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Capítulo 15: Determinação do Produto no Curto Prazo:no Curto Prazo: O Mercado de Bens Introdução à Economia 15 Determinação do Produto no Curto Prazo: O Mercado de Bens Introdução • Produto Nacional: soma da produção de um país, em determinado período de tempo. • Sujeito a oscilações – demanda, produção e renda Produto Renda Demanda – Objetivo do capítulo: desenvolver um modelo simples t i t ã d t iá ique mostre a interação destas variáveis e como o produto é determinado no curto prazo. Introdução à Economia 15 Determinação do Produto no Curto Prazo: O Mercado de Bens • Hipótese do modelo:p – Preço constante Æ desemprego de fatores (capacidade ociosa). OALPP OACP – A oferta agregada é horizontal (OACP) até atingir Y g g ( ) g o produto potencial (OALP), no qual deixa de existir o desemprego. Introdução à Economia 15 Determinação do Produto no Curto Prazo: O Mercado de Bens A Demanda AgregadaA Demanda Agregada Corresponde ao destino do produto: DA C + I + G + (X M) DA= C + I + G + (X-M) C = consumo I = investimento. G = gastos governamentais. õ i õ X – M = exportações – importações. Introdução à Economia 15 Determinação do Produto no Curto Prazo: O Mercado de Bens Consumo Gastos dos indivíduos com bens e serviços adquiridos voluntariamente e destinados a atender suas necessidades. Maior componente da DA. “Quanto maior a renda, maior tende a ser o consumo”. Lei Psicológica Fundamental: os indivíduos aumentam o consumo conforme a renda aumenta, mas não na mesma it d i t bé t d magnitude, pois ocorre também um aumento da poupança Æ Logo, a poupança também aumenta quando aumenta a renda. A parcela do aumento de renda destinada ao consumo é denominada propensão marginal a consumir (PMgC) e a parcela destinada à poupança é a propensão marginal a poupar (PMgS) e (PMgC + PMgS = 1). Introdução à Economia 15 Determinação do Produto no Curto Prazo: O Mercado de Bens • Consumo é baseado na renda disponível, ou seja, aquela que sobra após o pagamento de impostos ao governo e o recebimento das transferências. – Governo consegue influenciar o montante de consumo pela política fiscal, alterando o volume de impostos ou das transferências. • Propensão média a consumir (PMeC) é relação entre consumo total e renda, a cada nível de renda (PMeC = C/Y). Segundo a formulação keynesiana do d d fconsumo esta tende a ser decrescente conforme aumenta a renda. C bé é i fl i d l d j• Consumo também é influenciado pela taxa de juros e pelo nível de riqueza, entre outras variáveis. Introdução à Economia 15 Determinação do Produto no Curto Prazo: O Mercado de Bens • Ao estender-se o período de tempo considerado na decisão de consumo as e pectati as sobre o futurodecisão de consumo, as expectativas sobre o futuro também passam a desempenhar um papel central no nível de consumo correntenível de consumo corrente. – Se o indivíduo espera aumento na renda futura, se sentirá atraído a tomar emprestado e aumentar seu consumo hojeatraído a tomar emprestado e aumentar seu consumo hoje. – Se ele espera uma queda na renda futura (desemprego, aposentadoria) preferirá poupar hoje para poder consumiraposentadoria), preferirá poupar hoje para poder consumir no futuro. – Duas importantes contribuições em relação a este aspecto:Duas importantes contribuições em relação a este aspecto: o Modelo de Ciclo de Vida (Modigliani/Ando) e o Modelo da Renda Permanente (Friedman). Introdução à Economia 15 Determinação do Produto no Curto Prazo: O Mercado de Bens Box: O ciclo de vida de Ando-Modigliani e a renda permanente de Milton Friedman. • Modelo do ciclo de vida: indivíduos poupam quando são jovens para despoupar na velhice. – Idéia básica: indivíduos sabem que na velhice terão queda de renda por se aposentarem. Assim, ao longo dos anos que trabalham, devem acumular uma riqueza que permita manter o consumo a partir do momento em que se aposentam. • Modelo da renda permanente: renda dos indivíduos decomposta em renda permanente ( d édi d l d id ) renda renda permanente (renda média esperada ao longo da vida) e renda transitória (desvios da renda corrente em relação à renda permanente, não esperados). – Idéia básica: o indivíduo consome com base na renda permanente, não na renda corrente, cujo comportamento é afetado pela renda transitória. Em momentos em que a renda transitória é alta o indivíduo poupa para q p p p gastá-la em momentos em que a renda transitória seja baixa. Assim, a renda transitória não afeta o consumo, mas afeta a poupança. Introdução à Economia 15 Determinação do Produto no Curto Prazo: O Mercado de Bens • Formulação keynesiana de consumo. • Propriedades: • o consumo aumenta conforme a renda disponível aumenta, mas não na mesma magnitude (0 < PMgC < 1); • PMeC (participação do consumo na renda) diminui conforme a rendaPMeC (participação do consumo na renda) diminui conforme a renda aumenta; • consumo é função estável da renda: a influência de outras variáveis, como taxa de juros e riqueza, sobre o consumo é pouco significativa, ecomo taxa de juros e riqueza, sobre o consumo é pouco significativa, e aparecem no intercepto da função. • Então, C = A + bYD – C = consumo agregado. – A = consumo mínimo (autônomo; independente da renda). b = PMgC (entre 0 e 1)– b = PMgC (entre 0 e 1). – YD = (renda disponível) = (Y – T + R) • T = arrecadação de impostos • R = transferências governamentais • T e R exógenos. Introdução à Economia 15 Determinação do Produto no Curto Prazo: O Mercado de Bens • Logo, C = A + bR – bT + bY. – Alterações no consumo autônomo: deslocamentos paralelos na função consumo (i). – Alterações na PMgC: alterações na inclinação da função consumo (ii). C (i) (ii) C Y Co Co’ Y – Grau de confiança do consumidor: influi tanto no intercepto como na PMgC. • Dada a importância do consumo, maior componente da demanda, modificações nessa variável geram grandes impactos na demandamodificações nessa variável geram grandes impactos na demanda agregada. Introdução à Economia 15 Determinação do Produto no Curto Prazo: O Mercado de Bens PoupançaPoupança • Poupança: parcela da renda não consumida. p ç p Então, Poupança agregada = S = YD – C. Varia positivamente com a renda disponível– Varia positivamente com a renda disponível. • Substituindo a função consumo na função poupança, chega-se a • S = - A + (1 - b)YD( ) D. – - A = inverso do consumo autônomo. (1 b) PM S– (1 - b) = PMgS. Introdução à Economia 15 Determinação do Produto no Curto Prazo: O Mercado de Bens Investimento • Acréscimo do estoque de capital que gerará uma• Acréscimo do estoque de capital que gerará uma maior produção futura de bens e serviços. O conceito de investimento é diferente do de aplicaçãoconceito de investimento é diferente do de aplicação financeira – Determinante básico: expectativa de lucro/retorno e taxa p de juros – Tipos de Investimento: • Residencial: aquisição de imóveis para moradia. • Não-residencial (máquinas e equipamentos): realizado pelas firmas para futuro aumento de produção. • Estoques: implica futuro aumento de produto. • É elemento de DA no curto prazo, mas altera capacidade de produção Æ causa variação de estoque de capital. Introdução à Economia 15 Determinação do Produto no Curto Prazo: O Mercado de Bens • Principal fator que influencia decisão de investimento é o retorno esperado.é o retorno esperado. – Decisão de investir: • Montante a ser gasto: preço de oferta do investimento (PoI). • Valor presente do fluxo de receita esperado: preço de demanda do investimento (PdI) = ∑Rn/(1+r)n. – Rn: receita esperada no período n.n p p– r: taxa real de juros. • Se PdI > PoI, taxa de retorno esperada do I é superior à taxa de juros Æ INVESTE.Æ INVESTE. • Se PdI < PoI, taxa de retorno esperada do I é inferior à taxa de juros Æ NÃO INVESTE. K EM K ( fi iê i i l d i l)Æ• Keynes: EMgK (eficiência marginal do capital) Æ taxa de desconto que faz PdI = PoI. C it d t i t d t (TIR)– Conceito de taxa interna de retorno (TIR). Introdução à Economia 15 Determinação do Produto no Curto Prazo: O Mercado de Bens • Se EMgK > r Æ INVESTE. Caso contrário, NÃO INVESTE. S ã li d j t té l j EM K i l– Serão realizados os projetos até aquele cuja EMgK iguala a taxa de juros. A partir disso, o retorno passa a ser inferior ao custo de oportunidade (r). r, EMgK r Se aumenta I EMgK tende a cair: I* I – Se aumenta I, EMgK tende a cair: • diminui a receita esperada, o retorno esperado do investimento; d f t d i ti t t d l• o preço de oferta do investimento tende a se elevar (preço das máquinas, prazo de entrega etc). Introdução à Economia 15 Determinação do Produto no Curto Prazo: O Mercado de Bens • Duas principais variáveis que afetam I:p p q – taxa de juros: quanto maior a taxa de juros, menor será o investimento. – expectativas sobre as condições futuras da economia: expectativa de crescimento econômico Æp investimento alto. Se houver pessimismo, a situação se inverte. • Outras variáveis: – Comportamento da renda e das vendas.p •“Princípio do Acelerador”: aumento da renda leva ao aumento do investimento e assimleva ao aumento do investimento e assim sucessivamente. Introdução à Economia 15 Determinação do Produto no Curto Prazo: O Mercado de Bens Gastos governamentais • Aquisição de bens e serviços pelos governos, nas diferentes instâncias, e pagamento dos funcionários públicos para prover bens e serviços consumidos coletivamente. – Definição do montante de gastos públicos é política. A li d d d• Ampliam a demanda agregada. • Política fiscal Refere-se ao montante de gastos públicos e de arrecadação de impostos e suas característicasarrecadação de impostos e suas características. • Gastos governamentais > Arrecadação Æ déficit público (excesso de investimento público em relação à poupança p ç p p ç pública ). – Aumento da dívida pública devido à necessidade de financiamentofinanciamento. Introdução à Economia 15 Determinação do Produto no Curto Prazo: O Mercado de Bens Necessidade de Financiamento do Setor Público – NFSP – Aferição do déficit: Necessidade de Financiamento do Setor Público (NFSP). •NFSPnominal: total de gastos do governo em moeda deduzido o total arrecadado. •NFSPoperacional: NFSPnominal desconsiderada a “correção monetária” da dívida. •NFSPprimário: diferença entre as receitas e despesas, desconsiderando despesas financeiras. Introdução à Economia 15 Determinação do Produto no Curto Prazo: O Mercado de Bens Exportações Líquidas • Diferença entre as exportações – parcela do produto nacional adquirida por não residentes – e as importações – l d d d d id di i d dparcela da demanda de residentes direcionada para produtos feitos no exterior. • I t õ ( d ã d DA) i d d• Importações (redução da DA), varia de acordo com: – A renda interna (+). T R l d â bi l i d– Taxa Real de câmbio: preço relativo entre o produto estrangeiro e o nacional. • Exportações (aumento da DA):• Exportações (aumento da DA): – Varia positivamente com a renda mundial. Taxa Real de câmbio: preço relativo entre o produto– Taxa Real de câmbio: preço relativo entre o produto estrangeiro e o nacional. Introdução à Economia 15 Determinação do Produto no Curto Prazo: O Mercado de Bens Modelo simples de determinação de d d líb d drenda/produto: equilíbrio no Mercado de Bens • Modelo de curto prazo: rigidez de preços. – OACP: horizontal, até atingir produto potencial (OALP) Æ existe capacidade ociosaexiste capacidade ociosa. – Economia fechada: DA = C + I + G. • C = f(Y ) = A + bY• C = f(YD) = A + bYD – A > 0 e 0 < b < 1. – YD= Y – T + R ( T = T0 e R = R0, exógenos).YD Y T + R ( T T0 e R R0, exógenos). • I = I0 e G = G0. • Então: DA = A + b(Y - T0 + R0) + I0 + G0( 0 0) 0 0 – DA = f(YD). Introdução à Economia 15 Determinação do Produto no Curto Prazo: O Mercado de Bens Z = YDA DA Co + I + G Y 45º) YE • OA: reta com inclinação de 45º (Y = DA) – válido até o produto potencial. • Em YE: oferta = demanda. • Mecanismo de ajustamento: via estoques (quantidade produ ida)produzida). – Excesso de demanda. Excesso de oferta– Excesso de oferta. Introdução à Economia 15 Determinação do Produto no Curto Prazo: O Mercado de Bens • De Y = DA, vem que: YE = {1/(1-b)}(A – bT0 + bR0 + I0 + G0) – Então, a renda de equilíbrio depende de dois fatores: • {1/(1-b)} – multiplicador. (A bT + bR + I + G ) ô• (A – bT0 + bR0 + I0 + G0) – gastos autônomos (independe da renda). • Níveis de renda inferiores ao equilíbrio: excesso de demanda. • Níveis de renda superiores ao equilíbrio: excesso de oferta. Introdução à Economia 15 Determinação do Produto no Curto Prazo: O Mercado de Bens O multiplicador • Exemplo: impacto de um aumento nos gastos públicos. – Deslocamento paralelo e para cima da função despesa no mesmo montanteÆ elevação da renda de ilíb iequilíbrio. – Montante de crescimento da renda/produto é maior do que o aumento dos gastosque o aumento dos gastos. • É o multiplicador de gastos: o acréscimo de renda associado a uma variação dos gastos autônomos éassociado a uma variação dos gastos autônomos é um múltiplo deste valor. – Será tanto maior quanto maior for a parcela daSerá tanto maior quanto maior for a parcela da renda direcionada para gastos. Introdução à Economia 15 Determinação do Produto no Curto Prazo: O Mercado de Bens O paradoxo da poupança (Parcimônia) • Supondo aumento da disposição a poupar na economia: Se todos resolverem ampliar a poupança o resultado final– Se todos resolverem ampliar a poupança, o resultado final será que todos ficarão piores com a queda da renda, sem que se aumente a poupança. Este é o chamado paradoxo da ( i ô i )poupança (parcimônia). • Relação entre I e S: investimento é que determina a poupança e não vice-versae não vice versa. – variação inicial do I provoca variação de YE igual ao multiplicador vezes a variação do I; – variação da renda provoca uma variação de S igual à propensão marginal a poupar vezes a variação da renda; Dos dois itens anteriores: Variação do I = Variação da S– Dos dois itens anteriores: Variação do I = Variação da S. Introdução à Economia 15 Determinação do Produto no Curto Prazo: O Mercado de Bens Orçamento Públicoç • Multiplicador do Orçamento Equilibrado• Multiplicador do Orçamento Equilibrado – Política fiscal que aumenta os gastos públicos e os impostos na mesma magnitude provoca uma elevação daimpostos na mesma magnitude provoca uma elevação da renda exatamente igual ao valor do incremento do gasto. O multiplicador é igual a 1.p g • Como a arrecadação de impostos varia positivamente com a ç p p renda, o saldo orçamentário do governo – diferença entre o que o governo arrecada e o que ele gasta – deve melhorar d dcom o aumento da renda. Introdução à Economia 15 Determinação do Produto no Curto Prazo: O Mercado de Bens T, G T superávit G déficit superávit ) t Y • Superávit ou Déficit de Pleno Emprego: Qual será o l d fi l d (d d dresultado fiscal do governo (dada a estrutura de gastos e impostos) quando a economia se encontrar no produto potencial (situação de pleno emprego)?p p ( ç p p g ) Introdução à Economia 15 Determinação do Produto no Curto Prazo: O Mercado de Bens • Impostos: fração da renda• Impostos: fração da renda – Passam a fazer parte do multiplicador,que fica menor: alteram a decisão de consumo dosmenor: alteram a decisão de consumo dos indivíduos. • Hiatos inflacionário e deflacionário: – Excesso de demanda sobre o produto potencialExcesso de demanda sobre o produto potencial com pressões sobre os preços: hiato inflacionário. – Demanda inferior à necessária para garantir op g produto potencial: hiato deflacionário. Introdução à Economia 15 Determinação do Produto no Curto Prazo: O Mercado de Bens Considerações FinaisConsiderações Finais • Modelo simples de determinação da renda: o Modelo Keynesiano SimplesÆ DAo Modelo Keynesiano Simples Æ DA determina a renda. V i õ d DA• Variações nos componentes da DA determinam as flutuações no produto.
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