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UNIP Direito Internacional Público

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Direito Internacional Público 
09/02/17
Novos desafios 
Ataques terroristas
Conflitos étnicos, comerciais e religiosos 
Tribunal Penal Internacional – TPI (Conferência de Roma – 1998) 
Crimes contra a humanidade
Crimes de genocídio
Crimes de guerra 
Crimes de agressão 
Desenvolvimento histórico do DIP 
Da antiguidade até os tratados de Vestefália (1648)
De Vestefália ao Congresso de Viena (1815) 
Do século XIX até a 1ª Guerra Mundial (1918)
Da 1ª Guerra Mundial até os dias de hoje 
1) Da antiguidade até os tratados de Vestefália 
- Inconsistente entre tribos e clãs
- Grécia antiga: primeiras instituições do DI (arbitragem; princípio da necessidade de declaração de guerra; direito de asilo; neutralização de certos lugares; prática do resgate ou troce de prisioneiros)
- Cristianismo: valores de igualdade e fraternidade 
- Povos bárbaros: novas concepções jurídicas e políticas
- Tratado de Vestefália
Pôs fim à guerra dos 30 anos 
Acolheu os ensinamentos de Hugo Gróccio 
Surge o DI
2) De Vestefália ao Congresso de Viena 
- Tratado de Vestefália 
Igualdade jurídica entre os Estados 
Início do desenvolvimento do DIP
- Revolução francesa – 1789 (artes/ciências/direitos humanos): sem grande expressão para o DI
2) Do século XIX até a 1ª Guerra Mundial 
- Congresso de Viena (1815)
Novos princípios de DI 
Reconhecimento da queda de Napoleão 
Estabeleceu nova ordem política na Europa 
Princípio da proibição do tráfico de negros
Instituiu uma classificação para os agentes diplomáticos 
- 1ª Conferência de Haia (1899): Rui Barbosa 
16/02/17
3) Da 1a até os dias de hoje;
Pleno desenvolvimento do DI (espaço aéreo e fundo marinho)
Conferencia importantes:
2ª Conferência de Paz de Haia 1907
Conferência de Paz de Paris
Criação da ONU 1945. Carta da ONU são consideradas jus congen
Guerra fria e ameaça de guerra nuclear (EUA X URSS)
Proteção do meio ambiente 
Fundamentos do DI
Corrente jus naturalista: necessidade natural de comunicação e aproximação entre estados
Corrente Voluntarista – positivada: vontade coletiva dos Estados ou por consentimentos mútuos destes. Interesse comercial e de segurança
Corrente contatualista (corrente italiana): fundamento contratual – “pacta sunt servanda”. Paises celebram contratos, que viram lei
Principio do jus cogens (direito cogente) – consagrado pela convenção de Viena sobre o Direito dos Tratados (1969)
Tráfico de pessoas, escravidão, entorpecentes já são consenso mundial, sendo inaceitáveis.
 
Artigo 53: O original da presente Convenção, cujos textos em chinês, espanhol, francês, inglês e russo, fazem igualmente fé, será depositado perante o Secretário-Geral das Nações Unidas, que enviará cópias certificadas conforme a todos os Estados pertencentes a qualquer das quatro categorias mencionadas no artigo 48.
Em fé do que, os plenipotenciários os assinados, devidamente autorizados pelos respectivos Governos assinaram a presente Convenção. Feito em Viena, aos dezoito dias do mês de abril de mil novecentos e sessenta e um. 
DI e Regionalismo
Após a 2 GM: conflito ideológico, guerra fria, necessidade de recuperação e integração econômica levaram à formação de alianças e acordos regionais em todos os continentes.
Tratado de Roma – 1957 (CEE Comunidade Econômica Europeia).
Tratado de Assunção – MERCOSUL – 1991 (BR, ARG, PAR, URU).
23/02/17
Fontes do DI
Convenções internacionais: gerais ou particulares, que estabeleçam regras expressamente reconhecidas pelos Estados-Partes
Costume internacional: práticas usuais aceitas pelos Estados como normas aplicáveis 
Princípios gerais de direito: regras fundamentais aceitas e respeitadas pelos Estados soberanos
Decisões judiciárias e doutrina: I – conjunto de decisões que servem de ponto de referência para a interpretação de novos casos concretos; II – produção acadêmica dos autores voltados ao DI
Equidade (julgamento com base na maior igualdade possível entre as partes): depende da concordância das partes
Resoluções da AGNU: geralmente acatadas pelos Estados
Tratados
Convenção de Viena sobre o Direito dos Tratados (1969): ratificada pelo Brasil em 2009 (Dec 7030/09): o nome do instrumento (Convenção, Acordo, Protocolo, Tratado, Compromisso) é irrelevante para a sua qualificação jurídica (vontade soberana dos signatários)
Convenção de Viena sobre o Direito dos Tratados (1986): reconhecidos os tratados entre Estados e Organizações Internacionais e entre as próprias Organizações Internacionais
Não são considerados tratados 
“Gentlement agrement” (“acordo de cavalheiros”): manifestação de cunho político por meio dos quais Chefes do Estado assumem compromissos morais perante a coletividade, sem a força vinculante dos acordos internacionais. Ex: Carta do Atlântico (Franklin Roosevelt e Winston Qurchill) em 1941 
“Modus vivendi”: acordos temporários, destinados a regular certas situações emergenciais ou como compromissos preparatórios para outros tratados. Ex: Declaração bilateral de “cessar fogo” (Pacto provisório de não agressão) 
Acordo executivo: o Presidente recebe autorização especial para concluir o tratado sem necessidade de concordância do Senado
Acordos de Sede: tratados que visam estabelecer regras jurídicas relativas à instalação física de uma organização internacional no território do Estado cedente. Ex: Mercosul (Montevideo – Uruguai)
02/03/17
Tratados internacionais 
Aprovação = DL (Congresso Nacional)
Homologação = Decreto Presidencial (ratificação)
Tratados de Direitos Humanos – se aprovados em 2 turnos com 3/5 dos votos serão incorporados a nível de Emenda Constitucional
(foto da pirâmide)
Concordata: tratados de natureza religiosa celebrados entre a Santa Sé e os Estados (organização da atividade, estrutura eclesiástica e relações de representação entre as partes)
Condição de validade dos tratados
Partes (Estados e Organizações Internacionais)
Agentes habilitados (chefes de estado ou ministros das relações exteriores)
Consentimento mútuo (assinatura/ troca de instrumentos/ ratificação/ aceitação/ adesão/ aprovação)
Objeto lícito e possível
Efeitos de tratados sobre terceiros Estados 
Não pode ser fonte de obrigações para terceiros 
Reclamação diplomática sem recurso jurídico 
Favorável a terceiros (direito ou privilégio a terceiros = comércio internacional) 
Enquanto não ratificado o tratado, os Estados devem se abster de praticar qualquer ato capaz de frustrar seu objeto e finalidade 
A assinatura confere validade e autenticidade ao tratado e, nesse sentido, entende-se que o consentimento é irretratável, embora dependente de aprovação e ratificação para adquirir eficácia jurídica 
A alteração dos tratados (emendas) exige em geral a aprovação de no mínimo 2/3 dos signatários. No Brasil exige aprovação e homologação
09/03/17
Reservas
São manifestações unilaterais do Estado no sentido de negar a eficácia jurídica de determinado dispositivo do tratado 
Reservas em face de determinadas cláusulas 
Reservas vedadas:
a reserva seja proibida pelo tratado 
o tratado disponha que só podem ser formuladas determinadas reservas, entre as quais não se inclui a reserva em pauta
a reserva seja incompatível com o objeto e finalidade do tratado 
Ratificação 
troca de instrumentos (permuta das “Cartas de Ratificação”)
depósito (tratados multilaterais) – país escolhido ou secretariado da ONU
Adesão de outros Estados: proposição junto à ONU ou Estado depositário
Registro e publicação de tratado 
Registro no secretariado da ONU
Sem registro: não pode ser invocado por quaisquer das partes perante órgãos das Nações Unidas
Interpretação dos tratados
Boa-fé 
Preâmbulo, anexos e ajustes prévios
Bilateral: cada contratante é obrigado pelos termos em sua própria língua (língua fé)
Multilaterais: inglês, francês, espanhol, russo, chinês e árabe
16/03/17
Nulidade de tratados 
Erro
Dolo 
Coação 
Corrupção do representante do Estado 
Coerção exercida sobre o referido representante 
Coerçãodecorrente de ameaça ou emprego de força 
Adoção de tratado com desconhecimento do “jus cogens”
Causas de extinção dos tratados 
Execução integral do tratado
Expiração do prazo convencionado 
Verificação de condição resolutória prevista expressamente
Acordo mútuo entre as partes
A renúncia unilateral (Estado que se beneficia de modo exclusivo)
A impossibilidade de execução
A denúncia expressamente admitida no tratado
A inexecução do tratado por uma das partes
A guerra sobrevinda entre as partes (suspensão)
 A prescrição liberatória 
DIP: Universalismo e Regionalismo 
Direito essencialmente europeu
Independência das colônias americanas (queda do domínio britânico)
Admissão da Turquia
Entrada da China, Pérsia (atual Irã), Sião (Tailândia), Afeganistão 
Tratados abertos (adesão) 
Declaração de Paris – 1856
Conferência de Haia – 1899
- Criação da Liga das Nações 
- Criação da OIT e ONU
- Processo de descolonização (surgimento de dezenas de novos Estados) 
DI comum ou universal e DIP particular ou regional
- DI comum ou universal: conjunto de princípios derivados do costume internacional (Carta de ONU)
- DI particular ou regional: conjunto de normas convencionais ou consuetudinárias que vinculam apenas certo número de estados

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