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Educação a Distância EaD

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Prévia do material em texto

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
Universidade Aberta do Brasil
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará
Diretoria de Educação a Distância
Fortaleza, CE
2010
Educação a Distância
Tecnologia em Hotelaria / Licenciatura em Matemática
Cassandra Ribeiro Joye (Org.)
EaD.indd 1 21/12/2011 09:57:18
Presidente
Luiz Inácio Lula da Silva
Ministro da Educação
Fernando Haddad
Secretário da SEED
Carlos Eduardo Bielschowsky
Diretor de Educação a Distância
Celso Costa
Reitor do IFCE
Cláudio Ricardo Gomes de Lima
Pró-Reitor de Ensino
Gilmar Lopes Ribeiro
Diretora de EAD/IFCE e 
Coordenadora UAB/IFCE
Cassandra Ribeiro Joye
Vice-Coordenadora UAB 
Régia Talina Silva Araújo
Coordenador do Curso de 
Tecnologia em Hotelaria
José Solon Sales e Silva
Coordenador do Curso de 
Licenciatura em Matemática
Zelalber Gondim Guimarães
Elaboração do conteúdo
Cassandra Ribeiro Joye
Equipe Pedagógica e Design Instrucional
Ana Claúdia Uchôa Araújo
Andréa Maria Rocha Rodrigues
Carla Anaíle Moreira de Oliveira
Cristiane Borges Braga
Eliana Moreira de Oliveira
Gina Maria Porto de Aguiar Vieira
Giselle Santiago Cabral Raulino
Glória Monteiro Macedo
Iraci Moraes Schmidlin
Jane Fontes Guedes
Karine Nascimento Portela
Lívia Maria de Lima Santiago
Lourdes Losane Rocha de Sousa
Luciana Andrade Rodrigues
Maria Irene Silva de Moura
Maria Vanda Silvino da Silva
Marília Maia Moreira
Saskia Natália Brígido Bastista
Equipe Arte, Criação e Produção Visual
Ábner Di Cavalcanti Medeiros
Benghson da Silveira Dantas
Davi Jucimon Monteiro
Diemano Bruno Lima Nóbrega
Germano José Barros Pinheiro
Gilvandenys Leite Sales Júnior
José Albério Beserra
José Stelio Sampaio Bastos Neto
Larissa Miranda Cunha
Marco Augusto M. Oliveira Júnior
Navar de Medeiros Mendonça e Nascimento
Roland Gabriel Nogueira Molina
Samuel da Silva Bezerra
Equipe Web
Aline Mariana Bispo de Lima
Benghson da Silveira Dantas
Fabrice Marc Joye
Igor Flávio Simões de Sousa
Luiz Bezerra de Andrade FIlho
Lucas do Amaral Saboya
Ricardo Werlang
Samantha Onofre Lóssio
Tibério Bezerra Soares
Thuan Saraiva Nabuco
Samuel Lima de Mesquita
Revisão Textual
Aurea Suely Zavam
Nukácia Meyre Araújo de Almeida
Revisão Web
Antônio Carlos Marques Júnior
Débora Liberato Arruda Hissa
Saulo Garcia
Logística
Francisco Roberto Dias de Aguiar
Virgínia Ferreira Moreira
Secretários
Breno Giovanni Silva Araújo
Francisca Venâncio da Silva
Auxiliar
Ana Paula Gomes Correia
Bernardo Matias de Carvalho
Charlene Oliveira da Silveira
Isabella de Castro Britto
Wagner Souto Fernandes
Créditos
ISBN 978-85-63953-04-9
EaD.indd 2 21/12/2011 09:57:18
IFCE / Diretoria de Educação a Distância/Universidade Federal do Ceará
 Educação a distância. 3ed. rev. /IFCE – Universidade Aberta do Brasil; 
Coordenação Cassandra Ribeiro Joye. - Fortaleza: UAB/ IFCE, 2010.
 55p. : il. ; 27cm.
 1. EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA 2.TECNOLOGIAS DIGITAIS 
3.TECNOLOGIA EM HOSPEDAGEM – ENSINO A DISTÂNCIA 
4.LICENCIATURA EM MATEMÁTICA – ENSINO A DISTÂNCIA . 
Joye, Cassandra Ribeiro. (Coord.) II. Instituto Federal de Educa-
ção, Ciência e Tecnologia do Ceará - IFCE III. Universidade Aberta 
do Brasil IV. Título
CDD – 158.26
C397e 
Catalogação na Fonte: Etelvina Marques (CRB 3 – Nº 615)
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SUMÁRIO
AULA 1
AULA 2
AULA 3
AULA 4
Tópico 1
Tópico 2
Tópico 3
Planejamento e Comprometimento 
na aprendizagem a distância 7
Aprender a distância, como? 12
Modelo de pedagogia a distância 22
Conceito e evolução em Educação a Distância 30
Principais recursos utilizados em EaD 39
Ferramentas de organização, gestão, informação e 
comunicação em EaD 44
Ferramentas Interativas do Moodle 47
Breve histórico da EaD no Brasil 35
Colaboração e autonomia na EaD 24
Autoria na Educação a Distância 27
Técnicas de estudo para aprendiza-
gem a distância 18
Apresentação 5
Referências 53
Currículo 55
Tópico 1
Tópico 2
Tópico 3
Tópico 1
Tópico 2
Tópico 1
Tópico 2
Tópico 3
Aprendendo a distância 6
Educação a Distância 29
Os recursos utilizados em EaD 38
Modelo pedagógico, autonomia 
e autoria em EaD 21
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5
APRESENTAÇÃO
Agora que você é aluno do IFCE e fará seu curso superior na modalidade a distância. Seja 
bem-vindo!
O sucesso do curso e de sua aprendizagem dependerá de você. Trabalhamos com prazer e 
competência, a fim de que você tenha os meios e conteúdos para aprender no seu ritmo, no 
seu tempo, cumprir a todas as exigências do curso e assim obter a sua diplomação. O trabalho 
de preparar e mediar o curso é nosso, mas o de aprender é seu, por isso terá de ficar craque 
na gestão do seu tempo e saber bem explorar os meios e materiais para sua aprendizagem.
Sabemos que o estudo a distância é uma experiência nova, por isso preparamos a disciplina 
“Educação a Distância, Por Que e Como” para ajudá-lo no seu percurso acadêmico.
Queremos que você vá até o fim e se forme, mas lembre-se de que isso só depende de 
você assumir a responsabilidade pela sua aprendizagem. Por isso você tem autonomia para 
organizar seu melhor horário, cumprir suas tarefas e aplicar o que aprendeu.
Bom, então vamos começar o curso e a disciplina do nosso jeito, com os recursos que temos, 
à distância uns dos outros, mas inevitavelmente e inexoravelmente próximos: eu, professora; 
você, aluno; os tutores a distância e toda a equipe pedagógica e de produção.
Esta disciplina foi preparada para ajudá-lo a adquirir as competências necessárias para 
desenvolver habilidades e atitudes necessárias à aprendizagem a distância utilizando o 
ambiente virtual (Internet e CD-ROM) e material impresso.
Seja bem-vindo!
Profa. Cassandra Ribeiro
APRESENTAÇÃO
EaD.indd 5 21/12/2011 09:57:18
Educação a D is tânc ia6
AULA 1 Aprendendo a distância
Esta aula apresenta as orientações básicas e fundamentais para que você 
desenvolva as competências necessárias para aprender na modalidade a 
distância e obter os melhores resultados em sua aprendizagem. Ela é composta 
de três tópicos e todos trazem assuntos relevantes para seu estudo. Vejamos 
alguns deles: 1) modelo pedagógico, planejamento e comprometimento na 
aprendizagem a distância; 2) como aprender a distância; 3) como cumprir as 
atividades curriculares do curso; 4) como desenvolver técnicas de leitura e estudos.
Ao final desta aula, você deverá elaborar seu cronograma de estudo e enviar ao 
tutor a distância que irá acompanhá-lo nos seus estudos. Vamos à aula, então?
Objetivos
•	 Compreender a importância do planejamento e comprometimento em 
cursos a distância.
•	 Conhecer as ferramentas que auxiliam na aprendizagem. 
•	 Apresentar algumas técnicas de estudo para aplicar à aprendizagem a 
distância.
EaD.indd 6 21/12/2011 09:57:18
7
Quando você participou do processo seletivo e obteve sua vaga, decidiu fazer seu curso e na modalidade a distância. Pois bem, agora é hora de se engajar a fundo em seus estudos, saber o que é esperado de você, o 
que você precisa fazer, e como fazer. Em resumo, é hora de desenvolver o hábito de 
planejar e de organizar sua aprendizagem e, com isso, criar melhores condições de 
aprender e de manter-se no controle de seus estudos.
Veja no diagrama a seguir quais atitudes e tarefas são importantes para um 
aluno da modalidade de ensino a distância: 
TÓPICO 1 Planejamento e comprometimento na aprendizagem a distância 
Objetivo:
•	 Compreender a importância do planejamento e 
comprometimento em cursos a distância
AULA 1 TÓPICO 1
EaD.indd 7 21/12/2011 09:57:18
Educação a D is tânc ia8
atitudes e Tarefas de um aluno de EaD
•	 Planejar a longo prazo;
•	 Usar um calendário e 
uma agenda;•	 Construir um horário 
de trabalho cotidiano 
e semanal;
•	 Elaborar uma lista de 
tarefas.
•	 Rever regurlamente 
seu calendário e 
horário de estudo;
•	 Verificar a progressão 
de sua aprendizagem;
•	 Observar como você 
aprende melhor;
•	 Melhorar seus mé-
todos de trabalhos 
intelectuais, se 
necessário.
•	 Preparar um ambiente 
de trabalho confortável;
•	 Manter sua mesa de 
trabalho em ordem;
•	 Ter tempo suficiente 
para trabalhar;
•	 Fazer pausas curtas 
durante o estudo;
•	 Encorajar-se mental-
mente
•	 Perseverar;
•	 Ter confiança em si;
•	 Ser ativo e atuante;
•	 Ser seu próprio 
treinador.
Comprometer-se
Avaliar-se
Gerenciar e 
Planificar
Criar um ambiente 
propício à apren-
dizagem
Ser mestre de sua 
aprendizagem
Diagrama 1 - Atitudes e tarefas de um aluno de EaD
O aluno que estuda a distância necessita ter o controle sobre sua aprendizagem. 
Para isso, deve desenvolver-se uma série de aptidões, habilidades, hábitos, atitudes 
e competências que lhe ajudem a obter bons resultado em sua aprendizagem.
A falta de planejamento é um fator que impede seu sucesso no curso a distância. 
Portanto é preciso densenvolvê-lo continuamente no decorrer do curso!
Você deverá agir como seu próprio treinador agora. Seus esforços devem ser 
voltados para sua aprendizagem. Comprometimento e planejamento do tempo para 
EaD.indd 8 21/12/2011 09:57:18
9
estudar a distância serão as duas coisas mais exigidas de você.
Comprometimento 
Para avaliar e melhorar seu grau de comprometimento, pense em seu objetivo 
de concluir seu curso. Para isso, será necessário:
•	 Ter disciplina e realizar as atividade do curso.
•	 Valorizar o curso que escolheu se dedicando para que ele se mantenha 
em um ótimo padrão de qualidade.
•	 Confiar em si mesmo para superar seus limites e buscar soluções para 
as dificuldades encontradas ao longo de sua aprendizagem.
•	 Ser sujeito e participante ativo do curso, não se limitar a receber 
passivamente a informação e exercer continuamente seu espírito 
crítico, valorizando suas opiniões e as dos colegas. 
Planejamento
Em Educação a Distância (EaD), o estudante deve aprender a autodisciplina 
e a gestão do seu tempo. O sistema tradicional de ensino o habituou a lhe dizer 
o que fazer, quando fazer, como fazer e com que fazer, dificultando assim o 
desenvolvimento dessas habilidades tão necessárias agora. Sem disciplina, é quase 
improvável que o estudante conclua seu curso. Na verdade, o bom aluno de EaD 
precisa de duas características principais: autonomia e disciplina. Esse aluno 
compõe o universo de pessoas que “sabem dosar suas horas de estudo”, no dizer 
de Litto, Presidente da Associação Brasileira de Educação a Distância-ABED .
E agora? Como fazer? A resposta é planejar! O planejamento é a chave para 
seu sucesso no curso, nas disciplinas e também na vida! Para isso, comece por 
aprender a planejar seu tempo. O planejamento é uma ferramenta poderosa para:
•	 Estabelecer objetivos e prioridades claros realizáveis dentro do 
cronograma do curso e do tempo de que você dispõe para estudar.
•	 Gerenciar seus estudos, seu tempo e seu ritmo bem como para o 
cumprimento das atividades curriculares do curso.
•	 Calcular/ organizar o tempo para os estudos.
•	 Avaliar as condições que você tem disponíveis e aquilo de que precisa 
para melhor se aplicar nos estudos.
•	 Criar as condições (físicas, psicológicas e emocionais) favoráveis a seus 
estudos
•	 Controlar e avaliar constantemente sua maneira de aprender, 
melhorando-a no que for necessário.
AULA 1 TÓPICO 1
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Educação a D is tânc ia10
Estabelecendo objetivos e prioridades claros e realizáveis
Pallof e Pratt (2004), em “O aluno virtual”, destacam os princípios básicos 
para o gerenciamento do tempo: o estabelecimento claro dos objetivos e o 
estabelecimento de prioridades. As prioridades, por sua vez, devem sempre estar 
ligadas aos objetivos.
Os autores chamam atenção para como devem ser estabelecidos os objetivos, 
e dizem da relação entre objetivo e obtenção de nota; e objetivo e apreensão de 
conteúdo, como se vê a seguir:
Os alunos virtuais devem ser incentivados a determinar seus objetivos não só 
pelo resultado do programa como um todo, mas pelos resultados obtidos em 
cada um dos cursos que farão. Mesmo que o curso seja um pré-requisito, uma 
obrigação para se obter o diploma, é importante estabelecer o tempo necessário 
para dar conta dos trabalhos. Se, por exemplo, a meta final for atingir a nota 
necessária para ser aprovado em um curso online da disciplina de estatística e se 
os objetivos de fato contiverem a necessidade de compreender melhor os vários 
pontos estudados em tal disciplina, o aluno poderá avaliar as exigências que 
lhe são impostas à luz de suas metas e objetivos, determinando as prioridades 
para estudo independe, tempo online, tempo para realização de trabalhos, etc. 
O tempo destinado para cada uma dessas atividades deve, então, ser planejado e 
marcado em um calendário. (PALLOF; PRATT, 2004, p. 100-1)
Pallof e Prat sugerem uma figura em que apresentam a priorização de 
atividades pelo aluno:
Importante, mas não 
urgente
Importante e urgente
Nem importante nem 
urgente
Não importante, mas 
urgente
IM
P
O
R
TÂ
N
C
IA
URGÊNCIA
(P
A
LL
O
FF
; P
RA
T
T,
 2
00
4)
priorizando o comprometimento com o tempo
Quadro 2 - Priorizando o comprometimento com o tempo
EaD.indd 10 21/12/2011 09:57:19
11
Você deve aprender a estabelecer dentro dessa classificação quais são 
suas prioridades, de modo a poder cumprir todas suas tarefas e compromissos, 
priorizando, é claro, as mais importantes e urgentes sem se descuidar das demais.
Os autores ainda discutem como as atividades podem ser encaixadas no 
quadro. Você também pode fazer isso. Dessa forma, procure construir o seu quadro. 
Para isso, use o cronograma, agenda, horários e lista de tarefas descritas mais adiante.
AULA 1 TÓPICO 1
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Educação a D is tânc ia12
TÓPICO 2 Aprender a distância, como?
Objetivo:
•	 Conhecer as ferramentas que auxiliam na 
aprendizagem.
A resposta à pergunta feita no título deste tópico é... aprendendo a planejar, gerenciar e avaliar seus estudos, seu tempo e seu ritmo bem como o cumprir as atividades curriculares do curso. 
Existem diversas ferramentas de gestão que ajudam na tarefa de planejamento e 
avaliação. A Universidade de Laval, no Canadá (DESSAINT, 1998), já pela experiência 
acumulada de muitos anos em Educação a Distância, aconselha que o estudante 
prepare e utilize um calendário, uma agenda, um quadro de horários diário/semanal 
e também uma lista de tarefas a cumprir a cada semana, como ferramenta básica 
para se planejar. São essas ferramentas que vamos indicar para ajudá-lo a planejar e 
organizar sua formação.
Dessaint (1998) ressalta que essas ferramentas ajudam a acompanhar a longo 
prazo e seguir atentamente a progressão da aprendizagem, conforme detalharemos 
a seguir:
Sua primeira ferramenta: um grande calendário! 
O ambiente virtual fornece um calendário semanal das atividades curriculares, as 
datas das provas, encontros e práticas presenciais e outras atividades. 
Pois bem, pegue esse mesmo calendário e amplie com seus outros compromissos: 
familiares, profissionais e sociais (aqueles inadiáveis), como o aniversário de seus 
pais ou uma viagem já programada. Transforme em um calendário bem grande e 
colorido, se puder, destacando com cores diferentes as prioridades importantes e 
urgentes.
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13AULA 1 TÓPICO 2 13
Coloque seu calendário bem visível, em local ondevocê passe a maior parte do 
seu tempo (em casa ou no trabalho). Ah! Ele é para ser consultado como remédio, duas 
vezes por dia! Com ele, você saberá os seus períodos mais ocupados e os mais leves. 
Assim você pode organizar melhor o uso do tempo para seus estudos individuais e 
atividades obrigatórias do curso sem se perder e, de quebra, pode obter os melhores 
resultados no curso e nas disciplinas.
Uma agenda, santa ferramenta!
Que caderninho útil para tantas coisas! Adquira o hábito de ter e usar 
diariamente uma agenda. Pegue seu calendário e anote logo na agenda todos 
os compromissos do curso. Em seguida, anote seus compromissos pessoais e 
profissionais. Vá alimentando sua agenda com as atividades que forem surgindo. 
Com isso, você terá, além do controle dos seus afazeres, uma ajuda para avaliar 
o cumprimento dos seus compromissos e até para fazer relatórios periódicos. 
Se preferir, que tal você fazer também a mesma agenda em formato digital, no 
computador?
Meus horários diários/semanais? 
Um cronograma geral, amplo e em formato grande na sua frente; e uma 
agenda, onde há o registro de tudo que deve fazer no curso, vão ajudá-lo a 
estabelecer os horários reservados para estudo e atividades profissionais. Mas não 
se esqueça de reservar tempo para o divertimento!
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Educação a D is tânc ia14
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará-IFCE
Universidade Aberta do Brasil-UAB
Curso de ________________________
Semana do 15 a 20 de outubro de 2009
Aluno _____________________________________
Horas Dom Seg Ter Qua Qui Sex Sáb
6 h às 7 h
7 h às 8 h
8 h às 9 h
9 h às 10 h
10 h às 11 h
11 h às 12 h
12 h às 13 h
13 h às 14 h
14 h às15 h
15 h às 16 h
17 h às 18 h
18 h às 19 h
19 h às 20 h
20 h às 21 h
21 h às 22 h
22 h às 23 h
23 h às 24 h
agora minha lista de tarefas a cumprir... 
não posso perder o rumo!
Outra ferramenta, sem dúvida, eficaz para planejamento, gestão e controle 
da sua aprendizagem é criar e manter bem atualizada uma lista de tarefas a cumprir, 
na qual você vai marcando aquelas que forem sendo cumpridas. 
Veja outro modelo bem prático (se desejar, pode criar o seu, do seu jeito.)
Não esqueça que você deve controlar seu tempo para não ficar sobrecarregado, 
se isso acontecer, reavalie seu cronograma, sua agenda, seu horário e sua lista de 
Quadro 3 - Cronograma de horário semanal
EaD.indd 14 21/12/2011 09:57:19
15AULA 1 TÓPICO 2 15
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará-IFCE
Universidade Aberta do Brasil-UAB
Curso de ________________________
Tarefas a cumprir
Aluno _____________________________________
Atividade (s)
Tarefas e 
subtarefas a 
cumprir
Tempo necessário 
para cada tarefa 
ou subtarefa
Recursos 
necessários
Prazos a 
cumprir
Aqui você 
assinala as ativi-
dades a cum-
prir, trabalho 
escrito, exer-
cício do livro 
didático, exercí-
cio no ambiente 
virtual, prova 
presencial, 
discussão no 
fórum, pesquisa 
na biblioteca, 
pesquisa na in-
ternet, relatório 
de visita téc-
nica, discussão 
com o tutor, 
encontro no 
polo, e outras.
Exemplo:
Fazer um 
resumo, ler um 
texto, respond-
er a um exer-
cício, marcar 
uma discussão 
com o tutor, 
responder 
ao fórum, 
responder 
perguntas, ver 
um vídeo reco-
mendado pelo 
professor, etc.
Anote quanto 
tempo você acha 
que vai precisar 
para realizar cada 
tarefa
Discrimine o 
que você vai 
precisar para 
executar a 
tarefa: Livro, 
vídeo, inter-
net e outros.
Exemplos 
de prazos a 
cumprir: 
limite de 
data para a 
entrega um 
trabalho, 
devolver 
os livros na 
biblioteca, 
postar uma 
mensagem no 
fórum, pro-
curar o tutor, 
entregar um 
documento.
Quadro 4 - Cronograma de atividades
tarefas redistribua conforme o estabelecimento das prioridades. Claro que priorizará 
as mais importantes e urgentes. Respeite seus limites e seu tempo. Nos períodos mais 
sobrecarregados, procure parar e depois retomar as atividades com a mente mais 
aberta, descansada. Gerencie seu tempos, seu ritmo e garanta seus prazos.
Como eu estou progredindo na minha aprendizagem? 
A importância da autoavaliação...
O professor pode saber suas notas, mas a verdadeira situação de sua 
aprendizagem somente você sabe. Por isso deve adquirir o hábito de se avaliar 
constantemente, pois a autoavaliação é a melhor bússola para você administrar seu 
percurso de aprendizagem e sua progressão nos estudos. 
A profa. Dessaint (1998) afirma que as vantagens da autoavaliação são numerosas. 
Baseada no que diz a teórica e em nosso conhecimento (tanto de professora quanto de 
estudante), acreditamos que a autoavaliação permite ao aluno
EaD.indd 15 21/12/2011 09:57:19
Educação a D is tânc ia16
a) Conhecer-se melhor como estudante.
•	 Identifique que tipo de estudante você é. Se for muito rigoroso ou 
relapso, é hora de tomar decisões e mudar de atitude, não é?
•	 Saber qual seu modo próprio de pensar, de aprender as coisas, quais as 
melhores condições para aprender mais e melhor: se é lendo e ouvindo 
música, por exemplo, se é anotando e fazendo esquemas do que vai 
estudando; o que lhe distrai e o que o ajuda a se concentrar para 
aprender mais fácil e rapidamente.
b) Avaliar: como eu aprendo melhor e mais rápido? 
O que facilita ou dificulta meu aprendizado?
•	 Analisar qual o grau de conhecimento que você já tem (ou não tem) 
sobre o assunto estudado, se precisa estudar mais, pesquisar sobre 
o assunto, aprender coisas mais básicas para compreender melhor o 
conteúdo ou ir logo para a parte mais aprofundada, pois as bases você 
já sabe.
•	 Preparar-se para as avaliações e provas, mantendo seus exercícios em 
dia e revisando-os frequentemente.
É importante também você estar “antenado” com suas motivações, suas 
mudanças de humor, seu estado de espírito. Ninguém é de ferro. Se estiver se 
sentindo desmotivado, desanimado, frustrado, é hora de pedir ajuda para o pessoal 
do curso ou até mesmo para família dar uma forcinha.
•	 Lembrar-se sempre de que só quem sabe de você é você mesmo.
Então, trate de detectar e corrigir o que não estiver bom (consigo e com suas 
tarefas).
Temos acima alguns conselhos que ajudam na autoavaliação. Eis alguns 
exemplos para você refletir e, é claro, para guiar-se nos estudos:
•	 Faça uma análise de seu calendário, de seu horário e de sua lista semanal 
de tarefas, mantendo-os regularmente em ordem de modo a fazer um 
balanço e controlar sua progressão nos objetivos e compromissos.
•	 Habitue-se a consultar os livros e guias (como nesse módulo que você 
está estudando agorinha mesmo) que contenham técnicas e estratégias 
eficientes de trabalho intelectual e faça um paralelo com seu próprio 
modo habitual de estudar. Veja o tópico 4 dessa aula e volte para cá 
depois . Marque as técnicas que você domina menos e veja como isso 
poderia afetar ou reduzir a velocidade de seu aprendizado. Busque 
superar as dificuldades exercitando.
•	 Ao receber as correções dos trabalhos, revise e, se for necessário, 
discuta com seu tutor.
•	 Durante os momentos em que você estuda (lê, faz trabalhos, resumos, 
EaD.indd 16 21/12/2011 09:57:19
17
exercícios, pesquisa), observe seu modo de trabalhar. Identifique o que 
o distrai e tira sua concentração, quais as maneiras de estudar que são 
mais eficientes. Assim você, ao final do estudo, não terá aquela sensação 
de que gastou seu tempo à toa.
•	 Claro que há muito conteúdo sobre o qual a gente não tem muita 
motivação para aprender, mas é necessário para o conjunto do curso. 
Se isso lhe acontecer, encontre e construa boas motivações para tirar 
o melhor proveitodo conteúdo. A mesma recomendação serve para os 
exercícios e as atividades propostas. Embora elas não lhe pareçam tão 
estimulantes, aproveite-as para revisar seus conhecimentos.
AULA 1 TÓPICO 2
EaD.indd 17 21/12/2011 09:57:19
Educação a D is tânc ia18
TÓPICO 3 Técnicas de estudo para a aprendizagem a distância
Objetivo:
•	 Apresentar algumas técnicas de estudo 
para aplicar à aprendizagem a distância.
Assim como no curso presencial, a principal obrigação do estudante é estudar, lógico! Então, como tirar melhor proveito dos estudos?Esse tópico apresenta algumas técnicas de estudo que vão ajudá-
lo nessa tarefa.
Leituras, leituras, leituras... você sabe ler? De verdade? Você lê assiiiimmmm... 
se informando ou você lê ASSIIIMMMM ...ENTENDENDO?! Pois é, nos estudos, 
para aprender, é preciso tirar o máximo proveito da leitura, ser um bom leitor. 
Não se engane: há muita gente que tem dificuldade de entender textos abstratos, 
extrair ideias principais, resumir o que foi lido, relacionar o conteúdo com outros 
conhecimentos ou associar aqueles conhecimentos com outros, por exemplo.
Ter essas dificuldades é comum, pois, a menos que o trabalho exija, a gente 
só se preocupar quando está estudando e, às vezes, é motivado (a) só porque vai 
cair na prova... Pode uma coisa dessas? Pode. Uma das causas de abandono de curso 
a distância é porque o estudante não desenvolveu boas habilidades de leitura e por 
isso “se perde” no conteúdo.
Bom, este tópico é proposto para ajudá-lo a refletir sobre sua prática de 
leitura e ajudá-lo a tirar o máximo de proveito nos seus estudos. Agora você é 
“senhor absoluto” de sua aprendizagem!
Ter claro o objetivo da leitura
A primeira etapa de qualquer leitura é saber para que você irá ler, ou seja, 
qual o objetivo da leitura. Disso vai depender seu ritmo: se será uma leitura rápida 
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ou mais demorada. Vai ler para fazer anotações? Para um trabalho de pesquisa? 
Para aprender um tema novo? Para responder atividades ou estudar para prova?
Dependendo do objetivo da leitura, verifique de quanto tempo você precisa 
dispor para ler e veja o ambiente mais adequado para seu conforto e concentração.
Dê uma olhada geral na estrutura e organização do material a ser lido e tente 
identificar as intenções do autor. Observe o sumário, títulos e subtítulos. Tente 
identificar o que você já conhece do conteúdo.
A partir disso, você pode estabelecer que tipo de leitura você deve fazer: 
reflexiva? Seletiva? Ler o texto em diagonal? Fazer uma leitura ativa e analítica, ou 
misturar as técnicas de acordo com as necessidades?
A leitura reflexiva ocorre especialmente para textos que necessitam de uma 
reflexão mais profunda, como os textos filosóficos. Esse tipo de leitura exige do 
leitor parar regularmente e refletir sobre as ideias do autor.
A leitura seletiva permite estabelecer um primeiro contato com um livro, um 
texto didático ou uma revista para descobrir as ideias desenvolvidas pelo autor. 
Nesse tipo de leitura, consultam-se as seguintes partes: o índice ou sumário, o 
prefácio ou apresentação, as notas biográficas do autor, os resumos, o glossário, 
o índice, o capítulo ou o texto de introdução, as dedicatórias, a conclusão, como 
também o primeiro e o último parágrafos de todo capítulo ou toda seção. Dá-se uma 
olhada também nos quadros, nos diagramas e nas figuras ou ilustrações.
Na leitura seletiva, aconselha-se marcar as passagens importantes, reler, 
anotar para usar depois, como também elaborar perguntas sobre as ideias e sobre 
as referências com outros textos sugeridos. Procedendo dessa forma, não será 
mais necessário reler depois todo o texto, a não ser para encontrar determinados 
detalhes que devem ser aprofundado. Mas lembre-se: essa leitura deve ser o mais 
breve possível. Ela é somente para procurar informações específicas no texto.
Já a leitura em diagonal permite descobrir rapidamente as ideias e os temas 
importantes de um texto. Esse tipo de leitura nada mais é que um sobrevoo pelo texto 
sem se deter nas palavras, com os olhos movimentando-se em diagonal no texto, da 
esquerda para a direita, e de cima para baixo, ziguezagueando pelas páginas.
A leitura seletiva e a leitura em diagonal não precisam de treinamento e 
têm a vantagem de estabelecer na cabeça do leitor uma rede inteira de ideias e 
conhecimentos que lhe permitirão usar melhor informação quando fizer as leituras 
ativa e analítica.
A leitura ativa e analítica permite clarear as ideias importantes de um texto e 
AULA 1 TÓPICO 3
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Educação a D is tânc ia20
reconstruir informação a ser apropriada pelo leitor, ativando seus conhecimentos anteriores, 
evidenciando as ideias importantes e dirigindo a leitura para atestar a compreensão.
Para ativar os conhecimentos anteriores - aqueles que acumulamos durante 
toda nossa vida, que são frutos de nossa experiência e que facilitam a aprendizagem 
de novos conhecimentos (pois a pessoa sempre faz associações entre o que sabe e o 
que vai saber), exercite isso: leia a introdução, faça os exercícios para ver o que você 
já sabe, tente fazer analogias, comparar com outras situações parecidas; encontre 
exemplo: escreva suas impressões, seus comentários, o que você achou das passagens 
mais importantes. Enfim, crie ou descubra seu jeito de ativar seus conhecimentos!
Chegamos ao final da nossa primeira aula. Ao longo dessa semana, abordamos 
as orientações básicas para que você desenvolva as competências necessárias para 
aprender na modalidade a distância.
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AULA 2
Modelo pedagógico, 
autonomia e autoria 
em EaD
Esta aula apresenta as orientações básicas e fundamentais para que você 
desenvolva as competências necessárias para aprender na modalidade a 
distância e obter os melhores resultados em sua aprendizagem. Ela é composta 
de três tópicos e todos trazem assuntos relevantes para seu estudo. Vejamos 
alguns deles: 1) modelo pedagógico, planejamento e comprometimento na 
aprendizagem a distância; 2) como aprender a distância; 3) como cumprir as 
atividades curriculares do curso; 4) como desenvolver técnicas de leitura e estudos.
Ao final desta aula, você deverá elaborar seu cronograma de estudo e enviar ao 
tutor a distância que irá acompanhá-lo nos seus estudos. Vamos à aula, então?
Objetivos
•	 Discutir o modelo de pedagogia a distância do IFCE;
•	 Discutir a metodologia colaborativa em EaD;
•	 Compreender a importância da autonomia na EaD; 
•	 Discutir a prática de autoria na EaD.
AULA 2
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Educação a D is tânc ia22
TÓPICO 1 Modelo de pedagogia a distância
Objetivo:
•	 Discutir o modelo de pedagogia a distân-
cia do IFCE.
O modelo pedagógico da EaD, diferente do presencial, é planejado e produzido para dar a você o maior controle possível sobre sua aprendizagem. Assim, é você quem escolhe o momento, o lugar, o seu 
ritmo de aprendizagem, levando em conta que o ritmo precisa estar de acordo com 
o cronograma da disciplina que você está cursando.
Neste curso, você contará com uma diversidade de ambientes de ensino e 
aprendizagem, mediado por tecnologias impressa e digital (CD-ROM, internet, 
webconference e, algumas vezes, videoconferência), além dos momentos presenciais 
nos Polos.
O modelo pedagógico da EaD é concebido para a aprendizagem de adultos, 
segundo os princípios da Andragogia. Diferente do curso tradicional em sala de 
aula, a formação que você agora inicia o torna o mestre de sua aprendizagem, o 
gestor do seu tempo e ritmo.
Definimos Andragogia comparando-a à Pedagogia. A Andragogia é a arte e 
a ciência da educação de adultos, e a Pedagogia é a artee a ciência da educação de 
crianças e adolescentes. Portanto as práticas de ensino e aprendizagem andragógicas 
distiguem-se das pedagógicas.
Crianças e adultos têm necessidades diferenciadas. Crianças são mais 
dependentes da orientação dos adultos; adolescentes têm essa dependência 
reduzida; e adultos, além de independência, contam com sua experiência de vida 
que influencia diretamente sua aprendizagem autônoma. Em função disso, há 
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23
necessidade de se ter uma ciência voltada para o ensino de adultos e outra para o 
ensino de crianças.
A Andragogia, ao estudar as características do adulto em situação de 
aprendizagem, consegue determinar quais as melhores condições para aprender. 
Isso porque
a) Os adultos são portadores de uma experiência que os distingue das crianças e dos jo-
vens. Em numerosas situações de formação, são os próprios adultos com a sua experiên-
cia que constituem o recurso mais rico para as suas próprias aprendizagens.
b) Os adultos estão dispostos a iniciar um processo de aprendizagem desde que com-
preendam a sua utilidade para melhor enfrentar problemas reais da sua vida pessoal e 
profissional.
c) Em algumas situações de ensino em que adultos estão envolvidos, há mais facilidade 
para se enfatizar o trabalho com resolução de problemas e tarefas com que se confrontam 
na sua vida cotidiana, uma vez que os próprios adultos demandam com mais frequência 
esse tipo de abordagem.
d) Os adultos são sensíveis a estímulos da natureza externa (notas, etc.), mas são os 
fatores de ordem interna que primeiramente motivam o adulto para a aprendizagem (sat-
isfação, autoestima, qualidade de vida, etc.)
Por essas razões, nosso modelo é centrado 
no estudante, que precisa ter todos os meios, 
materiais e estratégias didáticas concebidas 
para que sua aprendizagem seja facilitada. 
Por isso as mídias de entrega do conteúdo são 
variadas. Temos o livro didático impresso como 
predominante, além do CD-ROM, que traz mais 
conteúdos enriquecidos, e do ambiente virtual, 
no qual o aluno pode interagir com o professor/
tutor e um colegas.
Aproveite para rever e fortalecer suas 
motivações neste curso.
AULA 2 TÓPICO 1
S a i b a m a i s
Pesquise mais sobre Andragogia. Vá ao 
Google (www.google.com.br) e insira a 
frase “o que é andragogia?”.Explore as 
definições, os autores. Não deixe de dar 
uma olhada no que diz Paulo Freire. Por 
fim, faça um resumo do que conseguiu 
aprender sobre o assunto.
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Educação a D is tânc ia24
TÓPICO 2 Colaboração e autonomia na EaD
Objetivos:
•	 Discutir a metodologia colaborativa em EaD.
•	 Compreender a importância da autonomia 
na EaD.
Neste tópico, você estudará duas importantes questões que envolvem a educação a distância por meio de Ambientes Virtuais de Educação que consistem na autonomia e na metodologia colaborativa. Esses 
aspectos são relevantes, pois permitem situar alunos e professores em um modelo 
de educação que busca uma aprendizagem colaborativa e autônoma.
2.1 Metodologia colaborativa 
Com a possibilidade de comunicação e compartilhamento de informações 
entre alunos e professores (e entre alunos e alunos trazidas pelas tecnologias digitais 
e suas ferramentas) novas formas de ensinar e aprender foram desenvolvida. Nesse 
contexto, destacamos a metodologia colaborativa para o ensino a distância como uma 
das mais utilizadas atualmente no contexto de ensino 
por meio de Ambientes Virtuais de Aprendizagem - 
AVA. 
A metodologia colaborativa tem como fundamento 
a relação e troca de conhecimento entre os sujeitos. 
Como pressuposto para aprendizagem, supõe que, além 
da mediação do professor e de estudo individuais com 
materiais didáticos, é imprescindível o trabalho coletivo 
entre os alunos.
A ideia-chave da metodologia colaborativa 
é o desenvolvimento do diálogo, pois, por meio 
Figura 3: Mediação do professor
Fo
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25
dele, é possível aprender com o outro. Para isso, é 
necessário que tanto o professor-tutor quanto os 
alunos estejam abertos a essas possibilidades. Para 
que a metodologia colaborativa em EaD realmente 
tenha sucesso, é necessário que tanto alunos quanto 
professores superem a ideia de que Educar é transmitir 
conteúdo, pois, nessa concepção, não se valorizam os 
conhecimentos que os alunos já trazem quando entram 
em seus cursos e disciplinas. Educar é muito mais que 
transmitir conhecimento, é a possibilidade de formação 
integral de sujeito em que o conhecimento precisar ser 
construído tendo significado para os alunos.
2. 2 Autonomia na EaD
Uma das características mais importantes de um aluno que estuda e 
aprende a distância é a autonomia, pois ele tem a liberdade, a responsabilidade, a 
flexibilidade e o gerenciamento do seu tempo. Ou seja, é o aluno quem determina 
como, quando, em que tempo irá estudar, estando ele longe geograficamente do 
professor e do colega.
Primeiro vamos entender o conceito de Autonomia de acordo com o 
dicionário Aurélio (2004), significa “faculdade de se governar a si mesmo”, Isto é, 
capacidade, liberdade, independência de direcionar seus atos, de gerir seus passos 
em busca de algo que lhe traga crescimento pessoal e/ou material.
Um aluno que estuda e aprende a distância precisa compreender que seu 
sucesso está na arte de “aprender a aprender” e, para isso, ele precisa acreditar 
que a aprendizagem de qualidade pode ocorrer em qualquer lugar e a qualquer 
momento (PALLOFF, PRATT, 2005). Ele deve ter consciência e estar disposto a 
buscar as informações necessárias para a construção do conhecimento e da sua 
aprendizagem, bem como do fortalecimento da autonomia. Ele necessita estar 
aberto para entender que precisa desenvolver a cada dia sua capacidade de refletir, 
avaliar e criticar sobre todos os elementos que envolvem sua aprendizagem (seja 
sobre o conteúdo, seja sobre suas contribuições ou as dos colegas, enfim).
A participação do professor no processo de construção da autonomia por 
parte do aluno é fundamental. Ele precisa se dispor a ajudar o aluno a solidificar essa 
conquista. Engajar-se no sentido de usar todos os meios e artifícios para despertar 
Figura 4: Diálogo virtual
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AULA 2 TÓPICO 2
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Educação a D is tânc ia26
no aluno o sentido de ser organizado, responsável, crítico, reflexivo. O professor 
precisa estar disposto a não deixar que o aluno se sinta só no processo de ensino-
aprendizagem, procurando sempre dialogar, discutir, instigar o aluno a pesquisar, a 
construir opiniões e desenvolver conceitos.
“Autonomia não é sinônimo de aprendizagem solitária, de auto-instrução, de 
autodidatismo; ela não implica em abdicação de responsabilidade por parte do 
professor; não é um novo método de ensino, não é um comportamento uniforme 
facilmente descrito; não é um estado definitivo provocado no aprendiz. [...] É 
essencialmente a relação psicológica que o aprendiz tem com o processo e o 
conteúdo da aprendizagem. É a centralização do processo pedagógico sobre 
o aprendiz enquanto sujeito de sua própria formação. [...] Não se deve ficar 
surpreso se certos aprendizes oferecerem resistência à aprendizagem autônoma. 
A autonomia implica em um desafio constante às nossas crenças, o que pode 
ser desestabilizador; mas serão sempre os alunos autônomos que farão melhor 
a transição entre a aprendizagem e a utilização da linguagem.”(LITTLE, 1990, 
apud GRANDCOLAS, 1993)
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27AULA2 TÓPICO 3
TÓPICO 3 Autoria na Educação a Distância
Objetivo:
•	 Discutir a prática de autoria na EaD
A educação a distância por meio do Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA) permite ao aluno uma proximidade com a internet, na qual existe uma ampla fonte de pesquisa, desde textos simples até dissertações e 
teses completas, constituindo-se em um importante banco de dados que auxilia 
alunos e professores no contexto educativo atual. 
Se por um lado a internet possui uma grande vantagem por ser uma rica 
fonte de informação e pesquisa, por outro lado se constitui em um dispositivo 
que permite a apropriação de produção intelectual de outras pessoas, uma prática 
conhecida comumente como “copiar e colar”. Essa prática vem sendo amplamente 
desenvolvida e se configura como um problema grave enfrentado pelas instituições 
de ensino superior.Por esse motivo, merece ser destacada e discutida, pois envolve 
um problema ético. 
Essa problemática já existente no âmbito escolar e acadêmico é ampliada 
com as possibilidades trazidas com a tecnologia digital, na qual permite que toda 
informação disponível na web seja copiada, editada e utilizada, muitas vezes sem 
nenhuma preocupação em garantir os devidos créditos por parte de quem produziu 
o conhecimento e/ou informações disponíveis. Diante disso, percebemos que muitos 
trabalhos escolares entregues pelos alunos são cópias idênticas de textos tirados 
da internet. Outras vezes são copiados trechos de diferentes textos, formando um 
trabalho descontextualizado e sem coerência, caracterizando uma prática ilegal 
conhecida como plágio, o qual consiste na apropriação total ou parcial de textos sem 
a autorização de seu autor. 
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Educação a D is tânc ia28
Ciente dessa questão de difícil solução, é necessário que a comunidade 
acadêmica problematize-a abrindo um espaço de discussão e diálogo constante para 
que se apresentem todas as consequências da prática de apropriação indevida de 
materiais de outrem. Silva (p. 357, 2008) destaca que “torna-se vital a reflexão 
sobre a prática do plágio entre os graduandos, professores em formação, visto ser 
esse um problema que tem tomado proporções críticas, pois roubar de si mesmo a 
possibilidade de um outro pensar, da inventividade, é um preço muito caro que o 
sujeito tem a pagar.”
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29
AULA 3 Educação a Distância
Chegou o momento de tratarmos dos conceitos que envolvem a EaD, pois, como 
você é aluno de um curso de graduação a distância, é importante que conheça 
os conceitos que envolvem essa modalidade de ensino-aprendizagem, bem 
como sua evolução que esteve condicionada à evolução das mídias. Além de 
tratar desses aspectos, nesta aula, você também conhecerá um pouco sobre o 
histórico da EaD no Brasil.
Objetivos
•	 Conhecer os conceitos que envolvem a Educação a Distância.
•	 Conhecer um breve histórico da Educação a Distância no Brasil.
AULA 3
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Educação a D is tânc ia30
TÓPICO 1 Conceito e evolução em Educação a Distância
Objetivo:
•	 Conhecer os conceitos que envolvem a 
educação a distância.
Educação a Distância (ou EaD) é o termo genérico usado no Brasil para designar modos de formação ou de aprendizagem 
cuja mediação estudante-professor-conteúdo 
é feita por alguma tecnologia e que, por isso, 
diferencia-se do modelo presencial clássico.
Educação a Distância (EaD ), Formação a 
Distância (FaD ), Aprendizagem Aberta e a Distância 
(AAD ), E-Learning, e mais recentemente U-learning 
ou U-formação: os termos e escrita demonstram que, 
quando se fala dessa modalidade educacional, não há 
como dissociá-la dos meios de entrega do conteúdo e 
de interação, ou seja, das Tecnologias da Informação 
e Comunicação (TIC ).
A Educação a Distância, simplificada no 
termo EaD , segundo o Decreto nº 5.622, de 19 
de dezembro de 2005, que regulamenta o art. 
80 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, 
em que se estabelecem as diretrizes e bases da 
educação nacional, é caracterizada como
modalidade educacional na qual a mediação didático-
v o c ê s a b i a?
“E” vem de “eletronic”, como o ”e”- de 
e-mail. Significa uma modalidade de EaD 
basEaDa na internet e em outros meios 
digitais, como Educação Online, no Brasil. 
Isso porque há outros modelos de EaD 
como cursos semipresenciais e/ou que 
utilizam outras mídias além da internet. 
Já o “U”é bem novo e significa “ubiquos”, 
ubiquitous, ou simplesmente mobility (de 
mobilidade). Resume uma modalidade de 
EaD que se organiza a partir das tecnologias 
sem fio (GPRS, 3G, I-Mode, WAP, Wifi). 
No U-learning, você pode acessar os 
conteúdos, fazer as atividades, etc. pelo 
celular. Ainda há o b-learning (blended-
learning), híbrido entre presencial e a 
distância.
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31
pedagógica nos processos de ensino e aprendizagem ocorre com a utilização de 
meios e tecnologias de informação e comunicação, com estudantes e professores 
desenvolvendo atividades educativas em lugares ou tempos diversos.
A incorporação crescente das novas tecnologias da informação e comunicação 
ao processo ensino–aprendizagem a distância vem tornando essa modalidade 
educacional mais democrática, rompendo barreiras culturais de língua, de espaço 
geográfico, de tempo, à medida que dinamiza os modos de ensinar e aprender 
e de realizar as interações pedagógicas necessárias entre “aprendiz/interface, 
aprendiz/conteúdo, aprendiz/professor, aprendiz/aprendiz” (HOFFMANMAN E 
MACMACMACKIN ,1996).
Os atuais estágios de desenvolvimento tecnológico, aliados aos recursos da 
informática e das telecomunicações, mudaram o conceito de distância e aproximaram 
os sujeitos através das ferramentas de comunicação e interação capazes de diminuir 
a barreira (mas não de eliminar) da separação física e temporal entre professor e 
aluno, além de proporcionar um aumento substancial do nível de interatividade.
1.1 A evolução em educação a distância
Pedagogicamente, a evolução da EaD esteve condicionada aos paradigmas e 
tendências educacionais que impulsionaram as experiências didáticas, à medida 
que também evoluíram as concepções e teorias de aprendizagem e também os 
modelos de ensino auxiliados por computador e pelos meios tecnológicos que 
determinam seu uso.
A história da formação a distância pode ser vista, segundo Peraya (2001), 
a partir da evolução das mídias e dos diferentes dispositivos que elas utilizaram. 
Nesta perspectiva cronológica, sinteticamente, definiram-se três grandes etapas 
em associação com os modelos pedagógicos predominantes.
O quadro a seguir, extraído de Peraya (2001), dá uma perspectiva mais 
sucinta e completa sobre esses diferentes períodos.
Mata (1995) afirma que hoje é amplo o leque de possibilidades que se 
oferece à EaD. O vídeo interativo, basEaDo em computador com uso de interfaces 
gráficas, o vídeodisco a laser, o hipertexto, as hipermídias, o CD-ROM, junto 
AULA 3 TÓPICO 1
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Educação a D is tânc ia32
com material impresso, além dos outros recursos como rádio, televisão, telefone, 
correio postal e eletrônico e fax fazem parte dos possíveis materiais e ferramentas a 
serem utilizados. Os satélites de comunicação e as redes de computadores oferecem 
inúmeras possibilidades para criar, armazenar, distribuir, apresentar informações, 
motivar interagir e estabelecer relações no âmbito da mediação pedagógica.
Dentre as várias definições de EaD existentes na literatura sobre o assunto, 
destaca-se a de Moore e Kearsley (2007, p. 2), no qual educação a distância, segundo 
os autores, seria o aprendizado que ocorre normalmenteem um lugar diferente do 
local de ensino, exigindo técnicas especiais de criação do curso e de instrução, 
comunicação por meio de várias tecnologias e disposições organizacionais.
Com a redução nos custos dos equipamentos e a necessidade crescente 
de formação, o aperfeiçoamento profissional e a necessidade de expansão 
do ensino, a EaD configura-se como uma modalidade de ensino e tecnologia 
Evolução da ead
Papel das mídias
Conceito de 
formação a distância
Cenário pedagógico
Impresso 
(metade do 
século IX).
Auxiliar
Suporte substi-
tutivo
Vencer a distância 
geográfica
Ensino de substituição
Expositivo, primazia 
do discurso verbal 
eventualmente ilus-
trado
Multimídia (a 
partir dos anos 
60)
Convergência e 
complementari-
dade
Especificidade 
e eficacidade 
própria de cada 
mídia
Conceito de “mid-
iatização”
Evolução do conceito 
de distância. Vencer 
distâncias socio-
econômicas mais que 
espaço-temporais. 
Ensino da segunda 
chance. Modularidade 
de ensino específico, 
Andragogia
Complementaridade 
dos “ recursos audio-
visuais”
Modalidades sensori-
ais, sistemas socio-
cognitivos, modos de 
tratamento distintos.
Focalização progressi-
va sobre a aprendiza-
gem e o aprendiz.
Telemática 
CMC
(a partir dos 
anos 80)
Dispositivo de 
comunicação e de 
formação
4 formas de me-
diação: tecnológi-
cas, corporais, 
semiocognitivas e 
relacionais
Formações a distância 
aberta e flexível.
Sistemas mistos, 
híbridos
Ambiente integrado 
de trabalho.
Telepresença.
Campus Virtuais. 
Atividades de apren-
dizagem e recursos.
Quadro 4 - Cronograma de atividades
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 2
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1
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educacional acessível e conveniente a várias pessoas que se encontram dispersas 
geograficamente, uma vez que evita deslocamentos e possibilita ao estudante 
aprender em seu ritmo, no tempo e local que lhe são mais convenientes, além 
de favorecer o desenvolvimento de habilidades e competências cognitivas, como 
autonomia, criatividade, autodisciplina, responsabilidade com a própria formação, 
construção do conhecimento, aprendizagem cooperativa entre outras habilidades.
Pedagogicamente, a evolução da EaD esteve condicionada aos paradigmas e 
tendências de ensino que impulsionaram as experiências educacionais, na medida 
em que também evoluíram as concepções e teorias de aprendizagem e os modelos de 
ensino auxiliados por computador, assim como os meios que determinam seu uso.
Desde o ensino por correspondência, em que se utilizava material impresso, 
até o ensino mediado eletronicamente, no qual se utilizam redes de computadores 
e recursos multimídia em tempo real, houve um avanço considerável nessa 
modalidade de ensino. Em EaD, a importância desse avanço pode ser percebida 
pelo destaque que se dá a cada uma das interações que ocorrem em um curso a 
distância. Vejamos a seguir aspectos relevantes das interações tecnologias/aluno/
professor; aluno/interface; aluno e conteúdo; aluno e professor e aluno/aluno.
Os diferentes recursos da tecnologia conjugada (internet, software 
aplicativos, multimídia interativa, hipermídia, videoconferência, audioconferência, 
teleconferência, RV não-imersiva e imersiva (quando esta for possível), e outros 
recursos têm provocado modificações substanciais nos paradigmas de educação 
vigentes. Essas modificações acontecem porque os recursos oferecem ao estudante 
e professor inúmeras possibilidades de acesso à informação; de comunicação via 
esses novos meios e novas formas de aprender e ensinar, que são requeridas nesse 
novo ambiente. A interação em EaD já ocorreu face a face, mas há meios que 
mediam a comunicação.
Outro enfoque para a relação tecnologias/aluno/professor é dado por Hoffman 
e Mackin (1996), cuja preocupação é com os novos paradigmas da interação de 
uma “sala de aula virtual”. Eles afirmam que as interações aluno/interface, aluno/
conteúdo, aluno/professor e aluno/aluno precisam ser adequadamente utilizadas e 
conhecidas para gerar cursos a distância interativos de alta qualidade.
Nestas relações de comunicação, a interação aluno/interface é a linha 
vital entre o professor e o aluno. Se ela falha, o processo pedagógico (formação, 
treinamento e outros) também falha. Entre outras medidas, é necessário tornar a 
tecnologia o mais amigável e transparente possível.
AULA 3 TÓPICO 1
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Educação a D is tânc ia34
Já a interação entre o aluno e o conteúdo ocorre quando o entendimento, a 
percepção e as estruturas cognitivas do aluno são transformadas. A visualização 
dos conteúdos do programa de ensino é criada para estimular, satisfatoriamente, 
não só a percepção e a cognição, mas também a atenção e a motivação do aluno. O 
conceito de entertrainment é proposto por Hoffman e Mackin (1996) para definir a 
mistura de treinamento com entretenimento, a qual serviria para capturar a atenção 
e a imaginação dos estudantes.
Na interação que ocorre entre aluno e professor, o papel do professor-tutor é de 
dirigir o fluxo da informação para o estudante. Isso aconteceria no fato de ele planejar 
e desenvolver as aulas. O professor deve também estimular e motivar o aluno, manter 
seu interesse, dar apoio e encorajá-lo na sua aprendizagem.
As interações aluno/aluno são, ainda segundo Hoffman e Mackin (1996), 
frequentemente, as mais produtivas experiências de formação. Estas interações, 
quando bem projetadas, oferecem a oportunidade para os estudantes expandirem e 
aplicarem os conhecimentos de forma compartilhada, aspecto impossível no estudo 
solitário.
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35
TÓPICO 2 Breve histórico da EaD no Brasil
Objetivo:
•	 Conhecer um breve histórico da Educação a 
Distância na Brasil
A EaD no Brasil até que já tem história! Souza (s/d, p 51-57.) fez um resumo cronológico dessa modalidade de ensino.Vejamos alguns aspectos por ele destacados.
No Brasil, a educação a distância existe desde a década de 1920. Contudo, sua 
valorização formal só veio a ocorrer com a Lei nº 9394/96 – a Lei de Diretrizes e Bases 
da Educação Nacional, que a legitimou como parte do sistema de ensino. Os eventos 
principais das iniciativas pioneiras na área, entre os anos de 1920 e 1950, foram
Data Informações
1923
Fundação da Rádio Sociedade do Rio de Janeiro (Roquete Pinto e 
Henrique Moritz).
1934
Doação, por parte de Roquete Pinto, dessa rádio para o Ministério da 
Educação e Saúde, que passa a chamar-se de Rádio-Escola Municipal 
do Rio de Janeiro.
1937
Criação do Serviço de Radiodifusão Educativa do Ministério da Educa-
ção.
1939
Criação, em São Paulo, do Instituto Rádio-Técnico Monitor (cursos por 
correspondência)
1941 Fundação do Instituto Universal Brasileiro.
1943
Lançamento de cursos bíblicos por correspondência, pela Igreja Ad-
ventista Brasileira.
1957
Criação do Sistema Radioeducativo Nacional (programas educativos a 
serem transmitidos por um conjunto de emissoras, em todo o Brasil).
1958
Serviço de Assistência Rural-SAR (Diocese de Natal, com foco na edu-
cação popular.)
AULA 3 TÓPICO 2
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Educação a D is tânc ia36
Depois dessas décadas iniciais, e principalmente depois da LDB e com o 
aumento do uso das TICs, a educação a distância tem-se expandido no Brasil. O 
reconhecimento formal da educação a distância veio com a Lei de Diretrizes e Bases 
da Educação Nacional – LDB, de 1996, que lhe dedicou todo o seu Artigo 80. 
Vejamos alguns aspectos da EaD a partir de 1996.
Data Informações
1996
Criação, no MEC, da Secretaria de Educação a Distância-Seed (De-
creto nº 1.917). Nesteano, surgiu um importante programa dessa 
secretaria: a TV Escola
1997
Criado o Programa Nacional de Informática na Educação-ProInfo (Por-
taria MEC nº 522). 
1. MEC/CAPES/SEED - Programa de Apoio à Pesquisa em Educação a 
Distância - Paped (apoio financeiro para dissertações ou teses relativas 
à educação a distância ou a tecnologias da informação e da comunica-
ção (TICs) aplicadas à educação.
2. Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação 
- Resolução que fixa condições para validade de diplomas de cursos 
de graduação e de pós-graduação em níveis de mestrado e doutorado, 
oferecidos por instituições estrangeiras no Brasil, nas modalidades 
semipresenciais ou a distância.
1998
Decreto nº 2.494 regulamenta a educação a distância no país.
Ainda em 1998, tivemos
1. MEC – Portaria nº 301 normatiza as formas de credenciamento de 
instituições de ensino, para a oferta de cursos a distância – em nível de 
graduação e educação profissional e tecnológica.
1999
MEC - Programa de Formação de Professores em Exercício-Proforma-
ção, iniciado em caráter experimental nos estados de Mato Grosso e 
Mato Grosso do Sul.
2000
MEC - Portaria nº 495 - comissão de técnicos desse ministério e de out-
ros órgãos federais e estaduais para o desenvolvimento, na UniRede, 
de projetos, critérios, padrões e procedimentos para a organização de 
cursos superiores de graduação a distância.
Ainda em 2000:
1. Ministério da Ciência e Tecnologia - MCT - Portaria nº 129, que 
constitui grupo de trabalho para elaborar projeto de infraestrutura 
tecnológica com o objetivo de implantar a Universidade Virtual 
Pública do Brasil.
2. Consórcio Universidade Virtual Pública do Brasil- UniRede ( Termo 
de Adesão assinado por reitores e diretores de 62 instituições federais, 
estaduais e Centros de Educação Tecnológica). No mesmo dia, o MEC 
e a UniRede assinavam convênio para a realização do curso de exten-
são a distância “A TV na Escola e os Desafios de Hoje”, iniciado em 
outubro do mesmo ano. A UniRede é um desdobramento do Consórcio 
Interuniversitário de Educação Continuada e a Distância-BrasilEaD. 
Uma iniciativa mais recente do Governo Federal é a Universidade 
Aberta do Brasil - UAB. 
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O curso-piloto da UAB foi o de Administração a distância. Em uma parceria 
entre o Ministério da Educação (MEC ) / Secretaria de Educação Básica (SEED), o 
Banco do Brasil e algumas Instituições Federais e Estaduais de Ensino Superior.
Vejam que, neste momento, vocês iniciam um curso de graduação dentro do 
programa Universidade Aberta do Brasil. O programa Universidade Aberta do Brasil 
(UAB), em parceria com instituições brasileiras, é composto de aproximadamente 70 
cursos em 40 universidades e 10 Centros Federais de Educação Tecnológica (IFCE). 
Teve, no seu primeiro edital, a oferta de 60.000 vagas. O programa beneficia parte 
da população, em municípios mais distantes dos grandes centros urbanos, até então 
carentes de cursos superiores.
É a hora e a vez da EaD no Brasil. Finalmente o Brasil acorda e se apropria das 
tecnologias para prover acesso e democratizar o ensino superior no Brasil. E vai além: 
atualmente há um novo edital para prover ensino técnico a distância, o e-Tec Brasil.
No Ceará, atualmente, são 16 pólos, situados nos municípios de Caucaia, Tauá, 
Aracati, Quixeramobim, Orós, São Gonçalo, Jaguaribe, Itapipoca, Campos Sales, 
Limoeiro do Norte, Ubajara, Meruoca, Barbalha, Acaraú, Camocim, atendendo a 
1800 alunos, nas formações técnicas em Eletrotécnica, Informática, Edificações e 
Higiene e Segurança do trabalho.
AULA 3 TÓPICO 2
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Educação a D is tânc ia38
AULA 4 Os recursos utilizados em EaD
Você viu na aula anterior o quanto as tecnologias digitais podem contribuir com 
o aprendizado presencial e a distância. No fazer pedagógico, é difícil separar o 
uso de diversos recursos e ferramentas que ajudam, dão suporte e/ou fazem a 
mediação entre professor/conteúdo/alunos. Aprendem-se as primeiras letras com 
as letras em livros impressos ou softwares educativos, mas aprende-se também 
escrevendo, seja no caderno, seja usando um editor de texto no computador. 
São muitos os suportes de apresentação, produção e interação dos e com os 
conteúdos, professores, tutores e colegas.
Objetivos
•	 Conhecer os principais recursos, ferramentas e programas de computador 
(softwares) utilizados em educação presencial e educação a distância, 
assim como suas características.
•	 Aprender a identificar as ferramentas de organização, gestão, informação e 
comunicação.
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TÓPICO 1 Principais recursos utilizados em EaD
Objetivo:
•	 Principais recursos utilizados em educação 
presencial e a distância.
Dê uma olhada à sua volta, no polo de ensino. Observe sua sala de aula, os equipamentos e recursos que estão disponíveis. Rememore suas antigas aulas. Liste o que os professores usaram em sala de aula para 
ajudar a trabalhar o conteúdo. Pois é, você perceberá que são inúmeros suportes 
e ferramentas tecnopedagógicos, antigos e novos, utilizados como meio e apoio 
ao processo ensino-aprendizagem, na modalidade presencial e na modalidade a 
distância.
Os professores ou equipe pedagógica, ao planejar o ensino, tomam a decisão de usar 
uma ou várias tecnologias educativas conforme ela(s) tenha(m) o potencial de contribuir 
para a aprendizagem do aluno, enriquecer o conteúdo e variar as estratégias didáticas, 
sempre no intuito de promover a eficácia pedagógica no que diz respeito a apresentar, 
armazenar e manipular o conteúdo didático ou informação.
Vejamos que recursos são mais utilizados (assim como suas respectivas 
característica) tanto em sala de aula presencial quanto em educação a distância.
O quadro abaixo apresenta um resumo dos tipos de recursos e de suas 
principais características:
AULA 4 TÓPICO 1
Recursos didáticos utilizados em educação a distância
Suporte Características
Material Impresso A produção de documentos impressos é facilitada por diferentes 
softwares aplicativos, como editor de texto, planilha eletrônica, 
softwares de desenho, os quais dão melhor aparência e formata-
ção à apresentação impressa.
Para os materiais digitais como apostilas eletrônicas, aulas na web 
e outros, também são utilizados esses softwares.
Os materiais podem ser livros-didáticos ou guias de estudo (como 
esse), formulários, provas, atividades, outros.
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Educação a D is tânc ia40
Recursos didáticos utilizados em educação a distância
Slides
Os softwares de apresentação eletrônica (como PowerPoint) e as 
impressões em cores permitem produzir, sem maiores complica-
ções, transparências atraentes.
Áudio Os softwares de edição de som e os consoles eletrônicos dão 
acesso a funções e comandos que permitem registrar, emitir e 
produzir documentos de áudio de qualidade, conectando um 
gravador à placa de som do computador.
Podem ser telefone, correio de voz, audioconferência, rádio.
Televisão / Vídeo Os softwares de edição de imagem, de som e os softwares de 
montagem eletrônica permitem construir filmes, animações e 
registrar em formato vídeo, conectando-se uma câmera de vídeo 
na placa de vídeo do computador.
Nesse caso, podem ser videotapes, transmissão via satélite, 
micro-ondas, vídeo em broadcast, vídeo de mesa (desktop vídeo).
Disquete
Atualmente pouco utilizado, o disquete de 3 ½ pode guardar 
até 1400 Kb (1,4 Mb), o equivalente a 500 páginas de texto, algu-
mas imagens ou trinta segundos de som.
Pen-drive Substituto para o disquete e o CD-ROM. Chamado de Memória 
USB Flash Drive, alguns modelos são chamados de Pen Drive. É 
um dispositivo de armazenamentoconstituído por uma memória 
flash e um adaptador USB para interface com o computador. 
Alguns modelos podem ter a capacidade de 128MB até 8GB de 
memória portátil e alta velocidade na leitura e gravação de dados, 
16MB/seg e 12MB/seg. Geralmente possui formato compacto para 
facilitar o seu transporte.
CD-ROM
Uma tecnologia numérica que permite registrar uma informação 
pura e inalterável: 76 minutos de som aproximadamente, ou 700 
Mb de informação diversas: imagem, som, vídeo, texto, jogos, 
simulação em três dimensões, etc.
DVD A sigla DVD é formada a partir das iniciais de Digital Versatile 
Disc ou Disco Versátil Digital (antes denominado Digital Video 
Disc). Contém informações digitais e tem uma maior capacid-
ade de armazenamento que o CD áudio ou CD-ROM, devido a 
uma tecnologia de compressão de dados. Os DVDs possuem por 
padrão a capacidade armazenar 4.7 Gb de dados, enquanto que 
um CD armazena em média 700 Mb. Os chamados DVDs de Dupla 
Camada podem armazenar o dobro da capacidade de um DVD 
comum, ou seja, 9.4 Gb.
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Como você pode ver, a lista de recursos é extensa. No entanto, ela não pára 
só no que descrevemos no quadro. Pelo contrário, é crescente a evolução dos 
suportes eletrônicos que vêm sendo adaptados e aplicados no processo ensino-
aprendizagem. Um exemplo concreto disso concreto são os programas de aplicação 
que funcionam em sistemas operacionais, popularmente conhecidos, tais como 
Windows ou Linux.
Além dos sistemas operacionais, dos tipos de softwares educativos sobre os 
quais falamos na aula anterior, há também muitos softwares e aplicativos para uso 
profissional que são bastante utilizados em meio educacional. Destacam-se entre 
os mais conhecidos os processadores de texto (Word e Open Office Writer), as 
planilhas eletrônicas (Excel e Open Office Calc), apresentações eletrônicas (Power 
Point e Open Office Impress), aplicações gráficas (Photoshop, Corel Draw, Gimp), 
editores web (Dreamweaver, Kompozer-Mozilla) e banco de dados (Acess, Open 
Office Basic). Vejamos o que faz cada um desses aplicativos:
•	 Os processadores de texto permitem elaborar textos mais facilmente e dar-
lhes um aspecto profissional imediato. Alguns softwares de tratamentos 
de textos incluem modelos, dicionários ou corretores, ou comportam 
funções científicas (edição de equações e fórmulas), bem como opções de 
AULA 4 TÓPICO 1
Recursos didáticos utilizados em educação a distância
Página Web
São documentos adaptados à consulta pela internet. São escritos 
com duas linguagens preponderantes: HTML e JAVA. As páginas 
Web contêm textos, imagens, sons, vídeos, animações, aplicações 
interativas. Como você provavelmente já constatou em seus estu-
dos, podem ser ferramentas pedagógicas interessantes.
Documentos locais
Os arquivos colocados sobre unidades de estocagem de infor-
mação (geralmente o disco rígido) do computador permitem a 
consulta nas pastas do próprio computador.
Projetor eletrônico
Conectado a um computador, estes aparelhos permitem projetar 
sobre uma tela ou parede branca o que aparece na tela do com-
putador.
Quadro 6 - Recursos utilizados em educação a distância
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Educação a D is tânc ia42
desenho; Ex: Word e Write.
•	 As Planilhas eletrônicas permitem a tabulação de dados em tabelas 
eletrônicas possibilitando análise detalhada das informações e criação 
de gráficos, elaboração de cálculos matemáticos, estatísticos, etc. Dito 
de outra forma, significa que a informação numérica é estruturada em 
uma tabela em que é possível aplicar dados nos campos de operações 
(equações, cálculos, etc.) ou funções (inclusive modelo de textos). Ex: 
Excel, Calc.
•	 Os softwares para apresentações eletrônicas podem ser úteis ao professor 
de duas formas: para desenvolver slides com grafismo, tipografia, 
cores e imagens e, na hipótese de a sala de aula ser equipada, projetar 
eletronicamente a informação a partir do computador, incluindo não 
apenas texto e imagem, mas também som, vídeo e certa interatividade. 
Os programas mais utilizados para elaboração de apresentações através 
de slides de forma simples e interativa são o Power Point e Impress.
•	 Já para aplicacações gráficas, os softwares permitem criar e editar 
imagens, gráficos ou desenhos. Os materiais dos programas gráficos 
podem ser uma tela gráfica (alta resolução e cores), recursos de 
tratamento de imagens (criar, apagar, aumentar, etc.) e tabela marcadora 
para fazer edição em papel.Os programas de aplicações gráficas 
genéricos apresentam grande simplicidade e permitem o desenho 
de uma infinidade de coisas, entretanto têm como inconveniente 
uma quantidade limitada de recursos, tais como os do Paint. Já os 
programas profissionais conferem precisão e versatilidade à arte final 
como Corel Draw, Ilustrator, Fireworks e Photoshop.
•	 Os editores de páginas Web permitem criar páginas facilmente, sem 
necessariamente se saber programar. Possibilita ao pessoal de uma 
instituição de ensino e a estudantes, por exemplo, disponibilizar 
informações interessantes e comunicar suas áreas de interesse. 
Permitem a publicação de conteúdos na Web com uma estrutura 
gráfica semelhante à de processadores de textos. Ex: Dreamweaver, 
Expression e NVU.
•	 Os bancos de dados permitem armazenar tabelas informatizadas. Eles 
oferecem uma interface para manipulação, consulta de dados. São 
depósitos organizados de informações para posterior consulta através 
dos Gerenciadores de Bancos de Dados (GBD). Ex: Access, MySQL.
Como estudantes na modalidade a distância, vocês vão utilizar muitos desses 
recursos. Para o professor, eles também são essenciais, uma vez que o auxiliam a organizar 
a formação, fazer a gestão do processo ensino-aprendizagem, informar o estudante, bem 
como promover as interações necessárias entre professor-aluno(s), aluno(os)-tutores, 
aluno(s)-aluno(s), aluno(s)-instituição (equipe de apoio, suporte, etc).
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No próximo tópico, então, mostraremos quais ferramentas são mais usadas 
em EaD e, em especial, nos ambientes virtuais, tais como o Moodle, utilizado para 
e interação neste curso.
AULA 4 TÓPICO 1
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Educação a D is tânc ia44
TÓPICO 2 Ferramentas de organização, gestão, informação e comunicação em EaD
Objetivos:
•	 Identificar as ferramentas de organização, 
gestão,
•	 Informação e comunicação em educação a 
distância
Em educação a distância, há por trás do professor e tutores, uma equipe que ajuda no planejamento, criação e suporte do cenário tecnopedagógico em que vai se dar a aprendizagem. Isso tudo para garantir que o estudante 
aprenda de maneira rica, eficaz e com qualidade, conforme os objetivos do curso e 
das disciplinas.Para isso, deve-se propiciar um ambiente virtual de aprendizagem que 
permita a ocorrência de todas as interações possíveis ao bom andamento do curso. 
Para atender a essa demanda, foram desenvolvidas muitas plataformas que 
dão suporte às atividades de Educação a Distância. Essas plataformas, também 
chamadas de Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA), priorizam algumas 
funcionalidades que devem ser usadas para garantir que ocorram, efetivamente, 
as relações de comunicação, a difusão e tratamento do conteúdo, a gestão e as 
interações necessárias ao processo educativo.
Class (2001) elege um grupo de ferramentas com funções de informação, 
comunicação, colaboração, gestão e atividades como as mais adequadas para 
aprendizagem virtual. O autor observa que essas cinco funções apresentam o que 
é necessário para um ambiente de aprendizagem integrado e organizado (como 
no mundo físico, presencial), uma vez que agregam em um só ambiente virtual 
os elementose funcionalidades necessárias a todos os aspectos da formação. 
Expliquemos cada uma das funções:
As funções de INFORMAÇÃO têm como usos gerar, armazenar, veicular, 
processar e reproduzir a informação.
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As de COMUNICAÇÃO incluem toda forma de veicular informação, inclusive 
as mídias mais tradicionais, como o uso de pergaminhos, de tambores na selva, de 
livros, de revistas, do rádio, da TV, do vídeo, das redes de computadores, etc.
Já as de INTERAÇÃO permitem elaboração e manipulação conjunta de 
conteúdos específicos por parte do emissor (professor-tutor/aluno) e do receptor 
(aluno/professor-tutor), codificando-os, decodificando-os, recodificando-os 
conforme as suas realidades individuais e a cultura em que vivem.
As funções de COLABORAÇÃO, por sua vez, permitem a otimização 
do trabalho em equipe, facilitam a colaboração, permitem a aprendizagem 
colaborativa, favorecem o uso de diferentes linguagens, atendem a diferentes 
estilos de aprendizagem.
A figura abaixo mostra esse universo de funções e funcionalidades associadas.
Ambiente de 
Aprendizagem 
integrado
Modos
avaliação
Modelos
Ensino
Tutoria Suporte
Aprendizagem
Cenário
Pedagógico
Estruturas
Conteúdos
Fórum
Comunicação
Colaboração
Informação Comunicação
ColaboraçãoAtividades
Gestão
Quadro 7 - Aspectos conceituais de um ambiente de aprendizagem integrado (Class, 2001)
Veja que o espaço virtual reproduz as funções e os espaços correspondentes 
na realidade. O ambiente virtual em que você está interagindo agora, o Moodle, 
possui uma forte conotação espacial e funcional, como se você estivesse em um 
ambiente físico de ensino da instituição. Nele você interage com os espaços 
onde circula a informação, a comunicação, a gestão do ensino e do conteúdo, a 
colaboração, a gestão das atividades didáticas e avaliativas, conforme os objetivos 
estabelecidos nos planos das disciplinas.
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Educação a D is tânc ia46
Ainda é preciso observar que, mesmo estabelecidos os espaços no ambiente 
virtual, é necessário o uso de diversas outras ferramentas para as tarefas de 
organização, gestão, informação e comunicação.
Imagem 4 - www.ntEaD.cefetce.br/moodle
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TÓPICO 3 Ferramentas interativas do Moodle
Objetivos:
•	 Apresentar o ambiente Moodle
•	 Descrever as ferramentas de interação do am-
biente Moodle.
•	 Apresentar outras ferramentas que fazem parte 
dos cursos a distância do IFCE e suas funcio-
nalidades.
FERRAMENTAS SÍNCRONAS E ASSÍNCRONAS
A Educação a Distância (EaD) no modelo atual, que tem como objetivo uma 
aprendizagem que se desenvolva coletiva e individualmente, requer a interação 
ativa de seus participantes. Para a viabilização desse processo, é necessário que os 
cursos a distância ofereçam ambientes com ferramentas síncronas e assíncornas 
interativas para a discussão e o compartilhamento de ideias dos seus usuários.
1.1 Ferramentas Interativas
Atualmente, em função dos avanços 
tecnológicos, ao se pensar em EaD, exemplificam-
se diversos ambientes de aprendizagem, entre 
eles estão Aulanet, Solar, E-proinfo, TelEduc, 
Moodle, entre outros. Em nosso curso, 
utilizamos o ambiente Moodle. Através dele, 
então, você acessa as aulas, interage com os 
demais participantes e posta as atividades.
Obtenha mais informações sobre os ambientes 
virtuais de ensino nos seguintes sites:
 Podemos dizer que o Moodle, como 
ferramenta de aprendizagem, conta com uma 
diversidade de recursos que propiciam a vocês 
possibilidades de trabalhar o conteúdo e as 
C o m p l e m e n t o
Aula net - http://www.eduweb.pt/
plataformas/online/aulanet/
Solar - www.virtual.ufc.br/solar
e-proinfo - http://www.eproinfo.mec.
gov.br/
TelEduc - http://teleduc.nied.
unicamp.br/
Moodle- http://www.edrom.com/ 
?id=servicos/plataforma_elearning/
main
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Educação a D is tânc ia48
atividades de uma maneira mais dinâmica e interativa. O conjunto de ferramentas 
é dividido de acordo com os objetivos a que se pretende alcançar. Veja abaixo uma 
classificação destes recursos: 
1. Ferramentas de comunicação e discussão: fórum, chat 
2. Ferramentas de avaliação e de construção coletiva: tarefa, wikis, 
glossários. 
3. Ferramentas instrucionais: lições (quiz)
4. Ferramentas de pesquisa e opinião: enquetes, referendos e 
questionários. 
Figura 1: Portal Moodle
Para facilitar a visualização das ferramentas, disponibilizaremos exemplos 
de algumas aplicações. Antes disso, no entanto, falaremos um pouquinho de cada 
uma delas.
Vamos lá?!
No próximo tópico, conheceremos mais ferramentas que estão disponíveis 
em nosso ambiente virtual (Moodle).
FERRAMENTAS INTERATIVAS
Neste tópico, apresentaremos outras ferramentas que existem nos ambientes 
virtuais de aprendizagem. Iniciaremos apresentando o fórum. Vale mencionar 
que esta ferramenta será bastante utilizada ao longo das disciplinas do seu curso, 
proporcionando ricos momentos de discussão.
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Fórum 
O fórum consiste em uma discussão no Ambiente sobre um tema específico. 
É uma ferramenta de grande importância, pois permite a comunicação entre 
professores e alunos a qualquer momento, desde que se tenha um computador 
disponível e conectado à internet. De certa forma, podemos considerar o fórum 
como uma caixa de correio online, onde professor e alunos podem postar suas 
mensagens e fazer a leitura das mensagens dos participantes que estão envolvidos 
no curso.
O fórum, como um espaço de discussão coletiva, permite que cada participante, 
ao ler a mensagem do seu colega, acrescente comentários, concorde ou até mesmo seja 
divergente da opinião do outro. A forma assíncrona de comunicação desta ferramenta 
permite que o participante use seu tempo pessoal para elaborar suas reflexões sobre o 
tema que está sendo discutido.
Bate-papo ou chat
A sala de bate-papo do Moodle é uma ferramenta simples de comunicação 
que permite a professores e alunos comunicar-se em tempo real (online). Seu 
funcionamento é semelhante a um sistema de mensagens instantâneas como, o 
MSN.
No bate-papo, é preciso que todos os participantes estejam online, ou seja, 
conectados à internet, logados no ambiente Moodle e dentro da sala de bate-papo 
para que seja possível a comunicação. Essa ferramenta pode ser útil como espaço 
de discussão, de esclarecimento de dúvidas, mas também pode ter outros usos, tais 
como discussão de vídeos ou textos, por exemplo.
Figura 2: Tela de bate-papo do MoodleMensagem
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Educação a D is tânc ia50
Mensagem
A ferramenta Mensagem possibilita a troca de mensagens instantâneas entre 
os participantes do curso. Na imagem seguinte, é possível visualizar uma mensagem 
recebida. Para acessá-la, é necessário clicar no ícone em forma de carta que situado 
ao lado do nome do autor.
Figura 3: Tela de mensagens
Wiki
É uma atividade que permite construir documentos de forma coletiva, usando 
um navegador da internet. Na imagem abaixo, você pode observar um exemplo de 
atividade realizada utilizando-se a ferramenta colaborativa Wiki.
Figura 4: Tela de Wiki do moodle
Na ferramenta Wiki, documentos são disponibilizados para que sejam 
desenvolvidos coletivamente. Esse tipo de tecnologia aumenta a velocidade de 
criação e atualização de páginas desenvolvidas por vários autores ao mesmo tempo 
sem haver a necessidade de revisões antes de as modificações se tornarem efetivas. 
Dessa forma, o Wiki no Moodle tem o objetivo de

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