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CRIME DE RESPONSABILIDADE A Constituição Federal - CF, em seu artigo 85, define os crimes de responsabilidade do Presidente da República, como os atos deste que atentem contra a Constituição, especialmente os que cita. E o artigo 86 esclarece que o Presidente, na vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções. A Lei 1.079/1950 trata dos crimes de responsabilidade. Os crimes de responsabilidade são os que constam desta Lei e, ainda quando simplesmente tentados, são passíveis de penas políticas, ou seja, não há previsão de reclusão ou detenção. O crime de responsabilidade é quando agente público atua de forma tal que atente contra a probidade na administração, por exemplo, como está no artigo 4o., inciso V desta lei. Também é importante enfatizar o artigo 9o., item 7, onde é definido o que é o crime de responsabilidade contra a probidade na administração, como sendo “proceder de modo incompatível com a dignidade, a honra e o decoro do cargo”. O artigo 74 da mesma lei, informa que os crimes de responsabilidade dos governadores dos Estados, quando por eles praticados, são os mesmos atos definidos como crimes nesta lei. Ainda nesta lei, está previsto que o julgamento dos Governadores será proferido por um Tribunal especial, composto de 5 membros do Legislativo e de 5 Desembargadores. A Lei 8.429/1992 trata dos tipos penais que configuram improbidade administrativa por qualquer agente público. O seu artigo 11 indica que é ato de improbidade administrativa atentar contra os princípios da administração pública com qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituição. CRIME COMUM A Constituição Federal - CF, em seu artigo 105, informa que compete ao STJ julgar os Governadores dos Estados, nos crimes comuns. O Código Penal, que trata de condutas puníveis com pena de reclusão e detenção, destaca vários crimes comuns que podem ter sido cometidos pelo Governador, no caso, como os artigos 344 (coação no curso do processo), 347 (fraude processual) e 357 (exploração de prestígio), que são popularmente considerados como crimes de obstrução de justiça. E a Lei do crime organizado, a Lei 12.850/13, no seu artigo 2o. Informa que quem impedir ou embaraçar uma investigação penal, integrando um grupo de pessoas unidas com a finalidade de produzir crimes, poderá ser punido com pena de reclusão ou detenção. O artigo 1o., desta lei, considera organização criminosa a associação de 4 (quatro) ou mais pessoas estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, para obter vantagem, mediante a prática de infrações penais cujas penas máximas sejam superiores a 4 (quatro) anos, ou que sejam de caráter transnacional.
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