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Direito Processual Civil IV

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Direito Processual Civil IV
Aula 11/02/2016
E-mail: lilian.pitta@estacio.br
- Lei do Juizado Especial Federal
- Lei do Juizado Especial Fazendário
Aula 17/02/2016
Aula 1: Lei 9.099/95
	Uma diferença entre os Juizados Especiais e os Juizados de pequenas causas é que o primeiro fixa a competência a partir do valor da causa e também a partir da matéria a ser discutida. Já o Juizado de Pequenas Causas levava em conta apenas o valor da causa.
	Por “causas de menor complexidade” entende-se a fase de produção de provas, visto que, nos Juizados Especiais, a produção de provas não pode ser feita de maneira complexa, o que torna inviável a produção de prova pericial, que é complexa e cara. Se houver a necessidade de produção de provas complexas, ainda que o valor da causa se encaixe nos Juizados, a causa não será julgada neste foro.
	O Recurso Extraordinário pode ser usado quando a decisão foi dada em última ou única instância. Por isso, tecnicamente, o Recurso Extraordinário cabe para questionar decisão da Turma Recursal, visto que esta é a última instância dos Juizados Especiais.
	Entrância é critério de classificação de comarca e de hierarquia de juiz. Grau de jurisdição tem a ver com o conhecimento da matéria, sendo competência originária ou recursal. Há a possibilidade de órgão de segunda instância realizar atividade de primeira instância, desde que a matéria seja de sua competência originária.
	A competência territorial é fixada, em regra, pelo domicílio do réu, segundo o artigo 4º. Entretanto, esta regra pode ser combinada com o Código de Defesa do Consumidor, que diz que as demandas podem ser propostas também no domicílio do consumidor.
	A legitimidade ativa nos Juizados é das pessoas físicas capazes, microempresas, empresas de pequeno porte, sociedades de crédito, organizações jurídicas. Não cabe nos Juizados nem assistência nem representação.
	Ainda que o valor da causa seja inferior a vinte salários mínimos, as partes deverão ser assistidas por advogados para interpor recursos.
	A intervenção de terceiros é inadmitida no rito dos Juizados, o que não impede a formação de litisconsórcio, que é a pluralidade de partes, não se configurando uma intervenção.
	Em regra, o pedido deve ser certo e determinado. O pedido genérico só é aceito quando ainda há a consequência do ato ilícito praticado. E, mesmo se tratando de pedido genérico, a sentença deverá ser líquida, pois não cabe a fase de liquidação de sentença nos Juizados.
Aula 18/02/2016
	A citação nos Juizados, em regra, se fará mediante via postal, por aviso de recebimento. A citação por edital é expressamente vedada pela lei 9.099/95.
	O fato gerador da revelia no procedimento dos Juizados é a ausência pessoal do réu ou preposto na audiência de conciliação. A ausência do autor gera o arquivamento do feito com sua extinção.
	Na audiência de instrução e julgamento é que o réu oferece a sua resposta, que pode ser a contestação (que pode ser oral) e a exceção de suspeição e impedimento. A exceção de incompetência relativa deverá ocorrer em preliminar de contestação. Na lei 9.099/95, o juiz poderá conhecer de ofício a incompetência relativa territorial e, com isso, julgará extinto o feito sem o julgamento do mérito.
	As pessoas impedidas de ingressar com ação nos Juizados não podem propor o pedido contraposto, visto que neste instituto, o réu passa a ser autor da demanda.
	O número de testemunhas que podem ser ouvidas é 3. Nos Juizados, de acordo com o artigo 38, o relatório é dispensado na sentença, aplicando-se os princípios da celeridade e da economia processual. A sentença sempre será líquida, ainda que a parte autora formule pedido genérico. 
	De sentença homologatória de acordo não cabe recurso
Aula 24/02/2016
	A lei 9.099/95 é aplicada de forma subsidiária no Juizado Especial Fazendário e no Juizado Especial Federal.
	Os recursos cabíveis na Lei 9.099/95 são: inominado, embargos de declaração e recurso extraordinário. Em regra, o recurso inominado cabe contra todas as decisões, as exceções são contra decisão homologatória de laudo arbitral e de homologação de acordo. Este recurso tem o prazo de dez dias e tem o efeito apenas devolutivo, em regra. Há também a necessidade de se realizar o preparo que, no procedimento desta lei, deve ser comprovado no prazo de até 48 (quarenta e oito) horas, sob pena de deserção. O recurso inominado será endereçado ao juízo que proferiu a sentença, mas será julgado pela Turma Recursal, que é composta por três juízes togados em exercício na 1º instância. Ou seja, a Turma Recursal é órgão de primeira instância realizando função de segundo grau de jurisdição.
	Os embargos de declaração cabem em caso de sentenças, acórdãos ou até de decisão interlocutória. O prazo é de cinco dias para a oposição dos embargos de declaração. O recurso será endereçado ao juízo que proferiu a decisão que também fará seu julgamento. Além disso, a interposição dos embargos de declaração interrompe o prazo para a interposição dos outros recursos, de acordo com a redação do Novo Código de Processo Civil.
	O recurso extraordinário, que não está previsto na Lei 9.099/95, é possível de ser interposto nos Juizados de acórdãos proferidos pela Turma Recursal. Isso porque a Constituição diz em seu artigo 102 que este recurso cabe quando a decisão atacada for de última ou de única instância. Este recurso, em regra, é recebido com o efeito devolutivo(anulada, reformada)
	Obs.: De decisão interlocutória não cabe recurso no Juizado Especial Cível, entretanto, como sucedâneo recursal, é utilizado um remédio constitucional denominado mandado de segurança com fundamento no artigo 5º, II da Lei 12.016/2009 a contrário sensu.
	Obs.: Na Lei 9.099/95 cabe a tutela de urgência, entretanto, a cautelar só caberá em casos em que ela for incidental.
	A execução na Lei 9.099/95 está nos artigos 52 e 53. O Juizado tem competência para executar apenas as suas sentenças, denominando-se de cumprimento de sentença e também para executar títulos executivos extrajudiciais, por meio de ação autônoma de execução.
	Em sede de cumprimento de sentença, não sendo paga a quantia devida no prazo estipulado, o credor poderá peticionar a penhora on-line para que a obrigação seja satisfeita. Esse procedimento ocorre nas obrigações de dar coisa certa.
	O juiz poderá fixar de ofício as astreintes, que é a multa que será cobrada no caso de descumprimento da sentença. 
	A defesa a ser proposta na fase de cumprimento de sentença é feita por meio dos embargos à execução, que é uma defesa de conteúdo limitado, visto que o momento para o réu apresentar todas as suas defesas passou na fase de conhecimento.
	A defesa, na ação autônoma de execução, será mais ampla, pois não houve fase anterior de conhecimento e apresentação de resposta. O parágrafo 4º do artigo 53 da Lei 9.099/95 diz que, não havendo bens penhoráveis, processo será extinto.
Aula 25/02/2015
Juizado Especial Federal e Juizado Especial Fazendário
Lei nº 10.259/01 e Lei 12.153/09
	- Introdução
		Os Juizados Especiais Federais utilizarão naquilo que for compatível, de forma subsidiária, o procedimento prescrito na Lei 9.099/95. Um exemplo é quanto ao número de testemunhas que podem ser arroladas.
	- Organização
		A composição é: Juizados Especiais Federais, Juizados Especiais Fazendários Adjuntos (funciona na mesma secretaria da Vara Federal, pois não possui cartório próprio), Turmas Recursais e a Turma Regional de Uniformização de Jurisprudência (art. 14, parágrafo 1º da Lei 10.259/01). A nível nacional, existe a Turma Nacional de Uniformização de Jurisprudência (art. 14, parágrafo 2º).
	- Competência
		Nos Juizados Especiais Federais, a competência é, em tese, absoluta, pois não cabe opção de rito. Assim, se o valor da causa não ultrapassar o valor de 60 (sessenta) salários mínimos, a demanda deve ser intentada nos Juizados Especiais Federais. Além de ser em razão da causa, a competência também é fixada em razão da pessoa, art. 109, I da CRFB.
		A fixação da competência se dá no momentoda distribuição, por isso, caso o valor da causa na fase de execução ultrapasse o teto permitido, não haverá problema, caso o teto tenha sido obedecido na distribuição.
		Art. 109, parágrafo 3º 
	- Legitimados
		A diferença para a Lei 9.099/95 é que, nos Juizados Especiais Federais, pessoas físicas incapazes podem propor a ação, desde que representadas ou assistidas e assistidas pelo Ministério Público. 
 		A Fazenda Pública só poderá figurar nos Juizados Especiais Federais quando for ré. Na ocasião de ingressar como autora, a Fazenda Pública deverá ingressar na Vara Federal.
	- Citação/Intimação (art. 7º)
	- Procedimento
		O primeiro despacho já vai requerendo o acordo e mandando citar as partes para comparecerem à audiência de instrução e julgamento.
		Não há prazo diferenciado para a Fazenda Pública.
		Por a competência ser absoluta, cabe a perícia, ainda de que natureza complexa.
	- Recursos
		Não cabe o reexame necessário, que é o duplo grau obrigatório de jurisdição (remessa ex oficio) que ocorre nas ações onde a Fazenda Pública é parte e a causa vai para um novo exame de outro órgão do Judiciário, mesmo sem a interposição de recurso.
		Os recursos cabíveis são: recurso inominado, embargos de declaração, recurso extraordinário, agravo de instrumento e o recurso de uniformização de interpretação de lei federal. Além das exceções previstas na Lei 9.099/95, não cabe recurso inominado de sentença terminativa (sem resolução do mérito), visto que é sentença que já nasce transitada em julgado. Das decisões que deferem e indeferem tutela de urgência cabe recurso, que será o agravo de instrumento. 
		Nos Juizados Especiais Federais, contra os acórdãos proferidos, também cabe a interposição do recurso de uniformização de interpretação de lei federal. E é por este recurso que se apresentam os órgãos diferenciadores do Juizado Especial Federal, que são: Turma Regional de Uniformização de Jurisprudência (art. 14, parágrafo 1º da Lei 10.259/01) e a Turma Nacional de Uniformização de Jurisprudência (art. 14, parágrafo 2º da Lei 10.259/01).
		O artigo 59 da Lei 9.099/95 não permite a ocorrência da Ação Rescisória no procedimento dos Juizados Especiais.
	- Execução
		Nos Juizados Especiais Federais, a sentença é autoexequível.
Observações sobre a Lei 12.153/09 
	A competência também é no teto de 60 salários mínimos e é absoluta. Neste procedimento aplicam-se os mesmos recursos que nos Juizados Especiais Federais. Não há prazo diferenciado para a Fazenda Pública.
	Se o valor da condenação ultrapassar o teto de 60 salários mínimos, a parte pode requerer a quantia até o teto por meio de Requisição de Pequeno Valor ou requerer o valor total, que será pago através de precatório.
	Art. 16 
	
Aula 02/03/2016
Tutela Coletiva
1 – Microssistema dos processos coletivos
	É um conjunto de leis que se complementam, ou seja, não se excluem. Neste sistema, o Código de Processo Civil tem aplicação residual.
	Lei 7.347/85 e Lei 8.078/90 (Código de Defesa do Consumidor)
2 – Direitos Sociais – Princípios; Legitimidade ativa e passiva
3 – Procedimentos adotados para a obtenção da tutela coletiva
4 – Coisa julgada – Sistemática recursal e execução
Princípios
	Princípio da adequada representação – A ação deve ser proposta pelo representante adequado da categoria.
	Princípio da indisponibilidade mitigada da ação coletiva – Se, proposta a ação civil pública, o legitimado ativo abandonar a ação, o Ministério Público ou qualquer outro legitimado deverá assumir a ação.
	Princípio da máxima efetividade do processo coletivo – Por estar sendo tutelado o direito da coletividade, aumentam-se os poderes do juiz para o caso. Este princípio também é chamado de princípio do ativismo judicial.
	Princípio da não taxatividade (art. 83 CDC) – Não existe um rol taxativo de ações coletivas, já que qualquer ação pode ser coletivizada.
	Princípio da integratividade do microssistema – As leis deste microssistema não se anulam, pelo contrário, elas se comunicam.
Finalidade
	A finalidade é a tutela dos direitos coletivos que são os direitos naturalmente coletivos, visto que são os direitos difusos e os direitos coletivos stricto sensu.
	- Tutela dos direitos coletivos
	- Tutela coletiva dos direitos
Classificação
	- Interesses naturalmente coletivos
	- Interesses acidentalmente coletivos – São direitos individuais homogêneos, que são aqueles direitos individuais que podem ser tutelados de forma coletiva.
Aula 03/03/2016
Lei 7.347/85 e Lei 8.078/90
- Demanda coletiva
- Esta ação coletiva é imprescritível e adota um procedimento especial de cognição completa e integral (exauriente). Seu objeto é provimento jurisdicional de qualquer natureza.
- Legitimação (art. 82 CDC)
	A legitimação ativa adota o procedimento da substituição processual, uma vez que há atuação em nome próprio para a tutela de direito alheio.
	O parágrafo 4º do artigo 5º da Lei 7.347/85 abre a possibilidade de o juiz dispensar o prazo temporal de um ano necessário para as associações poderem ingressar em juízo.
	A legitimidade ativa depende também da pertinência temática.
	* Não cabe denunciação, pois na tutela coletiva está se tratando de responsabilidade objetiva.
- Competência – Em primeiro momento, a competência será absoluta, pois será fixada pelo ramo funcional. Em se tratando de dano regional ou nacional, a competência não será absoluta e sim concorrente. Em caso de dano local, será absoluta.
- Cautelar / Liminar
	- art. 4º combinado com o artigo 12.
	O Presidente do Tribunal poderá suspender os efeitos da liminar e desta decisão caberá o agravo.
- Inquérito civil (parágrafo 1º do artigo 8º combinado com o artigo 6º e 7º)
	- É um procedimento administrativo investigatório podendo ser dispensado.
	- É atribuição exclusiva do Ministério Público, mas pode ser provocado por qualquer pessoa.
	- Arquivamento: art. 9º
	- Termo de Ajustamento de Conduta – Tem por objetivo evitar o ajuizamento da ação coletiva. E, por mais que seja um termo de ajustamento de conduta, não há uma transação, pois nesta, ambas as partes abrem a mão de um direito e no termo, o Ministério Público não abre mão de nenhum direito, visto que se trata de direito indisponível. 
- Sentença: art. 16
- Recursos: art. 14 combinado com o artigo 19
	A observação do artigo 14 existe, pois quase todos os recursos são recebidos em seu efeito devolutivo, exceto a apelação, que será recebida com o duplo efeito. Por isso, a apelação interposta em sede de sentença de tutela coletiva poderá ser recebida apenas com seu efeito devolutivo.
- Coisa julgada 
Aula 09/03/2016
- Liquidação e execução
	Se a tutela em questão for direito individual homogêneo, a sentença será genérica, pois os pedidos também o serão. E, por se tratar de uma sentença ilíquida, será necessária a fase de liquidação de sentença.
Aula 10/03/2016
Teoria Geral da Execução
- Conceito
	É a satisfação de um direito.
- Execução 
	- Cumprimento de sentença (Do art. 513 ao art. 538 combinado com o art. 771) – É o procedimento cabível no processo sincrético, onde deve ser pedida a intimação por meio de petição intercorrente, nos casos de resistência ao cumprimento da decisão. O cumprimento de sentença é uma fase complementar do processo sincrético. 
			- Processo de execução autônomo (art. 515, VI a IX) 
	- Processo autônomo (Livro II, art. 771 e seguintes) – É o procedimento usado para os títulos executivos extrajudiciais. Para isso, é requerida a citação do réu. A defesa a ser apresentada neste procedimento são os embargos à execução.
- Meios executivos
	- Coerção (execução indireta) – É a pressão psicológica para que o executado cumpra a execução. Exemplo: Multa; prisão civil pelo não adimplemento dos alimentos.
	- Sub-rogação (execução direta) – Neste ponto, o Estado substitui a vontade do executado, fazendo com que os seus bens sejam penhorados para satisfazerem o crédito do autor.
- Princípios
 	- Princípio nulla executio sine título – Não há execução sem título que a embase. Na execução,parte-se do princípio em que o executado encontra-se em posição de desvantagem.
		- Princípio nulla títulos sine lege (art. 595 e 784+ leis) – O título executivo deve estar previamente estabelecido na lei, não podendo as partes nem o juiz cria-lo.
	- Princípio da patrimonialidade – Por este princípio, preleciona-se que são os bens do devedor que responderão pela execução e não a sua pessoa.
	- Princípio do resultado único ou desfecho único e disponibilidade da execução – O único objetivo da execução é a satisfação do crédito do exequente, sendo qualquer resultado diverso deste considerado como anômalo.
		*art. 775 – O exequente pode desistir da execução ou de algumas medidas executivas. 
	- Princípio da menor onerosidade (art. 805 combinado com o art. 847) – Este princípio diz que a execução deverá ser feita pela maneira menos gravosa para o executado.
	- Princípio da lealdade e boa-fé ( art. 774 combinado com o art. 906, parágrafo 6º, combinado com o art. 918, III) – O executado deverá agir com lealdade e boa-fé, sob pena de sua conduta ser caracterizada como ato atentatório à dignidade da justiça
	- Princípio da efetividade da execução (art. 831) – Serão penhorados tantos bens quantos necessários para a satisfação do crédito em pauta.
	- Princípio do contraditório – Garantia de informação e reação possível
Partes
Sujeitos
	- Exequente
	- Executado
- Legitimação ativa (art. 778)
	- Ordinária – É pleitear direito próprio em nome próprio.
	- Extraordinária – É pleitear direito alheio em nome próprio. Este é o caso de substituição processual. (art. 18 do Novo CPC)
		- Originária/primária – Esta legitimação surge no mesmo momento da formação do título.
		- Superveniente/secundária – Esta legitimação surge após a formação do título.
- Legitimação passiva (art. 779)
Aula 16/03/2016
Responsabilidade patrimonial
- Art. 789 e seguintes
	A Responsabilidade é instituto de direito processual e obrigação é instituto de direito material.
- Conceito: sujeitabilidade de bens à execução (princípio da patrimonialidade)
		A execução recairá sobre os bens e não sobre a pessoa do devedor.
- Bens (art. 789)
	- Presentes – São os bens existentes no momento na instauração da execução.
	- Futuros – São os bens adquiridos no decorrer do processo de execução.
	* passados – São os que não fazem mais parte do patrimônio do responsável. Estes bens, se alienados eivados de fraude, podem responder normalmente pelas medidas executivas.
	* bens impenhoráveis
- Responsável patrimonial 
	- Responsável patrimonial primário = devedor (obrigação e responsabilidade)
	- Responsável patrimonial secundário = não é o devedor (repsonsabilidade)
Obrigação reipersecutória
	É uma ação que persegue uma coisa em decorrência de relação obrigacional não cumprida pelo devedor.
Obs.: No Novo Código Civil, a desconsideração da personalidade jurídica será feita através de um incidente.
	O direito de superfície é um direito de gozo ou fruição onde o proprietário concede o direito de construir ou plantar sobre a sua superfície.
- Fraude 
	- Contra credores (art. 158 CC)
		- Para ser reconhecida, necessita-se da ação pauliana (revocatória).
		- Eventus damni e consilium fraudis – O primeiro é quando a prática do ato foi capaz de tornar o devedor insolvente ou de agravar sua situação de insolvência. O segundo é a potencial consciência do devedor e do terceiro de que aquele ato poderia causar a insolvência ou o agravamento da insolvência do devedor.
		- Não há ação proposta no momento da alienação do bem.
	- Contra execução (art. 792 CPC)
		- Não necessita de ação para que esta fraude seja reconhecida.
- O ato fraudulento é a alienação de um bem ou a constituição de um gravame.
	
	Ato fraudulento
		- alienação do bem
		- constituição de uma garantia
Aula 17/03/2016
Fraude contra credores
- Do art. 158 ao art. 165 CC
- Requisitos
	- eventos damni 
	- consilium fraudis
- Engana o credor
- Ação Pauliana – É a ação onde se tem por objetivo o reconhecimento da anulação da doação que gerou a fraude contra o credor. Assim, o bem que se encontra com terceiro passa a responder também pela satisfação do crédito. 
- Anulação (ou ineficácia?) – Tanto o Código Civil quanto o Código de Processo Civil dizem que há uma anulação, entretanto, a doutrina leciona que há ineficácia do ato de doação para com o credor e, por isso, o bem iria diretamente para o exequente. Na anulação, o bem retorna para o devedor, o que é ruim, pois o devedor pode ter inúmeros credores à frente do que propôs a ação pauliana.
Fraude à execução
- Art. 792 CPC
Art. 792
	I -
	II – Ocorre somente na ação autônoma de execução.
	III -
	IV –
- Engana o credor e o magistrado
- Existência de ação
- Petição de meio
- Ineficácia
Obs.: 
	1 – art. 774, I – A fraude à execução é ato atentatório à dignidade da justiça. 
	2 – parágrafo 2º, art. 792 – “No caso de aquisição de bem não sujeito a registro, o terceiro adquirente tem o ônus de provar que adotou as cautelas necessárias para a aquisição, mediante a exibição das certidões pertinentes, obtidas no domicílio do vendedor e no local onde se encontra o bem.”
	3 – parágrafo 4º - “Antes de declarar a fraude à execução, o juiz deverá intimar o terceiro adquirente, que, se quiser, poderá opor embargos de terceiro, no prazo de 15 (quinze) dias.”
Aula 23/03/2016
Continência, Títulos executivos e liquidação de sentença
- Competência
1 – Cumprimento de sentença: art. 516 
	- Do art. 42 ao art. 66
2 – Execução por título extrajudicial: art. 781
	- Do art. 42 ao art. 66
- Títulos executivos judiciais e extrajudiciais
	- Título executivo judicial: art. 515
	- Título executivo extrajudicial: art. 784
- Requisitos do título executivo: art. 783
	- Certeza
	- Exigibilidade
	- Liquidez
EXERCÍCIOS
AULA: 1 PROCEDIMENTOS ESPECIAIS NA LEGISLAÇÃO ESPARSA I. JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS ESTADUAIS 1a Questão: 
O Juizado Especial Cível decidiu ação, recorrendo o vencido, tendo a turma Recursal própria mantido a sentença, que rejeitou arguição de incompetência absoluta daquele Órgão Julgador, em razão do valor em discussão superior ao atribuído, legalmente, à competência dos Juizados Especiais. Contra essa decisão da Turma impetrou o interessado Mandado de Segurança, perante o Tribunal de Justiça, repisando a alegação de incompetência absoluta, vindo o órgão da Justiça comum a denegar a ordem, afirmando a incompetência do Tribunal de Justiça para rever decisões prolatadas por Juizados Especiais e respectivas Turmas Recursais. Pergunta-se:
 1) Qual o recurso cabível contra a decisão do Tribunal de Justiça? 
R: De acordo com o caso em tela o recurso cabível e o ordinário. 
2) O que deve decidir o órgão competente para apreciar esse recurso? Justificar as respostas. 
R: De modo que o stf vem admitindo emcaracter exepcional, o TJ pode exercer o controle sobre a competência dos processos que observam a lei 9.099/95, caso venha ser impetrado mandado de segurança perante a corte superior.
2ª Questão. 
Assinale a alternativa correta quanto aos embargos de declaração, interpostos para impugnar sentença proferida por magistrado lotado em juizado especial, após a vigência da Lei nº 13.105/15.
 b) estes embargos possuem efeito interruptivo quanto ao prazo para a interposição de ulterior recurso inominado; 
AULA : 2 PROCEDIMENTOS ESPECIAIS NA LEGISLAÇÃO ESPARSA II. J ESP CÍVEIS FEDERAIS E FAZENDÁRIOS ESTADUAIS
 1a Questão: Consumidor promove demanda em face da EBCT (Empresa Brasileira de Correios e Telegráfos) e da empresa Rodsoft Informática, perante um Juizado Especial Federal. Argumenta, em sua petição inicial, que comprou um determinado produto no site da segunda, para que o mesmo fosse entregue pela primeira em seu endereço residencial, o que não ocorreu em razão de extravio. Também aduz que não foi ressarcido, o que justificaria a instauração do presente processo em face de ambas, objetivando o recebimento de danos materiais e morais. Ocorre que a empresa Rodsoft já encerrou suas atividades,embora tenha ficado evidente nos autos que a mesma vinha sendo utilizada por seus sócios para a prática de diversos ilícitos civis. Diante desta situação, o autor pleiteia que, no Juizado Especial Federal, seja autorizada a desconsideração da personalidade jurídica. Ocorre que este requerimento foi indeferido pelo magistrado, ao argumento de que o NCPC (Lei nº 13.105/15) trata deste incidente como uma modalidade de intervenção de terceiros (art. 132 ? art. 137), o que é vedado no sistema dos Juizados Especiais (art. 10, Lei nº 9.099/95). Esta decisão foi objeto de posterior mandado de segurança impetrado perante a Turma Recursal Federal, com o intuito de reformá-la. Indaga-se: os magistrados lotados no órgão revisor, analisando as normas constantes no NCPC (Lei nº 13.105/15), deverão conceder ou negar a segurança? Por quais fundamentos?
R: De forma que deverá conceder por força do art 1062 do NCPC, que determina expressamente a possibilidade de utilização do insidente de desconsideração da personalidade juridica em sede de juizado.
 2ª Questão.
 Assinale a alternativa correta quanto aos embargos de declaração, interpostos por determinado Município, para impugnar sentença proferida por magistrado lotado em juizado especial fazendário estadual. 
e) estes embargos deverão ser interpostos no prazo de cinco dias, pois não há prerrogativa de prazo em dobro para a Fazenda Pública no sistema dos juizados especiais. 
AULA: 3 PROCEDIMENTOS ESPECIAIS NA LEGISLAÇÃO ESPARSA III. TEORIA GERAL DO PROCESSO COLETIVO
Determinada entidade de classe impetrou mandado de segurança coletivo em defesa de interesses de seus membros, o qual foi denegado pelo órgão competente, havendo tal decisão transitado em julgado. É cabível a posterior propositura de ação, de rito comum, individualmente, por qualquer dos membros da entidade, para pedir o reconhecimento do direito que alega e compreendido no pedido formulado no anterior mandado segurança coletivo? 
R: O caso em tela não impede que impetre o mesmo mandado de segurança de forma individual no que tange odispositivo 103 § 1 º da lei 8.078/90. 
Quanto aos processos coletivos, assinale a alternativa correta: 
a) a arguição incidental de constitucionalidade só pode ser admitida com fundamento do pedido, nunca como objeto da ação principal;
AULA - 4 PROCESSO DE EXECUÇÃO. DISP GER PARA O CUMP DA SENTENÇA OU PARA A EXECUÇÃO POR TÍTULO EXTRAJUDICIAL Descrição 
1ª Questão: Ao iniciar o cumprimento de sentença envolvendo obrigação de pagar, o credor pretende que seja penhorado um bem imóvel do devedor, avaliado em R$ 1.000.000,00 (um milhão de Reais), para pagamento de uma dívida de apenas R$ 10.000,00 (dez mil Reais). O devedor, por meio do seu patrono, peticiona ao juízo informando que possui um veículo automotor avaliado em R$ 30.000,00 (trinta mil Reais), valor que é mais compatível com o do débito, requerendo a substituição do bem penhorado em atenção ao princípio do menor sacrifício ao executado. Indaga-se: deve ser deferido o pleito do executado? 
R: O pleito do execultado deverá ser deferido, visto que de acordo com o princípio da menor onerosidade que diz que oexecultado deverá ser punido da maneira menos onerosa possivel. Para isso, o execultado deverá indicar outro meios para que a execução ocorra.
2ª Questão: Considerando a ação de execução de título extrajudicial, é correto afirmar que: 
c) deverá ser extinta se o título não corresponder a obrigação certa, líquida e exigível; 
AULA 5 - PARTES. RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL. FRAUDE A CREDORES E FRAUDE A EXECUÇÃO
1ª Questão: No curso de uma ação de indenização e antes da sentença de 1o grau, o réu vendeu seus dois únicos imóveis por R$ 100.000,00 (cem mil reais), os quais constituiam a totalidade de seu patrimônio. Julgado procedente o pedido, com sentença transitada em julgado, o autor pretende receber o valor da indenização fixado pelo Juiz, ou seja, R$ 100.000,00 (cem mil reais). Distinguindo, previamente, os institutos da fraude à execução e da fraude contra credores, o candidato deverá indicar os caminhos processuais adequados para que o autor, na prática, possa receber a indenização. 
R: Na fraude à execução já existe umprocesso no momento da alienação dos bens, o quenão existe na fraude contra credores,onde somente há divida. pelo fato da divida ser instituto de danos material, a fraude contra credores se torna instituto de direito material,já a fraude à execução é instituto de direito processual. Na fraude contra credores existem o 'eventus damin' e o 'consilium fraudis , já na fraude a execução, as hipoteses estao previstas no artigo 792 e insisos. Na fraude contra credores existe a ação pauliana para que seja comprovada a fraude ena fraude a execução, basta que seja feita uma petição de meio, A fraude contra credores passa pela anulação e a fraude a execução tem a ineficacia.
O reconhecimento da fraude contra a execução só poderá ser reconhecida na fase de execução através de petição de meio.
2ª Questão: Considerando o NCPC (Lei nº 13.105/15), e, principalmente, as normas que tutelam a legitimidade passiva em execução, indique a alternativa incorreta, ou seja, de quem não pode figurar como executado. 
d) o Ministério Público, nos casos previstos em lei.

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