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FACULDADE INTEGRADO DE CAMPO MOURÃO DEPARTAMENTO DE FARMÁCIA 6º PERÍODO JÉSSICA CORREA FLÁVIA FRANCELI ROSELLE THOME FRARE TAÍS DA COSTA CUNHA DETERMINAÇÃO DE CARBOXIEMOGLOBINA NO SANGUE CAMPO MOURÃO 2012 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA (INTRODUÇÃO) O monóxido de carbono (CO), considerado um dos gases mais nocivos, é causa frequente de intoxicações, de origem ocupacional ou doméstica, sendo este um gás incolor e inodoro, produzido em quantidades significativas, tanto por processos naturais (erupções vulcânicas, decomposição da clorofila, fogos florestais, etc.), como por atividades humanas. O CO é emitido para a atmosfera principalmente com resultado da combustão incompleta de combustíveis fosseis ou outros materiais orgânicos, sendo os transportes rodoviários o setor que mais contribui para as emissões deste poluente. Além de diretamente emitido para a atmosfera, o CO pode também ser formado por oxidação de poluentes orgânicos tais como o metano. Apesar de existirem fontes naturais e endógenas de CO (catabolismo de hemocompostos), as mais importantes fontes do ponto de vista toxicológico são as que resultam da atividade humana, sendo que a fumaça resultante da queima do tabaco, assim como de maconha, também é uma importante fonte de exposição humana ao CO. A via mais importante de absorção é a respiratória, onde pode causar efeitos imediatos após a inalação como confusão, vertigem, enxaqueca, náusea, inconsciência, fraqueza, diminuição da percepção visual, da capacidade de trabalho, da destreza manual, da capacidade de aprendizagem e do desempenho de tarefas complexas, já quando a exposição torna-se crônica a substância pode afetar o sistema nervoso e o sistema cardiovascular, e pode resultar em desordens neurológicas e cardíacas, podendo até mesmo causar problemas neurológicos, baixo peso no nascimento e problemas de coração congênitos. Os efeitos do CO na saúde humana são conseqüências da sua capacidade de se combinar irreversivelmente com a hemoglobina dando lugar à formação da carboxiemoglobina. O monóxido de carbono tem sua ação tóxica pela forte ligação química por coordenação que ela estabelece com átomo de ferro da fração heme da hemoglobina formando a carboxiemoglobina, um pigmento anormal no sangue que dificulta a oxigenação dos tecidos do corpo, pois esse composto possui afinidade para se combinar com a hemoglobina 210 vezes superior a do oxigênio. As altas concentrações de carboxiemoglobina provocam hipóxia tecidual, estimulando a eritropoiese e causando uma elevação do hematócrito. A meia-vida da carboxiemoglobina no organismo, em condições de repouso, é de cerca de 4 a 5 horas, dessa forma caso o indivíduo deixe de fumar por 24 horas, o nível de carboxiemoglobina aproximar-se-á de zero. Assim, 24 horas sem fumar correspondem a uma transfusão de cerca de um litro de sangue. Em média os fumantes têm cerca de 10% de sua hemoglobina inutilizada, sendo que esta percentagem aumenta para 30% em casos de fumantes que consomem mais de um maço de cigarros por dia, caso o nível de hemoglobina inutilizada pela carboxiemoglobina chegue a cerca de 60% a intoxicação pode ser letal ao indivíduo. OBJETIVO Determinar a porcentagem de carboxiemoglobina no sangue, através da análise espectofotométrica. MATERIAIS E MÉTODOS - Materiais: Sangue Tubo de Ensaio Espectofotômetro Solução Hemolizada Solução Tampão KH2PO4/K2HPO4 0,1M, pH 6,85 Solução hemolizante 1:10 + q.s água Solução diluente: 50mg de hidrosulfito de sódio 40ml de solução tampão - Métodos: Em um tubo de ensaio com tampa, colocar 0,1 ml de sangue e 12 ml de solução hemolizante agitar em seguida. Diluir 0,4ml de hemolizado com 4,6ml da solução diluente, tampar e manter em temperatura ambiente por cerca de 10 minutos. Colocar a amostra no espectrofotômetro a 420 e 432 nm para a leitura da absorbância, utilizando como branco a solução diluente. Por fim calcular a porcentagem (%) de carboiemoglobina através da formula dada. RESULTADOS E DISCUSSÕES A fórmula para o cálculo da porcentagem de carboxiemoglobina no sangue dada é a seguinte: %CO = 1- (AR x F1) _______________________ AR(F2 – F1) – F3 + 1 Onde: AR = Abs Am420 F2 = Abs Cohb432 F1= Abs Hb432 __________ ______________ __________ Abs Am432 Abs Hb420 Abs Hb420 F3 = Abs Cohb420 ____________ Abs Hb420 Dessa forma temos: AR = 796 ______ 445 AR≈ 1,79 Os valores de F1, F2 e F3 foram fornecidos. F1 = 1,333 F2 = 0,4787 F3 = 1,9939 %CO = 1- (AR x F1) _______________________ AR(F2 – F1) – F3 + 1 %CO = 1 – 2,3843371 _________________________ 1,7887x( - 0,8543) – 19939 + 1 %CO = -1,3843371 %CO = -1,3843371 __________________ _____________ - 1,52808641 – 0,9939 - 2,52 %CO = 0,549 ≈ 0,55% Valor de referência para não fumantes: 1% CONCLUSÕES Após a obtenção dos resultados pode-se concluir que o valor de referência da normalidade para não fumantes é de 1% de carboxiemoglobina, dessa forma o nível desse composto nessa amostra não afeta o organismo de forma preocupante visto que a amostra continha, de acordo com os cálculos feitos somente 0,55%. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CENTRO REGIONAL DE ESTUDOS PREVENÇÃO E RECUPERAÇÃO DE DEPENDENTES QUÍMICOS. Disponível em: <http://www.cenpre.furg.br/Tabaco/efeit_tabaco.htm> Acesso em: 20 de outubro de 2012. LABORATÓRIO HERMES PARDINI. Disponível em: <http://www.labhpardini.com.br/scripts/mgwms32.dll?MGWLPN=HPHOSTBS&App=HELPE&EXAME=S%7C%7CC-HB> Acesso em: 20 de outubro de 2012.
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