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-PÚBLICO- N-133 REV. N 03 / 2017 PROPRIEDADE DA PETROBRAS 114 páginas, Índice de Revisões e GT Soldagem Procedimento Esta Norma substitui e cancela a sua revisão anterior. Cabe à CONTEC - Subcomissão Autora, a orientação quanto à interpretação do texto desta Norma. A Unidade da PETROBRAS usuária desta Norma é a responsável pela adoção e aplicação das suas seções, subseções e enumerações. CONTEC Comissão de Normalização Técnica Requisito Técnico: Prescrição estabelecida como a mais adequada e que deve ser utilizada estritamente em conformidade com esta Norma. Uma eventual resolução de não segui-la (“não conformidade” com esta Norma) deve ter fundamentos técnico-gerenciais e deve ser aprovada e registrada pela Unidade da PETROBRAS usuária desta Norma. É caracterizada por verbos de caráter impositivo. SC - 26 Prática Recomendada: Prescrição que pode ser utilizada nas condições previstas por esta Norma, mas que admite (e adverte sobre) a possibilidade de alternativa (não escrita nesta Norma) mais adequada à aplicação específica. A alternativa adotada deve ser aprovada e registrada pela Unidade da PETROBRAS usuária desta Norma. É caracterizada por verbos de caráter não impositivo. É indicada pela expressão: [Prática Recomendada]. Cópias dos registros das “não conformidades” com esta Norma, que possam contribuir para o seu aprimoramento, devem ser enviadas para a CONTEC - Subcomissão Autora. Soldagem As propostas para revisão desta Norma devem ser enviadas à CONTEC - Subcomissão Autora, indicando a sua identificação alfanumérica e revisão, a seção, subseção e enumeração a ser revisada, a proposta de redação e a justificativa técnico-econômica. As propostas são apreciadas durante os trabalhos para alteração desta Norma. “A presente Norma é titularidade exclusiva da PETRÓLEO BRASILEIRO S. A. - PETROBRAS, de aplicação interna na PETROBRAS e Subsidiárias, devendo ser usada pelos seus fornecedores de bens e serviços, conveniados ou similares conforme as condições estabelecidas em Licitação, Contrato, Convênio ou similar. A utilização desta Norma por outras empresas/entidades/órgãos governamentais e pessoas físicas é de responsabilidade exclusiva dos próprios usuários”. Apresentação As Normas Técnicas PETROBRAS são elaboradas por Grupos de Trabalho - GT (formados por Técnicos Colaboradores especialistas da Companhia e de suas Subsidiárias), são comentadas pelas Unidades da Companhia e por suas Subsidiárias, são aprovadas pelas Subcomissões Autoras - SC (formadas por técnicos de uma mesma especialidade, representando as Unidades da Companhia e as Subsidiárias) e homologadas pelo Núcleo Executivo (formado pelos representantes das Unidades da Companhia e das Subsidiárias). Uma Norma Técnica PETROBRAS está sujeita a revisão em qualquer tempo pela sua Subcomissão Autora e deve ser reanalisada a cada 5 anos para ser revalidada, revisada ou cancelada. As Normas Técnicas PETROBRAS são elaboradas em conformidade com a Norma Técnica PETROBRAS N-1. Para informações completas sobre as Normas Técnicas PETROBRAS, ver Catálogo de Normas Técnicas PETROBRAS. -PÚBLICO- N-133 REV. N 03 / 2017 2 Sumário 1 Escopo ............................................................................................................................................... 12 2 Referências Normativas .................................................................................................................... 12 3 Termos e Definições .......................................................................................................................... 15 4 Condições Gerais .............................................................................................................................. 18 4.1 Condições Gerais de Soldagem .......................................................................................... 18 4.2 Documentos de Soldagem ................................................................................................... 18 4.3 Qualificação do Procedimento de Soldagem ....................................................................... 19 4.4 Qualificação de Pessoal ....................................................................................................... 21 4.4.1 Soldador e Operador de Soldagem ............................................................................. 21 4.4.2 Inspetores .................................................................................................................... 22 4.4.3 Supervisores ou Encarregados de Soldagem ............................................................. 22 4.4.4 Engenheiro Especialista em Soldagem Certificado e Tecnólogo em Soldagem Certificado ................................................................................................................... 23 4.5 Processos de Soldagem e Equipamentos ........................................................................... 23 4.6 Técnica de Soldagem .......................................................................................................... 25 4.7 Consumível .......................................................................................................................... 27 4.8 Condições Ambientais ......................................................................................................... 29 4.9 Preaquecimento e Temperatura Interpasse ........................................................................ 30 4.10 Pós-aquecimento ............................................................................................................... 30 4.11 Inspeção e Controle da Qualidade ..................................................................................... 31 4.12 Reparo de Soldas............................................................................................................... 31 4.13 Tratamento Térmico de Alívio de Tensões (TTAT) ............................................................ 32 4.14 Dispositivos Auxiliares de Montagem ................................................................................ 32 4.15 Marcação das Juntas Soldadas ......................................................................................... 33 4.16 Segurança na Soldagem .................................................................................................... 33 4.17 Consulta Técnica................................................................................................................ 33 5 Materiais ............................................................................................................................................ 34 5.1 Aços-Carbono, Aços Carbono-Manganês e Micro Ligados ................................................. 34 5.1.1 Introdução .................................................................................................................... 34 -PÚBLICO- N-133 REV. N 03 / 2017 3 5.1.2 Soldabilidade ................................................................................................................ 34 5.1.3 Técnica Geral de Soldagem ........................................................................................ 34 5.1.4 Processos de Soldagem Aplicáveis ............................................................................. 35 5.1.4.1 SMAW .................................................................................................................. 35 5.1.4.2 GTAW .................................................................................................................. 35 5.1.4.3 GMAW .................................................................................................................. 365.1.4.4 FCAW ................................................................................................................... 36 5.1.4.5 SAW ..................................................................................................................... 36 5.1.5 Preaquecimento e Temperatura Interpasse ................................................................ 36 5.1.6 Pós-Aquecimento ......................................................................................................... 38 5.1.7 Tratamento Térmico de Alívio de Tensões (TTAT) ..................................................... 38 5.1.8 Reparo por Soldagem .................................................................................................. 38 5.1.9 Requisitos Suplementares para Soldagem de Manutenção ........................................ 38 5.1.10 Requisitos Suplementares de Inspeção .................................................................... 38 5.2 Aços de Baixa Liga Tratados Termicamente ....................................................................... 39 5.2.1 Introdução .................................................................................................................... 39 5.2.2 Soldabilidade ................................................................................................................ 39 5.2.3 Técnica Geral de Soldagem ........................................................................................ 39 5.2.4 Processo de Soldagem Aplicáveis ............................................................................... 40 5.2.5 Condições Gerais para Consumíveis .......................................................................... 40 5.2.6 Preaquecimento e Interpasse ...................................................................................... 40 5.2.7 Pós-aquecimento ......................................................................................................... 40 5.2.8 Tratamento Térmico de Alívio de Tensões (TTAT) ..................................................... 40 5.2.9 Reparo por Soldagem de Manutenção ........................................................................ 41 5.2.10 Requisitos Suplementares para Inspeção ................................................................. 41 5.3 Aços Cromo-Molibdênio e Aços Molibdênio ........................................................................ 41 5.3.1 Introdução .................................................................................................................... 41 5.3.2 Soldabilidade ................................................................................................................ 41 5.3.3 Técnica Geral de Soldagem ........................................................................................ 42 5.3.4 Processos de Soldagem Aplicáveis ............................................................................. 43 5.3.4.1 SMAW .................................................................................................................. 43 -PÚBLICO- N-133 REV. N 03 / 2017 4 5.3.4.2 GTAW .................................................................................................................. 43 5.3.4.3 GMAW .................................................................................................................. 43 5.3.4.4 FCAW-G ............................................................................................................... 43 5.3.4.5 SAW ..................................................................................................................... 43 5.3.5 Condições Gerais para Consumíveis .......................................................................... 44 5.3.6 Preaquecimento e Temperatura de Interpasse ........................................................... 46 5.3.7 Pós-Aquecimento ......................................................................................................... 47 5.3.8 Tratamento Térmico de Alívio de Tensões (TTAT) ..................................................... 48 5.3.9 Ensaio de Dureza em Juntas Homogêneas ................................................................ 49 5.3.10 Reparo por Soldagem ................................................................................................ 49 5.3.11 Requisitos Suplementares para Soldagem de Manutenção...................................... 49 5.3.12 Requisitos Suplementares para Inspeção ................................................................. 50 5.4 Aço Níquel ............................................................................................................................ 50 5.4.1 Introdução .................................................................................................................... 50 5.4.2 Soldabilidade ................................................................................................................ 51 5.4.3 Técnica Geral de Soldagem ........................................................................................ 51 5.4.4 Processos de Soldagem Aplicáveis ............................................................................. 52 5.4.4.1 SMAW .................................................................................................................. 52 5.4.4.2 GTAW .................................................................................................................. 52 5.4.4.3 GMAW .................................................................................................................. 52 5.4.4.4 SAW ..................................................................................................................... 52 5.4.5 Condições Gerais para Consumíveis .......................................................................... 52 5.4.6 Preaquecimento e Temperatura de Interpasse ........................................................... 53 5.4.7 Pós-Aquecimento ......................................................................................................... 54 5.4.8 Tratamento Térmico de Alívio de Tensões (TTAT) ..................................................... 54 5.4.9 Reparo por Soldagem .................................................................................................. 54 5.4.10 Requisitos Suplementares para Soldagem de Manutenção...................................... 55 5.4.11 Requisitos Suplementares para Inspeção ................................................................. 55 5.5 Aços Inoxidáveis Austeníticos .............................................................................................. 55 5.5.1 Introdução .................................................................................................................... 55 5.5.2 Soldabilidade ................................................................................................................ 56 -PÚBLICO- N-133 REV. N 03 / 2017 5 5.5.3 Técnica Geral de Soldagem ........................................................................................ 56 5.5.4 Processos de Soldagem Aplicáveis ............................................................................. 59 5.5.4.1 SMAW .................................................................................................................. 59 5.5.4.2 GTAW .................................................................................................................. 60 5.5.4.3 GMAW .................................................................................................................. 60 5.5.4.4 FCAW ................................................................................................................... 60 5.5.4.5 SAW .....................................................................................................................60 5.5.5 Condições Gerais para Consumíveis .......................................................................... 61 5.5.6 Preaquecimento e Interpasse ...................................................................................... 63 5.5.7 Pós-Aquecimento ......................................................................................................... 63 5.5.8 TTAT ............................................................................................................................ 63 5.5.9 Reparo por Soldagem .................................................................................................. 63 5.5.10 Requisitos Suplementares para Soldagem de Manutenção...................................... 64 5.5.11 Requisitos Suplementares para Inspeção ................................................................. 64 5.6 Aços Inoxidáveis Superausteníticos .................................................................................... 64 5.6.1 Introdução .................................................................................................................... 64 5.6.2 Soldabilidade ................................................................................................................ 64 5.6.3 Técnica Geral de Soldagem ........................................................................................ 65 5.6.4 Processos de Soldagem Aplicáveis ............................................................................. 65 5.6.4.1 SMAW .................................................................................................................. 65 5.6.4.2 GTAW .................................................................................................................. 66 5.6.4.3 GMAW .................................................................................................................. 66 5.6.5 Condições Gerais para Consumíveis .......................................................................... 66 5.6.6 Preaquecimento e Interpasse ...................................................................................... 67 5.6.7 Pós-Aquecimento ......................................................................................................... 67 5.6.8 Tratamento Térmico de Alívio de Tensões (TTAT) ..................................................... 67 5.6.9 Tratamento Térmico de Solubilização ......................................................................... 68 5.6.10 Reparo por Soldagem ................................................................................................ 68 5.6.11 Requisitos Suplementares para Soldagem de Manutenção...................................... 68 5.6.12 Requisitos Suplementares para Inspeção ................................................................. 68 5.7 Aços Inoxidáveis Duplex, Superduplex e Hiperduplex ........................................................ 68 -PÚBLICO- N-133 REV. N 03 / 2017 6 5.7.1 Introdução .................................................................................................................... 68 5.7.2 Soldabilidade ................................................................................................................ 70 5.7.3 Técnica Geral de Soldagem ........................................................................................ 70 5.7.4 Processos de Soldagem Aplicáveis ............................................................................. 73 5.7.4.1 SMAW ................................................................................................................... 73 5.7.4.2 GTAW ................................................................................................................... 73 5.7.4.3 GMAW .................................................................................................................. 73 5.7.4.4 SAW ..................................................................................................................... 73 5.7.5 Condições Gerais para Consumíveis .......................................................................... 73 5.7.6 Preaquecimento e Interpasse ...................................................................................... 74 5.7.7 Pós-Aquecimento ......................................................................................................... 74 5.7.8 Tratamento Térmico de Alívio de Tensões (TTAT) ..................................................... 74 5.7.9 Reparo por Soldagem .................................................................................................. 74 5.7.10 Requisitos Suplementares para Soldagem de Manutenção...................................... 75 5.7.11 Requisitos Suplementares para Inspeção ................................................................. 75 5.8 Aços Inoxidáveis Martensíticos ............................................................................................ 75 5.8.1 Introdução .................................................................................................................... 75 5.8.2 Soldabilidade ................................................................................................................ 75 5.8.3 Técnica Geral de Soldagem ........................................................................................ 76 5.8.4 Processos de Soldagem Aplicáveis ............................................................................. 76 5.8.4.1 SMAW .................................................................................................................. 76 5.8.4.2 GTAW .................................................................................................................. 76 5.8.4.3 GMAW .................................................................................................................. 77 5.8.4.4 FCAW ................................................................................................................... 77 5.8.4.5 SAW ..................................................................................................................... 77 5.8.5 Condições Gerais para Consumíveis .......................................................................... 77 5.8.6 Preaquecimento e Interpasse ...................................................................................... 78 5.8.7 Pós-aquecimento ......................................................................................................... 78 5.8.8 Tratamento Térmico de Alívio de Tensões (TTAT) ..................................................... 79 5.8.9 Reparo por Soldagem .................................................................................................. 79 5.8.10 Requisitos Suplementares para Inspeção ................................................................. 79 -PÚBLICO- N-133 REV. N 03 / 2017 7 5.9 Aços Inoxidáveis Ferríticos .................................................................................................. 79 5.9.1 Introdução .................................................................................................................... 79 5.9.2 Soldabilidade ................................................................................................................ 80 5.9.3 Técnica Geral de Soldagem ........................................................................................ 80 5.9.4 Processo de Soldagem Aplicáveis ............................................................................... 81 5.9.4.1 SMAW .................................................................................................................. 81 5.9.4.2 GTAW ..................................................................................................................81 5.9.4.3 GMAW .................................................................................................................. 81 5.9.4.4 FCAW ................................................................................................................... 81 5.9.4.5 SAW ..................................................................................................................... 81 5.9.5 Condições Gerais para Consumíveis .......................................................................... 81 5.9.6 Preaquecimento e Interpasse ...................................................................................... 83 5.9.7 Pós-Aquecimento ......................................................................................................... 83 5.9.8 Tratamento Térmico de Alívio de Tensões (TTAT) ..................................................... 83 5.9.9 Reparo por Soldagem .................................................................................................. 83 5.9.10 Requisitos Suplementares para Inspeção ................................................................. 84 5.10 Níquel e Ligas de Níquel .................................................................................................... 84 5.10.1 Introdução .................................................................................................................. 84 5.10.2 Soldabilidade .............................................................................................................. 85 5.10.3 Técnica Geral de Soldagem ...................................................................................... 85 5.10.4 Processos de Soldagem aplicáveis ........................................................................... 86 5.10.4.1 SMAW ................................................................................................................ 86 5.10.4.2 GTAW ................................................................................................................ 86 5.10.4.3 GMAW ................................................................................................................ 87 5.10.4.4 FCAW ................................................................................................................. 87 5.10.4.5 SAW ................................................................................................................... 87 5.10.5 Condições Gerais para Consumíveis ........................................................................ 87 5.10.6 Preaquecimento e Interpasse .................................................................................... 88 5.10.7 Pós-aquecimento ....................................................................................................... 88 5.10.8 Tratamento Térmico de Alívio de Tensões (TTAT) ................................................... 89 5.10.9 Reparo por Soldagem ................................................................................................ 89 -PÚBLICO- N-133 REV. N 03 / 2017 8 5.10.10 Requisitos Suplementares para Inspeção ............................................................... 89 5.11 Cobre e Ligas de Cobre ..................................................................................................... 89 5.11.1 Introdução .................................................................................................................. 89 5.11.2 Soldabilidade .............................................................................................................. 90 5.11.3 Técnica Geral de Soldagem ...................................................................................... 90 5.11.4 Processos de Soldagem Aplicáveis ........................................................................... 91 5.11.4.1 SMAW ................................................................................................................ 91 5.11.4.2 GTAW ................................................................................................................ 91 5.11.4.3 GMAW ................................................................................................................ 91 5.11.5 Condições Gerais para Consumíveis ........................................................................ 91 5.11.6 Preaquecimento e Interpasse .................................................................................... 92 5.11.7 Pós-Aquecimento ....................................................................................................... 92 5.11.8 Tratamento Térmico de Alívio de Tensões (TTAT) ................................................... 92 5.11.9 Requisitos Suplementares para Inspeção ................................................................. 92 5.12 Soldagem de Chapas e Tubos Revestidos ........................................................................ 93 5.12.1 Introdução .................................................................................................................. 93 5.12.2 Tipos de Revestimentos Metálicos ............................................................................ 93 5.12.2.1 Chapa Cladeada ................................................................................................ 93 5.12.2.2 Chapa com Revestimento Depositado por Soldagem (“Weld Overlay”) ........... 93 5.12.2.3 Chapa com “Lining” ............................................................................................ 93 5.12.3 Soldabilidade .............................................................................................................. 93 5.12.4 Técnica Geral de Soldagem ...................................................................................... 93 5.12.5 Processo de Soldagem Aplicáveis ............................................................................. 95 5.12.6 Condições Gerais para Consumíveis ........................................................................ 95 5.12.7 Preaquecimento e Temperatura Interpasse .............................................................. 98 5.12.8 Pós-Aquecimento ....................................................................................................... 99 5.12.9 Tratamento Térmico de Alívio de Tensões (TTAT) ................................................... 99 5.12.10 Requisitos Suplementares para Soldagem de Manutenção ................................... 99 5.12.11 Requisitos Suplementares para Inspeção ............................................................... 99 5.13 Soldagem Dissimilar .......................................................................................................... 99 5.13.1 Introdução .................................................................................................................. 99 -PÚBLICO- N-133 REV. N 03 / 2017 9 5.13.2 Metal de Base (MB) ................................................................................................. 100 5.13.3 Técnica Geral de Soldagem .................................................................................... 100 5.13.4 Condições Gerais para Consumíveis ...................................................................... 100 5.13.5 Preaquecimento e Temperatura Interpasse ............................................................ 102 5.13.6 Pós-Aquecimento ..................................................................................................... 102 5.13.7 Tratamento Térmico de Alívio de Tensões (TTAT) ................................................. 102 5.13.8 Requisitos Suplementares para Inspeção ............................................................... 102 Anexo A - Instruções para Inspeção por Amostragem no Recebimento de Consumíveis............. 103 Anexo B - Ensaio de Medição de Dureza ........................................................................................ 106 B.1 Objetivo ........................................................................................................................................ 106 B.2.4 Medição de Dureza em Campo ...................................................................................... 111 B.2.4.1 Procedimento de Medição ...................................................................................... 111 B.2.4.2 Relatórios do Ensaio............................................................................................... 112 B.2.4.3 Adequação de Instrumentos Portáteis de Campo .................................................. 112 B.2.4.4 Preparação da Superfície ....................................................................................... 113 B.2.4.5 Execução do Ensaio de Medição de Dureza [Prática Recomendada] ................... 114 Figuras Figura 1 - Detalhe para Definição de Espessuras ................................................................................ 37 Figura 2 - Exemplos de Trinca de Solidificação .................................................................................... 57 Figura 3 - Exemplos de Perfil de Saída de Tocha................................................................................. 57 Figura 4 - Exemplos de Contaminação em Função de Diferentes Teores Oxigênio no Gás de Purga 59 Figura 5 - Aporte Térmico e Resistência à Corrosão ............................................................................ 71 Figura 6 - Preparação da Junta de Chapa com Revestimento com Acesso por Ambos os Lados ...... 93 Figura 7 - Preparação da Junta de Chapa com Revestimento com Acesso Somente pelo Lado do Substrato .............................................................................................................................. 94 Figura A.1 - Esquema de Aplicação de um Plano de Amostragem Simples ...................................... 105 Figura B.1 - Perfil de Dureza para Chanfro Duplo V ........................................................................... 109 Figura B.2 - Perfil de Dureza para Chanfro V ..................................................................................... 109 Figura B.3 - Pontos de Medição de Dureza para Perfil em Chanfro V na Face Superior .................. 110 Figura B.4 - Pontos de Medição de Dureza para Perfil em Chanfro V na Raiz .................................. 110 -PÚBLICO- N-133 REV. N 03 / 2017 10 Figura B.5 - Pontos de Medição de Dureza em Perfil de Chapa com Revestimento Depositado por Soldagem (“Weld Overlay”) ............................................................................................ 111 Figura B.6 - Pontos de Medição de Dureza em Superfície de Junta Soldada (MS, ZTA e MB) para Validação do Durômetro Portátil .................................................................................... 113 Figura B.7 - Preparação da Superfície para Medição de Dureza em Solda ....................................... 113 Figura B.8 - Pontos de Medição de Dureza na Superfície da Junta Soldada ..................................... 114 Tabelas Tabela 1 - Limite de Hidrogênio Difusível em Eletrodos FCAW ........................................................... 35 Tabela 2 - Temperaturas de Preaquecimento e Interpasse Mínimas Recomendadas para a Soldagem de Aços-Carbono e Carbono-Manganês .............................................................................. 36 Tabela 3 - Temperatura de Preaquecimento Interpasse Mínimo e de Interpasse Máximo para Aços de Baixa Liga Tratados Termicamente ..................................................................................... 40 Tabela 4 - Designação de “P numbers” Conforme ASME BPVC Section IX ........................................ 42 Tabela 5 - Consumíveis para Aços Molibdênio e Cromo-Molibdênio ................................................... 45 Tabela 6 - Consumíveis para Soldagem Heterogênea dos Aços Molibdênio e Cromo-Molibdênio ..... 46 Tabela 7 - Preaquecimento e Temperatura de Interpasse para Aços Cromo-Molibdênio e Aços Molibdênio ......................................................................................................................... 47 Tabela 8 - Pós-Aquecimento para Aços Cromo-Molibdênio e Aços Molibdênio .................................. 48 Tabela 9 - Dureza na Zona Fundida e Termicamente Afetada após TTAT .......................................... 49 Tabela 10 - Eletrodos e Varetas para Aço Níquel ................................................................................. 53 Tabela 11 - Temperatura Mínima de Preaquecimento e Temperatura Interpasse para Soldagem de Aços ao Níquel - Soldagem Homogênea .......................................................................... 54 Tabela 12 - Temperatura Mínima de Preaquecimento e Temperatura Interpasse para Soldagem de Aços ao Níquel - Soldagem Heterogênea ........................................................................ 54 Tabela 13 - Consumíveis de Aços Inoxidáveis Austeníticos ................................................................. 61 Tabela 14 - Eletrodo Revestido, Vareta e Arame Sólido para Soldagem de Aços Inoxidáveis Superausteníticos ............................................................................................................. 67 Tabela 15 - Composição Química (% em Peso) dos Principais Aços Inoxidáveis Duplex ................... 69 Tabela 16 - Faixa de Aporte Térmico para a Soldagem de Aços-Duplex Superduplex e Hiperduplex 71 Tabela 17 - Ensaios Adicionais ao ASME BPVC Section IX ................................................................ 72 Tabela 18 - Consumíveis de Aços Inoxidáveis Duplex, Superduplex e Hiperduplex ........................... 74 Tabela 19 - Eletrodos e Varetas para Aços Inoxidáveis Martensíticos ................................................. 78 Tabela 20 - Eletrodos e Varetas para Aços Inoxidáveis Ferríticos ....................................................... 82 -PÚBLICO- N-133 REV. N 03 / 2017 11 Tabela 21 - Eletrodos, Varetas e Arames Sólidos para Níquel e Ligas de Níquel ............................... 88 Tabela 22 - Varetas para Cobre e Ligas de Cobre ............................................................................... 92 Tabela 23 - Metais de Adição para Revestimento Depositado por Soldagem - “Weld Overlay” - em Chapa Base de Aços-Carbono ou Aço Baixa Liga em Equipamentos que não Requerem TTAT .................................................................................................................................. 96 Tabela 24 - Metais de Adição para Revestimento Depositado por Soldagem - “Weld Overlay” - em Chapa Base de Aços-Carbono ou Aço Baixa Liga em Equipamentos que Requerem TTAT.................................................................................................................................. 97 Tabela 25 - Consumíveis, Temperaturas de Preaquecimento e de Pós-Aquecimento para Soldagem e Juntas Dissimilares .......................................................................................................... 100 Tabela A.1 - Plano de Amostragem Simples - Inspeção Normal Riscos do Consumidor de 5 % e 10 %.............................................................................................................................. 103 -PÚBLICO- N-133 REV. N 03 / 2017 12 1 Escopo 1.1 Esta Norma fixa as exigências e as práticas recomendadas para a execução da soldagem por fusão de aços e ligas não ferrosas, com as exceções dos itens 1.1.1 e 1.1.2. 1.1.1 Em caso de soldagem ou trepanação em equipamentos,tubulações industriais e dutos em operação com fluido interno, deve ser utilizada a PETROBRAS N-2163. 1.1.2 Em caso de soldagem submarina, deve ser utilizada a PETROBRAS N-2036. 1.2 Esta Norma se aplica aos seguintes materiais e condições: a) aço-carbono, carbono-manganês e micro ligados; b) aço de baixa liga tratados termicamente; c) aços cromo-molibdênio e aços molibdênio; d) aços níquel; e) aços inoxidáveis austeníticos; f) aços inoxidáveis superausteníticos; g) aços inoxidáveis duplex, superduplex e hiperduplex; h) aços inoxidáveis martensíticos; i) aços inoxidáveis ferríticos; j) níquel e ligas de níquel; k) cobre e ligas de cobre; l) chapa com revestimento; m) soldagem dissimilar. 1.3 Esta Norma se aplica a procedimentos iniciados a partir da data de sua edição. 1.4 Esta Norma contém Requisitos Técnicos e Práticas Recomendadas. 2 Referências Normativas Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para referências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes dos referidos documentos. PETROBRAS N-115 - Fabricação e Montagem de Tubulações Metálicas; PETROBRAS N-1438 - Terminologia Soldagem; PETROBRAS N-1738 - Descontinuidades em Juntas Soldadas, Fundidos, Forjados e Laminados; PETROBRAS N-1859 - Qualificação de Consumíveis de Soldagem; PETROBRAS N-2036 - Soldagem Subaquática; PETROBRAS N-2163 - Soldagem e Trepanação em Equipamentos, Tubulações Industriais e Dutos em Operação; PETROBRAS N-2301 - Elaboração da Documentação Técnica de Soldagem; PETROBRAS N-2349 - Segurança nos Trabalhos de Soldagem e Corte; -PÚBLICO- N-133 REV. N 03 / 2017 13 ABNT NBR 5425 - Guia para Inspeção por Amostragem no Controle e Certificação de Qualidade; ABNT NBR 5426 - Planos de Amostragem e Procedimentos na Inspeção por Atributos; ABNT NBR 5427 - Guia para Utilização da Norma ABNT NBR 5426 - Planos de Amostragem e Procedimentos na Inspeção por Atributos; ABNT NBR 14842 - Soldagem - Critérios para a Qualificação e Certificação de Inspetores para o Setor de Petróleo e Gás, Petroquímico, Fertilizantes, Naval e Termogeração (Exceto Nuclear); ABNT NBR ISO IEC 17025 - Requisitos Gerais para Competência de Laboratórios de Ensaios e Calibração; ABNT NBR NM ISO 9712 - Ensaios Não Destrutivos - Qualificação e Certificação de Pessoal em END (ISO 9712:2012, IDT); ISO 15156-1 - Petroleum and Natural Gas Industries - Materials for Use in H2S Containing Environments in Oil and Gas Production - Part 1: General Principles for Selection of Cracking-Resistant Materials; ISO IEC 17024 - Conformity Assessment - General Requirements for Bodies Operating Certification of Persons; ISO/IEC 17065 - Conformity Assessment - Requirements for Bodies Certifying Products, Processes and Services; API 510 - Pressure Vessel Inspection Code: In-Service Inspection, Rating, Repair, and Alteration; API RP 582 - Welding Guidelines for the Chemical, Oil, and Gas Industries; API RP 934-A - Materials and Fabrication of 2 1/4Cr-1Mo, 2 1/4Cr-1Mo-1/4V, 3Cr-1Mo, and 3Cr-1Mo-1/4V Steel Heavy Wall Pressure Vessels for High-temperature, High-pressure Hydrogen Service; API RP 934-C - Materials and Fabrication of 1 1/4Cr-1/2Mo Steel Heavy Wall Pressure Vessels for High-pressure Hydrogen Service Operating at or Below 825 °F (441 °C); API RP 934-E - Recommended Practice for Materials and Fabrication of 11/4CR-1/2Mo Steel Pressure Vessels for Service above 825 °F (440 °C); API TR 934-B - Fabrication Considerations for Vanadium-Modified Cr-Mo Steel Heavy Wall Pressure Vessels; API TR 934-D - Technical Report on the Materials and Fabrication Issues of 11/4Cr-1/2Mo and 1Cr-1/2Mo Steel Pressure Vessels; API TR 938-B - Use of 9Cr-1Mo-V (Grade 91) Steel in the Oil Refining Industry; ASME BPVC - Section II - Part C - Specifications for Welding Rods, Electrodes, and Filler Metals - Materials; ASME BPVC - Section V - Nondestructive Examination; ASME BPVC - Section VIII - Division 1 - Rules For Construction of Pressure Vessels; ASME BPVC - Section IX - Qualification Standard for Welding and Brazing Procedures, Welders, Brazers, and Welding and Brazing Operators Welding and Brazing Qualifications; -PÚBLICO- N-133 REV. N 03 / 2017 14 ASTM A262 - Standard Practices for Detecting Susceptibility to Intergranular Attack in Austenitic Stainless Steels; ASTM A370 - Standard Test Methods and Definitions for Mechanical Testing of Steel Products; ASTM A380/380M - Standard Practice for Cleaning, Descaling, and Passivation of Stainless Steel Parts, Equipment, and Systems; ASTM A1038 - Standard Test Method for Portable Hardness Testing by the Ultrasonic Contact Impedance Method; ASTM E140 REV B - Standard Hardness Conversion Tables for Metals Relationship among Brinell Hardness, Vickers Hardness, Rockwell Hardness, Superficial Hardness, Knoop Hardness, Scleroscope Hardness and Leeb Hardness; ASTM E340 - Standard Practice for Macroetching Metals and Alloys; ASTM E384 - Standard Test Method for Microindentation Hardness of Materials; ASTM E562 - Standard Test Method for Determining Volume Fraction by Systematic Manual Point Count; ASTM G48 - Standard Test Methods for Pitting and Crevice Corrosion Resistance of Stainless Steels and Related Alloys by Use of Ferric Chloride Solution; AWS A3.0M/A3.0 - Standard Welding Terms and Definitions Including Terms for Adhesive Bonding, Brazing, Soldering, Thermal Cutting, and Thermal Spraying; AWS A4.2M - Standard Procedures for Calibrating Magnetic Instruments to Measure the Delta Ferrite Content of Austenitic and Duplex Ferritic-Austenitic Stainless Steel Weld Metal; AWS A.4.3 - Standard Methods for Determination of the Diffusible Hydrogen Content of Martensitic, Bainitic, and Ferritic Steel Weld Metal Produced by Arc Welding; AWS A5.01M/A5.0.1 - Welding Consumables - Procurement of Filler Metals and Fluxes; AWS A5.1/A5.1M - Specification for Carbon Steel Electrodes for Shielded Metal ArcWelding; AWS A5.4/A5.4M - Specification for Stainless Steel Electrodes for Shielded Metal Arc Welding; AWS A5.5/A5.5M - Specification for Low-Alloy Steel Electrodes for Shielded Metal Arc Welding; AWS A5.6/A5.6M - Specification for Copper and Copper-Alloy Electrodes for Shielded Metal ArcWelding; AWS A5.7/A5.7M - Specification for Copper and Copper-Alloy Bare Welding Rods and Electrodes; AWS A5.9/A5.9M - Specification for Bare Stainless Steel Welding Electrodes and Rods; AWS A5.11/A5.11M - Specification for Nickel and Nickel-Alloy Welding Electrodes for Shielded Metal Arc Welding; AWS A5.12M/A5.12 - Specification for Tungsten and Oxide Dispersed Tungsten Electrodes for Arc Welding and Cutting; AWS A5.14/A5.14M - Specification for Nickel and Nickel-Alloy Bare Welding Electrodes and Rods; ei0p Realce -PÚBLICO- N-133 REV. N 03 / 2017 15 AWS A5.17/A5.17M - Specification for Carbon Steel Electrodes and Fluxes for Submerged Arc Welding; AWS A5.18/A5.18M - Specification for Carbon Steel Electrodes and Rods for Gas Shielded Arc Welding; AWS A5.22/A5.22M - Specification for Stainless Steel Flux Cored and Metal Cored Welding Electrodes and Rods; AWS A5.23/A5.23M - Specification for Low-Alloy Steel Electrodes and Fluxes for Submerged Arc Welding; AWS A5.28/A5.28M - Specification for Low-Alloy Steel Electrodes and Rods for Gas Shielded Arc Welding; AWS A5.29/A5.29M - Specification for Low-Alloy Steel Electrodes for Flux Cored Arc Welding; AWS A5.32M/A5.32 - Welding Consumables - Gases and Gas Mixtures for Fusion Welding and AlliedProcesses; AWS A5.34/A5.34M - Specification for Nickel-Alloy Electrodes for Flux Cored ArcWelding; AWS A5.36/A5.36M - Specification for Carbon and Low-Alloy Steel Flux Cored Electrodes for Flux Cored Arc Welding and Metal Cored Electrodes for Gas Metal Arc Welding; AWS C5.5/C5.5M - Recommended Practices for Gas Tungsten Arc Welding; AWS D1.1/D1.1M - Structural Welding Code-Steel; AWS D10.8 - Recommended Practices for Welding of Chromium-Molybdenum Steel Piping and Tubing; FBTS N-007 - Critérios para a Qualificação e Certificação de Engenheiro e Tecnólogo Especialista em Soldagem; FBTS N-008 - Critérios para a Qualificação e a Certificação de Supervisores e Encarregados de Soldagem; NORSOK M-601 - Welding and Inspection of Piping; WRC 452 - Recommended Practices for Local Heating of Welds in Pressure Vessels. 3 Termos e Definições Para os efeitos deste documento aplicam-se os termos e definições PETROBRAS N-1438, N-1738, API RP 582, AWS A3.0M/A3.0.e os seguintes. 3.1 consulta técnica documento emitido pela contratada, fabricante ou prestador de serviço com o objetivo de esclarecer dúvidas técnicas relacionados a soldagem em determinada fase da obra ou serviço -PÚBLICO- N-133 REV. N 03 / 2017 16 3.2 deposição controlada técnica de deposição com controle do aporte térmico em cada passe com uma razão entre aportes segundo uma sequência preestabelecida de soldagem 3.3 eletrodos não ressecáveis eletrodos revestidos básicos que não necessitam e não devem sofrer tratamento de secagem ou ressecagem e que comprovadamente apresentem nível extra baixo de hidrogênio difusível no Metal de Solda (MS) depositado (H4R) 3.4 ESW (“Electroslag Welding”) processo de soldagem por eletro-escória 3.5 FCAW-G (“Gas-Shielded Flux Cored Arc Welding”) processo de soldagem por arame tubular com proteção gasosa 3.6 FCAW-S (“Self-Shielded Flux Cored Arc Welding”) processo de soldagem por arame tubular auto protegido 3.7 GMAW (“Gas Metal Arc Welding”) processo de soldagem ao arco com gás de proteção, com alimentação automática do arame. Também conhecido como “MIG/MAG”. O “Metal Cored” pode ser classificado como GMAW. 3.8 GMAW-P (“Pulsed Gas Metal Arc Welding”) processo de soldagem GMAW em que a transferência metálica se faz com arco pulsado 3.9 GMAW-S (“Short Circuit Gas Metal Arc Welding”) processo de soldagem GMAW em que a transferência metálica se faz por curto-circuito 3.10 GTAW (“Gas Tungsten Arc Welding”) processo de soldagem ao arco com gás de proteção com eletrodo de tungstênio não consumível. Também conhecido como “TIG” 3.11 inspetor de soldagem nível 2 profissional certificado pelo Sistema Nacional de Qualificação e Certificação - Pessoal (SNQC-PS), como inspetor de soldagem nível 2, na norma de projeto aplicável ao serviço 3.12 metal brilhante aspecto da superfície após a remoção de carepa de laminação e oxidação por meio de esmerilhamento -PÚBLICO- N-133 REV. N 03 / 2017 17 3.13 nível alto de hidrogênio difusível no MS hidrogênio maior que 16 mL de hidrogênio por 100 g de MS depositado 3.14 nível baixo de hidrogênio difusível no MS hidrogênio maior que 4 mL e menor ou igual a 8 mL de hidrogênio por 100 g de MS depositado (H8) 3.15 nível extra baixo de hidrogênio difusível no MS hidrogênio menor ou igual a 4 mL de hidrogênio por 100 g de MS depositado (H4) 3.16 nível médio de hidrogênio difusível no MS hidrogênio maior que 8 mL e menor ou igual a 16 mL de hidrogênio por 100 g de MS depositado (H16) 3.17 passe oscilante a oscilação do eletrodo supera o diâmetro da alma do eletrodo revestido em mais de três vezes 3.18 passe retilíneo passe reto e sem oscilação significativa, com o objetivo de assegurar determinados requisitos de resistência à corrosão e tenacidade. Em alguns casos, em função do material de base, pode ser admitido que o cordão atinja largura até três vezes o diâmetro da alma do eletrodo revestido 3.19 PAW -(“Plasma Arc Welding”) processo de soldagem por plasma 3.20 responsável técnico pela soldagem da PETROBRAS profissional das Unidades Operacionais da PETROBRAS e responsável técnico pela soldagem designado pela Unidade Operacional capacitado a avaliar o comportamento da junta soldada em relação à aplicação e exposição ao meio. A seleção da Especificação do Procedimento de Soldagem / Registro de Qualificação do Procedimento de Soldagem (EPS / RQPS) que melhor atenda às condições de serviço deve ser atribuição deste profissional, que deve possuir registro no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA), experiência e sólido embasamento na área de soldagem 3.21 SAW (“Submerged Arc Welding”) processo de soldagem por arco submerso 3.22 SMAW (“Shielded Metal Arc Welding”) processo de soldagem por eletrodo revestido -PÚBLICO- N-133 REV. N 03 / 2017 18 3.23 soldagem multipasse solda por fusão produzida por mais de uma progressão de arco, chama ou fonte de energia (passe) ao longo da junta 3.24 supervisor ou encarregado de soldagem profissional líder da equipe de soldadores, responsável pelo desempenho da equipe de soldadores baseado nos seus conhecimentos sobre critérios de qualificação de soldador e operador de soldagem, EPS, Instrução para Execução e Inspeção de Soldagem (IEIS), posição de soldagem, faixa de espessuras, simbologia e terminologia de soldagem e desenho técnico 3.25 SW (“Stud Welding”) processo de soldagem de pinos 4 Condições Gerais 4.1 Condições Gerais de Soldagem 4.1.1 Esta Norma deve ser empregada em conjunto com as normas de projeto, normas de fabricação e montagem, normas pós-fabricação e normas de requisitos adicionais relativos às condições de serviço do equipamento ou da estrutura. Os requisitos conflitantes devem ser discutidos durante a fase de esclarecimento no período de licitação, prevalecendo à decisão da PETROBRAS. 4.1.2 Não é permitida a soldagem sem a qualificação dos soldadores e dos procedimentos de soldagem requeridos conforme código de projeto. 4.1.3 Os requisitos relativos à operação de soldagem encontram-se nesta Seção, sendo válidos para quaisquer dos materiais citados e para todos os equipamentos ou estruturas fabricados com esses materiais. 4.1.4 Na Seção 5 são apresentados os requisitos pertinentes aos vários materiais citados como, por exemplo, indicação de consumíveis, processos de soldagem, temperaturas de preaquecimento, pós-aquecimento, tratamento térmico, e condições particulares da técnica de soldagem dos materiais. 4.1.5 Todos os requisitos de soldagem que dependem das características dos equipamentos ou da estrutura como, por exemplo, o detalhamento de chanfros, a ajustagem de peças, as tolerâncias dimensionais, a necessidade de tratamentos térmicos e o modo de sua aplicação, as exigências de inspeção e os critérios de avaliação de defeitos, não constam nesta Norma. Todas estas informações são definidas pelas normas de projeto, normas de fabricação e montagem, normas pós-fabricação e requisitos adicionais relativos às condições de serviço do equipamento ou da estrutura. 4.2 Documentos de Soldagem 4.2.1 Todos os documentos de soldagem devem ser elaborados de acordo com a PETROBRAS N-2301. Todos os documentos indicados na PETROBRAS N-2301 devem ser emitidos. -PÚBLICO- N-133 REV. N 03 / 2017 19 4.2.2 Os documentos de soldagem devem ser elaborados e qualificados de acordo as normas de projeto, fabricação, montagem e manutenção, bem como especificações técnicas e requisitos contratuais os quais podem indicar ensaios adicionais em função das condições deserviço ou material. 4.2.3 Os documentos de soldagem devem ser aprovados por profissionais de soldagem certificados conforme 4.4.2.1 ou 4.4.4, respeitadas as atribuições de cada nível de certificação, com exceção do descrito no 4.2.4. 4.2.4 Em soldagem em operação, manutenção ou obras sob gerenciamento de Unidades Operacionais da PETROBRAS a IEIS pode ser aprovada pelo responsável técnico pela soldagem da PETROBRAS. [Prática Recomendada] 4.2.5 A seleção da EPS/RQPS para soldagem em operação e manutenção, quando feita pelo profissional em soldagem da empresa contratada, deve ser endossada pelo responsável técnico pela soldagem da PETROBRAS. 4.2.6 Os procedimentos pré-qualificados de soldagem previstos na AWS D1.1/D1.1M e os procedimentos padrão previstos no ASME BPVC - Section IX não são aceitos pela PETROBRAS. 4.3 Qualificação do Procedimento de Soldagem 4.3.1 Os corpos-de-prova devem ser identificados na peça de teste, antes de sua retirada, e a sua identificação deve ser mantida até a realização dos ensaios. 4.3.2 O limite de resistência à tração do metal depositado deve ser igual ou superior ao limite de resistência à tração mínima especificada para o Metal de Base (MB) na soldagem homogênea. No caso de soldagem dissimilar, o limite de resistência à tração do metal depositado deve ser igual ou superior ao limite de resistência à tração mínima especificada para o MB de menor resistência. Caso a norma de projeto tenha requisitos mais restritivos que os apresentados, os requisitos da norma de projeto devem prevalecer. 4.3.3 No ensaio de dobramento, as zonas fundidas e afetadas termicamente das juntas soldadas devem estar contidas na porção dobrada do corpo-de-prova e apresentar deformação plástica. 4.3.4 Os corpos-de-prova de ensaios mecânicos devem ser submetidos à inspeção visual dimensional antes da realização dos ensaios. NOTA As tolerâncias dimensionais e o grau de acabamento dos corpos-de-prova do ensaio de impacto devem estar de acordo com a ASTM A370. A inspeção do entalhe do corpo-de-prova de impacto deve ser feita em projetor de perfis. 4.3.5 Quando requerido ensaios de impacto em soldas heterogêneas e juntas dissimilares estes ensaios devem ser realizados nas zonas de composição química diferentes, como Zona Termicamente Afetada (ZTA) e zona fundida exceto na ZTA não exigida pelo código. 4.3.6 Quando a norma de projeto, fabricação ou montagem requerer o ensaio de dureza, na qualificação do procedimento de soldagem deve ser adotado o Anexo B desta Norma na zona fundida, zona termicamente afetada e no MB, devendo seus resultados ser compatíveis com a norma de referência. -PÚBLICO- N-133 REV. N 03 / 2017 20 4.3.7 O método de aplicação e a marca comercial do verniz protetor do chanfro devem ser avaliados na qualificação do procedimento de soldagem quando não prevista a sua remoção antes da soldagem. 4.3.8 Na soldagem de chapa cladeada e quando o procedimento de soldagem previr a remoção do material do “clad”, o método utilizado não deve deixar resíduos do “clad” que contaminem o MS. 4.3.9 Para vaso de pressão e outros equipamentos com requisitos de tenacidade, na fase de qualificação do procedimento de soldagem, os corpos-de-prova a serem submetidos aos ensaios mecânicos, devem ser submetidos a TTAT que simulem todos os TTAT efetuados nas fases de fabricação e montagem e mais um extra prevendo um futuro reparo do equipamento. 4.3.10 No TTAT da peça de teste de qualificação de procedimento deve ser observado o disposto no 4.13. 4.3.11 Os consumíveis de soldagem devem ser certificados conforme o 4.7.1. No caso da exigência de consumíveis de soldagem qualificados pela PETROBRAS N-1859 a marca comercial do consumível não constitui variável essencial nos procedimentos qualificados, a não ser que a marca comercial seja uma variável essencial requerida pelo código de projeto. 4.3.12 Com relação à condição de fornecimento (rota de fabricação): a) em fabricação ou montagem empregando materiais fornecidos na condição de temperado e revenido, que tenham limite de escoamento mínimo especificado igual ou superior a 390 MPa e requisito de tenacidade, a qualificação do procedimento de soldagem deve ser realizada com material da mesma condição de fornecimento; NOTA Para aços Cromo-Molibdênio, a qualificação do procedimento de soldagem com material da mesma condição de fornecimento se aplica independentemente do limite de escoamento. b) materiais fornecidos na condição de tratamento termo mecânico não qualificam materiais fornecidos em outra condição de fornecimento, exceto se o carbono equivalente do material fornecido na condição de tratamento termo mecânico for igual ou superior ao carbono equivalente do material a ser coberto pela qualificação; c) quando os materiais a serem empregados forem fornecidos na condição de tratamento termo mecânico e o procedimento de soldagem exigir o tratamento térmico de alivio de tensões, a qualificação do procedimento de soldagem deve ser realizada com material da mesma condição de fornecimento; d) para ampliação de instalações já existentes, manutenção, ou reabilitação de dutos, os materiais empregados devem ter seu certificado de qualidade emitido pelo fabricante contendo propriedades mecânicas e composição química. Em serviços de manutenção, na eventual ausência do certificado de qualidade do fabricante, devem ser realizados, com acompanhamento da PETROBRAS, ensaios mecânicos e análise química para enquadramento na norma de projeto Nesses casos, também a dureza deve ser medida. 4.3.13 A qualificação de procedimento de soldagem e respectivos testes para juntas soldadas tubo e espelho devem estar em conformidade com a norma de projeto e ao API RP 582. -PÚBLICO- N-133 REV. N 03 / 2017 21 4.4 Qualificação de Pessoal 4.4.1 Soldador e Operador de Soldagem 4.4.1.1 Os soldadores e os operadores de soldagem devem ser qualificados de acordo com as normas de projeto aplicáveis. 4.4.1.2 A qualificação de soldadores e de operadores de soldagem deve ser documentada através do Relatório de Registro de Soldagem (RRS) e do Registro de Qualificação de Soldadores e Operadores de Soldagem (RQS). 4.4.1.3 Os soldadores e os operadores de soldagem qualificados devem portar identificação contendo o nome, o Cadastro de Pessoa Física (CPF), o sinete e a qualificação, sendo que o número do sinete deve estar visível na máscara. Para serviços feitos no exterior, o CPF deve ser substituído por código ou numeração do documento que identifique inequivocamente os soldadores e operadores. 4.4.1.4 Deve ser emitida uma Relação de Soldadores e de Operadores de Soldagem Qualificados (RSQ) conforme PETROBRAS N-2301. 4.4.1.5 Os corpos-de-prova devem ser identificados na peça de teste de modo a se manterem rastreáveis. A identificação deve ser mantida até a realização dos ensaios. 4.4.1.6 Na qualificação de soldador ou de operador de soldagem, os métodos de limpeza entre passes de solda, de remoção de crateras e de abertura de arco, no chanfro ou em chapa apêndice, devem ser os mesmos especificados para as soldas de produção. 4.4.1.7 A qualificação de soldador ou de operador de soldagem deve incluir a inspeção visual das soldas das peças de teste, sendo o critério de aceitação o mesmo da norma de projeto, fabricação e montagem do equipamento ou estrutura. 4.4.1.8 O controle de desempenho de soldadores deve ser executado utilizando-se o formulário Controle do Desempenho dos Soldadores e Operadores de Soldagem (CDS) conforme metodologia de cálculo definida na PETROBRAS N-2301. Os critérios de aceitação indicados abaixo devem constar em procedimento específicoda contratada, o qual deve ser avaliado e aprovado pela PETROBRAS antes do início dos serviços: a) manutenção de oficina: em radiografia um total não superior a 5 % de filmes reprovados (um filme), em um mínimo de vinte filmes radiografados ou, em ultrassom o somatório dos comprimentos defeituosos não superiores a 2,0 % (60 mm) em no mínimo 3,0 m de solda inspecionada no desenvolvimento do perímetro soldado; b) manutenção de campo: em radiografia um total não superior a 15 % de filmes reprovados (três filmes), em um mínimo de vinte filmes radiografados ou, em ultrassom o somatório dos comprimentos defeituosos não superiores a 5,0 % (150 mm) em no mínimo 3,0 m de solda inspecionada no desenvolvimento do perímetro soldado; NOTA 1 Para radiografia fica entendido que o soldador deve ser desqualificado quando obtiver a reprovação de quatro filmes para soldas de campo ou dois filmes para soldagem de oficina, independente de ter atingido a quantidade de vinte filmes no período. NOTA 2 Para ultrassom, fica entendido que o soldador deve ser desqualificado quando obtiver o comprimento mínimo de reparo de 60 mm para soldas de oficina ou 150 mm para soldas de campo independente de ter atingido o comprimento mínimo à ser inspecionado de 3,0 m. -PÚBLICO- N-133 REV. N 03 / 2017 22 c) construção e montagem: em radiografia um total não superior a 10 % de filmes reprovados (dois filmes), em um mínimo de vinte filmes radiografados ou, em ultrassom o somatório dos comprimentos defeituosos não superiores a 2,5 % (75 mm) em no mínimo 3 m de solda inspecionada no desenvolvimento do perímetro soldado; d) fabricação: em radiografia um total não superior a 10 % de filmes reprovados (quatro filmes), em um mínimo de quarenta filmes radiografados ou, em ultrassom o somatório dos comprimentos defeituosos não superiores a 2,5 % (150 mm) em no mínimo 6 m de solda inspecionada no desenvolvimento do perímetro soldado. 4.4.1.9 A periodicidade para apresentação do CDS deve ser suficiente para assegurar que as correções necessárias sejam feitas sem dificuldade e sem comprometer o prazo de execução e a qualidade da obra ou serviço em andamento. Em todos os casos a periodicidade para apresentação do CDS deve ser aprovada previamente pela PETROBRAS. 4.4.2 Inspetores 4.4.2.1 Os inspetores de soldagem devem ser qualificados e certificados de acordo com o Sistema Nacional de Qualificação e Certificação de Inspetores de Soldagem (SNQC - IS), conforme ABNT NBR 14842. O inspetor de soldagem nível 2 deve ser qualificado e certificado na norma principal aplicável para exercer as atribuições previstas na ABNT NBR 14842 relativas à documentação de soldagem, acompanhamento e aprovação de ensaios de qualificação, supervisão de inspetores nível 1 etc. Para os serviços de soldagem executados no exterior, os inspetores de soldagem devem ser qualificados e certificados por entidades internacionais que atendam aos requisitos da ISO IEC 17024, sendo neste caso necessária a aprovação prévia pela PETROBRAS. Também, o inspetor de soldagem nível 2 utilizado no exterior deve ser qualificado e certificado na norma principal aplicável ou comprovar no mínimo um ano de experiência trabalhando com a referida norma. 4.4.2.2 Para serviços executados no Brasil, a qualificação e certificação de pessoal para ensaios não destrutivos devem ser pelo Sistema Nacional de Qualificação e Certificação em Ensaios Não Destrutivos (SNQC - END), conforme ABNT NBR NM ISO 9712, sendo que o ensaio visual também pode ser executado pelo inspetor de soldagem qualificado e certificado pelo SNQC - IS. Para os serviços de inspeção executados no exterior, os inspetores de ensaios não destrutivos devem ser qualificados e certificados por entidades internacionais independentes, acreditadas pelos organismos nacionais de seus respectivos países, que atendam integralmente aos requisitos da ISO IEC 17024 e que operem em absoluta conformidade com a ABNT NBR NM ISO 9712. 4.4.2.3 O acompanhamento das atividades de execução das soldagens por inspetores de soldagem certificados nível 1 e nível 2 deve ser conforme ABNT NBR 14842. 4.4.3 Supervisores ou Encarregados de Soldagem 4.4.3.1 Os supervisores e encarregados de soldagem devem ter os seguintes conhecimentos mínimos: a) saber interpretar as informações e os parâmetros de soldagem da IEIS; b) conhecer a sistemática de controle de qualidade, armazenamento e secagem de consumíveis especificado no procedimento da empresa contratada; c) conhecer os limites de qualificação dos soldadores; d) conhecer e instruir aos soldadores os cuidados necessários para o preaquecimento (homogeinização e medição de temperatura), controle de temperatura interpasse e pós-aquecimento. -PÚBLICO- N-133 REV. N 03 / 2017 23 4.4.3.2 Entendem-se como atividades do supervisor ou encarregado de soldagem, por exemplo: a) analisar as ordens de serviço, as IEIS, desenhos dos chanfros das juntas a serem soldadas para: — determinar a quantidade e tipo de consumíveis a serem requisitados; — especificar quais máquinas de solda e processos devem ser usados em cada frente de trabalho; — designar os soldadores e/ou operadores de solda para as frentes adequadas; — especificar os soldadores e/ou operadores de solda sobre os requisitos de preparação de chanfro, pré/pós-aquecimento e temperaturas de interpasse para cada frente de trabalho; b) garantir que os consumíveis corretos sejam entregues para cada frente de trabalho; c) acompanhar as frentes de trabalho para certificar-se de que: — todo soldador ou operador de solda em serviço no campo/fábrica tenha sido designado para tarefa dentro do escopo de sua certificação; — que todo serviço de soldagem de campo/fábrica seja feito dentro dos requisitos da IEIS; — que os requisitos de armazenamento de consumíveis de soldagem nas frentes de trabalho estejam sendo seguidos; d) assegurar-se de que as juntas a serem soldadas no próximo turno estejam com a correta geometria de junta e retroalimentar a supervisão de caldeiraria em caso contrário; e) acompanhar a montagem e ajuste de campo das máquinas de solda, assegurando-se que estão funcionando corretamente; f) ao final de cada turno assegurar que os consumíveis que retornaram para o almoxarifado sejam adequadamente tratados e armazenados; g) gerenciar a mão de obra sob sua supervisão de forma a garantir a segurança e o bom andamento dos serviços de soldagem. 4.4.3.3 Recomenda-se que os supervisores e encarregados de soldagem que atuam em contratos celebrados pela PETROBRAS sejam qualificados e certificados conforme FBTS N-008. [Prática Recomendada] 4.4.4 Engenheiro Especialista em Soldagem Certificado e Tecnólogo em Soldagem Certificado Os engenheiros especialistas em soldagem e tecnólogos em soldagem devem ser certificados conforme definido pela Fundação Brasileira de Tecnologia da Soldagem (FBTS), tendo suas atribuições definidas conforme FBTS N-007. 4.5 Processos de Soldagem e Equipamentos 4.5.1 A soldagem deve ser executada empregando processos permitidos pela norma de projeto, fabricação e montagem do equipamento ou estrutura. 4.5.2 Porta-eletrodos e cabos devem estar com seu isolamento em boas condições, sem falhas e sem regiões desprotegidas, bem como dimensionados corretamente para as condições de trabalho e segurança pessoal. Toda a soldagem deve ser realizada conforme os requisitos previstos na PETROBRAS N-2349. 4.5.3 Os instrumentos de medição presentes nas fontes de soldagem devem estar calibrados e dentro do prazo de validade. -PÚBLICO- N-133 REV. N 03 / 2017 24 4.5.3.1 Fonte de soldagem, cabos, garras, porta eletrodo, tochas e pistolas para soldagem, alimentadoresdo arame, cabos de comando, cabos de extensão, unidade de refrigeração, unidades auxiliares de comando e controle acoplados ao equipamento, unidade de alta-frequência para processo GTAW, e outros que tenham interferência direta no processo, ou seja, interdependentes devem atender os requisitos das normas NEMA (“National Electrical Manufacturers Association”) ou IEC (“International Electrotechnical Commission”). 4.5.3.2 Para os processos SMAW, GTAW, GMAW, FCAW recomenda-se que sejam utilizadas fontes inversoras, principalmente para os materiais em 5.3 e 5.7. [Prática Recomendada] 4.5.4 O inspetor de soldagem deve evidenciar que a intensidade de corrente e a tensão prevista na EPS/IEIS permaneçam dentro dos limites qualificados durante toda a execução da soldagem. A tensão deve ser medida o mais próximo possível do porta-eletrodo sem influenciar na operacionalidade do serviço de soldagem em execução. 4.5.5 A estufa para armazenagem ou recebimento de eletrodos revestidos, eletrodos nus, eletrodos tubulares, varetas e fluxos deve dispor de meio de aquecimento, termômetro e higrômetro, de modo a atender ao 4.7.11. Estas estufas não devem ser ligadas diretamente na fonte de soldagem. 4.5.6 As estufas para secagem de eletrodos revestidos e fluxos devem dispor de resistências elétricas e termostato, para controlar e manter a temperatura de até 400 ºC, de termômetro,e respiro com diâmetro superior a 10 mm. 4.5.6.1 A estufa para secagem de eletrodos revestidos deve ter prateleiras perfuradas ou em forma de grade, afastadas das paredes verticais de, no mínimo, 25 mm. 4.5.6.2 A estufa para secagem de fluxo deve ter dispositivo agitador ou bandejas afastadas das paredes verticais de, no mínimo, 25 mm. 4.5.7 As estufas para manutenção da secagem de eletrodos revestidos e fluxos devem dispor de termômetro, termostato e de resistências elétricas, para controlar e manter a temperatura de até 200 °C. As estufas para manutenção da secagem de eletrodos revestidos devem ter prateleiras furadas ou em forma de grade. 4.5.8 Devem existir, no mínimo, uma estufa de armazenamento, uma estufa para secagem e uma estufa de manutenção da secagem, podendo esta ser fixa ou portátil. 4.5.9 A estufa portátil para manutenção da secagem (cochicho) de eletrodos de revestimento básico deve dispor de resistências elétricas, para garantir a temperatura entre 80 °C e 150 °C, e ser de uso individual de cada soldador. As estufas devem estar calibradas. 4.5.10 Os equipamentos para preaquecimento, pós-aquecimento e TTAT devem atender aos requisitos das normas de fabricação e montagem do equipamento ou da estrutura. 4.5.11 As medições das temperaturas de preaquecimento, interpasse e pós-aquecimento devem ser feitas com pirômetro de contato ou óptico, tomando o cuidado para que a regulagem do instrumento esteja correlacionada com a emissividade do material. O lápis de fusão também pode ser utilizado, desde que não contrarie a Seção 5. -PÚBLICO- N-133 REV. N 03 / 2017 25 4.5.12 Os instrumentos de medição e de ensaio devem ser calibrados em laboratórios Acreditados conforme a ABNT NBR ISO/IEC 17025. É aceitável a realização de calibrações empregando padrões rastreados à Rede Brasileira de Calibração (RBC) ou ao INMETRO. Para calibração realizada no exterior o laboratório deve ter seu sistema metrológico formalmente reconhecido como operando conforme a ABNT NBR ISO/IEC 17025. A calibração dos instrumentos de medição e de ensaio deve seguir um Plano de Calibração que esteja contido no Sistema de Qualidade da unidade ou da empresa contratada. 4.5.13 Deve-se utilizar eletrodos de tungstênio especificados pela AWS A5.12M/A5.12. O perfil da afiação do eletrodo deve ser executado conforme a AWS C5.5/C5.5M. A afiação deve ser realizada no sentido longitudinal do eletrodo. 4.5.14 Recomenda-se o uso de eletrodos de tungstênio ligados ao Cério (Ce), Lantânio (La) e Zircônio (Zr). [Prática Recomendada] 4.5.15 Para a preparação da ponta dos eletrodos toriados deve ser empregado afiador de tungstênio com reservatório que evite dispersão no meio ambiente. 4.6 Técnica de Soldagem 4.6.1 Não é permitido a utilização de garras de aterramento fabricadas de ligas de cobre. Também, não deve haver contato de qualquer tipo entre peças de cobre (ou suas ligas) e as áreas aquecidas ou fundidas pela soldagem e tratamento térmico, excetuando-se as barras de cobre para proteção lateral da soldagem eletrogás ou eletroescória e cobre-juntas de cobre não consumíveis em qualquer processo. 4.6.2 O arco elétrico de soldagem deve ser aberto no chanfro ou em uma chapa-apêndice utilizada para esse fim. 4.6.3 As juntas a serem soldadas devem estar isentas de óleo, graxa, óxido, carepas, tinta, resíduos do ensaio por líquido penetrante, areia e fuligem do preaquecimento a gás, numa faixa de no mínimo 25 mm de cada lado das bordas, interna e externamente. 4.6.4 Para soldagem nos processos GMAW, GTAW e PAW a limpeza do chanfro e das bordas deve ser ao metal brilhante, numa faixa mínima de 10 mm, nos lados interno e externo. 4.6.5 Na preparação do chanfro as irregularidades e a escória do corte, térmico ou mecânico, devem ser removidas. Entende-se como irregularidades sulcos, ranhuras e amassamentos. 4.6.6 Depósitos de carbono, escória e cobre resultantes do corte com eletrodos de grafite devem ser removidos mecanicamente para garantir a remoção total da ZTA e dos contaminantes. 4.6.7 Os materiais de aço inoxidável, níquel e suas ligas devem ser armazenados, manuseados e processados totalmente segregados dos demais materiais, de forma a evitar o risco de contaminação. 4.6.8 As ferramentas de remoção de escória e de limpeza devem ser de materiais adequados para cada MB. -PÚBLICO- N-133 REV. N 03 / 2017 26 4.6.9 O gás de proteção deve ser conforme requisitos da AWS A5.32M/A5.32. 4.6.10 Quando requerido na Seção 5, deve ser empregada à proteção por meio de gás inerte pelo lado interno da peça (purga), até atingir o menor valor entre: depósito (passe de raiz + enchimento) de 6,4 mm ou a espessura da junta soldada. 4.6.11 O martelamento controlado de soldas somente é permitido em soldagem de manutenção, desde que aprovado pela PETROBRAS conforme 4.17. Para a primeira e última camada de solda o martelamento é proibido. 4.6.12 Durante a execução da soldagem, poro, escória e descontinuidades identificados por ensaio visual devem ser removidos. 4.6.13 Quando requerido o ensaio com líquido penetrante ou partículas magnéticas, após a goivagem, a preparação da superfície para o ensaio deve ser por esmerilhamento ou outro processo de usinagem. 4.6.14 Em componentes sujeitos a fadiga na soldagem de juntas de ângulo o perfil do passe ou camada de acabamento deve ser levemente côncavo e no mínimo conforme requisito da norma de projeto com o objetivo de reduzir o efeito de concentradores de tensão. 4.6.15 A soldagem de juntas de encaixe deve ser realizada com o processo GTAW, com no mínimo duas camadas, e perfil de acabamento levemente côncavo. Especial atenção deve ser dada à proteção contra as correntes de ar, umidade, chuva e poeira em função da criticidade desta configuração de junta. É exigido ensaio de líquido penetrante em 100 % no passe de raiz e no acabamento das juntas não sendo admitida nenhuma indicação. NOTA 1 Na soldagem de materiais em que o processo de soldagem não pode ser interrompido o ensaio de líquido penetrante na raiz pode ser dispensado. NOTA 2 Dar especial atenção à existência da folga de 1,5 mm entre o tubo e as conexões para montagem da solda de encaixe, conforme PETROBRAS N-115, incluindo treinamento da equipe de soldagem.
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