partir	
   da	
   Escola	
   Positiva,	
   a	
   Criminologia	
   passa	
   a	
   ser	
   plurifatorial	
   (vários	
   fatores	
   interferem	
   na	
   conduta	
   criminosa)	
   e	
  
multidisciplinar	
  (necessita	
  de	
  conhecimento	
  de	
  outras	
  ciências).	
  	
  
Delito:	
   fato	
   humano	
   social	
   e	
   fenômeno	
   natural	
   decorrentede	
   causas	
   endógenas	
   e	
   exógenas.	
  Microcriminologia	
   –	
   busca	
   da	
  
etiologia	
  da	
  conduta	
  criminosa	
  	
  
Delinquente:	
  indivíduo	
  anormal	
  e	
  diferente	
  dos	
  demais	
  
Arbítrio:	
  Não	
  existe	
  pois	
  ser	
  humano	
  é	
  incapaz	
  de	
  fazer	
  escolhas	
  entre	
  extremos,	
  como	
  o	
  bem	
  e	
  o	
  mal	
  
Responsabilidade	
  penal:	
  Deriva	
  do	
  fato	
  de	
  que	
  o	
  criminoso	
  pertence	
  à	
  sociedade,	
  sendo	
  sujeito	
  de	
  direitos	
  e	
  deveres.	
  
Pena:	
  forma	
  de	
  defesa	
  social	
  contra	
  o	
  crime	
  que	
  a	
  afetou.	
  
Medida	
  da	
  pena:	
  Vai	
  depender	
  da	
  periculosidade	
  (perigo	
  potencial)	
  ou	
  temibilidade	
  (perigo	
  que	
  já	
  se	
  manifestou)	
  do	
  criminoso	
  
Fatores	
  Criminógenos:	
  Endógenos	
  (biológicos	
  e	
  psicológicos),	
  Exógenos	
  (sociais).	
  
Juiz:	
  adequa	
  a	
  pena	
  a	
  periculosidade	
  do	
  criminoso	
  
Preocupação:	
  CRIMINOSO	
  
Método:	
   Indutivo	
   ou	
   científico,	
   o	
   resultado	
   é	
   uma	
   consequência	
   provável	
   da	
   premissa	
   e	
   pode	
   extrapolar	
   o	
   conteúdo	
   da	
  
premissa	
  
	
  
4.	
  Escola	
  Intermediária	
  e	
  teorias	
  ambientais	
  
Escola	
  de	
  Lyou:	
  francesa,	
  composta	
  por	
  médicos,	
  destaque	
  para	
  Lacasagne	
  
Criminoso	
   é	
   como	
   micróbio	
   (encontra	
   caldo	
   de	
   cultura):	
   Fatores	
   endógenos	
   seriam	
   predisponentes	
   e	
   o	
   meio	
   social,	
  
desencadeante.	
  A	
  origem	
  do	
  crime	
  é	
  da	
  própria	
  sociedade	
  –	
  “a	
  sociedade	
  tem	
  os	
  criminosos	
  que	
  merecem”	
  
Escolas	
  Ecléticas:	
  princípios	
  da	
  E.	
  Clássica	
  e	
  E.	
  Positiva	
  
Baseiam	
  a	
  pena	
  na	
   responsabilidade	
  moral	
   (clássica)	
  e	
  a	
  medida	
  de	
   segurança	
   (internamento,	
  manicômio)	
  na	
  periculosidade	
  
(positiva),	
  assim	
  muitas	
  são	
  adeptas	
  do	
  dualismo	
  penal:	
  aplicar	
  pena	
  como	
  retribuição	
  e	
  medida	
  de	
  segurança	
  como	
  tratamento	
  
Livre	
  Arbítrio	
  é	
  relativo:	
  ninguém	
  decide,	
  totalmente	
  livre,	
  é	
  influenciado	
  por	
  fatores.	
  	
  
Terza	
  Scuola	
  e	
  Escola	
  de	
  Molburgo	
  
Escolas	
   de	
   movimento	
   de	
   defesa	
   social:	
   defesa	
   social	
   deve	
   se	
   basear	
   em	
   estratégias	
   que	
   atuem	
   sobre	
   o	
   crime	
   de	
   forma	
  
individualizada	
  e	
  humanizada	
  
Pensamento	
  psicosociológico	
  de	
  Gabriel	
  Tardy	
  
Mimetismo:	
   o	
   crime	
   seria	
   uma	
   indústria	
   que	
   segue	
   regras	
   de	
   mercado	
   e	
   tem	
   um	
   chefe.	
   Começaria	
   como	
   moda,	
   que	
   se	
  
transforma	
  em	
  hábito	
  e	
  em	
  costume.	
  Profissional	
  precisa	
  conviver	
  com	
  comparsas	
  para	
  aprender	
  técnicas	
  de	
  crime	
  e	
  imitá-­‐los.	
  	
  
Escola	
  do	
  tecnicismo	
  jurídico	
  	
  
O	
   direito	
   penal	
   deve	
   se	
   restringir	
   ao	
   direito	
   positivo,	
   ao	
   estudo	
   da	
   lei	
   imposta.	
   Rejeita	
   fatores	
   criminógenos,	
   associação	
   da	
  
filosofia	
  e	
  antropologia.	
  Prega	
  retorno	
  do	
  método	
  dedutivo.	
  	
  	
  
Criminologia	
  –	
  conceito,	
  métodos,	
  técnicas	
  e	
  cifras	
  	
  
à	
  Conceito:	
  ciência	
  que	
  estuda	
  o	
  crime,	
  o	
  criminoso,	
  a	
  vítima	
  e	
  o	
  controle	
  social	
  da	
  delinquência	
  que	
  engloba	
  a	
  prevenção	
  do	
  
delito	
   e	
   as	
   formas	
   de	
   intervenção.	
   Necessita	
   do	
   conhecimento	
   de	
   outras	
   ciências	
   como	
   antropologia,	
   biologia,	
   psicologia,	
  
psiquiatria,	
  sociologia.	
  Mas	
  isso	
  não	
  retira	
  seu	
  caráter	
  de	
  ciência,	
  pois	
  possui	
  método,	
  objeto	
  e	
  finalidade	
  próprios.	
  
à	
  O	
  conhecimento	
  da	
  Criminologia	
  é	
  sempre	
  provisório,	
  parcial	
  e	
  inexato.	
  Enquanto	
  o	
  direito	
  penal	
  é	
  ciência	
  jurídica	
  normativa	
  
e	
  cultural,	
  a	
  criminologia	
  é	
  ciência	
  natural	
  e	
  social.	
  	
  
à	
  Utiliza	
   técnicas	
   antropológicas	
   (biológicas)	
   e	
   sociológicas.	
   Técnicas	
  quantitativas	
   (estatística)	
  permitem	
  que	
   se	
   cheguem	
  a	
  
etiologia	
  do	
  delito	
  e	
  seu	
  desenvolvimento.	
  Técnicas	
  qualitativas	
  estudam	
  o	
  delito	
  em	
  profundidade	
  (observação	
  participante,	
  
entrevista).	
  	
  
Juliana de Toledo Romero 3	
  
à	
  Criminalidade:	
  conjunto	
  de	
  ações	
  ou	
  omissões	
  puníveis	
  num	
  determinado	
  tempo	
  e	
  local.	
  
à	
  Transversais:	
  quando	
  se	
  faz	
  medida	
  num	
  determinado	
  momento	
  
à	
  Longitudinais:	
  efetuam	
  várias	
  medições	
  em	
  épocas	
  diferentes.	
  	
  
	
  
	
   Cifra	
   Negra:	
   constituída	
   pelos	
   casos	
   que	
   não	
   chegam	
   ao	
   conhecimento	
   da	
   polícia	
   e	
   do	
   judiciário.	
   Ou	
   se	
  
chegam,	
  não	
  obtém	
  resposta	
  (o	
  criminoso	
  foge,	
  não	
  é	
  julgado,	
  não	
  cumpre	
  pena).	
  	
  As	
  estatísticas	
  de	
  informe	
  e	
  autodenúncia	
  e	
  
pesquisas	
   de	
   utilização	
   objetivam	
   identifica-­‐la.	
   Criminalidade	
   real	
   da	
   Sociedade	
   não	
   está	
   estampada	
  nas	
   estatísticas	
   oficiais.	
  
Criminalidade	
  real	
  =	
  Criminalidade	
  Oficial	
  +	
  Cifra	
  Negra.	
  Se	
  a	
  cifra	
  negra	
  cai	
  e	
  a	
  criminalidade	
  sobe,	
  significa	
  provavelmente	
  que	
  
melhorou	
  a	
  atuação	
  da	
  polícia	
  e	
  do	
  judiciário,	
  por	
  exemplo.	
  Lei	
  das	
  relações	
  constantes:	
  cifra	
  negra	
  é	
  desnecessária	
  pois	
  ela	
  é	
  
constante.	
  
	
  	
   Cifra	
  Cinza:	
  Reflete	
   lado	
  obscuro,	
  cinza	
  da	
  polícia.	
  Engloba	
  casos	
  onde	
  as	
  pessoas	
  não	
  têm	
  acesso	
  à	
  certos	
  
mecanismos	
  porque	
  a	
  polícia	
   se	
   coloca	
  como	
  mediadora,	
   seja	
  promovendo	
  conciliação	
  das	
  partes	
  e	
   solucionando	
  o	
  conflito,	
  
nem	
  chegando	
  a	
  fazer	
  boletim.	
  Às	
  vezes,	
  a	
  solução	
  do	
  conflito	
  está	
  na	
  delegacia.	
  Normalmente,	
  são	
  casos	
  que	
  não	
  produzem	
  
sentença	
  condenatória,	
  pois	
  a	
  população	
  aceita	
  essa	
  intermediação.	
  	
  
	
  	
   Cifra	
   Amarela:	
   Casos	
   que	
   a	
   população	
   não	
   denuncia	
   porque	
   tem	
   medo	
   de	
   represália.	
   Conjunto	
   de	
  
ocorrências	
   policiais	
   praticadas	
   contra	
   a	
   sociedade,	
   na	
   verdade	
   é	
   arbitrariedade	
   da	
   polícia	
   contra	
   o	
   cidadão.	
   Esta	
   cifra	
   está	
  
estampada	
  nas	
  denúncias	
  contra	
  policiais	
  feitas	
  na	
  corregedoria	
  e	
  nos	
  noticiários	
  que	
  mostram	
  os	
  abusos	
  da	
  polícia.	
  
	
  	
   Cifra	
   Dourada:	
   engloba	
   crimes	
   de	
   colarinho	
   branco,	
   cujos	
   autores	
   não	
   são	
   punidos	
   em	
   virtude	
   depoder	
  
social	
   e	
   econômico.	
   Engloba	
   crimes	
   ambientais,	
   contra	
   o	
   patrimônio,	
   contra	
   a	
   previdência	
   social,	
   etc.	
   Difere	
   de	
   crimes	
   de	
  
colarinho	
  azul	
  (crimes	
  de	
  rua)	
  que	
  englobam	
  furtos,	
  roubos,	
  homicídios,	
  praticados	
  pelas	
  classes	
  baixas.	
  	
  
	
  
Método	
  da	
  Criminologia:	
  duas	
  características:	
  Empirismo	
  e	
  Interdisciplinaridade	
  
Empirismo:	
  método	
   preferencial	
   da	
   Criminologia	
   é	
   o	
   empírico	
   (ou	
   científico	
   ou	
   indutivo),	
   baseado	
   na	
   análise,	
   observação	
   e	
  
indução.	
  É	
  empírico	
  pois	
   seu	
  objeto	
  é	
   real	
  e	
  pode	
  ser	
  medido	
   (crime/criminoso/vítima/controle	
   social);	
  hipóteses	
   levantadas	
  
baseiam-­‐se	
  nos	
  fatos;	
  conclusões	
  são	
  tiradas	
  desses	
  mesmos	
  fatos	
  e	
  não	
  dependem	
  de	
  opinião	
  subjetiva;	
  a	
  criminologia	
  parte	
  
da	
  observação	
  da	
  realidade	
  para	
  tirar	
  dela	
  a	
  informação	
  diretamente.	
  
Interdisciplinaridade:	
   a	
   partir	
   da	
   Escola	
   Positiva,	
   a	
   Criminologia	
   passou	
   a	
   acatar	
   conhecimentos	
   das	
   várias	
   ciências	
   que	
  
necessitava.	
   Com	
   o	
   tempo,	
   passou	
   a	
   confrontar	
   esses	
   conhecimentos,	
   integrando-­‐os.	
   A	
   integração	
   permite	
   sanar	
   erros	
   e	
  
incoerências.	
  	
  
	
   	
  
OBJETOS	
  DA	
  CRIMINOLOGIA	
  –	
  crime,	
  criminoso,	
  vitima,	
  controle	
  social	
  da	
  delinquência	
  	
  
	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  
	
  1.	
  Crime	
  (delito)	
  
 Normalidade	
  do	
  delito:	
  sempre	
  alguém	
  irá	
  descumprir	
  regras	
  
 É	
  necessário	
  pois	
  quando	
  o	
  Estado	
  reprime,	
  mostra	
  seu	
  cuidado	
  com	
  os	
  cidadãos	
  e	
  mantém	
  coesão	
  social.	
  	
  
 É	
  útil	
  pois	
  promove	
  mudanças	
  
 Funcional	
  pois	
  tem	
  função	
  econômica	
  indireta	
  (gera	
  empregos)	
  
 Comportamento	
  humano	
  e	
  problema	
  social	
  e	
  comunitário	
  
 Crime	
  ocorreu	
  na	
  comunidade	
  e	
  deve	
  nela	
  encontrar	
  sua	
  solução	
  
	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  
2.	
  Criminoso	
  (delinquente)	
  
 Escola	
  Clássica:	
  indivíduo	
  normal	
  
 Escola	
  Positiva:	
  indivíduo	
  anormal	
  
 Escola	
  Correcionalista	
  (Espanha):	
  inválido	
  que	
  necessita	
  cuidados	
  do	
  Estado.	
  
 Marx:	
  criminoso	
  é	
  a	
  vítima,	
  a	
  culpa	
  é	
  da	
  sociedade	
  
 ATUALMENTE:	
  ser	
  complexo,	
  biopsicossocial,	
  tem	
  qualidades	
  e	
  defeitos,	
  pode	
  ser	
  normal	
  ou	
  doente	
  mental	
  
	
  
Classificação	
   de	
   Hilário	
   Veiga	
   de	
   Carvalho:	
   baseia-­‐se	
   nos	
   fatores	
   mesológicos	
   (do	
   meio)	
   ou	
   biológicos	
   (constituição	
   do	
  
indivíduo).	
  
 Mesocriminoso	
  puro	
  (só	
  o	
  meio)	
  
 Mesocriminoso	
  preponderante	
  (dois	
  fatores,	
  predomínio	
  do	
  meio)	
  
 Mesobiocriminoso	
  (dois	
  fatores	
  em	
  total	
  equilíbrio)	
  
 Biocriminoso	
  preponderante	
  (dois	
  fatores,	
  predomínio	
  do	
  biológico)	
  
 Biocriminoso	
  puro	
  (só	
  o	
  biológico)	
  
	
  
	
  
	
  
Juliana de Toledo Romero 4	
  
Classificação	
  de	
  Cândido	
  Motta	
  
 Criminoso	
  ocasional	
  	
  
	
  	
  	
   Não	
  tem	
  tendência	
  biológica.	
  Sucumbe	
  apelos	
  do	
  meio,	
  principalmente	
  se	
  estiver	
  em	
  dificuldades.	
  Se	
  for	
  pego,	
  
confessa	
  e	
  pretende	
  não	
  mais	
  delinquir.	
  Se	
  o	
  fizer,	
  pode	
  se	
  tornar	
  criminoso	
  habitual.	
  Mesocriminoso	
  puro.	
  
 Criminoso	
  impetuoso	
  
	
  	
   	
  Não	
  ocorre	
  premeditação,	
  atua	
  devido	
  falha	
  momentânea	
  de	
  senso	
  crítico.	
  Arrepende-­‐se	
  em	
  seguir.	
  Indivíduos	
  
honestos	
  que	
  valorizam	
  a	
  honra	
  a	
  ponto	
  de	
  matar.	
  Esta	
  é	
  sua	
  tendência	
  biológica.	
  Mesocriminoso	
  preponderante.	
  	
  
 Criminoso	
  habitual	
  
	
   	
  Crime	
  é	
  sua	
  profissão.	
  Incorrigíveis.	
  Mesobiocriminosos,	
  pois	
  em	
  geral	
  procedem	
  de	
  meio	
  pobre.	
  	
  
 Fronteiriço	
  criminoso	
  
	
  	
   	
  Entre	
   normalidade	
   mental	
   e	
   doença	
   mental,	
   existe	
   fronteira	
   de	
   limites	
   imprecisos	
   onde	
   se	
   situam	
   estes	
  
indivíduos.	
  Praticam	
  qualquer	
  tipo	
  de	
  crime	
  e	
  têm	
  como	
  característica	
  a	
  ausência	
  de	
  arrependimento,	
  a	
  não	
  ser	
  que	
  algo	
  saia	
  
errado	
   para	
   ele.	
   Carga	
   hereditária	
   biológica	
   é	
   marcante,	
   mas	
   necessitam	
   ou	
   buscam	
   motivo	
   no	
   meio.	
   Biocriminoso	
  
preponderante.	
  
 Louco	
  criminoso	
  
	
  	
   	
  Não	
  necessita	
  de	
  qualquer	
  estímulo	
  do	
  meio.	
  Tudo	
  nasce	
  da	
  sua	
  mente.	
  Pode	
  ser	
  crime	
  premeditado	
  ou	
  não.	
  
Ameaça	
  vítima.	
  Não	
  se	
  arrepende	
  e	
  não	
  foge	
  do	
  local,	
  pois	
  acredita	
  ter	
  cometido	
  legítima	
  defesa,	
  em	
  decorrência	
  das	
  vozes	
  que	
  
escuta	
  lhe	
  dando	
  comando.	
  Biocriminoso	
  puro.	
  	
  
	
  
Prognóstico	
  criminológico:	
  mecanismos	
  de	
  avaliação	
  dos	
  indivíduos	
  encarcerados	
  
	
  
Exame	
  criminológico	
  
	
  	
   Engloba	
   avaliação	
  médica,	
   psicológica	
   e	
   social.	
   Exame	
   pericial	
   previsto	
   no	
   art.	
   34	
   do	
   CP	
   (“classificação	
   para	
  
individualização	
  da	
  pena”).	
  Classifica	
  o	
  condenado	
  à	
  pena	
  privativa	
  de	
   liberdade	
  em	
  regime	
  fechado	
  a	
  fim	
  de	
   individualizar	
  o	
  
cumprimento	
   da	
   pena.	
   Pode	
   também	
   ser	
   utilizado	
   no	
   regime	
   semi-­‐aberto.	
   Analisa	
   a	
   dinâmica	
   do	
   crime	
   para	
   desvendar	
   as	
  
causas	
   e	
   fatores	
   que	
   levam	
  o	
   criminoso	
   a	
   delinquir.	
  Causa	
   sempre	
   leva	
   ao	
   resultado;	
   fator	
   pode	
   ou	
   não	
   levar	
   ao	
   resultado.	
  
Pode-­‐se	
  avaliar	
  a	
  probabilidade	
  de	
  reincidência	
  (reincidente	
  é	
  o	
  criminoso	
  que	
  volta	
  a	
  cometer	
  o	
  crime,	
  não	
  necessariamente	
  do	
  
mesmo	
  tipo	
  do	
  primeiro;	
   reincidente	
  específico	
   volta	
  a	
  cometer	
  o	
  mesmo	
  tipo).	
   	
   Só	
  em	
  último	
  caso	
  será	
   feito	
  pela	
  comissão	
  
técnica	
  de	
  classificação	
  (CTC).	
  	
  
	
  
Exame	
  de	
  personalidade	
  –	
  previsto	
  nos	
  art.	
  5	
  e	
  9	
  da	
  Lei	
  de	
  Execução	
  Penal	
  (LEP)	
  
	
  	
   Avalia	
  condenado	
  como	
  pessoa,	
  considerando	
  seus	
  aspectos	
  morfológicos,	
  funcionais	
  e	
  psicológicos.	
  Junto	
  com	
  
o	
   exame	
   criminológico,	
   destina-­‐se	
   a	
   classificar	
   o	
   condenado	
   à	
   pena	
   privativa	
   de	
   liberdade	
   em	
   regime	
   fechado	
   a	
   fim	
   de	
  
individualizar	
   o	
   cumprimento	
   da	
   pena.	
   Exame	
   deve	
   ser	
   feito	
   logona	
   chegada	
   ao	
   presídio	
   pois	
   o	
   condenado	
   ainda	
   não	
   foi	
  
contaminado	
  pelo	
  ambiente	
  e	
  está	
  mais	
  próximo	
  do	
  delito.	
  É	
  feita	
  entrevista	
  por	
  funcionário	
  que	
  segue	
  formulário	
  padrão	
  mas	
  
pode	
  acrescentar	
  perguntas	
  relevantes	
  ao	
  caso.	
  	
  
	
  
Parecer	
  da	
  Comissão	
  Técnica	
  de	
  Classificação	
  (CTC)	
  
	
  	
   A	
   CTC,	
   além	
   de	
   responsável	
   pelo	
   exame	
   de	
   personalidade,	
   também	
   emitia	
   parecer	
   com	
   base	
   em	
   exame	
  
criminológico	
   necessário	
   para	
   que	
   o	
   criminoso	
   conseguisse	
   liberdade	
   provisória.	
   Estava	
   previsto	
   no	
   art.	
   112	
   da	
   LEP,	
   que	
   foi	
  
alterado	
  em	
  2003.	
  Agora,	
  basta	
  que	
  o	
  diretor	
  do	
  presídio	
  comprove	
  o	
  bom	
  comportamento	
  carcerário.	
  Entretanto,	
  essa	
  opinião	
  
se	
   baseia	
   em	
   aspectos	
   externos,	
   é	
   subjetiva	
   e	
   não	
   significa	
   que	
   cessou	
   a	
   periculosidade	
   ou	
   que	
   preso	
   tem	
   condições	
   de	
  
reinserção	
  na	
   sociedade.	
  O	
  CTC	
  é	
   composto	
  pelo	
  diretor	
  do	
  presídio,	
   pelo	
  menos	
  dois	
   chefes	
  de	
   serviço,	
   um	
  psiquiatra,	
   um	
  
psicológico	
  e	
  pelo	
  menos	
  um	
  assistente	
  social.	
  	
  
	
  
	
  	
   3.	
  Vítima:	
  Em	
  sentido	
  amplo,	
  vítima	
  é	
  quem	
  sofre	
  algum	
  tipo	
  de	
  ofensa	
  a	
  seus	
  direitos	
  fundamentais,	
  do	
  qual	
  
resultou	
   um	
   dano	
   ou	
   lesão.Para	
   a	
   ONU	
   (sentido	
   penal):	
   1.	
   Aqueles	
   que	
   sofrem	
   danos	
   físicos,	
   psicológicos,	
   patrimoniais	
   em	
  
decorrência	
  de	
  acoes	
  ou	
  omissões	
  que	
  contrariem	
  as	
  normas	
  penais	
  ou	
  quando	
  se	
  tratar	
  de	
  abuso	
  de	
  poder.	
  O	
  abuso	
  de	
  poder	
  
inclui	
  ações	
  ou	
  omissões	
  que	
  não	
  contrariam	
  as	
  normas	
  penais,	
  mas	
  afrontam	
  as	
  normas	
  internacionais	
  de	
  direitos	
  humanos.	
  2.	
  
Também	
  são	
  vitimas	
  os	
  parentes,	
  dependentes,	
  pessoas	
  próximas	
  e	
  pessoas	
  que	
  sofreram	
  danos	
  por	
  que	
  ajudaram	
  a	
  vitima	
  ou	
  
impediram	
  a	
  ação	
  danosa.	
  Divisão	
  de	
  vítima	
  de	
  acordo	
  com	
  Mazanera:	
  
 Sujeito	
   Passivo:	
   Aquele	
   que	
   sofreu	
   diretamente	
   a	
   lesão	
   do	
   bem	
   jurídico	
   (vida,	
   integridade	
   física,	
  
patrimônio,	
  saúde).	
  No	
  homicídio,	
  é	
  aquele	
  que	
  foi	
  assassinado.	
  	
  
 Sujeito	
  Ofendido:	
  Aquele	
  que	
  sofreu	
  as	
  consequências	
  do	
  crime	
  e	
  tem	
  direito	
  a	
  reparação	
  do	
  dano.	
  No	
  
homicídio,	
  seria	
  a	
  família	
  da	
  vitima.	
  
 Sujeito	
  Danificado:	
  É	
  o	
  que	
  sofre	
  as	
  consequências	
  do	
  crime	
  e	
  não	
  tem	
  direito	
  a	
  reparação.	
  É	
  a	
  família	
  do	
  
criminoso.	
  	
  A	
  sociedade	
  geralmente	
  pratica	
  controle	
  social	
  sobre	
  ela,	
  como	
  isolamento.	
  	
  
Juliana de Toledo Romero 5	
  
	
  
VITIMOLOGIA:	
  Estuda	
  a	
   vitima	
  em	
   todos	
  os	
   seus	
  aspectos.	
  O	
  pai	
  da	
   vitimologia	
  é	
  o	
  Mendelson,	
  que	
   classifica	
   a	
   vítima	
  de	
  5	
  
maneiras:	
  	
  
→ Vítima	
  completamente	
  inocente	
  ou	
  vítima	
  ideal:	
  É	
  a	
  que	
  não	
  participou	
  do	
  crime,	
  apenas	
  sofreu	
  o	
  dano	
  causado.	
  
→ Vítima	
  menos	
  culpada	
  que	
  o	
  criminoso:	
  É	
  a	
  vítima	
  ignorante,	
  desavisada.	
  Ex:	
  frequenta	
  lugares	
  perigosos.	
  
→ Vítima	
   tão	
   culpada	
   quanto	
   o	
   criminoso:	
   Sem	
   a	
   contribuição	
   da	
   vítima,	
   não	
   ocorreria	
   crime.	
   Ex:	
   aborto	
   consentido,	
  
conto	
  do	
  bilhete	
  premiado	
  (estelionato),	
  roleta	
  russa,	
  duelo	
  americano,	
  corrupção.	
  	
  
→ Vítima	
  mais	
   culpada	
   que	
   o	
   criminoso:	
   incita	
   o	
   autor	
   do	
   delito	
   (vítima	
   provocadora)	
   ou	
   causa	
   acidente	
   por	
   falta	
   de	
  
controle	
  de	
  si	
  mesma,	
  mas	
  autor	
  também	
  tem	
  parcela	
  de	
  culpa	
  (vitima	
  por	
  imprudência)	
  
→ Vítima	
  única	
  culpada:	
  Sofre	
  influência	
  de	
  seu	
  próprio	
  ato.	
  Ex:	
  um	
  bêbado	
  que	
  atravessa	
  a	
  rua	
  sem	
  olhar	
  e	
  é	
  atropelado.	
  	
  
Subdivide-­‐se	
  em:	
  	
  	
  
	
  	
   Vítima	
  infratora:	
  é	
  a	
  que	
  comete	
  uma	
  infração	
  e	
  acaba	
  como	
  vítima.	
  Exemplo:	
  homicídio	
  por	
  legítima	
  defesa;	
  	
  	
  
	
  	
   Vítima	
  simuladora:	
  é	
  a	
  que	
  premedita	
  de	
  forma	
  irresponsável	
  visando	
  a	
  induzir	
  que	
  alguém	
  seja	
  acusado	
  de	
  um	
  	
  
crime,	
  gerando	
  um	
  erro	
  judiciário.	
  	
  
	
  	
   Vítima	
  imaginária:	
  é	
  a	
  que	
  passa	
  por	
  vítima	
  de	
  um	
  delito,	
  acusando	
  outra	
  pessoa	
  de	
  um	
  crime	
  inexistente,	
  em	
  
consequência	
  de	
  sério	
  transtorno	
  mental.	
  
VITIMODOGMÁTICA:	
  Estuda	
  a	
  participação	
  da	
  vítima	
  no	
  delito.	
  A	
  partir	
  da	
  II	
  Guerra	
  Mundial,	
  observou-­‐se	
  que	
  nem	
  sempre	
  a	
  
vitima	
  se	
  opõe	
  ao	
  agressor;	
  às	
  vezes	
  suas	
  atitudes	
  combinam	
  com	
  as	
  dele.	
  	
  
Tópicos	
  importantes:	
  Violência	
  doméstica;	
  Síndrome	
  de	
  Estocolmo;	
  Crimes	
  sexuais	
  (mulher	
  acaba	
  tendo	
  atitude	
  estimuladora);	
  
Estelionato;	
  Lesão	
  corporal	
  e	
  homicídio.	
  Todos	
  teriam	
  parcela	
  de	
  culpa	
  da	
  vítima	
  
	
  	
   1a	
  participação	
  da	
  vítima	
  no	
  delito:	
  
 Síndrome	
  de	
   Estocolmo:	
  Vitimas	
   indefesas	
  que	
  permanecem	
  certo	
   tempo	
  em	
  poder	
  do	
  agressor	
  e	
  com	
  ele	
  estabelecem	
  
laços	
  afetivos	
  e	
  de	
  identificação.	
  Se	
  esses	
  laços	
  se	
  perpetuam	
  com	
  o	
  passar	
  do	
  tempo	
  e	
  a	
  vitima	
  não	
  denuncia	
  as	
  agressões	
  e	
  
justifica	
  as	
  atitudes	
  do	
  agressor,	
  estamos	
  diante	
  desta	
  Síndrome.	
  Tem	
  como	
  exemplo	
  a	
  violência	
  domestica.	
  	
  
	
  	
   Chegou-­‐se	
   a	
   falar	
   de	
   vítima	
   Nata,	
   aquela	
   que	
   já	
   nasce	
   e	
   não	
   teria	
   chance	
   de	
   ser	
   diferente.	
   O	
   termo	
   foi	
  
combatido	
  e	
  se	
  propôs	
  a	
  denominação	
  de	
  vítima	
  por	
  Tendência	
  Congênita,	
  que	
  no	
  final	
  das	
  contas	
  significa	
  a	
  mesma	
  coisa.	
  O	
  
correto	
   seria	
  Vitima	
   por	
   Tendência,	
   isto	
   é,	
   tem	
   potencial	
  mas	
   precisa	
   de	
   fatores	
   do	
  meio.	
   São	
   vitimas	
   em	
   especial:	
   idosos,	
  
crianças,	
  doentes	
  mentais.	
  	
  
	
  	
   2a	
  Vítima	
  e	
  a	
  reparação	
  de	
  danos:	
  a	
  vítima	
  passa	
  por	
  três	
  fases	
  
 Fase	
  1	
  –	
  PROTAGONISMO:	
  estavanas	
  mãos	
  dela	
  exigir	
  a	
  reparação	
  pelo	
  dano,	
  fase	
  de	
  vingança	
  privada.	
  
 Fase	
  2	
  –	
  NEUTRALIZAÇÃO:	
  a	
  partir	
  do	
  momento	
  em	
  que	
  o	
  Estado	
  assumiu	
  a	
  persecução	
  penal,	
  a	
  vitima	
  
ficou	
  em	
  desvantagem	
  pois	
  passou	
  a	
  ser	
  um	
  mero	
  sujeito	
  processual,	
  colocando-­‐o	
  em	
  igualdade	
  com	
  a	
  
situação	
  do	
  agressor,	
  o	
  que	
  é	
  necessário	
  para	
  um	
  julgamento	
  imparcial.	
  Porém,	
  isto	
  leva	
  a	
  outros	
  tipos	
  de	
  
vitimização.	
  	
  
 vitimização	
   primária:	
   decorrente	
   do	
   crime	
   (hematomas,	
   machucados),	
   consequências	
  
econômicas,	
  morais	
  e	
  orgânicas	
  
 vitimização	
   secundária	
  ou	
   sobrevitimização	
  do	
  processo	
  penal:	
  decorre	
  do	
  tratamento	
  
da	
  polícia	
  e	
   judiciário	
  para	
  com	
  a	
  vitima,	
  que	
  pode	
  gerar	
  danos	
  adicionais	
  por	
  causa	
  de	
  
descaso	
  e	
  desconfiança,	
  muitas	
  vezes	
  piores	
  que	
  o	
  próprio	
  crime.	
  
 vitimização	
   terciária:	
   quando	
   a	
   sociedade	
   aconselha	
   a	
   vitima	
   a	
   não	
   denunciar	
   o	
   crime	
  
pois	
  não	
  iria	
  adiantar	
  e	
  o	
  agressor	
  poderia	
  se	
  vingar.	
  Isto	
  aumenta	
  a	
  cifra	
  negra.	
  Também	
  
ocorre	
  quando	
  o	
  individuo	
  é	
  acusado,	
  julgado	
  e	
  preso	
  por	
  um	
  crime	
  que	
  não	
  cometeu.	
  
§ Efeito	
   dominó:	
   a	
   vítima	
   não	
   denuncia	
   o	
   crime	
   para	
   a	
   polícia,	
  	
  
consequentemente	
  a	
  polícia	
  não	
   transmite	
   todos	
  os	
   crimes	
  para	
  o	
  
MP,	
   que	
   arquiva	
   parte	
   dos	
   processos.	
   Isso	
   tudo	
   colabora	
   para	
   a	
  
ineficiência	
  do	
  sistema	
  penal.	
  
 vitimização	
   quaternária	
   ou	
   extravitimização:	
   vitimização	
   dos	
   juízes	
   pela	
   pressão	
   feita	
  
pela	
  mídia	
   que	
   impede	
   que	
   ele	
   tome	
   atitudes	
   corretas.	
   Exemplo:	
   fica	
   amedrontado	
   de	
  
liberar	
   um	
   preso	
   que	
   tem	
   esse	
   direito	
   e	
   transfere	
   essa	
   decisão	
   para	
   os	
   tribunais.	
   Em	
  
relação	
  ao	
  preso,	
  o	
  juiz	
  se	
  torna	
  vitimizador.	
  Em	
  relação	
  a	
  mídia,	
  o	
  juiz	
  é	
  a	
  vítima.	
  	
  
 	
  	
   	
   	
   Fase	
  3	
  –	
  REDESCOBRIMENTO:	
  pensou-­‐se	
  em	
  devolver	
  o	
  conflito	
  para	
  as	
  mãos	
  dos	
  seus	
  protagonistas	
  	
  	
  	
  	
  
 	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  (autor	
  e	
  vítima).	
  Pensou-­‐se	
  então	
  em	
  estabelecer	
  dois	
  espaços:	
  	
  
 	
  	
   	
   	
   	
   	
   espaço	
   de	
   consenso:	
   onde	
   impera	
   a	
   conciliação	
   entre	
   as	
   partes	
   que	
   abrem	
  mão	
   das	
  
garantias	
  constitucionais	
  como	
  ampla	
  defesa,	
  contraditório	
  e	
  buscam	
  solução	
  rápida	
  que	
  satisfaça	
  ambos.	
  Aplicável	
   somente	
  
Juliana de Toledo Romero 6	
  
aos	
  crimes	
  de	
  pequeno	
  potencial	
  ofensivo.	
  Com	
  a	
  conciliação,	
  fica	
  favorecida	
  a	
  autonomia	
  da	
  vontade	
  da	
  vítima,	
  pois	
  depende	
  
dela.	
  Por	
  outro	
  lado,	
  favorece	
  também	
  a	
  ressocialização	
  	
  
 	
  	
   	
   	
   	
   	
   espaço	
   de	
   conflito:	
   destinado	
  a	
  alta	
   criminalidade,	
   com	
   respeito	
  a	
   todas	
  as	
  garantias	
  
processuais	
  como	
  ampla	
  defesa,	
  contraditório,	
  devido	
  processo	
  legal,	
  etc.	
  	
  
	
  
	
   Iter	
  Criminis	
  	
   	
   	
   	
  
	
   à	
  Cogitação	
  
	
   à	
  Preparatório	
  
	
   à	
  Início	
  da	
  execução	
  
	
   à	
  Execução	
  
	
   à	
  Consumação	
  /	
  Tentativa	
  
Iter	
  Vitimae	
  
à	
  Intenção	
  
à	
  Preparatório	
  
à	
  Início	
  da	
  Execução	
  
à	
  Submeter/reagir	
  
à	
  Terminação	
  
CONTROLE	
   SOCIAL	
   DA	
   DELINQUÊNCIA:	
   É	
  o	
   conjunto	
  de	
   instituições,	
   estratégias	
   e	
   sanções	
   direcionadas	
   a	
   fazer	
   com	
  que	
  os	
  
indivíduos	
  obedeçam	
  as	
  regras	
  e	
  normas	
  sociais.	
  	
  
Informal:	
  constituído	
  pela	
  família,	
  escola,	
  religião,	
  profissão,	
  que	
  atuam	
  a	
  longo	
  e	
  médio	
  prazo,	
  incutindo	
  no	
  indivíduo	
  normas	
  e	
  
valores	
  éticos	
  e	
  morais	
  (código	
  de	
  conduta).	
  É	
  o	
  mais	
  efetivo	
  
Formal:	
  coercitivo	
  (repressivo).	
  Exercido	
  pela	
  polícia,	
  judiciário	
  e	
  sistema	
  penitenciário,	
  atuando	
  a	
  curto	
  e	
  médio	
  prazo,	
  quando	
  
o	
  informal	
  falhou.	
  	
  
	
  
FUNÇÕES	
  DA	
  CRIMINOLOGIA:	
  é	
  função	
  básica	
  da	
  Criminologia	
  fornecer	
  a	
  informação	
  que	
  servirá	
  de	
  base	
  para	
  :	
  
⇒ traçar	
  e	
  desenvolver	
  modelos	
  explicativos	
  do	
  delito	
  
⇒ prevenir	
  o	
  delito:	
  para	
  a	
  Escola	
  clássico	
  e	
  o	
  Direito	
  Penal,	
  a	
  prevenção	
  está	
  na	
  função	
  dissuasória,	
  isto	
  é,	
  desmotivadora	
  
da	
  pena.	
  Entretanto,	
  a	
  pena	
  já	
  é	
  consequência	
  do	
  delito	
  e	
  a	
  real	
  prevenção	
  consiste	
  em	
  se	
  antecipar	
  ao	
  delito,	
  evitando	
  
que	
  ele	
  ocorra.	
  	
  
⇒ Intervir	
   no	
   homem	
   delinquente:	
   para	
   a	
   Criminologia,	
   a	
   pena	
   é	
   nociva	
   pois	
   estigmatiza	
   o	
   criminoso.	
   Então	
   essa	
  
intervenção	
  deve	
  consistir	
  em	
  neutralizar	
  os	
  efeitos	
  a	
  pena;	
  reintroduzir	
  o	
   indivíduo	
  na	
  família,	
  emprego	
  e	
  sociedade;	
  
conscientizar	
  a	
  sociedade	
  de	
  que	
  o	
  problema	
  também	
  é	
  dela.	
  	
  
	
  
SOCIOLOGIA	
   CRIMINAL:	
  Teve	
   início	
   com	
  Enrico	
  Ferri.	
   Foram	
  analisados	
   fatores	
  que	
  afetavam	
   individualmente	
  a	
  pessoa.	
   São	
  
fatores	
  determinantes	
  do	
  delito:	
  	
  
⇒ Fatores	
  sociofamiliares:	
  desintegração	
  familiar	
  
⇒ Fatores	
  socioambientais:	
  más	
  companhias	
  e	
  suas	
  influências	
  /	
  crianças	
  abandonadas	
  
⇒ Fatores	
  sociopedagógicos:	
  analfabetismo,	
  falta	
  de	
  instrução	
  
⇒ Fatores	
  socioeconômicos:	
  pobreza,	
  falta	
  de	
  emprego	
  ou	
  riqueza	
  com	
  extrema	
  ganância.	
  	
  
	
  
	
  	
   Com	
  o	
  tempo,	
  os	
  olhos	
  dos	
  pesquisadores	
  se	
  voltaram	
  para	
  a	
  sociedade.	
  Lacassagne	
  afirmou	
  que	
  a	
  sociedade	
  tem	
  os	
  
criminosos	
   que	
   merece.	
   Beker	
   afirmou	
   que	
   a	
   sociedade	
   tem	
   os	
   criminosos	
   que	
   quer	
   ter.	
   Com	
   essas	
   frases,	
   se	
   tornam	
  
precursores	
  das	
  modernas	
  teorias	
  sociológicas	
  que	
  encaram	
  a	
  sociedade	
  como	
  criminógena	
  isto	
  é,	
  a	
  forma	
  de	
  funcionamento	
  
das	
   instituições	
   e	
   do	
   próprio	
   controle	
   social	
   levariama	
   criminalidade.	
   	
   São	
   também	
   chamadas	
   teorias	
   macrossociológicas.	
  
Análise	
  do	
  homem	
  criminoso	
  -­‐	
  microssociologia	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  /	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  Análise	
  da	
  sociedade	
  e	
  fatores	
  condicionantes	
  -­‐	
  macrossociologia	
  	
  
	
  
Enfoques	
   multifatoriais:	
   identificaram	
   inúmeros	
   fatores	
   para	
   tentar	
   explicar	
   a	
   criminalidade	
   juvenil,	
   entretanto,	
   não	
  
conseguiram	
  estabelecer	
  uma	
  hierarquia	
  entre	
  eles;	
  e	
  hoje	
  são	
  utilizados	
  apenas	
  na	
  análise	
  do	
  caso	
  concreto.	
  	
  
	
  
ESCOLA	
  DE	
  CHICAGO:	
  	
  Marca	
  o	
  início	
  da	
  sociologia	
  norte	
  americana.	
  Começaram	
  a	
  estudar	
  a	
  relação	
  entre	
  o	
  desenvolvimento	
  
urbano/industrial	
  desorganizado	
  e	
  a	
  criminalidade.	
  Observaram	
  com	
  estatísticas	
  oficiais	
  que	
  a	
  maioria	
  dos	
  delinquentes	
  vinham	
  
de	
  moradias	
  baratas	
  e	
  deterioradas	
  para	
  onde	
  se	
  dirigiam	
  os	
   imigrantes	
  e	
  os	
  grupos	
  minoritários,	
  como	
  por	
  exemplo,	
  negros	
  
com	
  baixa	
  condição	
  econômica.	
  	
  
Pragmatismo:	
  A	
  cidade	
  de	
  Chicago	
  foi	
  dividida	
  em	
  zonas	
  concêntricas.	
  No	
  centro	
  (zona	
  1),	
  ficavam	
  as	
  indústrias	
  e	
  os	
  comércios.	
  
Ao	
  redor	
  (zona	
  2	
  ou	
  zona	
  de	
  transição)	
  era	
  para	
  onde	
  se	
  dirigiam	
  os	
  imigrantes	
  e	
  pessoas	
  pobres.	
  Ela	
  não	
  cria	
  a	
  delinquência,	
  
apenas	
  a	
   atrai.	
  Na	
   zona	
  3	
   ficavam	
  os	
   trabalhadores	
  que	
  não	
  queriam	
  morar	
   longe	
  do	
  emprego.	
  Na	
   zona	
  4	
  estão	
  as	
  pessoas	
  
melhor	
  situadas	
  (equivalente	
  a	
  classe	
  média).	
  Na	
  periferia	
   (zona	
  5),	
  era	
  bairro	
  residencial.	
  A	
  escola	
  de	
  Chicago	
  foi	
  caindo	
  em	
  
decadência,	
  mas	
  ganhou	
  outros	
  pesquisadores	
  que	
  falaram	
  que	
  o	
  que	
  importa	
  não	
  é	
  uma	
  zona,	
  mas	
  sim	
  uma	
  determinada	
  rua,	
  
um	
   cruzamento	
   e	
   etc	
   que	
   atrai	
   coisas	
   ruins.	
   Joffrey	
   e	
   Newmann	
   (geógrafos	
   do	
   crime)	
   analisam	
   arquitetura	
   da	
   cidade	
   e	
   os	
  
crimes.	
  	
  
à	
  Criminoso	
  aguarda	
  local	
  adequado,	
  momento	
  oportuno	
  e	
  vítima	
  propícia.	
  	
  
Juliana de Toledo Romero 7	
  
TEORIA	
  DAS	
  JANELAS	
  QUEBRADAS:	
  pequenas	
  desordens	
  levam	
  a	
  pequenos	
  delitos,	
  e	
  a	
  falta	
  de	
  repressão	
  leva	
  a	
  delitos	
  
violentos.	
  Tolerância	
  Zero.	
  Rudolph	
  Giuliani	
  –	
  NY.	
  	
  
Polícia	
  Comunitária:	
  patrulhamentos	
  a	
  pé,	
  policial	
  morando	
  na	
  comunidade.	
  	
  
	
  
TEORIAS	
   ESTRUTURAIS	
   FUNCIONALISTAS:	
   Atribuem	
   o	
   crime	
   ao	
   modo	
   como	
   funcionam	
   as	
   estruturas	
   sociais.	
   As	
   teorias	
  
estruturais	
  funcionalistas	
  tem	
  um	
  gancho	
  econômico.	
  	
  
	
  	
   à	
   Teoria	
   Da	
   Anomia	
   De	
   Durkheim:	
   ausência	
   de	
   normas	
   e	
   valores	
   relacionada	
   ao	
   fato	
   de	
   que	
   as	
   E.S.	
   não	
  
oferecem	
  a	
  todos	
  os	
  meios	
  necessários	
  de	
  atingir	
  os	
  objetivos	
  culturais	
  (qualidade	
  de	
  vida,	
  sucesso	
  –	
  sonho	
  americano).	
  Estas	
  
pessoas	
   tendem	
   a	
   delinquir.	
   Assim,	
   crime	
   nasce	
   no	
   cotidiano	
   (normalidade	
   do	
   delito).	
   É	
   normal	
   desobedecer	
   regras,	
   não	
   é	
  
normal	
  cometer	
  crimes.	
  	
  	
  
	
  
TEORIA	
  DA	
  FRUSTRAÇÃO	
  DE	
  MERTON:	
  	
  	
  
Conformismo:	
  	
  mantém	
  seus	
  objetivos	
  culturais	
  e	
  se	
  adequa	
  as	
  normas,	
  conformando-­‐se	
  com	
  o	
  que	
  consegue.	
  
Inovação:	
  também	
  mantém	
  seus	
  objetivos	
  culturais.	
  Porém,	
  renúncia	
  as	
  normas	
  pois	
  quer	
  tudo	
  a	
  qualquer	
  preço.	
  	
  
Ritualismo:	
  para	
  fugir	
  da	
  frustração,	
  se	
  conforma	
  com	
  as	
  normas	
  mas	
  renúncia	
  os	
  objetivos	
  culturais	
  pois	
  desistiu	
  de	
  mudar	
  de	
  
vida.	
  Conduta	
  comum	
  na	
  classe	
  média.	
  
Evasão	
  ou	
  fuga	
  do	
  mundo:	
  pessoas	
  que,	
  apesar	
  de	
  viver	
  na	
  sociedade,	
  não	
  fazem	
  parte	
  dela.	
  Houve	
  uma	
  renúncia	
  aos	
  objetivos	
  
culturais	
  e	
  as	
  normas.	
  São	
  os	
  alcoólatras,	
  os	
  drogados.	
  	
  
Rebelião:	
  indivíduo	
  rejeita	
  normas	
  e	
  objetivos	
  culturais.	
  Ele	
  vai	
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criminalidade.	
  O	
  crime	
  é	
  concebido	
  como	
  fenômeno	
  real	
  considerando	
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  e	
  culturais,	
  e	
  explicado	
  com	
  o	
  
objetivo	
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   Além	
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   explicar	
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   a	
   Criminologia	
   deve	
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   aos	
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  as	
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sociedade,	
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  como	
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  Por	
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  também	
  uma	
  ciência	
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  ação,	
  como	
  o	
  Direito	
  Penal,	
  mas	
  
de	
  forma	
  diferente.	
  Preocupa-­‐se	
  com	
  a	
  segurança	
  das	
  pessoas	
  e	
  com	
  o	
  combate	
  à	
  criminalidade,	
  analisando	
  as	
  medidas	
  mais	
  
benéficas	
  à	
  sociedade.	
  
	
  	
   A	
   Criminologia	
   está	
   no	
  mundo	
  do	
   ser,	
   interessando-­‐se	
   pelas	
   causas	
   (fatores	
   criminógenos),	
   pelo	
   nexo	
   causal	
   (o	
   que	
  
levou	
  o	
  indivíduo	
  a	
  se	
  tornar	
  criminoso)	
  e	
  pelo	
  efeito	
  (criminoso).	
  
	
  	
   Tem	
  objeto,	
  método	
  e	
  fins	
  próprios,	
  valendo-­‐se	
  do	
  conhecimento	
  de	
  outras	
  ciências	
  que	
  também	
  se	
  preocupam	
  com	
  o	
  
ser	
  humano	
  como	
  a	
  Sociologia,	
  a	
  Biologia,	
  a	
  Medicina	
  Legal	
  e	
  a	
  Psicologia.	
  Tem	
  a	
  característica	
  da	
   interdisciplinaridade,	
  pois	
  
mantém	
   estreitas	
   relações	
   comdisciplinas	
   tanto	
   criminais,	
   como	
   não	
   criminais,	
   visando	
   a	
   absorver	
   e	
   coordenar	
   os	
  
conhecimentos	
  de	
  que	
  necessita	
  sobre	
  o	
  delinquente	
  e	
  o	
  meio	
  social.	
  	
  
	
  	
   Utiliza	
   o	
   método	
   indutivo,	
   experimental	
   e	
   naturalístico,	
   extraindo	
   as	
   verdades	
   da	
   realidade.	
   Emprega	
   técnicas	
   de	
  
investigação	
  criminológica	
  como	
  inquéritos	
  sociais,	
  estudos	
  biográficos	
  dos	
  criminosos,	
  estatística	
  criminal	
  e	
  até	
  exames	
  clínicos	
  
para	
  concluir	
  precisamente	
  sobre	
  os	
  fatores	
  criminógenos.	
  
Política	
  Criminal	
  
	
  	
   É	
   a	
   ciência	
   que	
   fornece,	
   ao	
   poder	
   público,	
   as	
   opções	
   científicas	
   e	
   eficazes	
   de	
   combate	
   ao	
   crime.	
   Opera	
   no	
   espaço	
  
delimitado	
  pelo	
  Direito	
  Penal,	
  assim	
  como	
  a	
  Criminologia,	
  objetivando	
  melhorar	
  e	
   racionalizar	
  as	
  estratégias	
  de	
  prevenção	
  e	
  
repressão	
  do	
  crime.	
  Não	
  se	
  trata	
  apenas	
  de	
  saber	
  como	
  reagir,	
  mas	
  a	
  que	
  se	
  deve	
  reagir.	
  Dessa	
  forma,	
  cabe	
  à	
  Política	
  Criminal	
  
traçar	
  os	
  limites	
  do	
  punível,	
  enquanto	
  o	
  Direito	
  Penal	
   identifica	
  o	
  comportamento	
  punível	
  dentro	
  desses	
  limites.	
  Compõe	
  um	
  
dos	
  3	
  (três)	
  pilares,	
  juntamente	
  com	
  a	
  Criminologia	
  e	
  com	
  o	
  Direito	
  Penal,	
  do	
  sistema	
  das	
  ciências	
  criminais.	
  
	
  	
   Atualmente,	
  há	
  um	
  entrelaçamento	
  da	
  dogmática	
  jurídico	
  penal	
  com	
  a	
  Criminologia,	
  seja	
  de	
  maneira	
  direta,	
  quando	
  o	
  
julgador	
   decide	
   o	
   tipo	
   de	
   reação	
   a	
   ser	
   aplicada	
   com	
   base	
   no	
   prognóstico	
   criminológico,	
   seja	
   de	
   forma	
   indireta,	
   através	
   da	
  
mediação	
  da	
  política	
  criminal.	
  
Juliana de Toledo Romero 8	
  
Direito	
  Penal	
  
	
  	
   O	
  Direito	
  Penal	
  é	
  a	
  ciência	
  do	
  espírito,	
  cultural,	
  normativa,	
  jurídica	
  e	
  do	
  dever	
  ser.	
  É	
  formal,	
  pois	
  delimita,	
  interpreta	
  e	
  
analisa	
  o	
  delito,	
  a	
  persecução	
  e	
  as	
  consequências	
  de	
  forma	
  teórica	
  e	
  sistemática.	
  	
  
	
  	
   Caracteriza-­‐se	
   como	
  um	
   conjunto	
   de	
   normas	
   jurídicas.	
   Possui	
   objeto	
   normativo	
   e	
  método	
  dedutivo.	
   Concebe	
  o	
  delito	
  
como	
  uma	
  realidade	
  legal	
  e	
  jurídica	
  que	
  envolve	
  valoração.	
  Objetiva	
  a	
  paz,	
  a	
  ordem	
  social,	
  a	
  tranquilidade	
  e	
  a	
  segurança	
  por	
  meio	
  da	
  
pena	
   como	
   vingança,	
   castigo,	
   pagamento	
  do	
  mal	
   com	
  o	
  mal,	
   retribuição,	
   atacando	
   apenas	
   as	
   consequências.	
   Ignora	
   fatores	
  
criminógenos,	
  pois	
  se	
  baseia	
  no	
  livre	
  arbítrio.	
  Não	
  se	
  importa	
  com	
  as	
  razões	
  da	
  criminalidade,	
  nem	
  com	
  a	
  sua	
  expansão,	
  porque	
  
tem	
  por	
  objetivo	
  a	
  solução	
  dos	
  conflitos	
  através	
  do	
  poder	
  punitivo	
  do	
  Estado.	
  
	
  	
   O	
  Direito	
  Penal	
  está	
  no	
  mundo	
  do	
  dever	
  ser,	
  onde	
  se	
  tem	
  o	
  pressuposto	
  (crime)	
  e	
  a	
  relação	
  jurídica	
  (enquadramento	
  
normativo	
  e	
  processual)	
   levando	
  à	
   consequência	
   (punição).	
  O	
  método	
  utilizado	
  é	
  o	
  dedutivo	
  ou	
   lógico-­‐abstrato,	
  que	
  parte	
  das	
  
relações	
  singulares	
  para	
  chegar	
  à	
  construção	
  do	
  sistema	
  normativo.	
  Baseia-­‐se	
  no	
   livre	
  arbítrio	
  e	
  no	
  dogmatismo	
   jurídico	
  penal,	
  
ignorando	
  os	
  fatores	
  criminógenos.	
  Dogmas	
  são	
  preceitos	
  com	
  caráter	
  de	
  certeza	
  absoluta,	
  incontestáveis.	
  
	
  	
   O	
   Direito	
   Penal	
   é	
   material	
   e	
   formal.	
   Seus	
   fundamentos	
   estão	
   na	
   teoria	
   do	
   pecado,	
   que	
   sedimentou	
   o	
   sentimento	
  
popular	
  de	
  vingança	
  e	
  pagamento	
  do	
  mal	
  pelo	
  mal,	
   tendo	
  como	
  resultado	
  o	
  crescimento	
  da	
  criminalidade,	
  pois	
  quanto	
  mais	
  
violenta	
   a	
   reação	
   da	
   sociedade,	
   mais	
   violento	
   se	
   torna	
   o	
   criminoso.	
   Atualmente,	
   há	
   tendência	
   de	
   integrar	
   Direito	
   Penal	
   e	
  
Criminologia,	
  pois	
  a	
  compreensão	
  e	
  o	
  controle	
  eficaz	
  da	
  criminalidade	
  requerem	
  a	
  consideração	
  do	
  normativo	
  e	
  do	
  empírico.	
  
	
  
Resposta	
  científica	
  ao	
  crime,	
  desenvolve-­‐se	
  em	
  três	
  fases:	
  
Fase	
   explicativa,	
   na	
   qual	
   os	
   conhecimentos	
   empíricos	
   e	
   os	
   fundamentos	
   do	
   crime	
   são	
   oferecidos	
   pela	
  
Criminologia;	
  
Fase	
  decisiva,	
  quando	
  essa	
  informação	
  proveniente	
  da	
  Criminologia	
  é	
  transformada	
  em	
  alternativas	
  e	
  programas	
  
científicos	
  pela	
  Política	
  Criminal;	
  
Fase	
  operativa	
  ou	
  instrumental,	
  onde	
  as	
  opções	
  são	
  concretizadas	
  na	
  forma	
  de	
  normas	
  gerais	
  e	
  obrigatórias	
  pelo	
  
Direito	
  Penal.	
  	
  
	
  
Considerações	
  finais:	
  	
  
	
  
	
  	
   O	
  estudo	
  da	
  Vitimologia	
  atual,	
  baseada	
  numa	
  tendência	
  política	
  criminal	
  eficiente,	
  privilegia	
  a	
  reparação	
  dos	
  
danos	
  e	
  indenização	
  dos	
  prejuízos	
  da	
  vítima.	
  Entende-­‐se	
  como	
  sobrevitimização	
  a	
  vitimização	
  secundária,	
  a	
  qual	
  consiste	
  em	
  
sofrimento	
   causado	
  à	
   vitima	
  pelas	
   instâncias	
   formais	
  da	
   justiça	
   criminal.	
  Para	
   Garcia	
   Pablo	
   de	
  Molina	
   é	
   entendido	
   como	
   o	
  
conjunto	
  de	
   instituições,	
  estratégias	
  e	
  sanções	
  sociais	
  que	
  pretendem	
  promover	
  e	
  garantir	
  a	
  submissão	
  dos	
   indivíduos	
  aos	
  
modelos	
  e	
  normas	
  comunitárias,	
  o	
  texto	
  se	
  refere	
  ao	
  controle	
  social.	
  De	
  acordo	
  com	
  a	
  sociologia	
  criminal,	
  pode-­‐se	
  citar	
  como	
  
exemplo	
   da	
   teoria	
   de	
   consenso	
   como	
   Teoria	
   das	
   Janelas	
   Quebradas.	
   A	
   migração	
   é	
   um	
   fenômeno	
   comuns	
   de	
   países	
   em	
  
desenvolvimento	
  emergentes	
  que	
  propicia(m)	
  a	
  dificuldade	
  de	
  adoção	
  de	
  valores	
  ético-­‐morais	
  comuns,	
  com	
  enfraquecimento	
  
do	
   controle	
   social	
   informal,	
   o	
   desrespeito	
   ao	
   próximo	
   e	
   outros	
   desvios	
   comportamentais.	
   De	
   acordo	
   com	
   Benjamim	
  
Mendelsohn,	
  as	
  vítimas	
  são	
  classificadas	
  em:	
  Vítimas	
   ideais,	
  vítimas	
  menos	
  culpadas	
  que	
  os	
  criminosos,	
  vítimas	
   tão	
  culpadas	
  
quanto	
  os	
  criminosos,	
  vítimas	
  mais	
  culpadas	
  que	
  os	
  criminosos	
  e	
  vítimas	
  como	
  únicas	
  culpadas.	
  O	
  comportamento	
  inadequado	
  
da	
  vítima	
  que	
  de	
  certo	
  modofacilita,	
   instiga	
  ou	
  provoca	
  ação	
  de	
  seu	
  verdugo	
  é	
  denominado	
  periculosidade	
  vitimal.	
  Não	
  é	
  
função	
  da	
  criminologia	
  moderna	
  desenvolver	
  estudos	
  sobre	
  a	
  norma	
  penal	
  e	
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  Teorias	
  do	
  
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   Sociologia	
   Criminal	
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   pressupõem	
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   pluralidade	
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  eventualmente,	
  apresentam	
  discrepâncias	
  em	
  suas	
  pautas	
  valorativas.	
  A	
  corrente	
  de	
  pensamento	
  
criminológico	
  que	
  critica	
  a	
  exibição,	
  em	
  televisão	
  e	
  cinema,	
  de	
  cena	
  de	
  abuso	
  de	
  drogas	
  ilícitas,	
  prática	
  de	
  roubos,	
  sequestros,	
  
bem	
   como	
   outras	
   condutas	
   delituosas,	
   alçando	
   seus	
   protagonistas	
   o	
   status	
   de	
   ''heróis''	
   ou	
   ''justiceiros'',	
   influenciando	
  
principalmente	
   jovens	
   a	
   se	
   reconhecerem	
   neles,	
   é	
   a	
   Teoria	
   da	
   Identificação	
   Diferencial.	
   O	
   indivíduo	
   incapaz	
   de	
   cuidar-­‐se	
   e	
  
bastar-­‐se	
   a	
   si	
   mesmo,	
   com	
   o	
   QI	
   abaixo	
   de	
   20	
   e	
   idade	
   mental	
   abaixo	
   de	
   3,	
   tem	
   estado	
   mental	
   caracterizado	
   como	
   Idiota.	
  
Segundo	
  Merton,	
  É	
  ERRADO	
  afirmar	
  que	
  a	
  conduta	
  desviante	
  inovação	
  explica	
  apenas	
  a	
  criminalidade	
  das	
  classes	
  baixas,	
  como	
  
resposta	
  à	
  frustração	
  gerada	
  por	
  se	
  sentirem	
  obrigados	
  a	
  enriquecer.	
  	
  É	
  CORRETO	
  afirmar	
  que	
  o	
  matador	
  de	
  aluguel	
  é	
  assassino	
  
serial	
  mentalmente	
  sadio.	
  	
  Os	
  órgãos	
  institucionais	
  de	
  controle	
  da	
  criminalidade	
  são	
  aqueles	
  responsáveis	
  pelo	
  controle	
  social	
  
formal.	
   O	
   sistema	
   penitenciário	
   corresponde	
   a	
   um	
   deles.	
   O	
   termo	
   cifra	
   dourada	
   é	
   indicativo	
   dos	
   crimes	
   denominados	
   de	
  
''colarinho	
  branco''.	
  A	
  respeito	
  dos	
  fatores	
  impulsionadores	
  da	
  criminalidade,	
  tanto	
  a	
  pobreza	
  quanto	
  a	
  ganância	
  decorrente	
  da	
  
riqueza	
  excessiva	
  podem	
  levar	
  à	
  criminalidade.	
  	
  São	
  teorias	
  do	
  consenso,	
  as	
  teorias	
  do	
  etiquetamento;	
  da	
  associação	
  diferencial	
  
e	
  do	
  conflito	
  cultural.	
  	
  
	
  
	
  
	
  
Agradecimentos	
  especiais	
  à	
  Mariana	
  Leontina.

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