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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO Universidade Aberta do Brasil Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará Diretoria de Educação a Distância Fortaleza, CE 2010 Educação a Distância Tecnologia em Hotelaria / Licenciatura em Matemática Cassandra Ribeiro Joye (Org.) EaD.indd 1 21/12/2011 09:57:18 Presidente Luiz Inácio Lula da Silva Ministro da Educação Fernando Haddad Secretário da SEED Carlos Eduardo Bielschowsky Diretor de Educação a Distância Celso Costa Reitor do IFCE Cláudio Ricardo Gomes de Lima Pró-Reitor de Ensino Gilmar Lopes Ribeiro Diretora de EAD/IFCE e Coordenadora UAB/IFCE Cassandra Ribeiro Joye Vice-Coordenadora UAB Régia Talina Silva Araújo Coordenador do Curso de Tecnologia em Hotelaria José Solon Sales e Silva Coordenador do Curso de Licenciatura em Matemática Zelalber Gondim Guimarães Elaboração do conteúdo Cassandra Ribeiro Joye Equipe Pedagógica e Design Instrucional Ana Claúdia Uchôa Araújo Andréa Maria Rocha Rodrigues Carla Anaíle Moreira de Oliveira Cristiane Borges Braga Eliana Moreira de Oliveira Gina Maria Porto de Aguiar Vieira Giselle Santiago Cabral Raulino Glória Monteiro Macedo Iraci Moraes Schmidlin Jane Fontes Guedes Karine Nascimento Portela Lívia Maria de Lima Santiago Lourdes Losane Rocha de Sousa Luciana Andrade Rodrigues Maria Irene Silva de Moura Maria Vanda Silvino da Silva Marília Maia Moreira Saskia Natália Brígido Bastista Equipe Arte, Criação e Produção Visual Ábner Di Cavalcanti Medeiros Benghson da Silveira Dantas Davi Jucimon Monteiro Diemano Bruno Lima Nóbrega Germano José Barros Pinheiro Gilvandenys Leite Sales Júnior José Albério Beserra José Stelio Sampaio Bastos Neto Larissa Miranda Cunha Marco Augusto M. Oliveira Júnior Navar de Medeiros Mendonça e Nascimento Roland Gabriel Nogueira Molina Samuel da Silva Bezerra Equipe Web Aline Mariana Bispo de Lima Benghson da Silveira Dantas Fabrice Marc Joye Igor Flávio Simões de Sousa Luiz Bezerra de Andrade FIlho Lucas do Amaral Saboya Ricardo Werlang Samantha Onofre Lóssio Tibério Bezerra Soares Thuan Saraiva Nabuco Samuel Lima de Mesquita Revisão Textual Aurea Suely Zavam Nukácia Meyre Araújo de Almeida Revisão Web Antônio Carlos Marques Júnior Débora Liberato Arruda Hissa Saulo Garcia Logística Francisco Roberto Dias de Aguiar Virgínia Ferreira Moreira Secretários Breno Giovanni Silva Araújo Francisca Venâncio da Silva Auxiliar Ana Paula Gomes Correia Bernardo Matias de Carvalho Charlene Oliveira da Silveira Isabella de Castro Britto Wagner Souto Fernandes Créditos ISBN 978-85-63953-04-9 EaD.indd 2 21/12/2011 09:57:18 IFCE / Diretoria de Educação a Distância/Universidade Federal do Ceará Educação a distância. 3ed. rev. /IFCE – Universidade Aberta do Brasil; Coordenação Cassandra Ribeiro Joye. - Fortaleza: UAB/ IFCE, 2010. 55p. : il. ; 27cm. 1. EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA 2.TECNOLOGIAS DIGITAIS 3.TECNOLOGIA EM HOSPEDAGEM – ENSINO A DISTÂNCIA 4.LICENCIATURA EM MATEMÁTICA – ENSINO A DISTÂNCIA . Joye, Cassandra Ribeiro. (Coord.) II. Instituto Federal de Educa- ção, Ciência e Tecnologia do Ceará - IFCE III. Universidade Aberta do Brasil IV. Título CDD – 158.26 C397e Catalogação na Fonte: Etelvina Marques (CRB 3 – Nº 615) EaD.indd 3 21/12/2011 09:57:18 SUMÁRIO AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 Tópico 1 Tópico 2 Tópico 3 Planejamento e Comprometimento na aprendizagem a distância 7 Aprender a distância, como? 12 Modelo de pedagogia a distância 22 Conceito e evolução em Educação a Distância 30 Principais recursos utilizados em EaD 39 Ferramentas de organização, gestão, informação e comunicação em EaD 44 Ferramentas Interativas do Moodle 47 Breve histórico da EaD no Brasil 35 Colaboração e autonomia na EaD 24 Autoria na Educação a Distância 27 Técnicas de estudo para aprendiza- gem a distância 18 Apresentação 5 Referências 53 Currículo 55 Tópico 1 Tópico 2 Tópico 3 Tópico 1 Tópico 2 Tópico 1 Tópico 2 Tópico 3 Aprendendo a distância 6 Educação a Distância 29 Os recursos utilizados em EaD 38 Modelo pedagógico, autonomia e autoria em EaD 21 EaD.indd 4 21/12/2011 09:57:18 5 APRESENTAÇÃO Agora que você é aluno do IFCE e fará seu curso superior na modalidade a distância. Seja bem-vindo! O sucesso do curso e de sua aprendizagem dependerá de você. Trabalhamos com prazer e competência, a fim de que você tenha os meios e conteúdos para aprender no seu ritmo, no seu tempo, cumprir a todas as exigências do curso e assim obter a sua diplomação. O trabalho de preparar e mediar o curso é nosso, mas o de aprender é seu, por isso terá de ficar craque na gestão do seu tempo e saber bem explorar os meios e materiais para sua aprendizagem. Sabemos que o estudo a distância é uma experiência nova, por isso preparamos a disciplina “Educação a Distância, Por Que e Como” para ajudá-lo no seu percurso acadêmico. Queremos que você vá até o fim e se forme, mas lembre-se de que isso só depende de você assumir a responsabilidade pela sua aprendizagem. Por isso você tem autonomia para organizar seu melhor horário, cumprir suas tarefas e aplicar o que aprendeu. Bom, então vamos começar o curso e a disciplina do nosso jeito, com os recursos que temos, à distância uns dos outros, mas inevitavelmente e inexoravelmente próximos: eu, professora; você, aluno; os tutores a distância e toda a equipe pedagógica e de produção. Esta disciplina foi preparada para ajudá-lo a adquirir as competências necessárias para desenvolver habilidades e atitudes necessárias à aprendizagem a distância utilizando o ambiente virtual (Internet e CD-ROM) e material impresso. Seja bem-vindo! Profa. Cassandra Ribeiro APRESENTAÇÃO EaD.indd 5 21/12/2011 09:57:18 Educação a D is tânc ia6 AULA 1 Aprendendo a distância Esta aula apresenta as orientações básicas e fundamentais para que você desenvolva as competências necessárias para aprender na modalidade a distância e obter os melhores resultados em sua aprendizagem. Ela é composta de três tópicos e todos trazem assuntos relevantes para seu estudo. Vejamos alguns deles: 1) modelo pedagógico, planejamento e comprometimento na aprendizagem a distância; 2) como aprender a distância; 3) como cumprir as atividades curriculares do curso; 4) como desenvolver técnicas de leitura e estudos. Ao final desta aula, você deverá elaborar seu cronograma de estudo e enviar ao tutor a distância que irá acompanhá-lo nos seus estudos. Vamos à aula, então? Objetivos • Compreender a importância do planejamento e comprometimento em cursos a distância. • Conhecer as ferramentas que auxiliam na aprendizagem. • Apresentar algumas técnicas de estudo para aplicar à aprendizagem a distância. EaD.indd 6 21/12/2011 09:57:18 7 Quando você participou do processo seletivo e obteve sua vaga, decidiu fazer seu curso e na modalidade a distância. Pois bem, agora é hora de se engajar a fundo em seus estudos, saber o que é esperado de você, o que você precisa fazer, e como fazer. Em resumo, é hora de desenvolver o hábito de planejar e de organizar sua aprendizagem e, com isso, criar melhores condições de aprender e de manter-se no controle de seus estudos. Veja no diagrama a seguir quais atitudes e tarefas são importantes para um aluno da modalidade de ensino a distância: TÓPICO 1 Planejamento e comprometimento na aprendizagem a distância Objetivo: • Compreender a importância do planejamento e comprometimento em cursos a distância AULA 1 TÓPICO 1 EaD.indd 7 21/12/2011 09:57:18 Educação a D is tânc ia8 atitudes e Tarefas de um aluno de EaD • Planejar a longo prazo; • Usar um calendário e uma agenda;• Construir um horário de trabalho cotidiano e semanal; • Elaborar uma lista de tarefas. • Rever regurlamente seu calendário e horário de estudo; • Verificar a progressão de sua aprendizagem; • Observar como você aprende melhor; • Melhorar seus mé- todos de trabalhos intelectuais, se necessário. • Preparar um ambiente de trabalho confortável; • Manter sua mesa de trabalho em ordem; • Ter tempo suficiente para trabalhar; • Fazer pausas curtas durante o estudo; • Encorajar-se mental- mente • Perseverar; • Ter confiança em si; • Ser ativo e atuante; • Ser seu próprio treinador. Comprometer-se Avaliar-se Gerenciar e Planificar Criar um ambiente propício à apren- dizagem Ser mestre de sua aprendizagem Diagrama 1 - Atitudes e tarefas de um aluno de EaD O aluno que estuda a distância necessita ter o controle sobre sua aprendizagem. Para isso, deve desenvolver-se uma série de aptidões, habilidades, hábitos, atitudes e competências que lhe ajudem a obter bons resultado em sua aprendizagem. A falta de planejamento é um fator que impede seu sucesso no curso a distância. Portanto é preciso densenvolvê-lo continuamente no decorrer do curso! Você deverá agir como seu próprio treinador agora. Seus esforços devem ser voltados para sua aprendizagem. Comprometimento e planejamento do tempo para EaD.indd 8 21/12/2011 09:57:18 9 estudar a distância serão as duas coisas mais exigidas de você. Comprometimento Para avaliar e melhorar seu grau de comprometimento, pense em seu objetivo de concluir seu curso. Para isso, será necessário: • Ter disciplina e realizar as atividade do curso. • Valorizar o curso que escolheu se dedicando para que ele se mantenha em um ótimo padrão de qualidade. • Confiar em si mesmo para superar seus limites e buscar soluções para as dificuldades encontradas ao longo de sua aprendizagem. • Ser sujeito e participante ativo do curso, não se limitar a receber passivamente a informação e exercer continuamente seu espírito crítico, valorizando suas opiniões e as dos colegas. Planejamento Em Educação a Distância (EaD), o estudante deve aprender a autodisciplina e a gestão do seu tempo. O sistema tradicional de ensino o habituou a lhe dizer o que fazer, quando fazer, como fazer e com que fazer, dificultando assim o desenvolvimento dessas habilidades tão necessárias agora. Sem disciplina, é quase improvável que o estudante conclua seu curso. Na verdade, o bom aluno de EaD precisa de duas características principais: autonomia e disciplina. Esse aluno compõe o universo de pessoas que “sabem dosar suas horas de estudo”, no dizer de Litto, Presidente da Associação Brasileira de Educação a Distância-ABED . E agora? Como fazer? A resposta é planejar! O planejamento é a chave para seu sucesso no curso, nas disciplinas e também na vida! Para isso, comece por aprender a planejar seu tempo. O planejamento é uma ferramenta poderosa para: • Estabelecer objetivos e prioridades claros realizáveis dentro do cronograma do curso e do tempo de que você dispõe para estudar. • Gerenciar seus estudos, seu tempo e seu ritmo bem como para o cumprimento das atividades curriculares do curso. • Calcular/ organizar o tempo para os estudos. • Avaliar as condições que você tem disponíveis e aquilo de que precisa para melhor se aplicar nos estudos. • Criar as condições (físicas, psicológicas e emocionais) favoráveis a seus estudos • Controlar e avaliar constantemente sua maneira de aprender, melhorando-a no que for necessário. AULA 1 TÓPICO 1 EaD.indd 9 21/12/2011 09:57:19 Educação a D is tânc ia10 Estabelecendo objetivos e prioridades claros e realizáveis Pallof e Pratt (2004), em “O aluno virtual”, destacam os princípios básicos para o gerenciamento do tempo: o estabelecimento claro dos objetivos e o estabelecimento de prioridades. As prioridades, por sua vez, devem sempre estar ligadas aos objetivos. Os autores chamam atenção para como devem ser estabelecidos os objetivos, e dizem da relação entre objetivo e obtenção de nota; e objetivo e apreensão de conteúdo, como se vê a seguir: Os alunos virtuais devem ser incentivados a determinar seus objetivos não só pelo resultado do programa como um todo, mas pelos resultados obtidos em cada um dos cursos que farão. Mesmo que o curso seja um pré-requisito, uma obrigação para se obter o diploma, é importante estabelecer o tempo necessário para dar conta dos trabalhos. Se, por exemplo, a meta final for atingir a nota necessária para ser aprovado em um curso online da disciplina de estatística e se os objetivos de fato contiverem a necessidade de compreender melhor os vários pontos estudados em tal disciplina, o aluno poderá avaliar as exigências que lhe são impostas à luz de suas metas e objetivos, determinando as prioridades para estudo independe, tempo online, tempo para realização de trabalhos, etc. O tempo destinado para cada uma dessas atividades deve, então, ser planejado e marcado em um calendário. (PALLOF; PRATT, 2004, p. 100-1) Pallof e Prat sugerem uma figura em que apresentam a priorização de atividades pelo aluno: Importante, mas não urgente Importante e urgente Nem importante nem urgente Não importante, mas urgente IM P O R T N C IA URGÊNCIA (P A LL O FF ; P RA T T, 2 00 4) priorizando o comprometimento com o tempo Quadro 2 - Priorizando o comprometimento com o tempo EaD.indd 10 21/12/2011 09:57:19 11 Você deve aprender a estabelecer dentro dessa classificação quais são suas prioridades, de modo a poder cumprir todas suas tarefas e compromissos, priorizando, é claro, as mais importantes e urgentes sem se descuidar das demais. Os autores ainda discutem como as atividades podem ser encaixadas no quadro. Você também pode fazer isso. Dessa forma, procure construir o seu quadro. Para isso, use o cronograma, agenda, horários e lista de tarefas descritas mais adiante. AULA 1 TÓPICO 1 EaD.indd 11 21/12/2011 09:57:19 Educação a D is tânc ia12 TÓPICO 2 Aprender a distância, como? Objetivo: • Conhecer as ferramentas que auxiliam na aprendizagem. A resposta à pergunta feita no título deste tópico é... aprendendo a planejar, gerenciar e avaliar seus estudos, seu tempo e seu ritmo bem como o cumprir as atividades curriculares do curso. Existem diversas ferramentas de gestão que ajudam na tarefa de planejamento e avaliação. A Universidade de Laval, no Canadá (DESSAINT, 1998), já pela experiência acumulada de muitos anos em Educação a Distância, aconselha que o estudante prepare e utilize um calendário, uma agenda, um quadro de horários diário/semanal e também uma lista de tarefas a cumprir a cada semana, como ferramenta básica para se planejar. São essas ferramentas que vamos indicar para ajudá-lo a planejar e organizar sua formação. Dessaint (1998) ressalta que essas ferramentas ajudam a acompanhar a longo prazo e seguir atentamente a progressão da aprendizagem, conforme detalharemos a seguir: Sua primeira ferramenta: um grande calendário! O ambiente virtual fornece um calendário semanal das atividades curriculares, as datas das provas, encontros e práticas presenciais e outras atividades. Pois bem, pegue esse mesmo calendário e amplie com seus outros compromissos: familiares, profissionais e sociais (aqueles inadiáveis), como o aniversário de seus pais ou uma viagem já programada. Transforme em um calendário bem grande e colorido, se puder, destacando com cores diferentes as prioridades importantes e urgentes. EaD.indd 12 21/12/2011 09:57:19 13AULA 1 TÓPICO 2 13 Coloque seu calendário bem visível, em local ondevocê passe a maior parte do seu tempo (em casa ou no trabalho). Ah! Ele é para ser consultado como remédio, duas vezes por dia! Com ele, você saberá os seus períodos mais ocupados e os mais leves. Assim você pode organizar melhor o uso do tempo para seus estudos individuais e atividades obrigatórias do curso sem se perder e, de quebra, pode obter os melhores resultados no curso e nas disciplinas. Uma agenda, santa ferramenta! Que caderninho útil para tantas coisas! Adquira o hábito de ter e usar diariamente uma agenda. Pegue seu calendário e anote logo na agenda todos os compromissos do curso. Em seguida, anote seus compromissos pessoais e profissionais. Vá alimentando sua agenda com as atividades que forem surgindo. Com isso, você terá, além do controle dos seus afazeres, uma ajuda para avaliar o cumprimento dos seus compromissos e até para fazer relatórios periódicos. Se preferir, que tal você fazer também a mesma agenda em formato digital, no computador? Meus horários diários/semanais? Um cronograma geral, amplo e em formato grande na sua frente; e uma agenda, onde há o registro de tudo que deve fazer no curso, vão ajudá-lo a estabelecer os horários reservados para estudo e atividades profissionais. Mas não se esqueça de reservar tempo para o divertimento! EaD.indd 13 21/12/2011 09:57:19 Educação a D is tânc ia14 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará-IFCE Universidade Aberta do Brasil-UAB Curso de ________________________ Semana do 15 a 20 de outubro de 2009 Aluno _____________________________________ Horas Dom Seg Ter Qua Qui Sex Sáb 6 h às 7 h 7 h às 8 h 8 h às 9 h 9 h às 10 h 10 h às 11 h 11 h às 12 h 12 h às 13 h 13 h às 14 h 14 h às15 h 15 h às 16 h 17 h às 18 h 18 h às 19 h 19 h às 20 h 20 h às 21 h 21 h às 22 h 22 h às 23 h 23 h às 24 h agora minha lista de tarefas a cumprir... não posso perder o rumo! Outra ferramenta, sem dúvida, eficaz para planejamento, gestão e controle da sua aprendizagem é criar e manter bem atualizada uma lista de tarefas a cumprir, na qual você vai marcando aquelas que forem sendo cumpridas. Veja outro modelo bem prático (se desejar, pode criar o seu, do seu jeito.) Não esqueça que você deve controlar seu tempo para não ficar sobrecarregado, se isso acontecer, reavalie seu cronograma, sua agenda, seu horário e sua lista de Quadro 3 - Cronograma de horário semanal EaD.indd 14 21/12/2011 09:57:19 15AULA 1 TÓPICO 2 15 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará-IFCE Universidade Aberta do Brasil-UAB Curso de ________________________ Tarefas a cumprir Aluno _____________________________________ Atividade (s) Tarefas e subtarefas a cumprir Tempo necessário para cada tarefa ou subtarefa Recursos necessários Prazos a cumprir Aqui você assinala as ativi- dades a cum- prir, trabalho escrito, exer- cício do livro didático, exercí- cio no ambiente virtual, prova presencial, discussão no fórum, pesquisa na biblioteca, pesquisa na in- ternet, relatório de visita téc- nica, discussão com o tutor, encontro no polo, e outras. Exemplo: Fazer um resumo, ler um texto, respond- er a um exer- cício, marcar uma discussão com o tutor, responder ao fórum, responder perguntas, ver um vídeo reco- mendado pelo professor, etc. Anote quanto tempo você acha que vai precisar para realizar cada tarefa Discrimine o que você vai precisar para executar a tarefa: Livro, vídeo, inter- net e outros. Exemplos de prazos a cumprir: limite de data para a entrega um trabalho, devolver os livros na biblioteca, postar uma mensagem no fórum, pro- curar o tutor, entregar um documento. Quadro 4 - Cronograma de atividades tarefas redistribua conforme o estabelecimento das prioridades. Claro que priorizará as mais importantes e urgentes. Respeite seus limites e seu tempo. Nos períodos mais sobrecarregados, procure parar e depois retomar as atividades com a mente mais aberta, descansada. Gerencie seu tempos, seu ritmo e garanta seus prazos. Como eu estou progredindo na minha aprendizagem? A importância da autoavaliação... O professor pode saber suas notas, mas a verdadeira situação de sua aprendizagem somente você sabe. Por isso deve adquirir o hábito de se avaliar constantemente, pois a autoavaliação é a melhor bússola para você administrar seu percurso de aprendizagem e sua progressão nos estudos. A profa. Dessaint (1998) afirma que as vantagens da autoavaliação são numerosas. Baseada no que diz a teórica e em nosso conhecimento (tanto de professora quanto de estudante), acreditamos que a autoavaliação permite ao aluno EaD.indd 15 21/12/2011 09:57:19 Educação a D is tânc ia16 a) Conhecer-se melhor como estudante. • Identifique que tipo de estudante você é. Se for muito rigoroso ou relapso, é hora de tomar decisões e mudar de atitude, não é? • Saber qual seu modo próprio de pensar, de aprender as coisas, quais as melhores condições para aprender mais e melhor: se é lendo e ouvindo música, por exemplo, se é anotando e fazendo esquemas do que vai estudando; o que lhe distrai e o que o ajuda a se concentrar para aprender mais fácil e rapidamente. b) Avaliar: como eu aprendo melhor e mais rápido? O que facilita ou dificulta meu aprendizado? • Analisar qual o grau de conhecimento que você já tem (ou não tem) sobre o assunto estudado, se precisa estudar mais, pesquisar sobre o assunto, aprender coisas mais básicas para compreender melhor o conteúdo ou ir logo para a parte mais aprofundada, pois as bases você já sabe. • Preparar-se para as avaliações e provas, mantendo seus exercícios em dia e revisando-os frequentemente. É importante também você estar “antenado” com suas motivações, suas mudanças de humor, seu estado de espírito. Ninguém é de ferro. Se estiver se sentindo desmotivado, desanimado, frustrado, é hora de pedir ajuda para o pessoal do curso ou até mesmo para família dar uma forcinha. • Lembrar-se sempre de que só quem sabe de você é você mesmo. Então, trate de detectar e corrigir o que não estiver bom (consigo e com suas tarefas). Temos acima alguns conselhos que ajudam na autoavaliação. Eis alguns exemplos para você refletir e, é claro, para guiar-se nos estudos: • Faça uma análise de seu calendário, de seu horário e de sua lista semanal de tarefas, mantendo-os regularmente em ordem de modo a fazer um balanço e controlar sua progressão nos objetivos e compromissos. • Habitue-se a consultar os livros e guias (como nesse módulo que você está estudando agorinha mesmo) que contenham técnicas e estratégias eficientes de trabalho intelectual e faça um paralelo com seu próprio modo habitual de estudar. Veja o tópico 4 dessa aula e volte para cá depois . Marque as técnicas que você domina menos e veja como isso poderia afetar ou reduzir a velocidade de seu aprendizado. Busque superar as dificuldades exercitando. • Ao receber as correções dos trabalhos, revise e, se for necessário, discuta com seu tutor. • Durante os momentos em que você estuda (lê, faz trabalhos, resumos, EaD.indd 16 21/12/2011 09:57:19 17 exercícios, pesquisa), observe seu modo de trabalhar. Identifique o que o distrai e tira sua concentração, quais as maneiras de estudar que são mais eficientes. Assim você, ao final do estudo, não terá aquela sensação de que gastou seu tempo à toa. • Claro que há muito conteúdo sobre o qual a gente não tem muita motivação para aprender, mas é necessário para o conjunto do curso. Se isso lhe acontecer, encontre e construa boas motivações para tirar o melhor proveitodo conteúdo. A mesma recomendação serve para os exercícios e as atividades propostas. Embora elas não lhe pareçam tão estimulantes, aproveite-as para revisar seus conhecimentos. AULA 1 TÓPICO 2 EaD.indd 17 21/12/2011 09:57:19 Educação a D is tânc ia18 TÓPICO 3 Técnicas de estudo para a aprendizagem a distância Objetivo: • Apresentar algumas técnicas de estudo para aplicar à aprendizagem a distância. Assim como no curso presencial, a principal obrigação do estudante é estudar, lógico! Então, como tirar melhor proveito dos estudos?Esse tópico apresenta algumas técnicas de estudo que vão ajudá- lo nessa tarefa. Leituras, leituras, leituras... você sabe ler? De verdade? Você lê assiiiimmmm... se informando ou você lê ASSIIIMMMM ...ENTENDENDO?! Pois é, nos estudos, para aprender, é preciso tirar o máximo proveito da leitura, ser um bom leitor. Não se engane: há muita gente que tem dificuldade de entender textos abstratos, extrair ideias principais, resumir o que foi lido, relacionar o conteúdo com outros conhecimentos ou associar aqueles conhecimentos com outros, por exemplo. Ter essas dificuldades é comum, pois, a menos que o trabalho exija, a gente só se preocupar quando está estudando e, às vezes, é motivado (a) só porque vai cair na prova... Pode uma coisa dessas? Pode. Uma das causas de abandono de curso a distância é porque o estudante não desenvolveu boas habilidades de leitura e por isso “se perde” no conteúdo. Bom, este tópico é proposto para ajudá-lo a refletir sobre sua prática de leitura e ajudá-lo a tirar o máximo de proveito nos seus estudos. Agora você é “senhor absoluto” de sua aprendizagem! Ter claro o objetivo da leitura A primeira etapa de qualquer leitura é saber para que você irá ler, ou seja, qual o objetivo da leitura. Disso vai depender seu ritmo: se será uma leitura rápida EaD.indd 18 21/12/2011 09:57:19 19 ou mais demorada. Vai ler para fazer anotações? Para um trabalho de pesquisa? Para aprender um tema novo? Para responder atividades ou estudar para prova? Dependendo do objetivo da leitura, verifique de quanto tempo você precisa dispor para ler e veja o ambiente mais adequado para seu conforto e concentração. Dê uma olhada geral na estrutura e organização do material a ser lido e tente identificar as intenções do autor. Observe o sumário, títulos e subtítulos. Tente identificar o que você já conhece do conteúdo. A partir disso, você pode estabelecer que tipo de leitura você deve fazer: reflexiva? Seletiva? Ler o texto em diagonal? Fazer uma leitura ativa e analítica, ou misturar as técnicas de acordo com as necessidades? A leitura reflexiva ocorre especialmente para textos que necessitam de uma reflexão mais profunda, como os textos filosóficos. Esse tipo de leitura exige do leitor parar regularmente e refletir sobre as ideias do autor. A leitura seletiva permite estabelecer um primeiro contato com um livro, um texto didático ou uma revista para descobrir as ideias desenvolvidas pelo autor. Nesse tipo de leitura, consultam-se as seguintes partes: o índice ou sumário, o prefácio ou apresentação, as notas biográficas do autor, os resumos, o glossário, o índice, o capítulo ou o texto de introdução, as dedicatórias, a conclusão, como também o primeiro e o último parágrafos de todo capítulo ou toda seção. Dá-se uma olhada também nos quadros, nos diagramas e nas figuras ou ilustrações. Na leitura seletiva, aconselha-se marcar as passagens importantes, reler, anotar para usar depois, como também elaborar perguntas sobre as ideias e sobre as referências com outros textos sugeridos. Procedendo dessa forma, não será mais necessário reler depois todo o texto, a não ser para encontrar determinados detalhes que devem ser aprofundado. Mas lembre-se: essa leitura deve ser o mais breve possível. Ela é somente para procurar informações específicas no texto. Já a leitura em diagonal permite descobrir rapidamente as ideias e os temas importantes de um texto. Esse tipo de leitura nada mais é que um sobrevoo pelo texto sem se deter nas palavras, com os olhos movimentando-se em diagonal no texto, da esquerda para a direita, e de cima para baixo, ziguezagueando pelas páginas. A leitura seletiva e a leitura em diagonal não precisam de treinamento e têm a vantagem de estabelecer na cabeça do leitor uma rede inteira de ideias e conhecimentos que lhe permitirão usar melhor informação quando fizer as leituras ativa e analítica. A leitura ativa e analítica permite clarear as ideias importantes de um texto e AULA 1 TÓPICO 3 EaD.indd 19 21/12/2011 09:57:19 Educação a D is tânc ia20 reconstruir informação a ser apropriada pelo leitor, ativando seus conhecimentos anteriores, evidenciando as ideias importantes e dirigindo a leitura para atestar a compreensão. Para ativar os conhecimentos anteriores - aqueles que acumulamos durante toda nossa vida, que são frutos de nossa experiência e que facilitam a aprendizagem de novos conhecimentos (pois a pessoa sempre faz associações entre o que sabe e o que vai saber), exercite isso: leia a introdução, faça os exercícios para ver o que você já sabe, tente fazer analogias, comparar com outras situações parecidas; encontre exemplo: escreva suas impressões, seus comentários, o que você achou das passagens mais importantes. Enfim, crie ou descubra seu jeito de ativar seus conhecimentos! Chegamos ao final da nossa primeira aula. Ao longo dessa semana, abordamos as orientações básicas para que você desenvolva as competências necessárias para aprender na modalidade a distância. EaD.indd 20 21/12/2011 09:57:19 21 AULA 2 Modelo pedagógico, autonomia e autoria em EaD Esta aula apresenta as orientações básicas e fundamentais para que você desenvolva as competências necessárias para aprender na modalidade a distância e obter os melhores resultados em sua aprendizagem. Ela é composta de três tópicos e todos trazem assuntos relevantes para seu estudo. Vejamos alguns deles: 1) modelo pedagógico, planejamento e comprometimento na aprendizagem a distância; 2) como aprender a distância; 3) como cumprir as atividades curriculares do curso; 4) como desenvolver técnicas de leitura e estudos. Ao final desta aula, você deverá elaborar seu cronograma de estudo e enviar ao tutor a distância que irá acompanhá-lo nos seus estudos. Vamos à aula, então? Objetivos • Discutir o modelo de pedagogia a distância do IFCE; • Discutir a metodologia colaborativa em EaD; • Compreender a importância da autonomia na EaD; • Discutir a prática de autoria na EaD. AULA 2 EaD.indd 21 21/12/2011 09:57:19 Educação a D is tânc ia22 TÓPICO 1 Modelo de pedagogia a distância Objetivo: • Discutir o modelo de pedagogia a distân- cia do IFCE. O modelo pedagógico da EaD, diferente do presencial, é planejado e produzido para dar a você o maior controle possível sobre sua aprendizagem. Assim, é você quem escolhe o momento, o lugar, o seu ritmo de aprendizagem, levando em conta que o ritmo precisa estar de acordo com o cronograma da disciplina que você está cursando. Neste curso, você contará com uma diversidade de ambientes de ensino e aprendizagem, mediado por tecnologias impressa e digital (CD-ROM, internet, webconference e, algumas vezes, videoconferência), além dos momentos presenciais nos Polos. O modelo pedagógico da EaD é concebido para a aprendizagem de adultos, segundo os princípios da Andragogia. Diferente do curso tradicional em sala de aula, a formação que você agora inicia o torna o mestre de sua aprendizagem, o gestor do seu tempo e ritmo. Definimos Andragogia comparando-a à Pedagogia. A Andragogia é a arte e a ciência da educação de adultos, e a Pedagogia é a artee a ciência da educação de crianças e adolescentes. Portanto as práticas de ensino e aprendizagem andragógicas distiguem-se das pedagógicas. Crianças e adultos têm necessidades diferenciadas. Crianças são mais dependentes da orientação dos adultos; adolescentes têm essa dependência reduzida; e adultos, além de independência, contam com sua experiência de vida que influencia diretamente sua aprendizagem autônoma. Em função disso, há EaD.indd 22 21/12/2011 09:57:19 23 necessidade de se ter uma ciência voltada para o ensino de adultos e outra para o ensino de crianças. A Andragogia, ao estudar as características do adulto em situação de aprendizagem, consegue determinar quais as melhores condições para aprender. Isso porque a) Os adultos são portadores de uma experiência que os distingue das crianças e dos jo- vens. Em numerosas situações de formação, são os próprios adultos com a sua experiên- cia que constituem o recurso mais rico para as suas próprias aprendizagens. b) Os adultos estão dispostos a iniciar um processo de aprendizagem desde que com- preendam a sua utilidade para melhor enfrentar problemas reais da sua vida pessoal e profissional. c) Em algumas situações de ensino em que adultos estão envolvidos, há mais facilidade para se enfatizar o trabalho com resolução de problemas e tarefas com que se confrontam na sua vida cotidiana, uma vez que os próprios adultos demandam com mais frequência esse tipo de abordagem. d) Os adultos são sensíveis a estímulos da natureza externa (notas, etc.), mas são os fatores de ordem interna que primeiramente motivam o adulto para a aprendizagem (sat- isfação, autoestima, qualidade de vida, etc.) Por essas razões, nosso modelo é centrado no estudante, que precisa ter todos os meios, materiais e estratégias didáticas concebidas para que sua aprendizagem seja facilitada. Por isso as mídias de entrega do conteúdo são variadas. Temos o livro didático impresso como predominante, além do CD-ROM, que traz mais conteúdos enriquecidos, e do ambiente virtual, no qual o aluno pode interagir com o professor/ tutor e um colegas. Aproveite para rever e fortalecer suas motivações neste curso. AULA 2 TÓPICO 1 S a i b a m a i s Pesquise mais sobre Andragogia. Vá ao Google (www.google.com.br) e insira a frase “o que é andragogia?”.Explore as definições, os autores. Não deixe de dar uma olhada no que diz Paulo Freire. Por fim, faça um resumo do que conseguiu aprender sobre o assunto. EaD.indd 23 21/12/2011 09:57:20 Educação a D is tânc ia24 TÓPICO 2 Colaboração e autonomia na EaD Objetivos: • Discutir a metodologia colaborativa em EaD. • Compreender a importância da autonomia na EaD. Neste tópico, você estudará duas importantes questões que envolvem a educação a distância por meio de Ambientes Virtuais de Educação que consistem na autonomia e na metodologia colaborativa. Esses aspectos são relevantes, pois permitem situar alunos e professores em um modelo de educação que busca uma aprendizagem colaborativa e autônoma. 2.1 Metodologia colaborativa Com a possibilidade de comunicação e compartilhamento de informações entre alunos e professores (e entre alunos e alunos trazidas pelas tecnologias digitais e suas ferramentas) novas formas de ensinar e aprender foram desenvolvida. Nesse contexto, destacamos a metodologia colaborativa para o ensino a distância como uma das mais utilizadas atualmente no contexto de ensino por meio de Ambientes Virtuais de Aprendizagem - AVA. A metodologia colaborativa tem como fundamento a relação e troca de conhecimento entre os sujeitos. Como pressuposto para aprendizagem, supõe que, além da mediação do professor e de estudo individuais com materiais didáticos, é imprescindível o trabalho coletivo entre os alunos. A ideia-chave da metodologia colaborativa é o desenvolvimento do diálogo, pois, por meio Figura 3: Mediação do professor Fo nt e: w w w .la ti ns to ck .c om .b r EaD.indd 24 21/12/2011 09:57:20 25 dele, é possível aprender com o outro. Para isso, é necessário que tanto o professor-tutor quanto os alunos estejam abertos a essas possibilidades. Para que a metodologia colaborativa em EaD realmente tenha sucesso, é necessário que tanto alunos quanto professores superem a ideia de que Educar é transmitir conteúdo, pois, nessa concepção, não se valorizam os conhecimentos que os alunos já trazem quando entram em seus cursos e disciplinas. Educar é muito mais que transmitir conhecimento, é a possibilidade de formação integral de sujeito em que o conhecimento precisar ser construído tendo significado para os alunos. 2. 2 Autonomia na EaD Uma das características mais importantes de um aluno que estuda e aprende a distância é a autonomia, pois ele tem a liberdade, a responsabilidade, a flexibilidade e o gerenciamento do seu tempo. Ou seja, é o aluno quem determina como, quando, em que tempo irá estudar, estando ele longe geograficamente do professor e do colega. Primeiro vamos entender o conceito de Autonomia de acordo com o dicionário Aurélio (2004), significa “faculdade de se governar a si mesmo”, Isto é, capacidade, liberdade, independência de direcionar seus atos, de gerir seus passos em busca de algo que lhe traga crescimento pessoal e/ou material. Um aluno que estuda e aprende a distância precisa compreender que seu sucesso está na arte de “aprender a aprender” e, para isso, ele precisa acreditar que a aprendizagem de qualidade pode ocorrer em qualquer lugar e a qualquer momento (PALLOFF, PRATT, 2005). Ele deve ter consciência e estar disposto a buscar as informações necessárias para a construção do conhecimento e da sua aprendizagem, bem como do fortalecimento da autonomia. Ele necessita estar aberto para entender que precisa desenvolver a cada dia sua capacidade de refletir, avaliar e criticar sobre todos os elementos que envolvem sua aprendizagem (seja sobre o conteúdo, seja sobre suas contribuições ou as dos colegas, enfim). A participação do professor no processo de construção da autonomia por parte do aluno é fundamental. Ele precisa se dispor a ajudar o aluno a solidificar essa conquista. Engajar-se no sentido de usar todos os meios e artifícios para despertar Figura 4: Diálogo virtual Fo nt e: w w w .la ti ns to ck .c om .b r AULA 2 TÓPICO 2 EaD.indd 25 21/12/2011 09:57:21 Educação a D is tânc ia26 no aluno o sentido de ser organizado, responsável, crítico, reflexivo. O professor precisa estar disposto a não deixar que o aluno se sinta só no processo de ensino- aprendizagem, procurando sempre dialogar, discutir, instigar o aluno a pesquisar, a construir opiniões e desenvolver conceitos. “Autonomia não é sinônimo de aprendizagem solitária, de auto-instrução, de autodidatismo; ela não implica em abdicação de responsabilidade por parte do professor; não é um novo método de ensino, não é um comportamento uniforme facilmente descrito; não é um estado definitivo provocado no aprendiz. [...] É essencialmente a relação psicológica que o aprendiz tem com o processo e o conteúdo da aprendizagem. É a centralização do processo pedagógico sobre o aprendiz enquanto sujeito de sua própria formação. [...] Não se deve ficar surpreso se certos aprendizes oferecerem resistência à aprendizagem autônoma. A autonomia implica em um desafio constante às nossas crenças, o que pode ser desestabilizador; mas serão sempre os alunos autônomos que farão melhor a transição entre a aprendizagem e a utilização da linguagem.”(LITTLE, 1990, apud GRANDCOLAS, 1993) EaD.indd 26 21/12/2011 09:57:21 27AULA2 TÓPICO 3 TÓPICO 3 Autoria na Educação a Distância Objetivo: • Discutir a prática de autoria na EaD A educação a distância por meio do Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA) permite ao aluno uma proximidade com a internet, na qual existe uma ampla fonte de pesquisa, desde textos simples até dissertações e teses completas, constituindo-se em um importante banco de dados que auxilia alunos e professores no contexto educativo atual. Se por um lado a internet possui uma grande vantagem por ser uma rica fonte de informação e pesquisa, por outro lado se constitui em um dispositivo que permite a apropriação de produção intelectual de outras pessoas, uma prática conhecida comumente como “copiar e colar”. Essa prática vem sendo amplamente desenvolvida e se configura como um problema grave enfrentado pelas instituições de ensino superior.Por esse motivo, merece ser destacada e discutida, pois envolve um problema ético. Essa problemática já existente no âmbito escolar e acadêmico é ampliada com as possibilidades trazidas com a tecnologia digital, na qual permite que toda informação disponível na web seja copiada, editada e utilizada, muitas vezes sem nenhuma preocupação em garantir os devidos créditos por parte de quem produziu o conhecimento e/ou informações disponíveis. Diante disso, percebemos que muitos trabalhos escolares entregues pelos alunos são cópias idênticas de textos tirados da internet. Outras vezes são copiados trechos de diferentes textos, formando um trabalho descontextualizado e sem coerência, caracterizando uma prática ilegal conhecida como plágio, o qual consiste na apropriação total ou parcial de textos sem a autorização de seu autor. EaD.indd 27 21/12/2011 09:57:21 Educação a D is tânc ia28 Ciente dessa questão de difícil solução, é necessário que a comunidade acadêmica problematize-a abrindo um espaço de discussão e diálogo constante para que se apresentem todas as consequências da prática de apropriação indevida de materiais de outrem. Silva (p. 357, 2008) destaca que “torna-se vital a reflexão sobre a prática do plágio entre os graduandos, professores em formação, visto ser esse um problema que tem tomado proporções críticas, pois roubar de si mesmo a possibilidade de um outro pensar, da inventividade, é um preço muito caro que o sujeito tem a pagar.” EaD.indd 28 21/12/2011 09:57:21 29 AULA 3 Educação a Distância Chegou o momento de tratarmos dos conceitos que envolvem a EaD, pois, como você é aluno de um curso de graduação a distância, é importante que conheça os conceitos que envolvem essa modalidade de ensino-aprendizagem, bem como sua evolução que esteve condicionada à evolução das mídias. Além de tratar desses aspectos, nesta aula, você também conhecerá um pouco sobre o histórico da EaD no Brasil. Objetivos • Conhecer os conceitos que envolvem a Educação a Distância. • Conhecer um breve histórico da Educação a Distância no Brasil. AULA 3 EaD.indd 29 21/12/2011 09:57:21 Educação a D is tânc ia30 TÓPICO 1 Conceito e evolução em Educação a Distância Objetivo: • Conhecer os conceitos que envolvem a educação a distância. Educação a Distância (ou EaD) é o termo genérico usado no Brasil para designar modos de formação ou de aprendizagem cuja mediação estudante-professor-conteúdo é feita por alguma tecnologia e que, por isso, diferencia-se do modelo presencial clássico. Educação a Distância (EaD ), Formação a Distância (FaD ), Aprendizagem Aberta e a Distância (AAD ), E-Learning, e mais recentemente U-learning ou U-formação: os termos e escrita demonstram que, quando se fala dessa modalidade educacional, não há como dissociá-la dos meios de entrega do conteúdo e de interação, ou seja, das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC ). A Educação a Distância, simplificada no termo EaD , segundo o Decreto nº 5.622, de 19 de dezembro de 2005, que regulamenta o art. 80 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, em que se estabelecem as diretrizes e bases da educação nacional, é caracterizada como modalidade educacional na qual a mediação didático- v o c ê s a b i a? “E” vem de “eletronic”, como o ”e”- de e-mail. Significa uma modalidade de EaD basEaDa na internet e em outros meios digitais, como Educação Online, no Brasil. Isso porque há outros modelos de EaD como cursos semipresenciais e/ou que utilizam outras mídias além da internet. Já o “U”é bem novo e significa “ubiquos”, ubiquitous, ou simplesmente mobility (de mobilidade). Resume uma modalidade de EaD que se organiza a partir das tecnologias sem fio (GPRS, 3G, I-Mode, WAP, Wifi). No U-learning, você pode acessar os conteúdos, fazer as atividades, etc. pelo celular. Ainda há o b-learning (blended- learning), híbrido entre presencial e a distância. EaD.indd 30 21/12/2011 09:57:21 31 pedagógica nos processos de ensino e aprendizagem ocorre com a utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação, com estudantes e professores desenvolvendo atividades educativas em lugares ou tempos diversos. A incorporação crescente das novas tecnologias da informação e comunicação ao processo ensino–aprendizagem a distância vem tornando essa modalidade educacional mais democrática, rompendo barreiras culturais de língua, de espaço geográfico, de tempo, à medida que dinamiza os modos de ensinar e aprender e de realizar as interações pedagógicas necessárias entre “aprendiz/interface, aprendiz/conteúdo, aprendiz/professor, aprendiz/aprendiz” (HOFFMANMAN E MACMACMACKIN ,1996). Os atuais estágios de desenvolvimento tecnológico, aliados aos recursos da informática e das telecomunicações, mudaram o conceito de distância e aproximaram os sujeitos através das ferramentas de comunicação e interação capazes de diminuir a barreira (mas não de eliminar) da separação física e temporal entre professor e aluno, além de proporcionar um aumento substancial do nível de interatividade. 1.1 A evolução em educação a distância Pedagogicamente, a evolução da EaD esteve condicionada aos paradigmas e tendências educacionais que impulsionaram as experiências didáticas, à medida que também evoluíram as concepções e teorias de aprendizagem e também os modelos de ensino auxiliados por computador e pelos meios tecnológicos que determinam seu uso. A história da formação a distância pode ser vista, segundo Peraya (2001), a partir da evolução das mídias e dos diferentes dispositivos que elas utilizaram. Nesta perspectiva cronológica, sinteticamente, definiram-se três grandes etapas em associação com os modelos pedagógicos predominantes. O quadro a seguir, extraído de Peraya (2001), dá uma perspectiva mais sucinta e completa sobre esses diferentes períodos. Mata (1995) afirma que hoje é amplo o leque de possibilidades que se oferece à EaD. O vídeo interativo, basEaDo em computador com uso de interfaces gráficas, o vídeodisco a laser, o hipertexto, as hipermídias, o CD-ROM, junto AULA 3 TÓPICO 1 EaD.indd 31 21/12/2011 09:57:21 Educação a D is tânc ia32 com material impresso, além dos outros recursos como rádio, televisão, telefone, correio postal e eletrônico e fax fazem parte dos possíveis materiais e ferramentas a serem utilizados. Os satélites de comunicação e as redes de computadores oferecem inúmeras possibilidades para criar, armazenar, distribuir, apresentar informações, motivar interagir e estabelecer relações no âmbito da mediação pedagógica. Dentre as várias definições de EaD existentes na literatura sobre o assunto, destaca-se a de Moore e Kearsley (2007, p. 2), no qual educação a distância, segundo os autores, seria o aprendizado que ocorre normalmenteem um lugar diferente do local de ensino, exigindo técnicas especiais de criação do curso e de instrução, comunicação por meio de várias tecnologias e disposições organizacionais. Com a redução nos custos dos equipamentos e a necessidade crescente de formação, o aperfeiçoamento profissional e a necessidade de expansão do ensino, a EaD configura-se como uma modalidade de ensino e tecnologia Evolução da ead Papel das mídias Conceito de formação a distância Cenário pedagógico Impresso (metade do século IX). Auxiliar Suporte substi- tutivo Vencer a distância geográfica Ensino de substituição Expositivo, primazia do discurso verbal eventualmente ilus- trado Multimídia (a partir dos anos 60) Convergência e complementari- dade Especificidade e eficacidade própria de cada mídia Conceito de “mid- iatização” Evolução do conceito de distância. Vencer distâncias socio- econômicas mais que espaço-temporais. Ensino da segunda chance. Modularidade de ensino específico, Andragogia Complementaridade dos “ recursos audio- visuais” Modalidades sensori- ais, sistemas socio- cognitivos, modos de tratamento distintos. Focalização progressi- va sobre a aprendiza- gem e o aprendiz. Telemática CMC (a partir dos anos 80) Dispositivo de comunicação e de formação 4 formas de me- diação: tecnológi- cas, corporais, semiocognitivas e relacionais Formações a distância aberta e flexível. Sistemas mistos, híbridos Ambiente integrado de trabalho. Telepresença. Campus Virtuais. Atividades de apren- dizagem e recursos. Quadro 4 - Cronograma de atividades Fo nt e: P er ay a, 2 00 1 EaD.indd 32 21/12/2011 09:57:22 33 educacional acessível e conveniente a várias pessoas que se encontram dispersas geograficamente, uma vez que evita deslocamentos e possibilita ao estudante aprender em seu ritmo, no tempo e local que lhe são mais convenientes, além de favorecer o desenvolvimento de habilidades e competências cognitivas, como autonomia, criatividade, autodisciplina, responsabilidade com a própria formação, construção do conhecimento, aprendizagem cooperativa entre outras habilidades. Pedagogicamente, a evolução da EaD esteve condicionada aos paradigmas e tendências de ensino que impulsionaram as experiências educacionais, na medida em que também evoluíram as concepções e teorias de aprendizagem e os modelos de ensino auxiliados por computador, assim como os meios que determinam seu uso. Desde o ensino por correspondência, em que se utilizava material impresso, até o ensino mediado eletronicamente, no qual se utilizam redes de computadores e recursos multimídia em tempo real, houve um avanço considerável nessa modalidade de ensino. Em EaD, a importância desse avanço pode ser percebida pelo destaque que se dá a cada uma das interações que ocorrem em um curso a distância. Vejamos a seguir aspectos relevantes das interações tecnologias/aluno/ professor; aluno/interface; aluno e conteúdo; aluno e professor e aluno/aluno. Os diferentes recursos da tecnologia conjugada (internet, software aplicativos, multimídia interativa, hipermídia, videoconferência, audioconferência, teleconferência, RV não-imersiva e imersiva (quando esta for possível), e outros recursos têm provocado modificações substanciais nos paradigmas de educação vigentes. Essas modificações acontecem porque os recursos oferecem ao estudante e professor inúmeras possibilidades de acesso à informação; de comunicação via esses novos meios e novas formas de aprender e ensinar, que são requeridas nesse novo ambiente. A interação em EaD já ocorreu face a face, mas há meios que mediam a comunicação. Outro enfoque para a relação tecnologias/aluno/professor é dado por Hoffman e Mackin (1996), cuja preocupação é com os novos paradigmas da interação de uma “sala de aula virtual”. Eles afirmam que as interações aluno/interface, aluno/ conteúdo, aluno/professor e aluno/aluno precisam ser adequadamente utilizadas e conhecidas para gerar cursos a distância interativos de alta qualidade. Nestas relações de comunicação, a interação aluno/interface é a linha vital entre o professor e o aluno. Se ela falha, o processo pedagógico (formação, treinamento e outros) também falha. Entre outras medidas, é necessário tornar a tecnologia o mais amigável e transparente possível. AULA 3 TÓPICO 1 EaD.indd 33 21/12/2011 09:57:22 Educação a D is tânc ia34 Já a interação entre o aluno e o conteúdo ocorre quando o entendimento, a percepção e as estruturas cognitivas do aluno são transformadas. A visualização dos conteúdos do programa de ensino é criada para estimular, satisfatoriamente, não só a percepção e a cognição, mas também a atenção e a motivação do aluno. O conceito de entertrainment é proposto por Hoffman e Mackin (1996) para definir a mistura de treinamento com entretenimento, a qual serviria para capturar a atenção e a imaginação dos estudantes. Na interação que ocorre entre aluno e professor, o papel do professor-tutor é de dirigir o fluxo da informação para o estudante. Isso aconteceria no fato de ele planejar e desenvolver as aulas. O professor deve também estimular e motivar o aluno, manter seu interesse, dar apoio e encorajá-lo na sua aprendizagem. As interações aluno/aluno são, ainda segundo Hoffman e Mackin (1996), frequentemente, as mais produtivas experiências de formação. Estas interações, quando bem projetadas, oferecem a oportunidade para os estudantes expandirem e aplicarem os conhecimentos de forma compartilhada, aspecto impossível no estudo solitário. EaD.indd 34 21/12/2011 09:57:22 35 TÓPICO 2 Breve histórico da EaD no Brasil Objetivo: • Conhecer um breve histórico da Educação a Distância na Brasil A EaD no Brasil até que já tem história! Souza (s/d, p 51-57.) fez um resumo cronológico dessa modalidade de ensino.Vejamos alguns aspectos por ele destacados. No Brasil, a educação a distância existe desde a década de 1920. Contudo, sua valorização formal só veio a ocorrer com a Lei nº 9394/96 – a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, que a legitimou como parte do sistema de ensino. Os eventos principais das iniciativas pioneiras na área, entre os anos de 1920 e 1950, foram Data Informações 1923 Fundação da Rádio Sociedade do Rio de Janeiro (Roquete Pinto e Henrique Moritz). 1934 Doação, por parte de Roquete Pinto, dessa rádio para o Ministério da Educação e Saúde, que passa a chamar-se de Rádio-Escola Municipal do Rio de Janeiro. 1937 Criação do Serviço de Radiodifusão Educativa do Ministério da Educa- ção. 1939 Criação, em São Paulo, do Instituto Rádio-Técnico Monitor (cursos por correspondência) 1941 Fundação do Instituto Universal Brasileiro. 1943 Lançamento de cursos bíblicos por correspondência, pela Igreja Ad- ventista Brasileira. 1957 Criação do Sistema Radioeducativo Nacional (programas educativos a serem transmitidos por um conjunto de emissoras, em todo o Brasil). 1958 Serviço de Assistência Rural-SAR (Diocese de Natal, com foco na edu- cação popular.) AULA 3 TÓPICO 2 EaD.indd 35 21/12/2011 09:57:22 Educação a D is tânc ia36 Depois dessas décadas iniciais, e principalmente depois da LDB e com o aumento do uso das TICs, a educação a distância tem-se expandido no Brasil. O reconhecimento formal da educação a distância veio com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB, de 1996, que lhe dedicou todo o seu Artigo 80. Vejamos alguns aspectos da EaD a partir de 1996. Data Informações 1996 Criação, no MEC, da Secretaria de Educação a Distância-Seed (De- creto nº 1.917). Nesteano, surgiu um importante programa dessa secretaria: a TV Escola 1997 Criado o Programa Nacional de Informática na Educação-ProInfo (Por- taria MEC nº 522). 1. MEC/CAPES/SEED - Programa de Apoio à Pesquisa em Educação a Distância - Paped (apoio financeiro para dissertações ou teses relativas à educação a distância ou a tecnologias da informação e da comunica- ção (TICs) aplicadas à educação. 2. Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação - Resolução que fixa condições para validade de diplomas de cursos de graduação e de pós-graduação em níveis de mestrado e doutorado, oferecidos por instituições estrangeiras no Brasil, nas modalidades semipresenciais ou a distância. 1998 Decreto nº 2.494 regulamenta a educação a distância no país. Ainda em 1998, tivemos 1. MEC – Portaria nº 301 normatiza as formas de credenciamento de instituições de ensino, para a oferta de cursos a distância – em nível de graduação e educação profissional e tecnológica. 1999 MEC - Programa de Formação de Professores em Exercício-Proforma- ção, iniciado em caráter experimental nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. 2000 MEC - Portaria nº 495 - comissão de técnicos desse ministério e de out- ros órgãos federais e estaduais para o desenvolvimento, na UniRede, de projetos, critérios, padrões e procedimentos para a organização de cursos superiores de graduação a distância. Ainda em 2000: 1. Ministério da Ciência e Tecnologia - MCT - Portaria nº 129, que constitui grupo de trabalho para elaborar projeto de infraestrutura tecnológica com o objetivo de implantar a Universidade Virtual Pública do Brasil. 2. Consórcio Universidade Virtual Pública do Brasil- UniRede ( Termo de Adesão assinado por reitores e diretores de 62 instituições federais, estaduais e Centros de Educação Tecnológica). No mesmo dia, o MEC e a UniRede assinavam convênio para a realização do curso de exten- são a distância “A TV na Escola e os Desafios de Hoje”, iniciado em outubro do mesmo ano. A UniRede é um desdobramento do Consórcio Interuniversitário de Educação Continuada e a Distância-BrasilEaD. Uma iniciativa mais recente do Governo Federal é a Universidade Aberta do Brasil - UAB. EaD.indd 36 21/12/2011 09:57:22 37 O curso-piloto da UAB foi o de Administração a distância. Em uma parceria entre o Ministério da Educação (MEC ) / Secretaria de Educação Básica (SEED), o Banco do Brasil e algumas Instituições Federais e Estaduais de Ensino Superior. Vejam que, neste momento, vocês iniciam um curso de graduação dentro do programa Universidade Aberta do Brasil. O programa Universidade Aberta do Brasil (UAB), em parceria com instituições brasileiras, é composto de aproximadamente 70 cursos em 40 universidades e 10 Centros Federais de Educação Tecnológica (IFCE). Teve, no seu primeiro edital, a oferta de 60.000 vagas. O programa beneficia parte da população, em municípios mais distantes dos grandes centros urbanos, até então carentes de cursos superiores. É a hora e a vez da EaD no Brasil. Finalmente o Brasil acorda e se apropria das tecnologias para prover acesso e democratizar o ensino superior no Brasil. E vai além: atualmente há um novo edital para prover ensino técnico a distância, o e-Tec Brasil. No Ceará, atualmente, são 16 pólos, situados nos municípios de Caucaia, Tauá, Aracati, Quixeramobim, Orós, São Gonçalo, Jaguaribe, Itapipoca, Campos Sales, Limoeiro do Norte, Ubajara, Meruoca, Barbalha, Acaraú, Camocim, atendendo a 1800 alunos, nas formações técnicas em Eletrotécnica, Informática, Edificações e Higiene e Segurança do trabalho. AULA 3 TÓPICO 2 EaD.indd 37 21/12/2011 09:57:22 Educação a D is tânc ia38 AULA 4 Os recursos utilizados em EaD Você viu na aula anterior o quanto as tecnologias digitais podem contribuir com o aprendizado presencial e a distância. No fazer pedagógico, é difícil separar o uso de diversos recursos e ferramentas que ajudam, dão suporte e/ou fazem a mediação entre professor/conteúdo/alunos. Aprendem-se as primeiras letras com as letras em livros impressos ou softwares educativos, mas aprende-se também escrevendo, seja no caderno, seja usando um editor de texto no computador. São muitos os suportes de apresentação, produção e interação dos e com os conteúdos, professores, tutores e colegas. Objetivos • Conhecer os principais recursos, ferramentas e programas de computador (softwares) utilizados em educação presencial e educação a distância, assim como suas características. • Aprender a identificar as ferramentas de organização, gestão, informação e comunicação. EaD.indd 38 21/12/2011 09:57:22 39 TÓPICO 1 Principais recursos utilizados em EaD Objetivo: • Principais recursos utilizados em educação presencial e a distância. Dê uma olhada à sua volta, no polo de ensino. Observe sua sala de aula, os equipamentos e recursos que estão disponíveis. Rememore suas antigas aulas. Liste o que os professores usaram em sala de aula para ajudar a trabalhar o conteúdo. Pois é, você perceberá que são inúmeros suportes e ferramentas tecnopedagógicos, antigos e novos, utilizados como meio e apoio ao processo ensino-aprendizagem, na modalidade presencial e na modalidade a distância. Os professores ou equipe pedagógica, ao planejar o ensino, tomam a decisão de usar uma ou várias tecnologias educativas conforme ela(s) tenha(m) o potencial de contribuir para a aprendizagem do aluno, enriquecer o conteúdo e variar as estratégias didáticas, sempre no intuito de promover a eficácia pedagógica no que diz respeito a apresentar, armazenar e manipular o conteúdo didático ou informação. Vejamos que recursos são mais utilizados (assim como suas respectivas característica) tanto em sala de aula presencial quanto em educação a distância. O quadro abaixo apresenta um resumo dos tipos de recursos e de suas principais características: AULA 4 TÓPICO 1 Recursos didáticos utilizados em educação a distância Suporte Características Material Impresso A produção de documentos impressos é facilitada por diferentes softwares aplicativos, como editor de texto, planilha eletrônica, softwares de desenho, os quais dão melhor aparência e formata- ção à apresentação impressa. Para os materiais digitais como apostilas eletrônicas, aulas na web e outros, também são utilizados esses softwares. Os materiais podem ser livros-didáticos ou guias de estudo (como esse), formulários, provas, atividades, outros. EaD.indd 39 21/12/2011 09:57:22 Educação a D is tânc ia40 Recursos didáticos utilizados em educação a distância Slides Os softwares de apresentação eletrônica (como PowerPoint) e as impressões em cores permitem produzir, sem maiores complica- ções, transparências atraentes. Áudio Os softwares de edição de som e os consoles eletrônicos dão acesso a funções e comandos que permitem registrar, emitir e produzir documentos de áudio de qualidade, conectando um gravador à placa de som do computador. Podem ser telefone, correio de voz, audioconferência, rádio. Televisão / Vídeo Os softwares de edição de imagem, de som e os softwares de montagem eletrônica permitem construir filmes, animações e registrar em formato vídeo, conectando-se uma câmera de vídeo na placa de vídeo do computador. Nesse caso, podem ser videotapes, transmissão via satélite, micro-ondas, vídeo em broadcast, vídeo de mesa (desktop vídeo). Disquete Atualmente pouco utilizado, o disquete de 3 ½ pode guardar até 1400 Kb (1,4 Mb), o equivalente a 500 páginas de texto, algu- mas imagens ou trinta segundos de som. Pen-drive Substituto para o disquete e o CD-ROM. Chamado de Memória USB Flash Drive, alguns modelos são chamados de Pen Drive. É um dispositivo de armazenamentoconstituído por uma memória flash e um adaptador USB para interface com o computador. Alguns modelos podem ter a capacidade de 128MB até 8GB de memória portátil e alta velocidade na leitura e gravação de dados, 16MB/seg e 12MB/seg. Geralmente possui formato compacto para facilitar o seu transporte. CD-ROM Uma tecnologia numérica que permite registrar uma informação pura e inalterável: 76 minutos de som aproximadamente, ou 700 Mb de informação diversas: imagem, som, vídeo, texto, jogos, simulação em três dimensões, etc. DVD A sigla DVD é formada a partir das iniciais de Digital Versatile Disc ou Disco Versátil Digital (antes denominado Digital Video Disc). Contém informações digitais e tem uma maior capacid- ade de armazenamento que o CD áudio ou CD-ROM, devido a uma tecnologia de compressão de dados. Os DVDs possuem por padrão a capacidade armazenar 4.7 Gb de dados, enquanto que um CD armazena em média 700 Mb. Os chamados DVDs de Dupla Camada podem armazenar o dobro da capacidade de um DVD comum, ou seja, 9.4 Gb. EaD.indd 40 21/12/2011 09:57:23 41 Como você pode ver, a lista de recursos é extensa. No entanto, ela não pára só no que descrevemos no quadro. Pelo contrário, é crescente a evolução dos suportes eletrônicos que vêm sendo adaptados e aplicados no processo ensino- aprendizagem. Um exemplo concreto disso concreto são os programas de aplicação que funcionam em sistemas operacionais, popularmente conhecidos, tais como Windows ou Linux. Além dos sistemas operacionais, dos tipos de softwares educativos sobre os quais falamos na aula anterior, há também muitos softwares e aplicativos para uso profissional que são bastante utilizados em meio educacional. Destacam-se entre os mais conhecidos os processadores de texto (Word e Open Office Writer), as planilhas eletrônicas (Excel e Open Office Calc), apresentações eletrônicas (Power Point e Open Office Impress), aplicações gráficas (Photoshop, Corel Draw, Gimp), editores web (Dreamweaver, Kompozer-Mozilla) e banco de dados (Acess, Open Office Basic). Vejamos o que faz cada um desses aplicativos: • Os processadores de texto permitem elaborar textos mais facilmente e dar- lhes um aspecto profissional imediato. Alguns softwares de tratamentos de textos incluem modelos, dicionários ou corretores, ou comportam funções científicas (edição de equações e fórmulas), bem como opções de AULA 4 TÓPICO 1 Recursos didáticos utilizados em educação a distância Página Web São documentos adaptados à consulta pela internet. São escritos com duas linguagens preponderantes: HTML e JAVA. As páginas Web contêm textos, imagens, sons, vídeos, animações, aplicações interativas. Como você provavelmente já constatou em seus estu- dos, podem ser ferramentas pedagógicas interessantes. Documentos locais Os arquivos colocados sobre unidades de estocagem de infor- mação (geralmente o disco rígido) do computador permitem a consulta nas pastas do próprio computador. Projetor eletrônico Conectado a um computador, estes aparelhos permitem projetar sobre uma tela ou parede branca o que aparece na tela do com- putador. Quadro 6 - Recursos utilizados em educação a distância EaD.indd 41 21/12/2011 09:57:24 Educação a D is tânc ia42 desenho; Ex: Word e Write. • As Planilhas eletrônicas permitem a tabulação de dados em tabelas eletrônicas possibilitando análise detalhada das informações e criação de gráficos, elaboração de cálculos matemáticos, estatísticos, etc. Dito de outra forma, significa que a informação numérica é estruturada em uma tabela em que é possível aplicar dados nos campos de operações (equações, cálculos, etc.) ou funções (inclusive modelo de textos). Ex: Excel, Calc. • Os softwares para apresentações eletrônicas podem ser úteis ao professor de duas formas: para desenvolver slides com grafismo, tipografia, cores e imagens e, na hipótese de a sala de aula ser equipada, projetar eletronicamente a informação a partir do computador, incluindo não apenas texto e imagem, mas também som, vídeo e certa interatividade. Os programas mais utilizados para elaboração de apresentações através de slides de forma simples e interativa são o Power Point e Impress. • Já para aplicacações gráficas, os softwares permitem criar e editar imagens, gráficos ou desenhos. Os materiais dos programas gráficos podem ser uma tela gráfica (alta resolução e cores), recursos de tratamento de imagens (criar, apagar, aumentar, etc.) e tabela marcadora para fazer edição em papel.Os programas de aplicações gráficas genéricos apresentam grande simplicidade e permitem o desenho de uma infinidade de coisas, entretanto têm como inconveniente uma quantidade limitada de recursos, tais como os do Paint. Já os programas profissionais conferem precisão e versatilidade à arte final como Corel Draw, Ilustrator, Fireworks e Photoshop. • Os editores de páginas Web permitem criar páginas facilmente, sem necessariamente se saber programar. Possibilita ao pessoal de uma instituição de ensino e a estudantes, por exemplo, disponibilizar informações interessantes e comunicar suas áreas de interesse. Permitem a publicação de conteúdos na Web com uma estrutura gráfica semelhante à de processadores de textos. Ex: Dreamweaver, Expression e NVU. • Os bancos de dados permitem armazenar tabelas informatizadas. Eles oferecem uma interface para manipulação, consulta de dados. São depósitos organizados de informações para posterior consulta através dos Gerenciadores de Bancos de Dados (GBD). Ex: Access, MySQL. Como estudantes na modalidade a distância, vocês vão utilizar muitos desses recursos. Para o professor, eles também são essenciais, uma vez que o auxiliam a organizar a formação, fazer a gestão do processo ensino-aprendizagem, informar o estudante, bem como promover as interações necessárias entre professor-aluno(s), aluno(os)-tutores, aluno(s)-aluno(s), aluno(s)-instituição (equipe de apoio, suporte, etc). EaD.indd 42 21/12/2011 09:57:24 43 No próximo tópico, então, mostraremos quais ferramentas são mais usadas em EaD e, em especial, nos ambientes virtuais, tais como o Moodle, utilizado para e interação neste curso. AULA 4 TÓPICO 1 EaD.indd 43 21/12/2011 09:57:24 Educação a D is tânc ia44 TÓPICO 2 Ferramentas de organização, gestão, informação e comunicação em EaD Objetivos: • Identificar as ferramentas de organização, gestão, • Informação e comunicação em educação a distância Em educação a distância, há por trás do professor e tutores, uma equipe que ajuda no planejamento, criação e suporte do cenário tecnopedagógico em que vai se dar a aprendizagem. Isso tudo para garantir que o estudante aprenda de maneira rica, eficaz e com qualidade, conforme os objetivos do curso e das disciplinas.Para isso, deve-se propiciar um ambiente virtual de aprendizagem que permita a ocorrência de todas as interações possíveis ao bom andamento do curso. Para atender a essa demanda, foram desenvolvidas muitas plataformas que dão suporte às atividades de Educação a Distância. Essas plataformas, também chamadas de Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA), priorizam algumas funcionalidades que devem ser usadas para garantir que ocorram, efetivamente, as relações de comunicação, a difusão e tratamento do conteúdo, a gestão e as interações necessárias ao processo educativo. Class (2001) elege um grupo de ferramentas com funções de informação, comunicação, colaboração, gestão e atividades como as mais adequadas para aprendizagem virtual. O autor observa que essas cinco funções apresentam o que é necessário para um ambiente de aprendizagem integrado e organizado (como no mundo físico, presencial), uma vez que agregam em um só ambiente virtual os elementose funcionalidades necessárias a todos os aspectos da formação. Expliquemos cada uma das funções: As funções de INFORMAÇÃO têm como usos gerar, armazenar, veicular, processar e reproduzir a informação. EaD.indd 44 21/12/2011 09:57:24 45 As de COMUNICAÇÃO incluem toda forma de veicular informação, inclusive as mídias mais tradicionais, como o uso de pergaminhos, de tambores na selva, de livros, de revistas, do rádio, da TV, do vídeo, das redes de computadores, etc. Já as de INTERAÇÃO permitem elaboração e manipulação conjunta de conteúdos específicos por parte do emissor (professor-tutor/aluno) e do receptor (aluno/professor-tutor), codificando-os, decodificando-os, recodificando-os conforme as suas realidades individuais e a cultura em que vivem. As funções de COLABORAÇÃO, por sua vez, permitem a otimização do trabalho em equipe, facilitam a colaboração, permitem a aprendizagem colaborativa, favorecem o uso de diferentes linguagens, atendem a diferentes estilos de aprendizagem. A figura abaixo mostra esse universo de funções e funcionalidades associadas. Ambiente de Aprendizagem integrado Modos avaliação Modelos Ensino Tutoria Suporte Aprendizagem Cenário Pedagógico Estruturas Conteúdos Fórum Comunicação Colaboração Informação Comunicação ColaboraçãoAtividades Gestão Quadro 7 - Aspectos conceituais de um ambiente de aprendizagem integrado (Class, 2001) Veja que o espaço virtual reproduz as funções e os espaços correspondentes na realidade. O ambiente virtual em que você está interagindo agora, o Moodle, possui uma forte conotação espacial e funcional, como se você estivesse em um ambiente físico de ensino da instituição. Nele você interage com os espaços onde circula a informação, a comunicação, a gestão do ensino e do conteúdo, a colaboração, a gestão das atividades didáticas e avaliativas, conforme os objetivos estabelecidos nos planos das disciplinas. AULA 4 TÓPICO 2 EaD.indd 45 21/12/2011 09:57:24 Educação a D is tânc ia46 Ainda é preciso observar que, mesmo estabelecidos os espaços no ambiente virtual, é necessário o uso de diversas outras ferramentas para as tarefas de organização, gestão, informação e comunicação. Imagem 4 - www.ntEaD.cefetce.br/moodle EaD.indd 46 21/12/2011 09:57:24 47 TÓPICO 3 Ferramentas interativas do Moodle Objetivos: • Apresentar o ambiente Moodle • Descrever as ferramentas de interação do am- biente Moodle. • Apresentar outras ferramentas que fazem parte dos cursos a distância do IFCE e suas funcio- nalidades. FERRAMENTAS SÍNCRONAS E ASSÍNCRONAS A Educação a Distância (EaD) no modelo atual, que tem como objetivo uma aprendizagem que se desenvolva coletiva e individualmente, requer a interação ativa de seus participantes. Para a viabilização desse processo, é necessário que os cursos a distância ofereçam ambientes com ferramentas síncronas e assíncornas interativas para a discussão e o compartilhamento de ideias dos seus usuários. 1.1 Ferramentas Interativas Atualmente, em função dos avanços tecnológicos, ao se pensar em EaD, exemplificam- se diversos ambientes de aprendizagem, entre eles estão Aulanet, Solar, E-proinfo, TelEduc, Moodle, entre outros. Em nosso curso, utilizamos o ambiente Moodle. Através dele, então, você acessa as aulas, interage com os demais participantes e posta as atividades. Obtenha mais informações sobre os ambientes virtuais de ensino nos seguintes sites: Podemos dizer que o Moodle, como ferramenta de aprendizagem, conta com uma diversidade de recursos que propiciam a vocês possibilidades de trabalhar o conteúdo e as C o m p l e m e n t o Aula net - http://www.eduweb.pt/ plataformas/online/aulanet/ Solar - www.virtual.ufc.br/solar e-proinfo - http://www.eproinfo.mec. gov.br/ TelEduc - http://teleduc.nied. unicamp.br/ Moodle- http://www.edrom.com/ ?id=servicos/plataforma_elearning/ main AULA 4 TÓPICO 3 EaD.indd 47 21/12/2011 09:57:25 Educação a D is tânc ia48 atividades de uma maneira mais dinâmica e interativa. O conjunto de ferramentas é dividido de acordo com os objetivos a que se pretende alcançar. Veja abaixo uma classificação destes recursos: 1. Ferramentas de comunicação e discussão: fórum, chat 2. Ferramentas de avaliação e de construção coletiva: tarefa, wikis, glossários. 3. Ferramentas instrucionais: lições (quiz) 4. Ferramentas de pesquisa e opinião: enquetes, referendos e questionários. Figura 1: Portal Moodle Para facilitar a visualização das ferramentas, disponibilizaremos exemplos de algumas aplicações. Antes disso, no entanto, falaremos um pouquinho de cada uma delas. Vamos lá?! No próximo tópico, conheceremos mais ferramentas que estão disponíveis em nosso ambiente virtual (Moodle). FERRAMENTAS INTERATIVAS Neste tópico, apresentaremos outras ferramentas que existem nos ambientes virtuais de aprendizagem. Iniciaremos apresentando o fórum. Vale mencionar que esta ferramenta será bastante utilizada ao longo das disciplinas do seu curso, proporcionando ricos momentos de discussão. EaD.indd 48 21/12/2011 09:57:25 49 Fórum O fórum consiste em uma discussão no Ambiente sobre um tema específico. É uma ferramenta de grande importância, pois permite a comunicação entre professores e alunos a qualquer momento, desde que se tenha um computador disponível e conectado à internet. De certa forma, podemos considerar o fórum como uma caixa de correio online, onde professor e alunos podem postar suas mensagens e fazer a leitura das mensagens dos participantes que estão envolvidos no curso. O fórum, como um espaço de discussão coletiva, permite que cada participante, ao ler a mensagem do seu colega, acrescente comentários, concorde ou até mesmo seja divergente da opinião do outro. A forma assíncrona de comunicação desta ferramenta permite que o participante use seu tempo pessoal para elaborar suas reflexões sobre o tema que está sendo discutido. Bate-papo ou chat A sala de bate-papo do Moodle é uma ferramenta simples de comunicação que permite a professores e alunos comunicar-se em tempo real (online). Seu funcionamento é semelhante a um sistema de mensagens instantâneas como, o MSN. No bate-papo, é preciso que todos os participantes estejam online, ou seja, conectados à internet, logados no ambiente Moodle e dentro da sala de bate-papo para que seja possível a comunicação. Essa ferramenta pode ser útil como espaço de discussão, de esclarecimento de dúvidas, mas também pode ter outros usos, tais como discussão de vídeos ou textos, por exemplo. Figura 2: Tela de bate-papo do MoodleMensagem AULA 4 TÓPICO 3 EaD.indd 49 21/12/2011 09:57:25 Educação a D is tânc ia50 Mensagem A ferramenta Mensagem possibilita a troca de mensagens instantâneas entre os participantes do curso. Na imagem seguinte, é possível visualizar uma mensagem recebida. Para acessá-la, é necessário clicar no ícone em forma de carta que situado ao lado do nome do autor. Figura 3: Tela de mensagens Wiki É uma atividade que permite construir documentos de forma coletiva, usando um navegador da internet. Na imagem abaixo, você pode observar um exemplo de atividade realizada utilizando-se a ferramenta colaborativa Wiki. Figura 4: Tela de Wiki do moodle Na ferramenta Wiki, documentos são disponibilizados para que sejam desenvolvidos coletivamente. Esse tipo de tecnologia aumenta a velocidade de criação e atualização de páginas desenvolvidas por vários autores ao mesmo tempo sem haver a necessidade de revisões antes de as modificações se tornarem efetivas. Dessa forma, o Wiki no Moodle tem o objetivo de
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